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ESCOLA MUNICIPAL DE DANÇA DE BELÉM E SUA CONTRIBUIÇÃO NA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

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ESCOLA MUNICIPAL DE DANÇA DE BELÉM E SUA CONTRIBUIÇÃO NA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Gabriela Santos de Melo Aluna concluinte do CEDF/UEPA gabrielasmelo13@gmail.com

Dr ª Maria Auxiliadora Monteiro Professora orientadora do CEDF/UEPA sasa_monteiro@hotmail.com

RESUMO

O presente estudo se propõe a compreender a atuação da Escola Municipal de Dança de Belém (EMDB) enquanto espaço de lazer em sua região, o projeto fica localizado na Aldeia Amazônica no bairro da Pedreira. Esta pesquisa tem por base o enfoque fenomenológico, com abordagem qualitativa, do tipo documental, com o uso de livros e artigos para o embasamento teórico. Após a verificação de documentos fornecidos para este estudo, foi feita uma análise sobre os profissionais atuantes no projeto e uma discussão sobre os métodos e metodologias propostas para seus respectivos alunos. A presente pesquisa refere-se, principalmente, a importância que a dança como caráter educativo e social, tem para crianças, jovens, adultos e idosos que fazem parte dessa prática corporal. Procuramos identificar de que modo a EMDB pode intervir no meio social e pessoal desses indivíduos, com o objetivo de relatar que a prática da dança pode influenciar, de forma positiva, na vida de seus praticantes e destacar o projeto como uma importante instituição de apoio para seus alunos, apontando sua significância, para que assim se possa dar continuidade ao projeto em questão. Portanto, esta pesquisa se mostrou positiva em relação aos objetivos propostos apontando a dança como uma importante prática corporal. Palavras chaves: Dança. Educação. Projetos sociais.

INTRODUÇÃO

O homem primitivo antes de desenvolver o princípio básico de evolução e comunicação se utilizou de movimentos e gestos corporais para expressar o que sentia, o que via, e aquilo que não conseguia explicar, buscando uma identidade cultural própria por meio do corpo (SANTOS, 2018).

Observamos que a dança ao decorrer dos anos evoluiu e se expandiu de tal forma que nos dias atuais existem diferentes formas de vivencia-la, seja através da nossa cultura ou de outros povos, a dança sempre vai estar inserida em nosso

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cotidiano. Sendo conhecida como uma das formas de comunicação mais antiga usada pelo homem. Labam (1990, p. 81) afirma:

[...] a dança é uma expressão representativa de diversos aspectos da vida do homem. Pode ser considerada como linguagem social que permite a transmissão de sentimentos, emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra, entre outros aspectos.

A escolha deste estudo se deu através da minha experiência pessoal como bailarina por alguns anos, com o objetivo de buscar entender de que forma essa prática pode beneficiar crianças e jovens, da mesma forma que me beneficiou. Sendo assim, escolhi a EMDB como fonte de estudo, por ser um projeto que vem á mais de vinte e seis anos promovendo suas atividades e se firmando como um projeto eficiente e qualificado usando a dança como sua ferramenta pedagógica.

Sabemos que projetos como o da EMDB possuem um público grande e assíduo, por ser desenvolvido em áreas marginalizadas, desse modo o incentivo a prática da arte, do esporte e lazer principalmente em lugares carentes de politicas públicas nessa área, é de fundamental importância, dando à comunidade acesso a atividades de desenvolvimento social, que em muitos casos, não seria possível usufruir. Para Correia e Assis (2006, p.1):

Em tempos de tantas ONGs e projetos socioculturais ligados às chamadas “minorias sociais”, vemos que os programas voltados para crianças e jovens têm privilegiado a adoção das práticas pedagógicas mediadas pela corporeidade. Entre estas, a dança tem sido uma das atividades constantemente incluídas em programas educacionais direcionados para as chamadas comunidades carentes. Para melhor compreender as possibilidades que a dança promove, primeiramente precisamos analisar seus benefícios. Podemos entender que a dança vai além do movimento, envolve também o respeito, a disciplina e a boa ação, enquanto atividade física pode contribuir positivamente na melhoria da qualidade de vida humana. A dança é um meio que pode ser desenvolvida de forma recreativa, ritual ou artística, através dela expressamos nossos sentimentos, como medo, anseios e raiva, usando ela como veículo de comunicação, onde a mesma pode encantar e emocionar as pessoas (DIAS; SANTOS; MACEDO; 2011).

Muitas pessoas procuram a dança como uma alternativa de lazer e até mesmo para sair do sedentarismo por ser uma atividade física que leva a uma melhora da elasticidade muscular, aumenta e melhora a circulação sanguínea e os movimentos articulares, além de diminuir o risco de doenças cardiovasculares,

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problemas do aparelho locomotor e o sedentarismo, reduzindo assim o índice de depressão e ansiedade (MARBÁ; SILVA; GUIMARÃES, 2016).

Em sua pesquisa Szuster (2011) destaca a dança como uma alternativa de atividade física, dizendo que ela influencia diretamente três domínios da natureza humana: o fisiológico, o afetivo e o cognitivo, funcionando também como agente motivador para manter ou recuperar a vida, a alegria pessoal e coletiva, por seu aspecto lúdico e sua versatilidade. Dado seus benefícios e contribuições para o corpo e a mente, observamos que através da dança pode se adquirir valores sociais fundamentais para o convívio em sociedade.

Atualmente a dança faz parte de um grande âmbito das mais diversas camadas sociais, mas de acordo com Correia e Assis (2003) “a dança, construiu-se historicamente como uma atividade das classes com maior poder aquisitivo”, sabemos que inicialmente apenas pessoas com maiores recursos conseguiam praticar a dança como forma de lazer, ou seja, uma prática até então afastada das periferias, mas que hoje em dia através de projetos e ações ela está cada dia mais presenta na vida de todos.

Compreendemos que qualquer atividade física exercida em algum projeto tem um valor inimaginável para as pessoas que são beneficiadas por sua prática, deste modo por meio deste estudo buscaremos trazer a importância que um projeto como o da Escola Municipal de Dança de Belém tem para a comunidade, buscando entender à realidade dos seus participantes, analisando de que forma ele pode contribuir para o crescimento pessoal e profissional desses jovens, trazendo desta forma a relevância em dar continuidade as suas atividade.

Sabemos que muitas crianças e jovem, a maioria oriunda de escolas públicas, não possuem recursos financeiros para se matricularem em instituições de lazer particular, por isso a importância dessas iniciativas nas comunidades carentes. A dança possui grandes valores por sua contribuição social, observamos que seu papel em atividades e projetos que tentam resgatar jovens em risco social, onde o desenvolvimento dessa prática, aliada a um direcionamento educativo, pode trazer a abertura de novos horizontes para esses jovens (SANTOS, 2018).

Desta forma, o conhecimento exposto e tratado neste estudo contribuirá significativamente para a ação da dança em projetos sociais, direcionado aos alunos em situação de marginalização, contribuindo também para os profissionais que atuam ou que pretendem atuar na área.

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Para o embasamento teórico desta pesquisa inicialmente mostraremos a trajetória da EMDB desde a sua fundação até os dias atuais, apresentaremos alguns aspectos teóricos como as politicas públicas e o ensino da dança. Na sequência os aspectos metodológicos utilizados para esta pesquisa, a analise e as discussões serão mostrados posteriormente, por fim concluiremos nosso trabalho a partir das observações e as analises expostas.

1 ESCOLA MUNICIPAL DE DANÇA DE BELÉM: HISTÓRICO SOBRE SUA TRAJETÓRIA

Fazendo um histórico sobre o projeto, feito através de relatos e documentos fornecidos para esta pesquisa pela professora de educação física e dança Ellen Cavalcante, sabemos que o projeto EMDB, se deu inicio no ano de 1991, como “Projeto Dança”, vinculado ao Projeto Polos Esportivos do Departamento de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação de Belém (SEMEC), funcionando inicialmente na Escola Municipal Inês Maroja e Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCPAP), tendo como professora Maria Ana Azevedo como incentivadora inicial para o crescimento do projeto.

Em agosto de 1998, o Projeto Dança foi transferido para a equipe técnica de arte educação da coordenadoria de esporte, arte, lazer (CEAL). Em 2005, ainda vinculado a CEAL, passa a ser denominada Escola Municipal de Dança de Belém. Com a criação da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (SEJEL) em 2008, a EMDB passa a ser vinculada e gerida pela mesma.

O projeto possui um leque de artistas docentes altamente capacitados, são profissionais formados em licenciatura plena em educação física e em dança, com ampla experiência no mundo das artes, possibilitando o desenvolvimento de uma vasta grade curricular que se dá com a iniciação ao ballet clássico, dança moderna, contemporânea, história da dança, educação musical, dramatização, maquiagem, preparação e prática cênica e anatomia.

A escola vem a mais de duas décadas desenvolvendo suas atividades, oferecendo aulas gratuitas para crianças, jovens, adultos, idosos e portadores de deficiência, viabilizando o acesso dessas pessoas como forma de democratização, dando oportunidade para a prática da dança, visando sempre trabalhar a inclusão

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social. A dança e o lazer vêm para demonstrar que ambos têm a possibilidade de criar atalhos para a alegria, o prazer, a satisfação que procuramos para tornar a vida mais leve e desenvolver indivíduos construtores ativos de suas culturas (MARCELLINO, 2001).

Atualmente a escola funciona na Aldeia Amazônica no bairro da Pedreira, localizada na Pedro Miranda. As aulas são ministradas nos turnos da manhã, tarde e noite. O projeto trás indivíduos de diferentes faixas etárias para que tenham a oportunidade de aprender, estudar, experimentar e introduzir-se ao meio do movimento artístico, a faixa etária mínima para participar do projeto é a partir de sete anos de idade.

As aulas da escola são ministradas em dois dias na semana de uma a uma hora e meia cada, exceto a companhia que têm aulas quatro vezes na semana com duração de duas horas aula. Dentre os objetivos proposto para as aulas a escola se propõe a formar artistas-cidadãos, semeando e difundindo a arte-educação, tendo como meta propiciar o acesso a dança enquanto fazer artístico e educacional, a fim de minimizar a ociosidade, o sedentarismo e as situações de risco.

A partir da criação do projeto, se desenvolveu a Companhia Municipal de Dança de Belém, criada no ano de 2006, tendo como fundadora a secretária municipal de educação Therezinha Gueiros e como incentivadora a diretora do CEAL, professora Drª Elizabeth Gomes, com a criação de Esporte, Juventude e Lazer (SEJEL) em 2008, a EMDB passa a ser vinculada e gerida pela mesma.

A companhia é composta exclusivamente por jovens descobertos pelo projeto, são pessoas que iniciaram suas atividades lá e tiveram a oportunidade de amadurecer e evoluir seu talento no mundo da dança, a companhia fez e faz parte de grandes espetáculos da cidade de Belém, em outros municípios e até mesmo em outros estados. No ano de 2017 a companhia fez parte do FENDAFOR, um festival de dança em Fortaleza - CE, onde trouxeram algumas medalhas de reconhecimento para casa, fruto de um trabalho árduo, mas feito com muito prazer por seus bailarinos.

Um dos objetivos desse estudo é mostrar que a EMDB funciona como terapia, ocupação e lazer, mas também desempenha um papel fundamental na vida de todos esses jovens auxiliando no desenvolvimento social, físico e psicológico. A dança e o lazer vêm para demonstrar que ambos têm a possibilidade de criar

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atalhos para a alegria, o prazer, a satisfação que procuramos para tornar a vida mais leve e desenvolver indivíduos construtores ativos de suas culturas (SARTO, 2007).

Todos os anos para o encerramento de suas atividades a EMDB promove um espetáculo elaborado pelos alunos e professores, onde é apresentado todo o esforço, dedicação e aprendizado no decorrer de todo o ano. Nesse momento compreende-se a analise do desenvolvimento do ser humano, fomentando os pressupostos teórico-metodológicos utilizados pelos professores durante esse processo.

Muitas pessoas que iniciaram sua passagem pelo projeto ainda crianças, hoje já são jovens adultos ingressados no mercado de trabalho ou que ainda estão passando por uma graduação de sua escolha, alguns deles escolhem a dança para se especializarem e seguirem no mercado de trabalho. Mediante a este fato enfatizamos a importância da criação de politicas e projetos para a comunidade.

2 POLITICAS PÚBLICAS DE LAZER E SUA IMPORTÂNCIA

Podemos entender por “Politicas Públicas” como diretrizes e princípios norteadores de ação do poder público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e sociedade, mediações entre atores da sociedade e do Estado. São, nesse caso, políticas explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documentos (leis, programas, linhas de financiamentos) que orientam ações que normalmente envolvem aplicações de recursos públicos (TEIXEIRA, 2002).

Incentivar e realizar politicas públicas são de extrema importância para a sociedade em um todo, para Isayama, et al (2008) iniciar projetos que viabilizam o esporte está dentre os objetos das politicas públicas de lazer, logo trazer projetos que incentivem práticas corporais como o esporte, a dança e a arte principalmente em lugares que têm carência nessa área pode ser de fundamental importância para o crescimento e evolução da comunidade, sendo esse um dos objetivos principais que vamos destacar nesse estudo.

Parte da literatura trata o esporte sob a ótica da prática esportiva como atividade de integração social, lúdica, de lazer e como atividade educacional. Desta forma, o esporte é abortado pela área da sociologia sob a questão da inclusão e exclusão social, e como fator de expansão da cidadania (BUENO, 2008).

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Trazer politicas públicas para a população se tornou umas das obrigações que devem ser exercidas pelas autoridades. Segundo Isayama e Linhares (2008, p. 180):

Políticas públicas de lazer são iniciativas relativamente recentes e que começam a ganhar importância a partir da Constituição de 1988, no seu artigo 6°, define o lazer como um dos direitos sociais e no §3° do artigo 217, destinado ao "desporto", define que, "O poder público incentivará o lazer, como forma de promoção social".

Por muitos anos as praticas corporais como o esporte, a dança e a arte se consolidaram apenas para as classes mais dominantes, por possuírem maior poder aquisitivo para estudar, praticar e se aperfeiçoar em espaços apropriados e particulares, enquanto que na periferia existia uma carência enorme de estímulos para a prática de qualquer atividade recreativa e de lazer. As politicas públicas de lazer vieram para tentar mudar essa realidade, trazendo projetos como o da EMDB para incentivar crianças e jovens a participarem de suas atividades. As vivências culturais de lazer se apresentam como educativas por representarem possibilidades de encontros com a produção cultural da humanidade (MELO, 2005).

Zigone (1998) e Marcellino (2001) ambos analisam em seus respectivos estudos que só nas últimas décadas as práticas corporais ganharam maior importância como objetos de reivindicações populares. Observando que a prática esportiva vem ampliando sua legitimidade como uma prática social capaz de penetrar diferentes estruturas e segmentos que compõem as sociedades contemporâneas, ficando evidente a magnitude que um projeto pode ter para a comunidade.

Sabemos que o governo tem obrigação e recursos para o aprimoramento de atividades voltadas para a população, mas parece enfrentar muitas limitações, nos levando a seguinte pergunta, será que é de interesse do governo incentivar tais práticas? Para que isso ocorra a população precisa estar consciente, saber o que é seu por direito, politicas são criadas para trazer melhoria para a sociedade, mas muitas vezes a mesma se encontra em total desconhecimento.

Zigone (1998) comenta sobre a relação dos serviços públicos e a disponibilidade do público alvo. As programações e horários, muitas vezes, são definidos em função da disponibilidade do profissional sem considerar o público alvo. São medidas que precisam ser tomadas por parte da organização do projeto, é

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necessária uma investigação na área em que ele irá ser realizado, visando sempre às necessidades da população local.

Por muitas vezes se tornou comum ouvir de algumas pessoas, principalmente se tratando de pessoas mais velhas a vontade que tinham em fazer parte de alguma prática de lazer, como a dança, por exemplo, mas que infelizmente não tiveram a oportunidade e condições de praticarem, acabando por então depositando seus sonhos em seus filhos, que graças a projetos como o da EMDB tem acesso à arte e ao lazer, tendo a oportunidade de fazer parte de uma atividade física de sua escolha, que nesse caso é a dança.

Após um período da prática das atividades o cotidiano dos projetos sobre esporte e lazer acaba revelando grupos de participantes que se identificam com as atividades que se desenvolvem e, assim, se tornam assíduos ao projeto que promove as práticas, ressaltando que o trabalho que as ações sociais devem desenvolver não é apenas corporal, deve-se trazer a inclusão de todos os participantes, trabalhando inclusive a parte psicológica. (YSAYAMA et al, 2011).

Os projetos devem estar localizados em regiões marginalizadas e que possuam carência de instituições que promovam iniciativas educacionais sobre o esporte, a arte e o lazer. A realidade de alguns moradores dessas regiões é que uma grande parte acaba se declinando para o mundo das drogas e até mesmo do crime, por isso a necessidade de iniciativas de políticas públicas em determinadas localidades. As políticas públicas visam responder a demandas, principalmente dos setores marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. (TEIXEIRA, 2002).

O ensino de qualquer modalidade seja esportivo ou voltado para o mundo da arte, como a dança, por exemplo, são atividades que possuem um forte caráter de desenvolvimento social e para aqueles que buscam se profissionalizar nessa área é necessário se aprofundar em seus princípios e valores a serem ensinados, além também de possuir altos benefícios físicos e psicológicos.

3 O ENSINO DA DANÇA

Para entender um pouco sobre esta pratica corporal é necessário se fazer uma breve análise sobre sua história. Podemos dizer que a dança é uma das

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práticas corporais mais antigas da sociedade. A dança na vida do homem primitivo tinha muito significado, por que fazia parte de todos os acontecimentos de sua vida, seja do nascimento, casamento, mortes, caça, guerras, acasalamento, doenças, cerimônias, colheitas, etc. Era por meio da expressividade que o homem primitivo demostrava sua relação consigo mesmo, com o outro e com a natureza (SANTOS, 2018).

Mas a prática da dança através dos tempos foi evoluindo e se inserindo na sociedade através de forma amadora, semiprofissional ou profissional, estando ela dentro do curso de Educação Física (licenciatura) como disciplina em Fundamentos e Métodos da Dança. Hoje a dança é trabalhada nas escolas, espaços privados e também em espaços públicos. Como uma prática corporal ela também transita na área da educação física, inserida em propostas de intervenção governamentais ou privadas, em meio ao ensino de várias modalidades esportivas (CORREIA; ASSIS, 2003).

Dentro da dança existe uma infinidade de modalidades relevantes que trazem muitos benefícios como o balé clássico, a dança moderna, contemporânea, o jazz dance, dança de salão e outras, dentre essas modalidades podemos destacar importantes nomes que seriam percussores da dança como, Rudolf Labam (1979), Isadora Duncan (1877), Martha Graham (1894) e muitos outros, são pessoas que viram na dança uma forma diferente de se expressar e assim promover grandes avanços na arte para que nos dias atuais possamos ter a oportunidade de vivenciar suas técnicas criadas.

Marques (2012) trás uma importante informação sobre o ensino da dança: [...] sendo um processo educacional, não se resume simplesmente em aquisição de habilidades, mas poderá contribuir para o aprimoramento das habilidades básicas, dos padrões fundamentais do movimento, no desenvolvimento das potencialidades humanas e em sua relação com o mundo.

Compreendemos que a dança em seus inúmeros aspectos pode ser sócio afetiva, educativa, criativa e recreativa, além de seus benefícios na formação cognitiva do indivíduo. Verificamos que ela nos possibilita uma variedade de atividades que permiti a máxima integração com os processos de ensino-aprendizagem, a fim de atender os objetivos gerais propostos, criando oportunidades para a criança expressar-se, mover-se, de modo criativo, espontânea e conviver com ela mesma e com os que a cerca. (MARQUES, 2012).

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Constatamos a dança como uma atividade física, mas devemos entender principalmente que a prática dessa modalidade não favorece apenas na parte estética do indivíduo, mas proporciona também aos praticantes o benefício do sentir-se bem. Por isso a importância de trazer esta prática para dentro das escolas e viabilizar mais ainda em projetos sociais, Szuster (2011) assegura que a dança é um tipo de atividade física que permite ao indivíduo melhorar sua função física, sua saúde e seu bem-estar.

Em alguns casos a dança é inserida desde muito cedo na vida das crianças, devido minhas vivências no âmbito da dança pude observar que a idade mínima para se participar desta modalidade varia entre cinco e sete anos de idade, que é quando a criança obtém uma maior percepção do seu corpo, podemos destacar a influencia que essa prática tem se introduzida logo cedo nos indivíduos, mas quando ensinada para crianças, deve ser sempre iniciada de forma lúdica.

Em seu livro Labam (1990) diz que uma dança grupal proporciona a criança à experiência de ver como as pessoas se adaptam entre si e com o mundo. Mediante a dança grupal, podem se promover relações humanas de tipo valioso. De tal forma podemos identificar a dança como um aspecto de grande importância para a interação humana, sendo possível iniciar o processo de socialização da criança através dela.

Ossana (1988) em seu em seu livro intitulado “A educação pela dança” fala que:

A dança viria, pois, trazer uma compensação física no sentido de movimento de todo o coro, fornecendo a possibilidade de descarga de tensões; do ponto de vista social unir um grupo de indivíduos que num momento se dedicam de forma total a essa atividade redescobre a beleza do movimento e dá livre expansão ao vôo lírico, permitindo uma atividade talvez fisicamente esgotadora, mas animicamente refrescante, que não persegue finalidades utilitárias o material, nem competitiva na relação dos seres.

Trazendo o assunto para a relação professor e aluno, é necessário que o profissional tenha a percepção de diferenciar cada aluno e seu modo de se expressar, criando métodos de ensino que englobem a todos. A dança internaliza uma variedade de sensações que possibilitam a agregação de uma linguagem corporal extremamente individual, possibilitando a cada indivíduo sua própria interpretação por meio dos movimentos (SANTOS, 2018).

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Labam (1990) diz que a dança, como todas as artes, é uma fonte de conhecimentos, onde devemos nos familiarizar com sua disciplina e aprender a executar com precisão seus ritmos e formas caso contrário, não obteremos nenhum benefício, deste modo entendemos que a formação de um profissional capacitado é o principal requisito para o ensino desta modalidade. A dança se ensinada de maneira correta pode proporcionar melhorias significativas na qualidade de vida, sendo utilizada como um método muito eficaz para o aumento da autoestima de seus praticantes (MARBÁ; SILVA; GUIMARÃES, 2016).

Portanto ficou entendido que através do ensino da dança podemos utilizar nosso corpo como forma de expressão de sentimentos, por ser uma técnica em que podemos utilizar o corpo para contar uma história, por exemplo. De acordo com Labam (1990) quando criamos e nos expressamos por meio da dança, quando executamos e interpretamos seus ritmos e formas, preocupamo-nos exclusivamente com o manejo de seu material, que é o próprio movimento.

4 METODOLOGIA

Esta pesquisa configurou-se como documental, segundo Gil (2002) O desenvolvimento desse tipo de pesquisa segue os mesmos passos da pesquisa bibliográfica. Apenas cabe considerar que, enquanto na pesquisa bibliográfica as fontes são constituídas sobre tudo por material impresso localizado nas bibliotecas, na pesquisa documental, as fontes são muito mais diversificadas e dispersas.

Quanto ao enfoque da pesquisa se caracteriza como fenomenológico, esse tipo de pesquisa parte do cotidiano, da compreensão do modo de viver das pessoas, e não de definições e conceitos (GIL, 2002).

Tendo uma abordagem qualitativa, que ao contrário do que ocorre nas pesquisas experimentais e levantamentos em que os procedimentos analíticos podem ser definidos previamente, não há fórmulas ou receitas predefinidas para orientar os pesquisadores. (GIL, 2002)

Quanto á coleta de dados, ela se deu através de documentos fornecidos para esta pesquisa pela professora Ellen Cavalcante, atualmente ainda professora da instituição. O documento em questão a ser analisado foi o projeto da escola, onde nele constavam os profissionais atuantes e que atuaram na escola e suas formações

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acadêmicas, constando também o histórico da escola, desde a sua fundação até os dias atuais, apresentando também a justificativa juntamente com os objetivos geral e específicos, também identificamos sua metodologia e os pressupostos teóricos, identificamos também os programas que são desenvolvidos dentro da escola, seus recursos materiais e um breve histórico sobre a Companhia Municipal de Dança de Belém.

Para o embasamento teórico foram usados livros e artigos que fomentasse a pesquisa, fazendo uso do Google acadêmico como fonte de pesquisa, apenas artigos em português, utilizando palavras chaves como: dança, politicas públicas e projetos sociais.

Para a apresentação dá análise se fez o uso de quadro para melhor percepção dos dados apresentados e posteriormente uma discussão sobre os profissionais capacitados para o ensino da dança, os tipos de danças trabalhadas no projeto e apresentando também uma análise sobre os métodos e metodologia aplicados pela EMDB.

Esta pesquisa, portanto, tem como objetivo geral analisar qual a relevância da dança para seus praticantes e discutir a contribuição social que a EMDM tem. Dotados dos seguintes objetivos específicos: a) apontar como a prática da dança influencia a vida de seus praticantes; b) analisar como o projeto EMDB pode beneficiar no desenvolvimento social e pessoal; c) importância em dar continuidade ao projeto para a comunidade.

5 ANÁLISE E DISCUSÃO REFERENTE AO PROJETO ESCOLA MUNICIPAL DE DANÇA DE BELÉM

O ensino da dança pode acontecer em espaços, como clubes, academias, escolas e studios especializados em dança, algumas escolas particulares que possuem espaços extracurriculares específicos para a modalidade e em escolas públicas e privadas quando os professores de educação física a insere em suas aulas. Sabemos que tecnicamente os profissionais de educação física e da dança estão habilitados a ensinarem a modalidade, mas que literalmente alguns deles não possuem os conhecimentos ideais para seu ensino.

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Há muitas discussões a cerca sobre quem seriam os profissionais melhores capacitados para o ensino da dança, havendo inclusive estudos sobre o caso, desse modo identificamos os profissionais atuantes e que atuaram como professores no projeto Escola Municipal de Dança de Belém e analisamos suas formações acadêmicas e formação como atuantes na prática da dança. No quadro a seguir identificamos cada profissional e suas formações:

Quadro 01 – Formação dos profissionais da Escola Municipal de Dança de Belém PROFISSIONAIS FORMAÇÃO ACADÊMICA ATUAÇÃO NA DANÇA

Profissional 1

Licenciatura Plena em Educação Física (UEPA). Especialista em Corporeidade, Esporte e Educação (UFPA).

Bailarina por mais de 20 anos, foi por pouco tempo bailarina no grupo da UFPA e posteriormente do grupo da UEPA. Atuando na dança moderna, jazz dance e ballet clássico.

Profissional 2

Licenciatura Plena em Educação Física (UEPA). Especialista em Educação Motora e Esporte na Escola (UFPA)

Fez parte do grupo corográfico da UFPA e do Laboratório de dança moderna e contemporânea desenvolvido por Eni Corrêa (pioneira da dança no curso de educação física).

Profissional 3

Licenciatura Plena em Educação Física (UEPA).

Especialista em Psicomotricidade (Faculdade São Camilo-SP) _______________________ Profissional 4 Licenciatura Plena em Educação Física (ESEF-PA). Especialista em Pedagogia do Movimento Humano (UEPA) Aposentada

A pelo menos 40 anos atuante como bailarina, fez parte do grupo coreográfico do Colégio Moderno, desenvolvendo jazz dance, dança moderna e clássica.

Licenciatura Plena em Educação Física (ESEF-PA).

Iniciou na dança aos 6 anos de idade, foi bailarina por mais de 40 anos. Fez ballet clássico com

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Profissional 5

Especialista em Pedagogia do Movimento Humano (UEPA) Especialista em Pedagogia da Dança (Universidade de Marabá)

Augusto Rodrigues um dos percursores da dança no Pará por mais de 25 anos.

Profissional 6

Graduado em Dança e mestre em artes pela

UFPA.

Fez dança por mais de 25 anos e ministra aulas principalmente de dança moderna e contemporânea. Fonte: Documentos fornecidos para a pesquisa.

Podemos perceber que todos os profissionais possuem formação acadêmica, sendo que os profissionais de 1-5 possuem graduação em Licenciatura Plena em Educação Física e apenas o profissional 6 possui graduação em Dança.

Iniciamos então a discussão sobre quem seriam os profissionais mais capacitados para o ensino da dança, sabemos que ela está inserida no curso de graduação em Licenciatura Plena em Educação Física, onde tivemos a oportunidade de cursar a disciplina Fundamentos e Métodos da Dança, já que a dança é considerada como um conteúdo a ser trabalhado pela educação física escolar.

Mesmo obtendo os conhecimentos prévios sobre essa prática corporal na graduação em educação física, sabemos que devido a nossa formação apenas na universidade não temos a capacidade de ensinar essa modalidade em nível de formação profissional, nos permitindo ir apenas ao campo da área escolar já que seu intuito não é formar bailarinos, mas ainda assim alguns profissionais da área não se sentem capacitados para seu ensino.

Observamos também que a maioria dos profissionais da EMDB teve a oportunidade de atuar como bailarinos por muitos anos, obtendo conhecimentos a nível profissional com até mesmo percussores da dança em Belém, apenas o profissional 3 não atuou na área da dança como bailarino.

Sabemos que os profissionais de educação física estão habilitados á desenvolver a modalidade da dança devido a nossa formação no decorrer da graduação, mas os profissionais da dança por muitas vezes os consideram incapacitados devido ao não aprofundamento da modalidade durante ou após a graduação. Segundo Silva e Schwartz (2002):

Para um bom desenvolvimento da prática da dança é necessário a exploração dos diversos componentes, como a criatividade, a formulação de novos movimentos e a repetição de movimentos já aprendidos, entre outros. [...] Isto, exige um grande esforço do

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profissional, no sentido de estabelecer as prioridades do ensino e a relevância das temáticas a serem desenvolvidas.

O Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) no ano de 2002 lançou um parecer afirmando que a dança, como exercício físico, deve ser fiscalizada pelo sistema Confef/Cref. “Art. 1º - o profissional de educação física é especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações – ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas [...]” (CONFEF, 2002).

Após esse parecer a discussão se acirrou ainda mais, sabemos que a dança está inserida como modalidade de ensino para os profissionais de educação física, mas como qualquer outra atividade de ensino é necessária se fazer um estudo aprofundado por parte dos professores, sabemos que na graduação algumas pessoas se “especializam” em determinada área, como a musculação, o futebol ou a natação, por exemplo, e acabam deixando em segundo plano as infinidades de outras atividades.

Para o ensino da dança analisamos que seja o profissional de educação física ou de dança ele precisa estar sempre atualizado sobre os métodos e técnicas de seu ensino, é necessário se fazer estudos, aulas, cursos ou estágios na área para uma melhor absorção do conteúdo.

Seguindo a linha de pensamento sobre os métodos e técnicas da dança, identificamos os tipos que são trabalhados na EMDB. O ballet clássico, que segue a linha de método da Agripina Vagonova, que seria o método russo; a Dança Moderna que tem como percursores Martha Graham, Doris Humphruy, Jose Limon e Lester Horton; trabalhando também Estudos Contemporâneos de corpo com diversas linhas de pesquisa do movimento com os pressupostos teóricos de Rudolf Laban, Klauss Viana, Maria Fux, Ivaldo Bertazzo, Steve Paxton e Veroniquie Déroux; e também a musicalização que é um fator importante para a formação dos bailarinos.

Para chegar até os dias atuais, o balé passou por uma evolução de um simples entretenimento da corte, que servia como distração para os reis, para uma arte surpreendente apreciada por todos. A dança clássica foi aperfeiçoada nos grandes teatros da França, Itália, Escandinávia e Rússia, e expandiu-se para o mundo todo, já a dança moderna se iniciou com uma reação contra as regras do balé clássico, enfatizando a expressão de emoções fortes, de sentimentos e ideias pessoais, hoje em dia muitos bailarinos praticam ambos os estilos (MACK, 2013).

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As aulas trabalham a expressão corporal: alongamento/flexibilidade, técnicas específicas, improvisação, contato-improvisação e contribuição do movimento cotidiano dos alunos intérpretes criadores.

De acordo com os documentos da instituição, as atividades e metodologia que são desenvolvidas na EMDB são sistematizadas e elaboradas por sua própria equipe de artistas-docentes, as práticas eram orientadas pelos seguintes conceitos: vivências práticas-teóricas, liberdade de escolha, adequação a faixa etária, respeito a individualidade com respeito ás diferenças, solidariedade e incentivo ao imaginário e a espontaneidade.

Nos métodos e objetivos do projeto os alunos também deviam atuar como pesquisadores e criadores de movimentos compondo o repertório, despertando no aluno a possibilidade de se sentir agente construtor em seu próprio processo de transformação de forma participativa e crítica, percebendo o corpo como veículo de manifestação, expressão e comunicação.

A EMDB desenvolve ações educacionais, sociais e culturais como:

 Encontro com as famílias – Realização de palestras sobre nutrição, relacionamento interpessoal, higiene e cuidado bucal, saúde e qualidade de vida.

 Encontros pedagógicos.

 Comemoração do dia internacional da dança.

 Oficinas de maquiagem e penteados cênicos.

 Oficina de teatro.

 Exposição e desfile de figurinos, fotografia e cartazes.

 Projeto hora de dançar.

O projeto sempre buscou trabalhar com a perspectiva da inclusão social, sempre buscando quebrar barreiras sociais, que segregam e deixam de fora as minorias, as classes mais desprovidas de bens de direito. Dessa maneira foram desenvolvidos programas dentro da escola para alcançar ainda mais a inclusão das pessoas, como o “Programa para o idoso”, onde as atividades realizadas eram de caráter socializador, que estimulavam a comunicação corporal, a criatividade, além da melhoria significativa da autoestima, tendo também o “Programa de inclusão”, que tem como objetivo agregar e acolher pessoas portadoras de deficiência, se

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utilizando da arte e abrindo novas perspectivas para o ensino e aprendizagem da dança.

O projeto mostra que a arte da dança pode oferecer uma melhor qualidade de vida e integração para os que participam se tornando uma prática unificadora de classes e grupos, possibilitando um maior desenvolvimento do próprio indivíduo diante da sociedade.

CONCLUSÃO

Após a análise do projeto em questão, da pesquisa feita para o embasamento deste estudo, dos objetivos propostos e das questões norteadoras que cercavam esta pesquisa foi possível chegar a algumas considerações.

Que a dança possibilita uma infinidade de benefícios, ela consegue estar presente em todos os espaços sociais, seja em regiões marginalizadas e em até mesmo em áreas elitizadas, mas ela não diferencia as pessoas por sua classe social, por ela estar inserida na nossa sociedade há muitos anos, a partir de determinado momento ela se aperfeiçoou de modo que se estabeleceu como uma importante prática socializadora.

A arte da dança deveria estar ao acesso de todas as pessoas que desejam fazer parte desta prática, já que é comprovado seu auxilio no nosso desenvolvimento, contribuindo para os processos cognitivo e sócio afetivo. Muitas pessoas que buscaram a dança como uma forma de lazer encontraram nela novas possibilidades de formações profissionais, a EMDB proporciona o acesso da dança ao maior número de pessoas possível com o objetivo de minimizar a ociosidade, o sedentarismo e as situações de risco.

Em relação aos profissionais de educação física e dança, concluímos que ambos possuem capacidade de ensino da dança de acordo com sua formação, basta cada profissional desenvolver seu método de atuação, vale ressaltar que para cada ambiente de ensino é usada uma metodologia diferente, com objetivos diferentes, mas todos os modos se utilizam dos princípios e valores da dança.

Concluímos esta pesquisa considerando o projeto EMDB uma instituição de grande apoio para crianças, jovens, adultos e idosos que buscam uma ferramenta de inclusão, lazer ou formação. O projeto apresenta uma boa infraestrutura de

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espaço, com professores altamente capacitados e metodologias que buscam promover a inclusão social, as iniciativas públicas precisam dar mais atenção a projetos como este, já que é devido a eles que pessoas tem a oportunidade de sair de situações de risco, sendo capaz de ingressarem em uma universidade e posteriormente entrarem no mercado de trabalho.

MUNICIPAL DANCE SCHOOL OF BELÉM AND ITS CONTRIBUTION IN THE SOCIAL TRANSFORMATION OF PROJECT PARTICIPANTS.

Abstract

This study has the proposal of understanding the Belem's City School of Dance work as a recreation place in that region. The project is located in the Aldeia Amazônica, in the Pedreira neighborhood. This research is based on phenomenological focus, with qualitative approach, documentary type, with the use of books and articles to theoretical background. After verification of the documents offered to this study, it was made an analysis about the professionals that worked in the project and a discussion about the methods and methodologies proposed to their respective students. This present research refers to, mainly, the value of dance, as educational and social aspect, has for children, youth, adults and elders that are part of this corporal practice. In this paper we present the results of the study of dance in the social and personal environment of this population, with the purpose of reporting that dance can influence, in a positive way, in the life of those who practice and highlight the project as an important support institution to students, pointing out their significance, its continuity may be given. Therefore, this research has shown out positive in relation to the proposed goals pointing out dance as an important corporal practice.

Keywords: Dance. Education. Social Projects.

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