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FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS CADEIAS PRODUTIVAS BUNGE BRASIL CNPJ/MF / REGULAMENTO ÍNDICE

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FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS – CADEIAS PRODUTIVAS BUNGE BRASIL

CNPJ/MF16.975.644/0001-35 REGULAMENTO ÍNDICE 1. Glossário ...9 2. Objeto ...9 3. Forma de Constituição ...9 4. Prazo de Duração ...9 5. Instituição Administradora ...9

6. Obrigações, Vedações e Responsabilidades da Instituição Administradora .. 10

7. Substituição e Renúncia da Instituição Administradora ... 12

8. Taxa de Administração e Taxa de Performance ... 13

9. Prestadores de Serviços do Fundo ... 15

10. Política de Investimento ... 20

11. Critérios de Elegibilidade, Condições de Cessão, Descrição dos Direitos Creditórios e Política de Cobrança ... 22

12. Política de Origem e Aquisição de Direitos Creditórios ... 24

13. Fatores de Risco ... 25

14. Cotas do Fundo ... 35

15. Valorização das Cotas... 37

16. Amortização das Cotas ... 37

17. Reservas ... 39

18. Metodologia de Avaliação dos Ativos do Fundo e das Cotas ... 39

19. Encargos do Fundo ... 41

20. Assembleia Geral ... 42

21. Eventos de Avaliação e Eventos de Liquidação ... 44

22. Ordem de Alocação de Recursos ... 47

23. Publicações ... 48

24. Informações Obrigatórias e Periódicas ... 48

25. Disposições Finais ... 50 Anexo I ... 52 Anexo II ... 60 Anexo III ... 62 Anexo IV ... 64 Anexo V ... 66 Anexo VI ... 70

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REGULAMENTO DO “FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS -CADEIAS PRODUTIVAS BUNGE BRASIL”

O “FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS -CADEIAS PRODUTIVAS BUNGE BRASIL”, disciplinado pela Resolução n° 2.907, de 29 de novembro de 2001, do

CMN e pela Instrução CVM n° 356, de 17 de dezembro de 2001, e demais disposições legais e regulamentares aplicáveis, será regido pelo presente Regulamento, conforme o disposto abaixo.

1 GLOSSÁRIO

1.1 Os termos definidos e expressões adotadas neste Regulamento em letras

maiúsculas terão o significado a eles atribuídos no Anexo I deste Regulamento, aplicável tanto às formas no singular quanto no plural.

2 OBJETO

2.1 O Fundo tem por objeto proporcionar aos Cotistas a valorização de suas cotas por meio da aplicação dos recursos do Fundo na aquisição de Direitos Creditórios e Outros Ativos, nos termos da política de investimento descrita na cláusula 10 deste Regulamento.

3 FORMA DE CONSTITUIÇÃO

3.1 O Fundo é constituído sob a forma de condomínio fechado, de modo que

suas Cotas somente serão resgatadas ao término do prazo de duração de cada Série ou classe de Cotas ou, em virtude de sua liquidação, sendo admitida a amortização das Cotas, conforme previsto no presente Regulamento e nos respectivos Suplementos ou por decisão da Assembleia Geral.

4 PRAZO DE DURAÇÃO

4.1 O Fundo terá prazo de duração indeterminado, podendo ser liquidado nas

hipóteses expressamente previstas neste Regulamento ou por deliberação da Assembleia Geral.

4.2 Cada Série de Cotas Seniores e as classes de Cotas Subordinadas terão o

prazo de duração especificado em seu respectivo Suplemento. 5 INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA

5.1 O Fundo é administrado pelo Citibank Distribuidora de Títulos e

Valores Mobiliários S.A., instituição financeira, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Paulista, 1.111, 2º andar-parte, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 33.868.597/0001-40, sociedade devidamente autorizada pela

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CVM a exercer a atividade de administrador de carteira de títulos e valores mobiliários, conforme Ato Declaratório CVM nº 1223, de 15 de Janeiro de 1990, que indicará o seu diretor responsável pela administração do Fundo perante a CVM, na forma da regulamentação em vigor.

6 OBRIGAÇÕES, VEDAÇÕES E RESPONSABILIDADES DA INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA

6.1 A Instituição Administradora, observadas as limitações estabelecidas

neste Regulamento e nas demais disposições legais e regulamentares pertinentes, tem amplos e gerais poderes para praticar todos os atos necessários à administração do Fundo, de acordo com os mais altos padrões de diligência e correção do mercado, entendidos no mínimo como aqueles que todo homem ativo e probo deve empregar na condução de seus próprios negócios, praticando todos os seus atos com a estrita observância (i) da lei e das normas regulamentares aplicáveis, (ii) deste Regulamento, (iii) das deliberações da Assembleia Geral e (iv) dos deveres fiduciários, de diligência e lealdade, de informação e de preservação dos direitos dos titulares das Cotas.

6.2 A Instituição Administradora, juntamente com o Gestor, tem poderes para

praticar todos os atos necessários à gestão dos Direitos Creditórios e Outros Ativos, bem como exercer todos os direitos inerentes aos mesmos.

6.3 Incluem-se entre as obrigações da Instituição Administradora, além

daquelas previstas no artigo 34 da Instrução CVM n° 356/01:

(i) registrar, às expensas do Fundo, o documento de constituição do Fundo e

o presente Regulamento, bem como futuras alterações e respectivas consolidações do Regulamento, em Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo;

(ii) celebrar os Documentos do Fundo por ordem e conta do Fundo e

contratar, também por conta e ordem do Fundo, Agência Classificadora de Risco e a Empresa de Auditoria encarregada da revisão das demonstrações financeiras e das contas do Fundo e da análise de sua situação;

(iii) independentemente da ação do Agente de Cobrança, iniciar ou fazer com

que se inicie, quando for o caso, quaisquer procedimentos, judiciais ou extrajudiciais, necessários (a) à cobrança dos Direitos Creditórios e Outros Ativos integrantes da carteira do Fundo; (b) à excussão de quaisquer garantias eventualmente prestadas; e (c) à salvaguarda dos direitos, interesses e prerrogativas dos Cotistas;

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(iv) praticar todos os atos de administração ordinária do Fundo, de modo a manter a sua boa ordem legal, operacional e administrativa;

(v) manter atualizados e em perfeita ordem: (a) os relatórios da Agência

Classificadora de Risco; (b) o Regulamento, alterando-o em razão de deliberações da Assembleia Geral, bem como independentemente destas, para fins exclusivos de adequação à legislação em vigor e/ou cumprimento de determinações da CVM, devendo, nestes dois últimos casos, providenciar a divulgação das alterações aos Cotistas, no prazo máximo de 30 (trinta) dias da data de sua ocorrência;

(vi) convocar a Assembleia Geral conforme a cláusula 20 deste Regulamento;

(vii) informar os Cotistas sobre eventual rebaixamento da classificação de

risco das Cotas Seniores;

(viii) no caso de pedido ou decretação de recuperação judicial ou extrajudicial,

falência, intervenção ou liquidação extrajudicial, ou ainda de regimes similares, de bancos em que transitem recursos relacionados aos Direitos Creditórios Cedidos, requerer o imediato direcionamento desse fluxo de recursos para outra conta de depósito, de titularidade do Fundo;

(ix) custear as despesas de propaganda do Fundo;

(x) fornecer às autoridades fiscalizadoras, quando for o caso, na esfera de sua competência, informações relativas às operações do Fundo;

(xi) assumir a defesa dos interesses do Fundo diante de eventuais

notificações, avisos, autos de infração, multas ou quaisquer outras penalidades aplicadas pelas autoridades fiscalizadoras;

(xii) cumprir com todas as disposições previstas na Instrução CVM nº 356/01,

incluindo as disposições oriundos da Instrução CVM nº 484/10 e da Instrução CVM nº 489/11; e

(xiii) informar imediatamente à Agência Classificadora de Risco:

(a) a substituição da Instituição Administradora, da Empresa de Auditoria, ou do Custodiante; e

(b) a ocorrência de qualquer Evento de Avaliação ou Evento de Liquidação.

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(xiv) fornecer informações relativas aos Direitos Creditórios adquiridos ao Sistema de Informações de Créditos do BACEN (SCR), nos termos da norma específica.

(xv) divulgar, trimestralmente, no periódico utilizado para divulgação de

informações do Fundo, além de manter disponíveis em sua sede e agências e nas instituições que coloquem cotas desse, o valor do Patrimônio Líquido do Fundo, o valor da cota, as rentabilidades acumuladas no mês e no ano civil a que se referirem, e os relatórios da Agência Classificadora de Risco contratada pelo Fundo;

6.3.1 A divulgação das informações previstas no inciso (xv) do item 6.3 acima

pode ser providenciada por meio de entidades de classe de instituições do Sistema Financeiro Nacional, desde que realizada no periódico determinado para divulgação de informações do Fundo, observada a responsabilidade da Instituição Administradora pela regularidade na prestação dessas informações.

6.4 É vedado à Instituição Administradora, além do disposto nos artigos 35 e

36 da Instrução CVM n° 356/01:

(i) criar qualquer ônus ou gravame, seja de que tipo ou natureza for, sobre

os Direitos Creditórios e os Outros Ativos;

(ii) emitir Cotas em desacordo com este Regulamento;

(iii) prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma nas

operações praticadas pelo Fundo, inclusive quando se tratar de garantias prestadas às operações realizadas em mercados de derivativos; e

(iv) utilizar ativos de sua própria emissão ou coobrigação como garantia as operações praticadas pelo Fundo.

6.4.1 As vedações de que tratam os itens 6.4 (iii) e (iv) acima abrangem os recursos próprios das pessoas físicas e das pessoas jurídicas controladoras da Instituição Administradora, das sociedades por elas direta ou indiretamente controladas e de coligadas ou outras sociedades sob controle comum, bem como os ativos integrantes das respectivas carteiras e os de emissão ou coobrigação dessas.

6.4.2 Excetuam-se do disposto no item 6.4.1 anterior os títulos de emissão do

Tesouro Nacional e os títulos de emissão do Banco Central do Brasil integrantes da carteira do Fundo.

7 SUBSTITUIÇÃO E RENÚNCIA DA INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA

(6)

mediante carta com aviso de recebimento endereçada a cada Cotista ou por meio eletrônico, desde que convoque, no mesmo ato, Assembleia Geral, a se realizar em no máximo 15 (quinze) dias contados da convocação, para decidir sobre sua substituição ou sobre a liquidação do Fundo.

7.1.1 Na hipótese de deliberação pela liquidação do Fundo, a Instituição

Administradora obriga-se a permanecer no exercício de sua função até o término do processo de liquidação.

7.2 Os Cotistas reunidos em Assembleia Geral também poderão deliberar pela

substituição da Instituição Administradora.

7.2.1 Na hipótese de deliberação da Assembleia Geral pela substituição da

Instituição Administradora, esta deverá permanecer no exercício regular de suas funções até que seja efetivamente substituída, o que deverá ocorrer em prazo de, no máximo, 90 (noventa) dias, sob pena de liquidação do Fundo.

7.3 A Instituição Administradora deverá, sem qualquer custo adicional para o

Fundo, (i) colocar à disposição da instituição que vier a substituí-la, no prazo de até 10 (dez) Dias Úteis contado da realização da respectiva Assembleia Geral que deliberou sua substituição, todos os registros, relatórios, extratos, bancos de dados e demais informações sobre o Fundo, de forma que a instituição substituta possa cumprir os deveres e obrigações da Instituição Administradora, bem como (ii) prestar qualquer esclarecimento sobre a administração do Fundo que razoavelmente lhe venha a ser solicitado pela instituição que vier a substituí-la. 8 TAXA DE ADMINISTRAÇÃO E TAXA DE PERFORMANCE

8.1 A Instituição Administradora terá direito a receber, pela prestação de

serviços de administração do Fundo, a título de Taxa de Administração, o montante equivalente a 2% (dois por cento) ao ano apurado sobre o valor do Patrimônio Líquido do Fundo. Na Taxa de Administração já está contemplada a “taxa de gestão” devida ao Gestor e as taxas de consultoria devidas a cada um dos consultores contratados, podendo estas serem pagas diretamente pelo Fundo ao Gestor e aos consultores, conforme estabelecido no Contrato de Gestão e em cada contrato de consultoria.

8.1.1 A remuneração acima deve ser calculada e provisionada todo Dia Útil (em

base de 252 dias por ano) sobre o Patrimônio Líquido do Fundo, e paga

mensalmente, por períodos vencidos, até o 5º (quinto) Dia Útil do mês

subsequente, ficando sujeita a um valor mínimo mensal conforme indicado no item 8.1.2 abaixo (“Remuneração Mensal Mínima”) caso os percentuais indicados no item 8.1 acima resultarem em uma Taxa de Administração menor que a Remuneração Mensal Mínima.

(7)

8.1.2 A Remuneração Mensal Mínima será seguinte:

(i) R$ 115.000,00 (cento e quinze mil reais) do 1º (primeiro) ao 5º (quinto)

mês;

(ii) R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) no 6º sexto (sexto) mês;

(iii) R$ 30.000,00 (trinta mil reais) do 7º (sétimo) ao 12º (décimo segundo) mês;

(iv) R$ 38.000,00 (trinta e oito mil reais) a partir do 13º (décimo terceiro) mês;

8.1.3 A Remuneração Mensal Mínima não será devida no período

pré-operacional do Fundo, sendo pré-pré-operacional o período compreendido entre a data da concessão do registro de funcionamento do Fundo pela CVM e a data em que ocorra a primeira integralização de Cotas no Fundo. O valor da Remuneração Mínima Mensal será reajustado anualmente, de acordo com a variação do Índice Geral de Preços - Mercado - IGP-M/FGV no período.

8.1.4 A remuneração acima não inclui as despesas previstas na cláusula 19

abaixo, a serem debitadas ao Fundo pela Instituição Administradora.

8.2 A Instituição Administradora pode estabelecer que parcelas da Taxa de

Administração sejam pagas diretamente pelo Fundo a prestadores de serviços contratados para o Fundo, com as quais deva arcar a Instituição Administradora, desde que o somatório dessas parcelas não exceda o montante total da Taxa de Administração acima fixada.

8.3 Além da Taxa de Administração, será cobrada do Fundo uma

remuneração baseada na rentabilidade das Cotas Subordinadas, denominada “Taxa de Performance”, correspondente a 100% (cem por cento) do valor da rentabilidade das Cotas Subordinadas que exceder a 110% (cento e dez por cento) da CDI, em cada Período de Apuração, já deduzidas as rentabilidades das Cotas, bem como todas as demais despesas do Fundo, inclusive a Taxa de Administração. As seguintes disposições serão aplicáveis no que se refere à Taxa de Performance:

(i) A Taxa de Performance será calculada e provisionada pelo Custodiante,

diariamente por Dia Útil, e paga diretamente pelo Fundo: (i) até o 5º (quinto) Dia Útil de cada encerramento de semestre civil, ou (ii) por instrução da Instituição Administradora no encerramento de cada Período de Apuração previsto no inciso “iii” abaixo, observado que o primeiro Período de Apuração da Taxa de Performance terá início na data da primeira integralização da primeira série de Cotas Seniores do Fundo e término no encerramento do semestre civil correspondente.

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(ii) Entende-se como semestre civil, para fins de aplicação do disposto no item anterior, os períodos compreendidos entre:

(a) o 1º (primeiro) Dia Útil do mês de janeiro, inclusive, e o último Dia Útil do mês de junho, inclusive; e

(b) o 1º (primeiro) Dia Útil do mês de julho, inclusive, e o último Dia Útil do mês de dezembro, inclusive.

(iii) Considerando que a Taxa de Performance prevista neste item é calculada

e provisionada diariamente, na eventualidade da ocorrência de amortizações no decorrer do semestre civil, a Taxa de Performance será calculada, proporcionalmente, por Dias Úteis, entre: (i) a data do encerramento do semestre civil anterior e do evento de amortização; ou (ii) do último evento de amortização e novo evento de amortização ocorridos dentro de um semestre civil; ou (iii) do último evento de amortização e o encerramento do semestre civil, sendo paga em conformidade com o disposto no item “i” acima, iniciando assim um novo período de provisão (“Período de Apuração”).

(iv) É vedada a cobrança da Taxa de Performance quando o valor da Cota

Subordinada for inferior ao seu valor na data de início do primeiro Período de Apuração ou por ocasião da última cobrança efetuada, ambos ajustados pelas eventuais amortizações de Cotas ocorridas.

(v) A Taxa de Performance será devida ao Gestor e ao Consultor

Especializado de Confirmação de Direitos Creditórios conforme proporção definida no Contrato de Gestão e no Contrato de Consultoria Especializada de Confirmação de Direitos Creditórios.

8.4 Não serão cobradas dos Cotistas taxa de ingresso ou taxa de saída.

9 PRESTADORES DE SERVIÇOS DO FUNDO

9.1 A Instituição Administradora pode, sem prejuízo de sua responsabilidade

e do diretor ou sócio-gerente designado, contratar serviços de:

(i) gestão, acompanhamento e supervisão da carteira do Fundo;

(ii) consultorias especializadas objetivando, mas não se limitando, a

prospecção, análise, seleção de Direitos Creditórios para integrarem a carteira do Fundo;

(9)

(iii) custódia, escrituração de Cotas, contabilidade e controladoria de ativos e passivos do Fundo; e

(iv) cobrança dos Direitos Creditórios Inadimplidos.

9.1.1 A Instituição Administradora possui regras e procedimentos adequados,

por escrito e passíveis de verificação, que lhe permitem diligenciar o cumprimento, pelo Gestor, pelos Consultores e pelo Agente de Cobrança, de suas respectivas obrigações indicadas neste Regulamento.

9.2 A Instituição Administradora, o Gestor, o Custodiante, o Agente de

Cobrança e os terceiros contratados respondem solidariamente, no exercício de suas respectivas funções, pelos prejuízos que causarem aos Cotistas, quando procederem com culpa ou dolo, com violação da lei, das normas editadas pela CVM e/ou do Regulamento.

9.3 As atividades de custódia, controladoria e a escrituração de Cotas do

Fundo serão exercidas pelo Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., instituição financeira, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Paulista, 1.111, 2º andar-parte, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 33.868.597/0001-40.

9.3.1 Sem prejuízo dos demais deveres e obrigações estabelecidos nos

Documentos do Fundo e na regulamentação aplicável, o Custodiante, será responsável pelas seguintes atividades relacionadas à custódia e controladoria do Fundo:

(i) receber e verificar, no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de cessão,

a documentação que evidencie o lastro dos Direitos Creditórios;

(ii) validar, até a data de cessão, o enquadramento dos Direitos Creditórios nos Critérios de Elegibilidade;

(iii) realizar a liquidação física e financeira dos Direitos Creditórios Cedidos;

(iv) observar para que somente as ordens emitidas pela Instituição

Administradora ou por seus representantes legais ou mandatários, devidamente autorizados, sejam acatadas, sendo-lhe vedada a execução de ordens que não estejam diretamente vinculadas às operações do Fundo;

(v) fazer a custódia, administração, cobrança e/ou guarda física dos

Documentos Comprobatórios aos Direitos Creditórios e aos Outros Ativos integrantes da carteira do Fundo;

(10)

(vi) diligenciar para que sejam mantidos, às suas expensas e sob sua responsabilidade, atualizados e em perfeita ordem, os Documentos Comprobatórios, com metodologia preestabelecida e de livre acesso para a Empresa de Auditoria, para a Agência Classificadora de Risco e órgãos reguladores; e

(vii) cobrar e receber, por conta e ordem do Fundo, pagamentos, resgate de títulos ou qualquer outra renda relativa aos títulos custodiados, depositando os valores recebidos diretamente na conta de depósitos do Fundo.

9.3.2 Sem prejuízo das responsabilidades do Custodiante previstas neste

Regulamento e na regulamentação aplicável, o Custodiante não é responsável pelo efetivo adimplemento dos Direitos Creditórios Cedidos.

9.3.3 É facultado ao Custodiante proceder à análise da documentação que

evidencie o lastro dos Direitos Creditórios, prevista no item 9.3.1 (i), por amostragem.

9.3.3.1 A verificação de lastro dos Direitos Creditórios por amostragem será realizada trimestralmente, em uma data-base pré-estabelecida, sendo que nesta data-base os Direitos Creditórios sujeitos a verificação serão os componentes da carteira do Fundo no final do trimestre anterior ao da verificação, acrescidos dos Direitos Creditórios adquiridos no trimestre em análise. Caso seja usada a prerrogativa prevista neste item para realização de verificação de lastro por amostragem, a amostra deverá ser obtida a partir do conjunto de Direitos Creditórios obtidos pelo procedimento acima descrito.

9.3.3.2 As verificações serão realizadas por meio dos seguintes procedimentos:

(i) obtenção de arquivo eletrônico com os Direitos Creditórios adquiridos pelo

Fundo, na data base da revisão;

(ii) apuração da quantidade de Direitos Creditórios a serem verificados;

(iii) seleção dos Direitos Creditórios; e

(iv) conferência eletrônica dos Direitos Creditórios com os registros

eletrônicos da Instituição Administradora e com a manifestação validamente emitida pelo Sacado.

9.3.3.3 O escopo da análise da documentação que evidencia o lastro dos Direitos

Creditórios contempla a verificação da existência dos Direitos Creditórios.

(11)

Direitos Creditórios, o Custodiante, sem prejuízo de suas responsabilidades, poderá contratar prestador de serviços para auxiliá-lo no processo de análise por amostragem dos Direitos Creditórios.

9.3.3.5 Na hipótese de contratação de empresa especializada mencionada no

item 9.3.3.4 acima, o Custodiante manterá regras e procedimentos adequados, por escrito e passíveis de verificação, que lhe permitem diligenciar o cumprimento, pela referida empresa, da análise por amostragem do lastro dos Direitos Creditórios.

9.3.4 Desde que previamente aprovado pela Assembleia Geral, a Instituição

Administradora poderá contratar outro Custodiante.

9.3.5 Aplica-se aos procedimentos de substituição do Custodiante, no que

couber, o disposto na cláusula 7 acima.

9.3.6 O Custodiante poderá renunciar a qualquer tempo às suas funções nos

termos deste Regulamento e dos demais Documentos do Fundo. Neste caso, deverá desempenhar todas as suas funções de Custodiante pelo prazo de até 90 (noventa) dias contado da data da renúncia.

9.3.7 Conforme mencionado no item 9.3.1 acima, o Custodiante é responsável

por e fará a guarda física dos Documentos Comprobatórios. O Custodiante poderá eventualmente contratar empresa especializada na prestação de serviços de guarda, depósito e manutenção de documentos para realizar os serviços de guarda física dos arquivos eletrônicos relativos aos Documentos Comprobatórios, sendo que referida eventual futura contratação deverá observar os requisitos e exigências estabelecidos pela CVM.

9.3.8 A eventual futura contratação, pelo Custodiante, da empresa

especializada mencionada no item 9.3.7 acima, não eximirá o Custodiante de suas obrigações de custódia nos termos da regulamentação em vigor e deste Regulamento.

9.3.9 Na hipótese de contratação de empresa especializada mencionada no

item 9.3.7 acima, o Custodiante manterá regras e procedimentos adequados, por escrito e passíveis de verificação, que lhe permitem diligenciar o cumprimento, pela referida empresa, da guarda física dos Documentos Comprobatórios.

9.3.10 Os custos com a eventual contratação do Agente de Depósito e da

empresa de consultoria especializada para análise da documentação que evidencia o lastro dos Direitos Creditórios serão pagos diretamente pelo Fundo, porém deduzidos da remuneração do Custodiante, não trazendo nenhum custo adicional ao Fundo.

(12)

e aquisição dos Direitos Creditórios e Outros Ativos a serem adquiridos pelo Fundo, ficará a cargo da Financial Gestão de Ativos Ltda., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 13.703.306/0001-56, sociedade com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Iguatemi, nº 151, 22º andar, autorizada à prestação do serviço de administração de carteira de títulos e valores mobiliários através do Ato Declaratório CVM nº 11.865, de 04 de Agosto de 2011.

9.4.1 Sem prejuízo dos demais deveres e obrigações estabelecidos no Contrato

de Gestão, neste Regulamento e na regulamentação aplicável, o Gestor será responsável por todos os serviços relativos à (i) acompanhamento e supervisão da carteira do Fundo; (ii) verificação e validação das Condições de Cessão previstas na política de investimento do Fundo; (iii) alocação de recursos de titularidade do Fundo, não aplicados em Direitos Creditórios, em Outros Ativos, observada a política de investimento do Fundo; (iv) constituição, gestão, controle e monitoramento da Reserva de Amortização; (v) monitoramento do pagamento e liquidação dos Direitos Creditórios adquiridos pelo Fundo; (vi) assessoria na cobrança judicial e extrajudicial de todos os Direitos Creditórios adquiridos que não tenham sido pagos nas respectivas datas de vencimento, de acordo com a política de cobrança do Fundo e as demais condições estabelecidas no respectivo Contrato de Cessão; (vii) informar a Agência Classificadora de Risco a respeito de quaisquer aditamentos a este Regulamento; (viii) observação do funcionamento do fluxo operacional do Fundo e (ix) quaisquer outros serviços inerentes à atividade de gestão da carteira do Fundo.

9.5 A atividade de consultoria especializada de confirmação de Direitos

Creditórios, incluindo os processos de pré-seleção e cadastramento dos Direitos Creditórios, será realizada pelo Consultor Especializado de Confirmação de Direitos Creditórios, conforme venham a ser contratado para este fim pela Instituição Administradora.

9.5.1 Sem prejuízo dos demais deveres e obrigações estabelecidos no Contrato

de Consultoria Especializada de Confirmação de Direitos Creditórios, neste Regulamento e na regulamentação aplicável, o Consultor Especializado de Confirmação de Direitos Creditórios será responsável por todos os serviços relativos a: (i) envio diário ao Gestor da relação de Direitos Creditórios passíveis de negociação com o Fundo, através de arquivo eletrônico com confirmação do Sacado; (ii) recebimento diário do arquivo eletrônico enviado pelo Gestor com a notificação dos Direitos Creditórios cedidos ao Fundo para que seja providenciado o direcionamento dos pagamentos para a conta do Fundo.

9.6 Sempre que necessário, o Fundo, poderá contratar, mediante solicitação

do Gestor, empresa para prestação de serviço de consultoria especializada de ativação, descrito no item 9.6.1 abaixo.

(13)

de Consultoria Especializada de Ativação, neste Regulamento e na regulamentação aplicável, o Consultor Especializado de Ativação será responsável por todos os serviços relativos a: (i) contato com os fornecedores e prestadores de serviços do Sacado, buscando potenciais cedentes de Direitos Creditórios; (ii) cadastros, consulta de potenciais cedentes em sistemas de proteção ao crédito; e (iii) procedimentos de formalização de Contratos de Cessão.

9.7 A Empresa de Auditoria foi contratada para prestar serviços de auditor independente, encarregada da revisão das demonstrações financeiras e das contas do Fundo e da análise de sua situação.

9.8 A Agência Classificadora de Risco foi contratada para serviços de

classificação de risco (rating) das Cotas Seniores. 10 POLÍTICA DE INVESTIMENTO

10.1 O Fundo é voltado à aplicação preponderantemente em Direitos

Creditórios elegíveis.

10.1.1 Durante os primeiros 90 (noventa) dias de funcionamento, é permitido ao

Fundo adquirir e manter em sua carteira até 100% (cem por cento) de Outros Ativos.

10.1.2 Após 90 (noventa) dias do início de suas atividades, o Fundo deverá manter no mínimo 50% (cinquenta por cento) do Patrimônio Líquido em Direitos Creditórios.

10.1.2.1 Caso após o período de 90 (noventa) dias, o Fundo mantiver menos de 50% (cinquenta por cento) do seu Patrimônio Líquido em Direitos Creditórios a Instituição Administradora deverá apresentar à CVM solicitação de prorrogação do prazo de 90 (noventa) dias por igual período, conforme estabelecido no artigo 40º da Instrução CVM n º 356/01.

10.2 Os investimentos do Fundo se subordinarão aos requisitos de composição

e de diversificação estabelecidos neste Regulamento.

10.3 O Fundo pode aplicar o remanescente do Patrimônio Líquido não investido

em Direitos Creditórios exclusivamente em:

(i) títulos de emissão do Tesouro Nacional;

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(iii) cotas de fundos de investimento das classes renda fixa e referenciado DI,

inclusive aqueles administrados ou geridos pela Instituição

Administradora ou por empresas a esta ligada; e

(iv) certificados e recibos de depósito bancário de Instituições Financeiras Autorizadas.

10.4 É facultado ao Fundo, ainda, (i) realizar operações compromissadas; e (ii)

realizar operações em mercados de derivativos, desde que com o objetivo de proteger posições detidas à vista integrantes da carteira do Fundo, até o limite dessas.

10.4.1 Para efeito do disposto no item 10.4 (ii) acima, as operações contratadas

pelo Fundo com instrumentos derivativos, se realizadas, poderão ocorrer tanto em mercados administrados por bolsas de mercadorias e de futuros, quanto no de balcão, nesse caso desde que devidamente registradas em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.

10.5 O Fundo pode realizar operações nas quais a Instituição Administradora, empresas controladoras, controladas, coligadas e/ou subsidiárias da Instituição Administradora ou ainda quaisquer carteiras de clubes de investimento e/ou fundos de investimento por ela administrados ou pelas demais pessoas acima referidas atuem na condição de contraparte do Fundo, desde que com a finalidade exclusiva de realizar a gestão de caixa e liquidez do Fundo.

10.6 O Fundo não poderá realizar:

(i) aquisição de ativos ou aplicação de recursos em modalidades de

investimento atrelados à variação cambial;

(ii) operações de “day-trade”, assim consideradas aquelas iniciadas e

encerradas no mesmo dia, independentemente de o Fundo possuir estoque ou posição anterior do mesmo ativo;

(iii) operações de renda variável; e

(iv) aquisição de ativos de emissão da Instituição Administradora, empresas

controladoras, controladas, coligadas e/ou subsidiárias da Instituição Administradora, do Gestor e do Custodiante.

10.7 Excluídos os Direitos Creditórios que não entram no cômputo do cálculo do prazo médio deste Fundo, o Gestor envidará seus melhores esforços para que o Fundo mantenha o prazo médio dos Outros Ativos em níveis que possibilitem o enquadramento do Fundo, para fins tributários, como um fundo de investimento de longo prazo, conforme o disposto na Instrução Normativa da Secretaria da Receita

(15)

Federal - Ministério da Fazenda nº 1.022, de 05 de abril de 2010, e alterações posteriores, ou conforme a regulamentação que venha a substituí-la, durante o prazo de duração do Fundo.

10.8 O Fundo poderá realizar aplicações que coloquem em risco parte ou a

totalidade de seu patrimônio, podendo, inclusive, os Cotistas serem chamados a aportar capital nos casos estipulados no Regulamento e na regulamentação em vigor. A carteira do Fundo, e por consequência seu patrimônio, estão submetidos a diversos riscos, dentre os quais, exemplificativamente, os analisados na cláusula 13 abaixo. O investidor, antes de adquirir Cotas, deve ler cuidadosamente tal cláusula, responsabilizando-se por seu investimento no Fundo.

10.9 As aplicações no Fundo não contam com garantia da Instituição

Administradora, Gestor, Consultores, do FGC, dos Cedentes ou do Custodiante. Além disso, o Fundo poderá realizar aplicações que coloquem em risco parte ou a

totalidade de seu patrimônio. Os principais riscos estão descritos

pormenorizadamente abaixo, devendo ser lidos cuidadosamente pelo investidor antes da aquisição de Cotas.

10.10 O Gestor, por delegação da Instituição Administradora, ao representar o Fundo nas assembleias gerais dos fundos de investimento nos quais o Fundo detenha participação, adotará os termos e condições estabelecidos na “Política de Voto” do Gestor, registrada na ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais – atual denominação da ANBID, e disponível para consulta no endereço eletrônico www.finvest.com.br.

10.10.1 Tal política de voto disciplina os princípios gerais, as matérias relevantes obrigatórias, o processo decisório e serve para orientar as decisões do Gestor nas assembleias gerais dos emissores de títulos e valores mobiliários que confiram direito de voto.

11 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE, CONDIÇÕES DE CESSÃO, DESCRIÇÃO DOS DIREITOS CREDITÓRIOS E POLÍTICA DE COBRANÇA

11.1 Os Direitos Creditórios compreendem os direitos de crédito, expressos em

moeda corrente nacional e com previsão de pagamento a prazo, decorrentes de relações comerciais já constituídas entre os Cedentes e o Sacado em virtude de operações de natureza mercantil de compra e venda de produtos, mercadorias e/ou serviços já entregues/prestados pelos Cedentes ao Sacado, incluídos todos e quaisquer direitos, privilégios, preferências, prerrogativas, seguros, garantias e ações a estes relacionados, bem como todos e quaisquer encargos, multas compensatórias e/ou indenizatórias devidas pelo Sacado aos Cedentes, livres e desembaraçados de quaisquer ônus, encargos, ou gravames.

(16)

Cessão, compreendem os Direitos Creditórios identificados em cada Termo de Cessão.

11.1.2 Para que sejam adquiridos pelo Fundo, a legitimidade dos Direitos

Creditórios deverá ser confirmada pelo Sacado, de modo que o Sacado se comprometerá de forma irrevogável e irretratável com a liquidação financeira dos Direitos Creditórios junto ao Fundo.

11.1.2.1 O Sacado poderá realizar a confirmação da legitimidade dos Direitos Creditórios através de arquivo eletrônico com confirmação digital.

11.2 O Fundo somente poderá adquirir Direitos Creditórios que atendam

cumulativamente, na data de aquisição, as Condições de Cessão e os Critérios de Elegibilidade.

11.3 Os Direitos Creditórios a serem adquiridos pelo Fundo deverão atender

cumulativamente os seguintes Critérios de Eligibilidade:

(i) os Direitos Creditórios devem ser não vencidos;

(ii) quando da negociação de cada cessão ao Fundo e definição da taxa de desconto a ser aplicada, deverá ser observada como taxa mínima a Taxa Mínima de Desconto; e

(iii) os Direitos Creditórios não poderão ter data de vencimento: (a) no

período de 30 (trinta) dias anteriores ao último prazo de duração das Séries de Cotas Seniores em circulação; (b) após o último prazo de duração das Séries de Cotas Seniores em circulação; e (c) inferior a 10 (dez) dias contados da data da respectiva aquisição pelo Fundo.

11.3.1 A Taxa Mínima de Desconto deverá ser observada conforme indicado no item 11.3 (ii) acima, restando claro que não há qualquer definição de taxa máxima de desconto que poderá ser aplicada em cada aquisição de Direitos Creditórios.

11.4 Previamente à aquisição de Direitos Creditórios as seguintes Condições de

Cessão deverão ser verificadas exclusivamente pelo Gestor:

(i) o Cedente deve ter sido previamente aprovado pelo Gestor e cadastrado

pelo Fundo;

(ii) os Direitos Creditórios devem ser devidos pelo Sacado e oriundos de

relação de prestação de serviços, compra e venda e/ou fornecimento de bens;

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(iii) os Direitos Creditórios devem ser representados por duplicatas, contratos de fornecimento de produtos, contratos de prestação de serviços e notas fiscais/faturas de produtos e/ou serviços ou documento equivalente que garanta ao titular o direito de: (a) receber do Sacado o valor do crédito respectivo; e (b) cobrar do Sacado o pagamento do crédito não honrado; e

(iv) os Direitos Creditórios não poderão estar vencidos e não pagos na data de sua cessão para o Fundo.

11.4.1 Nos termos do disposto no item 9.1.1 deste Regulamento, a Instituição Administradora possuirá regras e procedimentos adequados, por escrito e passíveis de verificação, disponibilizados e mantidos atualizados em sua página na rede mundial de computadores, que lhe permitem diligenciar o cumprimento, pelo Gestor, da obrigação de validar os Direitos Creditórios em relação às Condições de Cessão estabelecidas neste Regulamento.

11.5 Nos termos do inciso X do artigo 24 da Instrução CVM n° 356/01, são descritas e apresentadas características inerentes aos Direitos Creditórios a serem adquiridos pelo Fundo, divididas da seguinte forma:

(i) no Anexo II deste Regulamento, descrição dos mecanismos e

procedimentos adotados para cobrança dos Direitos Creditórios Cedidos, inclusive inadimplentes; e

(ii) no Anexo IV deste Regulamento, descrição da política de origem e

aquisição de Direitos Creditórios dos Cedentes.

11.6 As despesas incorridas para cobrança de inadimplentes, seja na esfera

extrajudicial, ou judicial, serão arcadas pelo Fundo.

11.7 Anexo III contém a descrição do conteúdo mínimo obrigatório que deverá

constar de cada Contrato de Cessão.

12 POLÍTICA DE ORIGEM E AQUISIÇÃO DE DIREITOS CREDITÓRIOS

12.1 A Política de Origem e Aquisição de Direitos Creditórios está descrita no Anexo IV ao presente Regulamento.

12.1.1 Quaisquer alterações na Política de Origem e Aquisição de Direitos

Creditórios serão apresentadas à Instituição Administradora no prazo de 5 (cinco) Dias Úteis da referida alteração, sendo certo que quaisquer alterações no Anexo IV do presente Regulamento dependem de deliberação da Assembleia Geral.

(18)

13 FATORES DE RISCO

13.1 O investidor, antes de adquirir Cotas do Fundo, deve ler cuidadosamente

os fatores de risco abaixo descritos, responsabilizando-se pelo seu investimento no Fundo. A descrição dos riscos abaixo indicados não é exaustiva, devendo o potencial investidor fazer suas próprias análises antes da aquisição de Cotas do Fundo.

13.2 Riscos de Mercado. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas no

preço ou no retorno dos ativos integrantes da carteira do Fundo, resultantes de diversos fatores de mercado, como liquidez, crédito, alterações políticas, econômicas e fiscais. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de Mercado incluem-se as seguintes hipóteses:

13.2.1 Flutuação de Preços em Virtude de Fatores de Mercado. Os preços e a

rentabilidade dos ativos do Fundo poderão flutuar em razão de diversos fatores de mercado, tais como variação da liquidez e alterações na política de crédito, econômica e fiscal. Essa oscilação dos preços poderá fazer com que parte ou a totalidade daqueles ativos que integram a carteira do Fundo seja avaliada por valores inferiores ao da emissão e/ou contabilização inicial, levando à redução do patrimônio do Fundo e, consequentemente, a prejuízos a seus Cotistas.

13.2.2 Inexistência de garantia de rentabilidade. Caso os ativos do Fundo,

incluindo os Direitos Creditórios Cedidos, não constituam patrimônio suficiente para a valorização das Cotas, a rentabilidade dos Cotistas será inferior àquela indicada no Regulamento. Dados de rentabilidade verificados no passado com relação a qualquer fundo de investimento em direitos creditórios no mercado, ou ao próprio Fundo, não representam garantia de rentabilidade futura. Deste modo, os Cotistas poderão não receber a rentabilidade que o Fundo objetiva ou mesmo sofrer prejuízo no seu investimento, não conseguindo recuperar o capital investido nas Cotas, e, ainda que recebam o capital investido, poderão não conseguir reinvestir os recursos recebidos com a mesma remuneração proporcionada até então pelo Fundo. Nesse caso, não será devida pelo Fundo ou qualquer pessoa, incluindo a Instituição Administradora, qualquer multa ou penalidade.

13.2.3 Risco decorrente do descasamento de taxas. Os Direitos Creditórios são

descontados pelo Fundo a taxas prefixadas, enquanto a distribuição dos rendimentos do Fundo para as Cotas tem como parâmetro a CDI. Na hipótese de um aumento relevante na CDI e na impossibilidade de se realizar operações de mercado que protejam as posições mantidas pelo Fundo no mercado à vista, pode ocorrer de o Fundo não ter recursos o bastante para arcar com parte ou a totalidade dos rendimentos.

13.3 Risco de Crédito. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas

(19)

dos emissores dos Outros Ativos que compõem a carteira do Fundo. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de Crédito incluem-se as seguintes hipóteses:

13.3.1 Risco de Concentração em Títulos Públicos. É permitido ao Fundo adquirir

e manter em sua carteira, durante os primeiros 90 (noventa) dias de funcionamento, até 100% (cem por cento) de ativos emitidos pelo Tesouro Nacional, ou emitidos pelo Banco Central do Brasil. Posteriormente aos referidos 90 (noventa) dias, o investimento em referidos ativos poderá representar 50% (cinquenta por cento) ou menos da carteira do Fundo. Em qualquer dos casos se, por qualquer motivo, o Tesouro Nacional ou o Banco Central do Brasil não honrarem seus compromissos, há chance de o Fundo sofrer perda patrimonial significativa, o que afetaria negativamente a rentabilidade das Cotas.

13.3.2 Fatores Macroeconômicos. Como o Fundo aplicará seus recursos

preponderantemente em Direitos Creditórios, dependerá da solvência do Sacado para distribuição de rendimentos aos Cotistas. A solvência do Sacado pode ser afetada por fatores macroeconômicos relacionados à economia brasileira, tais como elevação das taxas de juros, aumento da inflação, baixos índices de crescimento econômico ou outros relacionados às suas atividades. Assim, na hipótese de ocorrência de um ou mais desses eventos, poderá haver inadimplência dos Direitos Creditórios Cedidos, afetando negativamente os resultados do Fundo e, consequentemente, a rentabilidade das Cotas.

13.3.3 Risco de Concentração. O Fundo poderá ter até 100% (cem por cento) de

seu patrimônio composto por Direitos Creditórios devidos pelo Sacado. Geralmente a concentração do investimento em créditos de poucos devedores ou originados de poucos segmentos, como é o caso, eleva o risco do investimento. Desse modo, se o Sacado, por qualquer motivo, não efetuar os pagamentos que sejam por ele devidos em decorrência dos Direitos Creditórios Cedidos, o Fundo poderá sofrer perda patrimonial significativa, o que afetaria negativamente a rentabilidade das Cotas

13.3.4 Inexistência de direito de regresso contra o Cedente e Cobrança Judicial e

Extrajudicial. A cessão ao Fundo dos Direitos Creditórios poderá ser realizada sem

coobrigação ou direito de regresso contra o Cedente ou qualquer outra pessoa. No caso de o Sacado inadimplir as obrigações de pagamento dos Direitos Creditórios Cedidos ao Fundo, poderá haver cobrança judicial e/ou extrajudicial dos valores devidos. Nada garante, porém, que referidas cobranças atingirão os resultados almejados, recuperando para o Fundo o total dos valores inadimplidos. Assim, a inadimplência por parte do Sacado poderá implicar perdas patrimoniais ao Fundo e afetar negativamente a rentabilidade das Cotas.

13.3.5 Risco decorrente das falhas na cobrança. A cobranca dos Direitos

(20)

tratar de cobranca passiva, e do Agente de Cobrança, quando se tratar de cobranca ativa. Cabe a tais partes aferir o correto recebimento dos recursos e realizar a conciliação dos valores devidos ao Fundo e aos Cedentes. Assim, qualquer falha de procedimento da Instituição Administradora e/ou do Agente de Cobrança poderá acarretar menor recebimento de recursos pelo Fundo e, em última instância, a perda patrimonial do Fundo e a queda da rentabilidade das Cotas.

13.3.6 Inexistência de garantia das aplicações do Fundo. As aplicações no Fundo

não contam com garantia da Instituição Administradora, de quaisquer terceiros, de qualquer mecanismo de seguro, do FGC ou dos Cedentes. Igualmente, nem o Fundo, nem a Instituição Administradora prometem ou asseguram aos Cotistas qualquer rentabilidade ou remuneração decorrentes da aplicação em Cotas. Desse modo, todos os eventuais rendimentos, bem como o pagamento do principal, provirão da carteira de ativos do Fundo, a qual está sujeita a riscos diversos, e cujo desempenho é incerto.

13.3.7 Inadimplência dos emissores dos Outros Ativos. A parcela do patrimônio

do Fundo não aplicada em Direitos Creditórios poderá ser aplicada em quaisquer dos títulos e ativos especificados no item 10.3 do Regulamento. Tais títulos e ativos podem vir a não ser honrados pelos respectivos emissores, de modo que o Fundo teria que suportar tais prejuízos, o que afetaria negativamente a rentabilidade das Cotas.

13.3.8 Cobrança Judicial e Extrajudicial. Em caso de inadimplemento do Sacado,

o Fundo deverá optar pela cobrança judicial e/ou extrajudicial dos Direitos Creditórios devidos. Tais procedimentos de cobrança são custosos, costumam prolongar-se, e nem sempre atingem os resultados almejados. Assim, é possível, e até provável, que em caso de inadimplemento por parte do Sacado, o Fundo venha a sofrer perda patrimonial, e suas Cotas tenham a rentabilidade reduzida

13.3.9 Falência ou Recuperação Judicial do Sacado. Em caso de decretação de

falência do Sacado, os recursos arrecadados podem não ser suficientes para a liquidação de todas as obrigações do Sacado para com o Fundo. Por sua vez, o deferimento da recuperação judicial do Sacado sujeitará o Fundo à observância de um plano de recuperação judicial, aprovado por assembleia de credores e homologado pelo juízo competente. O plano de recuperação judicial poderá prever, dentre outras condições, a liquidação dos Direitos Creditórios em prazo dilatado ou por quantia menor que o valor de face desses. Na ocorrência de quaisquer das hipóteses descritas acima o patrimônio do Fundo poderá ser afetado negativamente, assim como a rentabilidade de suas Cotas.

13.3.10 Risco de eventual ausência de registro nos Termos de Cessão. O Gestor, ao seu exclusivo critério, de acordo com o Regulamento, poderá não levar os Termos de Cessão a registro perante o cartório de títulos e documentos. A ausência de registro poderá fazer com que a eficácia da cessão dos Direitos Creditórios seja

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questionada, podendo ocasionar atraso no pagamento ou não-pagamento dos respectivos Direitos Creditórios ao Fundo e, por sua vez, poderá impactar a rentabilidade das Cotas. Ademais, as obrigações dos Cedentes ou o eventual início de qualquer procedimento de falência, insolvência, renegociação ampla de dívidas, dissolução, liquidação ou recuperação judicial ou extrajudicial, ou benefício legal similar, em qualquer jurisdição, a qualquer tempo, poderão eventualmente atingir os Direitos Creditórios cedidos ao Fundo cuja cessão não tenha sido registrada nos cartórios competentes, por não caracterizarem uma cessão perfeita e acabada. 13.3.11 Risco de Exequibilidade de títulos de crédito emitidos por meio eletrônico. Os Direitos Creditórios cedidos ao Fundo serão formalizados preponderantemente por meio de títulos de crédito emitidos em meio eletrônico, cujo aceite será aposto por meio de assinatura digital devidamente certificada no âmbito do programa de Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira. A possibilidade de emissão de títulos de crédito por meio eletrônico está prevista no Artigo 889 do Código Civil e também é regulada pela Medida Provisória 2.200-2 de 24 de agosto de 2001. A jurisprudência vem admitindo que os títulos de crédito emitidos por meio eletrônico podem constituir títulos executivos extrajudiciais desde que acompanhados dos instrumentos de protesto por indicação (o protesto que ocorre sem apresentação da duplicata física), bem como dos comprovantes de entrega da mercadoria ou da prestação dos serviços. Apesar de já haver precedentes jurisprudenciais que admitem a exequibilidade de títulos de crédito emitidos eletronicamente, o tema ainda não foi pacificado pelos tribunais brasileiros. Desta forma, há o risco da exequibilidade dos títulos de crédito emitidos eletronicamente ser judicialmente contestada, dificultando a cobrança e o recebimento dos valores decorrentes de Direitos Créditos representados por tais títulos.

13.3.12

13.4 Risco de Liquidez. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas

resultantes das condições de liquidez dos mercados, em especial na hipótese de redução ou inexistência de demanda pelos ativos integrantes da carteira do Fundo devido a características específicas desses ativos ou dos próprios mercados em que são negociados, afetando tanto os referidos ativos, quanto as condições de solvência do Fundo. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de Liquidez incluem-se as seguintes hipóteses:

13.4.1 Fundo Fechado e Mercado Secundário. O Fundo será constituído sob a

forma de condomínio fechado, sendo que as Cotas só poderão ser resgatadas em virtude de sua liquidação. Assim, o Cotista não terá liquidez em seu investimento no Fundo, exceto (i) por ocasião das amortizações programadas ou eventuais, ou (ii) por meio da alienação de suas Cotas no mercado secundário. Atualmente, o mercado secundário de cotas de fundos de investimento em direitos creditórios apresenta baixa liquidez, o que pode dificultar sua venda ou ocasionar a obtenção de um preço de venda que cause perda de patrimônio ao Cotista.

(22)

13.4.2 Rebaixamento na Classificação de Risco das Cotas Seniores. A

classificação de risco atribuída às Cotas Seniores baseou-se, entre outros fatores, na atual condição dos Cedentes e do Sacado e nas informações presentes nos Documentos do Fundo. A classificação de risco é revista trimestralmente e não existe garantia de que permanecerá inalterada. Sem prejuízo da eventual ocorrência de um Evento de Avaliação, caso a classificação de risco seja rebaixada, os titulares de Cotas poderão ter prejuízo caso optem pela venda das Cotas no mercado secundário.

13.4.3 Aplicação em Direitos Creditórios. O Fundo deve aplicar seus recursos

preponderantemente em Direitos Creditórios. Pela sua própria natureza, a aplicação em Direitos Creditórios apresenta peculiaridades em relação às aplicações usuais da maioria dos fundos de investimento de renda fixa. Não existe no Brasil, por exemplo, mercado ativo para compra e venda de direitos creditórios. Assim, caso seja necessária a venda dos Direitos Creditórios da carteira do Fundo, como nas hipóteses de liquidação previstas neste Regulamento, poderá não haver compradores ou o preço de negociação poderá causar perda de patrimônio ao Fundo e redução da rentabilidade das Cotas.

13.4.4 Diminuição da quantidade de Direitos Creditórios elegíveis. Os Direitos

Creditórios a serem adquiridos pelo Fundo devem necessariamente respeitar os parâmetros da política de investimento descrita neste Regulamento, bem como atender aos Critérios de Elegibilidade. Na hipótese de, por qualquer motivo não existirem Direitos Creditórios disponíveis para cessão ao Fundo e que satisfaçam os Critérios de Elegibilidade, poderá ocorrer a liquidação do Fundo ou a amortização de Cotas.

13.4.5 Insuficiência de Recursos no Momento da Liquidação do Fundo. O Fundo

poderá ser liquidado conforme o disposto na cláusula 21 abaixo. Ocorrendo a liquidação, o Fundo pode não dispor de recursos suficientes para pagamento aos Cotistas. Neste caso, o pagamento aos Cotistas ficaria condicionado: (i) ao vencimento e pagamento pelo Sacado dos Direitos Creditórios Cedidos; ou (ii) à venda dos Direitos Creditórios Cedidos a terceiros, com risco de deságio capaz de comprometer a rentabilidade do Fundo. Pode ocorrer também o resgate de Cotas em Direitos Creditórios. Nessas situações, os Cotistas podem sofrer prejuízos patrimoniais.

13.5 Risco Proveniente do Uso de Derivativos. Consiste na possibilidade de

ocorrência de perdas resultantes de distorções de preço entre o derivativo e seu ativo objeto e do aumento da volatilidade do Fundo, havendo inclusive a possibilidade de verificação de patrimônio líquido negativo para o Fundo. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco Proveniente do Uso de Derivativos inclui-se a seguinte hipótese:

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13.5.1 Oscilações no Patrimônio do Fundo. A Instituição Administradora poderá

contratar operações com derivativos nos termos do Regulamento. Eventual distorção de preço entre o derivativo e seu ativo objeto pode resultar: (i) no aumento da volatilidade do Fundo, (ii) na limitação das possibilidades de retornos adicionais nas operações praticadas pelo Fundo, e (iii) em perda ao Cotista. O Fundo somente utiliza derivativos para proteção das posições detidas à vista. Mesmo nesse caso, existe o risco de a posição mantida pelo Fundo não representar um “hedge” perfeito e suficiente para evitar perdas patrimoniais ao Fundo. Ainda, não pode ser de todo afastada a possibilidade de o Fundo ter Patrimônio Líquido negativo, o que geraria a exigência de os Cotistas realizarem aportes adicionais de recursos no Fundo.

13.6 Riscos Específicos

13.6.1 Riscos Operacionais. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falhas, deficiências ou inadequação dos processos de manutenção de documentos comprobatórios dos Direitos Creditórios e dos processos operacionais de cobrança e fluxo financeiro dos Direitos Creditórios. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Riscos Operacionais incluem-se as seguintes hipóteses:

13.6.1.1 Guarda dos Documentos Comprobatórios. Sem prejuízo da

responsabilidade regulamentar do Custodiante, a empresa especializada

mencionada no item 9.3.7 acima (que eventualmente venha a ser contratada pelo Custodiante nos termos deste Regulamento e da regulamentação aplicável), então na qualidade de fiel depositária e responsável pela guarda dos arquivos eletrônicos relativos aos respectivos Direitos Creditórios Cedidos, terá obrigação de permitir à Instituição Administradora e ao Custodiante livre acesso a esses arquivos. Se, por qualquer motivo, referida empresa especializada (caso venha a ser contratada pelo Custodiante nos termos deste Regulamento e da regulamentação aplicável) não cumprir referida obrigação, a verificação da regularidade da constituição e performance dos respectivos Direitos Creditórios Cedidos pela Instituição Administradora e pelo Custodiante poderá ser prejudicada.

13.6.1.2 Repasse do Cedente. A despeito da cessão ao Fundo, os valores devidos pelo Sacado ao Fundo podem ser eventualmente pagos de modo incorreto diretamente para outras contas correntes dos Cedentes e não para a conta corrente do Fundo, que nesta hipótese os receberá na qualidade de fiel depositário, e só depois repassados ao Fundo. Se, por qualquer motivo, os Cedentes atrasarem o repasse dos valores recebidos ou não os repassarem ao Fundo, este poderá sofrer perdas patrimoniais, e a rentabilidade das Cotas poderá ser afetada negativamente. 13.6.1.3 Verificação do lastro dos Direitos Creditórios. O Custodiante fará a verificação trimestral do lastro dos Direitos Creditórios. Contudo, até que tal verificação seja realizada, o Fundo poderá ter Direitos Creditórios cujos

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Documentos Comprobatórios apresentem irregularidades, obstando ao Fundo o exercício de seus direitos em relação aos Direitos Creditórios, o que poderá acarretar prejuízo aos Cotistas. Ademais, a eventual utilização de cópias autenticadas dos Documentos Comprobatórios para a verificação do lastro dos Direitos Creditórios não confere o mesmo grau de certeza proporcionado pela análise de documentação original, aumentando o risco de ocorrência de erros na verificação do lastro dos Direitos Creditórios. Mesmo que a empresa especializada mencionada no item 9.3.7 acima (caso venha a ser contratada pelo Custodiante nos termos deste Regulamento e da regulamentação aplicável) tenha a obrigação de permitir à Instituição Administradora, ao Custodiante, ou terceiros por eles indicados, o livre acesso a referidos arquivos eletrônicos, a guarda de tais arquivos por terceiro contratado pelo Custodiante (caso isso ocorra nos termos deste Regulamento e da regulamentação aplicável) poderá representar dificuldade adicional a verificação da devida formalização dos Direitos Creditórios.

13.6.1.4 Risco de uso de sistemas. A Instituição Administradora e o Gestor utilizarão sistemas para a realização das cessões de Direitos Creditórios ao Fundo. Na hipótese de ocorrer erros ou falhas nos sistemas utilizados, que possam ocasionar o inadimplemento ou determinar a antecipação, liquidação ou amortização dos pagamentos dos Direitos Creditórios ao Fundo ou aos Cedentes, tais eventos poderão afetar o modo de operação do Fundo e poderão acarretar perdas patrimoniais aos Cotistas.

13.6.1.5 Risco decorrente da liquidação antecipada. O Fundo poderá ser liquidado antecipadamente por diversas razões, conforme disposto neste Regulamento. A liquidação antecipada pode trazer prejuízos para o Fundo e seus Cotistas, decorrentes, por exemplo, de desvalorização de seus ativos relacionada a conjuntura econômica desfavorável. Ademais, o Fundo pode não dispor de recursos para pagamento aos Cotistas. Neste caso, o Fundo pode ter de negociar os Direitos Creditórios e Outros Ativos em valor inferior a seu valor de mercado, sendo que o preço praticado poderia ocasionar prejuízos aos Cotistas.

13.6.2 Risco de Descontinuidade. Consiste na possibilidade de ocorrência de

perdas resultantes de eventual liquidação antecipada do Fundo, havendo, inclusive, a possibilidade de entrega de Direitos Creditórios aos Cotistas. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de Descontinuidade inclui-se a seguinte hipótese:

13.7 Riscos dos Originadores. Consiste na possibilidade de ocorrência de

perdas resultantes de eventual rescisão dos Contratos de Cessão pelos Cedentes e da interrupção das operações dos Cedentes. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco dos Originadores incluem-se as seguintes hipóteses:

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respectivos Contratos de Cessão ou simplesmente deixar de ceder Direitos Creditórios ao Fundo. Se isso ocorrer, por qualquer motivo, o Fundo poderá ser liquidado, o que poderia frustrar a pretensão dos Cotistas de manter investimento em Cotas do Fundo.

13.7.2 Riscos Operacionais do Originador. Os Cedentes, na qualidade de

originadores dos Direitos Creditórios, sujeitam o Fundo a incidir em perdas decorrentes de falhas, deficiências ou inadequação dos processos internos dos Cedentes, pessoas e sistemas, ou eventos externos, incluindo o risco legal associado à inadequação ou deficiência nos contratos dos quais decorrem os Direitos Creditórios, bem como dos processos operacionais dos Cedente.

13.8 Risco de Questionamento da Validade e Eficácia da Cessão. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas resultantes do fato de a cessão de Direitos Creditórios, nos casos expressamente previstos em lei, ser invalidada ou tornar-se ineficaz por determinação judicial. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de Questionamento da Validade e Eficácia da Cessão inclui-se a seguinte hipótese:

13.8.1 Inadimplemento dos contratos. Nos termos do artigo 476 do Código Civil,

em contratos que estabelecam obrigações para ambos os contratantes, nenhuma das partes poderá exigir da outra parte o cumprimento de sua obrigação antes de cumprida a sua própria obrigação. Nesse sentido, caso o Cedente deixe de cumprir suas obrigações contraídas no instrumento celebrado com Sacado do qual decorrem Direitos Creditórios, o Sacado poderá deixar de transferir ao Fundo os recursos destinados ao adimplemento de tais Direitos Creditórios, comprometendo o fluxo de caixa esperado do Fundo, prejudicando, assim, a rentabilidade do investimento realizado pelos Cotistas, podendo inclusive resultar em perda de patrimônio para o Cotista.

13.8.2 Eventual ausência de registro nos Termos de Cessão. O Gestor, ao seu

exclusivo criterio, de acordo com o Regulamento, poderá não levar os Termos de Cessão a registro perante o cartório de títulos e documentos. A ausência de registro poderá fazer com que a eficácia da cessão dos Direitos Creditórios seja questionada, podendo ocasionar atraso no pagamento ou nãoo-pagamento dos respectivos Direitos Creditórios ao Fundo e, por sua vez, poderá impactar a rentabilidade das Cotas. Ademais, as obrigaçõess do Cedente ou o eventual início de qualquer procedimento de falência, insolvência, renegociação ampla de dívidas, dissolução, liquidação ou recuperação judicial ou extrajudicial, ou beneficio legal similar, em qualquer jurisdição, a qualquer tempo, poderão eventualmente atingir os Direitos Creditórios cedidos ao Fundo cuja cessão não tenha sido registrada nos cartórios competentes, por não caracterizarem uma cessão perfeita e acabada.

13.8.3 Desconsideração da Cessão. Com relação a cada Cedente, a cessão de

(26)

negativamente o patrimônio do Fundo, caso seja realizada em:

(i) fraude contra credores, inclusive da massa, se no momento da cessão o Cedente pertinente esteja insolvente ou se com ela passe ao estado de insolvência;

(ii) fraude de execução, caso (a) quando da cessão o Cedente pertinente seja

sujeito passivo de demanda judicial capaz de reduzi-lo à insolvência; ou (b) sobre os Direitos Creditórios Cedidos pendesse demanda judicial fundada em direito real; e

(iii) fraude à execução fiscal, se o Cedente pertinente, quando da celebração

da cessão de créditos, sendo sujeito passivo por débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa, não dispusesse de bens para total pagamento da dívida fiscal.

13.9 Risco de Pré-pagamento. Consiste na possibilidade de ocorrência de

perdas resultantes do pagamento antecipado dos Direitos Creditórios. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de Pré-pagamento inclui-se a seguinte hipótese:

13.9.1 Pré-pagamento e renegociação dos Direitos Creditórios. O pré-pagamento

ocorre quando há o pagamento, total ou parcial, do valor do principal do Direito Créditório, pelo Sacado, antes do prazo previamente estabelecido para tanto, bem como dos juros devidos até a data de pagamento. A renegociação é a alteração de determinadas condições do pagamento do Direito de Crédito. O pré-pagamento e a renegociação de um Direito Créditório adquirido pelo Fundo podem implicar no recebimento de um valor inferior ao previsto no momento de sua aquisição, em decorrência do desconto dos juros que seriam cobrados ao longo do período do seu pagamento, resultando na redução dos rendimentos a serem distribuídos aos Cotistas.

13.10 Risco de Governança. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da hipótese de emissão adicional de Cotas que possam modificar a relação de poderes para alteração dos termos e condições da operação. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de Governança inclui-se a seguinte hipótese:

13.10.1 É possível que a qualquer tempo, de acordo com as regras deste Regulamento, venham a ser emitidas novas Cotas, o que pode modificar a relação de poderes para alteração dos termos e condições do Regulamento. Tais alterações poderão afetar, entre outras coisas, o modo de operação do Fundo e acarretar perdas patrimoniais aos Cotistas.

Referências

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