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Luz Que Vem Do Leste 3 (português)

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LUZ ,

quevemdo

LESTE

3 £

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LUZ .

que vem do

LESTE

MENSAGENS ESPECIAIS

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Luz Que Vem do Leste

Mensagens Especiais Rosacruzes

3 ? V olum e

V Edi^ao em Lfngua Portuguesa

1991

ISBN-85-317-0075-2

Todos os direitos reservados pela ORD EM R O SA C R U Z - AM ORC G RA N D E L O JA DA JU R IS D I^ A O

DE LIN G U A PO R TU G U ESA

Proibida a reprodu$ao em parte ou no todo

Composto, revisado e impresso na Grande Loja da Jurlsdl^So

de Lfngua Portuguesa Rua Nicaragua, 2620-Bacacheri Caixa Postal 307 - Tel.: (041) 256-6644

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LUZ QUE VEM DO LESTE

Terceiro Volume

M ensagem Especiais Rosacruzes escritas

por

Charles Vega Parucker, F.R.C. Maria A. Moura, F.R.C. Jeanne Guesdon, F.R.C.

Edward van Drenthen Soesman, F.R.C. Ruben A. Dalby, F.R.C. Chris R. Warnken, F.R.C. Christian Bernard, F.R.C. Rodman R. Clayson, F.R.C. Mario Salas, F.R.C. Biblioteca Rosacruz

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LUZ QUE VEM DO LESTE MENSAGENS ESPECIAIS ROSACRUZES

TERCEIRO VOLUME f N D I C E MENSAGEM "R O SA C R U Z" DA NOVA E R A ... 9 A PEDRA F IL O S O F A L ... .. 21 CONSCI^NCIA MlSTICA... 29 LIBER A LID A D E DO C 0 SM IC O ... 35 PARA QUE V IV E R ? ... 43

UMA NOVA ERA E SUA IzTICA... 55

ECOLOGIA TRAN SCEN DEN TAL... 65

A A LQ U IM IA DO AMOR. . . ... 73 UMA V IA G E M ... 81 A ARTE RizGIA... 87 O JA R D IN EIR O M lST IC O ... 95 AMORC E 0 MUNDO P R O F A N O ... 101 O S E R PSI'QUICO...111 EM BUSCA DA FEL1CIDADE... 119 COMANDANDO A N A T U R E Z A ...127 0 SIGNIFICADO DA PA LA V R A "M lS T lC O "... 139 A BUSCA DA LUZ M A IO R ... 147

PARE, OLHE, ESCUTE, E P E N S E ...163

O A M O R ...175

0 V IA JA N T E DO ESPAQO IN T E R IO R ...183

0 PRIVIL(=GIO DE SER R O S A C R U Z ... 189

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MENSAGEM “ROSACRUZ” DA NOVA ERA por

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E

stam os, desde 1960, vivendo os prim eiros anos da Era de Aqu^rio. Mesmo nestes anos de transigao, caracte- rizados por excessivas modificagoes em todos os aspectos de nossa vida, j i comegamos a sentir os albores de um m undo novo.

Inum eras transform agoes estao ocorrendo, diariam ente, n o com portam ento hum ano. As tradigoes estao sendo reno- vadas e, os conceitos existentes, analisados e substituidos po r id&as mais com pletas. Tudo € discutido, e m uitos con­ ceitos e principios, que serviram a hum anidade p o r tantos s^culos, estao sendo espanados, lavados, esfregados e vesti- dos com nova roupagem ou mesmo jogados no lixo, porque nao resistem as m entes perquiridoras m odem as.

N unca o genero hum ano foi tao criativo com o nos filti- mos trin ta anos, e Aquario sera responsavel po r tantas e tao maravilhosas invengQes que a vida para o hom em serd fun- dam entalm ente diferente de um a geragao para a seguinte.

Sem duvida alguma, m uitos efeitos da Era de Peixes ainda estarao conosco p o r mais 20, 30 ou 50 anos, mas 6 in- dubitdvel que to do o m undo esta sentindo como a Era de Aquario serd diferente.

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Uma faceta m arcante do novo alvorecer 6 o interesse ca­ da vez m aior que os jovens dem onstram pela astronom ia e astrologia. A eletronica constituir-se-d na grande ferram enta para as invengSes que surgirao e perm itira o desenvolvimen­ to das viagens espaciais nao apenas em nosso sistema solar, mas extensivas a outros sistemas estelares. A ciencia se de- senvolverd em todos os campos de m aneira impressionante e n o setor mddico se conseguirao as curas para todas as doengas.

Alan Leo, escritor astrologico do s^culo XIX, antecipan- do a influencia da Era A quariana, apresentou em seus livros inum eras qualidades dos aquarianos e que se aplicam inte* gralm ente a atual geragao de adolescentes. Disse ele:

“Eles se inclinam para o nao-convencional, e consequen- tem ente se fazem excelentes reform adores. SSo sempre gen- tis, hum anos, apreciam extraordinariam ente a arte, a musica e a lite ra tu ra .. . tem um grande am or por todos os em- preendim entos e preocupagoes hum anitarias que geram har- m onia para m uitos. . . Vivendo por linhas puram ente pes- soais, sao ca6ticos, difusos, cheios de truques e inteligentes com vistas aos proprios fins;egoistas e aptos a usar sua von­ tade inflexivel na diregao de seus desejos m en tais; ou incli- nados a serem vacilantes e cap rich o so s.. . Luz e Vida espe* ram p o r aqueles que se libertam da personalidade e vivem na individualidade desse signo. A natureza interna e o des- tin o do signo podem ser expressos em um a tinica e im por­ tan te palavra: “HUMANITARISMO” .”

A preocupagao com a vida e com o am biente terrestre 6

o u tra grande qualidade aquariana. Os movim entos estudan- tis nas Universidades, pacfficos ou nao, indicam uma

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insis-ten te preocupagao com as condigoes sociais de todos os po- vos, a lu ta obstinada pela paz m undial, a eliminagao da po- breza e da fome e a participagao nas diretrizes da propria educagao para m elhoria de suas possibilidades profissionais.

A Era de Aqudrio ser £ excitante, estim ulante, excessiva- m ente criativa e exigira a participagao intensa de cada um de nos.

Ainda hoje, tem os m antido um a falsa pretensao com res- peito ao nosso sistema solar, considerando ser a Terra o uni- co lugar habitado do Universo. A astronom ia demonstra-nos que o Sol nao passa de um a estrela com um , como tantas outras que existem em nossa galaxia, banal, m ediocre ate. Comparada com as estrelas de m aior brilho do c£u, o Sol d um a estrela de quinta grandeza, em to rn o da qual gira nosso sistema planetario, tam bem m ediocre no sentido cosmogo- nico. E a nossa Terra, com apenas 25 mil anos de civilizagao conhecida, que nem sequer conseguiu dom inar o conheci­ m ento sobre os 144 elem entos quim icos, que entram em sua com posigao, como classificd-la? Q ualquer sistema plane* tario que tivesse um planeta com quatro ou cinco mil anos de um a civilizagao mais antiga que a nossa, estaria m uito mais desenvolvido que a Terra, simplesmente considerando a evolugao natural. Nossa civilizagSo esta com pletando a prim eira volta em to rn o das faixas do zodiaco, e pratica- m ente tu do o que tem os em m atdria de evolugao data dos ultim os cem anos ou menos.

R etornam os a ou tra Era de A q u in o e dentro de poucos anos estarem os conhecendo nossos irmaos do Universo, nao s6 atravds de suas visitas a Terra, como tam bem por meio de nossas viagens siderais.

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Seri que estam os conscientes da im portancia destes p ri­ meiros encontros? 0 hom em posiciona-se, em relagao a ou- tro ser, de form a com parativa, e nossas primeiras analises imediatas serao certam ente no sentido de sabermos se so­ mos mais ou menos evolufdos que nossos visitantes. Sera que jd estam os preparados para recebe-los novam ente?

A palavra religiao vem do latim “ Religare” que quer di- zer to m a r a ligar, e o prop6sito de todas as religioes tem si- do o de m anter os lagos entre os c£us e a terra, o de religar o hom em aos deuses. Mas, se tantas crengas foram estabele- cidas pelos diferentes povos, em tentativas de satisfazer os anseios do hom em , m uitas e m uitas vezes nada mais conse- guiram do que m anter o individuo submisso aos poderes das pr6prias religioes, determ inados de acordo com suas pro- prias necessidades.

A Era de Aqudrio propiciara o reencontro do hom em com os seres do espago, e a integragao das mais variadas ex- periencias levari o conhecim ento hum ano a extrem os nunca antes imaginados.

Estamos deixando para tras a Era de Peixes, que exerceu apreciavel influencia no despertar do pensam ento da Huma- nidade.

Cristo € o h'der insofismdvel da Era de Peixes e a grande mensagem trazida aos hom ens, vivida nestes ultim os 2.000 anos, £ a mensagem do Amor. “ Amai-vos uns aos ou tro s” constitui-se no refrao constante desta Era. Humildade no com portam ento, conhecim ento pela f£ e am or como prop6sito constituem as colunas-mestras das filosofias cristas.

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E se Cristo trouxe-nos a mensagem do Amor era porque esta se tornava indispensdvel para a gpoca, os hom ens neces- sitavam aprender a desenvolver o dom inio da integragao total entre si, a conviver com os Seres em geral, bons, maus, virtuosos e criminosos, ricos e pobres, compreensivos e agressivos, preparando-se desta form a para as viagens as outras estrelas e asssim poder conhecer os seres que \£ habitam .

A Era de Aquario estruturara o prim eiro governo unifica- do terrestre, regulando a vida dos seres de to do o planeta. Devera ser um governo hum anista, con stitu id o pelos mais inteligentes seres que habitaram a Terra ate hoje. Devera ser um governo de tendencias autocraticas, em bora eminen- tem ente voltado para o bem-estar dos povos e ragas das mais diferentes regioes do globo. Estimulard a criatividade individual aplicada a vida coletiva. 0 conhecim ento das forgas poderosas intrinsecas do atom o e das leis da vida em cada c^lula ser £ usado para satisfazer as necessidades huma- nas de alim entagao, saude, transporte e habitagao. 0 h o ­ m em tera uma vida com unitaria mais intensa e os princi- pios de fraternidade que estam os aprendendo na Ordem Rosacruz nos capacitarao para um a vida mais repleta de satisfagoes, em proxim as encamagoes.

Com to d o este panoram a delineado, ser £ que poderia- mos agora defm ir a mensagem que deveremos aprender na Era de Aqudrio? Poderem os pensar um pouco na grande missao da H um anidade para estes pr6xim os anos? Podere­ mos vislumbrar como adaptar nosso com portam ento indi­ vidual as caracterfsticas da nova Era? Qual a palavra chave que representard o ideal mdximo do hom em na Era de Aqudrio?

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Perguntam os en tao , qual a mensagem a ser despertada na Era de Aqudrio?

Sim, exatam ente — SERVIR.

Servir no sentido amplo e com pleto da palavra.

Servir no sentido de participagao total e voluntdria. Ser­ vir com o proposito de nos integrarm os a toda missao que nos € confiada, procurando nela a expressao com pleta da Verdade que existe em nos; a disposigao perm anente de par- ticipar intensam ente, com a m ente, a alma, o coragao e o co rp o .

Temos observado os grandes desajustes individuals na so- ciedade m oderna. Q uantas pessoas estao desarmonizadas, tum ultuadas, desorientadas e com problem as de inter-rela- cionam ento sempre mais com plexos! Qual a origem e o p o r­ que de tudo isso?

Vamos ver se conseguimos relacionar as causas mais ex- pressivas:

1. Como seres egoistas, esperamos receber sempre mais dos outros, quer nos negbcios, quer na fam ilia, quer dos ami­ gos, ou mesmo das pessoas que entram em co n tato co- nosco.

2. Como seres pretenciosos, almejamos mais e mais o p o ­ der, porque assim estarem os sobre os outros e seremos servidos por eles.

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riquezas, porque assim terem os com prado o servigo dos nossos irmaos.

4. Ambicionamos a gl6ria pessoal, porque nos agrada a ve- neragao que recebemos dos outros hom ens.

E quando nao conseguimos ob ter o que querem os, aqui- lo com que sonhamos? Advem as frustragoes, as obsessQes e as neuroses. Comegamos a ser m artirizados pelas invejas, pelos citimes, pela inconstancia nas atitudes, pela falsidade e pela m entira. E por ou tro lado, se conseguimos apenas alguma coisa, parte do que imaginamos como ideal, ja so­ m os envolvidos por uma falsa pretensao, uma excessiva vai- dade e atd mesmo um a incontida arrogancia.

£ claro que nao estamos advogando que o hom em deva ser passivo, sem ambigOes, sem vontades ou sem intengoes de m elhorar sua vida em geral. N ao, pois 6 exatam ente o an- seio po r melhores condigDes que estim ula o poder criativo e conduz os hom ens as grandes realizagSes. Queremos sim realgar que, quando estamos envolvidos em qualquer tarefa com o firme proptisito de ob ter recompensas pessoais, se- jam estas alcangadas ou nao, estarem os de alguma form a

servindo exclusivam ente a nossa autovalorizagao pessoal. Servir € participar com a certeza da sabedoria de que a tarefa deve ser bem feita, de que devemos colocar todo nosso ser em sua consecugao. S6 pode servir quem apren- deu a amar. Servir 6 m anifestar intensam ente a Alma Cos- mica que h ab ita em nosso Ser. Q uanto mais servimos, mais felizes somos e m aior 6 a alegria que irradiam os a todos que nos cercam. E o m aior entre os Homens aquele que mais serve, com satisfagao!

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0 psicologo am ericano, Festinger, vem realizando um a s£rie de experim entos interessantes sobre fenom enos e rea- goes psicol6gicas do hom em . Um destes experim entos tor- nou-se classico. R euniu ele dois grupos de estudantes; cada com ponente destes grupos deveria escrever um ensaio a fa­ vor de um conceito de que divergia frontalm ente. Deveria cada um escrever dem onstrando os aspectos positivos do conceito que nao aceitava. Os dois grupos foram separados, um con stitu id o de estudantes que fariam o trabalho volun- tariam ente, o ou tro constitufdo de estudantes que recebe- riam US$ 20.00 ap6s apresentado o trabalho.

Os caracteres psicologicos envolvidos dem onstraram que os com ponentes do grupo rem unerado realizaram o trab a­ lho alegando que nao acreditavam no que escreveram, que estavam sendo hip6critas e com prados, mas que queriam receber os US$ 20.00. O o u tro grupo encarou sua partici- pagao como uma colaboragao a pesquisa do professor e que poderia, atrav^s do exercicio, desenvolver os aspectos de um a m ente razo^vel, disposta a analisar ambos os lados de um a questao. Nao 6 preciso dizer que os trabalhos apresen- tados pelo grupo de colaboragao espontanea foram m uito mais uteis e superiores aos do o u tro grupo. O grupo que nao recebeu os US$ 20.00 dem onstrou a suprem acia do proposito de SERVIR, e naturalm ente foi beneficiado pela experiencia construtiva de que participou.

Como )£ dissemos, SERVIR 6 integrar-se no Cosmico. SERVIR 6 agir de conform idade com as Leis Naturais do M undo em que estamos. E quando agimos de conform ida­ de com estas leis, vivemos em harm onia perm anente, em Paz Profunda, com o n6s Rosacruzes dizemos.

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0 H om em sempre procura justificar-se a si m esm o, de coisas que faz erradas ou desarmoniosas. Podenam os at£ citar agora a grande panac&a do H om em , que tem servido, desde Adao e Eva, para encobrir, para amenizar perante sua consciencia os desvios que faz em relagao as Leis Cosmicas. Trata-se do Livre-A rbitrio, que se tem valorizado ta n to , co­ m o se fora um suprem o direito do H om em . H. Spencer Lewis, no livro “Mil Anos Passados” , m enciona: “Pois o h o ­ m em na terra 3 sempre pecador, decretando para si o poder do livre-arbitrio, em violagao da voz dentro dele que fala a V erdade; pois a Luz pertence a V erdade.”

0 Livre-Arbitrio do H om em constitui-se, entSo, no seu direito de opor-se as Leis Divinas. E sempre que o Livre- A rb itrio im plicar em atitudes con tririas ao Cosmico, esta­ mos desservindo o esquem a em que fom os colocados. 0 Livre-Arbitrio 6 contrdrio, 6 oposto ao prop6sito de SER- VIR.

E, em Aqudrio, estarem os mais e mais nos fundindo com o C6smico, vibrantes, participantes, servindo intensam ente.

Q uanto mais pensamos em n6s prtiprios, m enos condi- goes de SERVIR tem os. Como diz o proverbio conhecido, “ Q uanto menos enxergarm os a n6s m esm os, mais os outros nos enxergarao.” Nossa aura se estenderd lum inosa, irra- diando a Luz e a Verdade da Alma de Deus em nosso in te ­ rior. SERVIR e libertar a expressao da Alma de Deus atra- v£s do nosso SER.

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A PEDRA FILOSOFAL por

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O

estudante na Senda, em sua ansia por conceitos supe­ r i o r s , que possam m elhor orientar sua conduta na vida, vai gradativam ente assimilando inumeras verdades. Cada verdade aceita 6 um a nova conquista para sua com ­ preensao dos m isterios que ocorrem a sua volta. Com o pas- sar do tem po, e persistindo em suas investigagoes, algumas destas verdades sao substituidas po r conceitos mais amplos que, sob m uitas form as, explicam para nos mesmos o com- plexo universo de realidades.

N um a etapa initial, a consciencia procura ideias que se expressam por meio de frases ou ditos da sabedoria popular: “Nao adianta lam entar o leite derram ado” , “ a uniao faz a forga” , “mais vale um p^ssaro na m ao do que dois voando” e outras mais. Poderiam os passar algum tem po discorrendo sobre estes m otes que provem da cultura de todos os po- vos, pois exprim em o que m uitos anseiam para si.

Todos n6s tem os iddias sobre o m undo ideal, estruturado sobre o que consideramos bom ou superior. Nossa conscien­ cia est4 voltada para entender o m undo em que vivemos, em sua contfnua evolugao.

0 ne6 fito , o pensador, o m fstico e o fllosofo procuram a com preensao to tal, o conhecim ento unificado, que

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espe-lhasse em si a realidade plena atrav^s de um a sintese que contivesse a Essentia de todas as coisas, a sua pedra filoso- f a i

0 Rosacruz, como eterno buscador, vai se aprim orando em suas prdticas esot^ricas e introspecgoes reflexivas e, assim, assentando as bases da grande verdade de que “tudo esta em s i”. Com preende que sao os seus olhos que enxer- gam o m undo, mas que £ ao nivel de sua consciencia que tu d o 6 analisado e que toda verdade se form a em sua m en­ te. Se enxergarm os o m undo de form a pessimista, tu d o nos parecera negativo, e identicam ente positivo, se vislumbrar- mos situagoes otim istas no horizonte.

Toda verdade esta em nos, ou seja, assim como estiver- mos preparados para com preender a luz, assim ela se nos manifestard. 0 nosso interior capta os fatos e fenomenos que estao ocorrendo conosco e estabelece verdades que consideramos insofismdveis. Nada que provem do exterior poderia nos abalar, a menos e som ente se perm itissem os que tais influencias dominassem o Eu interior. N enhum a forga, quer do bem ou do m al, poderia exercer agao sobre nos se o Eu interior nao a aceitasse como um a verdade in- trin seca. A verdade intrinseca 6 o que conceituam os como a nossa realidade, resultado do pensam ento, raciocinio e julgam ento de cada um. Com o cada um tem sua pr6pria rea­ lidade das coisas e dos fatos, podem os afirm ar que n2o exis- tem verdades universais aceitas incondicionalm ente p o r to ­ dos.

“Conhece-te a ti m e sm o ”, pois assim expressaras m elhor tu a pr6pria verdade. Muitos de n6s estao procurando Mes­ tres, gurus, anjos e avatares que nos orientem na vida e nos

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protejam de tu d o que nos possa acontecer, tragam solugoes para os problemas e nos ensinem as receitas m£gicas do exi­ to e do sucesso. Temos um poder incomensurdvel em nosso in terio r, pois a Essencia do C6smico tam bem constitui o nosso SER. Pela transmutag<To de pensam entos realizamos a alquimia m fstica e fortalecem os as possibilidades de che- garmos a Consciencia Cosmica. A Essencia Divina em nosso interior propicia a com preensao onisciente de tu d o e a me- dida que perm itirm os a expressao para o exterior desta Sabedoria, mais perfeita seri a nossa propria verdade.

N6s sabemos que o pensam ento de um hom em influen- cia o m undo; sabemos enviar mensagens de Paz, Saude e H armonia aos lfderes de cada nagao; sabemos utilizar as po- derosas forgas curativas em prol de nossos sem elhantes a distancia, e podem os visualizar e criar m entalm ente condi- g5es de um novo m undo, em pregando o poder Cosmico em nosso interior.

A m ente hum ana i um a forga com poderes de criagao, de distribuigao e de mudanga das posigoes das coisas, de acordo com id^ias ou sugestoes recebidas. Assim, nossa vida 6 a auto-exteriorizagao do conteudo infinito, a expres­ sao C6smica da Essencia Divina em nosso Ser.

Antigos pensadores e fildsofos com o C onfiicio, Salomao, B uddha, Omar K hayam , Lao-Tse, C risto, Bacon, Aristoteles, Descartes, Jacob Boehme, deram-nos um a sabedoria para to m a r mais suaves e harm onizados os caminhos da vida. Tam bem os livros considerados sagrados o u de inspiragao Divina — o Bhagavad G hita, o Talm ude, o Corao, a Bfblia — trouxeram -nos belfssimas ligOes que nos levam a refletir so­ bre a fenom enologia do Universo.

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Na verdade, o que im porta sao os nossos proprios concei­ to s e julgam entos, mesmo que estejam frontalm ente errados com respeito aos conceitos da maioria. “Nao pode o teu ir- m ao estar em erro?” Por que te preocupas com o argueiro que est^ no olho de teu irm ao, se tens um a trave em teu prbprio olho?

Para n6s, a nossa verdade 6 sempre perfeita, 2X6 que al- gu£m nos m ostre e nos convenga de que estamos em erro. Mas, para a nossa com preensao, som ente entenderem os, ex- pressaremos e vivenciaremos o que tivermos incorporado ao nosso interior. £ p o r isso que Spencer Lewis nos diz que “nenhum a obra pode ser m aior do que o hom em que esta po r trds dela” . Em outras palavras: “som ente podem os dar

0 que tem os dentro de n6s” .

A Ordem Rosacruz adota um a term inologia simb61ica em suas reunioes exotdricas, m uito im portante para que co- nhegamos o sentido da busca da Pedra Filosofal. Vejamos alguns term os mais expressivos:

TEMPLO: € o nosso SER dual em essencia. As palavras di- zem: “Consagramos 0 Tem plo p o r nossos pensam entos e nossa co n d uta.”

Assim tam bem dignifiquemos nossa form a de viver e elevemos os pensam entos para consagrar o nosso SER. COLUMBA: com o todos sabem os, simboliza a voz da nossa Consciencia, que nos orien ta, sobretudo nos m om entos de fraqueza e indecisao.

“ Q uando a Colum ba fala, todos ficam silentes” , para ouvir a sabedoria interior.

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GUARDIAO: e a fortaleza de nossa verdade interior. 0 Guardiao exprim e o que tem os em n6s proprios, atraves de nossa AURA. A aura hum ana que se estende em volta do corpo ffsico, com o um halo de luz, 6 um a energia vibratoria que £ sensivel as outras vibragoes de pessoas, animais, vege- tais e objetos, inform ando-nos de sua natureza. A nossa Aura £ a Guardia de nossa verdade interior.

MESTRE: e o nosso Guia in terio r; a voz de Deus que atra- v£s do Eu psfquico deve expressar-se, a m edida que atenua- mos as barreiras do consciente. Sao os sussurros do Eu que precisamos aprender a ouvir, mais e mais, para nossa felici­ dade. Ouvir o Mestre interior 6 perm itir que a beleza Divina se expresse por nosso SER.

Como diz o F rater Jose Laercio do Egito no discurso: “ 0 Mestre de cada um ” — “ 0 unico Mestre que estd sempre aten to e a nossa disposigao 6, evidentem ente, o Mestre In te ­ rior, o que 6 maravilhoso, porque ele 6 mais grandioso e sa- bio do que qualquer ou tro. O que tem os a fazer, ao inv^s de ficarmos procurando inutilm ente encontrar o Mestre E ncam ado ou de outros pianos, 6, sim plesm ente, aprender prim eiro a silenciar a m ente objetiva para que o Mestre In te ­ rior possa, cada vez com m aior facilidade, estabelecer um maravilhoso dialogo, de que possa resultar um a orientagao segura, eficiente e sdbia em todos os sentidos e em todos os segundos de nossa existencia, expurgando qualquer interfe- rencia da m ente objetiva.” “Para que tro car um Mestre Indi­ vidual e disponivel a qualquer m om ento e em qualquer cir-

cunstancia, p o r outro bem mais dificil de ser encontrado?” GRANDE MESTRE: D entro desta analise, o que representa para n6s o Grande Mestre? E xatam ente a vida de cada um em si. As experiencias, as dificuldades, as lutas, as emogGes,

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os sofrim entos constituem o m elhor professor que tem os. Por isso, a Ordem Rosacruz busca, atravds das experiencias da vida de cada um , as form as de liberar o Mestre Interior e, deste m odo, perm itir que o cristal brilhe mais intensam ente. Cada Rosacruz encontra em sua vida cotidiana infinitas pos- sibiJidades de aplicar o misticismo p ritic o que lhe dar2 m aior poder, liberdade e felicidade. A vida tu d o nos ensina e constitui-se no laborat6rio de realizagSes construtivas para todos os que estao na SENDA.

As impressoes que se registram durante cada encam agao em nossa Personalidade-Alma sao im portantes para as situa­ t e s que nos ocorrerao no fu tu ro . Viver intensam ente 6 ex- perim entar m uitas sensagSes no cu rto espago de um a vida, P o rtan to , a vida de cada um £, na realidade, o seu Grande Mestre.

E m resumo, a Pedra Filosofal esta em nosso interior, pois toda a Verdade so existe dentro de nos.

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CONSCIENCIA MfSTICA por

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C

olocada face a face com a consciencia m istica, a men- talidade m odem a se confunde, nao com preende essa consciencia e, afogada no etem o jogo das ambigoes, conten- ta-se com suas conseqiiencias utilitarias, desprezando o mis- tico que se recolhe a solidao e o definindo com o ocioso, porque tal m entalidade so adm ite o trabalho tu rb u len to , ruidoso, e so com preende o que ouve, o que lhe fere os ou- vidos.

Essa m entalidade nao entende que a solidao do m istico, que lhe parece vazia, encerra um a intensa atividade interior, inerente a diferentes relagoes vitais; e, se o m istico parece fugir p o r alguns m om entos ao co n tato hum ano, 6 para se n u trir da fonte divina.

O m fstico am a a vida naquilo que de mais belo ela repre- senta, como um a missao bendfica para todos e um caminho que o conduzird £ consciencia divina, a unicidade com o to ­ do. Para onde quer que seus olhos se voltem , nao procuram nem veem o u tra coisa senao a Deus. 0 m istico sente a Deus com o identificado em sua pr6pria essentia, presente e ativo n o mais profundo do seu pr6prio ser. Diante desta concep- gao, todas as outras imagens caem p o r terra. So Deus per- m anece, com o voz in terior, no silencio exterior das coisas.

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0 ser hum ano que nao entende esse estado exaltado se projeta para o exterior, a fim de encobrir esse vazio terrivel. A alma do m fstico 6 com pleta em si mesma e ama a solidao que lhe perm ite projetar-se ao Eu interior e sentir sua p ro ­ pria plenitude.

As subdivisoes hum anas do mesm o sentim ento de adora- gao a Deus sao mais de form a do que de essencia e, quando as formas forem superadas pela visao mais ampla da essencia, atingiremos todos a fraternidade universal, condigao em que nao mais se com eterao os tristes massacres e delitos em nome do mesmo Deus. Freqiientem ente condenam os nossa pr6- pria verdade, porque ela se nos apresenta em ou tra configu- ragao ou com outras palavras. Estranha contradigao, esta!

A verdade absoluta d um a e imutavel. Todavia, e natural e compreensivel que, nas dimensoes relativas em que vive o hom em , nao possam caber senao verdades relativas e limita- das. A com preensao hum ana nao pode alcangar a verdade absoluta e, sim, chegar a ela p o r estdgios o u aproximagoes gradativas.

Cada p ro feta, cada h'der espiritual, contribui com a sua mensagem do mesmo Deus em formas diversas, adaptadas ao hom em e ao m om ento histbrico. Assim sendo, n5o devemos confundir a form a com a essencia. As diversas mensagens que nos chegam do Cosmico nao sao verdades diferentes, mas, formas atravds das quais elas se m anifestam em pro- gressao evolutiva em relagao ao principio universal suprem o.

Todavia, nao devemos alim entar um espirito condescen- dente de tolerancia. Isto n2o 6 suficiente e nos colocaria em passividade inoperante. Devemos agir no sentido de alcangar

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a com preensao e to rn ar real a fratem idade entre todos os povos. Isto nao significa que tem os de tolerar um inimigo, de suportar um erro, mas, que devemos ir ao encontro de todas as formas de f6y com o coragao aberto, em busca da- quilo que pode unir e nao daquilo que divide. Talvez seja esta a nossa missao.

0 m istico nao aturde os sentidos para escapar a solidao, nem tem e como os profanos os periodos de silencio em que a alma se m anifesta, porque sabe que a realidade da vida es­ ta precisam ente nesse silencio e que som ente quando a pala­ vra cessa 6 que ele pode atingir a profundeza desse silencio, quando a eternidade ergue seus veus e, das mais densas tre- vas, surge esplendorosa a iluminagao.

0 piano de vida do m istico esta m uito acima das dimen- soes terrenas. Ele tam bem sofre e goza, tem e e espera, la- menta-se, canta e ama. Mas tu d o isto se passa em um outro nivel de consciencia, num piano em otional de agoes e rea- goes diferentes. Sua orientagao conceptual e sensbria, sua m aneira de ver e suas relagoes com o m undo dos fenome- nos, sao com pletam ente diversas. Ele capta num to d o uma nova ordem de ressonancia, porque dom inou um novo sen­ tid o , o sentido de harm onizagao com o universo. Seus cami- nhos sao outros. . . 0 hom em com um percorre a estrada do trabalho, da conquista do m undo, esperando dom inar a dor pelo exterior. Estas sao estradas longas que ele deve percor- rer para veneer os obstaculos, dom inar eventualm ente as re- sistencias, mas que inibem a alma.

0 m fstico segue o cam inho mais cu rto , avangando pelas vias da concentragao, da meditagao e do autodom inio, e destr6i a dor pelo interior, pelo que ha de mais profundo

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em si mesm o, nao ten tan d o elim inar as causas, mas superan- do-as, com diferente sensibilidade.

O m istico m odela o exterior e, com isto, liberta a alma, supera tu d o , porque transcende o m undo m aterial. £ na consciencia que estao as mais profundas realidades e as mais amplas possibilidades da vida. Nossa ignorancia pode ser to ­ ta l, mas na consciencia j£ esta o germe de to d o o desenvol­ vim ento. Se qualquer coisa se m anifesta no m undo exterior, desponta sempre daquele mistdrio interior, a m ente.

Se o divino desce a terra e atrav^s da consciencia e cada um de n6s traz em si essa unidade que se chama “ Eu In te­ rio r” , essa sintese que se chama consciencia. A consciencia € o que de mais vivo tem os em n6s e ela 6 tao vasta que nao conhecem os seus lim ites, os quais se abismam em camadas profundas que desconhecemos e as vezes nem ousamos son- dar. Essa consciencia se desenvolve e se transform a conti- nuam ente em nds, e estd sempre presente. Nao a vemos e, no en tan to , nossas mais fntim as sensagoes e emogoes, como alegria e dor, estao nela e nao no exterior. Nossa parte mais vital e im portante se encontra nesse imponderdvel.

Esse centro estabelece co ntato com tu d o o que o cerca e, apesar disto, perm anece sempre distinto, gigantesco e indes- tru tiv el.

0 espirito hum ano, en tao, deve se projetar al£m das bar- reiras que hoje o lim itam , al£m das dimensoes do que hoje concebe. Temos o dever de arrancd-lo a sua ordem de vibra- goes voltada para os objetivos m undanos e projeta-lo com to d a sua potencialidade para ou tra ordem de vibragoes que se elevam, superam e rom pem os espagos inflnitos, para a fusao com o suprem o ritm o do universo.

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LIBERALIDADE DO C0SMICO po r

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E

m nossos estudos m isticos, aprendem os que o pensa­m ento 6 a forga fundam ental que m olda a diregao de nossa vida e determ ina nosso destino final. A prendem os que o pensam ento tem im portancia definida sobre nossos con­ ceitos de vida, nossa saude e felicidade, com base em nossa com preensao de leis e principios Cosmicos. Pensam entos de am or, felicidade, paz, progresso, sao positivos e sugerem forga e agao.

O pensam ento positivo di-nos o incentivo para buscar e atrair para n6s todas as coisas que podem os usar com finali- dades construtivas. 0 pensam ento positivo nos leva a mais estreita com unhao com o C6smico, a M ente Universal e o Deus do nosso CoragSo, e estim ula em n6s um a atitude que nos auxilia a prosseguir em nossas atividades e senda ascen­ sional.

0 pensam ento negativo, ao contrario, como ciiime, into- lerancia, inveja, 6dio e autopiedade, m anifesta todas as es- pdcies de efeitos mentais e fisicos que com freqiiencia dre- nam nosso fisico, ao p o n to em que nossa capacidade para realizar nossos deveres cotidianos 6 afetada.

Logo que com preendem os o papel que o pensam ento te m em nossa vida, comegamos a verificar a im portancia do

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controle m ental. Tornamo-nos conscientes de que “ somos com o pensamos” , e que nao e o que almejamos ou deseja- mos que atraim os para n6s, mas o que est£ em nosso cora- gao e m ente. Por conseguinte, nao podem os ser felizes e sa- dios se revelarmos um a disposigao abatida ou aborrecida.

Todavia, se cultivarmos os poderes construtivos da m en­ te , sempre felizes e alegres, irradiando pensam entos de paz e harm onia, essa disposigao nos levara a um a estreita comu- nh£b com o C6smico e com nosso meio am biente.

Tem sido cientificam ente provado que os pensam entos podem transcender o espago. Sendo esse o caso, devemos estar sempre alertas para o fato de que as vibragoes de pen­ sam ento nao s6 nos afetam , mas, tam b£m aqueles que estao em co n tato conosco. M antendo-nos radiantes de alegria e otim ism o, as pessoas ao nosso redor serao contagiadas com esse otim ism o e alegria, porque reagimos norm alm ente ao estado m ental das outras pessoas.

Ensinar as pessoas a pensar, para com preenderem sua re- lagao com Deus, como esposado nos ensinam entos R osacru­ zes, 6 o objetivo final de nossa O rdem . Devemos continuar a m anter bem alto a tocha da V erdade, para langar luz no abism o das trevas da superstigSo e do m edo. Por nossos pen- sam entos, atraim os a inspiragao e o poder do Cosmico que tom ard possivel estabelecer m aior com preensao, tolerancia e harm onia em to d o o universo, e em n6s mesmos.

0 dom inio da vida que buscamos encontra-se expresso aqui neste piano terreno onde podem os exercer esse do m i­ nio sobre as condigSes de vida que nos envolverem no m o ­ m ento. £ pela agao e o servigo altruistico que comegamos a

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expressar os aspectos mais refinados e elevados de nossa na­ tureza. O sucesso no m undo e um fato r necess£rio ao domi- nio da vida, isto €> a iuta para resolvermos qualquer circuns- tancia negativa e dificil em que possamos nos encontrar, p a­ ra realizarmos um desejo digno.

Temos em nosso interior o poder e a forga para alcangar exito nos em preendim entos que tivermos em mira. Qual­ quer coisa que concebam os pode ser conseguida e qualquer desejo pode ser realizado, um a vez que nao duvidemos da capacidade em nosso interior para dom inarm os qualquer circunstancia em que estivermos envolvidos.

O Rosacruz nao deve pensar em quaisquer limitagoes pa­ ra a realizagao de seus ideais ou aspiragoes. Deve confiar em que aquilo que n£o puder realizar p or seus proprios esforgos, o C6smico realizara por ele, pois deve saber e com- preender que, ao operar em harm onia com o Cosmico, n2o havera limitag5es em sua m ente e no poder do Cosmico em seu pr6prio interior.

U m a vez que com preendam os o poder que tem os a nossa disposigSo ao operarm os em harm onia com o C6smico, en- tSo, poderem os partir para a realizagao de qualquer objetivo ou desejo que seja de beneficio para n6s e para os outros. Nao devemos hesitar ou duvidar do poder criador de Deus que habita em nosso interior, aguardando, apenas, que dele fagamos uso.

0 Rosacruz ama a vida, sente e percebe a presenga do C6smico operando po r seu interm ^dio. Deseja servir para realizar um grande bem em prol de seus cdm panheiros. Sen­ te o desenvolvimento de seus poderes c6smicos, e busca

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meios e m odos de usa-los em alguma atividade construtiva. 0 sucesso na vida se constitui em manifestagao natural do desejo do Rosacruz de se torn ar um canal para as forgas c6smicas que estao presentes em seu interior. Nao h i obje- tivo que ele nao possa alcangar, nem obsU culos ou proble­ mas que nao possa superar. Seu dom fnio esta assegurado, um a vez que tom e a decisao de que sera o m estre de sua vida e das circunstancias e de que, ao trabalhar em coope- rag£o com o Cbsmico, podera realizar todos os seus dese- jos. Com hum ildade, dedicagao e pela Graga de Deus, pode ele encontrar firmeza de m ente para aplicar todo o conhe­ cim ento que lhe foi dado, em beneficio da hum anidade.

A riqueza pode chegar a m uitos, mas de diferentes fo r­ mas. Alguns podem ter dinheiro, outros saude, e alguns en­ contrar felicidade na beleza e no esplendor de cada dia. Todavia, alguns parecem nunca encontrar a felicidade e satisfagao que tao avidam ente procuram . Cada novo dia pa- rece leva-los mais pr6xim os da realizagao de seus sonhos, apenas para traze-los de volta a caminhos mais extensos. Is­ to talvez exem plifique que nem todos nos estamos buscan- do a felicidade da mesma forma.

As dddivas divinas do am or e a magnificencia da libera- lidade do C6smico estao disponfveis a todos nos. Esta o esquema cosmico dividido em pedagos desiguais ou somos n6s que nao sabemos apreciar nossas bengaos? Muitas vezes negligenciamos os beneficios que tem os o privilegio de des- fru tar nesta vida, que sao dadivas c6smicas, como a beleza de um por-do-sol, a paz de nosso lar, o am or de nossos ami­ gos e mesm o o sucesso de nossa vida.

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bengaos e elevar um a prece silente ao Cosmico por suas d£- divas? Quantas vezes os pais de um a crianga sadia deixam de pensar em sua felicidade e agradecer a Deus por Sua dadiva de amor? Quantas vezes o empresdrio ou o hom em de nego- cios m urm ura um a prece ao Poder Interior pela orientagao que o auxiliou a alcangar os pindculos em suas atividades? Infelizm ente, nao m uitas. Insatisfeitos com a felicidade do m om ento, as pessoas estao avidas p o r mais e mais.

Devemos ser gratos pela inspiragao que nos impulsiona as mais elevadas realizagoes, conscientizando-nos de que a vida nao constitui algo que nos € devido, mas, ao contrario, uma dadiva que Deus nos perm ite desfrutar. Sua sabedoria criou as maravilhas do Universo, para que elas possam estim ular em nosso interior ecos de sonhos esquecidos. Deus colocou ao nosso alcance as dadivas da saude, do am or, da paz e da felicidade, porem o hom em , em sua busca egoista e inces- sante, nao faz um a pausa para ser verdadeiram ente grato. Ele quer mais, mais e mais, e m urm ura suas preces apenas com os ldbios e nao com o coragao. Deus, todavia, nao pode ser iludido. Ouve aqueles que com gratidao e honestidade nao Lhe demandam mais. 0 Cosmico nos concede a bengao da inteligencia, para com preenderm os que ela propria esta a nossa disposigao. Seria m uito pedir que avaliassemos nossa vida sob esta luz e verifictfssemos quantas coisas tem os para sermos gratos, e entao orassemos em silencio, com as pala­ vras que poderiam brotar de nosso coragao, com o am or que deveriamos sentir p o r nos ter sido concedida a dadiva da vida?

Assim, en tao , estarem os preparados para a experiencia mi'stica que e bem diferente da intuigao ou do instinto, tra- duzindo-se para um a sensagao de unidade, sensagao profun­

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da de com paixao ou am or por toda realidade, um a sensagao nao apenas de unidade com a natureza, mas de ser parte in- tegrante do T odo, n6s Nele e Ele em n<3s.

O utro aspecto desta verdadeira experiencia exaltada ou psiquica 6 a iluminagao. Esta € caracterizada por u m influ- xo de poder pessoal, com preendido com o autoconfianga e libertagao de quaisquer diividas, um a introspecgSo p rofun­ da, e a capacidade para com preender as coisas ou os eventos com os quais possamos nos confrontar. Essa gnose ou esse conhecim ento pode parecer intuigao, e m uitas vezes provo- ca a liberagfo de id&as elevadas, inclinagoes e ideais que po- dem transform ar nossa vida, levando-nos a realizagao de nossas metas.

Como parte da experiencia m fstica, a pessoa sente que realm ente descobriu a si mesma, e pela prim eira vez sabe realm ente quem e. C ontudo, nessa verdadeira iluminagao m fstica h i um a sensagSo de grande hum ildade que envolve a pessoa, com o se estivesse diante do Ser mais sagrado. 0 ego da pessoa nao € elim inado, mas, reveste-se de um a reve- rencia, de um a hum ildade, que raram ente a leva a discutir sua experiencia com outrem . Aquele que passa pela verda­ deira experiencia m fstica ou iluminagSo jam ais expressa qualquer grau de vaidade a este respeito, porque essa expe- riSncia m fstica lhe revela, tam bem , suas fraquezas e a neces- sidade de m aior desenvolvimento.

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PARA QUE VIVER? po r

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U

ma coisa € viver; o u tra coisa 6 te r alguma coisa por que viver.

Instintivam ente, lutam os pela nossa sobrevivencia, como fazem as mais rudim entares das criaturas vivas. Mas, como criaturas racionais, viver deve ser, para n6s, mais do que me- ram ente preservar a entidade fisica. Deve ser mais do que existirm os como um Ser consciente e anim ado. A m ente, ou o E u, tem seus objetivos, seus ideais. Uma m ente inte- ligente e cheia de energia m ental; esta continuam ente alerta a todas as impressoes oriundas do seu m eio am biente. 0 in- dividuo inteligente € observador, analitico e inquiridor. Se a sua consciencia nao pode focalizar alguma coisa e com ela se ocupar, o resultado € um a intranqiiilidade m ental que p roduz irritabilidade e desagrado. Assim como torturam os nosso corpo ao negar-lhe atividade e ao impedi-lo de suas fungSes, da mesma form a a m ente se to rtu ra se i confinada o u coibida quando nao lhe perm itim os expansao.

A m ente se satisfaz quando atinge os seus ideais. E tudo aquilo que se concebe como essencial para a satisfagao inte- lectual e um desejo m ental. Esses desejos s5o tao im portan- tes quanto os desejos fisicos. A m enos que a m ente consiga realizar os seus desejos, pelo menos parcialm ente, produz-se

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aquela irritagSo que nos faz infelizes. Sao esses anseios, que se encontram no substrato da natureza hum ana, que promo- vem o desenvolvimento da hum anidade. Essa auto-afirma- gao po d e, as vezes, ser mal dirigida, mas isso nao invalida a sua im portancia com relagao ao progresso da hum anidade.

O Eu tem os seus objetivos fisicos, mentais e morais. E nao pode perm anecer estatico sem que isto cause desarmo- nia ao to d o da nossa personalidade. 0 intelecto considera ideais os objetivos a que aspira. Os anseios do Eu tom am a form a de impulsos emocionais e psiquicos que tem a sua origem nas profundezas do subconsciente. Sao conseqiien- cias da “ memtiria das c^lulas” e das mutag<5es dos genes ocasionadas pelos ajustam entos que a vida faz atravgs de inu- meraveis geragOes. Esses impulsos do Eu sao, da mesma fo r­ m a, a resposta da consciencia e da Forga Vital ks forgas uni- versais, das quais elas sao parte. Sao com o um eco esmaeci- do, nao m uito distinto, mas que nos estimula o suficiente para penetrar e influir na estruturagao dos nossos pensa­ m entos. Esses impulsos constituem a vontade m oral do individuo. Por isso, nossa filosofla de vida, mesmo quando nao a expressamos em palavras, se m anifesta em nossas agoes. Nossas agDes e nossos ideais se m oldam pelos ditames do Eu.

As coisas pelas quais vivemos devem ter sua origem no nosso fntim o. Devem ter sua origem nos elem entos da nos­ sa pr6pria natureza; se assim nao fosse, a vida nos seria es- tranha e um insuport^vel vazio. Ter com o objetivos os cos­ tum es e convengSes da sociedade, ou aquilo que os outros praticam , nos dara som ente um prazer m uito passageiro e rasteiro, se eles nao corresponderem , em verdade, aos ideais form ulados pelos elem entos da nossa propria personalidade.

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Aquilo que se estabelece com o objetivo na vida deve consu- mir to d a a atividade do corpo e da m ente, e gratificar os elem entos do Eu.

A auto-analise 6 vitalm ente necessaria para fazer-se da vida um a coisa que vale a pena viver. Perguntem o-nos: Por que queremos viver? A resposta pode chocar. Alias, talvez descubram os que 6 m uito dificil responder a essa pergunta.

As coisas ou os ideais que almejamos so se justificam , so tem valor, quando servem de instrum entos para criarmos um prazer perm anente dentro de n6s. A quilo que nos pro- porciona um prazer lim itado as suas proprias propriedades, o u qualidades, breve perde a sua atragao. Logo aprendemos que o prazer nao pode ser um a linha unica de estim ulo — tem de variar, ou a sua m onotonia se nos to m a inquietante. P o rtan to , o objeto que buscamos deve ser um meio de criar­ m os um a cadeia de satisfagSes dentro de n6s, ou a sua atra ­ gao tem pouca duragao. Assim, nao devemos buscar o que nos causa apenas prazer m om entaneo, mas sim aquilo que nos proporcione tam bem gratificagoes futuras.

Freqiientem ente, nosso objetivo na vida tam bem tem de ser ajustado a m utabilidade das circunstancias, ou nao cum- prem o seu prop6sito. Por exem plo, aquilo que tem sentido em nossa juventude, para um a pessoa adulta, ou para uma pessoa em idade mais avangada, assume um aspecto comple- tam ente diferente. Isto se aplica, principalm ente, aos objeti- vos que se relacionam com os prazeres fisicos.

Nao devemos nos preocupar com os objetivos habituais dos demais ou com aquilo que 6 costum eiro, ou mesmo com aquilo que 6 considerado etico. Temos de determ inar

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o que realmente representa um a realizagao em nossa vida. E, acima de tu d o , esse objetivo deve ser tal que possa se expandir, isto 6, crescer conosco em vez de dim inuir a me- dida que os tem pos passem. Lembremo-nos de que nao som ente as coisas m udam ; n6s tam bem m udam os. Por isso, devemos m anter o pensam ento sempre aldm do m om ento presente. Os caminhos da felicidade sao aqueles que podem ser desenvolvidos com o passar dos anos. So assim serao um a fonte infind£vel de satisfagao.

A m edida que a natureza desflla diante de seus olhos, o hom em constr6i novos ideais, proporcionais ao seu conhe­ cim ento. Os usos e os costum es form am um codigo de m o­ ral e de etica, e o pensam ento se am olda ao conhecim ento cientifico. Daquilo que ve e vive, o hom em constroi novos ideais, e isto lhe d£ forga para um m aior esforgo criador. A soma das combinagoes de ideias e ideais dos hom ens repre­ senta o seu grau de civilizagao, ta n to individual com o un i­ versal. Com a sua capacidade pessoal criadora, o hom em p o ­ de contribuir para o enriquecim ento do m undo.

0 que o hom em pensa e faz, hoje, e o resultado de sua evolugao a p artir de um passado ja m orto mas que lhe deu um a base para o seu crescim ento. A vida procura etem a- m ente dom inar a m ateria; etem am ente procura dom inar o passado; etem am ente procura a livre expressao;eternam en- te procura usar a sua capacidade criadora.

Surpreendem o-nos ante a com plexidade, a vastidao, e a ordem dos c6us; mas existe tam bem a mesma com plexida­ de, a mesma vastidao e a mesm a ordem na terra, nas fun- g5es da natureza, e dentro do hom em . Assim com o o un i­ verso fisico evolui atraves das fungoes das leis naturais, da

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mesma form a o hom em evolui e se aprim ora em compreen- sao. Ele procura com preender as leis que estao p o r tr£s da manifestagao dos fenom enos. Assim como a MENTE SUPREMA trabalha com essas leis, da mesma form a o hom em ; ou , pelo m enos, elas estao & sua disposigao para auxilia-lo.

Uma das mais maravilhosas qualidades da vida 6 a capaci- dade da m ente do indivfduo para estabelecer um ideal para si mesma e, depois, langar-se no sentido de um a realizagSo daquele ideal. A m ente hum ana 6 dotada de vontade, o que da ao individuo a capacidade de ser o m estre de si m esm o e do seu am biente.

A inspiragao, as novas impressoes e as novas idlias, sao produtos das desgastadas id£ias do passado. Para o hom em que raciocina, as iddias de outro ra fom ecem m aterial para novas id&as, assim com o a matdria decom posta do solo tor- na possivel form as mais belas de vida vegetal.

Quando o hom em se ajusta zis leis da natureza, encontra paz e um a sensagao de unidade. Nesse m om ento, ele se ba- nha psiquicam ente no m ar da vida. Nos seus m om entos de inspiragao, ele sente a unicidade com to d a a hum anidade e o universo. Pressente o alento da natureza e se rejubila ante a sua pr6pria existencia. Nesses m om entos ele parece per- der algo de si mesm o, para se to rn ar parte de algo m uito m aior. £ desses m om entos que o hom em recebe forga e inspiragao, das maravilhas da natureza, da mesma form a que a continuagao da vida s6 6 possivel pelo ar que ele respira. Nao 6 pueril considerar o vento, o Sol e a Lua ex- pressQes do Deus Infinito , projetadas na escura abobada do firm am ento.

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A evolugao do ser hum ano depende, em grande parte, dos seus pensam entos e das suas agoes. Para que haja pro- gresso, os hom ens e as mulheres devem concordar em seus ideais e trabalhar no sentido de sua reaiizagao. Todo h o ­ mem e toda m ulher deve desejar exercitar ao m axim o as suas faculdades. 0 am or pela expressSo £ um impulso ver­ dadeiro, desde que esse impulso nao subjugue os demais. A natureza e criadora e bela. 0 hom em , com o parte da n a­ tureza, deseja prosseguir em seu trabalho criador e refm ar o tem peram ento e o c a r t e r hum anos. Sua capacidade de raciocinar lhe perm ite dar ordem ao seu desenvolvimento. Ele nao deve somente estudar a si mesm o, mas tam bem as obras-primas que estao ao seu redor, assim como as artes re- veladas nas pinturas e nas pedras. Existe um Deus, um a m ente suprem a, e um eterno prop6sito. Que existe um a forga que anima a todos n6s, € evidente. E isso que torna possfvel que cada um de n6s contribua, dentro da capacida­ de do seu conhecim ento e da sua com preensao, para o pro- gresso do nosso m undo. Atrav^s da capacidade criadora do hom em , a Mente Divina pode encontrar novas maneiras de se expressar para m anter os prop6sitos da vida. Nao € bana- lidade dizer que vivemos em um m undo criado p o r Deus. As estrelas que se projetam atravds do firm am ento o fazem harm oniosam ente. O hom em , tam bem , e dotado de poder e de capacidade para trabalhar ou operar inteligente e harm o­ niosam ente com toda a hum anidade. A hum anidade, nesta Terra, n5o poderia subsistir sem alguma crenga suficiente- m ente forte para dar anim o a sua conduta e valor a sua exis­ tencia. Cada um de n6s pode apressar a reaiizagao desse ideal.

No hom em , o fluxo da vida esta de acordo com os seus impulsos mais profundos. Aquele que tem pontos de vista

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claros, adquiridos p o r uma filosofia pratica, esta mais quali- flcado a progredir entre os impulsos conflitantes da vida. A vida e o desejo de viver sao as mais fortes das compulsoes. 0 conhecim ento que acumulamos do passado m ostra que a vida pode ter um prop6sito, pode ter um sentido. A vida pode se tornar cada vez mais bela para nos £ medida que aum entarm os nosso conhecim ento, com fe em nos mesmos e no universo e com vontade de colocar os nossos ideais em harm onia com as leis Divinas.

Se nos dedicarmos, com fe?, ao estudo desses serios aspec- tos da vida, seremos inevitavelmente conduzidos aos princf- pios fundam entais da filosofia. Com preenderem os que a vi­ da 6 um tod o unificado. Esse to d o 6 dom inado por uma consciencia inerente que chamamos Deus. Deus opera atra- ves de n6s em todas as expressoes de vida. O instinto do h o ­ m em , no sentido de criar, representa o desejo Divino de de- senvolver formas mais ricas de expressoes infinitas.

0 hom em deve procurar descobrir os prop6sitos criado- res da vida e fazer disso um objetivo atingivel, pois e assim que se utiliza o ideal criador da Inteligencia Suprema. A in- teligencia do hom em se desenvolveu a tal pon to que pode auxiliar diretam ente a Divindade nesse processo. 0 Princi- pio Criador, a Forga V ital, encontra o seu m aior prazer no p ro d u to do seu prbprio esforgo criativo. Uma compreensao deste conceito ajuda a to rn ar Deus m uito mais real para n6s.

M uitos consideram o periodo hist6rico em que vivemos o de m aior vigor e produtividade de todos os tem pos. Mas nem por isso deixamos de venerar nosso passado, pois ele nos deu o presente. C ontudo, o trabalho que devemos

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de-senvolver em nossos tem pos deve ser no sentido de criar um a Era Aurea — agora e para o fu tu ro . Isso esta de acordo com o fluxo da vida, o qua! € sempre evolutivo, em eterna procura de novas expressoes.

Nao devemos te n ta r apenas viver o passado. Vivendo in- teligentem ente visando o fu tu ro , podem os apressar a chega- da de um dia m elhor; form uiando ideias novas e apropriadas e agindo de acordo com elas. Podem os ser os pais do fu tu ro , assim com o, verdadeiram ente, somos os herdeiros do pas­ sado.

A crenga num a Inteligencia e na sua justiga, e em um universo em evolugao, promove o progresso. Os altos ideais e a forga criadora latente em nossa m ente se m anifestarao; qualquer que seja o nosso campo de atividade, os nossos ideais crescem em forga e poder a m edida que refletem um a com preensao m aior de Deus e do universo.

A Forga Vital se perpetua eternam ente atrav^s dos reinos da N atureza. O alcance do conhecim ento progride ao inflni- to . 0 hom em se acostum a as mudangas, mesmo as mudan- gas em suas pr6prias convicgoes. Cada nova experiencia en- riquece a sua vida.

0 conhecim ento nao depende de um a verdade ilimitada, mas de um a capacidade universal que, cada vez mais, tom a- se pessoal. P o rtan to, na sua pr6pria pequenez, o hom em p o ­ de, gradativam ente, descobrir um a dignidade de gloria e ter­ na.

Esta preparagao para a construgao do fu tu ro nos lembra as palavras de um m istico persa do seculo XIV a.C.: “Vive

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de tal m aneira que, quando tua vida se for, ninguem possa dizer de ti: Este hom em esta m o rto .”

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UMA NOVA ERA E SUA ETICA por

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T

oda etica, em sua essencia, relaciona-se com a concep- gao que o Homem tem de Deus, pois, direta ou indi- retam ente, essa concepgao fundam enta as diretrizes da con- d uta hum ana.

A questao da £tica £ prim ordial no fenom eno evolutivo — o m aior fenom eno do universo. Dai sua extraordindria im portancia. Ela representa a norm a que dirige a evolugao; contem a regra de vida que, se bem praticada, leva o Ho­ m em a aproximar-se, cada vez mais, do seu estado de per- feigao.

A im portancia da £tica 6 fundam ental porque representa a expressao direta de um a lei, enuncia o pensam ento e ma- nifesta a conduta do Homem.

Mas a £tica so pode ser praticada dentro dos limites em que o Homem pode entende-la, de acordo com a sua posi- gao evolutiva, em proporgao ao conhecim ento, p o r ele atin- gido, dessa lei.

£ p o r isso que encontram os £ticas relativas e progressi- vas, pois relativa e progressiva ^ toda verdade conquistada pelo Homem na sua ascensao. Em qualquer tem po ou lugar,

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cada fenom eno e a pr6pria existencia do hom em so pode ser entendida com o um vir-a-ser, e o H om em tem de se colocar dentro desse transform ism o universal e viver em fungao dele. £ po r isso, en tao , que a cada nivel biologico corresponde a sua dtica relativa, a sua m oral de conduta, a qual se transform a assim que o Homem atinge um nivel de evolugao mais adiantado. Isto quer dizer que ele de­ ve continuam ente descobrir, com seu esforgo, ^ticas sem­ pre mais evoluidas, que o dirijam no sentido de se liber- ta r cada vez mais do sofrim ento causado pelos erros que com ete.

Nos tem pos que correm , presenciamos o declfnio de um conceito de Deus, lutando p o r sua sobrevivencia ante a as- censao de um a nova visao de Deus. 0 que declina foi herda- do do passado. £ , basicam ente, o de um Ser Todo-Poderoso que arbitrariam ente faz o que quer, paradoxalm ente violan- do, a seu talante, as leis que ele proprio estabeleceu para o funcionam ento da fenom enologia do universo.

Na sua ignorancia, o Hom em acreditou que a sua peque- na biologia terrestre representa um a com pleta biologia do universo, em todos os niveis. Nao entendeu que, em niveis superiores de existencia, possam vigorar bem diferentes leis de protegao a Vida. E a m aioria ainda nao entende que essas leis constituem um a unica lei atu an te, que representa um pensam ento que quer se m anifestar, assim que lhe estimule- mos o funcionam ento. E isso € m uito im portante no campo da dtica, porque aprendem os que as nossas prbprias agoes determ inam o nosso am anha; que somos senhores do nosso destino. Essa Lei se encontra n o to d o da agao do Universo, da Criagao, e da Manifestagao. T udo e todos tem de obede- ce-la, para nao sofrerem suas reagoes.

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O sofrim ento do H om em decorre de sua tentativa de transgredir a lei, de ir al^m de seus limites. A vontade do H omem de deslocar a sua posigao estabelecida pelo Poder Pensante, dentro da hierarquia das coisas, significa desor- dem , subversao £ ordem universal e, conseqiientem ente, dor. A m oral, a sua medida do Bem e do Mal, € represen- tada pelos seus interesses pessoais. 0 Bem para ele € o que lhe da satisfagao, e vice-versa. Deus faz a Lei Universal, mas e o individuo que faz, para si m esm o, um a lei particular. £ assim que se desm orona a ordem universal n o caos de tan- tas leis p a rtic u la rs que geram lutas e conflitos. 0 Homem nao com preende que obedecer a lei cosmica nao 6 obedecer, e dirigi-la. Aquele que nao se harm oniza com essa lei nao 6 livre, mas escravo da violagao e do erro.

Assim podem os saber o que 6 m oral ou imoral. O po n to de referen d a da £tica, a unidade de m edida do valor positi- vo ou negativo de nossas agoes, sao as imutaveis leis que re­ gem a Vida. Tudo que esta no am bito de suas regras 6 bom e h'cito; tu d o que e s ti fora 6 m au e ilfcito. £ m oral tu d o o que, pela obediencia a Lei, constroi; e imoral tu d o o que, pela desobediencia d Lei, destrtfi. Q uanto mais evoluida um a £tica, ta n to mais m oral e ela; e quanto mais involuida, ta n to mais im oral, no sentido de que se afasta da moral e se aproxim a da negagao com pleta.

£ preciso dar ao H om em , condenado p o r seus erros, a certeza de que Deus, mais do que to d o s, tam bem respeita a Sua Lei, m erecendo, p o rtan to , to d a conflanga do ser h u m a­ no.

A ide'ia que certos sistemas nos deram de Deus 6 a de que Ele criou o Universo, tirando-o do nada e do caos, e, apos

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term inada a sua obra, ausentou-se para os cdus, e \£ ficou sem tom ar parte ativa na agao de Sua criagao.

Nada mais absurdo do que essa ideia da ausencia de Deus, afastado, longm quo. A 16gica e tu d o nos falam de Sua presenga viva e co n tin u a entre n6s, no funcionam ento organico do T odo, tu d o dirigindo. Esse conhecim ento que n6s, Rosacruzes, possufm os, tem im portante consequencia no terreno da 6tica. Um Deus tao proxim o permeia a nossa Vida, por dentro e por fora; 6 com o um a atm osfera em que todos estamos imersos, em que todos respiram os, e da qual nao h i possibilidade de nos separarmos. £ um Deus que es- t £ conosco em to d o lugar, no meio da nossa vida, da nossa luta.

A velha £tica baseia-se na modificagao dos sistemas exte- riores de vida, sem transform ar os elem entos que a consti­ tu e n t Muda o estilo da arquitetura para resolver os proble­ mas. Pouco im porta que um indivfduo pertenga a este ou aquele partid o , a esta ou aquela religiao, se ele nao souber pensar e continuar agindo da mesma form a. Que adianta inventar novas divisGes e agrupam entos, atras dos quais es­ tao os mesmos interesses, deixando o H om em sempre no mesmo nivel evolutivo, para continuar, de formas diferen­ tes, fazendo as mesmas coisas?

O problem a 6 ou tro . Trata-se de um a transform agao de base, atrav^s de o u tro conhecim ento, o utra conduta, outra etica; um m undo regido por ou tro s principios e funcionan- do po r outros m ^todos. Esse € o verdadeiro sentido da nova etica. Uma ^tica in terio r, substantial, profunda, arraigada a verdades que nao deixam possibilidades de enganos, porque a consciencia despertou, lib erto u o individuo da ignorancia,

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de m odo que agora, livrem ente, ele pode se orientar com o seu conhecim ento.

A verdadeira dtica esta acima de tu d o e de todos, escrita na Lei e na pr6pria natureza das coisas. E quem , com o n6s, procura essa renovagao, 6 julgado pela velha 6tica, pagao, rebelde e heretico. Os conservadores nao entendem que nao trabalham os para destruir o velho, mas para salva-lo, porque a Vida esta no m ovim ento, na renovagao.

E, no desm oronar da antiga dtica, somos os construtores, para que am anha, da rufna dos antigos sistemas, alguma coi­ sa firme e segura fique no m undo para dar orientagSo positi- va ao H om em do fu tu ro , com clareza e honestidade.

Nao pretendem os criar uma nova teologia, e sim dar-lhe um conteudo de cuja logica e razao nao se possa fugir. Um conteudo, nao de abstragoes filosoficas, mas de conclusCes praticas, de uma conduta baseada em princfpios claramente definidos.

Cabe-nos vitalizar os valores etem o s para salva-los da ve- Ihice da form a. Temos de assum ir, com sinceridade, perante o Deus de nosso coragao, as nossas responsabilidades. Nao podem os cruzar os bragos ante a m orte espiritual.

Precisamos construir um a dtica alicergada no conheci­ m ento de que, al^m das formas exteriores, h i um a realidade interior independente delas, representando a m ente diretriz do Todo, sempre presente, im anente n o universo, que 6 o principio da propria existencia, que a tu d o sustenta e ani- ma.

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E, um a vez que o H om em se faga consciente do funcio- nam ento organico do T odo, dos principios que o regem, da missao que lhe cabe realizar, com preendera a 16gica do pia­ no divino, e que a sua m aior m oral, a sua suprema £tica, estd em seguir esse piano. Com preendera que 6 loucura a sua revolta atual, e espontaneam ente se colocard na ordem para obedecer a sabedoria da Lei.

A nova dtica, en tao , ser£ orientada pelo principio sa- dio de que a criatura € um a c^lula do Todo, nele harmo- nicam ente fundida, num a ordem superior de justiga im partial.

Uma £tica orientada pela espontanea obediencia, porque esta i a m aior liberdade. Uma 2tica de uniao, fusao, da qual resulta um a diferente form a de concepgao e reaiizagao das relagOes sociais. 0 individuo nao 6 mais rival do seu sem e­ lhan te, em lu ta com ele, num regime de inim izade, guerra e atrito s; e seu amigo, n um regime de com preensfo, paz, am or e colaboragao. Uma etica que transform ara o piano terreno em um a Nova Era de seres conscientes e civilizados. Uma £tica que representara a fratem idade, igualdade e liber­ dade de todos os povos.

Essa hum anidade sabera, m aravilhosam ente, absorver a potencia vital de Deus, observar seus pensam entos escritos na Sua Lei, e ler Seus livros nos principios que dirigem a Vida e tu d o que existe. Essa hum anidade nao mais imagina­ ry um Deus afastado, longinquo nos ceus, mas um Deus vivo entre n6s, trabalhando ao nosso lado, auxiliando-nos na lu ta para evoluir, com o Seu ilimitavel poder, bondade e sabedoria.

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Nessa hum anidade reinara um a ordem preestabelecida e perfeita, em que o Homem nao mais sera escravo; um a h u ­ m anidade de equilibrio estavel e de justiga, de i r e i t o s e deveres reciprocos; uma hum anidade que podera se movi- m entar com conhecim ento num regime de logica e clareza que caminhard com Deus, que podera contar com Ele, p o r­ que Ele se tera feito parte dela.

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ECOLOGIA TRANSCENDENTAL por

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