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Mudanças Sociais e Identidade Institucional

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Academic year: 2021

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Mudanças Sociais e

Identidade Institucional

VII Conferência de Economia Social

Manter a Identidade, Visar a Sustentabilidade

03 Maio de 2017

Hermano Carmo CAPP, ISCSP/U. Lisboa

(2)

Como manter a identidade institucional

face às mudanças sociais?

1. A questão da identidade institucional

– Questões conceptuais

– As IPSS no quadro da intervenção social – Um 1º desafio: criar sinergias

2. As IPSS e a mudança social

– Ameaças e oportunidades estratégicas – Exigências e recursos

3. Pistas para a sustentabilidade da

identidade institucional

(3)

A QUESTÃO DA

IDENTIDADE

INSTITUCIONAL

(4)

Questões conceptuais

• Identidade

– Conjunto de caraterísticas próprias que tornam um ser único e inclonável (e.g. pessoas e coletivos)

• Identidade institucional

– Resultado da dialética entre o instituído e o instituinte

– Sinergia (S) = f P(artes) x I(nteração) x L(iderança)

• Autenticidade = consonância entre missão, retórica e práticas quotidianas (e.g. solidariedade, responsabilidade social,

empowerment , trabalho em parceria )

– Posicionamento no sistema de intervenção social

(5)

As IPSS no sistema de intervenção social

Ambiente (contexto) Interacção Sistema interventor Pessoa Grupo Organização Rede Parceria Administração Pública Estado Entidade supra-estatal

•Cuidados e serviços de proximidade

(Intervenção tendencialmente personalizada)

Profissões cuidadoras:assistentes sociais,

educadores sociais, psicólogos comunitários, animadores socioculturais, médicos, enfermeiros, professores, administradores autárquicos, etc.

(ótica predominantemente micro e meso))

•Política Social:

(Intervenção tendencialmente geral, abstrata e tipificada, com uma óptica predominante de nível meso e macro)

Traduz-se numa estratégia de coesão

social orientada para a defesa dos direitos humanos e para o desenvolvimento,

concretizada em políticas públicas de educação e formação, segurança social e familiar, saúde, habitação social, ambiente, cultura e desenvolvimento Económico ...

Micro: Inter-pessoal Grupal Sistema cliente Pessoa Grupo Organização Comunidade Administração pública Estado

Entidade supra estatal

Macro: Comunitário Metropolitano Regional Nacional Internacional Global Meso: Organizacional 5 Necessidades Recurso

•Observatório social: diagnóstico de recursos e necessidades sociais

Laboratório social: experimentação de práticas e de políticas inovadoras

(6)

A ajuda é o processo de mobilização de

recursos para fazer face a necessidades

• Recursos não

empoderadores

– Más práticas (assistencialismo)

A ajuda, é um instrumento de dependência (SC)

e de dominação (SI)

• Recursos

empoderadores

– Boas práticas (empowerment)

A ajuda é um instrumento de superação (SC) e

de emancipação (SI)

(7)

Um 1ºdesafio: criar sinergias

com os recursos disponíveis

• S = f (PIL) =>

Valorizar as pessoas envolvidas

(colaboradores internos e parceiros externos)  Qualificar as interações

(colaboração vs. competição; diálogo e negociação vs. competição e conflito)

Desenvolver uma liderança democrática (comunicação, participação e representação)

(8)

Um modelo de análise da identidade

organizacional:O

modelo do avião

Ambiente externo: •Ameaças •Oportunidades Entradas: •Exigências •Recursos Rapidez de resposta Resposta atempada? Qualidade de resposta Responde às necessidades? Ambiente interno:

(e.g. Circuitos, estrutura formal e informal, rede comunicacional e cultura) • Pessoas (P), Interações (I) e Liderança (L) Saidas: •Imagens de futuro •Produtos 8

(9)

AS IPSS E A MUDANÇA

SOCIAL

(10)

Uma sociedade desregulada

por 3 processos estruturais

1. Mudança acelerada (e complexa) … uma sociedade líquida (Bauman)

Nevoeiro informacional (sobreinformação, subinformação e pseudoinformação)

Autismo social (incompetência para comunicar)

2. Desigualdade crescente

Rebelião dos “perdedores”

Violência crescente

3. Desregulação dos sistemas de Poder (com efeito de

fibrilhação) com uma ideologia dominante transpersonalista

Transpersonalismo financeiro (credo de mercado)Darwinismo social, uma falsa leitura de Darwin

=> Anomia

(11)

Ameaças à paz global

• Os bezerros de ouro ou as três ilusões

(Strenger, 2010):

– Ter (e.g. dinheiro, recursos materiais)

– Poder (e.g. controle sobre o outro e sobre a

Natureza)

– Parecer (e.g. visibilidade virtual, fama,

respeitabilidade)

• Um planeta sem bússola

Falta de coesão: perigo de implosão (e.g. terrorismo)

Falta de orientação: processos

dissociativos (e.g. falta de liderança)

(12)

Efeitos geracionais da

anomia

e do

autismo social

• Os

migrantes no tempo

: adultos à deriva

– Dificuldades de comunicação conjugal, organizacional, política, etc.

• A

novíssima geração

: os idosos (os velhos? 0s seniores?) já não são o que eram

– Dificuldades de comunicação intergeracional

• Os

novos capitães da areia: jovens-objetos

à procura de identidade

– Uma socialização desestruturada

• um ser dividido entre família, escola e media

• o mundo infanto-juvenil como segmento de mercado: o fascínio do consumo

– Os novos capitães da areia:

(13)

OU SEJA, PRECISAMOS DE

CIDADÃOS

A

anomia

e o

autismo social

, têm criado um

clima de desconfiança, medo e nalguns

setores de desespero,

autênticos viveiros de violência e ameaças

objetivas á Paz.

Neste contexto, é fundamental termos

pessoas (não

massas

)

capazes de serem sujeitos da sua própria

história

(14)

Um 2º desafio: assumir-se

como viveiro de cidadãos

• Promover quotidianamente

– A autonomia (nos seus colaboradores e naqueles que ajudam)

– A solidariedade para com as gerações passadas vivas e futuras)

– A responsabilidade social, ensinando a lidar com a diversidade e praticando a democracia como meta e como método

• Para enfrentar os grandes desafios dos

próximos anos … objetivados em seis:

(15)

Seis exigências para um

horizonte de 2025

1. Envelhecimento global

2. Migrações crescentes

3. Pressões sobre o ambiente

4. Esgotamento do atual modelo de

desenvolvimento

5. Agravamento da exclusão social e da

pobreza

6. Aumento da instabilidade e da

(16)

Dilema frequente nas organizações

de intervenção social

• Diversificar a oferta social de

cada um?

• Especializar a oferta social de

cada um e criar uma rede de

cooperação?

=> Necessidade de aprender a

trabalhar em rede

(17)

Um tipo especial de rede: a parceria

exigências maiores

• Exigência pessoal

– Pressuposto ético: humildade, controlo do

narcisismo pessoal (e institucional) em função do bem comum

– Maturidade emocional das pessoas

• Exigência coletiva:

– Orientação: estilo democrático de liderança – Coesão: regras justas

– Legitimação externa: viabilização

de jure

e

de

(18)

PISTAS PARA A

SUSTENTABILIDADE DA

IDENTIDADE INSTITUCIONAL

(19)

Valorizar as pessoas como parceiros

e os parceiros coletivos (P)

• Pessoas

– O cidadão-cliente (sujeito da sua história)

– O voluntário (com direito a acompanhamento e a formação) – O empregado remunerado (como colaborador empenhado)

• Parceiros

• As agências públicas (de segurança social, saúde, educação, emprego e formação profissional, menor dependência, maior simetria nos cuidados)

• Organizações privadas e do 3º setor (e.g. Oeiras)

• Os serviços de segurança (PSP,GNR), parceiros na reconstrução do capital de confiança indispensável à construção da paz

social.

– As autarquias, com a sua visão holística local, assumem um papel decisivo no fomento e no apoio das redes de recursos

(20)

Qualificar as interações (I)

• Interpessoais

• Coletivas

• Incentivar a

– Colaborar em vez de competir

– Dirimir pacificamente tensões e conflitos

– Obedecer, participar e liderar, consoante as contingências

– Trabalhar em parceria

(21)

Liderança competente (L)

• Promover a autenticidade:

coerência entre

– valores e práticas – retórica e resultados

• Responsabilidade social

– interna – externa

• Competência

– técnica – humana 21

(22)

Investir na sustentabilidade

• Económica e cultural

– Tirar partido do património e da memória (património natural, monumental, artístico) – Tirar partido da rede de parceiros

• Social

– Investir no desenvolvimento do capital humano – Investir no desenvolvimento do capital social

• Ambiental

– Em práticas internas ambientalmente responsáveis

(23)

23

Obrigado

pela vossa

Referências

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