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Academic year: 2021

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(1)

FACULDADE MERIDIONAL – IMED

ESCOLA DE SAÚDE - CURSO DE PSICOLOGIA

Ângela Maria Horn

A autoestima de adolescentes escolares: Um estudo com

alunos de uma escola pública de Passo Fundo

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Naiana Dapieve Patias

Co-orientadora: Me. Denise Gelain

Passo Fundo

2016

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Ângela Maria Horn

A autoestima de adolescentes escolares: Um estudo com

alunos de uma escola pública de Passo Fundo

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Psicologia, da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharela em Psicologia, sob a orientação da Professora Dr.ª Naiana Dapieve Patias.

Passo Fundo

2016

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Ângela Maria Horn

A autoestima de adolescentes escolares: Um estudo com

alunos de uma escola pública de Passo Fundo

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Naiana Dapieve Patias – IMED, Orientadora

____________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Camila Rosa de Oliveira – IMED, Examinadora

____________________________________________________ Prof.ª Me. Susana Konig Luz – IMED, Examinadora

Passo Fundo

2016

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A autoestima de adolescentes escolares: Um estudo com alunos de uma

escola pública de Passo Fundo

Ângela Maria Horn1

Resumo: Este trabalho teve como objetivo investigar a autoestima de adolescentes escolares

e verificar se haviam diferenças nas médias da autoestima comparando o sexo e a idade dos participantes. Para tanto, participaram do estudo 237 adolescentes com idades de14 a 18 anos (M = 15,5; DP = 0,84), 58% meninas, de uma escola pública da cidade de Passo Fundo, todos estudantes de ensino médio. Os dados foram submetidos a análises estatística descritiva (médias e desvios-padrão) e teste t de student para comparar a autoestima quanto ao sexo e idade. Os resultados indicaram não haver diferenças estatisticamente significativas na autoestima de meninos e meninas nesta amostra.

Palavras-chave: Autoestima, Adolescentes, Escola.

The self-esteem of adolescent students: a study with students from a public

school in Passo Fundo

Abstract: This study aimed to investigate the self-esteem of adolescent and verify that were

differences in the means of self-esteem by comparing the sex and age of the participants. Therefore, in the study 237 adolescents of 14 age of 18 years (M = 15.5, SD = 0.84), 58% girls, a public school in the city of Passo Fundo, all high school students. The data were submitted to descriptive statistical analysis (mean and standard deviation) and the Student t test to compare the self-esteem regarding sex and age. The results showed no statistically significant differences in self-esteem of boys and girls in this sample.

Keywords: Self-esteem, Adolescence, School.

1 Acadêmica da Escola de Psicologia da Faculdade Meridional – IMED, Passo Fundo, RS. E-mail:

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1 Introdução

Autoestima pode ser entendida como um conjunto de sentimentos e pensamentos sobre seu próprio valor, competência e adequação. Esse conjunto de percepções reflete em uma atitude positiva ou negativa em relação a si mesmo (Rosenberg, 1989/1965). Dessa forma, segundo Fraquelli (2008), a autoestima é formada pela imagem que cada pessoa tem de si mesma (autoimagem) somada ao autoconceito desenvolvido a partir de estímulos e informações que ela recebe de seu ciclo social.

Esse construto tem sido estudado e considerado um importante indicador de saúde mental na adolescência, tendo relações com rendimento escolar e aprovação social, sendo virtualmente generalizável a todos os grupos étnicos e culturais (Steinberg, 1999, citado por Bandeira & Hutz, 2010). Assim, é considerado um dos fatores importantes para o desenvolvimento na adolescência e na vida adulta, tendo implicações em áreas como sucesso ocupacional, relacionamentos interpessoais e desempenho acadêmico (Trzesniewski, Donnellan, & Robins, 2003). Por exemplo, segundo Hewitt (2009), a alta autoestima surge do reconhecimento positivo por pares e outros considerados significativos, como pais e professores. Intervenções que foquem o aumento de autoestima, por si só, podem ser ineficazes, para ele condições que propiciem um funcionamento humano adequado, como senso de segurança e aceitação dentro do campo social, também promoverá aumento da autoestima. Por outro lado, tem sido correlacionada negativamente com problemas adversos como agressão, comportamento antissocial e delinquência na juventude (Donnellan, Trzesniewski, Robins, Moffitt, & Caspi, 2005).

A autoestima apresenta-se em níveis de baixo, médio e alto. A característica para baixa autoestima refere-se ao sentimento de inferioridade e incapacidade para enfrentar desafios, já a alta refere-se à capacidade de superação e sucesso e a média navega entre o

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ajuste e acomodação, demonstrando essa estabilidade no comportamento (Branden, 2000; Rosenberg, 1956/1989). A baixa autoestima se expressa pelo sentimento de incompetência, inadequação e incapacidade de enfrentar os desafios; a média é caracterizada pela oscilação do indivíduo entre o sentimento de aprovação e rejeição de si; e a alta consiste no autojulgamento de valor, confiança e competência (Rosenberg, 1956/1989).

A autoestima é talvez a variável mais crítica que afeta a participação exitosa de um adolescente com outros em um projeto. Os adolescentes com baixa autoestima desenvolvem mecanismos que provavelmente distorcem a comunicação de seus pensamentos e sentimentos e dificultam a integração grupal. Um bom grau de autoestima é crítico para o bom funcionamento do adolescente, uma vez que ele ajuda os mesmos a acreditarem e confiarem em si próprios. Crianças e adolescentes com boa autoestima persistem mais e fazem mais progressos diante de tarefas difíceis que aqueles com uma baixa autoestima (Steinberg, 1999, citado por Bandeira & Hutz, 2010).

Poucos estudos têm sido realizados com jovens e adolescentes focando especificamente a autoestima, no Brasil, e pouco se sabe sobre o impacto dessa variável para a saúde e bem-estar subjetivo dessa população (Lalbahadur, 2010; Melo Neto & Cerqueira-Santos, 2012). No entanto, percebe-se a importância deste construto para o bem-estar dos indivíduos. Para muitos a autoestima é pouco abordada cientificamente, mas no senso comum é conhecida através de livros de autoajuda. Quando o ser humano faz uma avaliação de si mesmo, entende-se por autoestima. Nos países desenvolvidos estudos avaliam a importância da autoestima, como um dos indicadores para a saúde mental (Mruk, 1965). Muitos problemas contemporâneos estão associados à baixa autoestima entre eles como a violência familiar, o uso de drogas, gravidez, dificuldades de aprendizagem, bullying escolar, a depressão e a prostituição (Avanci, Assis, Santos, & Oliveira, 2007; Dourado, 1984; Gomes, 1994; Mecca, Smelser & Vasconcellos, 1989; Rosenberg, 1956/1989; Tamayo & Cunha,

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1983).

O estudo de normatização e validação da Escala de Rosenberg, no Brasil, foi validada através de uma amostra abrangente de adolescentes a partir de 12 anos e adultos. A média para a faixa etária de 13 a 15 anos, no estudo, foi de 29,3 (DP = 4,13) (Hutz, Zanon, & Bardagi, 2014) semelhante a encontrada no presente estudo (M = 29,14; DP = 4,85), indicando que os estudantes da escola investigada, possuem autoestima dentro da média sendo um aspecto relevante já que Hutz et al. (2014) indicam que a autoestima tende a ser estável ao longo do tempo sendo relacionada com desfechos positivos no desenvolvimento.

Reconhecida internacionalmente a autoestima para o bem-estar social e individual, há escassez de estudos, no Brasil, sobre o assunto. Diante disso, este estudo teve como objetivo, investigar a autoestima de adolescentes escolares e verificar se haviam diferenças nas médias da autoestima comparando o sexo e a idade dos participantes.

2 Método

2.1 Participantes

Participaram do estudo, 237 adolescentes de 14 a 18 anos (M = 15,5; DP = 0,84), 58% meninas, de uma escola pública da cidade de Passo Fundo, todos estudantes de ensino médio, sendo que 43% eram estudantes do 1º ano. Além disso, 14% deles tiveram, pelo menos, uma reprovação escolar e 99% declararam-se solteiros.

Como critérios de exclusão para participação no estudo, não participaram alunos que não aceitaram e/ou possuíam menos de 12 anos ou mais de 18 anos. Como critérios de inclusão, deveriam ter de 13 a 18 anos independente de orientação sexual, sexo, nível sócio econômico e crença religiosa; aceitar participar, voluntariamente, da pesquisa e ter o Termo

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de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) assinado por um responsável, bem como o Termo de Assentimento assinado.

2.2 Instrumentos

Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram:

a) Questionário sociodemográfico (Apêndice C): tinha como objetivo coletar

informações sociodemográficas dos participantes (idade, sexo, escolaridade e estado civil), buscando caracterizar a amostra do estudo.

b) Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR; Hutz & Zanon, 2011; Rosenberg,

1956/1989) (Apêndice D): possui 10 itens que avaliam a autoestima dos participantes. Alguns exemplos de itens: “Eu acho que eu tenho várias boas qualidades” e “Eu tenho uma atitude positiva com relação a mim mesmo”. A escala demonstra consistência interna de (a = 0,81). Os itens são avaliados por meio de uma escala likert de quatro pontos.

2.3 Procedimentos e coleta de dados

Foi estabelecido contato com uma escola estadual, com o propósito de obter carta de autorização. Após autorização da escola o estudo foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Meridional (CEP/IMED) para análise. Mediante a aprovação a pesquisadora buscou os participantes da pesquisa por conveniência na escola estadual de Passo Fundo, visando selecionar os participantes que preencheram os critérios de inclusão (ter até 18 anos de idade; participação voluntária e ter o Termo de Assentimento (TA) (Apêndice B) assinado e o TCLE (Apêndice A) assinado por um responsável maior de 18 anos) da pesquisa.

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O contato inicial foi realizado, primeiramente, com a escola a fim de combinar dia, data e local para aplicação dos instrumentos naqueles adolescentes que, voluntariamente, quisessem participar. Após, foi realizado contato com os adolescentes, explicando objetivos da pesquisa. Aqueles que demonstraram interesse enviaram para os responsáveis assinarem o TCLE, além de assinarem o TA. Em outro momento, a pesquisadora voltou à escola para recolher o TCLE e TA e realizar a aplicação que foi em grupo e durou, aproximadamente, 25 minutos. As questões éticas foram asseguradas no momento da participação dos adolescentes, podendo desistir em qualquer momento sem qualquer prejuízo. Além disso, os direitos foram assegurados através dos TA e TCLE redigido de acordo com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos (Resolução n.º 466/2012).

2.4 Análise dos dados

Os dados foram digitalizados no programa estatístico Statistical Package for the

Social Sciences, versão 22.0. As variáveis foram computadas segundo estudos já realizados,

por exemplo, os itens da EAR foram computados em um escore geral, além da inversão de escores nos itens (segundo necessidade).

Análises descritivas como médias e desvios-padrão foram realizadas para idade, sexo e autoestima (por itens e total). A fim de investigar se haviam diferenças na autoestima entre meninos e meninas e entre adolescentes mais novos (de 14 e 15 anos) (n = 133) e mais velhos (16 a 18 anos) (n = 104), testes t de student foram realizados.

3 Resultados e discussões

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da escala EAR e por afirmativa. Os valores estão na Tabela 1.

Tabela 1. Valores mínimos e máximos, médias e desvios-padrão na autoestima e

fatores da personalidade

Mínimo Máximo M DP

Autoestima Total 14 40 29,14 4,85

Eu sinto que sou uma pessoa de valor, no mínimo tanto quanto as

outras pessoas 1 4 3,15 0,64

Eu acho que eu tenho várias boas qualidades 1 4 3,10 0,61 Levando tudo em conta, eu penso que eu sou um fracasso 1 4 1,70 0,71 Eu acho que sou capaz de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das

pessoas 1 4 3,06 0,76

Eu acho que eu não tenho muito do que me orgulhar 1 4 1,96 0,77 Eu tenho uma atitude positiva com relação a mim mesmo 1 4 2,98 0,70 No conjunto, eu estou satisfeito comigo 1 4 2,90 0,70 Eu gostaria de poder ter mais respeito por mim mesmo 1 4 2,51 0,87 Às vezes me sinto inútil 1 4 2,60 0,92 Às vezes eu acho que não presto para nada 1 4 2,28 1,00 Fonte: Elaborado pelas autoras (2016). Nota: As afirmativas foram respondidas em escala likert de 4 pontos (1 = Discordo totalmente a 4 = Concordo totalmente; M = Média; DP = Desvio padrão.

A autoestima tem sido reconhecida, nas culturas ocidentais, como um aspecto central do funcionamento psicológico, sendo fortemente relacionada com a qualidade afetiva da experiência, de modo que pessoas com autoestima elevada relatam mais afeto positivo, mais satisfação de vida, menos desesperança e menos depressão, quando comparadas a pessoas com baixa autoestima (Crocker & Quinn, 2000). Diener, Emmons, Larsen e Griffin (1985) elegeu a autoestima como o mais forte preditor de satisfação geral com a vida, na população norte-americana, sendo considerado, à época, mais forte inclusive que resultados demográficos e objetivos, tais como idade, renda, escolaridade e estado civil, além de outras variáveis psicológicas.

A fim de investigar se haviam diferenças, por sexo, na autoestima, teste t de student foi realizado. O mesmo indicou não haver diferenças estatisticamente significativas na autoestima de meninos e meninas nesta amostra (t = 0,85; gl = 197; p = 0,40). Com o objetivo de verificar se haviam diferenças na autoestima por idade, o mesmo teste foi realizado, considerando adolescentes mais novos (14 e 15 anos) e mais velhos (16 a 18 anos). Não

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foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (t = 1,70; gl = 224; p = 0,09). Estes resultados demonstram diferenças, mas também similaridades com outros estudos realizados no Brasil.

Hutz et al. (2014) afirmam que há diferenças de autoestima para homens e mulheres. Há uma tendência de que as mulheres sejam mais afetadas por relacionamentos, por outro lado os homens são mais afetados por sucesso e realizações.

Fortes, Cipriani, Coelho, Paes e Ferreira (2014) utilizaram a Escala de Autoestima em 397 adolescentes do sexo feminino com idades entre 12 e 17 anos para avaliar a autoestima e a insatisfação corporal. Os autores citaram que as meninas pesquisadas apresentaram baixa autoestima associada à insatisfação corporal, a aparência física e a forma corporal. No geral, os resultados desta pesquisa indicam não haver diferença, entre os sexos, na autoestima.

Em estudo realizado por Freire e Tavares (2011) com 216 adolescentes de ambos os sexos e com idades entre 15 e 19 anos, houve diferenças entre os sexos na autoestima. No estudo, os autores concluíram que o sexo masculino teve autoestima mais elevada do que o sexo feminino. Este mesmo estudo demonstrou haver associação positiva entre autoestima e felicidade.

Novato, Grossi e Kimura (2008) pesquisaram a autoestima em adolescentes de 12 e 18 anos de ambos os sexos com diabetes mellitus tipo 1 e sua associação com qualidade de vida. O estudo indicou que quanto mais elevada à autoestima melhor a qualidade de vida dos adolescentes com DM1. Outro estudo realizado por Melo Neto e Cerqueira-Santos (2012) com 159 estudantes com idades entre 14 e 23 anos investigou relações entre a autoestima e o comportamento sexual de risco. Os resultados indicaram haver diferenças em relação a idade média da primeira relação sexual, tendo os meninos uma iniciação sexual mais precoce quando comparados com as meninas. Os autores do estudo referem que a autoestima contribui para postergar a vida sexual do adolescente, diminuindo os riscos de envolvimento

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em sexo inseguro. Os resultados dos altos índices de autoestima influenciaram nos aspectos de defesa e proteção dos adolescentes.

Rodrigues, Gava, Sarriera e Dell’Aglio (2014) em um estudo realizado com 556 adolescentes investigaram a autoestima de adolescentes de escola e de instituições governamentais de acolhimento, como FASC e ONGS. Os resultados indicaram que as meninas apresentam menor autoestima do que os meninos, independentemente de estarem ou não em instituições de acolhimento. Em relação à autoestima, os adolescentes que vivem com seus familiares apresentaram a média um pouco mais elevada, do que os jovens que estão nas instituições. Já os de sexo masculino, apresentam médias maiores se comparadas com as do sexo feminino de ambos os grupos e nas famílias. Em outro estudo, Hutz e Zanon (2011) utilizaram a escala de autoestima de Rosenberg na qual pesquisaram 1.151 estudantes de ambos os sexos, com idades entre 10 e 30 anos. Este estudo demonstrou haver diferenças, estatisticamente significativas na autoestima em relação à idade dos participantes, sendo que quanto maior a idade menor a autoestima.

Avanci et al. (2007) constataram correlação positiva entre os 266 adolescentes do Ensino Fundamental e Médio, das redes municipais e particulares do estado do Rio de Janeiro, com idades entre 11 a 19 anos, de acordo com as estratégias e resultados da adaptação transcultural da escala de autoestima concebida por Rosenberg (1956/1989). Conforme o estudo, na correlação inversa os adolescentes sofrem menos com a violência entre pais e irmãos. Já os jovens que evidenciam os sentimentos positivos para si mesmo, manifestam ter mais apoio afetivo e emocional.

Aguirre, Castillo e Zanetti (2010) realizaram estudo com 109 adolescentes com idades entre 17 e 20 anos de ambos os sexos, em uma escola pública, onde analisaram a autoestima e o consumo de álcool. Nesta pesquisa a maioria dos adolescentes era do sexo feminino e a média de 18 anos de idade. A partir da aplicação da escala de autoestima foram constatados

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que os adolescentes apresentaram alta autoestima e nível baixo de uso de álcool. Mas para contribuir para o bem-estar dos adolescentes e qualidade de vida saudável se faz necessário planejamento com projetos específicos que previnam e evitam o uso de bebidas destiladas e que afastem os adolescentes de vícios destruidores de vidas.

4 Considerações finais

Este estudo teve como objetivo, investigar a autoestima em adolescentes de uma escola pública da cidade de Passo Fundo, RS, e verificar se haviam diferenças estatisticamente significativas por sexo e faixa etária. Analisar a autoestima em diversos contextos possibilita o conhecimento de um ‘atributo’ importante na área de saúde mental e coletiva, pode ser uma importante estratégia para a prevenção de problemas no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. É um desafio apreender sobre mecanismos que protegem um indivíduo do risco, como é o caso de uma elevada autoestima, e inseri-los como prioridade na implantação de programas de prevenção primária, promoção de saúde e de bem-estar psicológico.

O estudo indicou que os adolescentes possuem boa autoestima e que a mesma não possui diferenças, estatisticamente significativas, entre os sexos e entre adolescentes mais novos e mais velhos. Embora não haja consenso na literatura sobre se há ou não diferença entre sexos e idades na autoestima, alguns estudos sugerem que há diferenças. Cabe ressaltar que este estudo foi realizado em uma escola específica da cidade de Passo Fundo, com adolescentes específicos, portanto, os dados possuem limitações e não podem ser generalizados. Sugere-se que novos estudos possam ser realizados, de forma a expandir a amostra de adolescentes e fatores associados à autoestima. Pode-se concluir que os adolescentes que manifestaram os sentimentos positivos de si ou intelecto elevado, acreditam

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na sua alta autoestima e esperam serem respeitados. Por outro lado, essa pesquisa é conveniente para o estudo da autoestima e para a testagem psicológica, pois apresenta estratégias e mecanismos adequados com ferramentas propostas para a psicologia.

Referências

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Apêndice A

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Eu, __________________________________________________________, abaixo assinado, concordo em participar da pesquisa “A autoestima como elemento constituinte da personalidade do adolescente”. Tal estudo prevê a participação de pessoas que aceitem participar a partir dos critérios estabelecidos por cada projeto. Fui informado que precisarei comparecer a um encontro presencial previamente agendado com duração de aproximadamente uma hora. Essa entrevista/aplicação de instrumento acontecerá na IMED Faculdade Meridional (IMED/Passo Fundo) ou em escolas onde os adolescentes estejam matriculados. A identidade enquanto participante será mantida em anonimato.

O maior desconforto para você poderá ser o tempo de duração da aplicação dos instrumentos. Caso ocorra um eventual incômodo gerado pela entrevista, você poderá ser encaminhado para o SINAPSI para atendimento psicoterápico com estudantes da graduação. O benefício será a contribuição pessoal para o desenvolvimento de um estudo científico.

A sua participação ocorrerá por meio da aplicação dos instrumentos, na qual você responderá um questionário sociodemográfico e algumas escalas relacionadas a traços de personalidade e fatores de proteção e vulnerabilidade. Após o aceite em participar, será marcado dia, hora e local para o encontro, de acordo com a disponibilidade dos participantes. Estes dados serão mantidos em sigilo, preservando-se a minha identidade. O maior desconforto que terei será o tempo que necessitarei dispor para responder o questionário sociodemográfico e as escalas. O benefício que terei será a contribuição para o desenvolvimento de estudos científicos. Foi-me assegurado o anonimato e a confiabilidade das informações por mim fornecidas; resposta a quaisquer perguntas que eu possa ter sobre minha participação nesta pesquisa; liberdade para solicitar desligamento da pesquisa a qualquer momento e, diante do meu desejo e pedido, e após análise do pesquisador juntamente com sua orientadora, encaminhamento para atendimento psicoterápico na Clínica Escola de Psicologia da Faculdade Meridional IMED.

Todas as minhas dúvidas foram respondidas com clareza e sei que poderei solicitar novos esclarecimentos para o pesquisador: Denise Gelain (54) 99879784. Ressalta-se que as informações obtidas pela entrevista poderão, eventualmente, ser utilizadas para a produção de artigos científicos, sendo, entretanto, garantida aos participantes a confidencialidade em

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relação à sua identidade. Declaro que recebi cópia do presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Nome do participante: ________________________________________________________

Assinatura: ____________________________________________ Data: ________________

Nome do pesquisador: Denise Gelain

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Apêndice B

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para os Pais

Caros Senhores Pais, esta pesquisa intitulada “A autoestima como elemento constituinte da personalidade do adolescente” sob coordenação e supervisão da Prof.ª Denise Gelain, objetiva. Compreender como ocorre a relação entre as variáveis protetivas e a vulnerabilidade com adolescentes. Este estudo para o qual solicitamos sua autorização é um estudo no qual os adolescentes responderão a algumas escalas relacionadas a personalidade e a correlação com variáveis de proteção e vulnerabilidade. As escalas serão aplicadas em sala de aula onde seu filho (a) estuda com autorização prévia. Esclarecemos ainda que os resultados serão mantidos com a pesquisadora e serão divulgados em eventos científicos e submetido à publicação em revista científica, mantidas as condições de sigilo. Estamos convidando seu filho (a) para participar da presente pesquisa. Você tem todo o direito de não autorizar e, em qualquer momento da pesquisa, seu filho (a) poderá interromper sua participação sem qualquer problema, devendo somente avisar a pesquisadora da sua desistência. Pesquisadora: Denise Gelain Fone: (54) 99879784

___________________________________________________________________________

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Declaro que li as informações acima sobre a pesquisa, e que me sinto perfeitamente esclarecido (a) sobre o conteúdo da mesma, assim como os seus riscos e benefícios. Declaro ainda que, por minha livre vontade, autorizo a participação de meu filho (a) na presente pesquisa.

Passo Fundo, ____ de ____de 2016.

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Apêndice C

Questionário sociodemográfico

1. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 2. Idade? ________ anos

3. Estado civil:

( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Mora junto ( ) Separado/divorciado ( ) Viúvo

4. Qual a sua escolaridade?

( ) 7º ano ( ) 8º ano ( ) 9º ano ( ) 1ºano EM ( ) 2º ano EM ( ) 3º ano EM

5. Qual turno você frequenta a escola?

( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Integral ( ) Noite

6. Você já foi reprovado?

( ) Não ( ) Sim Quantas vezes? ___________

7. Com quem moras? (Marque mais de uma resposta se for o caso) ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Padrasto ( ) Madrasta ( ) Irmãos ( ) Avô ( ) Avó ( ) Tios ( ) Pais adotivos ( ) Filhos ( ) Companheiro

8. Quantas pessoas moram na sua casa incluindo você? Quantos têm: Até 5 anos _________

Entre 6 e 14 anos _________ Entre 15 e 24 anos _________ Acima de 25 anos _________

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10. Sobre situação de trabalho remunerado: ( ) Nunca trabalhei

( ) Já trabalhei mas não trabalho atualmente ( ) Estou trabalhando

( ) Estou procurando trabalho

11. O que você costuma fazer quando não está estudando ou trabalhando? (Marque mais de uma resposta se for o caso)

( ) Praticar esportes ( ) Jogar/brincar ( ) Passear ( ) Assistir TV ( ) Ouvir ou tocar música ( ) Namorar ( ) Descansar ( ) Navegar na internet ( ) Ler livros

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Apêndice D

Escala de autoestima de Rosenberg

As seguintes afirmações referem-se à opinião que tem sobre si próprio.

Pedimos-lhe o favor de responder com sinceridade a cada uma das afirmações, assinalando com um X o quadrado que melhor exprima a sua opinião, utilizando a seguinte escala:

1 – Discordo totalmente 2 – Discordo

3 – Concordo

4– Concordo totalmente

1 Eu sinto que sou uma pessoa de valor, no mínimo tanto quanto as outras

pessoas. 1 2 3 4

2 Eu acho que eu tenho várias boas qualidades. 1 2 3 4 3 Levando tudo em conta, eu penso que eu sou um fracasso. 1 2 3 4 4 Eu acho que sou capaz de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das

pessoas. 1 2 3 4

5 Eu acho que não tenho muito do que me orgulhar. 1 2 3 4 6 Eu tenho uma atitude positiva com relação a mim mesmo. 1 2 3 4 7 No conjunto, eu estou satisfeito comigo 1 2 3 4 8 Eu gostaria de poder ter mais respeito por mim mesmo. 1 2 3 4 9 Às vezes eu me sinto inútil. 1 2 3 4 10 Às vezes eu acho que não presto para nada. 1 2 3 4

Referências

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