você sabe o que é design?
BRANDING E MARCA:
Conheça a Fundo
SUMÁRIO
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Editorial
Gabriel Pinto
Flávio Neto
Eduardo Saraiva
Rafael Mendes
aseada nas campanhas do pioneiro designer
brasileiro Alexandre Wollner, que foi responsável
por grandes peças como o logo do Itaú, Hering entre
outras. Em sua primeira edição a Revista Wollner
de design e comunicação, tráz textos informativos e
diretos e parte gráfica inspirada no estilo de Wollner,
além de focar em tópicos fundamentais para a área.
Design não é apenas a preocupação com a estética visual, e sim pra uma das peças mais importantes de um produto, aquilo que vai cativar o consumidor. Em outras palavras é o que diferencia e melhora o produto, atendendo as necessidades do cliente. Tudo aquilo que tem um bom design acaba se tornando agradável. Os dois principais tipos de Design: o design gráfico (construção de logotipos, embalagens, cartazes etc. ) e o de produtos ( que projetam produtos como celulares, cadeiras, geladeiras e assim por diante. Sua função n”ao é só atrair o consumidor mas também reduzir os gastos com uma variedade de opções matéria-primas disponíveis para seu projeto.
Design consiste em tudo aquilo que nos cerca e serve para diminuir a quantidade de vulgaridade, substituindo de coisas mais requintadas. Design é uma ferramenta de suma importância dentro do branding. É ele quem torna a imagem e o posicionamento da marca mais perceptível.
Branding é o nome que se dá ao processo de construção de uma marca. Ele trabalha as impressões e a relação que o consumidor tem a respeito deste produto ou serviço, a imagem que ele passa e o que ele representa na vida de quem o adquire. Normalmente, as grandes marcas estão associadas à garantia de qualidade, e os consumidores tendem a assumir marcas como pontos de referência. Podemos ver isso acontecer diariamente
com produtos como palhas de aço, sabão em pó, eletrodomésticos
e medicamentos, dentre outros. Todos eles trazem sempre consigo algum nome, uma marca forte fácil de ser lembrada e reconhecida. Fazer o consumidor recordar e reconhecer essa marca associando-a valores tão distintos, como honestidade e integridade, é o grande desafio do profissional envolvido na criação daquilo da marca, que vai ser a alma negócio.
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O Que é Branding
Reforçar essa imagem junto ao consumidor não é uma tarefa fácil, pois requer uma verdadeira concentração de esforços.
O Branding tem justamente o propósito de fazer com que as
pessoas façam uma associação positiva de um determinado
produto com uma determinada marca,
persuadindo sua escolha e reforçando o valor
e a satisfação que esse consumidor
terá ao adquiri-lo. Essa visão define os conceitos e a personalidade da marca, adiciona valores e fideliza o cliente, que se identifica e interage com os produtos. Por meio dessa estratégia, é possível saber qual é a visão do cliente perante uma marca e saber como iremos atuar para superar suas expectativas.
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O Que é
Marca
Muitas vezes o significado da marca se confundiu com o significado de logotipo, porém dentro do marketing ao se aprofundar nos conhecimentos de marca é notável que o seu significado seja mais extenso do que uma imagem que faça referência a uma empresa. Para compreender melhor foram atribuídos seis níveis de significados aos símbolos de uma marca, sendo eles: Atributos, benefícios,
valores, cultura, personalidade,usuário
Os atributos são vistos quando uma marca traz tais de seus produto ou serviço à mente do consumidor, os benefícios emocionais e funcionais, os valores não são os monetários, mas sim os que são
simbolizados na mente do consumidor
os termos éticos da empresa na mente do consumidor, a cultura pode ser considerada
mais que um fator e sim um ponto de partida para a criação de uma marca onde seu entendimento é do comportamento refletido sobre a marca, a personalidade é como a marca projeta caracterizações á marca como responsabilidade,
resistência e etc. O usuário é a definição de que o público alvo é tratado, pra que tipo de pessoas você está vendendo o seu produto ou serviço. Pode se exemplificar ao pensar nesses conceitos como numa marca de carros de luxo, os atributos seriam o design bem pensado, a mecânica eficiente e facilitada, os benefícios podem ser pensados como a durabilidade dele, eliminando a necessidade de compra de outro. A criação de valor pode ser -pensada tanto quanto para o consumidor ela aplica valores para diferenciar-se diante de tantas outras, para empresa ela toma proporções mais de valor monetário onde uma marca diferencia um produto de outro e por isso possui um valor diferente. A personalidade seria a
resistência do veículo, o seu toque refinado. O usuário se encaixa com o perfil de homens e em algumas vezes mulheres, bem sucedidos profissionalmente, com uma renda mais alta. Concluindo, a marca é conceito de significado extenso, mas que pode ser entendido como uma construção de referenciais com diversos significados, mas que são entendidos como marca.serviços ao consumidor.a promessa da empresa que oferta produtos
ou serviços junto ao mercado, fornecendo uma série de atributos, benefícios e serviços ao consumidor. Uma Marca é determinada por um nome escrito, uma palavra com certo significado, uma imagem que a simbolize e asua essência a identificação imediata junto a empresa ou fabricante, com a possibilidade de ser um nome, uma Marca comercial, um logotipo ou outro símbolo. A Marca é percebida como a promessa da empresa que oferta produtos ou serviços junto ao mercado, forne-cendo uma série de atribu-tos, benefícios e serviços ao consumidor.
Em julho de 50 abrem vagas para 30 alunos para um curso de iniciação artesanal e artística no Instituto de Arte Contemporânea, onde Wollner foi aceito. Em 1953 Max Bill veio ao Brasil receber um prêmio da I Bienal e informou sobre a criação da escola de Ulm e leva Wollner para ser seu aluno na Alemanha. Wollner participa, ainda em 53, da II Bienal com três cartazes e ganha o prêmio de Pintura Jovem Revelação de Flávio de Carvalho. Em setembro de 53 chegam a Ulm e Wollner estagia no escritório de Otl Aicher. Em 1958 Wollner volta ao Brasil e por um
acordo com a então diretora do Mam do RJ, Wollner ajuda na criação de uma escola brasileira de design com conceitos de Ulm. Wollner junto com Geraldo Barros, Ruben de Freitas Martins e Walter Macedo fundam um escritório Forminform. Um dos últimos trabalhos do grupo foi o redesign do jornal Correio da Manhã, em 1959 Wollner e Geraldo desligam-se do escritório. Participou de um curso de tipografia no Mam em 62 e da estruturação da Esdi, primeira escola de design no Brasil, em 1963. Em 78 os projetos do
escritório eram puramente comerciais, para cobrir os custos adiministrativos, isso fez com que atendessem clientes sem altos custos e ainda prestassem consultoria a importantes impresas. Em 80 Wollner trabalhou junto com a Dpz, agencia de plublicidade onde fez diversas identidades visuais como a do banco Itaú, Hering, Sadia, Philco, etc. Em 90 trabalhou com a W/Brasil em projetos de design. Em 92 Wollner adere ao microcomputador, que já faz parte de vários outros escritórios na época. O escritório de Wollner funciona até hoje e atende a diversas empresas.
Segundo Wollner a marca precisa ser remanejada de tempos em tempos. ”Eu sempre convenci os clientes de que era preciso remanejar a marca de dez em dez anos. Hoje em dia esse intervalo se reduziu para dois anos por causa da rapidez dos avanços tecnológicos. As marcas têm de se adequar a essas evoluções
técnicas”. (WOLLNER, 2005, p.63) Para Alexandre
Wollner, todos os trabalhos que ele executa e cria são desenhos simples.
O significado, a cognição,
a interpretação, são pontos fortes para sua criação. Ele mesmo diz desta importância: Os clientes aprovam a marca assim que a vêem, pois não há dúvida de que esse é o resultado que a empresa deve ter. Não é único, talvez, é satisfatório e tem um significado claro. [...] Mas se alguém perguntar o que a marca significa, é possível explicar. (WOLLNER, 2005, p. 63) A marca precisa ser inteligente e compreensível,
afirma Alexandre Wollner. Na sua visão sobre o manual de aplicação da marca Wollner é bem objetivo, e ainda sendo ele quem fez o primeiro manual de identidade visual do Brasil, diz: Hoje, eu discordo totalmente de quem faz manuais impressos. [...] Não é possível sequer distribuir duzentos ou quinhentos manuais convenientemente. As pessoas aqui não estão acostumadas a isso e não têm o costume de ler. (WOLLNER, 2005, p. 60) O valor da tecnologia e da linguagem são claramente visíveis nos trabalhos de Alexandre Wollner. Pegar um lápis para fazer um ponto em um papel, é preciso linguagem e um domínio da ordem. Ao se inscrever um ponto num papel, de qualquer formato, esse ponto deve ser colocado a priori na posição adequada, usando-se o lápis apropriado, na consistência exata do grafite selecionando (H, F, B) e observando os
limites de formato do papel para expressar exatamente a idéia. (WOLLNER, 2003, p. 95) Para Wollner, Hoje com o grande avanço da tecnologia o uso do manual não se torna necessário. O criador do novo insight comunica na apresentação do projeto, todas as possibilidades de construção, modulação, proporções, linguagem de cores, comportamento de uso, e cria um template com todas as possibilidades de uso na aplicação do design criado. A produção de um manual de uso impresso, além de caro tem pouco uso, pois o pequeno número de pessoas que necessitam de usá-lo, não lêem e deixam na gaveta. Com o template, cada novo elemento de aplicação tem de respeitar a estrutura, sem essas possibilidades qualquer uso do signo, logotipo, tipograma, ícone, pictograma, sigla, símbolo, emblema, etc, será aleatório e perderá o seu significado.