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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

GILDA CAROLINE GOMES DE OLIVEIRA MORAES

ANÁLISE DE RESULTADOS

A CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA NO BRASIL EM 2015 E OS

IMPACTOS NO CRÉDITO ESTUDANTIL (FIES)

CUIABÁ-MT

2017

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GILDA CAROLINE GOMES DE OLIVEIRA MORAES

ANÁLISE DE RESULTADOS

A CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA NO BRASIL EM 2015 E OS

IMPACTOS NO CRÉDITO ESTUDANTIL (FIES)

Monografia apresentada ao curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso como requisito parcial para a conclusão da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.

Prof.ª ORIENTADORA: ANA MARIA DE MORAES DUARTE

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GILDA CAROLINE GOMES DE OLIVEIRA MORAES

ANÁLISE DE RESULTADOS

A CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA NO BRASIL EM 2015 E OS

IMPACTOS NO CRÉDITO ESTUDANTIL (FIES)

Monografia defendida e aprovada em 03/04/2017, pela Banca Examinadora constituída pelos professores:

____________________________________________________ Profa. Esp. Ana Maria de Moraes Duarte

Presidente

_____________________________________________________

Prof.Msc. Varlindo Alves da Silva Membro

_________________________________ Prof.Msc João Soares da Costa

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Taxa de Desocupação - IBGE ... 20

Tabela 2 - Dados divulgados pelo FNDE/MEC ... 24

Tabela 3 - Demonstração Consolidada do Resultado ... 27

Tabela 4 - Receita de Prestação de Serviços ... 29

Tabela 5 - Dados do Contrato ...32

Tabela 6 - Dados Calculados pelo Sistema ... 32

Tabela 7 - Detalhes do Financiamento ... 33

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LISTA DE QUADROS

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - IES Públicas e Privadas - Vagas Oferecidas, Inscritos em Processo Seletivo ...22 Gráfico 2 – A evolução do FIES ... 31

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LISTA DE ABREVIAÇÕES

FNDE: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FIES: Fundo de Financiamento Estudantil

IES: Instituição de Ensino Superior

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

OCDE: Organização Para Cooperação E Desenvolvimento Econômico PIB: Produto Interno Bruto

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus e a minha família, especialmente a minha mãe ao meu esposo a minha avó a minhas tias e a minha otimista orientadora Prof. Ana Maria De Moraes Duarte, pois me apoiaram e acreditaram que eu conseguiria terminar esse trabalho.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 16

2.1 A Crise Internacional e Econômica e a do Brasil ... 16

2.1.1 Conceito e evolução da Crise ... Erro! Indicador não definido. 2.2 FIES - Fundo De Financiamento Estudantil ... 22

2.2.1 As Dificuldades Para Se Conseguir o FIES. ... 24

2.3 O Banco Financiador: CEF- Caixa Econômica Federal ... 29

2.3.1 CEF ... 29

2.4 Análise de Balanços: Horizontal e Vertical ... 30

3 METODOLOGIA DA PESQUISA ... 31

4 ESTUDO DE CASO ... 33

4.1 Análise dos Resultados ... 33

4.1.1 A Análise do Banco Caixa Econômica Federal ... 33

4.1.2 Resultado das Análises ... 36

CONCLUSÃO ... 42

REFERÊNCIAS ... 44

APÊNDICE ... 46 ANEXOS ... Erro! Indicador não definido.

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1

INTRODUÇÃO

O FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) é um programa criado pelo governo para dar oportunidades à estudantes de baixa renda que não conseguem ingressar numa Universidade Pública.

Através desse programa o aluno tem amplos benefícios no pagamento de sua graduação como a forma de pagamento e o tempo para quitar o financiamento.

A importância desse trabalho se dá através da necessidade de se fazer um acompanhamento do FIES e de sua evolução e impactos gerados no país, para que a sociedade não se sinta ao se interessar por esse meio de financiamento dando um tiro no escuro, a necessidade de estudo desse programa é uma forma de esclarecer de forma científica, vários aspectos que não ficam evidentes num contrato firmado com o banco, dando a sociedade mais um meio para tomar a decisão de optar pelo FIES de uma forma mais crítica e aprofundada.

Este trabalho traz várias causas para essas modificações feitas pelo MEC, uma delas é a crise econômica e política enfrentada pelo país, que levou o Brasil a níveis elevadíssimos de desemprego, essa crise gerou como em outros países um efeito dominó, aonde a educação também sofreu com esses efeitos.

A graduação ainda é uma conquista grandiosa e um passo a mais para a independência financeira, como o governo está se comportando mediante a esse assunto tão importante para quem deseja cursar o ensino superior?

O objetivo geral deste trabalho é evidenciar e apurar o ganho ou perda do governo e aluno na contratação do FIES, mais especificamente verificar e analisar a contratação do FIES e determinar a evolução e participação da receita por meio da análise Horizontal e Vertical, dos resultados apurados.

O presente trabalho foi realizado tendo como problemática: Com a crise política e econômica instalada no Brasil qual foi a repercussão causada aos contratos do FIES?

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Como hipótese tem-se a ideia de que a crise impactou negativamente os contratos do FIES, impedindo que esse programa se expandisse e atendesse a demanda brasileira de estudantes que querem ingressar no ensino superior privado por meio do FIES.

A justificativa para este trabalho se dá através de questionamentos e preocupações encontrados no cotidiano da sociedade brasileira, dentre eles a continuação dos estudos por meio de uma graduação, um dos caminhos mais rápidos seria o FIES, levando em conta todas as vantagens obtidas para aqueles que conseguem passar pela peneira que tem se tornado os critérios do MEC, não sendo o suficiente todas as etapas exigidas para os novos ingressantes, também pode-se perder o financiamento caso o estudante não preencha mais os novos requisitos para agora então permanecer com o financiamento do seu curso, logo esse trabalho se justifica como um alerta de cuidado para as famílias que acreditam já terem conseguido mais difícil entrar numa graduação com uma ótima forma de financiamento, quando o mais difícil é saber se o aluno terá seu curso financiado até o final.

A metodologia da pesquisa aplicada foi a: bibliográfica, nos livros, sites, bem como na análise de contrato realizado pela Caixa Econômica Federal. A forma como foram realizados os estudos foi pesquisando temas relacionados com o assunto extraindo dados, e citações, bem como, levantando informações para a formação de tabelas e gráficos.

A segunda seção, se trata da fundamentação teórica, nela foram observados os conceitos que norteiam o trabalho, bem como os bancos que são responsáveis pelo FIES e também as citações, quadros e tabelas que demonstram a evolução da crise e a evolução do FIES no Brasil, a terceira seção exemplifica a forma que o trabalho foi elaborado os métodos de pesquisa e a forma como as informações foram coletadas. Na quarta e última seção está a demonstração contábil para análise, as análises horizontal e vertical bem como os quadros da simulação do contrato com o FIES.

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2

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesta seção será apresentado o Conceito e Evolução da Crise 2.1 A CRISE INTERNACIONAL E ECONÔMICA E A DO BRASIL

Para Sem e Grow (1988, p.69) o conceito de crise se resume em: “Um sistema ou estrutura encontra-se em Crise quando alcança um estágio no qual ou promove mudanças substantivas, ou entra em colapso. ” Ou seja, os desafios que umas situações sugerem para uma sociedade estão ligados a novos caminhos, a mudanças significativas para se alterar o curso de alguma forma.

O Brasil passou por vários desses momentos ao ter que traçar novas rotas e mudar profundamente pontos importantes de sua economia para conseguir enfrentar esses momentos turbulentos que afetaram milhões de brasileiros, e assim tentar sair da crise, no entanto, após a globalização no começo do século XXI, o que acontecia num determinado país podia reverberar em outros, e foi o que ocorreu em 2008, com a crise imobiliária que os Estados Unidos sofreram acabou respingando no Brasil, além das dificuldades da presidência de Lula (2003-2010) em governar um país da complexidade do Brasil esse governo sofreu com alguns aspectos negativos influenciados pela crise mundial de 2008, segundo Assaf (2011, p 34) :

A crise econômica mundial, que eclodiu em 2008, é considerada como uma das mais rigorosas que surgiram. Sua origem é explicada pela série de eventos que ocorreram com a globalização da economia, com a ampla desregulação do setor financeiro, redução de juros, alta liquidez dos agentes econômicos, forte aumento da competitividade, entre outras causas apontadas.

Assaf aponta ainda os sinais que levaram a essa turbulência econômica:

Os primeiros sinais mais evidentes de que algo não estava bem na economia datavam de anos passados. A elevada oferta de crédito acompanhada de taxas de juros baixas para estimular a economia, convivendo em um mercado cada vez mais desregulamentado, formaram uma bolha de crédito na economia, que em algum momento certamente iria se desfazer. Como nada foi feito para impor maior controle e equilíbrio às operações de mercado, os problemas de agravaram, produzindo turbulências históricas no ano de 2008.”

Segundo Assaf (2011, p34) “a onda de calotes ocorrida no mercado imobiliário dos Estados Unidos, persistiu e se alastrou, transformando-se numa grave crise econômica de repercussão mundial.” E dessa forma o mercado

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financeiro atingiu a economia na área de produção, comércio e o emprego de todas as pessoas. De uma forma mais simples Neto explica a origem dessa crise:

As principais economias mundiais conviveram, notadamente a partir de 2003, com taxas de juros reduzidas, estimulando a atividade de toda a economia. Em especial, essas taxas mais baixas promoveram fortes estímulos ao financiamento de imóveis nos EUA, determinando uma disparada em seus preços de mercado. Os créditos concedidos não eram de boa qualidade, porém os bancos continuaram concedendo empréstimos imobiliários, visando ganhos maiores. Essa valorização das moradias aqueceu o mercado imobiliário, encorajando as instituições financeiras, com excesso de liquidez em caixa a oferecerem mais crédito para o setor. Na prática, esses financiamentos tinham como garantia a valorização futura esperada dos imóveis.

Assumindo um risco tão alto, a inadimplência foi o estopim para iniciar um efeito dominó gerando a crise, o dinheiro sumiu do mercado e a economia parou, um susto para os bancos e o início de um pesadelo longo para os investidores e toda a cadeia produtiva.

Já n. 2007 Atingido pela crise , o Countrywide Home Loans, instituição financeira do setor de imóveis, é adquirido pelo Bank of América.

Fev. 2007 O governo da Inglaterra nacionaliza o Banco Northen Rock.

Mar. 2007 O JP Morgan adquire, com ajuda do Banco Central americano (FED). O Banco de Investimento BearSterns.

Set. 2007 O Tesouro dos EUA assume o controle das empresas de hipoteca Freddie Mac e Fannie Mae.

Set. 2008 O Banco de Investimento Lehman Brothers, pede cncordata.

Set. 2008 O Banco de Investimento Merril Lynch é vendido com urgência ao Bank ofAmérica.

Set. 2008 O Governo dos EUA nacionaliza a seguradora American InternationalGroup (AIG).

Set. 2008 O JP Morgan COMPRA, com ajuda do governo o Washington Mutual.

Set. 2008 O Banco Bradford &Bingley é estatizado na Grã-Bretanha

Out. 2008 O Wells Fargo adquire o Banco Wachovia.

Out. 2008 Congresso dos Eua aprova pacote de socorro financeiro ás instituições Financeiras no montante de u$$ 700,0 bilhões.

Out. 2008 Os Bancos Centrais dos EUA, Europa, e Inglaterra, em ação decidem cortar as taxas de juros visando conter a desaceleração da economia.

Quadro 1 – Algumas Repercussões da Crise Mundial

Fonte: Assaf (2011)

As Principais consequências da crise de 2008 no Brasil, segundo Assaf (2011) foram:

a) Falta de crédito. Com a crise internacional os bancos em todo o mundo, tornaram-se mais cautelosos, diminuindo o volume de empréstimos e elevando as taxas de juros cobradas. Essa situação pode interferir na capacidade de crescimento das empresas brasileiras e, também, nas empresas estrangeiras que planejavam investir no Brasil.

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b) As Bolsas de Valores sofreram fortes quedas no ano de 2008 e elevado bastante sua volatilidade. As desvalorizações das ações afetaram os investidores pela formação de perdas e, também, as empresas em sua busca de fontes de financiamento.

c) A valorização verificada no Dólar americano em relação ao Real brasileiro promoveu um encarecimento das importações, podendo alimentar a inflação na economia. Por outro lado, a queda do Real diante do Dólar trouxe benefícios aos exportadores, tornando nossos produtos mais competitivos em preços.

Alguns dos impactos citados acima que o país sofreu em 2008, também foram sentidos na crise econômica e agora política que explodiu no Brasil em 2015, segundo Cobra (2015, pg. 26): “depois do sonho da nova classe média ir do paraíso do consumo exacerbado ao pesadelo do inferno do endividamento e a diminuição seletiva do consumo.” As pessoas estão mais atentas e econômicas.

Uma pesquisa realizada pela Nielsen, sob o título de Mudanças do mercado brasileiro: “muitos estão se conformando em consumir menos, mas sem abandonar em princípio seus hábitos de consumo”, segundo a pesquisa Cobra (2015, p.26):

1) 64% dos consumidores brasileiros afirmaram que diminuíram o lazer fora do lar para poupar e 13% estão economizando para pagar dívidas.

2) 32% afirmaram que saúde e qualidade de vida são suas maiores preocupações. 3) Houve uma queda de 4,7% de visitas aos pontos de vendas (varejo)

em números comparados a 2014.

4). Por outro lado, houve aumento de 5,6% no tíquete médio, o que significa que as pessoas estão planejando mais as suas compras e comprando mais itens por visita.

5) A classe c (nova classe média) freou o consumo, mas as classes A e B mantiveram o consumo aceso. Com isso houve um acréscimo de 3,3% no trimestre de 2015 nos gastos dos consumidores em geral.

O que aparece nessa pesquisa é um reflexo do comportamento de consumidores diante da crise instalada no país inteiro, esse comportamento se repete de norte a sul do Brasil, as pessoas estão preocupadas em economizar e em manter como diz a pesquisa: a qualidade de vida e a saúde, até os gastos com alimentação estão agora sendo planejados; aquela ida ao mercado, agora está mais criteriosa, tanto que: “os mercados atacadistas ganharam espaço no mercado chegando a movimentar R$ 58 bilhões em 2015 que representou alta de 15% sobre

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o ano anterior”, Além do consumidor final, buscar na rede atacadista um valor mais baixo dos produtos alimentícios, outro setor impulsionou esse crescimento, o setor empreendedor, de pessoas que perderam seus empregos em 2015 e partiram para um negócio próprio segundo pesquisa da Associação Brasileira dos Atacadistas de Auto serviço(ABAAS) “40% a 45% dos novos empreendedores pretendem fazê-lo no ramo de alimentação”.

2.1.1 A Crise Econômica E Política No Brasil Em 2015

Segundo Pinagta & Carvalho (2015, P.4): “uma crise econômica é conhecida também como crise do capitalismo, é considerada como uma das fases do ciclo econômico, juntamente com a superprodução, recessão e depressão, associada ao decréscimo do PIB”. O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e no Brasil, houve esse decréscimo no PIB Segundo o IBGE:

A queda do PIB em 2015, na série ampliada (ou seja, anterior a 1996) é a maior desde 1990, ano do confisco da poupança e de outras aplicações financeiras pelo governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Naquela época, a redução foi de 4,3%. Pelos resultados hoje anunciados, 2015 será o segundo ano sem crescimento da economia. Em 2014, a variação foi de 0,1%, o que é considerada estabilidade.

Esses dados extraídos do site do IBGE sala de imprensa.ibge.gov.br revela a deterioração do quadro de empregos e renda, juros e inflação alta e retração de crédito.

As pessoas estão com mais dificuldades para conseguir empréstimos e financiamentos, com essa retração de créditos estão tendo dificuldades para pagar as dívidas pela alta inflação que aumenta os juros e conseqüentemente o valor a ser pago, sem mencionar a dificuldade para encontrar um emprego, visto que as empresas em tempos de crise querem cortar gastos e reduzir custos muitas vezes reduzindo o quadro de funcionários. O IBGE divulgou uma tabela representando a taxa de desocupação em 2015 em relação a 2014:

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Indicador/período Outubro Novem/dezem 2015 Julho Agos/Set 2015 Outubro Nov-Dez 2014 Médias anuais 2015 Taxa de desocupação 9% 8,9% 6,5% 8,5% Rendimento Real R$ 1.913 R$ 1.935 R$ 1.953 R$ 1.944 Variação do rendimento real em relação a : - 1,1% - 2,0% -0,2 (2014 = R$1.947)

Tabela 1 - Taxa de Desocupação

Fonte: IBGE

Esses dados demonstram a queda da renda média dos brasileiros conforme os meses vão passando até chegar em 2015, sofrendo um decréscimo de -2,0% em relação a 2014, e o aumento da taxa de desocupação que saltou de 6,5% em 2014 que já era um índice crítico para a economia brasileira para 9% fechando o ano de 2015.

Segundo o IBGE a população brasileira desempregada chegou a 9,1 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro de 2015, essa alta taxa de desemprego foi a maior desde 2012 quando a série histórica foi iniciada.

O governo estuda formas para minimizar essa crise e procura fazer o chamado “Ajuste Fiscal” esse em termos gerais é um:

Plano inclui corte de gastos em programas do Governo, benefícios e alta de impostos. Ajuste fiscal é o nome dado ao esforço para equilibrar as contas do Estado brasileiro e voltar a fechar no azul, após anos de gestão econômica criticada

(PAÍS, 2015)

Essas foram algumas consequências da crise econômica no Brasil, causadas por muitos fatores, como a falta de planejamento e controle de gastos com a máquina pública, ou seja, dois princípios contábeis que deixaram de serem levados em consideração, em todo o caso os ajustes pretendidos pelo governo levarão a conta para a população mesmo os impostos já pesarem tanto na vida dos brasileiros, mas como se não bastasse houve também a crise política que só prejudicou ainda mais as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros, essa crise foi

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causada pela corrupção dos políticos que envolveram , empresas estatais e privadas.

Uma operação da Polícia Federal chamada de Operação Lava Jato apontou que havia um esquema de propinas para políticos que conseguiam vantagens ilícitas para algumas empresas.

A seguir extraído do site do Ministério Público Federal(Federal, 2015):

- Operação Lava Jato

1. O nome do caso “Lava a Jato” decorre do uso de uma rede de postos de combustíveis e lava jato de automóveis pertencentes a uma das organizações criminosas inicialmente investigadas;

2. A Operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve;

3. O Ministério Público Federal recolheu provas de um imenso esquema criminoso de corrupção envolvendo a Petrobras;

4. Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras, maior estatal do país, esteja na casa de bilhões de reais; 5. No primeiro momento da investigação, desenvolvido a partir de março

de 2014, perante a Justiça Federal em Curitiba, foram investigadas e processadas quatro organizações criminosas lideradas por doleiros, que são operadores do mercado paralelo de câmbio;

6. Nesse esquema, que dura pelo menos dez anos, grandes empreiteiras organizadas em cartel pagavam propina para altos executivos da estatal e outros agentes públicos. O valor da propina variava de 1% a 5% do montante total de contratos bilionários superfaturados;

7. Esse suborno era distribuído por meio de operadores financeiros do esquema, incluindo doleiros investigados na primeira etapa;

Para as empreiteiras conseguirem ganhar a licitação elas montaram um esquema falso aonde os políticos ajudavam a “aquela empreiteira” a ser escolhida, era como, um jogo de cartas marcadas, onde funcionários da Petrobrás convidavam várias empreiteiras para a licitação, incluindo já, a que eles queriam que

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ganhasse,dentre várias irregularidades estavam a de Adição de elementos desnecessários e com preços excessivos, suprimiam etapas do processo licitatório e vazavam informações sigilosas, toda essa investigação gerou uma petição pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal de Justiça. A petição de 28 inquéritos criminais para investigar 55 pessoas sendo que 49 possuem foro privilegiado, ou seja, membros de partidos políticos ou ligados a ele, ao serem investigados tiveram a delação premiada, que ajuda nas investigações e diminui a pena se o investigado for condenado, essa investigação levou a prisão vários políticos, mas ela ainda continua está na sua 36ª fase.

Diante desse cenário péssimo de muitos políticos estarem sendo presos e investigados com graves indícios de participação, ainda, houve o fato do pedido de Impeachment do Presidente Dilma, que se concretizou com a saída da Presidenta no dia 31 de agosto de 2016, por 61 votos favoráveis e 20 contrários dos senadores presentes.

Com tantos acontecimentos relevantes o mundo se voltou para o Brasil de uma forma negativa, duas agências de classificação de risco rebaixaram o selo de bom pagador dos brasileiros a primeira foi a Standard & Poor’s e a segunda foi a agência Fitch, segundo a Fitch o rebaixamento reflete o crescente peso da dívida do governo do Brasil, o aumento dos desafios para a consolidação fiscal e a piora do cenário para o crescimento econômico.

Com a crise instalada o governo alterou o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil).

2.2 FIES - Fundo De Financiamento Estudantil

Existem várias formas de se financiar o ensino superior atualmente, no entanto as vantagens aparentes dos juros mais baixos e as formas de pagamento do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) fizeram com que muitos brasileiros buscassem essa forma de financiamento atraente e positiva para um futuro promissor, segundo o site (sisfiesportal.mec.gov.br) do Ministério da Educação:

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação na educação superior de

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estudantes matriculados em cursos superiores não gratuitas na forma da Lei 10.260/2001. Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação.

Mas o FIES a partir de 2010 modificou seu formato, “estava muito atraente essa nova proposta”, segundo o site do Ministério da Educação (2010) as taxas de juros para o financiamento foram reduzidas a 3,4% a.a., o período de carência passou para 18 meses e o período de amortização para 3 (três) vezes o período de duração regular do curso + 12 meses, ainda o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a ser o Agente Operador do Programa para contratos formalizados a partir de 2010.

Além disso, o percentual de financiamento subiu para até 100%, o que certamente atingiria de forma agradável o orçamento apertado dos brasileiros deixando com que o custo prévio fosse custeado pelo governo.

As inscrições passaram a ser feitas em fluxo contínuo, permitindo ao estudante solicitar o financiamento em qualquer período do ano, havia um relaxamento nas regras e formas facilitadoras de se entrar em uma universidade particular, o que permitia a pessoa escolher bem o curso tão sonhado, ao prosseguir rumo a um passo tão importante, no entanto, quando a crise econômica se instalou no Brasil houve então uma nova modificação, já não tão favorável ao estudante como diz no site:

A partir do segundo semestre de 2015, os financiamentos concedidos com recursos do Fies passaram a ter taxa de juros de 6,5% ao ano com vistas a contribuir para a sustentabilidade do programa, possibilitando sua continuidade enquanto política pública perene de inclusão social e de democratização do ensino superior. O intuito é de também realizar um realinhamento da taxa de juros às condições existentes ao cenário econômico e à necessidade de ajuste fiscal. ”(Educação, 2016)

Dessa forma fica claro que a crise instalada pelos aumentos das taxas de juros do FIES, o que ainda, é a maior porta de entrada para estudantes ao ensino superior devido às poucas Universidades Públicas existentes no País que infelizmente não atende a demanda populacional.

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Tabela 2 - Dados divulgados pelo FNDE/MEC

Fonte: Furlan C. (Ideal Invest)

No primeiro gráfico constata-se o crescimento do FIES em relação ao número de matrículas saltando de 76.000 financiados em 2010 para 2.200.000 em 2015 um verdadeiro avanço em relação as oportunidades de ensino superior no Brasil, no entanto,o segundo gráfico aponta uma expressiva diminuição de vagas ofertadas em 2015, o que resulta já numa dificuldade maior para conseguir uma vaga. Na tabela apresentada com relação a condições de pagamento, o FIES apresenta os juros mais baixos em comparação aos financiamentos de outros bancos e também leva a vantagem do prazo para o pagamento chegando até o triplo do período financiado. Num exemplo simples se uma pessoa financiar um curso de graduação que dura quatro anos, essa pessoa terá com o FIES até 12 anos para pagar.

2.2.1 As Dificuldades Para Se Conseguir o Fies.

Pela primeira vez, desde 2009, o número de ingressantes no ensino superior caiu, segundo (Jebaili, 2016, p. 26):

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Conforme revelou o Censo da Educação Superior em 2015, 2,9 milhões de alunos entraram em cursos de graduação presenciais e a distância, 6,1% a menos que em 2014, o que significa uma redução expressiva, ainda segundo Jebaili (2016, pg. 26) a queda foi puxada pelo desempenho das instituições privadas, que registraram retração de 8,3% no número de novos estudantes em formações presenciais. Na rede pública, o dado ficou estável.

Importante se faz entender que os cursos financiados pelo FIES são cursos presenciais, segundo site do FIES, logo se pode relacionar a diminuição de novos alunos em formações presenciais com a redução do número de vagas ofertadas pelo FIES.

O Sindicato Das Mantenedoras De Estabelecimentos Do Ensino Superior No Estado De São Paulo (SEMESP), revela através de pesquisa que entre 2014 e 2015 o número de ingressantes atrelados ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) caiu pela metade, o que ajuda a fortalecer o motivo da queda expressiva de ingressos de alunos em cursos de graduação.

O Brasil em 2015 apontou a existência de 6.080.989 alunos matriculados em Instituições de Ensino Superior, dentre os quais, 1.332.369 alunos estão financiados pelo FIES, o que representa 21,9%, segundo SEMESP, essa representatividade de alunos financiados pelo FIES é alta e a retração desses financiamentos se deu através das modificações que são realizadas pelo ministério da Educação, isso fez, com que se tornasse mais difícil se enquadrar nas exigências do governo, O MEC no desempenho de suas atribuições vem alterando os critérios para a concessão de financiamento estudantil, esses critérios vem dificultando cada vez mais, ao aluno ingressar em uma IES privada através desse financiamento. Uma dessas portarias publicada pelo MEC impactou até mesmo estudantes que estavam prestes a completar o curso, foi de 3 de julho de 2015, e que passou a valer após a publicação no Diário Oficial da União. Aqui estão elencados alguns dos novos critérios para se conseguir o financiamento estudantil são eles:

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b) Haverá prioridade nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, excluindo Distrito Federal;

c) Haverá prioridade em carreiras na formação em engenharias, áreas da saúde e em formação de professores;

d) Os juros aumentaram de 3,4% para 6,5%;

e) Só poderão participar estudantes que não tenham diploma de Ensino Superior; f) Que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) até 2010 e tenham

atingido a nota de 450 pontos no mínimo e nota diferente de zero na redação; g) Que tenham renda familiar per capta bruta de 2,5 salários mínimos;

O governo, em entrevista coletiva, à imprensa brasileira representado pelo antes, ministro da educação, Renato Janine Ribeiro, justificou vários itens que foram alterados nessa portaria:

[...] “O FIES é para estudantes mais pobres e precisam de financiamento não é mais para famílias com renda de até R$ 15.000.00, que tem direito ao FIES, são valores mais baixos, mas que atingem muitas pessoas”[...], o governo diz que 90% das famílias brasileiras estão no novo limite de renda. Além da renda o ingresso pelo ENEM atingiu 450 pontos e não zerar na redação, o governo argumenta que essa iniciativa busca aumentar o nível dos profissionais formados com o apoio do financiamento.

Um estudo realizado sobre a Equidade do Ensino Superior no Brasil feito por(Rossetto & Gonçalves, 2015) com base no gráfico abaixo aponta dados preocupantes com relação aos alunos ingressantes do ensino superior privado:

Gráfico 1

IES Públicas e Privadas - Vagas Oferecidas, Inscritos em Processo Seletivo e Ingressos (1980-2011)

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Nesse estudo os autores apontam pelo menos quatro razões para o desencontro entre as crescentes ofertas de vagas de ensino superior privado e a baixa inscrição de alunos em seus processos seletivos naqueles anos, a primeira razão seria: (a) os candidatos não apresentam um mínimo de proficiência demandada nos processos seletivos, então a qualidade do ensino médio seria a principal preocupação, (b) haveria uma assimetria de informações pelo lado da oferta, que levasse as IES privadas a ofertarem vagas em excesso para cursos em que não há demanda, (c) há grande quantidade de alunos prestando vários processos seletivos ao mesmo tempo, os alunos passam no processo de seleção, mas não têm condições de assumir a vaga por falta de recursos financeiros.

Esse estudo realizado com dados extraídos até 2012, fez com que o governo federal quisesse ampliar políticas públicas para expandir o ensino superior privado e consequentemente dar mais oportunidades para sanar o motivo C, que indica que muitos alunos podem ter passado em vestibulares das IES privadas, mas não conseguiram arcar com as mensalidades surgindo então programas como o FIES, mas os critérios que vem sendo exigidos pelo MEC, mais especificamente o da pontuação de 450 no ENEM, ao invés de ampliar está dificultando esse acesso e ainda traz à tona a questão A, onde os alunos não conseguiram preencher as vagas nas IES particulares simplesmente por não conseguirem ter sucesso nos processos seletivos, ou seja, se esses alunos não conseguiram passar num vestibular privado que era bem menos concorrido do que era um vestibular público, significa constatar que o aluno não aprendeu o que deveria cursando o ensino médio, o que gera um problema ainda maior, a questão de toda a cadeia de educação oferecida pela rede pública do país, e é um dos motivos que a fixação dessa nota mínima do ENEM de 450 pontos exclui aqueles que não tiveram uma boa educação até o ensino médio.

O estudante de renda baixa está sendo prejudicado seja pela má qualidade de ensino que chega até o ensino médio e não lhe permite aprender o que é necessário ou pelas diversas alterações feitas pelo MEC no FIES que mais se assemelham a restrições, para se ter uma ideia da falta de investimento na educação básica (Saflater, 2016) aponta que 65% das escolas de educação básica no país não possuem bibliotecas, o que limita o aluno na busca por conhecimentos.

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Nota-se, portanto, uma discrepância do governo ao aumentar tanto as exigibilidades para com os estudantes, como o governo espera ampliar as condições de acesso a educação de nível superior se na contramão aumenta as exigências para acessá-lo.

Após a publicação das novas regras do FIES alunos que estavam participando do FIES, sem aviso prévio não puderam renovar seus contratos, pois já não atendiam as exigências do programa, e tiveram que buscar outras formas de arcarem com a mensalidade, as instituições de Ensino Superior para reterem esses alunos algumas Instituições acabaram fazendo contratos com condições especiais de pagamento, mas não chegaram nem perto das vantagens que era oferecido pelo FIES.

Na ânsia de cortar gastos diante da crise sofrida no país, o governo também está cortando muitos sonhos e oportunidades de desenvolvimento do cidadão brasileiro.

O FIES é importante para o País devido ao aumento de brasileiros com nível superior. No Brasil a diferença salarial é bem maior do que em outros países com percentual mais elevado de graduados, segundo o site Último Segundo, os dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de acordo com os cálculos dessa organização, um adulto com idade entre 25 e 65 anos que termina o ensino superior receberá em média 157% a mais do que quem só terminou o nível médio. A média dos países da OCDE é de 57%.

Ainda segundo a OCDE ter o ensino superior no Brasil aumenta a probabilidade de empregos mais que em outros países. Essa diferença de chances quanto ao aumento de emprego e renda faria bem para a economia do país, sabendo que o aumento de renda de qualquer cidadão impacta positivamente com a reinserção dessa renda no mercado.

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2.3 O Banco Financiador: CEF- Caixa Econômica Federal 2.3.1 CEF

Assaf Neto (2010, p. 44) menciona ser uma das empresas públicas brasileiras: “Exemplos de empresas públicas: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e Caixa Econômica Federal (CEF)”. A Caixa Econômica Federal é uma empresa pública, ou seja, cujo capital social é controlado totalmente pelo poder público. Segundo Assaf (2010, p. 44):

A empresa pública é criada através de lei específica e dotada de personalidade jurídica de direito privado’’. Um dos pontos fortes para existirem empresas públicas como a caixa é: Alguns empreendimentos são básicos ao interesse público e a segurança nacional, e o Estado deve tomar para si essa responsabilidade.

A capacidade que esse banco tem, é bem elevada, de financiamentos, e, sendo ela pública, o governo utiliza dessa situação, para fazer as chamadas “parcerias públicas – privadas”, para muitas das vezes financiar serviços a custos mais acessíveis a médio e longo prazo para a sociedade, um desses serviços está o FIES- Fundo de Financiamento Estudantil, A Caixa tem uma representação importante para o governo e em seu site demonstra muitas outras responsabilidades para com a guarda do dinheiro de milhões dos brasileiros, segundo o site da Caixa (www.caixa.gov.br/sobre-a-caixa):

Ela é, por exemplo, o agente responsável pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pelo Programa de Integração Social (PIS) e pelo Seguro-Desemprego, institutos tão presentes na vida do trabalhador formal. Aparece ainda no momento de ajudar a população, através dos programas sociais do governo, como o Bolsa Família – que beneficia mais de 13 milhões de brasileiros, FIES e Programa Minha Casa Minha Vida.

Além de ser detentora dessas imensas responsabilidades, a Caixa desde 2004 patrocina o esporte paraolímpico e possuí ainda mais de 4000 funcionários treinados em libras. Um banco tão importante, quanto a Caixa, não poderia ter um fundador menos importante, em seu site www.caixa.gov.br é apresentada a História da Caixa e seu fundador:

No dia 12 de janeiro de 1861, Dom Pedro II assinou o Decreto nº 2.723, que fundou a Caixa Econômica da Corte. Desde então, a Caixa caminha lado a

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lado com a trajetória do país, acompanhando seu crescimento e o de sua população. A Caixa sempre esteve presente em todas as principais transformações da história do país, como mudanças de regimes políticos, processos de urbanização e industrialização, apoiando e ajudando o Brasil. A parceria entre o governo e a Caixa certamente ganharam força ao longo dos anos, não seria de se estranhar que o FIES fosse também financiado por ela, mais o Banco do Brasil.

2.4 Análise de Balanços: Horizontal e Vertical

A Análise de Balanços é uma ferramenta utilizada pela contabilidade para a tomada de decisões de muitos gestores, e para esse trabalho a análise, ajuda as famílias a tomarem a decisão pelo FIES de maneira mais segura, por isso se faz necessário elucidar alguns conceitos sobre essa matéria, Segundo Assaf Neto (2012, p.43) Análise de Balanços é:

Uma arte que permite extrair, dos demonstrativos contábeis apurados e divulgados por uma empresa, informações úteis sobre o seu desempenho econômico-financeiro, podendo atender aos objetivos de análise dos investidores, credores, concorrentes, empregados, governo etc.

“A Análise Horizontal é um processo de análise temporal que permite verificar a evolução das contas individuais e também do grupo de contas por meio de números-índices”, MARTINS, MIRANDA E DINIZ (2010, p.103).

A análise vertical analisa-se a variação de uma conta em relação a outra conta base do mesmo período ainda segundo Martins, Miranda e Diniz descrevem o conceito de Análise Vertical, “ A análise vertical é realizada mediante a extração de relacionamentos percentuais entre itens pertencentes do mesmo período.

A análise horizontal pode ser calculada por meio de regra de três simples ou pela fórmula a seguir:

AH: [ (ANO ATUAL X 100) – 100] ANO BASE

A análise Vertical AV: PARTE X 100 TOTAL

(27)

3

METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia apresentada nesse trabalho se baseia na obtenção de dados que justifiquem e comprovem hipóteses e questões previamente levantadas. Em virtude da natureza das hipóteses e questionamentos levantados e dos objetivos propostos, essa pesquisa pode ser classificada como: explicativa, qualitativa e bibliográfica, bem como, coleta de dados para estudo de caso.

Segundo (Silva, 2003, p. 60) uma pesquisa bibliográfica é:

É um tipo de pesquisa realizada pela maioria dos pesquisadores mesmo em preâmbulo. Essa pesquisa explica e discute um tema ou problema com base em referências teóricas já publicadas em livros, revistas, periódicos, artigos científicos etc. Podem ocorrer pesquisas exclusivamente com base em fontes bibliográficas.

Para que fosse possível conhecer, estudar e analisar a evolução do FIES e o comportamento do governo, a autora recorreu a vários meios de pesquisa sendo esses essenciais para coleta de dados, são elas: bibliográfica, textos, gráficos, tabelas, quadros e citações, publicados em revistas, artigos científicos, trabalhos acadêmicos, sites do governo, sites jornalísticos e de grande veiculação midiática, tal como mencionado pelo autor acima citado.

Este trabalho teve seu foco no período em que a crise econômica no Brasil estava mais acentuada no ano de 2015, com alguns dados para comparação de 2014 e 2016, o parâmetro utilizado pelo FIES para um aluno ser considerado de baixa renda foi alterado pelo MEC, sendo a partir de 2015 o estudante que tenham renda familiar per capta bruta de 2,5 salários mínimos.

Tentou-se pesquisa de campo com coletas de dados através de formulário com questões ligadas ao tema, essa pesquisa seria aplicada a alunos ingressantes do ensino superior com o objetivo de investigar o conhecimento dessa população de alunos a respeito do FIES, entretanto não foi possível concluir essa investigação devido a resistência das Instituições de Ensino superior em permitir o acesso aos alunos dentro das instituições, o qual foi demandada todos os esforços necessários para a realização do mesmo levando em conta a quantidade de amostra exigida, e o tempo estabelecido para coleta de dados e o pedido formal com ofícios assinados

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pela UFMT, em anexo segue o questionário para demonstrar o interesse em uma futura pesquisa agora fora dos prédios das Instituições de ensino superior privada.

Segundo Silva (2003, pg. 63) um estudo de caso é:

É um estudo que analisa um ou poucos fatos com profundidade. A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias e no início de pesquisas mais complexas.

Esta pesquisa tem como estudo de caso simulado análise do contrato de financiamento e a análise da evolução e participação do resultado do exercício da Caixa Econômica Federal de 2015 e 2014, esse financiamento é concedido mediante assinatura de contrato de abertura de crédito pelo estudante ou responsável legal ou menor emancipado.

(29)

4

ESTUDO DE CASO

Nesta seção será abordada a análise horizontal e vertical e a simulação de um contrato

4.1 Análise dos Resultados

4.1.1 A Análise do Banco Caixa Econômica Federal

Para análise desse trabalho extraiu-se das demonstrações contábeis consolidadas publicados pela Caixa Econômica Federal no término do ano de 2015 a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) a qual contém a conta destacada do FIES.

Demonstração Consolidada do Resultado Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

DESCRIÇÃO 2015 AV 2014 A V AH Exercício Exercício RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 144.471.785 100% 106.837.027 100% 32,2% Operações de crédito 86.600.379 59,9% 66.348.709 62,1% 30,5%

Resultado de operações com títulos e valores Mobiliários

34.792.970 24,1% 28.674.737 26,8% 21,3%

Resultado com instrumentos financeiros Derivativos

8.874.051 6,1% 1.460.518 1,3% 507,6%

Resultado de câmbio 2.691.087 1,9% 1.027.385 1,0% 161,9%

Resultado das aplicações compulsórias 11.435.117 7,9% 8.936.308 8,4% 28,0%

Operações de venda ou de transferência de ativos financeiros

78.181 0,1% 389.370 0,4% 79,9%

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

(123.085.119) 85,2% (85.472.550) 80,0% 44,0%

Operações de captação no mercado (82.197.351) 56,9% (57.412.659) 53,7% 43,2%

Operações de empréstimos, cessões e Repasses

(18.415.235) 12,7% (12.374.978) 11,6% 48,8%

Operações de venda ou de transferência de ativos financeiros

(2.815.517) 1,9% (2.529.252) 2,4% 11,3%

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (19.657.016) 13,6% (13.155.661) 12,3% 49,4%

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

21.386.666 14,8% 21.364.477 20,0% 0,1%

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS

(20.230.840) 14,0% (14.729.599) 13,8% 37,3%

Receitas de prestação de serviços 16.518.636 11,4% 15.104.677 14,1% 9,4%

Rendas de tarifas bancárias 4.196.309 2,9% 3.299.643 3,1% 27,2%

Despesas de pessoal (19.757.035) 13,7% (17.872.603) 0,2% 10,5%

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Despesas tributárias (3.478.984) 2,4% (2.899.286) 2,7% 20,0% Resultado de participações em coligadas e

Controladas

942.991 0,7¨% 645.456 0,6% 46,1%

Outras receitas operacionais 9.086.594 6,3% 11.160.211 10,4% -18,6%

Outras despesas operacionais (16.210.348) 11,2% (13.248.109) 12,4% 22,4%

RESULTADO OPERACIONAL 1.155.826 0,1% 6.634.878 6,2% -82,6%

RESULTADO NÃO OPERACIONAL (646.019) 0,4% (614.650) 0,6% 5,1%

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO

509.807 0,4% 6.020.228 5,6% -91,5%

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

7.918.562 5,5% 2.266.367 2,1% 249,4%

Tributos correntes (224.635) 0,2% (915.390) 0,9% 75,5%

Ativo fiscal diferido 9.059.001 6,3% 2.970.509 2,8% 205,0%

Passivo fiscal diferido (915.804) 0,6% 211.248 0,2% 333,5%

PARTICIPAÇÕES DOS EMPREGADOS NO LUCRO

(1.272.015) 0,9% (1.194.810) 1,1% 6,5%

LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE / EXERCÍCIO

7.156.354 5,0% 7.091.785 6,6% 0,9%

Tabela 3 - Demonstração Consolidada do Resultado

Fonte: CEF/ adaptação da autora

Nessa demonstração do resultado do exercício da CEF de 2015, destaca-se acima, uma conta chamada Receita de Prestação de Serviço, essa conta abre-se descrevendo mais contas contidas e compactadas nessa primeira conta, com outro quadro abaixo chamado de Receita de Prestação de Serviços essas demais contas estão elencadas e destacando-se a conta do FIES.

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RECEITA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

DESCRIÇÃO 2015 2014

Exercício AV Exercício AV AH

Tesouro Nacional e administração de fundos sociais

6.746.387 40,8% 5.985.010 39,6% 12,7%

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)

4.395.989 26,6% 3.903.141 25,8% 12,6%

Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS)

136.939 0,8% 128.650 0,9% 6,4%

Programa de Integração Social (PIS) 118.352 0,7% 127.917 0,8% 7,5%

Loterias Federais 1.443.206 8,7% 1.319.428 8,7% 9,4%

Financiamento Estudantil - (FIES) 420.125 2,5% 282.359 1,9% 48,8%

Fundo de Arrendamento Residencial (FAR)

59.353 0,4% 73.695 0,5% 19,5%

Repasses Secretaria do Tesouro Nacional (STN)

118.149 0,7% 88.452 0,6% 33,6%

Seguro-desemprego 52.699 0,3% 59.630 0,4% 11,6%

Outros 1.575 0,0% 1.738 0,00% 9,4%

Rendas de cartões 1.534.619 9,3% 1.515.419 10,0% 1,3%

Operações de crédito e garantias prestadas

1.982.477 12,0% 1.820.146 12,1% 8,9%

Cobrança 684.586 4,1% 637.623 4,2% 7,4%

Arrecadações 2.416.853 14,6% 2.279.241 15,1% 6,0%

Fundos de investimentos e carteiras administradas

1.453.056 8,8% 1.443.469 9,6% 0,7%

Conta corrente 330.616 2,0% 165.610 1,1% 99,6%

Programa de Transferência de Renda 349.640 2,1% 363.112 2,4% 3,7%

Prestados a ligadas - Fundos de Investimentos

36.879 0,2% 182.298 1,2% 79,8%

Prestados a ligadas 545.595 3,3% 384.774 2,5% 41,8%

Outros serviços 437.928 2,7¨% 327.975 2,2% 33,5%

Total 16.518.636 100% 15.104.677 100% 9,4%

Tabela 4 - Receita de Prestação de Serviços

Fonte: autora

Essa tabela foi extraída da publicação anual das Demonstrações Contábeis, exibidas no site da Caixa Econômica Federal de 2015, e feitas as análises Vertical e Horizontal de parte da Demonstração do Resultado do Exercício da Caixa.

(32)

A Análise Vertical tem como objetivo o estudo das tendências da empresa que permite conhecer a estrutura financeira e econômica da empresa e verificar a participação relativa de cada elemento patrimonial e de resultado.

O cálculo da análise vertical se dá através da divisão de cada item pelo valor total do ativo ou do passivo, no caso da DRE, será dividido pelo total da receita líquida abaixo se encontra a configuração do cálculo:

Análise Vertical= Conta (ou Grupo de Contas) x 100 Ativo ou Passivo

Ou

Análise Vertical= Conta (ou item da DRE) x 100 Receita Líquida de Vendas Cálculo:

Dados de 2015

Financiamento Estudantil – FIES = 420.125 x 100 =0,29% 144.471.785

Dados de 2014

Financiamento Estudantil – FIES =282.359 x 100= 0,19% 144.471.785

A Análise Horizontal é a análise que identifica a evolução dos diversos elementos patrimoniais e de resultados ao longo de determinado período de tempo, o cálculo se dá através de:

Análise Horizontal = [( Valor atual do item ) – 1 x 100] Valor do item do ano anterior

AH –FIES =(420.125 -1 X 100) = 48,79% 282.359

4.1.2 Resultado das Análises

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Em 2015 uma representatividade de 0,29% junto a Receita Liquida da Caixa, o que torna essa representatividade pequena.

b) Como resultado da Análise Horizontal:

Um aumento de 48,79% de 2015, em relação a 2014, essa evolução na análise do resultado da Caixa não reflete a realidade da situação do FIES, pois se houve esse aumento expressivo do FIES sendo eles efetuados para o banco esses valores significam que os bancos estão recebendo quase 50% a mais de pagamentos realizados ao FIES, não teria motivo sob o aspecto financeiro, de diminuir, o número de vagas, ofertados, pelo FIES.

Segue abaixo a evolução desse aumento de pagamentos aos bancos a partir de 2010:

Gráfico 2 A Evolução do FIES

Fonte: Autora

Nesse gráfico, fica evidente, a linha de valores que cresce ao longo de seis anos registrados no FIES, a linha cresce gradualmente ano a ano, ao comparar no ano de 2010 com o ano de 2015 tem- se um crescimento de mais de 400% até 2015. 2010 2011 2012 2013 2014 2015 98.519 137.238 158.142 203.162 282.359 420.125 1 2 3 4 5 6 ANO VALOR

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Simulação de um contrato com financiamento do FIES, com semelhantes dados de um contrato do curso de Farmácia do ano de 2015, nesse caso foi feito uma simulação com as seguintes informações:

DADOS INFORMADOS

Semestre Desejado 1 Semestre de 2017 Quantidade De Semestres Do Curso 10

Quantidades De Semestres Já Concluídos 0 Quantidade De Semestres A Serem Financiados 10

Percentual De Financiamento 95% Valor Da Mensalidade R$ 1373,57

Prazo De Carência 18 Meses

Data De Assinatura Do Contrato 27/02/2017 Dia Escolhido Para Vencimento Das Parcelas 5

Tabela – 5 Dados do contrato

Fonte: sisfies.mec.gov.br / adaptação da autora

Essa tabela é feita através de dados extraídos de uma simulação feita pelo site do FIES (http://sisfiesportal.mec.gov.br/?pagina=resultado) nessa página de simulação de contrato o sistema é alimentado pelas indicações do aluno quanto a valores, quantidades de semestres do curso, percentual de Financiamento desejado, e data para pagamento das mensalidades. Nesse caso foi de 95%, mas se o estudante marcar 100% de financiamento, a instituição financeira ainda analisará sua renda aonde será verificado se ele poderá obter 100% do financiamento ou não. Nessa próxima tabela apresenta os dados calculados onde é informado sobre a taxa de juros, o valor do financiamento por semestre e o montante do financiamento que o aluno deverá pagar no tempo previsto no contrato, cuja simulação está anexada no trabalho:

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DADOS CALCULADOS

Prazo De Utilização Em Meses 60

Taxa De Juros A. A 6.50%

Valor Do Financiamento No Primeiro Semestre R$ 6.524,40

Valor Do Financiamento Durante O Prazo De Utilização R$ 90.379,53

Mês de Inicio Do Benefício (Para Efeito Da Contagem Do Prazo) 01/2017

Data De Início Da Utilização Do Financiamento (Para Efeito Do Início Dos Cálculos Dos Juros)

15/03/2017

Prazo Da Faze De Carência (Em Meses) 18

Data De Início Da Fase De Carência 15/03/2022

Prazo Da Fase De Amortização (Em Meses) 180

Data De Início Da Fase De Amortização 15/09/2023

Prazo Total Do Contrato (Em Meses) 258

Data De Vencimento Do Contrato 15/08/2038

Tabela - 6 Dados calculados pelo Sistema

Fonte: sisfies.mec.gov.br / adaptação da autora

Esses dados calculados também dão informações referentes a duração do prazo total do contrato, que nesse caso, o tempo para pagar a dívida chega a mais de 21 anos, sendo então um investimento a longo prazo.

Na próxima Tabela a simulação demonstra detalhes do valor dos juros cobrados durante o curso, o valor que o aluno irá pagar a cada trimestre, e o valor que o FIES irá repassar à Instituição de Ensino.

Detalhamento do Financiamento

Fase de Utilização

JUROS PARCELA LIBERADO Nº DE PARCELAS

0,00 0,00 1.304,88 1 13,73 0,00 1.304,88 - 20,66 0,00 1.304,88 - 27,34 62,03 1.304,88 2 34,32 0,00 1.304,88 - 41,37 0,00 1.304,88 - 48,45 124,14 1.304,88 3 54,92 0,00 1.304,88 - 62,08 0,00 1.304,88 - 69,27 150,00 1.304,88 4

Tabela – 7 Detalhes do Financiamento

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Nessa fase de utilização do FIES, o que mais se destaca são as parcelas, que chegam ao seu limite de R$150,00 a cada trimestre, sendo esse o valor que o aluno vai pagar enquanto durar o curso regular.

Na fase de carência que dura, 18 meses após o término da duração do curso regular, o valor da parcela de R$ 150,00 permanece, assim como a sua trimestralidade.

A última etapa chama-se Amortização, essa fase começa após o período de carência, nessa fase as parcelas assumem um aumento considerável, a seguir na tabela abaixo:

Amortização

SALDO ANTERIOR JUROS AMORTIZADO PARCELAS SALDO ATUAL

98.386,76 517,68 329,34 847,02 98.057,42

98.057,42 515,94 331,08 847,02 97.726,34

97.726,34 514,20 332,82 847,02 97.393,52

Tabela – 8 Amortização da Dívida

Fonte: sisfies.mec.gov.br / adaptação da autora

Nessa etapa do contrato o aluno já começa a pagar o valor de R$ 847,02, agora mensalmente sendo amortizado do saldo da dívida até a última parcela. Para Ferreira (2010, p.42) a palavra amortizar significa extinguir dívida aos poucos.

Em anexo, há um contrato real de um aluno de Farmácia que conseguiu 95% do FIES,e tendo como representante financeiro a Caixa Econômica Federal, os juros baixos e as condições de pagamento das mensalidades trimestrais mostram-se semelhantes a simulação que foi feita no site do FIES, porém deve-se levar em consideração que o contrato real foi feito no segundo semestre de 2015 detectando um tempo de dois anos aonde muitos critérios do FIES foram alterados e também por isso possa esses contratos não terem como ser iguais, ainda assim as condições de pagamento durante o curso são vantajosas, considerando que durante o curso conforme a lei vigente não ultrapassa R$150, 00 por trimestre.

Logo se percebe quão importante se faz esse programa para manter um aluno com renda baixa no seu curso de graduação considerando que se ele não

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tivesse conseguido o Financiamento as parcelas integrais seriam de R$ 1.304,89, ano de 2015. Esse aluno é estudante de Uma Faculdade na Cidade de Várzea Grande a UNIVAG, está por sua vez, apresentou, o valor atual do curso de Farmácia, a mensalidade de R$ 1.800,00, para o curso de Farmácia para o primeiro semestre de 2017.

Segundo representantes do setor de negociação da Faculdade todo ano, os cursos de graduação, sofrem reajustes e aumentam seus valores progressivamente, esse fato, torna o aumento no resultado do exercício da CEF pouco significativo mesmo sendo um aumento de 48.79%, considerando agosto de 2015 a mensalidade do curso de Farmácia era de R$1.304,00, a de 2017 está em R$1.800,00 uma diferença de aproximadamente 25% de aumento somente de um curso, o que leva a uma afirmação, que o aumento do Financiamento do FIES não impactou da mesma maneira expressiva nas vagas ofertadas pelo FIES.

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CONCLUSÃO

Em termos Gerais o FIES através do estudo realizado é uma ótima opção para um estudante com recursos limitados dar continuidade a seus estudos cursando uma graduação em uma Instituição de Ensino Superior Privada.

As parcelas do FIES pelos estudos realizados são as mais baixas do mercado, quanto o prazo para a quitação da dívida, ser bem extenso, de acordo com as normas vigentes pelo MEC o prazo chega ao triplo do tempo estimado para o término do curso regular, esse fato não deixou dúvidas sobre suas vantagens, e com tantas vantagens o jovem carente de recursos notou a oportunidade de realização de um sonho, mais ainda, uma mudança de vida.

Uma nova situação na economia brasileira conseguiu alterar todas as facilidades encontradas no início do programa, o país estava em Crise, muitos escândalos de corrupção, a troca de governo e ajustes nas contas públicas, e o Ministério da Educação não poderia ficar de fora, e não ficou, isso refletiu diretamente no FIES houve então a redução das vagas ofertadas pelo FIES e para arrochar ainda mais a concessão do financiamento o MEC modificou alguns critérios que dificultaram ainda mais a entrada do jovem cidadão ao ensino superior.

A falta de emprego por causa da Crise econômica e política causou uma avalanche de desocupados em 2015, com dados do IBGE o país atingiu o número em 2015 de 9,1 milhões de desempregados, com a alta inadimplência pela falta de renda até mesmo os juros do FIES aumentaram, mas o golpe mais forte foi deixar desamparados aqueles que já haviam conseguido o financiamento, por causa das mudanças repentinas, muitos estudantes, alguns prestes a se formar perderam o financiamento e ficaram perdidos sem apoio financeiro para continuar seus estudos.

Esse trabalho tratou de questionar as atitudes do governo sobre suas prioridades, sobre a importância do FIES para os brasileiros e para o Brasil. Os países desenvolvidos têm em seu rol de prioridades a educação, num ranking apontado pelo site ultimosegundo.ig.com.br/educação o Brasil aparece em 33ª lugar quando a pesquisa apontava 35 países, o Brasil é um dos países que menos

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investem e educação, nesse aspecto o Brasil está atrasado, por que não consegue manter algo que é bom para todos, as perspectivas com esses estudos deixam traços de extrema preocupação com relação ao futuro dos jovens brasileiros, a possibilidade de se conseguir estudar e a chance de terminar algo tão determinante para o futuro de uma pessoa, se o FIES continuar reduzindo as vagas, quantos jovens adiarão a chance de melhorarem suas vidas e de suas famílias, com conhecimentos mais aprofundados.

Na graduação muitos tem suas mentes abertas, seus horizontes ampliados, novas ideias surgem desses novos estudantes e conhecimentos são transmitidos, por ser um caminho tão excelente para todas as pessoas esse programa não poderia diminuir, pelo contrário deveria se expandir para que mais jovens pudessem acessar o caminho para sua profissão sonhada ou até mesmo uma vida acadêmica. Além disso, a pesquisa realizada pela OCDE revela que o estudante que se forma consegue aumentar sua renda em 157%, o que em termos de economia, essa renda seria reinserida no mercado causando uma aquecida positiva na economia brasileira.

O objetivo foi alcançado de maneira satisfatória, porém, o acompanhamento desse programa deve ser feito de maneira contínua para que a sociedade possa estar calçada de estudos que revelam a situação desse programa de forma

atualizada , a metodologia que primeiramente seria a aplicação do questionário nas IES para determinar a constatação pelo FIES, teve resistência das entidades

privadas que não permitiram o acesso aos alunos, porém a simulação dos contratos e as análises obtidas evidenciaram que a crise realmente prejudicou o aluno e o governo nos financiamentos causando essa diminuição de aproximadamente 50% de vagas para o FIES.

Como proposta para que o país não sofra tanto com crises econômicas e mesmo com arroches em setores essenciais como educação, é justamente aumentar os investimentos nessa área, mas não só na área de cursos superiores, mas áreas de ensino fundamental e médio, e também na valorização dos profissionais da área de educação.

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APÊNDICE

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-Dados Calculados

 Prazo de utilização em meses: 60

 Taxa de juros a.a.: 6.50%

 Valor do financiamento no primeiro semestre: R$ 6.524,40

 Valor do financiamento durante prazo de utilização: R$ 90.379,53

 Mês de início do benefício (para efeito da contagem do prazo): 01/2017

 Data de início de utilização do financiamento (para efeito do início dos cálculos de juros): 05/03/2017

 Prazo da fase de Fase de carência (em meses): 18

 Data de inicio da fase de fase de carência: 05/03/2022

 Prazo da fase de Fase de amortização (em meses): 180

 Data de inicio da fase de fase de amortização: 05/09/2023

 Prazo total do contrato (em meses): 258

 Data vencimento do contrato: 05/08/2038 -Dados Informados

 Semestre desejado: 1° semestre de 2017

 Quantidade de semestres do curso: 10

 Quantidade de semestres já concluídos: 0

 Quantidade de semestres a serem financiados: 10

 Percentual de financiamento: 95%

 Valor da mensalidade: R$ 1.373,57

 Prazo de carência: 18 Meses

 Data de assinatura do contrato: 27/02/2017

 Dia escolhido para vencimento das parcelas: 5 Detalhamento do Financiamento: Fase de utilização Código 6ec886138399dd5e906183c3731df6ee Início 05/01/2017 Prazo (me ses) 60 Saldo inic ial R$ 1.304,88 Saldo final R$ 90.379,53 Saldo ant erio r (R$ ) Juros ( R $ ) Amortizado (R$) Parcela ( R $ ) Liberado (R $) Saldo atu al (R $) p a r c e l Vencimento

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