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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

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(2)

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão

Coordenação de População e Indicadores Sociais

Miriam Belchior

INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E

ESTATÍSTICA - IBGE

Presidente

Diretor-Executivo

ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES

Diretoria de Pesquisas

Diretoria de Geociências

Diretoria de Informática

Centro de Documentação e Disseminação de Informações

Escola Nacional de Ciências Estatísticas

UNIDADE RESPONSÁVEL

Diretoria de Pesquisas

Eduardo Pereira Nunes

Wasmália Socorro Barata Bivar

Luiz Paulo Souto Fortes

Paulo César Moraes Simões

David Wu Tai

rgio da Costa Côrtes

Solange Corrêa Onel

(3)

Rio de Janeiro

2011

Coordenação de População e Indicadores Sociais

Características Étnico-raciais

da População

um estudo das categorias de

classificação de cor ou raça

(4)

Elaboração do arquivo PDF

Roberto Cavararo

Produção de multimídia

Marisa Sigolo Mendonça

Márcia do Rosário Brauns

Capa

Marcelo Thadeu Rodrigues e Marcos Balster - Coordenação

de Marketing/Centro de Documentação e Disseminação

de Informações - CDDI

ISBN 978-85-240-4201-0 (CD-ROM)

ISBN 978-85-240-4200-3 (meio impresso)

© IBGE. 2011

(5)

Apresentação

Introdução

Notas técnicas

Histórico da investigação sobre cor ou raça nas pesquisas

domiciliares do IBGE

Processo de construção da pesquisa

Objetivos da pesquisa

População-alvo

Aspectos da amostragem

Instrumento de coleta

Tabelas de resultados

1 Dados gerais

1.1 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por sexo, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

1.2 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por grupos de idade, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

1.3 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por classes de rendimento domiciliar per capita, segundo

as Unidades da Federação selecionadas - 2008

(6)

1.4 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por grupos de anos de estudo, segundo as Unidades da

Federação selecionadas - 2008

1.5 -

Arranjos familiares, total e distribuição percentual por tipo,

segundo as Unidades da Federação selecionadas - 2008

1.6 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por condição no domicílio, segundo as Unidades da

Federação selecionadas - 2008

1.7 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por posição na ocupação, segundo as Unidades da

Federação selecionadas - 2008

2 Influência da cor ou raça

2.1 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e

distribuição percentual por influência da cor ou raça

na vida das pessoas, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

2.2 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e

distribuição percentual por influência da cor ou raça na

vida das pessoas, segundo as Unidades da Federação

selecionadas e sexo - 2008

2.3 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por influência da cor ou raça na vida das pessoas,

segundo as Unidades da Federação selecionadas e

grupos de idade - 2008

2.4 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por influência da cor ou raça na vida das pessoas,

segundo as Unidades da Federação selecionadas e classes de

rendimento familiar per capita - 2008

2.5 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por influência da cor ou raça na vida das pessoas,

segundo as Unidades da Federação selecionadas e

grupos de anos de estudo - 2008

2.6 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por saber dizer a própria cor ou raça, segundo as

Unidades da Federação selecionadas - 2008

2.7 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e

distribuição percentual por cor ou raça, nas 14 categorias mais

frequentes, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

2.8 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por cor ou raça, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

(7)

de idade, por cor ou raça, segundo as Unidades da Federação

selecionadas e a forma de classificação

de cor ou raça - 2008

2.10 -

Distribuição percentual das pessoas de 15 anos ou mais de

idade, por cor ou raça e Unidades da Federação

selecionadas, segundo a cor ou raça definida pelo

entrevistador - 2008

2.11 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade,

por dimensões pelas quais as pessoas, em geral, definem

cor ou raça, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

2.12 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por dimensões pelas quais as pessoas, em geral,

definem cor ou raça e ordem de alternativa de escolha, segundo as

Unidades da Federação selecionadas - 2008

2.13 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade,

por cor ou raça, segundo as Unidades da Federação selecionadas e

as dimensões pelas quais as pessoas, em geral,

definem cor ou raça - 2008

2.14 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por

dimensões pelas quais definem a própria cor ou raça, segundo as

Unidades da Federação selecionadas - 2008

2.15 -

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição

percentual por dimensões pelas quais as pessoas definem a própria

cor ou raça e ordem de alternativa de escolha, segundo as Unidades

da Federação selecionadas - 2008

2.16 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade,

por cor ou raça, segundo as Unidades da Federação

selecionadas e as dimensões pelas quais definem a

própria cor ou raça - 2008

2.17 -

Pessoas de 15 anos ou mais, total e distribuição percentual

das que se declaram brasileiras, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

2.18 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade,

por alternativas de origem familiar, segundo as Unidades da

Federação - 2008

2.19 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor

ou raça, segundo as Unidades da Federação selecionadas e as

alternativas de origem familiar - 2008

(8)

2.20 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por

alternativas de identificação de cor ou raça, segundo as Unidades da

Federação selecionadas - 2008

2.21 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade,

por alternativas de identificação de cor ou raça, que escolheram

somente

uma das opções de resposta, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

2.22 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por

alternativas de identificação de cor ou raça, que escolheram

duas opções de resposta, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

2.23 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por

alternativas de identificação de cor ou raça, que escolheram três

ou mais opções de resposta, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

2.24 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor

ou raça, segundo as Unidades da Federação selecionadas e as

alternativas de identificação de cor ou raça - 2008

2.25 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por áreas

de inter-relação social em que a cor ou raça influencia a vida das

pessoas no Brasil, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

2.26 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por áreas

de inter-relação social em que a cor ou raça influencia a vida das

pessoas no Brasil, segundo as Unidades da Federação

selecionadas e o sexo - 2008

2.27 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por áreas

de inter-relação social em que a cor ou raça influencia a vida das

pessoas no Brasil, segundo as Unidades da Federação

selecionadas e os grupos de idade - 2008

2.28 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por áreas

de inter-relação social em que a cor ou raça influencia a vida das

pessoas no Brasil, segundo as Unidades da Federação selecionadas

e as classes de rendimento domiciliar per capita - 2008

2.29 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por áreas

de inter-relação social em que a cor ou raça influencia a vida das

pessoas no Brasil, segundo as Unidades da Federação selecionadas

e os grupos de anos de estudo - 2008

2.30 -

Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor

ou raça, segundo as Unidades da Federação selecionadas e as áreas

de inter-relação social em que a cor ou raça influencia a vida das

pessoas no Brasil - 2008

(9)

de idade, por cor ou raça e Unidades da Federação selecionadas,

segundo a posição na ocupação - 2008

2.32 -

Distribuição percentual das pessoas de 15 anos ou mais

de idade, por cor ou raça e Unidades da Federação selecionadas,

segundo os grupos de anos de estudo - 2008

3 Cor ou raça da mãe do entrevistado

3.1 -

Mães dos entrevistados, total e distribuição percentual por

cor ou raça da mãe declarada pelo filho, segundo as Unidades da

Federação selecionadas - 2008

3.2 -

Mães dos entrevistados, total e distribuição percentual por

grupos de anos de estudo, conforme declaração do filho, segundo

as Unidades da Federação selecionadas - 2008

3.3 -

Mães dos entrevistados, total e distribuição percentual por

posição na ocupação das mães aos 15 anos de idade do filho,

conforme declaração do próprio, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

3.4 -

Distribuição percentual das mães dos entrevistados, por cor

ou raça declarada pelo filho e Unidades da Federação selecionadas,

segundo a posição na ocupação das mães aos 15 anos de idade do

filho, conforme declaração do próprio - 2008

3.5 -

Distribuição percentual das mães dos entrevistados, por cor

ou raça declarada pelo filho e Unidades da Federação selecionadas,

segundo os grupos de anos de estudo, conforme declaração

do filho - 2008

4 Cor ou raça do pai do entrevistado

4.1 -

Pais dos entrevistados, total e distribuição percentual por

cor ou raça do pai declarada pelo filho, segundo as Unidades da

Federação selecionadas - 2008

4.2 -

Pais dos entrevistados, total e distribuição percentual por

grupos de anos de estudo, conforme declaração do filho, segundo

as Unidades da Federação selecionadas - 2008

4.3 -

Pais dos entrevistados, total e distribuição percentual por

posição na ocupação do pai aos 15 anos de idade do filho, conforme

declaração deste, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

4.4 -

Distribuição percentual dos pais dos entrevistados, por cor ou

raça declarada pelo filho e Unidades da Federação selecionadas,

segundo a posição na ocupação dos pais aos 15 anos de idade do

filho, conforme declaração deste - 2008

(10)

4.5 -

Distribuição percentual dos pais dos entrevistados, por cor ou

raça declarada pelo filho e Unidades da Federação selecionadas,

segundo os grupos de anos de estudo do pai, conforme

declaração do filho - 2008

Tabelas com coeficientes de variação

1 -

Coeficiente de variação da estimativa de pessoas de 15 anos ou

mais de idade, por classes de rendimento domiciliar

per capita, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

2 -

Coeficiente de variação da estimativa de pessoas de 15 anos ou

mais de idade, por grupos de anos de estudo, segundo as Unidades

da Federação selecionadas - 2008

3 -

Coeficiente de variação da estimativa de arranjos

familiares, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

4 -

Coeficiente de variação da estimativa de pessoas de 15 anos ou

mais de idade, por condição no domicílio, segundo as Unidades da

Federação selecionadas - 2008

5 -

Coeficiente de variação da estimativa de pessoas de 15 anos ou

mais de idade, por posição na ocupação, segundo as Unidades da

Federação selecionadas - 2008

6 -

Coeficiente de variação da estimativa de pessoas de 15 anos ou

mais de idade, por cor ou raça declarada de

forma espontânea, segundo as Unidades da Federação

selecionadas - 2008

Referências

Anexo

Questionário da Pesquisa das Características

Étnico-raciais da População

Glossário

Convenções

-

Dado numérico igual a zero não resultante

de arredondamento;

..

Não se aplica dado numérico;

...

Dado numérico não disponível;

x

Dado numérico omitido a fim de evitar a individualização da

informação;

0; 0,0; 0,00

Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de

um dado numérico originalmente positivo; e

-0; -0,0; -0,00

Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de

um dado numérico originalmente negativo.

(11)

Wasmália Bivar

Diretora de Pesquisas

C

om a presente publicação, o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE apresenta os resultados da Pesquisa das

Carac-terísticas Étnico-raciais da População - P

cerP

, realizada, pela primeira

vez, em 2008, com o propósito de compreender melhor o atual sistema

de classificação da cor ou raça nas pesquisas domiciliares realizadas

pela Instituição e contribuir para seu aprimoramento.

A publicação traz notas técnicas sobre a pesquisa, com o histórico

da investigação sobre o tema em outros levantamentos domiciliares e

considerações sobre a metodologia utilizada. Os resultados,

apresen-tados em um conjunto de 65 tabelas, têm como referência as pessoas

de 15 anos ou mais de idade residentes em domicílios particulares

permanentes localizados nas seis Unidades da Federação

seleciona-das – Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso

e Distrito Federal – com cruzamentos das variáveis por sexo, idade,

escolaridade e rendimento domiciliar. Em acréscimo a esse conjunto

de informações, são fornecidos, para algumas tabelas, os coeficientes

de variação associados às estimativas apresentadas. O CD-ROM que

acompanha a publicação reproduz o volume impresso, contendo, ainda,

as tabelas em formato Excel, além das tabelas com números absolutos

e coficientes de variação.

Trata-se de um trabalho inovador que visa primordialmente servir

de subsídio para o desenvolvimento de estudos na área temática da

cor ou raça no País.

(12)

N

o sistema de classificação por cor ou raça da população utilizado

atualmente pelo IBGE nas suas pesquisas domiciliares, constam

cinco categorias: branca, preta, amarela, parda e indígena. Ainda que,

por vezes, alvo de críticas, estas categorias também têm exercido

um papel legitimador das representações sobre os diferentes grupos

étnico-raciais que convivem no País. Neste sentido, diferentes

levan-tamentos populacionais do Instituto, como a Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios - PNAD, a Pesquisa Mensal de Emprego - PME

e os Censos Demográficos, vêm contribuindo significativamente para

o dimensionamento da questão étnico-racial na população brasileira.

Ademais, a publicação Síntese de indicadores sociais: uma análise das

condições de vida da população

1

, com 12 volumes anuais já divulgados,

coloca a distinção por cor ou raça da população como uma

variável-chave para a análise das estatísticas da população.

O atual debate no Brasil sobre as políticas de ação afirmativa e de

promoção da igualdade no acesso das populações negra e indígena às

universidades e aos concursos públicos tornou premente, no contexto

institucional, a necessidade de aprofundar a reflexão sobre o sistema

de classificação de cor ou raça utilizado nas pesquisas domiciliares do

IBGE. Os compromissos assumidos pelo Brasil na III Conferência

Mun-dial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância

Correlata, realizada em Durban, na África do Sul, em 2001, quando foi

adotada a “Declaração e o Programa de Ação de Durban”, que trata

especificamente das políticas e práticas de coleta e desagregação de

dados, pesquisas e estudos nesta área, reforçaram essa necessidade.

(13)

Dentro do compromisso de revisão sistemática de metodologia e conteúdo

das investigações do IBGE, foi implementada a Pesquisa das Características

Étnico-raciais da População - P

cerP

2008, com o objetivo de levantar uma base empírica de

informações, visando subsidiar estudos e análises para a elaboração de alternativas

de aprimoramento do sistema de classificação étnico-racial utilizado nos diversos

levantamentos estatísticos de dados populacionais do Instituto.

A pesquisa foi realizada em uma Unidade da Federação selecionada em cada

Grande Região, abrangendo os Estados do Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande

do Sul e Mato Grosso, além do Distrito Federal. Essa escolha foi baseada em

crité-rios de representação étnico-racial e, também, em fatores logístico e operacional,

que favoreceriam naquele momento a implementação da pesquisa de campo em

determinada unidade. Estados com importante representação da população preta ou

parda, como Rio de Janeiro e Bahia, no entanto, não puderam ser selecionados em

função deste segundo critério.

Espera-se que os resultados da P

cerP

2008, divulgados na presente publicação,

sejam tratados como bases de estudos para o próprio IBGE e para especialistas do

tema em outras instituições, visando aprofundar a compreensão das categorias

étnico-raciais até então utilizadas nas pesquisas domiciliares. Além disso, a pesquisa traz

importantes elementos para o estudo de mobilidade social, contemplando aspectos

da identificação de origens étnica e geográfica, e da percepção da influência da cor

ou raça em alguns espaços da vida social.

Em prosseguimento à divulgação dessas informações, está previsto o

lançamen-to de outra publicação contendo uma análise dos resultados ora apresentados, em

que se pretende o trabalho conjunto de técnicos do IBGE e de especialistas externos,

alguns já atuantes em seminários e oficinas que culminaram na presente pesquisa.

(14)

Histórico da investigação sobre cor ou raça

nas pesquisas domiciliares do IBGE

No primeiro Censo Demográfico realizado no Brasil, em 1872,

a classificação por raças estava presente na forma de quatro opções

de resposta: branco, preto, pardo e caboclo, esta última dirigida a

contabilizar a população indígena do País. “Ressalva-se que tal

esco-lha foi muito apropriada, pois em um levantamento dessa natureza é

importante que os termos empregados tenham uso corrente e o mais

disseminado possível para proporcionar maior uniformidade e

confia-bilidade aos dados obtidos” (OSORIO, 2003, p. 18).

Em 1890, ano do segundo Censo Demográfico, foi utilizado o

termo mestiço em substituição a pardo, enquanto as outras três

catego-rias continuaram a ser utilizadas. Verifica-se assim a existência de dois

critérios simultâneos na classificação da população no mesmo quesito:

um que aponta para o registro da “cor” do entrevistado, utilizando as

categorias de branco e preto, e outro que remete à ascendência ou

origem racial, manifestando-se na utilização do termo mestiço para os

produtos das uniões de pretos e brancos e de caboclo para classificar os

índios e seus descendentes. “Note-se que a mestiçagem foi promovida

aqui à condição de categoria, assumindo claramente o sentido

atribu-ído pelo branqueamento, qual seja o de diluição do sangue negro no

cruzamento com os contingentes migratórios, que levaria ao gradual

desaparecimento desta população” (CAMARGO, 2010, p. 243).

(15)

A seguir, nos Censos de 1900 e 1920, as informações sobre cor ou raça não

fo-ram coletadas e, em 1910 e 1930, não fofo-ram realizadas operações censitárias no País.

A partir do Censo 1940, as categorias utilizadas para a classificação, agora

deno-minada de cor, sem fazer referência às raças e com critérios de atribuição diferentes

compreendem: branco, preto e amarelo, esta última para dar conta da imigração

japonesa ocorrida fundamentalmente entre 1908 e 1930. Assim, a cor tornou-se “o

suporte para as representações ambíguas que satisfizeram o ideário de nação que

visava agregar e não dividir” (NASCIMENTO, 2008, p. 138). A instrução para o

preen-chimento do quesito, em 1940, foi de que se considerassem apenas as três respostas

mencionadas, lançando um traço (–) no espaço correspondente do questionário em

qualquer outro caso. Posteriormente, o traço foi codificado como categoria residual,

parda, e foi destinada tanto para classificar os que utilizaram outros termos de cor ou

raça, quanto para os indígenas, para quem não se proporciona termo de identificação.

“Há aí mudança radical de perspectiva, pois o que se valoriza não são mais os tipos

raciais originários, mas a ‘cor’, isto é, as tonalidades de pele, sem a antiga referência

à continuidade sangüínea” (CAMARGO, 2010, p. 254).

Os Censos 1950 e 1960 reincorporaram o grupo pardo à categorização de cor,

como unidade de coleta e análise, sendo os primeiros levantamentos que orientaram

explicitamente nas suas instruções de preenchimento a respeitar a resposta da pessoa

recenseada, constituindo a primeira referência explícita ao princípio de autodeclaração.

No Censo 1970, mais uma vez a variável foi excluída da pesquisa, sendo que

a partir do Censo 1980 o quesito voltou a ser pesquisado, desta vez no questionário

da amostra. Em 1991, foi acrescentada a categoria indígena às já mencionadas, após

um século de ausência desta identificação, passando a pergunta a ser denominada

como de “raça ou cor” e, no Censo 2000, de “cor ou raça”. Em 2010, último censo

re-alizado, repetiram-se as mesmas categorias de classificação da pergunta, que voltou

ao questionário básico aplicado à totalidade da população, sendo que, pela primeira

vez, as pessoas identificadas como indígenas foram indagadas a respeito de sua etnia

e língua falada.

A investigação de cor ou raça também passou a integrar outras pesquisas

domiciliares, tais como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, em

1987, a Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF, em 2002-2003, e a Pesquisa Mensal

de Emprego - PME, em 2003.

Além disso, conta-se com os resultados de duas pesquisas específicas anteriores:

a PNAD, realizada em 1976

2

, e a PME, em julho de 1998

3

, em que foram incluídas uma

2 Pesquisa especial que investigou, por meio de uma subamostra, o tema mobilidade social e a característica cor,

denomi-nada pela própria pessoa em um quesito aberto e outro fechado com base em uma classificação em quatro categorias: branca, preta, amarela e parda. A pesquisa, de âmbito nacional, era realizada, à época, em todo o território, exceto na área rural das Unidades da Federação das Regiões Norte e Centro-Oeste, sem contar o Distrito Federal, que estava integralmente representado.

3 Pesquisa suplementar que investigou a característica cor ou raça, denominada pela própria pessoa em um quesito aberto

e outro fechado com base em uma classificação em cinco categorias: branca, preta, amarela, parda e indígena. A pesquisa, realizada nas Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, tam-bém investigou, através de quesitos aberto e fechado, a origem do entrevistado, sem nenhuma definição explícita deste conceito. Para informações complementares, consultar a publicação: PETRUCCELLI, J. L. A cor denominada: um estudo do suplemento da PME de julho/98. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. 54 p. (Textos para discussão. Diretoria de Pesquisas, n. 3).

(16)

Processo de construção da pesquisa

As ideias iniciais que propiciaram o processo de discussão e que resultaram na

atual pesquisa sobre o sistema de classificação étnico-racial brasileiro remontam ao

segundo semestre de 1998, quando se concretizou a proposta de inclusão de quatro

perguntas sobre cor ou raça e origem na PME realizada em julho daquele ano, ao

mes-mo tempo em que se realizou um pequeno seminário na Coordenação de População e

Indicadores Sociais, vinculada à Diretoria de Pesquisas, com pesquisadores externos.

A percepção da necessidade de estudar, de forma abrangente e aprofundada,

o significado, a construção e a utilização destas categorias conduziu ao planejamento

de consultas com representantes dos movimentos negro e indígena, pesquisadores,

órgãos estaduais e outros usuários das informações derivadas da classificação de cor

ou raça. Assim, numa perspectiva de construção em um processo de diálogo, foram

realizados seminários e oficinas de trabalho, visando à elaboração conjunta de uma

pesquisa que permitisse aprofundar a compreensão das categorias raciais utilizadas

e que subsidiasse a elaboração de novas propostas atualizadas de classificação,

aten-dendo às repetidas demandas da sociedade.

pergunta aberta, de resposta espontânea, e outra fechada, ou pré-codificada, sobre

a cor ou raça do entrevistado.

Na sequência, encontra-se um quadro que resume a evolução das categorias

étnico-raciais consideradas nos Censos Demográficos realizados no País.

1872 1890 1940 1950 1960 1980 1991 2000 2010

População livre

(define sua cor)

Branca Branca Branca Branca Branca Branca Branca Branca Branca

Preta Preta Preta Preta Preta Preta Preta Preta Preta

Parda Mestiça Parda Parda Parda Parda Parda Parda

Cabloca Cabloca

Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Índigena Índigena Índigena (outras respostas foram codificadas como de cor parda) (se indígena: Etnia e língua falada) População escrava Preta Parda

Fonte: Recenseamento do Brazil 1872-1920. Rio de Janeiro: Directoria Geral de Estatística, 1872-1930; e IBGE, Censo Demográfico 1940/2010.

(17)

Realizaram-se em 2002 e 2003 três reuniões ampliadas na Diretoria de Pesquisas

e quatro seminários nas Unidades Estaduais do IBGE de Salvador, Rio de Janeiro e

São Paulo, com participação de mais de 50 pessoas, representando 15 organizações

do movimento negro, 12 instituições de pesquisa, organizações não governamentais

que trabalham com questões relativas às nações indígenas e secretarias estaduais,

além de pesquisadores e técnicos do próprio IBGE. É importante destacar que os três

estados onde foram realizados seminários comportam quase a metade dos pouco

mais de 10 milhões de pessoas que se declararam de cor ou raça preta no País e dos

66 milhões que se declararam de cor ou raça parda, segundo os dados do Censo 2000.

Uma vez definido o conteúdo da pesquisa, em maio de 2005, foram realizados

testes de campo do questionário em três cidades: Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Em janeiro de 2007, realizou-se uma reunião de trabalho com mais de 20 convidados

ex-ternos, provenientes de diversas Unidades da Federação, dentre os quais se destacaram

lideranças dos movimentos negro e indígena, pesquisadores e especialistas no tema.

Como produto de todas estas reuniões, configurou-se o formato final do

ques-tionário, definindo-se a escolha de seis Unidades da Federação - uma em cada

Gran-de Região brasileira, além do Distrito FeGran-deral - para aplicação da pesquisa. Esta foi

realizada no segundo semestre de 2008, visando alcançar uma significativa cobertura

da diversidade étnico-racial do País.

Objetivos da pesquisa

A P

cerP

2008 pode ser caracterizada como uma pesquisa de objetivos múltiplos

que visa compreender melhor o atual sistema de classificação da cor ou raça

utiliza-do nas pesquisas utiliza-domiciliares utiliza-do IBGE, contribuinutiliza-do para seu aprimoramento. Seus

objetivos específicos são:

1. Ampliar o espectro de compreensão das categorias nas estatísticas oficiais

em relação às questões étnico-raciais;

2. Fornecer novos elementos de interpretação para possíveis alternativas de

aprimoramento do atual sistema de classificação étnico-racial;

3. Construir uma base empírica que permita subsidiar estudos e análises sobre

o tema;

4. Levantar as denominações correntes de cor, raça, etnia e origem de forma

mais abrangente e completa, tanto do ponto de vista da composição étnica

da população como das diversidades regionais;

5. Identificar as dimensões que definem a construção e o uso desta

termino-logia; e

6. Correlacionar os níveis de instrução e a posição na ocupação da população

entrevistada com os dos pais, segundo os grupos de cor ou raça.

(18)

População-alvo

A população-alvo da P

cerP

2008 é constituída pelos moradores de 15 ou mais

anos de idade residentes em domicílios particulares permanentes pertencentes à área

de abrangência geográfica da pesquisa. Esta área foi definida como sendo o recorte

geográfico formado pelas seguintes Unidades da Federação: Amazonas, Paraíba, São

Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal.

Aspectos da amostragem

Por ser uma pesquisa domiciliar cujo conteúdo faz parte dos temas previstos

para o Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares - SIPD, em fase de

implementa-ção no IBGE, o plano amostral da P

cerP

2008 utilizou a estrutura amostral desenhada

para tal sistema.

Nas seções a seguir, serão abordados aspectos relacionados ao plano amostral,

tamanho e alocação da amostra e precisão das estimativas das proporções de pessoas

em cada uma das cinco categorias de cor ou raça – branca, preta, amarela, parda e

indígena - que serviram de base para o dimensionamento da amostra.

Plano amostral

A principal finalidade do plano amostral para esta pesquisa foi permitir a

ob-tenção de estimativas das proporções de pessoas em cada uma das cinco categorias

de cor ou raça no conjunto das seis Unidades da Federação selecionadas. A

pesqui-sa foi domiciliar e o plano amostral empregado foi amostragem conglomerada em

três estágios, com estratificação das unidades primárias de amostragem. Os setores

censitários formaram as unidades primárias de amostragem; os domicílios foram as

unidades de segundo estágio; e os moradores de 15 anos ou mais de idade definiram

as unidades de terceiro estágio.

Como parte integrante do SIPD, as unidades primárias de amostragem da

pes-quisa foram obtidas da amostra mestra, que é a estrutura amostral do sistema e é

composta por setores censitários selecionados com um método probabilístico e da

qual é possível selecionar uma subamostra para as pesquisas que integram o sistema.

Portanto, a estratificação dos setores censitários (unidades primárias de amostragem)

nesta pesquisa foi a mesma adotada para a amostra mestra. Para maiores detalhes,

ver Freitas, Lila e Azevedo (2007).

No segundo estágio, foi selecionado por amostragem aleatória simples um

número fixo de domicílios particulares permanentes em cada setor selecionado no

primeiro estágio. Por fim, no terceiro estágio, em cada domicílio selecionado, um

mo-rador com 15 anos ou mais de idade foi selecionado para responder ao questionário,

também por amostragem aleatória simples.

(19)

Tamanho da amostra

O tamanho da amostra foi determinado considerando o nível de precisão

desejado para as estimativas das proporções de pessoas em cada uma das cinco

ca-tegorias de cor ou raça. Vários cálculos baseados em amostragem aleatória simples

foram efetuados a fim de definir o tamanho da amostra, fixando-se vários níveis de

precisão para as estimativas das proporções e para os diversos níveis geográficos.

O plano amostral adotado na pesquisa não foi amostragem aleatória simples de

pessoas, por isso foi feito um ajuste no tamanho da amostra obtido, considerando os

valores do efeito de plano amostral (EPA). Esta medida, EPA, indica o quanto o plano

amostral por conglomerados é menos eficiente (maior variância) que a amostragem

aleatória simples, razão pela qual o tamanho da amostra obtido para amostragem

aleatória simples é aumentado para que se alcance a mesma precisão. O EPA foi

cal-culado levando-se em conta o número de domicílios/pessoas selecionado em cada

setor, a variância do estimador por amostragem aleatória simples, e o coeficiente de

correlação intraclasse, que mede a heterogeneidade dentro dos setores em relação

à variável de interesse. Para maiores detalhes sobre a definição teórica do efeito de

plano amostral, ver Lila e Freitas (2006).

As fórmulas utilizadas foram as seguintes:

1

N

Q

P

P

CV

1

Q

P

1

N

N

n

2 2 AAS

+

=

EPA

n

n

AC

=

AAS

onde:

n

AAS

é o tamanho da amostra de pessoas sob amostragem aleatória simples;

N

é o número total de pessoas;

P

é a proporção de interesse;

P ;

Q

=

1

CV

é o coeficiente de variação desejado da estimativa de proporção;

n

AC

é o tamanho da amostra sob amostragem conglomerada; e

EPA

é o efeito de plano amostral.

Os dados utilizados nos cálculos foram obtidos no Censo 2000, tanto os

referen-tes aos números de pessoas, total e por cor ou raça, quanto os referenreferen-tes aos efeitos

de plano amostral, e são apresentados na Tabela 1 a seguir.

(20)

O tamanho total da amostra foi calculado avaliando níveis de precisão para

as estimativas das proporções de pessoas por categoria de cor ou raça no conjunto

das seis Unidades da Federação selecionadas e, para cada uma destas, o tamanho

da amostra foi obtido após a alocação do tamanho total nos estratos definidos na

amostra mestra.

Total Percentual (%) Total Branca 39 265 552 67,7 2,2 Preta 2 618 226 4,5 1,5 Amarela 495 838 0,9 1,5 Parda 15 023 658 25,9 3,8 Indígena 262 336 0,5 5,9 Amazonas Branca 681 717 24,2 2,6 Preta 87 471 3,1 3,7 Amarela 9 343 0,3 3,2 Parda 1 884 507 66,9 3,4 Indígena 113 391 4,0 6,9 Paraíba Branca 1 467 260 42,6 2,2 Preta 136 577 4,0 2,1 Amarela 2 439 0,1 1,2 Parda 1 801 161 52,3 2,5 Indígena 10 088 0,3 3,7 São Paulo Branca 26 185 687 70,7 1,8 Preta 1 627 267 4,4 1,3 Amarela 456 420 1,2 1,4 Parda 8 456 718 22,8 2,7 Indígena 63 789 0,2 1,7

Rio Grande do Sul

Branca 8 817 727 86,6 1,6 Preta 527 144 5,2 1,6 Amarela 9 656 0,1 1,2 Parda 762 365 7,5 2,1 Indígena 38 718 0,4 4,4 Mato Grosso Branca 1 104 962 44,1 2,3 Preta 141 305 5,6 2,0 Amarela 9 984 0,4 1,3 Parda 1 200 602 47,9 2,4 Indígena 29 196 1,2 6,9 Distrito Federal Branca 1 008 199 49,4 2,0 Preta 98 462 4,8 1,3 Amarela 7 996 0,4 1,2 Parda 918 305 45,0 2,4 Indígena 7 154 0,4 1,1

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000.

Tabela 1 - Pessoas 15 anos ou mais de idade e efeito do plano amostral,

e a cor ou raça - 2000

segundo as Unidades da Federação selecionadas

Unidades da Federação selecionadas e

cor ou raça

Pessoas de 15 anos ou mais de idade Efeito do plano amostral

(21)

A cor ou raça com menor proporção de pessoas no conjunto das seis Unidades da

Federação era a indígena, uma vez que somente 0,5% das pessoas se declararam indígenas

no Censo 2000, por isso o tamanho escolhido foi o necessário para estimar esta

propor-ção com um coeficiente de variapropor-ção de 30%. O tamanho obtido foi de 14 237 pessoas.

Para calcular o tamanho da amostra de primeiro estágio, foi preciso definir o

número de domicílios/pessoas a ser selecionado por setor. O número escolhido foi

10 domicílios; desta forma o tamanho da amostra de setores ficou em 1 424 setores.

Este tamanho inicial sofreu um pequeno acréscimo decorrente da alocação nos

estratos definidos para a amostra mestra da qual foram selecionados efetivamente

os setores. A alocação nos estratos, diretamente no conjunto das seis Unidades da

Federação, foi proporcional ao produto do número de setores pelo máximo entre

a proporção de indígenas e de amarelos. Esta combinação do tamanho do estrato

com as menores proporções de cor ou raça foi realizada para aumentar o tamanho

da amostra em estratos com um maior número de indígenas ou amarelos,

permitin-do uma possível melhora nas estimativas das características destas populações no

conjunto das seis Unidades da Federação. Os tamanhos da amostra por Unidades da

Federação são mostrados na Tabela 2 a seguir.

Após a determinação do tamanho da amostra para cada uma das Unidades da

Federação selecionadas, foi feita uma avaliação da precisão das estimativas das

pro-porções de pessoas por cor ou raça. Na Tabela 3, são apresentados os coeficientes de

variação esperados das estimativas por cor ou raça segundo as Unidades da Federação.

Observa-se, pelos coeficientes de variação apresentados na Tabela 3, que se

deve ter cuidado ao analisar as estimativas das proporções de pessoas em algumas

categorias de cor ou raça e, consequentemente, em categorias de outras características

investigadas na pesquisa, pois o nível de precisão pode não ser aceitável.

Setores Domicílios/Pessoas

Total 1 511 15 110

Amazonas 227 2 270

Paraíba 68 680

São Paulo 637 6 370

Rio Grande do Sul 307 3 070

Mato Grosso 227 2 270

Distrito Federal 45 450

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Métodos e Qualidade. Unidades da Federação

selecionadas

Tamanho da amostra

Tabela 2 - Tamanho da amostra de setores, domicílios e pessoas,

(22)

Expansão da amostra e precisão das estimativas

Os pesos amostrais ou fatores de expansão, utilizados para a obtenção de

es-timativas dos parâmetros relacionados com as características investigadas na P

cerP

2008, foram calculados considerando as probabilidades de seleção, os ajustes pela

não resposta, e os ajustes para calibração dos totais estimados.

Para cada domicílio da amostra, foram calculados dois pesos: um para

obten-ção das estimativas das características gerais de todos os moradores e do domicílio,

associado ao domicílio e a cada um de seus moradores; e outro para as

característi-cas específicaracterísti-cas sobre o tema da pesquisa das pessoas de 15 anos ou mais de idade,

associado à pessoa selecionada no domicílio.

Unidades da Federação selecionadas e a cor ou raça

Coeficiente de variação esperado da estimativa da proporção das pessoas de 15 anos ou mais de idade (%)

Total Branca 0,8 Preta 4,6 Amarela 10,5 Parda 2,7 Indígena 29,1 Amazonas Branca 5,9 Preta 22,5 Amarela 62,4 Parda 2,7 Indígena 26,9 Paraíba Branca 6,7 Preta 27,0 Amarela 138,0 Parda 5,8 Indígena 135,0 São Paulo Branca 1,1 Preta 6,7 Amarela 13,2 Parda 3,8 Indígena 38,3

Rio Grande do Sul

Branca 0,9 Preta 9,6 Amarela 56,0 Parda 9,2 Indígena 61,0 Mato Grosso Branca 3,6 Preta 12,1 Amarela 34,5 Parda 3,4 Indígena 50,5 Distrito Federal Branca 6,8 Preta 23,6 Amarela 80,0 Parda 8,2 Indígena 81,0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Métodos e Qualidade.

Tabela 3 - Coeficiente de variação esperado da estimativa da proporção de pessoas

de 15 anos ou mais de idade, segundo as Unidades da Federação

(23)

O cálculo dos pesos amostrais seguiu os seguintes passos, dentro de cada

Unidade da Federação:

a) Peso amostral básico, definido como o inverso da probabilidade de seleção

- probabilidade de seleção do setor para a amostra mestra

onde:

N

hi

é o número de domicílios no universo do setor

i

, do estrato

h

, com base

nos dados do Censo 2000;

N

h

é o número de domicílios no universo do estrato

h

, com base nos dados do

Censo 2000; e

é o número de setores selecionados para a amostra mestra no estrato

h

.

- probabilidade de seleção do setor para a P

cerP

2008, dado que o setor foi

se-lecionado para a amostra mestra

onde:

m

h

é o número de setores selecionados para a P

cerP

2008 no estrato

h

.

- probabilidade de seleção do domicílio para a P

cerP

2008, dado que o seu setor

foi selecionado para a pesquisa

onde:

10 é o número de domicílios selecionados por setor da amostra da P

cerP

2008; e

é o número de domicílios no universo do setor

i

, do estrato

h

, com base

nos dados da listagem realizada nos setores da amostra da P

cerP

2008.

- probabilidade de seleção do domicílio

* hi

N

* *

10

hi a h h h hi a h d hij hi a hi d hij

p

p

p

m

N

N

m

m

N

p

=

=

10

1

1

* * hi h a h hi h a h d hij d hij

p

m

N

N

m

m

N

w

hij p hijk

O

p

=

1

- peso amostral básico do domicílio e de todos os seus moradores

h hi a h a hi

m

N

N

p

=

a h

m

a h h hi

m

m

p

=

*

10

hi d hij

N

p =

- probabilidade de seleção da pessoa, dado que seu domicílio foi selecionado

para a P

cerP

2008

(24)

onde:

O

hij

é o número de pessoas de 15 anos ou mais de idade no domicílio

j

, do setor

i

, do estrato

h

.

- probabilidade de seleção da pessoa

- peso amostral básico da pessoa selecionada para a P

cerP

2008

onde:

é o número de domicílios selecionados para a amostra da P

cerP

2008 no

setor

i

, do estrato

h

, com entrevista realizada sobre dados gerais de todos os

mora-dores e do domicílio; e

é o número de domicílios selecionados para a amostra da P

cerP

2008 no

setor i, do estrato

h

, sem entrevista realizada por não resposta (domicílio fechado,

recusa dos moradores em atender o entrevistador, ou outro motivo em domicílios

ocupados).

- peso amostral da pessoa selecionada para a P

cerP

2008, com ajuste por não

resposta

hij hi a h h h hi a h p hijk d hij p hijk

p

p

m

N

N

m

m

N

O

p

* *

10

*

1

=

=

hij hi h a h hi h a h p hijk p hijk

N

O

m

m

N

N

m

p

w

=

=

10

1

1

* * d hi d hi d hi hi h a h hi h a h d hij

m

N

N

m

m

N

r

r

nr

w

=

+

10

1

* * d hi

r

d hi

nr

p hi p hi p hi hi h a h hi h a h p hijk

m

N

N

m

m

N

r

r

nr

w

=

+

10

1

* * p hi

r

p hi

nr

b) Peso amostral com ajuste de não resposta, calculado para compensar a

ocor-rência de perda de entrevista por não resposta na P

cerP

2008 (por domicílio

fechado, por recusa dos moradores em atender o entrevistador, ou por recusa

da pessoa selecionada em responder o questionário)

- peso amostral do domicílio e todos os moradores, com ajuste por não resposta

onde:

é o número de pessoas selecionadas para a amostra da P

cerP

2008 no setor

i

, do estrato

h

, com entrevista realizada sobre dados específicos do tema da pesquisa; e

é o número de pessoas selecionadas para a amostra da P

cerP

2008 no setor

i

, do estrato

h

, sem entrevista realizada por não resposta (domicílio fechado, recusa

dos moradores em atender o entrevistador, outro motivo em domicílios ocupados, e

recusa da pessoa selecionada).

(25)

onde:

sg pof sg

Y

Y

ˆ

ˆ

pof sg

sg

c) Peso amostral final, em que optou-se por calibrar a estimativa do total de

pessoas de 15 anos ou mais de idade, obtida com os dados de todos os

moradores da P

cerP

2008, pelo total estimado com dados da POF 2008-2009

Além disso, observou-se que a não resposta da pessoa selecionada foi diferenciada

por sexo e por faixa etária, levando à calibração das estimativas das pessoas de 15 anos

ou mais de idade nestes domínios, obtidas com os dados da pessoa selecionada da P

cerP

2008 pelos totais estimados pela POF 2008-2009.

- peso amostral final do domicílio e de todos os seus moradores

onde:

é o fator de ajuste do peso das pessoas selecionadas do sexo

s

e da faixa

Y

Y

r

n

r

N

m

m

N

N

m

Y

Y

w

w

d pof hi d hi d hi hi h a h hi h a h pof d hij d hij

ˆ

ˆ

10

1

ˆ

ˆ

* *

=

+

=

Y

Y

pof

ˆ

ˆ

Y

ˆ

pof

Y

ˆ

sg pof sg p hi p hi p hi hi h a h hi h a h s pof s p hijk psg hijk

Y

Y

r

n

r

N

m

m

N

N

m

Y

Y

w

w

ˆ

ˆ

10

1

ˆ

ˆ

* *

=

+

=

é o fator de ajuste do peso dos domicílios selecionados e de todos os

seus moradores na Unidade da Federação;

é a estimativa do total de pessoas de 15 anos ou mais de idade na Unidade

da Federação, proveniente da POF 2008-2009; e

é a estimativa do total de pessoas de 15 anos ou mais de idade na Unidade

da Federação, proveniente da P

cerP

2008, considerando todos os moradores.

- peso amostral final da pessoa selecionada para a P

cerP

2008

etária

g

na Unidade da Federação;

é a estimativa do total de pessoas de 15 anos ou mais de idade do sexo

s

e da faixa etária

g

na Unidade da Federação, proveniente da POF 2008-2009; e

é a estimativa do total de pessoas de 15 anos ou mais de idade do sexo

s

e

da faixa etária

g

na Unidade da Federação, proveniente da P

cerP

2008, considerando

a pessoa selecionada.

As faixas etárias consideradas foram as seguintes:

- para o Distrito Federal e o Estado da Paraíba: 15 a 24 anos; 25 a 34 anos; 35 a

44 anos; 45 a 54 anos; e 55 anos ou mais de idade; e

- para os Estados do Amazonas, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso:

15 a 24 anos; 25 a 34 anos; 35 a 44 anos; 45 a 54 anos; 55 a 64 anos; e 65 anos

ou mais de idade.

(26)

Precisão das estimativas

A precisão das estimativas produzidas com os dados da P

cerP

2008 é expressa

pelo coeficiente de variação (CV), estimado, utilizando-se o Método do

Conglomera-do Primário (Ultimate Cluster)

4

, por meio do software S

udaan

(Survey Data Analysis).

Apresenta-se, a seguir, o estimador da variância do estimador de total de uma variável

d

associada ao domicílio e todos os seus moradores e de uma variável

x

associada

à pessoa selecionada.

4 Para detalhes sobre o método, consultar a publicação: HANSEN, M. H.; HURWITZ, W. N.; MADOW, W. G. Sample survey

methods and theory. New York: Wiley, 1953. 2 v. (Wiley publications in statistics). Ver também: PESSOA, D. G. C.; SILVA,

P. L. do N. Análise de dados amostrais complexos. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA, 13., 1998, Caxambu. Anais... São Paulo: Associação Brasileira de Estatística, 1998.

 





=

h i h h hi h h

m

Z

Z

m

m

X

V

2

ˆ

ˆ

1

ˆ

ˆ

 





=

h i h h hi h h

m

Z

Z

m

m

D

V

2

ˆ

ˆ

1

ˆ

ˆ

=

i hi h

Z

Z

ˆ

ˆ

;

=

ij hij d hij h

w

d

e





=

j h hij hi

Y

D

d ;

d hij

w

Z

ˆ

ˆ

ˆ

onde

=

jkgs sg sg h hijk psg hijk hi

x

w

;

=

i hi h

Z

Z

ˆ

ˆ

;

=

ijk g hijk s hijk hijk psg hijk sg h

w

x

I

I

;

=

s hijk

I

1 se a pessoa selecionada no domicilio

j

, do setor

i

, do estranho

0

h

é do sexo

s

caso contrario

1 se a pessoa selecionada no domicilio

j

, do setor

i

, do estranho

0 h é da faixa etária

g

caso contrario

=

g hijk

I

d

hij

é o valor da variável

d

para o domicílio

j

, do setor

i

, do estrato

h

onde:

x

hijk

é o valor da variável

x

para a pessoa selecionada no domicílio

j

, do setor

i

,

do estrato

h

; e

(27)

E o estimador do coeficiente de variação para as estimativas de total é dado por:

 

D

D

V

ˆ

ˆ

ˆ

 

D

cv ˆ =

 

X

X

V

ˆ

ˆ

ˆ

e

cv ˆ =

 

X

Instrumento de coleta

O questionário busca, em linhas gerais, reproduzir uma situação de pesquisa

de campo na área da construção das identidades raciais, pretendendo “traduzir” para

fins estatísticos fenômenos sociais impregnados de subjetividades. Esses fenômenos

se referem a processos de construção de identidades, ao mesmo tempo individuais e

coletivas. Nesse sentido, o questionário inicia aproximando o entrevistado

gradativa-mente do tema, apresentando os elementos que, segundo os estudos, são constitutivos

destes processos de elaboração de identidades.

O questionário é constituído por blocos de identificação do informante, suas

características familiares e socioeconômicas e um bloco dedicado às questões

espe-cíficas de cor ou raça do indivíduo entrevistado e seus pais.

No bloco sobre as questões relativas ao tema central da pesquisa, a primeira

pergunta (quesito 3.06 do questionário anexo) propõe-se a dar início ao tratamento da

classificação racial com a opinião do entrevistado sobre a influência da cor ou raça na

vida das pessoas. Ao mesmo tempo, esta pergunta visa captar o grau de percepção dos

fenômenos sociais de discriminação, baseados na cor ou identificação racial das pessoas.

A seguir, estimulando a pessoa entrevistada a refletir sobre sua própria

identi-ficação, pergunta-se se ela saberia dizer qual é sua cor ou raça (quesito 3.07) e, caso

a resposta fosse afirmativa, pede-se para especificá-la, levantando os termos que o

entrevistado escolhe de forma espontânea para definir a sua cor ou raça. A localização

da pergunta no início do questionário obedece à necessidade de quem responde não

estar influenciado pelo conteúdo e categorias das demais perguntas que seguirão.

As próximas duas perguntas objetivam pesquisar as dimensões que configuram a

identificação de cor ou raça das pessoas. De forma geral, duas são as principais

dimen-sões que podem orientar as respostas: por um lado, a origem familiar da pessoa e, por

outro, os aspectos físicos, ou aparência das mesmas, aqui melhor especificadas, além de

outras opções, como aspectos referentes à cultura (esfera de valores e tradições, e práticas

sociais como a religião, festas, etc.), aspectos vinculados às práticas política e ideológica

(que faz a pessoa escolher essa ou aquela categoria a partir de sua inserção em

movi-mentos sociais) e, ainda, situações em que a escolha de uma categoria está vinculada a

uma inserção de classe ou de status (quando a cor ou raça está determinada pela leitura

que se faz de si mesmo ou de uma outra pessoa a partir de sua condição econômica).

As alternativas visam orientar o entrevistado a escolher entre as principais

dimensões que, seguindo a teoria em torno da construção da identidade racial, são

mais frequentes tanto para a identificação das pessoas em geral (quesito 3.08) quanto

para a autoidentificação (quesito 3.09). Ainda que essas dimensões estejam

imbrica-das na prática, na grande maioria imbrica-das vezes atuando em conjunto, o que se

preten-de, justamente, é induzir o entrevistado a não apenas distingui-las como também a

hierarquizá-las por graus de influência que exercem no processo de construção ou

de imputação de identidades com base nessas características.

(28)

O quesito 3.10 - “Você é brasileiro(a)?" - foi incluído com a finalidade de melhor

estabelecer o objetivo da pergunta seguinte sobre origem familiar no sentido de tentar

evitar, na medida do possível, a previsível resposta “brasileira” em relação à origem,

a qual, como já foi verificado nos testes do Censo 2000 e da pesquisa suplementar

da PME, realizada em julho de 1998, é escolhida por 75% a 90% dos entrevistados. Se

o entrevistado possuir mais de uma nacionalidade e entre elas estiver a “brasileira”,

deve-se marcar a resposta afirmativa; de outra forma, a resposta é não.

A pergunta sobre origem familiar (quesito 3.11) procura indagar a respeito de

elementos suplementares que podem contribuir para definir o perfil de identificação

étnico-racial das pessoas. Mesmo reconhecendo que esta adscrição constitui um

processo eminentemente simbólico e subjetivo, a referência a um determinado

gru-po étnico e/ou a uma origem geográfica remete a um passado, real ou mítico, que

proporciona a base para essa adscrição. Esta pergunta permite respostas múltiplas

e solicita especificar, quando for possível, país, região, comunidade ou etnia a que a

resposta sobre a origem familiar está se referindo.

O conjunto de perguntas que segue pretende dar conta da multidimensionalidade

do fenômeno de categorização racial na sociedade brasileira contemporânea. Enquanto

tradicionalmente nas pesquisas apenas se levanta uma única dimensão composta por

cinco categorias ou possibilidades de resposta excludentes, neste questionário se abrem

diversas oportunidades de resposta, permitindo, assim, expressar a reconhecida

mul-tietnicidade que caracteriza a população do País. Ao mesmo tempo em que as opções

de resposta possibilitam uma superposição com as categorias clássicas de identificação

étnico-racial utilizadas, novos termos são introduzidos, ampliando o escopo de

identifi-cação: no primeiro quesito deste sub-bloco (quesito 3.12), pergunta-se se a pessoa se

reconhece ou identifica como afrodescendente, sem proporcionar nenhuma definição do

termo; no segundo (quesito 3.13), indaga-se sobre a autoidentificação como indígena e,

em caso afirmativo, se quer especificar etnia e língua indígena falada; no terceiro (quesito

3.14), se o entrevistado se reconhece como amarelo e, quando a resposta for

afirmati-va, pede-se para especificar origem geográfica familiar; no quarto (quesito 3.15), se o

entrevistado se reconhece ou se identifica como negro; no quinto, (quesito 3.16), como

branco; no sexto (quesito 3.17), como preto; e no sétimo (quesito 3.18), como pardo. Os

cruzamentos entre as respostas deste conjunto de perguntas permitirão reconstruir de

maneira mais acurada o quadro de identificação étnico-racial da população.

Todavia, uma outra pergunta de resposta espontânea de identificação racial foi

incluída (quesito 3.19), dando à pessoa entrevistada a opção de escolher, eventualmente,

algum outro termo, diferente dos anteriores. Procura-se, desta forma, confirmar ou não,

se for o caso, a escolha já feita, ou distinguir, entre aqueles entrevistados que podem

apresentar ambiguidades na sua identificação, se existe a possibilidade de uma melhor

opção não condicionada por hábitos, usos do senso comum ou categorias consideradas

oficiais. Através da prática de pesquisas qualitativas, sabe-se que muitas vezes a primeira

abordagem da questão não reflete a verdadeira maneira de pensar do entrevistado.

Dentro deste bloco, finalmente, o quesito 3.20 permitirá conhecer a opinião do

entrevistado a respeito dos efeitos da categorização racial na vida das pessoas, em

algumas áreas de inter-relação social: casamento, trabalho, escola, atendimento à

saúde e em repartições públicas, convívio social e relação com a justiça e a polícia.

A pesquisa também objetiva levantar a informação de cor ou raça dos pais da

pessoa entrevistada, ainda que obtida de forma indireta. Estas informações permitirão

(29)

5 Para informações complementares, consultar a publicação: MOBILIDADE social 1996. Rio de Janeiro: IBGE, 1997. 2 v.

Acima do título: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

acrescentar mais elementos, contribuindo para um melhor discernimento da

confi-guração de alguns grupos raciais mais sujeitos a ambiguidades, como o da categoria

“parda”, mas também o da “branca” e, eventualmente, também de outras categorias.

Por outro lado, representam um subsídio para a análise das respostas das perguntas

seguintes sobre o nível de instrução e características ocupacionais dos pais da pessoa

entrevistada. Estas informações possibilitam o estudo da trajetória social dos

entre-vistados em relação aos seus pais e foram formuladas com base no suplemento de

mobilidade social da PNAD 1996

5

, para permitir a realização de estudos comparativos

com aquelas informações.

Cabe sinalizar finalmente que, apoiados na fundamentação de diversos

pesqui-sadores e especialistas na área de relações raciais no Brasil, foi incluído na pesquisa o

quesito 3.00, no qual o entrevistador procede à classificação do entrevistado segundo a

cor ou raça, o que se conhece como heteroatribuição da pessoa entrevistada, de forma

aberta ou sem pré-codificação. Enquanto alguns estudos apontam para discrepâncias entre

ambas as formas de classificação, o que levaria a resultados divergentes na análise das

desigualdades raciais associadas à renda, à escolaridade ou à habitação, outras análises

apontam para um razoável grau de concordância entre elas. Em todo caso, ainda não

se dispõe de informações suficientes para determinar o sentido nem o tamanho desta

discrepância. Há de se sublinhar, todavia, que os entrevistadores não receberam nenhum

tipo de instrução nem foram orientados sobre como preencher este quesito.

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