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A IMPORTÂNCIA DA ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA DOS AMBIENTES ESCOLARES NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO PROEJA

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Academic year: 2021

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A IMPORTÂNCIA DA ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA DOS AMBIENTES ESCOLARES NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

NO PROEJA

KELLY KEIKO DE ALBUQUERQUE1 PAULO CÉSAR PAULINO2

RESUMO

A Educação Profissional Integrada à Educação na Modalidade Educação de Jovens e Adultos - PROEJA - vem abrindo espaços para pessoas que não tiveram oportunidades na idade devida, oferecendo educação básica e profissional. A acessibilidade de pessoas com necessidades especiais também vem quebrando barreiras; no entanto a acessibilidade arquitetônica em ambientes escolares deve atender a todas as necessidades para que ocorra a inclusão. Assim este trabalho tem como finalidade buscar conhecimentos sobre a inclusão e acessibilidade de pessoas com necessidades educativas especiais no PROEJA, principalmente na área arquitetônica, visto que a luta pela inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais em geral não é de hoje. Por meio de pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo, este estudo procura levantar dados, a fim de identificar as necessidades e dificuldades arquitetônicas para que ocorra o processo de inclusão.

Palavras-Chave: Acessibilidade. Inclusão. PROEJA.

1

Aluna do Curso de Especialização: Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos – PROEJA,docenteda Escola Estadual Indígena Cacique Kofej, São Jerônimo da Serra, e-mail: kkaejho@hotmail.com.

2

Professor Orientador: Mestre em Ensino de Ciência e Tecnologia, docente da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Cornélio Procópio, email: paulino@utfpr.edu.br.

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ABSTRACT

The Vocational Education in Integrated Youth and Adults Mode - PROEJA has opened spaces for people who haven´t had opportunities during the appropriate age, offering basic and professional education. Accessibility for people with special needs is also breaking barriers, but the architectural accessibility of school environments must meet all requirements for inclusion to occur. Thus this work aims to seek knowledge about inclusion and accessibility for people with special educational needs in PROEJA, mainly in architecture, since the struggle of the inclusion of people with special educational needs, in general, has been present along the years. Through literature searches and field research, this study seeks to collect data in order to identify needs and architectural problems in order to facilitate the process of inclusion.

Keywords: Accessibility. Inclusion. PROEJA.

INTRODUÇÃO

Atualmente, a inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais cresce gradativamente no país; contudo, as dificuldades de acessibilidade, atitudes e conhecimento específico têm sido um dos principais problemas, ainda mais em um grupo como o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), curso ofertado para pessoas que não tiveram oportunidades no passado, e atualmente podem buscar a superação da dualidade entre trabalho manual e intelectual.

No ambiente escolar em especial um meio físico acessível pode ser extremamente libertador. Os ambientes inacessíveis são

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fatores preponderantes na dificuldade de inclusão na escola para as pessoas com deficiência. O meio pode reforçar uma deficiência valorizando um impedimento ou torná-la sem importância naquele contexto.

Segundo Camisão (2000), ao se receber os alunos com barreiras que impedem alguns ao simples acesso à sala de aula, ao computador ou a ida ao banheiro com autonomia, está instaurado um poderoso fator de exclusão social e não haverá inclusão de fato baseada unicamente na dedicação e boa vontade dos professores e funcionários, que se desdobram para que ela aconteça. É preciso que a infraestrutura da escola seja coerente com os princípios de inclusão, e espelhe o respeito a esses alunos, através do cuidado com instalações aptas a recebê-los sem restrições, em um meio ambiente atento às suas diferenças.

Assim o presente trabalho tem como temática o acesso físico às escolas para a recepção de jovens e adultos com necessidades educativas especiais.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

As dificuldades de pessoas com necessidades educativas especiais não são de hoje; houve muitas mudanças significativas, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para se ter a inclusão.

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Um dos passos importantes para o processo de mudanças foram as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 2/2001, que no artigo 2º determinam que:

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos (MEC/SEESP, 2001).

A luta continua; no entanto, a conscientização, humanização e inclusão devem ter início na educação infantil, na qual se desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças, favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança.

ESCOLA INCLUSIVA

A atenção à diversidade está focada no direito ao acesso à escola e visa à melhoria da qualidade de ensino e de aprendizagem para todos, irrestritamente, bem como as perspectivas de desenvolvimento e socialização. O aluno deve sentir que realmente pertence a um meio para que possa se adaptar e desenvolver-se de acordo com suas habilidades e necessidades, preparando-se para a vida na sociedade.

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A criação de uma escola inclusiva onde todos os alunos sintam-se reconhecidos, valorizados e respeitados, envolve cuidar dos conteúdos ensinados e da maneira como o currículo é transmitido.

A escola é fundamental para o desenvolvimento e formação do indivíduo, proporcionando respeito e valores pessoais e sociais.

Para que ocorra a inclusão a escola deve aceitar e inserir o aluno respeitando suas diferenças e não adaptá-lo a um modelo de ensino; a diversidade deve fazer parte do cotidiano de cada um.

De acordo com Mantoan (2002), é preciso mudar a escola e mais precisamente o ensino nela ministrado. A escola aberta a todos é o grande alvo e, ao mesmo tempo, o grande problema da educação nestes novos tempos.

ACESSIBILIDADE NA ESCOLA

Representa o direito de acessar tanto a rede de informações como o direito de eliminação de barreiras arquitetônicos e ambientais como: acesso físico, disponibilidade de comunicação, equipamentos de informação em formatos alternativos.

A acessibilidade está relacionada à oferta de condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de

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comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida (DECRETO nº 5.296, 2004).

Infelizmente há muito que ser trabalhado quanto à acessibilidade, muitas adaptações ainda devem ser realizadas. As dificuldades que pessoas com necessidades especiais ainda encontram em se locomover, em ter acesso a meios de transportes, escolas, empresas, entre outros, ainda é muito grande, não somente nos espaços físicos, mas também na internet, na televisão etc.

Falar em necessidades educativas especiais, portanto, deixa de ser pensar nas dificuldades dos alunos e passa a significar o que a escola pode fazer para dar resposta às suas necessidades, de um modo geral, como passíveis de necessitar, mesmo que temporariamente, de atenção específica e poder requerer um tratamento diversificado dentro do mesmo currículo (MEC, 2002).

A acessibilidade é um direito de todos, sejam eles portadores de necessidades especiais ou não; porém, por meio da pesquisa, pode-se verificar que as escolas fazem algumas adaptações, não de forma sistemática, para oferecer total conforto a um cadeirante, deficiente visual, ou mesmo auditiva, entre outros tipos de necessidades.

METODOLOGIA

Este trabalho foi elaborado através de pesquisa bibliográfica e de campo com a finalidade de conceituar o assunto,

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conhecer sua história e legislações, obter uma análise sobre o tema, verificar as condições de acessibilidade, as consequências e as prováveis soluções.

A pesquisa bibliográfica consistiu no estudo de autores que expressam suas experiências e conhecimento a respeito da acessibilidade e PROEJA em livros, revistas, artigos e sites.

Também foi realizada uma pesquisa de campo. Foi aplicado um questionário em um colégio que oferta cursos do PROEJA. A instituição está localizada na região do Norte do Paraná e aceitou ser fonte do estudo sobre as questões propostas colocando à disposição seu corpo docente, discente e administrativo, para a aplicação das pesquisas necessárias.

ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS

O Gráfico 1 representa os ambientes analisados durante a pesquisa aplicada na instituição e as informações do referencial teórico serão a base para a análise, interpretação e discussão da importância de uma instituição escolar possuir seus ambientes adaptados às normas da ABNT NBR 9050 de 2004. No entanto, essa ferramenta oculta os pontos de peso maior para mostrar a verdadeira realidade da instituição, pois as normas da ABNT NBR 9050 de 2004 apresentam uma mistura de itens com pesos diferentes; o ideal para apresentar dados exatos seria utilizar ferramentas que separem

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itens com determinado grau, para não contradizer os dados levantados com a realidade da instituição.

Conforme demonstra o Gráfico 01, o colégio apresenta apenas 50% de acessibilidade, 12% acessibilidade parcial e 38% dos itens pesquisados não apresentam acessibilidade quanto à norma da ABNT NBR 9050 de 2004.

Pela importância da acessibilidade arquitetônica nos ambientes escolares, o destaque que a mídia e os dirigentes governamentais têm dado ao tema, a avaliação do colégio quanto à acessibilidade pode ser considerada baixa, necessitando o mesmo de implementar recursos para que os ambientes não inclusivos passem a atender às normas de acessibilidade e facilitem o deslocamento de pessoas com mobilidade reduzida ou cadeirantes.

50% 38% 12% SIM NÃO PARCIAL

Gráfico 1 – O colégio atende às normas de acessibilidade? Fonte: Autoria própria

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Educação de Jovens e Adultos é uma nova oportunidade para as pessoas que, independentemente do motivo, não puderam permanecer na escola na idade devida. O PROEJA é um desafio para docentes e discentes, sendo muito maior para os alunos com

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necessidades educativas especiais que precisam que a escola tenha adaptações arquitetônicas.

A escola como espaço de inclusão tem sido alvo de muitas reflexões e debates. A ideia da escola como espaço inclusivo remete a reflexões sobre as dimensões físicas e atitudinais que permeiam a área escolar, onde diversos elementos como a arquitetura, o transporte, o acesso, as experiências, os sentimentos, os comportamentos e os valores devem estar presentes.

No estudo realizado em uma instituição localizada no Norte do Paraná, observou-se que ainda há muito a melhorar, sem esquecer ou deixar de lado as necessidades que cada um apresenta. Após aplicação do checklist, conforme normas da ABNT NBR 9050 de 2004, observou-se que 50% dos ambientes da instituição apresentam-se acessíveis. De acordo com a legislação vigente e disponibilidade de informação, este índice é muito baixo deixando de atender satisfatoriamente aos alunos que precisam de adaptações arquitetônicas para transitarem e até mesmo permanecerem nos ambientes escolares.

Os órgãos e instituições também devem zelar pelo cumprimento das leis e normas relativas à inclusão, fazendo-as valerem, colaborando para eliminar o preconceito em relação às potencialidades da pessoa com necessidades especiais, incluindo-a na sociedade como cidadã, como sujeito de direitos e garantias.

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Para que a inclusão seja uma realidade em seu sentido mais amplo, é necessário que todos se conscientizem da riqueza da diversidade, respeitando e valorizando as diferenças.

REFERÊNCIAS ABNT NBR 9050. 2004. Disponível em:

<http://www.mpdft.gov.br/sicorde/NBR9050-31052004.pdf>. Acesso em: 07 nov. 2011.

CAMISÃO, Verônica. Acessibilidade e Educação Inclusiva. 2000. Disponível

em:<http://www.cnotinfor.pt/inclusiva/report_acessibilidade_educac ao_inclusiva_pt.html>. Acesso em: 14 dez. 2011.

Decreto nº. 5.296. 2004. Disponível em:

<http://www.creams.org.br/Default.aspx?tabid=415>. Acesso em: 10 jan. 2012.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO): Acessibilidade 2008. Disponível em:

<http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/portal.php/plano> Acesso em: 22 nov. 2011.

MANTOAN, M.T.E. (2002). Produção de conhecimentos para a abertura das escolas às diferenças: a contribuição do LEPED (Unicamp). In D.E. G. Rosa, V.D. de Souza (Orgs.). Políticas

organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. Rio de Janeiro.

MEC, 2001. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/txt/res2.txt.> Acesso em: 10 jan. 2012.

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<http://www.educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_content &view=article&id=8:parametros-curriculares-nacionais-adaptacoes-curriculares&catid=3:documentos&Itemid=4>. Acesso em: 03 dez. 2011.

Referências

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