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AS CONTROVÉRSIAS PÚBLICAS EM TORNO DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE: DITADURA, HISTÓRIA E MEMÓRIA PÚBLICA Karina Avelar de Almeida 1

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AS CONTROVÉRSIAS PÚBLICAS EM TORNO DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE: DITADURA, HISTÓRIA E MEMÓRIA PÚBLICA

Karina Avelar de Almeida1

O presente artigo visa expender a pesquisa, de mesmo título, que tem sido conduzida sob orientação do Prof. Dr. Fernando Perlatto no Laboratório de História Política e Social da Universidade Federal de Juiz de Fora. A realização de tal pesquisa se insere no contexto de ampliação do campo historiográfico brasileiro sobre as relações entre a sociedade e o regime autoritário que marcou o Brasil na segunda metade do século XX, na medida em que os estudos acerca dos processos de constituição de narrativas e memórias sobre a ditadura civil-militar brasileira a partir da Comissão Nacional da Verdade (CNV) constituem tema ainda pouco. As pesquisas já produzidas nesse âmbito têm abordado assuntos diversos, como o processo da justiça de transição no país e como as políticas de memória sobre a ditadura, sobretudo em perspectiva comparada com outros contextos que vivenciaram experiências similares (PEREIRA, 2015; PERLATTO & HOLLANDA, 2017; BAUER, 2017). O estudo desse tema a partir da análise do trabalho da CNV, no entanto, foi ainda pouco desenvolvido de maneira sistemática, até mesmo em função de a comissão ter sido constituída há poucos anos e de ter finalizado seus trabalhos recentemente. 2

Durante todo o período de sua atuação, a CNV e todas as questões a ela relacionadas produziram controvérsias públicas variadas, que polarizaram debates e discussões entre diferentes segmentos da sociedade brasileira sobre as características da ditadura civil-militar e acerca dos processos que conduziram à transição para a democracia. Tais controvérsias se fizeram notar desde dezembro de 2009, quando foi realizada a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, que aprovou o 3° Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH-3) e recomendou a criação da CNV. A partir de então, diversas questões relacionadas à comissão geraram debates e disputas na esfera pública, a começar pela discussão acerca da necessidade de criação de uma comissão com este caráter no país.

1 Graduanda na Universidade Federal de Juiz de Fora, órgão de fomento: CNPQ. A produção do presente artigo contou com a orientação do Prof. Dr. Fernando Perlatto, professor e pesquisador na UFJF.

2 Alguns dos trabalhos já produzidos sobre a CNV se empenham em discutir a relação entre ela e a constituição de memórias sobre o período da ditadura. Sobre esse assunto, ver, entre outros, CANABARRO, 2014; DIAS, 2013.

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Tendo sido uma pauta reivindicada, em grande medida, por perseguidos políticos e familiares de mortos e desaparecidos pela ditadura, a CNV foi criada pela Lei 12528/2011 e instituída em maio de 2012, orientada pelas diretrizes do PNDH-3. Sua instalação se inseriu no histórico nacional de movimentos em prol da investigação de crimes cometidos na ditadura civil-militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985. Num primeiro momento, tais movimentos estiveram relacionados ao esforço de setores da sociedade civil diretamente vitimizados ou sensibilizados pela experiência, resultando em movimentos como a produção do relatório Brasil Nunca Mais e a formação da Comissão de Familiares de Mortos e

Desaparecidos Políticos e do grupo Tortura Nunca Mais. Instituições governamentais

também realizaram iniciativas com o intuito de reconhecer as responsabilidades do Estado diante dos crimes cometidos, através, por exemplo, da instituição da Comissão Especial sobre

Mortos e Desaparecidos Políticos em 1995 e da Comissão de Anistia em 2002.

A CNV introduziu uma novidade em relação às comissões anteriores na medida em que assumiu a responsabilidade da perquirição, para além do reconhecimento. Nesse sentido, teve como principais objetivos a investigação e o esclarecimento das graves violações dos direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988, com ênfase especial sobre o período da ditadura, bem como a identificação das estruturas, locais, instituições e circunstâncias em que ocorreram tais práticas. Sua criação se baseou no reconhecimento da memória e da verdade como direitos fundamentais do ser humano, bem como da responsabilidade estatal para com a efetivação de tais direitos mediante as violações cometidas por seus agentes durante o período em análise. A comissão vislumbrou, ainda, que o direito à memória e à verdade efetivado pelo seu trabalho promovesse a reconciliação nacional. Entende-se, portanto, que teria como finalidade fundar um marco simbólico de restabelecimento da normalidade democrática após esse período autoritário, numa tentativa de trazer a publico os abusos cometidos pelo Estado durante a ditadura.

Assim, a CNV inseriu, ainda que tardiamente, o Brasil no rol de países que constituíram comissões da verdade ou similares de modo a enfrentarem questões relacionadas à justiça de transição. Esse movimento internacional pela memória e pela verdade teve início em 1974 com a instalação da primeira comissão em Uganda, na África. A partir de então, foram criadas mais de 30 comissões (BRASIL, 2014: 31) em diferentes nações com características muito particulares, refletindo a diversidade das experiências e condições dos países em que foram instituídas. Desse modo, se distinguiram em muitos aspectos, como

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tempo de atuação, período de instalação, autonomia, orçamento, capacidade de punir, entre outros aspectos.

Algumas dessas experiências se tornaram emblemáticas devido a sua singularidade, como é o caso da Comissão da Verdade e Reconciliação instaurada na África do Sul, a qual possuía poder de conceder anistia individual em casos de crimes confessados; a Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas, criada pelo governo argentino, destacou-se por ter sido a primeira do Cone Sul e por ter sido instaurada imediatamente após o fim do regime autoritário; no Chile, foram duas comissões em momentos diferentes; por sua vez, o Brasil foi o último dos países da América Latina que sofreram ditaduras a instaurar comissão para resgatar a memória das vítimas de tais regimes, tendo constituído a Comissão Nacional da Verdade quase 50 anos após o golpe militar. A CNV, tendo sido constituída tardiamente, nutriu-se das experiências das dezenas de comissões já instituídas em outros países. Além disso, teve seu alcance de atuação potencializado pela disseminação de comissões da verdade em todo o país. De caráter municipal, estadual, universitário ou setorial, tais comissões cooperaram com a CNV através da realização de pesquisas de natureza similar que corroboram o trabalho de recuperação de documento e tomada de depoimentos a nível local.

Esses poucos exemplos destacam a diversidade das comissões em função das realidades nacionais em que estavam inseridas. No entanto, a despeito de suas singularidades, as comissões têm apresentado características em comum, como a centralidade dada às vítimas através de seus testemunhos. A partir disso, foi possível problematizar narrativas oficiais sobre os períodos analisados, demonstrando, por exemplo, que as violações dos direitos humanos não foram atos isolados, mas foram as bases de uma política de Estado deliberadamente adotada. Ademais, as comissões têm sido constituídas, de maneira geral, com caráter temporário e com delimitação temporal de análise bem definida, possibilitando que os novos regimes democráticos investigassem crimes passados, pautando-se no reconhecimento do direito de conhecer as circunstâncias e as razões que levaram a sua perpetração.

Desde sua criação, no entanto, a CNV suscitou intensos debates envolvendo diferentes setores da sociedade, como familiares de mortos e desaparecidos, militantes dos direitos humanos, políticos, intelectuais, segmentos associados às Forças Armadas, entre outros. Tais debates estiveram relacionados a diferentes aspectos, sendo possível enumerar resumidamente o questionamento da necessidade da instalação de uma comissão com esse caráter para investigar as violações dos direitos humanos cometidas no Brasil; a composição e escolha de

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seus membros; o período a ser investigado por seu trabalho; o prazo de funcionamento para o desenvolvimento das atividades planejadas, entre outros. No entanto, as principais controvérsias públicas em torno da comissão estiveram relacionadas ao seu alcance jurídico-político. Apontamentos sobre a pertinência de se instituir processos criminais contra o Estado e contra indivíduos que cometeram crimes de lesa-humanidade, implicando na revisão da Lei da Anistia, se fizeram muito presentes no debate em torno da comissão.

O entendimento de que a atuação da CNV demandaria a revisão ou revogação da Lei da Anistia e o fato de as esquerdas armadas não terem sido incluídas no trabalho de investigação da comissão foram questões intensamente discutidas e que encontraram grande resistência por parte de alguns setores da sociedade civil, principalmente dos setores militares. Na perspectiva de tais grupos, predominante no contexto da transição para a democracia, atos excessivos haviam sido cometidos por ambas as partes em conflito e, nesse sentido, o perdão recíproco garantido pela Lei da Anistia consistia em condição da transição pacífica, sustentada pelo princípio de superação do conflito. Sua resistência diante da proposta de atuação da CNV, nesse sentido, utilizou-se do argumento de que os trabalhos desenvolvidos consistiriam em atos de “revanchismo”.

Desse modo, embora a Lei da Anistia tenha sido debatida desde a redemocratização entre diferentes entidades e segmentos sociais e políticos – através, principalmente, das comissões anteriormente estabelecidas –, a criação da CNV suscitou uma intensificação das controvérsias públicas em torno desse tema, na medida em que se vislumbrou a possibilidade de que a lei fosse revisada. Essas disputas se fizeram notar, também, no grupo de trabalho da comissão, já que, apesar da determinação de que a CNV não teria caráter jurisdicional ou persecutório (BRASIL, 2011), houve intensa disputa interna durante o período de funcionamento da comissão sobre a inclusão ou não do tópico da responsabilidade criminal de agentes da ditadura no seu relatório final. A despeito das divergências internas, por fim, o relatório incluiu a crítica à Lei da Anistia entre as “Medidas Institucionais” por considerá-la “incompatível com o direito brasileiro e a ordem jurídica internacional” e defendeu sua revisão para aqueles que cometeram “crimes contra a humanidade, imprescritíveis e não passíveis de anistia” (BRASIL, 2014). Esse posicionamento suscitou novos e intensos debates momento da publicação do Relatório Final.

De forma geral, desde o momento da criação da CNV, as controvérsias a ela relacionadas tiveram na imprensa um notável lócus de sua manifestação, tendo esta se

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constituído como um espaço de debate público em torno das memórias em disputa e, consequentemente, como um importante ator nessas disputas. Estudos sobre essa temática das relações entre mídia, memória e usos públicos do passado têm contribuído para compreender que meios de comunicação, apesar da pretensa imparcialidade, detêm papel preponderante na determinação e enquadramento3 de debates em torno de questões públicas, configurando-se como importante ator para a conformação de determinadas visões e representações. Essa atuação da “grande imprensa” é observável ainda durante o golpe e o decorrer do regime, na medida em que, a despeito da censura que se abateu sobre determinados setores da imprensa durante a ditadura, posições de apoio e colaboração também caracterizaram a relação entre governos militares e órgãos da imprensa.

No que se refere às representações sobre esse tema formuladas no contexto atual, torna-se pertinente observar de que maneira tais veículos trataram assuntos relacionados à Comissão da Verdade desde sua instauração, na medida em que esses materiais se configuram como fontes importantes para a compreensão de controvérsias públicas e dos argumentos mobilizados pelos diferentes atores sociais. Essa análise possibilita, portanto, uma compreensão da forma como diferentes segmentos da sociedade se relacionam com a memória da ditadura e de temáticas relacionadas a ela, pois os debates revelaram, em grande medida, permanentes disputas sobre os sentidos e significados acerca dessa experiência no tempo presente. Constituem, portanto, embates sobre memórias públicas que continuam a suscitar conflitos e que voltaram a se tornar destaque na esfera pública a partir da atuação da CNV.

Os debates, portanto, não se limitaram a questões contemporâneas, mas fizeram referência a temáticas do passado que ainda se estabelecem como controvérsias públicas no presente. A atuação da mídia, nesse sentido, impulsionou novas discussões sobre a ditadura na esfera pública e construiu e reforçou determinadas interpretações acerca dela, conferindo maior destaque a certas representações desse passado. Assim, a pesquisa conduzida busca analisar como a imprensa procurou intervir no debate público sobre esse passado, identificando a atenção dispensada a esse tema e os principais argumentos mobilizados tanto para a defesa quanto para a contraposição à criação e ao desenvolvimento dos trabalhos da

3 A noção de “enquadramento” para pensar as disputas públicas de memória se ancora no trabalho de diversos autores que buscaram refletir sobre esta temática, com destaque para: POLLAK (1989), TODOROV (2000), HUYSSEN (2000; 2014).

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CNV. Para tanto, partiu-se da análise das publicações referentes a esse tema feitas pelos jornais Folha de São Paulo, O Globo e O Estado de São Paulo. Em um primeiro momento, foram priorizados os editoriais de tais jornais, a partir dos quais foi possível mapear as opiniões e posicionamentos dos editores sobre a temática. Além de revelarem de nitidamente as convicções políticas e ideológicas que orientam aquele órgão da imprensa – a despeito do discurso de neutralidade e imparcialidade –, os editoriais evidenciam também a forma como diferentes temáticas são abordadas, privilegiando ou secundarizando certas questões. Assim, foi possível perceber que esses jornais buscaram “enquadrar” de maneira semelhante a forma como o debate sobre esse passado transcorreu na esfera pública, a despeito de pequenas variações de posicionamentos.

O principal eixo de sustentação desse enquadramento se encontra na defesa da Lei da Anistia, de 1979. De maneira geral, buscou-se evitar o aprofundamento de discussões sobre a revisão de tal lei e sobre uma possível punição àqueles que praticaram violações dos direitos humanos como agentes do Estado. A maior parte dos editoriais relacionados à CNV e publicados por esses três jornais esteve preocupada em reafirmar uma perspectiva contrária a qualquer iniciativa da comissão que implicasse na revisão da Lei da Anistia e em condenar qualquer ação que pudesse ser interpretada como “revanchismo”.

Esses debates vinculados nos editoriais tiveram início antes mesmo da criação da CNV, quando houve uma repercussão pública em torno da aprovação do PNDH-3, em 2009. Já nesse momento os veículos em questão denunciavam o “revanchismo” da comissão e se declaravam contrários a qualquer movimento orientado no sentido de rever a Lei da Anistia. Foi comum a defesa da ideia de que a anistia foi recíproca e de que seria necessário que a comissão apurasse também os crimes cometidos pela esquerda armada. Argumentava-se que a revisão da Lei de Anistia comprometeria o pacto de reconciliação nacional que tal lei possibilitou.

A orwelliana ‘Comissão da Verdade’, encharcada de revanchismo, é uma criação do governo Lula. Cabe, a propósito, registrar que nada se tem a opor que a sociedade consiga amplo acesso aos registros oficiais dos anos de chumbo, em especial os familiares dos mortos e desaparecidos. O inadmissível é revogar a anistia a favor de um lado, e com isso reabrir um capítulo já encerrado da história. Se o ‘programa de direitos humanos’ se

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resumir a um estratagema político, a fim de servir de toque de reunir para a esquerda, houve erro de cálculo (O Globo, 13/01/2010, p. 6).

Com a instalação oficial da CNV em 16 de maio de 2012, os editoriais procuraram elogiar a comissão por seu trabalho de investigação desvencilhado do “revanchismo”, na medida em que a proposta original do PNDH-3 havia sido modificada em defesa à Lei da Anistia. O Estado de São Paulo, por exemplo, afirma que “o bom senso afinal prevalecerá, em benefício do objetivo maior de reconciliação nacional e da construção de um futuro assentado em bases de convivência democrática” (O Estado de São Paulo, 02/10/2011, p. A3).

Ao longo do período de funcionamento da comissão, os editoriais referentes a esse tema buscaram reafirmar sua posição de defesa da Lei da Anistia e de oposição a qualquer movimento que buscasse uma revisão da mesma. Procuraram ratificar, também, a defesa da apuração dos crimes da esquerda armada e a ideia de que a lei da anistia foi o resultado da transição pactuada para a democracia. Para O Globo, “para ser isenta, a comissão deveria, na busca pela ‘verdade’, também registrar a história de vítimas de movimentos radicais de esquerda” (O Globo, 25/09/2014, p. 22).

A publicação do Relatório Final, que recomendava a revisão da Lei da Anistia, gerou reações mais fortes por parte dos três órgãos da imprensa. Aliada à ideia de que a “anistia irrestrita” é “um dos pilares sobre os quais se apoia a democracia brasileira”, os jornais, de maneira geral, posicionaram-se contrários à tentativa de alterar a Lei por pressão de organismos internacionais.

Não é sensato nem desejável que compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, determinando que a tortura é crime imprescritível, possam sobrepor-se à soberania jurídica nacional quando se trata das próprias fundações do Estado de Direito entre nós. A anistia deve ser preservada (Folha de São Paulo, 12/12/2014).

Portanto, a despeito de eventuais divergências de posicionamentos, O Globo, a Folha

de São Paulo e o Estado de São Paulo sustentaram posições uniformes sobre a CNV e

estabeleceram de maneira semelhante um enquadramento sobre o assunto. Este enquadramento implica na construção de determinadas “memórias hegemônicas” sobre o período histórico em discussão, na medida em que acaba por silenciar outras memórias que não têm a mesma capacidade de se projetar nas controvérsias públicas. Desse modo,

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percebe-se a permanência despercebe-se passado no tempo prepercebe-sente e as intensas disputas de percebe-sentido que ainda o permeiam, as quais se manifestam de maneira clara na imprensa.

Em consonância com esse movimento, a historiografia sobre as relações entre a sociedade e o regime ditatorial que marcou o país entre as décadas de 1960 e 1980 continua a produzir estudos que apontam para a constituição dessas diferentes memórias e narrativas sobre tal experiência. A pesquisa sobre as controvérsias públicas em torno da Comissão Nacional da Verdade reverbera essa questão, demonstrando a necessidade de debater esse tema concomitantemente a questões que permeiam o debate público no presente.

Referências

BAUER, Caroline Silveira. Como será o passado? História, historiadores e a Comissão Nacional da Verdade. Jundiaí: Paco Editorial, 2017.

BRASIL, Lei n. 12.528 de 18 de novembro de 2011. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12528.htm>. Acesso em: 10 mai. 2018.

BRASIL, Relatório da Comissão Nacional da Verdade. Brasília: CNV, 2014. Disponível em: < http://www.cnv.gov.br/images/pdf/relatorio/Capitulo%2018.pdf>. Acesso em: 05 jun. de 2018.

CANABARRO, Ivo. Caminhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV): memórias em construção. Seqüência, Florianópolis, n. 69, p. 215-234, dez. 2014.

DIAS, Reginaldo Benedito. A Comissão Nacional da Verdade, a disputa da memória sobre o período da ditadura e o tempo presente. Unesp , São Paulo, v. 9, n. 1, p. 71-95, janeiro-junho, 2013.

HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.

_____. Culturas do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas da memória. São Paulo: Contraponto, 2014.

PEREIRA, Matheus. Nova Direita? Guerras de memória em tempos de Comissão da Verdade (2012-2014). Varia História, v. 31, p. 863-902, 2015.

PERLATTO, Fernando & HOLLANDA, Cristina Buarque. Entre a reconciliação e a justiça: a Lei da Anistia diante das Comissões da Verdade” In: Maria Paula Araujo & António Costa

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Pinto (Orgs.). Democratização, memória e justiça de transição nos países lusófonos. Pernambuco: EDUPE, 2017, p.16-30.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v.2, n.3, p.3-15, 1989.

TODOROV, Tzvetan. Los abusos de la memoria. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 2000.

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