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Personalidade e Estilos de Vida no Bem-estar Subjectivo de Idosos. Institucionalizados

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Academic year: 2021

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Personalidade e Estilos de Vida no Bem-estar Subjectivo de Idosos

Institucionalizados

Diana Laginha1; Antonia Ros 2

RESUMO

Resultante do crescente envelhecimento populacional torna-se fundamental o desenvolvimento de investigações que possam contribuir para um envelhecimento bem-sucedido e para o Bem-Estar Subjectivo (BES) nos idosos. Desta forma, a presente investigação teve como objectivos analisar as diferenças no BES em função das variáveis sócio-demográficas e verificar a influência dos traços de personalidade e dos estilos de vida no BES, procurando analisar quais as variáveis que melhor o predizem. Para a recolha de dados foi aplicado um questionário sócio-demográfico, o Inventário de Personalidade NEO-FFI-20 (Bertoquini & Ribeiro, 2006), a Escala de Estilos de Vida para Idosos (EEVI; Cruz, Campôa & Ribeiro, 2009), a Escala de Afectos Positivos e Negativos (PANAS; Watson, Clarck & Tellegen, 1998) e a Escala de Satisfação com a Vida (SWLS; Diener, Emmons, Larsen & Griffin, 1985), aplicados a 143 indivíduos. Os resultados que todos os traços de personalidade mostraram-se relacionados com o BES global e com a satisfação com a vida (SV). Em relação aos estilos de vida estes também se mostraram relacionados com o BES global, à excepção dos cuidados com a alimentação.

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1. Introdução

O envelhecimento populacional é uma realidade mundial e característico das sociedades desenvolvidas, observado-se uma diminuição da natalidade e um aumento da esperança média de vida (Sequeira, 2007). Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2009, a população idosa com mais de 65 anos variava entre os 13% e os 23% da população total, com maior prevalência no Alentejo (23%), Centro (21%) e Algarve (19%) sendo esta última a região com um maior número de idosos dependentes: 29% dos indivíduos com idade superior aos 65 anos dependem de terceiros (INE, 2009b).

Com este crescente envelhecimento populacional a nível mundial e, nomeadamente, em Portugal, torna-se relevante estudar o bem-estar desta população, tendo como meta uma melhor compreensão dos factores envolvidos neste constructo, com vista ao seu aumento e a um envelhecimento bem-sucedido.

De acordo com a literatura consultada, a personalidade e os estilos de vida, são variáveis que se encontram associadas ao bem-estar subjectivo (BES) na população idosa.

Em relação à personalidade, os estudos têm mostrado a influência dos traços de personalidade sobre o BES (Albuquerque & Lima, 2007), estes com uma capacidade explicativa entre os 30% e os 63% da variância do BES (Chan, & Joseph, 2000; Steel, Schmidt & Shultz, 2008). Todos os traços de personalidade (neuroticismo, extroversão, amabilidade, conscienciosidade e abertura à experiência) exercem influência sobre o BES, contudo, o neuroticismo e a extroversão mostram ter uma influência mais significativa (Diener, Oishi, & Lucas, 2003a).

No que se refere aos estilos de vida, outra variável em estudo, a revisão da literatura aponta para uma relação entre os estilos de vida e os níveis de BES, sendo estes considerados como um factor de promoção de elevados níveis BES, pelo que um

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estilo de vida saudável torna os indivíduos mais felizes (Belloc & Breslow, 1972, cit. por Gonzalez & Ribeiro, 2004). Das várias componentes dos estilos de vida (actividade, socialização, coping funcional, cuidados com a alimentação e cuidados com a saúde), destaca-se o especial enfoque dos estudos na actividade (Baltes & Mayer, 1999; Ferreira, Izzo & Jacob, 2007; Reed & Ones, 2006; Sposito et al., 2010), e da socialização (Harlow & Cantor, 1996; Herero & Extremera, 2010; Lu, 1995; Tkach & Lyubomirsky, 2006). Contudo, as investigações centradas nas outras componentes dos estilos de vida em relação às várias componentes do BES ainda não são suficientes, pelo que pretendemos contribuir com este estudo para compreender melhor essa relação.

Consideramos, então, fundamental abordar as relações entre as variáveis expostas e compreender a influência que exercem sobre os níveis de BES, nas suas componentes cognitiva e afectiva.

2. Bem-Estar Subjetivo e Envelhecimento

De acordo com Diener e Biswas-Diener (2002), o BES é a avaliação que o indivíduo faz da sua vida e da satisfação que demonstra para com a mesma, consoante os afectos positivos e negativos vivenciados. Este é composto por uma dimensão afectiva que corresponde às reacções emocionais que o indivíduo experiencia em cada momento, constituída por afectos positivos e negativos (Summer, 1996, cit. por Schimmack, Schupp & Wagner, 2008) e uma dimensão cognitiva que representa o juízo que o indivíduo faz em relação à sua satisfação com a vida (Duckworth, Steen & Seligman, 2005; Galinha & Ribeiro, 2005a; Jesus, 2006; Vieira, 2007).

A afectividade positiva (PA) é a medida que espelha o entusiasmo pela vida e é caracterizada pela vivência de sentimentos e emoções agradáveis, como a alegria, o orgulho, o entusiasmo, a felicidade (Diener et al., 2003b; Novo, 2003; Vieira & Jesus,

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2007), o alerta e a excitação, sendo esta um contentamento hedónico puro e uma combinação de alerta, excitação e prazer (Jesus, 2006).

Por outro lado, a afectividade negativa (NA) é caracterizada pela vivência de sentimentos e emoções desagradáveis, como a vergonha, a culpa, a tristeza (Diener et al., 2003b; Vieira & Jesus, 2007), a ansiedade, a raiva ou o medo, sendo uma combinação de excitação e desprazer (Jesus, 2006). Como tal, esta medida reflecte a indisposição ou perturbação (Diener et al., 1999).

Em relação à dimensão cognitiva do BES, composta pela satisfação com a vida (SV) é considerada como a avaliação global que o indivíduo faz da sua vida (Duckworth et al., 2005), ou seja, a avaliação subjectiva que o indivíduo faz acerca de quanto a sua vida se aproxima do seu ideal, através da análise que efectua das suas condições de vida e da avaliação que faz dos vários domínios da sua vida (Pavot & Diener, 1993), reflectindo ainda o desejo de mudança ou o contentamento com o presente e com o passado (Diener et al., 1999).

Tal como foi referido anteriormente, o BES é composto por três dimensões, que juntas fornecem um factor global de BES. Este é obtido pelo balanço da afectividade, calculado pela subtracção da média da afectividade negativa pela média da afectividade positiva, e somando a média da satisfação com a vida (Diener & Lucas, 1999; Diener & Seligman, 2004).

Alguns estudos com grupos de idosos têm demonstrado a influência de vários factores sobre o BES, nomeadamente a variável idade, e tendo em conta que esta é a população objecto do nosso estudo, iremos aprofundar mais esta relação, porque tal como referem Kanning e Schlicht (2008), através de uma revisão da literatura, níveis elevados de BES são essenciais para um envelhecimento com sucesso.

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Estudos demonstram que o BES melhora o funcionamento do sistema imunitário e a tolerância à dor e que, em situações de doença crónica, um BES elevado ajuda no controlo dos sintomas, torna a progressão da doença mais lenta e proporciona um maior período de sobrevivência (Howell, Kern & Lyubomirsky, 2007). Indivíduos satisfeitos com a vida padecem menos de problemas de saúde (Parker et al., 1992, cit. por Tsaousis, Nikolaou, Serdaris & Judge, 2007), têm maior longevidade e com mais saúde (Agin & Perkins, 2008). Também no que concerne às emoções positivas, estas também se encontram relacionadas com a longevidade (Carr, 2004). Por outro lado, as emoções negativas proporcionam a desregulação do sistema imunitário e endócrino, impulsionando o aparecimento de determinadas doenças (e.g. doenças cardíacas) e o aumento do risco de mortalidade (Kiecolt-Glaser, McGuire, Robles & Glaser, 2002).

Pinquart (2001a) efectuou uma meta-análise de 125 estudos e observou que a população idosa apresentava menos afectos positivos e mais afectos negativos. Também Griffin, Mroczek e Spiro (2006), num estudo longitudinal de 1534 indivíduos entre os 45 e os 97 anos, observaram que os afectos positivos diminuem com a idade, demonstrando que as emoções negativas parecem diminuir até aos 70 anos, começando a aumentar a partir dessa idade. Nesta população, os afectos positivos reflectem-se positivamente nas interacções sociais e na maior atenção e qualidade aos cuidados de saúde, influenciam a adopção de hábitos de vida mais saudáveis (e.g. prática de exercício físico, dieta equilibrada e melhor qualidade de sono) e predizem maior independência funcional, mobilidade e longevidade (Halter et al., 2009, cit. por Abramof, 2009).

A investigação tem demonstrado que o BES é essencial para envelhecer com sucesso (Kanning & Schlicht, 2008) e está associado a um envelhecimento mais saudável (Gracia, 1997), sendo um indicador de saúde mental, de ajuste e de integração

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social (Anguas, 1997, cit. por Guedea et al., 2006) e um importante indicador do grau de adaptação na terceira idade (Guedea et al., 2006).

Como podemos observar, o BES e as suas componentes cognitiva e afectiva podem ver-se alteradas na terceira idade, pelo que é importante compreender as variáveis que poderão estar envolvidas neste processo, explorando nesta investigação as variáveis sócio-demográficas, a personalidade e os estilos de vida.

Desta forma o objectivo geral desta investigação consistiu em analisar a influência da personalidade, dos estilos de vida e do funcionamento cognitivo no BES em idosos institucionalizados. O presente trabalho tem ainda como objectivos: analisar a influência das variáveis sócio-demográficas sobre os níveis de BES; verificar quais os traços de personalidade que melhor se relacionam com BES e as suas componentes ; averiguar quais os componentes dos estilos de vida que melhor se relacionam com o BES; compreender de entre as variáveis estudadas, as que melhor predizem o BES na terceira idade.

3. Metodologia

3.1 Participantes

A amostra foi recolhida em cinco Instituições que acolhem utentes da 3ª idade do Barlavento Algarvio. Participaram do estudo os idosos que foram seleccionados pela instituição para integrarem a investigação, por terem capacidade cognitiva para responder. Depois deste critério preenchido participaram todos os idosos que se voluntariaram e aceitaram participar no estudo responderam aos instrumentos propostos. Todos os dados foram recolhidos entre Abril e Agosto de 2011.

Como critério de exclusão, tivemos apenas a incapacidade cognitiva ou física que impossibilitasse a compreensão das questões efectuadas.

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3.2. Instrumentos

- Questionário de Dados Socio-Demográficos: Para a recolha de informação relativa à amostra foi construído um questionário sócio-demográfico que pretende recolher informação necessária relativamente às variáveis externas que podem ser relevantes para a investigação. O presente instrumento é constituído por 14 questões, referentes a informação pessoal e da permanência em lar, de suporte social e percepção de saúde. - Inventário de Personalidade NEO-FFI-20 (Bertoquini & Ribeiro, 2006): esta escala pretende avaliar os cinco factores de personalidade. A escala é composta por 20 itens, correspondendo 4 itens a cada um dos 5 factores: Neuroticismo (itens 1,6,11,16), Extroversão (itens 2,7,12,17), Abertura à Experiência (itens 3,8,13,18), Amabilidade (itens 4,9,14,19) e Conscienciosidade (itens 5,10,15,20) (Bertoquini & Ribeiro, 2006).Os diversos factores apresentam uma consistência interna satisfatória, variando o seu alpha de Cronbach entre 0,70 e 0,76 (Neuroticismo=0,71; Extroversão=0,71; Abertura à Experiência=0,72; Amabilidade=0,70 e Conscienciosidade=0,76) (Bertoquini & Ribeiro, 2006).

- Escala de Estilos de Vida para Idosos (EEVI; Cruz, Campôa & Ribeiro, 2009):

pretende avaliar os estilos de vida na população idosa, discriminando para tal diversos aspectos da vida diária desta população. A escala encontra-se constituída por 27 itens, agrupados por 5 factores: actividade (itens 1, 3, 5, 7, 10, 12, 14, 16 e 20), socialização (itens 2, 9, 11, 15, 19, 23, 26 e 27), coping funcional (itens 13, 17, 21 e 24), cuidados com a alimentação (itens 6, 18, 22 e 25) e cuidados com a saúde (itens 4 e 8) (Cruz et al., 2009).O fator global da escala apresenta uma consistência interna considerada muito satisfatória, com um alpha de Cronbach de 0,857. Quanto aos diferentes factores, o da actividade (factor 1) apresenta um alpha de 0,863; o factor da socialização (factor 2) apresenta um alpha de 0,753; o factor de coping funcional (factor 3) apresenta um alpha

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de 0,621; o factor dos cuidados com a alimentação (factor 4) apresenta um alpha de 0,635 e o factor dos cuidados com a saúde (factor 5) um alpha de 0, 675 (Cruz et al., 2009).

- Escala de Afectos Positivos e Negativos (PANAS; Watson, Clarck & Tellegen, 1998;

adaptação para o português por Simões, 1993): pretendendo avaliar a dimensão afectiva do BES.É um questionário de auto-resposta que, na sua versão original, é composto por uma lista de afectos com 20 descritores de emoções positivas e negativas; referindo-se 10 aos afectos positivos e outros 10 aos afectos negativos. A versão portuguesa, utilizada nesta investigação, é composta por 22 itens, com 11 para cada um dos pólos dos afectos, uma vez que, com a tradução da versão original para a versão portuguesa, houve a necessidade de aumentar dois itens, por dificuldades de tradução (Simões, 1993).A PANAS permite que sejam utilizadas diversas referências temporais, consoante o objectivo do investigador, tendo sido utilizado neste caso “durante a última semana”, onde cada indivíduo foi questionado sobre as emoções e sentimentos experienciados, segundo a escada de Likert de 5 pontos, em que 1 é “muito pouco ou nada”, 2 “um pouco”, 3 “assim, assim”, 4 “muito” e 5 “muitíssimo”, onde o inquirido deve assinalar as emoções que sentiu na última semana (Simões, 1993). A cotação da escala permite-nos obter a afectividade positiva (com o somatório dos itens 1, 3, 5, 8, 10, 11, 13, 15, 17 e 19) e a afectividade negativa (com o somatório dos itens 2, 4, 6, 7, 9, 12, 14, 16, 18 e 20), variando os resultados finais entre 10 e 50 (Simões, 1993). Os valores de fiabilidade da escala original variam entre 0,86 e 0,90 para os afectos positivos e entre 0,84 e 0,87 para os afectos negativos, dependendo das instruções temporais (Simões, 1993). A versão portuguesa apresenta um alpha de Cronbach de 0,82 para os afectos positivos, e de 0,85 para os afectos negativos, revelando uma consistência interna considerada satisfatória (Simões, 1993).

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- Escala de Satisfação com a Vida (SWLS; Diener, Emmons, Larsen & Griffin, 1985;

adaptado para o português por Simões, 1992): o objectivo deste instrumento é avaliar o julgamento que os indivíduos fazem sobre o quão satisfeitos estão com a sua vida, ou seja, pretende avaliar a dimensão cognitiva do BES. A versão original da SWLS é constituída por 5 itens numa escala do tipo Likert de 7 pontos, podendo a pontuação variar entre 5 e 35 pontos, sendo que a pontuação de 20 pontos representa o ponto médio. Esta versão tem demonstrado uma forte consistência interna e uma estabilidade temporal moderada (Pavot & Diener, 1993). Diener e colaboradores (1985) obtiveram um alpha de Cronbach de 0,87, e dois meses após a sua primeira aplicação, no teste-reteste, verificou-se um alpha de 0,82. A versão portuguesa de Simões (1992) é composta por 5 itens, com 5 opções de resposta: discordo muito (1), discordo um pouco (2), não discordo, nem concordo (3), concordo um pouco (4) e concordo muito (5). Desta forma, os resultados totais da escala podem variar entre 5 e 25, sendo o ponto médio da escala a pontuação de 15 (Simões, 1992). Apresenta um alpha de Cronbach de 0,86, sendo considerada uma consistência interna satisfatória, e uma boa correlação entre os itens, variando entre 0,38 e 0,73, indicador de elevada fidelidade (Simões, 1992).

3.3. Procedimento

Para a recolha de dados necessários para a presente investigação, foram contactadas as diversas instituições acolhedoras de idosos, onde foram entregues a carta de pedido à instituição e o protocolo de recolha de dados. Após confirmação de possibilidade de recolher os dados pela instituição, foi seleccionado internamente um elemento da equipa que ficou encarregue de indicar os utentes aos quais nos deveríamos dirigir.

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4. Resultados

Foram analisadas as relações entre o BES e as variáveis sócio-demográficas. Desta forma observou-se que as mulheres (M=21,87; DP=4,65) apresentaram significativamente (t(141)=2,618; p=0,010; d de Cohen=0,36) maiores níveis de afectos positivos do que os homens (M=19,73; DP=4,58), o mesmo acontece em relação aos afectos negativos, em que as mulheres (M=21,57; DP=4,690; M=18,71; DP=3,281). Quanto à saúde percebida, ou seja, a percepção que o indivíduo tem do seu estado físico, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas ao nível da satisfação com a vida (p=0,000), sendo que perceber a saúde como muito boa (M=22,38; DP=3,34) ou como boa (M=19,87;4,58) é importante para uma boa avaliação de satisfação com a vida. Ao nível do BES global também foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p=0,000), sendo que ter uma percepção de saúde muito boa (M=24,63; DP=4,66), boa (M=21,10; DP=5,64) ou razoável (M=18,96; DP= 6,49) é positivo para níveis elevados de BES. Foram ainda observadas diferenças significativas entre o suporte social e os afectos positivos (p=0,022), sendo que os idosos que recebem visitas ocasionalmente (M=22,40; DP=4,711) ou raramente (M=21,61; DP=5,145), vivenciam menos afectos positivos comparativamente aos que nunca recebem (M=18,32; DP=4,015).Para as restantes variáveis sócio-demográficas, estado civil, nível de escolaridade e idade não se observaram diferenças significativas no BES e suas componentes.

No que diz respeito à variável traços de personalidade, foi encontrada relações significativas entre o traço de personalidade neuroticismo e a satisfação com a vida (r=-0,433, p=0,000), os afectos positivos (r=-0,169; p=0,044) e o BES global (r=-0,384; p=0,000), ambas no sentido negativo. Em relação ao traço de personalidade extroversão,

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este mostrou relação com todas as componentes do BES, nomeadamente com a satisfação com a vida (r=0,334; p=0,000), com os afectos positivos (r=0,406; p=0,000), com o BES global (r=0,399; p= 0,000), com o balanço afectivo (r=0,257; p=0,002), e com os afectos negativos (r=0,202; p=0,016). A abertura à experiência mostrou estar correlacionada estatisticamente com a satisfação com a vida (r=0,176; p=0,036), com os afectos positivos (r=0,194; p=0,020) e com o BES global (r=0,171; p=0,041). No que

diz respeito ao traço de personalidade amabilidade, observou-se uma correlação entre este e a satisfação com a vida (r=0,264; p=0,001) e o BES global (r=0,224; p=0,007). Por último, a conscienciosidade correlacionou-se significativamente com a satisfação com a vida (r=0,298; p=0,000), os afectos positivos (r=0,364; p=0,000), os afectos negativos (r=0,342; p=0,000) e com o BES global (r=0,245, p=0,003). Na Tabela 1 são apresentadas as correlações entre os traços de personalidade, avaliados pelo NEO-FFI-20, e as componentes do BES, isto é, a satisfação com a vida, medida pela SLWS, os afectos positivos, os afectos negativos e o balanço da afectividade, avaliados pela PANAS, e o BES global ( (PA-NA)+SWLS).

Tabela 1- Correlações entre os traços de personalidade e as componentes do BES

(Coeficiente de Correlação de Pearson)

*correlação significativa aos 0,05 **correlação significativa aos 0,01

Traços de Personalidade Satisfação com a vida Afectos positivos Afectos negativos Balanço da Afectividade BES Global Neuroticismo -0,43** -0,17* -0,08 -0,12 -0,38** Extroversão 0,33** 0,41** 0,20* 0,26** 0,40** Abertura à Experiência 0,18* 0,19* 0,14 0,07 0,17* Amabilidade 0,26** 0,06 -0,02 0,05 0,22** Conscienciosidade 0,30** 0,36** 0,34** 0,05 0,25**

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Por ultimo, no que diz respeito à variável estilos de vida, foi possível observar correlações significativas entre a actividade e todas as componentes do BES, como seja, com a satisfação com a vida (r=0,173; 0=0,039), com os afectos positivos (r=0,548; p=0,000), com os afectos negativos (r=0,331; p=0,000), com o balanço da afectividade (r=0,280; p=0,001), e com o BES global (r=0,296; p=0,000). Também a socialização mostrou estabelecer correlações estatisticamente significativas com todas as componentes do BES, ou seja, com a satisfação com a vida (r=0,281; p=0,001), com os afectos positivos (r=0,345; p=0,000), com os afectos negativos (r=0,220; p=0,008), com o balanço afectivo (r=0,174; p=0,038), e com o BES global (r=0,310; p=0,000). O coping funcional apresentou-se correlacionado com a satisfação com a vida (r=0,299; p=0,000) e com o BES global (r=0,253; p=0,002). E os cuidados com a alimentação com os afectos negativos (r=0,333; p=0,000) e com os afectos positivos (r=0,175; p=0,036), e negativamente com o balanço afectivo (r=-0,166; p=0,047).A componente dos estilos de vida cuidados com a saúde mostrou-se correlacionado negativamente com o balanço da afectividade (r=-0,210; p=0,012) e com o BES global (r=-0,198; p=0,018), ou seja, quanto maiores forem os cuidados de saúde a que os indivíduos são submetidos, menor será o seu BES. Por último, a escala total do EEVI, mostrou-se correlacionado positivamente com todos os componentes do BES, satisfação com a vida (r=0,300; p=0,000), afectos positivos (r=0,519; p=0,000), afectos negativos (0,355; p=0,000), BES global (r=0,351; p=0,000) e balanço afectivo (r=0,218; p=0,009), o que sugere que quanto melhores forem os estilos de vida, melhor será o BES, tanto na sua dimensão cognitiva como na sua dimensão afectiva. Na Tabela 2 são apresentadas as correlações entre os estilos de vida avaliados pelo EEVI, e as componentes do BES, isto é, a satisfação com a vida, medida pela SLWS, os afectos positivos, os afectos negativos e o balanço da afectividade, avaliados pela PANAS, e o BES global ( (PA-NA)+SWLS).

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Tabela 2- Correlações entre os estilos de vida e as componentes do BES (Coeficiente de

Correlação de Pearson)

*correlação significativa aos 0,05 **correlação significativa aos 0,01

Foi ainda um objetivo verificar quais as variáveis que melhor predizem a variável BES (satisfação com a vida, afectos positivos, afectos negativos, balanço da afectividade, BES global). Recorreu-se à regressão linear múltipla através do método stepwise, tendo em conta a pontuação total de afectos positivos como sendo a variável dependente. Assim, para os afectos positivos, duas variáveis entraram na recta de regressão final, a actividade e a socialização (F=36,048; p=0,000). Para os afetos negativos, três variáveis integraram a recta de regressão final, a conscienciosidade, a alimentação e a actividade (F=13,097; p=0,000). Para o balanço da afectividade, duas variáveis entraram na recta de regressão final, a actividade e os cuidados com a alimentação (F=11,603; p=0,000). Para a satisfação com a vida três variáveis entraram na recta de regressão final: neuroticismo, socialização e amabilidade (F=15,741; p=0,000), e por ultimo para o BES Global entraram na recta final e extroversão, o neuroticismo, a socialização e os cuidados com a saúde (F=13,224; p=0,000).

Estilos de Vida Satisfação com a vida Afectos positivos Afectos negativos Balanço da Afectividade BES Global Actividade 0,17* 0,55** 0,33** 0,28** 0,30** Socialização 0,28** 0,35** 0,22** 0,14* 0,31** Coping Funcional 0,30** 0,07 0,03 0,06 0,25** Cuidados com a Alimentação 0,07 0,18* 0,33** -0,17* -0,05 Cuidados com a Saúde -0,10 -0,05 0,13 -0,21* -0,20* EEVI Total 0,30** 0,52** 0,36** 0,22* 0,35**

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5. Discussão

Após a análise dos dados obtidos observou-se que os traços de personalidade neuroticismo e amabilidade, e o estilo de vida socialização são variáveis preditoras da satisfação com a vida na nossa amostra de idosos. O neuroticismo encontra-se relacionado negativamente com a satisfação com a vida, resultados congruentes com a literatura que refere o neuroticismo como relacionado com a satisfação com a vida (Diener & Lucas, 2003; Hayes & Joseph, 2003; Ribeiro, 2009; Steel et al., 2008), sendo esta inferior na presença deste traço (Boland & Cappeliez, 1997; Pavot et al., 1997; Stell et al., 2008). Em relação ao traço de personalidade amabilidade, os resultados são também congruentes com os da literatura que refere que esta se encontra relacionada positivamente com a componente cognitiva do BES (Quevedo & Abella, 2011; McCrae & Costa, 1991). A componente do estilo de vida socialização, tem sido apontada com importante para satisfação com a vida na população idosa (Boland & Cappeliez, 1997; Gallagher & Vella-Brodrick, 2008; Kahn et al., 2003), isto é, o estabelecimento de contacto com outros, auxiliar e ser auxiliado, é benéfico para o sentido de satisfação com a vida, dados também encontrados na presente investigação

No que diz respeito aos afectos positivos, através da análise de dados foi possível verificar que estes apenas se relacionam com a actividade e com a socialização, ambas componentes dos estilos de vida. Observa-se que a actividade é o factor com valor preditivo mais elevado, o que vai de encontro à literatura que aponta o exercício físico como promotor de afectos positivos (Reed & Ones, 2006; Yeung & Hemsley, 1997). No que diz respeito à socialização, o segundo factor mais influente sobre os afectos positivos, os nossos dados também vão de encontro à literatura que aponta esta como correlacionada positivamente com os afectos positivos (Chou, 1999; Ribeiro,

Comentário [V1]: Coloquei apenas as variáveis que melhor predizem o BES

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2009), sendo o suporte social um factor essencial para o BES (Argyle, 2003; Carr, 2004; Dzuka & Dalbert, 2006).

A componente dos afectos negativos apenas se relaciona com três das variáveis analisadas: o traço de personalidade conscienciosidade e os componentes dos estilos de vida cuidados com a alimentação e actividade. Em consonância com o observado, vai a meta-análise de Steel e colaboradores (2008) que observou uma forte correlação entre a conscienciosidade e todos os componentes do BES, entre eles a afectividade negativa. Contudo, outras investigações apontam para que a conscienciosidade se relacione negativamente com os afectos negativos (Watson & Clark, 1984, cit. por De Fruyt & Denollet, 2002), e não positivamente como se observa nesta investigação. Talvez estes dados se devam às especificidades da amostra, que são idosos e institucionalizados, pelo que possuem determinadas características que poderão determinar estes resultados. É possível que nesta fase da vida os idosos deleguem a responsabilidade e organização (características da conscienciosidade) aos cuidadores, e quando tal não acontece, e têm que ser eles próprios a possuir essas características vivenciam mais emoções negativas. No que se refere aos cuidados com a alimentação, a relação com os afectos negativos poderá dever-se às restrições alimentares exigidas nesta faixa etária e neste ambiente de lares, que poderá provocar emoções negativas. A actividade é outra componente dos estilos de vida que se mostrou associada positivamente com os afectos negativos. Este facto pode dever-se a, no caso dos idosos, estes praticarem pouca actividade física, também pelas limitações existentes em muitos deles, e que quando o façam sintam algumas limitações físicas e dores associadas e se apercebam do deteorar da saúde física, podendo acarretar um acréscimo de afectos negativos. Em muitos destes indivíduos o facto de ter que praticar algum exercício físico já acarreta por si só

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emoções negativas por ser uma actividade imposta e não que seja por gosto e prazer de a praticar.

No total, a componente afectiva do BES (balanço da afectividade) relacionou-se apenas com duas variáveis dos estilos de vida: positivamente com a actividade, e negativamente com os cuidados com a alimentação. Os nossos dados vão de encontro à investigação de Salet e colaboradores (2000), que haviam observado uma correlação entre a actividade física e a componente afectiva do BES. Em termos de cuidados com a alimentação, foi observada uma causalidade inversa em relação ao balanço afectivo, o que se poderá dever à relação já estabelecida anteriormente entre esta componente dos estilos de vida e os afectos negativos. Ou seja, os cuidados alimentares exigidos nesta faixa etária aumentam as emoções negativas, que depois se reflecte também num aumento do desequilíbrio emocional pela predominância de afectos negativos.

A variável BES, composta pela dimensão cognitiva e pela dimensão afectiva, relacionou-se com quatro variáveis, dois traços de personalidade – extroversão e neuroticismo – e duas componentes dos estilos de vida – socialização e cuidados com a saúde. Os dados da nossa investigação são congruentes com a literatura (Carr, 2004; Diener & Lucas, 2003; Nunes et al., 2009; Steel et al., 2008; Tkach & Lyubomirsky, 2006) que aponta o neuroticismo e a extroversão como relacionados com o BES, nomeadamente níveis elevados de extroversão e níveis reduzidos de neuroticismo. Os dados obtidos nesta investigação apontam ainda para uma relação entre a socialização e o BES, dados que vão de encontro a outros autores, que apontam o suporte social como relacionado com o BES (Lu, 1995), explicando deste na terceira idade (Dzuka & Dalbert, 2006). Vemos assim que a extroversão promove socialização, e que ambas exercem uma capacidade preditiva de elevados níveis de BES. Em relação aos cuidados com a saúde, foi observado que quanto maior são estes cuidados, menores os níveis de

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BES. Tal como foi referido anteriormente, isto pode dever-se à necessidade de cuidados médicos associadas à idade, e ao facto de serem submetidos a exames de rotina constantes no lar, o que pode proporcionar uma diminuição dos níveis de BES. Podemo ainda pressupor que o aumento dos cuidados de saúde se encontram associados ao aumento de doenças, diminuindo desta forma o BES. Em suma, podemos referir que observamos que o traço de personalidade extroversão e o estilos de vida socialização quando elevados aumentam os níveis globais de BES, e por outro lado, o neuroticismo e os cuidados com a saúde diminuem os níveis globais de BES, sendo contudo ambas as variáveis relevantes para a nossa variável dependente.

6. Conclusão

Este estudo apresenta algumas limitações, em primeiro lugar esta amostra foi recolhida por conveniência, pelo que esta não é representativa da população idosa em geral, daí a necessidade de cautela em termos de generalização de resultados. Em segundo lugar, o espaço físico em que alguns instrumentos foram aplicados, que em alguns casos decorreu na sala de convívio onde os idosos se encontravam, pode ter provocado interferências externas. Por último, no preenchimento da escala PANAS alguns dos indivíduos da nossa amostra não conheciam alguns descritores das emoções, pelo que teve que ser explicado, e nem sempre com a mesma frase, facto que poderá ter limitado as nossas conclusões em relação a esta escala.

Desta forma, salienta-se a importância de se continuar o estudo das variáveis envolvidas no BES da população idosa, feitos longitudinalmente, de forma a melhor se compreender a evolução do BES ao longo da vida, e não apenas num momento único como foi o caso desta investigação.

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Será importante também que se introduzam nas instituições acolhedoras de idosos, actividades estimulantes, com uma maior actividade física e mental, promoção da socialização e alargamento das redes de suporte social, fomentando a relação entre os idosos e a família que por vezes é descurada nesta fase da vida.

Com este estudo pretendemos dar mais um passo na investigação, e trazer alguns dados que poderão ser importantes no evoluir do conhecimento sobre os idosos, uma vez que a população está cada vez mais envelhecida e que todos os estudos que possam contibuir para o estudo do bem-estar desta população tornam-se relevantes.

A presente investigação também se torna útil para as próprias instituições que acolhem idosos, para que conheçam as variáveis envolvidas no BES, e que possam desenvolver actividades para o potenciar, principalmente em termos de estilos de vida, potenciando a actividade e a socialização, e de competências cognitivas, através da estimulação cognitiva dos idosos.

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Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde pela UALG. Email: diana_nobre@hotmail.com 2

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