1- ENTRADAS E BANDEIRAS
ENTRADAS (sec. 16 e 17) – expedições militares, organizadas e
financiadas pela Coroa Portuguesa a fim de procurar ouro no interior.
BANDEIRAS (sec. 17) – expedições financiadas por particulares para:
aprisionar índios; buscar ouro, prata e pedras preciosas e capturar escravos fugitivos.
1.1- Por que se chamavam Bandeiras?
Como as expedições entravam pelo sertão
adentro o risco era muito grande, por isso toda
expedição levava uma bandeira com a imagem
de
um
santo
protetor.
Daí
o
nome
de
1.2 - Tipos de bandeirismo: Apresamento de índios;
Sertanismo de contrato; Prospecção.
1.2.1- Apresamento de índios
•Sec. 16 – paulistas capturavam índios para trabalhos na vila; •Invasões holandesas no Brasil e Angola
Desorganização do tráfico negreiro para América portuguesa Compra de índios capturados pelos paulistas
Ataques às missões – índios desarmados e catequizados, Ultrapassa os limites do Tratado de Tordesilhas.
•1640 – governo Ibérico – liberou armamento para índios das missões
Apresamento = ATIVIDADE DE RISCO
1.2.2 – Sertanismo de contrato
Contratantes: senhores de terras e escravos do Nordeste;
Objetivos:
•Combater índios que não aceitavam catequese e
atacavam latifúndios,
1.2.3 – Prospecção
Causas •crise da produção açucareira,
•decadência bandeirismo de apresamento, •fim União Ibérica crise portuguesa.
SOLUÇÃO: BUSCA DE METAIS PRECIOSOS
Descoberta das minas (Minas Gerais)
•Grande fluxo migratório para região mineradora Falta de alimentos,
1º surto urbano,
GUERRA DOS EMBOABAS
CAUSAS:•Paulistas descobridores X Emboabas;
•Proibição do comércio entre Minas e Bahia – objetivo: evitar contrabando. Manutenção do comércio guarda-mor das Minas – expulsa comerciantes
•Vitória dos Emboabas;
•Paulistas migram para Mato Grosso e Goiás = NOVAS DESCOBERTAS
BANDEIRISMO DE MONÇÕES – expedições fluviais regulares que
1.3
– Descoberto do ouro
MUDANÇAS
Mineração
– nova atividade econômica colonial;
Ocupação
portuguesa
para
além
do
Tratado
de
Tordesilhas;
Produção de alimentos e objetos necessários para região
mineradora;
Interligação do território colonial;
Portugal abre mão do monopólio sobre a descoberta do
ouro.
1- Dependência de Portugal em relação à Inglaterra
TRATADO DE METHUEN OU PANOS E VINHOS – 1703
Portugal abria seu mercado para a entrada dos tecidos ingleses e a Inglaterra, por sua vez abria seu mercado para a entrada dos vinhos portugueses.
Colapso das manufaturas portuguesas;
Portugal – especializa-se na produção de vinhos; Déficit comercial em Portugal.
O ouro retirado da região das minas gerais não ficou no
Brasil nem em Portugal, foi parar, em sua maior parte nos
cofres da Inglaterra.
2- Exploração inicial do ouro e diamante
Injeção de recursos na economia portuguesa; Povoamento da região Centro-Oeste;
Contrabando.
3- Organização da atividade mineradora 3.1- Intendência da Minas
Orgão português;
Cobrança e aumento de impostos – quinto e finta (imposto anual de + ou – 450 quilogramas);
Evitar contrabando e sonegação de impostos; Distribuição das datas.
3.2 – Casas de Fundição
3.3 – Sistema de Capitação – imposto cobrado sobre exploradores (livre ou escravos).
- Derrama,
4- Exploração do diamante
Difícil fiscalização e cobrança de impostos.
Demarcação do Distrito Diamantino •Proibição de exploração de ouro – não desviar a atenção dos diamantes;
•Negros e mulatos livres – expulsos; •Intendência dos diamantes;
•Cobrança do quinto; •Mão de obra escrava.
5- Consequências da mineração para a colônia:
Deslocamento populacional e interiorização da colônia;
Florescimento de atividades comerciais – ampliação do mercado consumidor interno;
Estímulo à urbanização;
Surgimento da classe média colonial – artesãos, pequenos comerciantes; Deslocamento da sede do governo colonial para o Rio de Janeiro - 1763;
Convivência do trabalho escravo e livre, exercendo a mesma função, na região mineradora.
Contextualizando
1ª Revolução Industrial – Inglaterra interesse no fim do Antigo Regime. Liberalismo econômico Livre concorrência; Não intervenção do Estado na economia. Mercantilismo Sistema colonial
Revolução Francesa liberalismo político
Movimentos de independência das colônias na América
Independência das Treze Colônias inglesas na América Influências em todo o continente
REVOLTA DE BECKMAN – 1684 – 1685 – MARANHÃO
1- Causas:
Dificuldade de compra de escravos escravização indígena choque com jesuítas;
Portugal criou Companhia de Comércio do Maranhão •Fornecimento de 500 escravos por ano; •Venda alimentos importados;
•Compra de produtos da região
2- O movimento
Liderança: irmãos Beckman
– senhores de engenho;
Deposição do governo do Maranhão;
Formação de Governo Provisório;
Saques nos armazéns da Companhia;
3- Objetivos:
Extinção da Companhia;
Permissão para escravizar índios;
5- Reação da Corte
Abolição monopólio da Companhia; Prisão de Tomás Beckman em Lisboa;
Nomeação de novo Governo para o Maranhão.
Dissolução do Governo Provisório; Líderes – presos e executados; Degredo e outras prisões.
1º
MOVIMENTO
COLONIAL
A
CONTESTAR AUTORIDADE DA
COROA
PORTUGUESA,
EMBORA
NÃO
GUERRA DOS MASCATES – 1709 – 1711 – PERNAMBUCO 1- Conjuntura interna OLINDA Sede da capitania; Região açucareira RECIFE Submissão à Olinda;
Presença holandesa melhorias; Portos;
Comércio próspero.
2- Comerciantes de Recife – credores dos senhores de terra de Olinda.
3- Expulsão dos holandeses decadência de Olinda aumento dos impostos rejeição de Recife e desejo de se tornar vila.
4- 1709 – Recife elevado à vila
Olindenses ocupam Recife
Mascates recebem apoio de outras Capitanias e recuperam domínio de Recife
MOTIM DO MANETA – 1711 - BA 1- Causas:
Monopólio português sobre o sal impedia comercialização do sal pelos baianos;
Aumento de impostos sobre importados aumento custo de vida; 2- Composição:
Soldados, oficiais, marinheiros e população local; 3- O movimento:
Distribuição de cartazes jurando que a população baiana juraria homenagem a outro rei;
Apedrejamento das casas dos aliados da metrópole; Saques no comércio de Salvador.
4- Reação do governo:
Suspensão do monopólio sobre o sal e da cobrança dos tributos – 3 anos depois as determinações voltaram sem qualquer reação popular;
REVOLTA DE VILA RICA OU FELIPE DOS SANTOS - 1720
1- Causas:
Criação das Casas de Fundição e Intendência das Minas;
Corrupção dos funcionários públicos – que foram denunciados pelos rebeldes;
Cobrança do quinto – considera abusiva.
2- Reação Conde de Assumar – Governador da Capitania Inicialmente fingiu concordar com rebeldes;
Organização de tropas REPRESSÃO;
DECADÊNCIA DA MINERAÇÃO 1- Causas do esgotamento do ouro:
Ouro de aluvião e deficiência de recursos - rápido esgotamento;
Técnicas de exploração rudimentares + baixa escolaridade dos colonos
“(...)os mineiros, sem conhecimento escolar algum, entulhavam os vales com a terra das montanhas, cobriam com os resíduos da lavagem do ouro terrenos ainda não explorados; obstruíam o leito dos rios com areia e pedras e comprometiam a vida dos escravos”.
Marquês de Pombal
– 1º Ministro de Portugal
Déspota
esclarecido
-
visava
acelerar
o
processo
de
modernização do país e assim aumentar seu poder e prestígio a
fim de enfraquecer a oposição ao seu governo;
Política centralista;
Contrário aos privilégios do clero e da nobreza;
•Confiscou bens da Igreja, mandou fechar colégio e missões,
Concessões à burguesia mercantil;
Incentivo à industrialização
Concessão de insumos para instalação de fábricas em
Portugal (os insumos dizem respeito a tudo que entra na
transformação do processo produtivo, tais como material
secundário,
matéria-prima,
capital
físico,
mão-de-obra,
maquinário e alguns outros elementos que participam direta
ou indiretamente da manufatura de um produto),
Objetivo: incentivar setor fabril português,
Consequência:
Insumos
barateamento dos produtos de indústrias
estrangeiras,
Política pombalina para o Brasil:
•Extinção Capitanias,
•Criação de empresas para dinamizar economia do norte e
nordeste,
•Questão indígena - substituição dos jesuítas por diretores
nomeados pelo Estado e emancipou indígenas,
•Secularização do ensino,
•Expulsão jesuítas de Portugal e colônias (1756), prisões e
degredo de padres, confisco de propriedades,
•1763 – mudança da capital para o Rio de Janeiro,
•Instituiu DERRAMA.
1- Proibição de funcionamento de fábricas e manufaturas
no Brasil.
Pretexto: se houvesse desenvolvimento fabril os colonos
se descuidariam da agricultura;
Motivos reais:
•
Manter mão de obra disponível para agricultura e
mineração;
•
Manter os privilégios dos comerciantes portugueses que
vendiam os seus produtos sem concorrência.
"Não éramos e já não queríamos ser 'reinóis' ou
'filhos
de
Portugal',
mas
também
não
nos
podíamos
considerar
indígenas.
Tanto
nos
costumes como na cultura tínhamos absorvido os
elementos básicos da civilização européia, e tudo
o
que
nossos
ascendentes
pretendiam
era
participar dela.
Quem éramos então? O que era ser brasileiro? O
que deveria ser o brasileiro? De onde vínhamos e
para onde íamos? Éramos piores ou melhores que
o colonizador europeu? Que parentesco tinhamos
com o indígena e como deveríamos considerá-lo?
Eram perguntas como essas que inquietavam os
homens cultos da época."
RONCARI, Luiz. Literatura brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos. São Paulo: Edusp, 1995.
1- Influência externa: Iluminismo;
Independência dos EUA. 2- Causas:
Grande exploração do ouro na região esgotamento das jazidas; Insatisfação da elite em relação a política da Corte:
Alvará de 1785, Derrama.
3- Conspiradores:
Elite colonial (mineradores, fazendeiros, padres, funcionários públicos, advogados e militares de alta patente);
Tiradentes – dentista prático, tropeiro e alferes (que hoje corresponde ao posto de segundo-tenente na hierarquia militar). 4- Objetivo: Independência do Brasil
MANTENDO A ESTRUTURA
ECONÔMICA E SOCIAL DA COLÔNIA. 5- Sucessão de fatos:
O movimento: teria início no dia da DERRAMA.
Silvério dos Reis denuncia o movimento e em troca recebe perdão da dívida.
5- Governo suspende a derrama DEVASSA;
34 réus do crime de lesa-majestade, das quais cinco eram eclesiásticos e três já falecidos;
Degredo;
A condenação de Tiradentes
"Depois de vinte e nove meses de processo, a 20 de abril de 1792, o tribunal da Relação do Rio de Janeiro, seguindo as instruções de uma carta régia da rainha D. Maria l, chegava à sentença definitiva contra alguns vassalos de Portugal. [...] O réu Joaquim José da Silva Xavier, considerado indigno da piedade e clemência reais, não obteve comutação de sua pena, que devia ser inteira e imediatamente executada. Eis o texto de sua condenação:
'[...] condenam o réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da tropa paga da capitania de Minas, a que com ba-raço (corda ou laço usado para enforçar réus) e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeca e levada à Vila Rica; no lugar mais público dela será pregada em um poste alto até que o tempo a consuma; o seu corpo será dividido em quatro quartos e pregados em postes pelo caminho de Minas, o sítio da Varginha e de Cebolas, onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios de maiores povoações, até que o tempo também os consuma. Declaram ao réu in-fame, e infames seus filhos e netos, [...] e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, e que nunca mais no chão se edifique. [...]'."
Tiradentes
esquartejado – quadro de Pedro Américo.
1- Composição:
Mulatos, escravos, negros libertos e homens brancos de baixa renda, como alfaiates, pedreiros, soldados e bordadores.
2- Objetivos:
Independência do Brasil – proclamação da República; Igualdade de raça e de cor;
Mudanças na cobrança de impostos; Liberdade de comércio;
Aumento soldos militares;
Abolição da escravidão e dos privilégios de classe. 3- Influências externa:
Iluminismo;
4- Causas:
Transferência da capital da colônia para o Rio de Janeiro menos recursos para Salvador;
Altos preços dos produtos; Falta de emprego.
5- Cavaleiros da Luz – composição elitista Sociedade secreta – estudos iluministas;
Responsáveis pela circulação de panfletos pedindo adesão da população ao movimento.
"O poderoso e magnífico povo baiense republicano desta Cidade da Bahia Republicana, consi-derando nos muitos e repetidos latrocínios feitos com os títulos de imposturas, tributos e direitos que são cobrados por ordem da Rainha de Lis-boa e no que respeita a inutilidade da escravidão do mesmo povo tão sagrado e digno de ser li-vre, com respeito à liberdade e igualdade ordena, manda e quer que para o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua revolução para que seja exterminado para sempre o péssimo jugo reinável da Europa. [...]"
6- Sucessão de fatos:
Grande participação popular Cavaleiros da Luz se afastam do movimento assume liderança popular;
Delações;
Após o processo, o governo português concluiu que o movimento não passou de uma simples conspiração de um povo desorganizado, sem cultura e "desprovido de religião". A responsabilidade maior foi atribuída a dois soldados, Luís Gonzaga das Virgens, acusado de ser o autor dos pasquins, e Lucas Dantas de Aromam. Os alfaiates condenados foram João de Deus Nascimento — pardo de 28 anos, considerado um indivíduo de "maus antecedentes", adepto das "idéias revolucionárias francesas" — e Manuel Faustino dos Santos. Os quatro foram enforcados, esquartejados e seus restos expostos em diferentes locais da Capitania. Sete outros réus foram exilados na África, e alguns escravos foram açoitados e vendidos para fora da Bahia.