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TRANSPORTE INFORMAL DE PASSAGEIROS: A PERCEPÇÃO DA COMUNIDADE ACADÊMICA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

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TRANSPORTE INFORMAL DE PASSAGEIROS: A PERCEPÇÃO DA COMUNIDADE ACADÊMICA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Letícia do Valle Pires Martinovic Jéssica Oliveira Nunes Ferreira

Nathane Eva Santos Peixoto Adelaida Pallavicini Fonseca

Universidade de Brasília

Programa de Pós-Graduação em Transportes RESUMO

O objetivo da presente pesquisa consiste em avaliar a percepção da comunidade acadêmica do Campus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília, a respeito do uso do transporte informal. Para isto, foi aplicado um questionário para 60 indivíduos, o qual apontou que 62% já utilizaram este tipo de transporte alternativo. Dentre os principais motivos do seu uso, destacam-se a maior frequência, a pressa para chegar ao destino e o menor tempo de viagem. Os problemas mais comuns vivenciados por estes usuários são: a alta velocidade de condução; veículo acima da capacidade de lotação; e condições inadequadas de conservação do veículo. Além disso, a falta de confiança do motorista, o risco de sequestro e de assédio sexual são os principais motivos pelos quais 38% dos entrevistados não utilizam o transporte clandestino.

1. INTRODUÇÃO

No Brasil, o marco regulatório dos serviços de transporte público data entre as décadas de 1970 e 1980. Como neste período não existia concorrência de empresas prestadoras dos serviços, teve-se pouca inovação no setor, tanto tecnológica quanto gerencial. As operadoras de transportes primavam pelo controle de custos e da frota, enquanto o atendimento às necessidades dos usuários ficava em segundo plano. O reflexo disso foi a falta de opções de serviços, tarifas caras, veículos desconfortáveis e pouco seguros, baixas frequências, conexões obsoletas, dentre outras inadequações. Diante destas deficiências da oferta do transporte regular de passageiros, surgiu o informal (Gomide, 2003).

O transporte informal – também chamado de irregular, clandestino ou “pirata” –, consolidou-se no país em meados da década de 1990, para suprir os consolidou-serviços demandados em áreas remotas, mais especificamente para o atendimento à população de baixa renda (Balassiano, 1996). De acordo com Golub et al. (2009), as principais causas do aumento do uso do transporte informal no período foram o aumento do desemprego, o agravamento dos congestionamentos e as crescentes tarifas do transporte público; assim, dezenas de milhares de brasileiros passaram a prestar o serviço de transporte ilegal como forma de garantir sua subsistência. Os passageiros, por sua vez, que enfrentavam viagens longas de ônibus e trens lotados, enxergaram no transporte irregular uma nova opção.

Segundo Guedes et al. (1996, apud Balassiano, 1996), em 1995, houve uma redução do número de passageiros pelo transporte regular (ônibus e táxis) na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e uma das hipóteses levantadas é de que os usuários passaram a utilizar transportes informais por serem mais atrativos, uma vez que, oferecem itinerários e horários mais flexíveis, e maior integração física às atividades dos indivíduos. Portanto, passaram a competir nas mesmas áreas dos operadores regulares (ANTP, 1997 apud Mamani, 2004; Silva, 2012). Em uma pesquisa similar, Hirata (2011) apontou quatro fatores motivacionais que contribuíram para o crescimento do transporte clandestino na cidade de São Paulo: (i) as empresas do transporte regular apresentavam superlotação devido ao não interesse ou condição de ofertar

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quantidade suficiente de ônibus em algumas linhas; (ii) as rotas criadas pelos clandestinos eram mais cômodas aos passageiros, porque circulavam em locais mais próximos de suas moradias, evitando assim caminhadas longas; (iii) as linhas irregulares ofereciam itinerários mais rápidos em que o motorista poderia improvisar roteiros alternativos de acordo com as condições de trânsito; (iv) por último, a tarifa do clandestino era praticamente metade do valor praticado no transporte regular.

Por outro lado, a Secretaria de Estado de Mobilidade do Distrito Federal – SEMOB (2015) e o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (2014) ressalvam os riscos e a insegurança que o transporte irregular traz aos usuários, a citar o estado precário de conservação dos veículos e a falta de seus itens obrigatórios de segurança (pneus em bom estado de conservação, revisão dos freios, cintos de segurança e extintores dentro do prazo de validade). Além disso, cerca de 50% dos motoristas e cobradores do transporte clandestino possuem antecedentes criminais. Apesar dos aspectos negativos enfatizados pela SEMOB (2015), Cervero (2000) aponta que o uso crescente do transporte irregular no Brasil é verificado em diversas capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, Salvador e Brasília. Atualmente, o transporte informal corresponde a aproximadamente 10% do tamanho do mercado regular e, em números absolutos, cerca de quarenta mil veículos clandestinos de passageiros que circulam ilegalmente no Brasil (Mamani, 2004).

Ribeiro (2014) acrescenta que o transporte pirata tem se intensificado como a principal alternativa para estudantes do Distrito Federal (DF), mais especificamente, do Campus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB). Em 2004, as trinta linhas de ônibus que ligavam todo o DF a esse campus eram insuficientes para atender às demandas diárias. Nesse mesmo ano a linha 110, que faz o trajeto da rodoviária à universidade, atendia cerca de 11 mil passageiros por dia. Apesar do operador de transportes ter aumentado o número de veículos, passados doze anos, as filas cresceram e os estudantes optaram pelo transporte informal. Na tentativa de melhorar os serviços de transporte público e mitigar a informalidade no transporte de passageiros, nos últimos anos, vários municípios brasileiros de médio e grande porte buscaram a regulamentação em lei e a fiscalização do setor, através da aplicação de multas por órgãos competentes. Em maio deste ano, a pedido da Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal, o transporte irregular de passageiros deixou de ser considerado apenas fraude à prestação de serviço e passou a ser atentado contra o serviço de utilidade pública, ou seja, crime segundo o artigo 265 do Código Penal (Luiz, 2016).

Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo avaliar a percepção da comunidade acadêmica do Campus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília, a respeito do uso do transporte informal. Esta pesquisa se justifica pelas políticas de regulação/fiscalização do transporte público e pela crescente demanda de boa parte dos estudantes, servidores e demais frequentadores da instituição pelo transporte informal.

2. METODOLOGIA DE PESQUISA

A pesquisa possui uma abordagem quantitativa, a partir de dados primários cuja técnica foi a aplicação de um questionário misto (perguntas abertas e fechadas), elaborado com base nos aspectos relacionados ao uso do transporte clandestino apontados na literatura. Deste modo, dividiu-se o questionário em duas partes: 10 questões para os respondentes que declararam

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utilizar o transporte informal; e 2 questões para os que não o utilizam. O modelo do formulário entregue aos respondentes está no apêndice deste trabalho, para que possa ser replicado por outros pesquisadores em diferentes regiões do país.

Os questionários foram dirigidos às pessoas que estavam nos pontos de ônibus dentro do Campus Darcy Ribeiro da UnB, no horário de pico (das 17h30 às 18h30). Para a determinação do tamanho da amostra, considerou-se um erro de 10% e um nível de confiança de 90%; assim, obteve-se uma amostra de 60 questionários.

3. ANÁLISE DOS DADOS

Os resultados da aplicação da pesquisa indicaram o seguinte perfil dos respondentes: 92% são estudantes e apenas 8% servidores, o que está correlacionado à idade dos entrevistados, uma vez que a maioria é jovem (48% possui de 16 a 20 anos, 32% entre 21 a 25 e apenas 20% mais de 25 anos de idade). Quanto ao gênero, o questionário foi respondido por 24 pessoas do sexo masculino (40%) e 36 do sexo feminino (60%).

Em seguida, foi questionado se a pessoa já havia utilizado alguma vez o transporte clandestino: 62% dos entrevistados responderam sim; e 38% responderam não. Considerando o nível de confiança adotado, pode-se afirmar que entre 52% a 72% da comunidade do Campus Darcy Ribeiro já utilizaram ao menos uma vez o transporte irregular. Tal informação vai ao encontro da afirmação de Ribeiro (2014), o qual declara que o uso de veículos irregulares tem se intensificado como alternativa para os estudantes da UnB devido às grandes filas de espera dos ônibus.

Para os respondentes que declararam utilizar o transporte informal, foram perguntadas as seguintes questões: (i) Quais os principais motivos te levam a escolher o transporte clandestino?; (ii) Com que frequência você utiliza o transporte clandestino?; (iii) Geralmente você utiliza o transporte clandestino sempre com o mesmo motorista ou independente de conhecê-lo?; (iv) Geralmente você utiliza o transporte clandestino da UnB para qual destino?; (v) Além da UnB, qual outro local você utiliza o transporte clandestino e qual o destino?; (vi) Qual a finalidade das viagens de transporte clandestino que você utiliza?; (vii) Com relação à tarifa do transporte clandestino e à da linha regular que você utiliza, pode-se dizer que a primeira é mais barata, mais cara ou igual à segunda?; (viii) Qual é o tipo de veículo do transporte clandestino que você geralmente utiliza?; (xix) Qual(is) problema(s) você já se deparou ao utilizar o transporte irregular?; e (x) Na sua opinião, o que deveria melhorar no transporte regular para você deixar de usar o clandestino?

A Figura 1 apresenta os resultados com relação aos motivos que levaram esse grupo de pessoas a utilizar o transporte clandestino. Os entrevistados puderam indicar mais de um motivo, o que justifica as porcentagens não totalizarem 100%.

Como pode ser observado na Figura 1, os principais motivos que levam as pessoas a utilizarem o transporte alternativo são: a frequência deste é maior do que a ofertada pelo transporte regular (51%); a pressa do indivíduo para chegar ao destino (49%); o tempo de viagem é menor (49%); e a falta de pontualidade do transporte regular (41%). Apenas 5% dos respondentes alegaram que o preço do transporte informal é atrativo, o que condiz com o resultado da outra pergunta do questionário sobre o valor da tarifa deste transporte clandestino, onde 81% declararam que

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a tarifa é igual à do regular. Entretanto, apenas 8% dos entrevistados afirmaram que o preço do irregular é menor.

Figura 1: Motivos do uso de transporte clandestino

Os resultados da pesquisa também revelam que boa parte dos usuários do transporte pirata o utiliza somente uma vez na semana (86%), seguido de 8% que usam de 2 a 3 vezes, e 3% mais de seis vezes, enquanto as demais frequências não foram assinaladas pelos respondentes. Em relação ao motorista do transporte informal, 24% disseram ser o mesmo nas suas viagens, e deste percentual 67% são do sexo feminino. Portanto, a maioria dos usuários do transporte clandestino o utiliza independentemente de conhecer ou não o condutor do veículo.

Dos entrevistados que utilizam o transporte clandestino na UnB, o destino de grande parte das viagens costuma ser para a Rodoviária do Plano Piloto (81%). Apenas 14% registraram outros destinos, a saber: Sobradinho, Paranoá, São Sebastião e Planaltina. Ainda sobre a origem e destino das viagens, os respondentes da pesquisa disseram utilizar o transporte pirata a partir dessas regiões identificadas acima tendo como destino Sobradinho 2/UnB, W3 Norte/São Sebastião, e Rodoviária do Plano Piloto. As demais regiões registradas foram: do Recanto das Emas para Furnas; Valparaíso/Taguatinga – Rodoviária do Plano Piloto; Guará – W3 Norte; Ceilândia/Rodoviária do Plano Piloto – UnB.

Os entrevistados que já utilizaram o transporte clandestino foram interrogados quanto à finalidade da viagem, podendo escolher mais de uma alternativa. Os resultados mostram que a maioria dos entrevistados (84%) utilizam o serviço para o estudo, 19% para o trabalho e 14% para atividades de lazer. Estes dados podem ser relacionados à elevada porcentagem de estudantes dentre as pessoas que foram entrevistadas (92%). Em relação ao tipo de veículo usado no transporte irregular, 62% dos entrevistados que já fizeram uso do serviço apontaram o carro, seguido de 43% de vans/peruas e 22% de micro-ônibus/ônibus, sendo possível marcar mais de uma opção.

Várias situações foram postas aos entrevistados que já utilizaram o transporte clandestino, os quais responderam se já passaram por elas ou não. A Figura 2 retrata estas situações, das quais a mais recorrente foi a condução do veículo em alta velocidade (59%). A ordem decrescente de frequência das demais situações é: a ultrapassagem da capacidade de passageiros do veículo (43%); veículo em condições inadequadas (38%); nenhuma das situações listadas (11%); veículo parado por fiscalização (5%); e assédio sexual (3%). Nenhum dos entrevistados declarou ter sofrido um acidente ao utilizar o serviço de transporte pirata.

5% 14% 16% 24% 41% 49% 49% 51% Preço atrativo Outros Não tem linha no transporte regular Transporte regular lotado/ desconfortável Falta de pontualidade do regular Menor tempo de viagem no clandestino Pressa para chegar ao destino Frequência do clandestino é maior

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Figura 2: Situações vivenciadas no uso do transporte clandestino

Os entrevistados que declararam já ter usado o transporte clandestino foram solicitados a apontar possíveis sugestões de melhoria para o transporte regular a fim de reduzir o uso do transporte clandestino. Alguns entrevistados apresentaram mais de uma sugestão e os resultados são apresentados na Figura 3. Percebe-se que a proposta mais sugerida foi a de aumentar a frequência do transporte (62%), seguida do aumento da frota de veículos (19%) e da maior pontualidade (16%). Além disso, 11% dos entrevistados não deram nenhuma sugestão, 5% sugeriram a melhoria das condições dos trabalhadores para evitar greves e as demais sugestões contam com apenas 3% cada. São elas: aumentar a qualidade; aumentar as alternativas de transporte público; estender a rota do metrô; reduzir o tempo de viagem; funcionar 24 horas por dia; fornecer preço mais acessível; e maior conforto aos passageiros.

Figura 3: Sugestões de melhoria do transporte regular para reduzir o transporte clandestino

Das 23 pessoas que declararam nunca utilizar o transporte clandestino, 16 eram do sexo feminino (70%) e 7 eram do sexo masculino (30%). Cada um desses indivíduos apontou no questionário os motivos pelos quais não optam pelo transporte irregular, podendo marcar uma ou mais alternativas disponíveis. Como resultado, 17 revelaram não confiar no motorista (74%), dos quais 14 são do sexo feminino (87,5% de todas as mulheres que não utilizam o transporte clandestino). Quanto ao sexo masculino, 3 indivíduos declararam não confiar no motorista (43% dos homens que não usam o transporte irregular). Essas informações foram consolidadas na Figura 4 para cada um dos motivos mencionados no questionário.

0% 3% 5% 11% 38% 43% 59%

Acidente com o veículo Assédio sexual Veículo parado por fiscalização Não deparou com estas situações Veículo em condições inadequadas Veículo acima da capacidade de passageiros Condutor dirige em alta velocidade

3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 5% 11% 16% 19% 62% Maior conforto Preço mais acessível Funcionar 24h Reduzir o tempo de viagem Estender a rota do metrô Aumentar as alternativas de transporte público Aumentar a qualidade Melhorar as condições dos motoristas

Sem sugestão Maior pontualidade Maior frota de veículos Maior frequência

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Figura 4: Motivos que levam as pessoas a não utilizar o transporte clandestino

Como resultado, conclui-se que, para os homens, a principal razão para não utilizar o transporte clandestino é a inconveniência em caso de fiscalização, enquanto que para as mulheres, os fatores mais relevantes estão relacionados à falta de confiança no motorista do veículo. Essa afirmativa corrobora com as informações da SEMOB (2015), as quais apontam que aproximadamente 50% dos condutores e colaboradores do transporte clandestino possuem antecedentes criminais. O risco de assédio sexual aparece como o terceiro fator de maior relevância, entretanto, percebe-se que este fator é relevante apenas para um estrato da população: as mulheres, pois ressalva-se que nenhum homem apontou que não utiliza o transporte irregular por risco de assédio sexual.

Por último, foi interrogado às pessoas que nunca utilizaram o transporte clandestino, em que circunstâncias elas poderiam optar por este modo de locomoção. Em ordem decrescente, as situações mais apontadas foram: greve de ônibus/metrô (35%); indisponibilidade do transporte regular (17%); urgência (17%); motorista conhecido (9%); estar atrasado (4%); ou o transporte regular estar lotado (4%). Além disso, 17% informaram que em hipótese alguma utilizariam este tipo de transporte.

4. CONCLUSÕES

O presente trabalho atingiu seu objetivo de avaliar a percepção da comunidade acadêmica da UnB em relação ao transporte clandestino. Conforme dito anteriormente, existem riscos inerentes ao uso do transporte irregular, como os citados pela SEMOB (2015) e pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (2014). Apesar disto, a maioria dos entrevistados da presente pesquisa declarou já ter utilizado o transporte clandestino.

Dentre os principais motivos apontados pelos usuários do transporte pirata que justificam o seu uso, destacam-se: maior frequência; pressa para chegar ao destino; e menor tempo de viagem. Estes motivos também foram abordados nos estudos de Cervero (2000), Golub et al. (2009) e Hirata (2011). Neste sentido, a principal sugestão de melhoria para o transporte regular a fim de inibir o clandestino seria aumentar a frequência das linhas que servem ao Campus Darcy Ribeiro da UnB.

Considerando as situações mais recorrentes vivenciadas no transporte informal, ressalta-se a alta velocidade de condução, veículo acima da capacidade de lotação e condições inadequadas de conservação, que condizem com os trabalhos descritos na introdução desta pesquisa.

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As pessoas que nunca utilizaram o transporte irregular justificam tal atitude devido à falta de confiança do motorista, risco de sequestro e de assédio sexual, que reafirmam o relato da SEMOB (2016) de que aproximadamente 50% dos condutores do transporte clandestino possuem antecedentes criminais.

Como recomendação para trabalhos futuros, sugere-se que a metodologia seja replicada não somente dentro do Campus Darcy Ribeiro da UnB como também em diferentes regiões do Distrito Federal e em outras cidades brasileiras. Além disso, realizar uma análise comparativa em relação à incidência de transportes informais entre diferentes regiões, correlacionando outros fatores populacionais como renda e escolaridade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Balassiano, R. (1996) Transporte por Vans – O que considerar no Processo de Regulamentação? Transportes, v. 4, n. 1, p. 257-276.

Cervero, R. (2000) Informal Transport in the Developing World. Habitat: United Nations Centre for Human Settlements. Disponível em: <mirror.unhabitat.org/pmss/getElectronicVersion.aspx?nr=1534&alt=1>. Acesso em:01 jul.2016.

Golub, A.; Balassiano, R.; Araújo, A.; Ferreira, E. (2009) Regulation of the informal transport sector in Rio de Janeiro, Brazil: welfare impacts and policy analysis. Transportation, v. 36, p.601-616.

Gomide, A. A. (2003) Transporte urbano e inclusão social: elementos para políticas públicas. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Texto para discussão n. 960. Brasília.

Hirata, D. V. (2011) Produção da Desordem e Gestão da Ordem: notas para uma história recente do transporte clandestino em São Paulo. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, Rio de Janeiro, v. 4, n. 3, p. 441-465.

Luiz, G. (2016) A pedido do GDF, transporte pirata passa a ser enquadrado como crime. Disponível em: <

http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/05/pedido-do-gdf-transporte-pirata-passa-ser-enquadrado-como-crime.html >. Acesso em: 2 jun. 2016.

Mamani, H. A. (2004) Alternativo, informal, irregular ou ilegal? O campo de lutas dos transportes públicos. El Rostro Urbano de América Latina. Buenos Aires: Clacso 1, p.321-346.

Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (2014). Nova norma da ANTT reforça combate ao transporte pirata. Disponível em: <http://www.transportes.gov.br/ultimas-noticias/1562-nova-norma-da-antt-refora-combate-ao-transporte-pirata.html >. Acesso em: 14 jun. 2016.

Ribeiro, W. (2014) Os desafios para chegar à UnB. Disponível em: <http://comunicacao.souzaty.com/os-desafios-para-chegar-a-unb/>. Acesso em: 2 jun. 2016.

SEMOB (2015). Aumenta a fiscalização do transporte ilegal de passageiros. Disponível em: <http://www.semob.df.gov.br/imprensa/releases/item/2283-fiscaliza%C3%A7%C3%A3o-de-transporte-ilegal.html >. Acesso em 16 jun. 2016.

Silva, F. G. F (2012) Valor de tempo de viagem e idiossincrasia dos usuários do transporte regular e clandestino no Ceará: um estudo empírico via estimativa bayesiana. Journal of Transport Literature, v.6, n.1, p.71-92.

Letícia do Valle Pires Martinovic (leticiavpmartinovic@gmail.com) Jéssica Oliveira Nunes Ferreira (jessicaoliveir4@gmail.com) Nathane Eva Santos Peixoto (nathaneeva@hotmail.com) Adelaida Pallavicini Fonseca (ixcanil@unb.br)

Programa de Pós-Graduação em Transportes, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília

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APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO 1. Idade ( ) 16 a 20 anos ( ) 21 a 25 anos ( ) Mais d e 26 anos 2. Sexo ( ) Feminino ( ) Mas culino 3. P rofissão ( ) Estudante ( ) Outro:

4. Você já utilizou algu ma vez o tr ansporte clandestino?

( ) Si m ( ) Não

 Se SIM responda as questões de 5 a 14  Se NÃO responda as questões de 15 a 16

5. Quais os prin cipai s mo tivos te levam a

es colher o transporte clan destino? (P ode haver mais d e u ma opção)

( ) A disponibilidade ( freq üência) do transporte cl andestino é mai or. ( ) O preço é atr ati vo.

( ) Tempo de vi agem é men or do que o regular. ( ) Não t em l inha do transp orte regul a r par a onde eu quero ir.

( ) Falt a de pontualidade d os horários do transporte regular.

( ) O tr ansporte regular é l otado ou descon fort ável.

( ) Outro(s ): __________________ _

6. Co m que fr equênci a você utiliza o

transporte cl andestino: ( ) Menos de u ma vez por semana. ( ) De 1 a 2 vezes por semana. ( ) De 3 a 4 vezes por semana. ( ) De 5 a 6 vezes por semana. ( ) Mais d e 6 vezes por semana.

7. Quanto ao motori sta:

( ) Geral ment e utilizo o tr ansporte cl andestino semp re co m o mes mo motor ista que j á conheço. ( ) Utili zo tran sporte cland estino independent e de conhecer ou não o motor ista.

8. Ger al mente você utili za o transporte

clandestino da UNB par a qual dest ino? ( ) Rod oviária do P lano P iloto.

( ) Outro: ___________________ _

9. Além da UNB, qual outro local você utili za

o transporte clandestino?

De (ori gem) __________________ __ P ara (destino) _________________ __

10. Qual a fin alidade das vi agens de transporte clandestino q ue você util i za?(P ode haver mai s de u ma opção)

( ) Estudo. ( ) Trab alho. ( ) Lazer.

( ) Outros: ________________________ 11. Quanto à t ari fa do tr ansporte clandestino

em co mparação co m o ser viço r egular no mes mo tr ajeto.

( ) É mais barat a do que ado transporte regular. ( ) É igu al à do tr ansporte r egul ar.

( ) É mais cara do que ado t ransporte regular. 12. O veí culo do tr ansporte clandestino que

você utiliza ger al mente é: ( ) Carro.

( ) V ans/ P eruas. ( ) Motocicl etas.

( ) Micro Ônibus/ Ônibus.

13. V ocê já se deparou co m al gu ma das situaçõ es abai xo?

( ) O motori sta di rige em al ta velocid ade. ( ) V eículo co m mais p esso as do que a capacidad e máxi ma de passageiros. ( ) As sédio sexual.

( ) Veículo em condições inadequadas de operação. ( ) Veículo parado por fiscalização.

( ) Acidente com o veículo. ( ) Nenhuma das anteriores

14. Na sua opinião, o que deveria melhorar no transporte r egular par a você deixar de us ar o clandestino?

_______________________________________ 15. Marque o(s) moti vo( s) pelos quais você

N ÃO utili za o tr ansporte cl andestino (P ode haver mais d e u ma opção) ?

( ) Est ar so zinho(a).

( ) P reço cobrado pelo mot orista clandestino. ( ) V elocidade d e condução do motoris ta. ( ) Não confio no motorista.

( ) Risco de acidente. ( ) Risco de seqüestro. ( ) Risco de assédio sexual.

( ) Inconveniências em caso de fiscalização. ( ) Outros: _______________________________ 16. E m qual ci rcunst ânci a vo cê pegaria o

transporte cl andestino?

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