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IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

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Academic year: 2021

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ISBN: 978-85-99691-10-6

IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

*Merielly Kunkel *Fabiulla Zanon **Miriam Fagundes * Acadêmicas do 9º período de Fisioterapia da Faculdade União das

Américas-Uniamérica,Foz do Iguaçu,Pr.

** Docente do curso de Fisioterapia da Faculdade União das Américas – Uniamérica, Foz do Iguaçu,Pr.

RESUMO

As artérias coronárias possuem paredes resistentes e tem como função irrigar o músculo cardíaco.A aterosclerose é uma anormalidade destas artérias que causa a obstrução do lúmem do vaso devido à placas ateromatosas que dificultam a passagem do sangue para que possa acontecer a irrigação no miocárdio.Para que haja o alívio dos sintomas, a melhora do estado funcional e a melhora do prognóstico em relação à esta anormalidade, é indicado a cirurgia de revascularização do miocárdio.Esta cirurgia pode ser realizada ou não com uma máquina que faz a circulação do sangue pelo organismo durante o procedimento.Vários autores descrevem as complicações pós-cirurgicas decorrentes do uso de circulação extracorpórea e da incisão feita no esterno.O objetivo deste estudo foi identificar na literatura aspectos relacionados à importância da fisioterapia no pré e pós-cirúgico de revascularização do miocárdio. Ao final, conclui-se que é justamente nas complicações pós cirurgicas que a fisioterapia atua, prevenindo-as no trabalho pré-cirurgico ou minimizando-as no pós-cirurgico.

Palavras-chave: Revascularização do miocárdio, complicações pré e pós-cirúgico e Fisioterapia Cardo - Respiratória.

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ISBN: 978-85-99691-10-6

INTRODUÇÃO

A função das artérias é transportar o sangue para os tecidos, sob alta pressão. Por esta razão, as artérias têm paredes vasculares resistentes e o sangue flui, rapidamente por entre elas. (GUYTON, e HALL, 2002)

As artérias coronárias irrigam o músculo cardíaco. A causa predominante da doença coronária refere-se a qualquer anormalidade destas que é a aterosclerose que é caracterizada por lesões na íntima denominadas ateromas ou placas ateromatosas ou fibrogordurosas, que invadem e obstruem o lúmem vascular e enfraquecem a média subjacente. (TOPOL, 2006)

Quando ocorre um bloqueio total da artéria o miocárdio fica privado de sangue e oxigênio, resultando em infarto do miocárdio. O efeito imediato da lesão do músculo além da dor é uma redução na eficiência do coração, o que pode causar queda da pressão arterial levando a tontura, sudorese ou náusea. (ROBBINS e COTRAN, 2005)

De acordo com Regenga 2000, a revascularização do miocárdio (RM) tem como finalidade o alívio dos sintomas, a melhora do estado funcional e a melhora do prognóstico.

Brasil et al 2000, afirma que a revascularização do miocárdio sem circulação extra corpórea (CEC) é uma técnica eficaz no tratamento da insuficiência coronariana, podendo ser reproduzida com segurança pela maioria dos cirurgiões, principalmente em pacientes com lesões nas coronárias da região antero-diafragmática do coração, com redução dos custos, baixa morbidade e mortalidade, além da diminuição do tempo de internação hospitalar.

Em um estudo feito por Aguiar et al 2001, verificou-se que a morbidade apresentada em pacientes que não fizeram uso de circulação extracorpórea foi significativamente menor quando comparada ao grupo que faz uso de circulação extracorpórea tanto que a utilização de transfusão sanguínea foi de 45% sem CEC em contraste com 90,5% com CEC.

Titoto et al 2005, afirma que diversas complicações surgem após a revascularização do miocárdio, dentre elas, as pulmonares, mais associadas ao decréscimo da função pulmonar, perda de força da musculatura respiratória, atelectasias, correlações com os fatores de risco clínicos prévios e cirúrgicos como a anestesia e tempo de circulação extracorpórea.

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ISBN: 978-85-99691-10-6 Regenga 2000, afirma que a fisioterapia tem importante participação no preparo dos pacientes antes da cirurgia e no pós-operatório. No período pós-cirúrgico, atuandoobjetivamente para manutenção e melhora da função pulmonar, especialmente nas complicações.

Neste sentido, o presente estudo visa buscar através de análise de revisão bibliográfica aspectos relacionados sobre a importância da fisioterapia no pré e pós-operatório de revascularização do miocárdio.

MATERIAIS E MÉTODOS

Revisão bibliográfica que tem como objetivo identificar na literatura aspectos relacionados sobre a importância da fisioterapia no pré e pós-operatório de cirurgia revascularização do miocárdio. A seleção do material se deu através do banco de dados científicos eletrônicos na Literatura da Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), SciELO Brazil (Scientific Eletronic Library Online), em idioma português, com descritores Revascularização do miocárdio, Complicações em cirurgia cardíaca e Fisioterapia cardiopulmonar, Instituições de Ensino Superior e acervo da biblioteca da Faculdade União das Américas.

Foram selecionados artigos e livros sobre o tema em questão e dada preferência às publicações dos anos de (2000 a 2008). Os textos foram analisados e sintetizados de forma reflexiva a fim de obter informações consistentes.

DISCUSSÃO

A fisioterapia respiratória é freqüentemente utilizada na prevenção e no tratamento de complicações pós-operatórias como: atelectasias, pneumonia e retenção de secreções. A duração e a freqüência da intervenção para os pacientes cirúrgicos são variadas, dependendo das necessidades individuais e a prática institucional. No pré-operatório deve-se iniciar a fisioterapia respiratória, de forma a avaliar e orientar os pacientes. No pós-operatório, o tratamento consiste basicamente em estímulo de tosse e exercícios ventilatórios.(FELTRIM, JANETE e BERNARDO, 2005)

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ISBN: 978-85-99691-10-6 A identificação dos controles de risco de hipoxemia para a RM cirúrgica permite uma preparação pré-operatória específica para os pacientes de alto risco, adequação no tratamento ventilatório intra-operatório e nos cuidados pré-operatórios. (SZELES et al, 2008)

Feltrim, Janete e Bernardo 2007, descrevem que há beneficio obtido pela diminuição das complicações pulmonares de maior impacto sustentando a indicação de treinamento muscular inspiratório no pré-operatório de cirurgia eletiva de RM em pacientes de alto risco.

Em um estudo realizado por Romanini et al 2007, foi verificado os efeitos da pressão positiva intermitente (RPPI) e do incentivador respiratório (IR) no pós-operatório de revascularização do miocárdio e concluído que para reverter a hipoxemia nas primeiras 72 horas após a cirurgia o RPPI foi mais eficiente em comparação ao IR. Entretanto, para melhorar a força dos músculos respiratórios sugeriu-se que o IR foi o mais efetivo.

Pacientes com idade e peso elevados, disfunção ventricular esquerda e necessidade de CEC apresentam risco aumentado para hipoxemia grave após RM. Nestes pacientes, o uso de estratégias ventilatórias pré-operatória com pressões positivas expiratórias mais elevadas e manobra de recrutamento alveolar devem ser considerado tendo como objetivo a prevenção da disfunção pulmonar pós-operatória. (SZELES et al, 2008)

Malbouisson et al 2008, descrevem que a manobra de recrutamento alveolar promove maior distribuição da ventilação para as áreas previamente colapsadas, podendo reduzir a possibilidade de volutrauma, reduzir a resistência vascular pulmonar associada à hipóxia, melhorando o desempenho do ventrículo direito e diminuindo a necessidade de ventilação mecânica no período pós-operatório.

Ainda para Feltrin, Janete e Bernardo (2005), a orientação de exercícios respiratórios consiste na adequação do tempo inspiratório e expiratório e da profundidade respiratória ao padrão muscular ventilatório mais adequado, tanto no que se refere à freqüência respiratória, quanto ao volume corrente. Isso para que o paciente utilize corretamente a musculatura ventilatória e a fazê-lo entender os diferentes tipos de padrões respiratórios, por meio de demonstração prática. Em um estudo com pacientes que passaram por RM, houve uma diferença

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ISBN: 978-85-99691-10-6 Conforme cita Titoto et al (2005), os tratamentos fisioterapêuticos na fase hospitalar baseiam-se em manuseios simples, como exercícios metabólicos de extremidades, técnicas de tosse efetiva, exercícios ativos para manter a amplitude de movimento e a elasticidade mecânica dos músculos envolvidos, treino de marcha entre outras atividades; diminuindo os efeitos prejudiciais do repouso prolongado no leito, aumentando a auto-confiança do paciente e diminuindo a permanência e custo hospitalar.

A fisioterapia motora tem grande ajuda no quadro respiratório, procurando evitar atelectasia em áreas pulmonares inferiores, importante nos tromboembolismos e tromboflebites, sobretudo nas alterações venosas de MMII. (TITOTO et al, 2005).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As técnicas médicas e cirúrgicas disponíveis ao tratamento de pacientes cardíacos aumentaram grandemente nos últimos anos. Estes melhoramentos sem dúvida adicionaram anos de vida a muitos pacientes cardíacos. A intervenção fisioterápica visa uma existência otimizada podendo ajudar a adicionar qualidade de vida.

A partir disto o fisioterapeuta se tornou indispensável nas unidades de terapia intensiva e a fisioterapia respiratória passou a ser imprescindível nos âmbitos hospitalar, ambulatorial e domiciliar.

Em relação ao âmbito hospitalar, tendo como tema principal a revascularização do miocárdio, pôde-se concluir através deste estudo feito através de uma análise bibliográfica que a fisioterapia é essencial tanto no período pré-cirúrgico quanto no pós, pois é o trabalho da fisioterapia que irá atuar nas complicações pós-cirúrgicas prevenindo-as no trabalho pré-cirúrgico ou minimizando-as no pós-pré-cirúrgico.

REFERÊNCIAS

GUYTON, Arthur C; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

TOPOL, Eric J. Tratado de cardiologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

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ISBN: 978-85-99691-10-6

REGENGA, Marisa M. Fisioterapia em Cardiologia: da U.T. I à Reabilitação. São Paulo: Roca, 2000.

BRASIL, Antônio L et al. Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea: experiência e resultados iniciais. Rev. Bras. Cir. Cardiovasc. v.15, n.1, mar 2000.

AGUIAR, Luciano F et al. Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea: resultados da experiência de 18 anos de sua utilização. Rev. Bras. Cir. Cardiovasc. v.16, n.1, jan/mar 2001.

TITOTO, Lígia et al. Reabilitação de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio: Atualização da literatura nacional. Arq. de Ciência e Saúde, v.12, n.4, out/ dez 2005

ROMANINI, Walmir et al. Os efeitos da pressão positiva intermitente e do incentivador respiratório no pós operatório de revascularização miocárdica. Arq. Bras. de Cardiologia. V.89, n.2, ago 2007.

SZELES, Taís F et al. Hipoxemia após revascularização miocardica:análise dos fatores de risco. Rev. Bras. de Anestesiologia. v.58, n.2, 2008.

MALBOUISSON, Luiz M S et al. Impacto hemodinâmico de manobra de recrutamento alveolar em pacientes evoluindo com choque cardiogênico no pós-operatório imediato de revascularização do miocárdio. Rev. Bras. de Anestesiologia. v.58. n.2, mar/abr 2008.

FELTRIM, Maria I Z; JANETE, Fábio B; BERNARDO, Wanderley M. Revascularização do miocárdio e a fisioterapia respiratória pré-operatória. Rev. Associação Médica Brasileira. V.53, jan/fev 2007.

FELTRIM, Maria I Z; JANETE, Fábio B; BERNARDO, Wanderley M. Intervenção fisioterapêutica no revascularizado. Rev. Bras. Cir. Cardiovasc. v.20, n.2, abr/jun 2005.

Referências

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