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PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

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Academic year: 2021

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RE\1045738PT.doc PE547.443v01-00

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Unida na diversidade

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PARLAMENTO EUROPEU 2014 - 2019 Documento de sessão 12.1.2015 B8-0020/2015

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

apresentada na sequência de uma declaração da Vice-Presidente da Comissão / Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança

nos termos do artigo 123.º, n.º 2, do Regimento sobre a situação na Ucrânia

(2014/2965(RSP))

Charles Tannock, Anna ElŜbieta Fotyga, Ryszard Czarnecki, Mark Demesmaeker, Ryszard Antoni Legutko, Tomasz Piotr Poręba, Karol Karski, Roberts Zīle, Stanisław OŜóg, Ruža Tomašić, Zbigniew Kuźmiuk, Geoffrey Van Orden

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B8-0020/2015

Resolução do Parlamento Europeu sobre a situação na Ucrânia (2014/2965(RSP))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta as suas anteriores resoluções sobre a Ucrânia e a Parceria Oriental, – Tendo em conta as Conclusões do Conselho "Assuntos Externos" sobre a Ucrânia, de 17

de novembro de 2014,

– Tendo em conta a ratificação do Acordo de Associação/Acordo de Comércio Livre Abrangente e Aprofundado /ACLAA pelo Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o relatório da Delegação de Observação de Eleições para as eleições parlamentares na Ucrânia, de 26 de outubro de 2014,

– Tendo em conta o artigo 123.º, n.º 2, do seu Regimento,

A. Considerando que a UE salientou repetidamente o seu empenhamento a favor de forte apoio à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia, assim como ao seu direito de decidir sobre os seus aliados e o seu futuro sem quaisquer pressões externas, B. Considerando que, em 26 de outubro, a Ucrânia realizou eleições parlamentares que –

apesar da extremamente difícil situação do país – foram organizadas de forma eficiente, ordeira, pacífica e em conformidade com as normas internacionais, eleições que foram ganhas por uma ampla maioria dos partidos que apoiam uma integração mais estreita entre a Ucrânia e a UE,

C. Considerando que, em 27 de Junho, a UE assinou – e subsequentemente ratificou – um Acordo de Associação com a Ucrânia, juntamente com a Geórgia e a Moldávia;

considerando que a assinatura deste acordo reconhece as aspirações do povo da Ucrânia a viver num país regido pelos valores europeus, a democracia e o Estado de direito,

D. Considerando que o dia 5 de dezembro de 2014 assinalou o 20.º aniversário da assinatura do Memorando de Budapeste, em que os EUA, a Rússia e o Reino Unido garantiram o respeito pela independência e a soberania ucranianas dentro das fronteiras existentes e a abstenção da ameaça ou uso da força contra a Ucrânia,

E. Considerando que, em 5 de setembro de 2014, o Grupo de Contacto Trilateral acordou sobre um cessar-fogo que entrou em vigor nesse mesmo dia; considerando que, desde então, o regime de cessar-fogo tem sido violado quase diariamente por separatistas através de um fluxo permanente de armas, munições, veículos armados, equipamento e mercenários, assim como de unidades regulares russas, incluindo tanques de guerra pesados, sistemas antiaéreos sofisticados e artilharia,

F. Considerando que, segundo as autoridades ucranianas, em dezembro de 2014, as perdas entre pessoal das forças armadas ultrapassavam 1.250 elementos desde o início do

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conflito, enquanto muitas pessoas continuam cativas dos militantes, incluindo soldados, jornalistas, voluntários e residentes locais,

G. Considerando que a intervenção militar direta e indireta da Rússia na Ucrânia, incluindo a anexação da Crimeia, viola o direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas, a Ata Final de Helsínquia e o Acordo de Budapeste de 1994; considerando que a Rússia continua a recusar a implementação do Tratado sobre as Forças Armadas Convencionais na Europa (FCE),

H. Considerando que a política russa de punir vizinhos seus, como a Ucrânia, a Geórgia e a Moldávia, pelas suas aspirações europeias, como formuladas nos Acordos de Associação com a UE, através da agressão militar e económica, assim como do apoio ou criação de conflitos latentes, visa interferir nos assuntos europeus, desestabilizar a Europa e enfraquecer a unidade da União Europeia,

I. Considerando que a queda trágica do voo MH17 da Malaysia Airlines na região de Donetsk provocou uma profunda emoção da opinião pública internacional e europeia; considerando que a ONU e a UE solicitaram uma investigação internacional exaustiva sobre as circunstâncias do acidente,

J. Considerando que, em 17 de novembro de 2014, o Conselho reforçou as medidas restritivas da UE contra os separatistas que operam na parte oriental da Ucrânia, com 13 pessoas e 5 entidades sujeitas a um congelamento dos seus ativos e à proibição de entrarem na UE,

K. Considerando que se constatam amplos abusos dos direitos humanos, tanto na parte oriental da Ucrânia, como na Crimeia, particularmente ressentidos pelos tártaros da Crimeia, incluindo a intimidação e uma nova vaga de desaparecimentos;

1. Manifesta a sua plena solidariedade com a Ucrânia e a nação ucraniana; reitera, uma vez mais, o seu empenhamento na independência, soberania, integridade territorial,

inviolabilidade das fronteiras e opção europeia da Ucrânia;

2. Condena veementemente a Federação Russa por empreender uma guerra híbrida e não declarada contra a Ucrânia, utilizando forças regulares russas e apoiando ilegalmente grupos armados; insta a Rússia a pôr termo ao fluxo de armamento e militantes para a parte oriental da Ucrânia; salienta que as ações da Rússia contra a Ucrânia constituem um ato de agressão;

3. Salienta que as sanções contra a Rússia adotadas pelos EUA e a UE estão a ter efeitos diretos sobre a economia russa; reitera o seu pedido aos Estados-Membros e ao SEAE de que reforcem as sanções e adotem um conjunto claro de critérios que, quando atingidos, possam evitar a adoção de novas medidas restritivas contra a Rússia ou conduzir à suspensão das precedentes, devendo tais critérios incluir: a retirada completa de tropas russas e mercenários do território da Ucrânia, a supressão do fornecimento de armas e equipamentos a terroristas, o pleno respeito do regime de cessar-fogo pela Rússia, o estabelecimento de um controlo e verificação efetivos do regime de cessar-fogo e a restauração do controlo da Ucrânia sobre a totalidade do seu território, incluindo a Crimeia;

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4. Requer, a este respeito, a aplicação geral do regime de embargo militar e sanções, de forma a evitar qualquer cooperação da UE com a Rússia no setor da defesa, inclusive no domínio das tecnologias do espaço;

5. Considera que a anexação da Crimeia é ilegal e recusa-se a reconhecer a imposição de facto do direito russo na península, entre outros, através da decisão de proibir a

importação de bens da Crimeia e Sebastopol que não tenham certificado ucraniano e de interdizer a emissão de vistos Schengen a residentes da Crimeia com passaportes russos; congratula-se com a decisão da Mastercard e da Visa de suspenderem todos os serviços na região Crimeia anexada pela Rússia;

6. Reitera o seu pedido ao Conselho de inscrever as chamadas repúblicas populares de Donestsk Luhansk na lista de organizações terroristas;

7. Manifesta-se profundamente preocupado com a deterioração da situação dos direitos humanos na Ucrânia oriental e na Crimeia; lamenta a corrente situação de intimidação e assédio aos tártaros da Crimeia, ucranianos étnicos e todos os que recusaram a cidadania russa na Crimeia; sublinha que a Rússia é diretamente responsável pela deterioração da situação dos direitos humanos no território da ilegalmente anexada Crimeia e na região de Dombas;

8. Congratula-se com o facto de as autoridades ucranianas terem realizado de forma efetiva e ordeira, em 26 de outubro, eleições parlamentares, apesar da extremamente difícil situação do país;

9. Condena a organização e realização de eleições "presidenciais e parlamentares" ilegais e ilegítimas na "República Popular de Donetsk" e na "República Popular de Luhansk" em 2 de novembro; lamenta que a Rússia tenha considerado legítimas tais eleições, infringindo assim os Acordos de Minsk;

10. Reitera o seu pedido à Rússia de que liberte imediatamente todos os detidos políticos ucranianos, incluindo Nadiya Savchenko, que foi recentemente eleito para o Verkhovna Rada da Ucrânia e se encontra atualmente em greve da fome;

11. Congratula-se com a constituição do governo Yatsenyuk e espera que este venha a implementar devidamente e sem atrasos indevidos reformas para aproximar a Ucrânia da UE; sublinha, a este respeito, a necessidade de reformar e aumentar a eficiência do Verkhanova Rada, entre outros, prolongando o prazo de 2 semanas para a apresentação de alterações a propostas de atos legislativos, assegurando uma vacatio legis adequada para a regulamentação aprovada e garantindo uma participação mais elevada de

deputados nos trabalhos parlamentares; reitera o seu pedido de que sejam intensificados os esforços na luta contra a corrupção; congratula-se com a designação de peritos estrangeiros para lugares importantes na nova administração;

12. Incentiva as autoridades ucranianas a desenvolverem mais um funcionalismo público plenamente profissional e independente, baseado nas melhores práticas e experiências dos Estados-Membros da UE; solicita aos Estados-Membros e à Comissão Europeia que examinem a possibilidade de enviar peritos e funcionários públicos experientes que possam prestar assistência na formação dos seus homólogos ucranianos;

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13. Convida a Comissão e os Estados-Membros a intensificarem os seus esforços na prestação de assistência à Ucrânia, organizando uma conferência de

doadores/investidores e cooperando com as instituições financeiras internacionais para definir os novos passos destinados a tratar a questão da recuperação económica e financeira da Ucrânia;

14. Solicita, a este respeito, que a AR/VP e a Comissão tomem medidas concretas e

organizem um transporte especial de fornecimentos e equipamentos militares não letais, incluindo, entre outros, dispositivos portáteis de visão noturna e vestuário à prova de bala para os soldados ucranianos que lutam no leste do país;

15. Convida os Estados-Membros a prestarem assistência militar e técnica às forças armadas ucranianas, a fim de aumentar a sua prontidão e capacidade de combate;

16. Congratula-se com a assinatura do Acordo de Associação com a Ucrânia e sublinha a legalmente reconhecida perspetiva da Ucrânia de uma eventual adesão à UE, prevista, em princípio, pelo artigo 49.º do Tratado da União Europeia; convida os Estados-Membros a ratificarem o Acordo de Associação antes da Cimeira de Riga, a realizar em 2015; 17. Sublinha, tendo em conta a anunciada suspensão do Projeto South Stream, a importância

estratégica crescente do sistema ucraniano de transporte de gás, e solicita à Comissão que apresente planos para a modernização adequada dos oleodutos ucranianos; congratula-se com a solidariedade demonstrada pela UE e com os maiores volumes de gás que, através da inversão de fluxos, chegam à Ucrânia a partir dos Estados-Membros da UE;

18. Congratula-se com os esforços do Governo ucraniano do Primeiro-Ministro Yatsenyuk para diversificar os aprovisionamentos de energia e abrir os seus concursos públicos a empresas internacionais, por exemplo, em matéria de combustíveis nucleares e de fornecimento de equipamento para centrais elétricas;

19. Lamenta a propagando russa, em meios de comunicação social detidos pelo Estado, contra a Ucrânia, que instiga o ódio e preconceitos contra o país na sociedade russa; 20. Solicita à UE que manifeste a sua solidariedade a uma só voz ao reagir contra ações da

Rússia na Ucrânia e em outros países da Parceria Oriental;

21. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão, à Vice-Presidente da Comissão/Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, aos Estados-Membros, ao Presidente da Ucrânia, aos governos e parlamentos dos países da Parceria Oriental e da Federação Russa e à Assembleia Parlamentar Euronest, bem como às Assembleias Parlamentares do Conselho da Europa e da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa.

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