UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES
PLANEJAMENTO DE GESTÃO 2015-‐2017
APRESENTAÇÃO
Coragem!
A União Nacional dos Estudantes é um sinal de esperança para o povo brasileiro e, prestes a completar 80 anos de vida, tem sido novamente conclamada a defender o Brasil. Desde as eleições gerais de 2014, o cenário político mudou drasticamente e a juventude tem mais uma vez grandes desafios na busca pelas transformações necessárias para construirmos o país dos nossos sonhos.
O 54º Congresso da UNE, que trouxe como tema a defesa da democracia, mostrou unidade entre as diferentes juventudes após a eleição do Congresso Nacional mais conservador dos últimos tempos desde o período da ditadura militar. E a unidade dos setores progressistas precisa ser o lema.
O conservadorismo colocou no centro do debate social do Brasil a redução da maioridade penal para 16 anos, por meio da PEC 171. Essa gestão já começa nas ruas, em luta, ocupando Brasília contra o encarceramento da juventude, em especial, a negra, que é vítima de uma política de extermínio institucionalizada pelos autos de resistência. Por isso, para além da luta contra a PEC 171, é importante lutar pela aprovação do PL 4471 que põe fim aos autos de resistência.
Os ataques à nossa democracia têm se evidenciado por meio das várias tentativas do Congresso Nacional de retirar direitos fundamentais dos trabalhadores. Nesse cenário, o país foi palco de grandes manifestações. No entanto, algumas cidades acabaram
sendo vitrine de expressões do conservadorismo que reivindicaram o impeachment de um mandato legítimo que é o da presidenta Dilma Rousseff. É preciso notar que parcela dos manifestantes pediram golpe e intervenção militar com grande cobertura da imprensa burguesa e incentivada por aqueles que fizeram a fiel defesa dos anos de chumbo da ditadura militar. A UNE é uma das organizações do movimento social mais antigas em pleno exercício no Brasil e tem a sua história escrita pelo sangue dos estudantes que entregaram a sua vida em nome da liberdade, da justiça social e da democracia, que são direitos caros e inegociáveis.
Junto aos ataques à democracia, vem também os ataques à soberania da nação. A maior empresa estatal de petróleo do mundo, a Petrobras, sofre uma violenta ação de desmonte, orquestrada por aqueles que têm a sanha entreguista. As sombras das privatizações imperialistas rondam novamente o Brasil. É necessário resistir para termos um país verdadeiramente soberano.
E essa defesa do patrimônio nacional passa pela garantia da exploração do Pré-‐sal, uma das maiores riquezas naturais do Brasil, cujos royalties serão destinados à educação. A UNE foi protagonista na aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), garantindo na sua redação o investimento de 10% do PIB para o setor. A batalha da UNE conquistou também, pela primeira vez, o lucro das riquezas naturais revertidos para a melhoria social: a destinação dos 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. Seremos incansáveis na luta em defesa da educação.
As ruas de junho de 2013, apesar das suas contradições, refletiram em avanços. O grito juvenil pelo fortalecimento do Estado, por mais educação, saúde, mobilidade urbana e segurança pública potencializou a luta da UNE para a maior conquista da educação brasileira; mais investimentos para a educação e um PNE que visa transformações
ainda mais radicais, como erradicar o analfabetismo, expandir a educação pública, e o marco dos 10% do PIB para a educação.
A crise econômica internacional do sistema capitalista demorou, mas chegou ao Brasil, provocando ajuste fiscal que gerou forte impacto na educação. Os cortes de mais de 10 bilhões desaceleraram o ritmo das grandes transformações na educação brasileira. A UNE, após o seu 54º Congresso, ocupou o Ministério da Fazenda contra os cortes, manifestando a sua indignação contra as medidas do ministro Joaquim Levy. A crise não pode ser resolvida com a oneração da classe trabalhadora e da educação, precisamos lutar por outro modelo de política econômica, taxar as grandes fortunas, a auditoria da dívida pública e reduzir a taxa de juros podem ser saídas efetivas para tirar a economia do país da recessão. É preciso que a UNE defenda um projeto de desenvolvimento a favor dos direitos da classe trabalhadora e que reconheça a necessidade das reformas estruturais no país, com destaque para a Reforma Universitária que avance na construção da educação pública e combata sua mercantilização.
O grande ciclo de expansão e reestruturação das universidades federais foi importante na popularização da educação. Essa expansão gerou novas demandas e, logo, mais investimentos. O corte de mais de 10 bilhões atrasa a continuidade desse ciclo e afeta diretamente a democratização, por isso, o grande desafio é barrar os cortes para de garantir a permanência dos estudantes nas universidades, com mais restaurantes e moradias estudantis, mais investimento em bolsas permanência e políticas de apoio psicológico, pedagógico, e um novo modelo de ensino e currículo. Vale ressaltar que o investimento ainda é maior do que o de 2014, mas ainda assim não é o suficiente para atender a nova demanda da universidade.
Outro grande desafio é a regulamentação do ensino superior privado. Acabar com a farra dos tubarões do ensino é, sobretudo, lutar pela soberania do país, atacada pela ofensiva do capital estrangeiro na educação brasileira. O acesso em massa ao ensino superior por meio do FIES e do ProUni é uma importante conquista educacional, mas a nova a palavra de ordem precisa ser: Qualidade. Combater o aumento dos juros do Fies e defender os estudantes vinculados a esses programas são ações fundamentais para transformar o caráter da educação em nosso país. É necessário, ainda, promover um enfrentamento para vencer as barreiras da precariedade. O Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (INSAES é uma ferramenta importante na fiscalização e na construção de uma educação de mais qualidade.
Sobre as universidades estaduais, elas andam na contramão dos avanços. A reestruturação se faz urgente e aponta a necessidade de debater temas como financiamento, modelo de universidade, papel das universidades no desenvolvimento do país e dos estados, ampliação da permanência e assistência estudantil, das cotas e das ações afirmativas. Defender as universidades estaduais do sucateamento que bate à porta cotidianamente contribui para mais justiça social e igualdade, bem como o fortalecimento do ensino público, gratuito e de qualidade para todos.
Os desafios são grandes: lutar contra o genocídio da juventude, fim dos autos de resistência, contra o racismo, pela desmilitarização da PM, pelos direitos civis LGBTs, contra a LGBTfobia, contra o machismo e as amarras da sociedade patriarcal, barrando as ações autoritárias e reacionárias do Congresso Nacional e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Lutar por uma educação pública mais popular, de qualidade, impulsionando a luta por uma Reforma Universitária exigem coragem, característica que nunca faltou na alma da União Nacional dos Estudantes.
AÇÕES, CAMPANHAS E PROJETOS DE GESTÃO
• Projetos estruturais da gestão:
a) Inaugurar a Casa do Poder Jovem – Praia do Flamengo, 132; b) Regulamentação da Lei da Meia-‐entrada;
c) Fortalecer a TV UNE;
d) Relançamento da Ouvidoria da UNE; e) Seminário do CUCA da UNE;
f) Caravana UNE pelo Brasil;
g) Conselho Nacional de Entidade de Base – CONEB; h) Conselho Nacional de Entidades Gerais – CONEG; i) 10ª Bienal da UNE;
j) 7º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE;
k) 4º Encontro Nacional de Estudantes Negros, Negras e Cotistas da UNE; l) Seminário de Assistência Estudantil;
m) 2º Encontro LGBT da UNE;
n) Encontro de Estudantes Trabalhadores / Estagiários (PPJ Trabalho e Estágio); o) 2° Seminário sobre Ecologia, Meio Ambiente e Sustentabilidade da UNE (no AC ou AM);
p) Encontro de Mulheres Estudantes Indígenas, Camponesas e Trabalhadoras do Norte (no PA ou AP);
q) Ampliar os fóruns de debates da UNE com a diversidade do movimento estudantil, realizando o 1º Encontro de Atléticas e possibilitando espaços para a inserção das empresas juniores;
r) 55º Congresso da UNE;
s) Encontro de Prounistas/Beneficiários do Fies – balanço de década do funcionamento do ProUni;
t) II Encontro dos Movimentos Sociais;
u) Balanço profundo do REUNI e as perspectivas para o REUNI 2;
v) Realização de seminários regionais de reforma universitária, culminando em um seminário nacional de reforma universitária;
w) Seminário de Extensão Universitária.
• Campanhas prioritárias da gestão:
a) Contra a aprovação da PEC 171, que visa reduzir a idade penal do Brasil. Contra o encarceramento em massa da juventude;
b) Pela aprovação do PL 4471, pelo fim dos autos de resistência; c) Por outra política econômica;
d) Confecção da Cartilha de Combate à LGBTfobia da UNE;
e) Fazer ampla campanha em defesa da Petrobras, do regime de partilha e de conteúdo nacional na exploração do Pré-‐sal;
f) Pelo fim do financiamento privado das campanhas eleitorais e uma reforma política que consolide a democracia;
g) Em defesa da democratização da comunicação, combatendo o monopólio da mídia;
h) Campanha pela criação e fortalecimento de centros e diretórios acadêmicos nas universidades;
i) Formar núcleos para discutir cultura nas universidades e Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA);
j) Campanha pela realização de uma Reforma Universitária com medidas como a curricularização da extensão, regulamentar parcerias público-‐privadas, priorizando o investimento público e democratização dos espaços de decisão;
k) Jornada de Lutas pela regulamentação do Ensino Superior Privado e combate ao capital estrangeiro nas instituições e pela aprovação do INSAES;
m) Campanha em defesa dos direitos humanos, contra os preconceitos e o machismo na universidade e na sociedade;
n) Pelo fim do genocídio da juventude negra, por uma nova política de segurança pública que inclua a desmilitarização das polícias e pelo fim dos autos de resistência; o) Por uma campanha por uma lei das cotas nas universidades estaduais; p) Pelo fim das disciplinas online obrigatórias nos cursos presenciais;
q) Democratização das universidades com paridade e orçamento participativo; r) Democratização das entidades – órgãos colegiados e núcleos de trabalho permanente;
s) Fortalecer a campanha da Coalizão Democrática pela Reforma Política, Constituinte Exclusiva do Sistema Político brasileiro e iniciativas unitárias de luta por uma reforma política no país;
t) Defender uma reestruturação acadêmica que inclua nos currículos das universidades o estudo de autores negros e negras, bem como LGBTs;
u) Campanha permanente por políticas de assistência estudantil;
• Atividades a serem desenvolvidas pela gestão:
a) Jornada de Lutas de Agosto e Setembro de 2015 contra a redução da idade penal, em defesa da democracia e contra os cortes no orçamento da educação. Por uma nova política econômica!
b) Formação de comitês nas universidades para recolhimento de assinaturas em apoio a lei de iniciativa popular pela mídia democrática;
c) Calouradas no início de cada semestre: 2015, 2016 e 2017; d) Salão de Divulgação Científica da ANPG, UNE e UBES; e) Seminário Nacional do CUCA;
f) Encontros Setoriais e/ou Temáticos: Mulheres, Negros, LGBT, Prounistas, Cotistas, Atléticas;
g) Funcionamento e fortalecimento dos fóruns da diretoria plena e da executiva, com reuniões periódicas;
h) Consolidar o Conselho Fiscal e o Conselho Editorial da UNE;
i) Garantir periodicidade nas reuniões da diretoria executiva e plena da UNE; j) Seminários de assistência estudantil e extensão universitária;
k) Diálogo e acompanhamento com as executivas de curso;
• São espaços prioritários de construção e intervenção da entidade: a) Fórum Nacional pela Democratização da Mídia;
b) Reunião do Secretariado Geral da OCLAE; c) Intervenção no Encontro da SBPC;
d) Intervenção nos Fóruns Preparatórios do FSM e FST;
e) Reunião das entidades estudantis filiadas à OCLAE do Cone Sul; f) Fórum Nacional de Educação;
g) Estabelecer diálogo com a frente ampla dos movimentos sociais em defensa da democracia;
h) Estabelecer diálogo com o Grupo Brasil;
i) Acompanhar as reuniões da Coalizão Democrática pela Reforma Política e da campanha da Constituinte Exclusiva do Sistema Político.
• Objetivos Específicos da gestão: 1. Finanças
a) Aprovação do orçamento da gestão; b) Publicação de balancetes na internet;
c) Reuniões semestrais do Conselho Fiscal da UNE; d) Valorização da carteira da UNE;
e) Desenvolvimento da reforma organizacional da UNE; f) Diversificação e ampliação das fontes de captação;
g) Edição de produtos e publicações e envio para as entidades gerais (UEEs e DCEs);
h) Garantia da ajuda de custo e passagens dos diretores como prioridade das finanças.
2. Relações institucionais
a) Construir uma campanha para reverter o voto dos deputados e barrar a PEC 171 e para aprovar o PL 4471;
b) Regulamentação da Lei da Meia Entrada;
c) Trabalho constante com a pasta da tesouraria para ampliar a capacidade de captação de recursos para os projetos da gestão;
d) Disputar os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que são de interesse dos estudantes brasileiros e procurar parlamentares para apresentar novos projetos construídos pela UNE;
e) Acompanhar e cobrar o cumprimento das metas e estratégias do Plano Nacional de Educação e criar fóruns regionais e nacionais para que o acompanhamento seja pelo conjunto da UNE e com a base dos estudantes;
f) Aproximar a UNE de movimentos sociais, parlamentares e políticos na construção de uma Frente Ampla em Defesa da Democracia;
g) Trabalhar em transversalidade com as outras pastas, apresentando a UNE em espaços institucionais (como conselhos, fóruns, audiências, etc.) que debatam os mais diversos temas (educação, cultura, reforma política, comunicação etc);
h) Defender a aprovação de uma lei que garanta ao estudante organizado no movimento estudantil a realização de provas de segunda chamada e abono de faltas.
3. Comunicação
a) Potencializar atuação nas redes sociais;
b) Periodicidade do Jornal Nossa Voz, bem como ampliação de sua distribuição em especial para os DCEs;
c) Retomar a Revista Movimento, com edições semestrais; d) Lançamento da Cartilha de CAs;
e) Estruturar campanhas prioritárias para gestão, exemplo: “Educação não é mercadoria”;
f) Realizar seminário de comunicação e comunicadores;
g) Fortalecer a TV UNE, com programação permanente e transmissão de todas atividades relacionadas a gestão;
h) Reestruturação do mailing da UNE, para atualizar a rede da entidade virtualmente e em mala direta;
i) Registro audiovisual de campanhas e atividades do movimento estudantil; j) Consolidação do Conselho Editorial;
k) Campanha pela democratização da mídia, aprovação da Lei da Mídia Democrática;
l) Implementar a loja virtual da UNE; m) Ampliar participação da UNE no FNDC; n) Fomentar o uso do aplicativo digital;
o) Integrar a ouvidoria à diretoria de comunicação, potencializando sua atuação; p) Ampliar a assessoria de comunicação, tendo em vista ser um dos principais eixos de comunicação com a sociedade;
q) Ciclo “Diálogo que no UNE”, onde participem intelectuais, ativistas, políticos, além de diversos estudantes;
r) Fomentar a interação com as UEEs, DCEs, DAs e CAs, elaborando e produzindo conteúdo em conjunto;
4. Cultura
a) Construção da 10ª Bienal da UNE; b) Caravana UNE pelo Brasil;
c) Manifesto da UNE em defesa da democracia com assinaturas de artistas; d) Defender um sistema universitário de cultura do MINC;
e) Construir o Festival “Amanhecer contra a Redução – SP”; f) Criar um banco de dados da produção cultural universitária; g) Fortalecimento do programa vale cultura;
h) 2% do PIB para a cultura (PEC 150);
i) Implementação do Plano Nacional de Cultura e Educação; j) Realizar festivais na universidades;
k) Fazer campanha contra as portarias que proíbem festas e manifestações culturais nos campi das universidades públicas;
l) Seminário e assembleia do CUCA da UNE; m) Fortalecer a Rede do CUCA da UNE;
n) Estímulo e apoio às Pré-‐Bienais e Bienais Estaduais; o) Interação com outras redes e circuito culturais; p) Fortalecer os Pontos de Cultura;
q) Regulamentar a meia-‐entrada estudantil;
r) Fomentar a popularização do Edital: Mais Cultura nas Universidades.
5. Universidades privadas
a) Regulamentação pedagógica e econômica do ensino a distância. O uso das tecnologias da informação e comunicação possuem vantagens que precisam ser positivamente exploradas para a construção de novos modelos educacionais e a consolidação de novas metodologias de ensino;
b) Construção de um plano logístico para expansão dos materiais construídos com as principais dúvidas dos acadêmicos referente a aumento das mensalidades, planilhas de custos;
c) Lutar pela estatização/federalização das universidades privadas sucateadas; d) Construção de uma Jornada de Lutas pela regulamentação do ensino superior privado e aprovação pela aprovação do INSAES;
e) Estruturação de um projeto pedagógico que contemple a opinião dos estudantes a respeito dos modelos educacionais vigentes e que contemple visões de uma educação emancipadora e libertária, além de pensar e construir opinião acerca da interdisciplinaridade curricular;
f) Democratização interna das instituições privadas, paridade nos conselhos superiores, implantação do Orçamento Participativo Universitário, eleições diretas e paritárias para as reitorias, unidades acadêmicas e coordenações de cursos;
g) Articulação política com associações de reitores, professores e funcionários de universidades privadas;
h) Lutar pela aprovação da PL 6489/2006 de mensalidades da UNE, que regulamenta a cobrança de mensalidades;
i) Fomentar e construir encontros nacionais e estaduais de estudantes do ProUni, além de pensar em formas de aproximação constante com estudantes beneficiários destes programas;
j) Fiscalizar nas universidades particulares as comissões de acompanhamento Locais, Estaduais e Nacional do ProUni e FIES – COLAP/CONAP
k) Luta pela expansão da bolsa-‐permanência a todos os estudantes prounistas (bolsa esta que deve ser um valor que garanta para os estudantes condições mínimas de transporte, moradia, alimentação e outros custos consequentes do dia-‐a-‐dia enquanto estudante), além da estruturação de equipamentos de assistência estudantil, como moradias, restaurantes universitários e creches;
l) Combate aos tubarões de ensino e a desnacionalização do ensino superior com restrição de capital estrangeiro nessas instituições;
m) Reestruturação do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior, com a criação do Instituto Nacional de Avaliação do Ensino Superior (INSAES) e de mecanismos que impeçam os abusos dos empresários do ensino superior privado, o aumento das mensalidades, e dê a garantia de qualidade dos cursos e dos direitos dos estudantes, estabelecendo um maior controle por parte do Estado;
n) Enfrentamento ao preconceito racial e social e ao assédio moral a que são submetidos os estudantes bolsistas do ProUni;
o) Inserção da entidade no debate sobre privadas/comunitárias. Para tal, sugere-‐ se o diálogo com a Associação Brasileira de Reitores das Universidades Comunitárias (ABRUC), apoio e fomento a iniciativas estudantis de debates sobre a pauta, além de acompanhar o processo de regulamentação das mesmas;
p) Criação de uma campanha para derrubar o aumento dos juros FIES, além de buscar soluções para medidas contraditórias do novo sistema de financiamento; q) Construção de um projeto de assistência estudantil vinculado aos bolsistas do ProUni e beneficiários do FIES.
6. Relações internacionais
a) Fortalecimento da OCLAE como única plataforma estudantil no continente; • Construção de Jornadas de Lutas Continentais em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada;
• Maior articulação do movimento estudantil no Cone Sul;
b) Fortalecimento e continuidade na participação nos espaços de integração da educação como o ELACES;
c) Continuidade da participação de espaços de unidade continental e enfrentamento ao imperialismo como CELAC, MERCOSUL, UNASUL, BRICS e FSM;
d) Relação com os países e entidades estudantis membros da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa;
e) Acompanhamento mais próximo da aplicação do projeto da UNILA, bem como defesa da manutenção da paridade na mesma;
f) Acompanhamento e participação das reuniões do Secretariado Geral da OCLAE e da reunião das entidades estudantis da OCLAE no Cone Sul.
7. Ciência e Tecnologia
a) Lutar pelo o aumento dos investimentos públicos em Ciência, Tecnologia e Inovação;
b) Pautar a ampliação do número de vagas no IFs;
c) Lutar pela criação de novos polos de inovação tecnológica;
d) Ampliar os programas institucionais de ciência, tecnologia e inovação;
e) Realizar uma feira de ciência, tecnologia e inovação, voltada para os projetos dos estudantes;
f) Lutar por maior integração entre ensino, pesquisa e extensão;
g) Pautar o aperfeiçoamento do programa de bolsas de iniciação científica no exterior;
h) Regulamentar as agências e os parques tecnológicos, garantindo o financiamento público e o cumprimento de sua função social;
8. Políticas Públicas de Juventude, Trabalho e Estágio
a) Seminário de Políticas Públicas para a juventude, defendendo o seu fortalecimento e expansão nas esferas municipal, estadual e federal;
b) Encontro Nacional de Estudantes Trabalhadores e Estagiários; c) Formação de uma regulamentação e supervisão do estágio;
d) Campanha pelo fortalecimento do ECA. Campanha contra a redução da idade laboral, contra a redução da maioridade penal;
e) Debater o acesso da juventude a cidade, estreitar laços com a pasta de esporte e cultura para a criação de um plano de centros de lazer e cultura para a juventude; f) Campanha para mais políticas públicas para a juventude que está sendo exterminada. Debater o plano Juventude Viva.
9. Mulheres
a) Dialogar e fortalecer coletivos feministas nas universidades; b) Jornada de Saraus Feministas;
c) Monitoramento e denúncia dos casos de violência nas universidades; d) Organizar campanhas de combate ao machismo, lesbo e transfobia; e) Dialogar com as estudantes trans;
f) Garantir protagonismo das mulheres negras assim como das mulheres não negras nos espaços do movimento estudantil;
g) Realizar o EME no primeiro semestre de 2016;
h) Criar mecanismos de proteção que combata a impunidade e a violência contras as mulheres nas universidades;
i) Fazer com que as IES tenham medidas efetivas de responsabilização de agressores e garanta apoio e proteção das vítimas;
j) Colocar na resolução estatutária paridade de composição para a sua gestão, executiva e plena da UNE e apontar, também, a necessidade de construir essa orientação com a rede de UEEs, DCEs, DAs e CAs;
k) Garantir a realização dos pré-‐EMEs;
l) Fazer campanha na universidade contra trotes machistas; m) Realizar a virada feminista da UNE;
n) Fomentar e organizar os coletivos feministas nas universidades.
10. Universidades públicas
a) Defesa por RUs e moradia estudantil, serviço de saúde em todos os campi; b) Defesa de nova expansão e interiorização com qualidade;
c) Pelo fim das terceirizações e uma nova política de segurança universitária; d) Ampliação das políticas de permanência nas universidades públicas para negros e negras, indígenas, mulheres, quilombolas, estudantes com necessidades especiais e cotistas sociais;
e) Nova Reforma Universitária; campanha pela autonomia universitária; regulamentar as parcerias público-‐privadas; orçamento participativo; paridade nas instâncias de decisão; defesa dos bacharelados interdisciplinares; fim do modelo departamental; fim da lista tríplice; reforma acadêmica; regulamentação das atividades culturais;
f) Criação de Pró-‐reitorias de assistência estudantil; g) Participação no Fórum Nacional de Educação;
h) Orientação de participação dos estudantes na Conferência Nacional de Educação;
i) Cumprimento do PNAES e investimento de 2,5bi; j) Cumprimento do PNE e dos 10% do PIB para educação;
k) Encontro de Cotistas em parceira com o Encontro de Prounistas; l) Fortalecimento e investimentos do HUs e barrar a EBESEHR; m) Fomentar os espaços auto-‐organizados nas universidades; n) Contra os Cortes;
o) Calourada contra os cortes e pela taxação das grandes fortunas. Em apoio à greve nas universidades;
p) Cotas nas estaduais;
q) Contra a criminalização dos movimentos sociais nas universidades; r) Incentivo e estudos dos autores negros e negras;
t) Democratização das universidades: paridade nos fóruns deliberativos e nas eleições e orçamento participativo com ênfase na distribuição das verbas do PNAES; u) Frente Nacional e estadual de defesa das Universidades Estaduais;
v) Curricularização da extensão;
11. LGBT
a) Audiência dos 10 anos da Diretoria LGBT da UNE; b) Participação no XIII ENUDSG na cidade de Goiânia; c) Confecção da Cartilha de Combate a LGBTfobia;
d) Realização e Mapeamento dos UFAs (Universidade Fora do Armário);
e) Mapeamento dos Coletivos Universitários com a temática LGBT/Diversidade Sexual/Gênero/Identidade de gênero;
f) Mapeamento das universidades públicas com
departamento/coordenador/setor de Diversidade Sexual/Gênero; -‐ nacional, estadual e municipal;
g) 2º Encontro de Estudantes LGBT da UNE;
h) Acompanhamento/Participação das Conferências LGBT/Juventude em nível Municipal/Estadual/Nacional em todo o território.
12. Meio Ambiente
a) Acompanhar as notícias e agendas do Ministério do Meio Ambiente;
b) Fazer campanhas de Conscientização, Preservação e Cine-‐debates nas capitais do Brasil;
c) Encontro de Mulheres Indígenas, Camponesas e Trabalhadoras do Norte; d) 2° Seminário sobre Ecologia, Meio Ambiente e Sustentabilidade da UNE;
e) Criar um espaço de diálogo desta diretoria com os estudantes da área ambiental;
g) Reconhecer iniciativas que contribuem para a sustentabilidade no setor público.
13. Assistência Estudantil
a) Seminários de Assistência Estudantil nas universidades;
b) Acompanhar e dialogar com o Fórum de Pró-‐Reitores de Assistência Estudantil; c) Campanha Nacional por Assistência Estudantil, pautando a expansão do financiamento para 2,5 bi de reais e a priorização de equipamentos permanentes de assistência estudantil, como moradias, restaurantes universitários, creches e Unidades Básicas de Saúde;
d) Políticas de assistência estudantil que garantam o direito à permanência nas universidades privadas, especialmente para estudantes do PROUNI e do FIES;
e) Realizar o Seminário Nacional de Assistência Estudantil;
14. Extensão
a) Campanha pela curricularização da extensão; b) Seminários de extensão;
c) Fortalecimento dos estágios de vivência, como os EIVs e o VER-‐SUS; d) Reconhecer a autonomia estudantil na construção destes estágios; e) Acompanhar Fórum de pró-‐reitores de extensão;
f) Acompanhar reuniões da Rede Unida, garantindo a autonomia estudantil; g) Por conselhos paritários de extensão nas universidades, com inserção da comunidade externa;
h) Pela articulação com movimento sociais para construção de projetos nas universidades;
i) Garantir o financiamento público exclusivo para os projetos de extensão.
15. Memória
a) Campanha: “Conte a sua história!”, recolher as vivências de ex-‐militantes do movimento estudantil;
b) Campanha “Quem são elas?”, resgatar a história das mulheres diretoras da UNE;
c) Usar melhor as ferramentas da internet já destinadas à Memória (no site e no novo APP da UNE) para além de informação, mas também formação dos estudantes. Tornar os acontecimentos da história existentes no site, mais humano, fazendo com que o estudante que leiam se identifique com as memórias da UNE;
d) Criar uma maneira de captar arquivos de DCEs, DAs, UEEs, como estatutos, campanhas de luta, campanhas de eleição, para após isso, tornar pública afins de pesquisa;
e) Fazer vídeos com pessoas históricas de todas as épocas da UNE. Como por exemplo, criar uma linha do tempo;
f) Material de formação que contenha os longos anos de lutas e vitórias da UNE, com disponibilização para download;
g) Lutar pela revisão da Lei da Anistia;
h) Campanha: “A democracia não chegou na periferia.” Contra o genocídio da juventude negra; aprovação do PL 4471 contra os autos de resistência; contra a redução da maioridade penal.
16. Combate ao racismo
a) Lutar contra o extermínio da juventude negra, contra o seu encarceramento em massa e contra a redução da idade penal;
b) Lutar contra os autos de resistência; contra a guerra às drogas -‐ que é uma guerra contra as pessoas negras e pobres -‐; pela desmilitarização da polícia militar e por um novo modelo de segurança pública;
c) Defender a ampliação das políticas afirmativas na graduação, através do pré-‐ acesso, acesso, permanência e pós-‐permanência; bem como na pós-‐graduação;
d) Defender a ampliação das políticas de permanência nas universidades;
e) Transversalizar o debate antirracista em todas as pastas da UNE, de forma a fortalecer o enfrentamento ao racismo;
f) Realizar o 5° Encontro de negros, negras e Cotistas da UNE (ENUNE), com indicativo de realização no segundo semestre de 2016;
g) Organizar a cartilha de combate ao racismo no ensino superior, coordenada pela diretoria de combate ao racismo;
h) Organizar a campanhas contra a violência, extermínio e encarceramento, bem como outras que tragam o debate sobre o antirracismo em linhas gerais;
i) Dialogar com o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPPIR), de forma a influenciar na formulação e implementação das políticas de promoção da igualdade;
j) Articular com grupos de pesquisa com recorte étnico racial, bem como movimentos sociais e populares negros;
k) Defender o empoderamento do povo negro no interior do movimento estudantil (CAs,DAs, DCEs, UEEs e a UNE) e na sociedade;
l) Incluir a perspectiva étnico racial nos currículos acadêmicos;
m) Lutar para que os estudantes prounistas tenham acesso a bolsa permanência; n) Dialogar com coletivos de estudantes negros nas universidades;
o) Lutar pela inclusão de negros e negras nos programas como PIBID, PIBIC e etc; p) Contra os trotes racistas.
17. Direitos humanos
a) Contra a redução da maioridade penal;
b) Contra a criminalização dos movimentos sociais; c) Pela desmilitarização da PM;
d) Demarcação de terras indígenas;
e) Por outra política de drogas, pelo fim da guerra as drogas e a guerra aos pobres;
f) Denunciar violações de direitos nos megaeventos (copa e olimpíadas);
g) Problemas nos intercâmbios do Itamaraty dos estudantes vindos da África de forma precarizada;
h) Campanha Juventude quer viver; i) Pelo fim dos autos de resistência;
j) Interlocução junto ao Conselho Nacional de Direitos Humanos; k) Questão dos imigrantes;
l) Atuação em conjunto com a pasta de Combate ao Racismo; m) Combate às opressões;
São Paulo, 2 de agosto de 2015 Seminário de Gestão da UNE (2015 – 2017)