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Embalagens metálicas: Folhas metálicas e de alumínio

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Academic year: 2021

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Embalagens metálicas:

Folhas metálicas e de alumínio

Prof. Germán Ayala Valencia Acondicionamento e Embalagem para Alimentos Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2018

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Por que utilizar embalagens metálicas?

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Conteúdo

• História e avanços das embalagens metálicas.

• Tipos de folhas para elaborar embalagens metálicas (folha de flandres, cromadas, não revestida e de alumínio).

• Vernizes.

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História

• Desenvolvidas no começo do século XIX.

• Napoleão (1811). Produção de embalagens metálicas para alimentos (confeccionadas com ferro e estanho).

• Em 1865 apareceram os primeiros recipientes metálicos para conter alimentos (com diferentes capacidades).

• Em 1920 se intensificou a produção de embalagens metálicas para alimentos (vernizes).

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Anos 1920-1950 vs. Atualidade...

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Anos 1920-1950 vs. Atualidade...

Do ponto de vista tecnológico, as principais inovações que ocorreram foram:

• Evolução dos tipos e formatos das latas.

• Desenvolvimento de sistemas para abertura fácil (rígida, semirrígida, flexível).

• Redução da espessura da folha metálica, sem diminuir sua resistência mecânica da lata (material leve).

• Substituição da solda convencional por agrafagem e eletrossoldagem (toxicidade).

• Melhoria na qualidade de impressão e desenvolvimento de latas embutidas a partir de materiais ferrosos e de alumínio.

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Tipo de folhas/aço ou material base

• A folha de aço é o produto fundamental para a fabricação de folhas metálicas (com exceção das folhas de alumínio).

• O aço é essencialmente uma liga de ferro-carbono com pequenas impurezas dos elementos adicionais como Si, Mn, P, S, etc, que fazem variar o tipo de aço.

• Propriedades do aço: resistência ao desgaste, ao impacto, à corrosão. • Processo de produção: redução, refina, laminação e galvanização.

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A composição química do aço empregado pode influenciar no comportamento da lata sob o ponto de vista de:

• Resistência à corrosão • Flexibilidade

• Potencial de estampagem

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Composição química do aço:

• Carbono: mais maleável, menos carbono.

• Silício (Si): 0,01-0,02%. Muito Si altera as propriedades de estampagem.

• Cobre (Cu): ≤ 0,1% acelera corrosão. • Enxofre (S): acelerador de corrosão.

• Manganês (Mn): 0,30-0,50%. Reage com o enxofre. Muito Mn altera as propriedades térmicas.

• Fósforo (P): ≤ 0,015%, aumenta rigidez e diminui a resistência a corrosão.

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Tipos de folhas de aço

• Tipo D: latas destinadas para processos de embutimento (estiramento).

• Tipo L: baixo teor em metaloides e elementos residuais; usado para produtos de elevada corrosividade.

• Tipo MC: aço fosforizado para aumentar a resistência. Destina-se a produtos pouco agressivos.

• Tipo MR: baixo teor em metaloides, menos restritivo em elementos residuais. Mais utilizado para a fabricação da FF (folhas de flandres) convencional e recomendado para aqueles produtos de média corrosividade.

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Efeito da tempera nas folhas de aço

Diferentes temperas (T) ou recozimentos do aço.

Temperatura de processo: 1400 – 1500 °C.

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Tipos de folhas metálicas

A embalagem metálica pode ser constituída por uma folha de ferro ou não, sendo classificada como:

• Folha de flandres (FF). • Folha cromada (FC).

• Folha não revestida (FNR). • Folha de alumínio (FAL).

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Folha de flandres (FF)

A folha de flandres ou tinplate é o material ferroso mais usado na fabricação de latas de conserva. Trata-se de um material heterogêneo de estrutura estratificada, constituída por uma chapa de aço (liga de ferro com baixo teor de carbono), revestida por estanho em ambas as

faces (2,8-11,2 g/m ) e com espessura entre 0,15 e 0,40 mm.2

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Folha de flandres

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FILME DE ÓLEO 0,0005 m 0,02 m 0,08 m 0,07 m 200 m FILME DE PASSIVAÇÃO ESTANHO LIVRE

CAMADA DE LIGA FeSn2

AÇO BASE

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Folha de flandres

Verniz?

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Folha de flandres/camada de liga Fe/Sn

A camada de liga, embora delgada, é de fundamental importância, pois, quando mais continua, melhor será a resistência da folha de flandres à corrosão ácida.

Imersão em banho com

estanho fundido (232°C) Eletrodeposição da camada de liga

2

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Estanho livre:

• Maior resistência à corrosão.

• Incorporação por eletrodeposição. • Fusão do revestimento (soldagem).

A camada de estanho é expressa em g/m (gramatura) para cada face da folha (?).

Folha de flandres/estanho livre

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Folha de flandres/estanho livre

Importante:

• Camada delgada de estanho.

• Quanto mais contínua melhor será a resistência da folha de flandres à corrosão em meios ácidos.

• Recobrimentos de estanho diferem-se entre si de acordo com a agressividade dos diferentes produtos alimentícios.

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Folha de flandres/estanho livre

Revestimentos de estanho:

• Igual nas duas faces, designação comercial: letra “E”, de “equal”,

seguida da massa em g/m2.

• Diferente nas duas faces. Recebe a marcação com a letra “D”, de

“different”, seguida da massa em g/m2. Qual fase entrará em contato

com o alimento?.

• Recobrimento em apenas uma face. Designação comercial: letra “D”

seguida da massa em g/m2.

• As folhas de flandres com diferente revestimento recebem marcação contínua ao longo da face onde há uma maior deposição de estanho.

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Folha de flandres/estanho livre

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Folha de flandres/filme de passivação

A superfície estanhada pode ainda receber um tratamento eletroquímico de passivação que consiste na deposição de uma fina camada de cromo metálico e óxido de cromo.

A função é proteger o aço de descontinuidades da camada de estanho metálico. Existem três tratamento de passivação:

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Folha de flandres/filme de passivação

Tratamento 314 - filme de cromo e óxidos de cromo complexos,

espessura mínima de 7,5 mg/m2. Folha recomendada para

enlatamento de produtos ricos em compostos sulfurosos.

Sulfuração: as proteínas presentes nos alimentos e que têm enxofre (S)

na sua composição podem se descompor durante o processo de esterilização, produzindo compostos sulfurados, que reagem facilmente com os metais das embalagens, originando compostos escuros.

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Folha de flandres/filme de passivação

Alimentos com alto teor de enxofre na sua composição: • Carnes vermelhas.

• Peixes. • Ervilha. • Milho.

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Folha de flandres/filme de óleo

As folhas de flandres são recobertas com uma fina camada de óleo, que visa facilitar a separação das embalagens entre si. O óleo utilizado deve ser apropriado para o uso em alimentos. Os mais comuns são:

• Sebacato de dioctila. • Acetil tributil citrato.

A camada de óleo permite minimizar os danos mecânicos causados pela abrasão e facilita a manipulação das folhas de flandres durante a fabricação da lata. A massa do filme de óleo a ser depositada oscila entre 5 e 15 mg/m2.

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Folha cromada (FC)

A folha cromada é um produto laminado, desenvolvido no Japão nos anos 60, e obtido pela deposição de cromo (camada de passivação) sobre a folha de aço com baixo teor de carbono.

Normalmente, o revestimento nominal de cromo e de óxido de cromo

oscilam entre 30 – 140 mg/m2 e 7 – 27 mg/m2 , respectivamente.

FILME DE ÓLEO ÓXIDO DE CROMO CROMO METÁLICO

AÇO BASE CAMADA DE PASSIVAÇÃO

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Folha de flandres vs. Folha cromada

Folha de flandres Folha cromada

Maior custo Menor custo

Menor aderência aos vernizes Maior aderência aos vernizes

Aplicações a T < 232 °C Aplicações a T > 232°C

Alta soldabilidade Sem soldabilidade

Maior resistência à corrosão Menor resistência à corrosão

Maior resistência mecânica Menor resistência mecânica

Precisa de pouco envernizante Precisa de muito envernizante

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Folha não revestida (FNR)

A folha não revestida é uma lamina de aço, sem qualquer tipo de revestimento, fornecido nas espessuras usuais da folha de flandres ou da folha cromada. Por não possuir qualquer tipo de revestimento superficial e de difícil conservação em condições normais de manuseio e utilização.

A folha não revestida é uma embalagem muito sensível à umidade relativa e temperatura ambiente (corrosão).

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Folha não revestida (FNR)

• Vantagem: baixo custo.

• Desvantagens: corrosão, precisa de depositar grandes quantidades de envernizante na superfície do aço.

A legislação brasileira permite o uso de folha não revestida

apenas para produtos

alimentícios desidratados (leite

em pó, farinhas) e óleos

comestíveis, cuja interação com o material de embalagem é praticamente nula.

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Folha de alumínio (FAL)

O alumínio é um material de alto custo de produção, não ferroso muito leve, fácil de transformar e com boa resistência à oxidação. É utilizado nas mais variadas formas, como embalagens rígidas (latas), embalagens semirrígidas (formas e bandejas), embalagens flexíveis (sacos e caixas) associados a plástico e/ou papel e folha de alumínio.

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Folha de alumínio (FAL)

O alumínio para contato alimentar não é utilizado na sua forma pura, mas na forma de liga, ou seja, com elementos como manganês (Mn), magnésio (Mg), ferro (Fe), silício (Si), cobre (Cu) e cromo (Cr), que melhoram suas características mecânicas e de resistência à corrosão. Na maior parte das aplicações, os recipientes de alumínio são protegidos através da aplicação de uma camada de passivação e de vernizes sanitários ou materiais plásticos (diminuir contato com o alimento).

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Folha de alumínio (FAL)/propriedades da liga

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Comparação das folhas

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Vernizes

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Vernizes

O uso dos vernizes permitiu a ampliação da utilização das folhas metálicas.

Função principal: evitar o contato do metal com o produto alimentício, diminuindo a possibilidade de corrosão.

Função secundária: melhora da estética ou aparência da lata.

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De forma geral, os vernizes são: • Macromoléculas orgânicas.

• Aplicados em forma de soluções ou dispersões no solvente orgânico. • Reação química entre componentes com formação de película sólida. • Aderência ao suporte metálico.

Características desejáveis:

• Compatibilidade com o alimento (migração). • Flexibilidade, dureza e aderência.

• Resistência a processos de esterilização. • Resistência à acidez e ausência de gosto. • Fator econômico.

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O bom desempenho do verniz aplicado está relacionado com: • Espessura da camada aplicada.

• Aderência sobre a folha. • Grau de cozimento.

• Porosidade da camada seca (filme).

A espessura da camada e o tipo de verniz devem ser especificados de acordo com o produto a ser acondicionado e com os processos mecânicos que o material envernizado estará sujeito na fabricação da lata.

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Tipos de vernizes

Oleoresinosos

• Mistura de resinas naturais e óleos secativos.

• Adição de solvente volátil melhora a viscosidade. Exemplo: verniz c (baixo custo)

• Pigmentado ou não com compostos de zinco.

• O zinco reage com íons sulfeto presentes em alguns alimentos, produzindo sulfeto de zinco incolor.

• Boa aparência da face interna da lata. • Aplicação para produtos sulfurados.

• Vernizes com zinco não devem ser utilizado para produtos ácidos.

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Fenólicos

• Usados como revestimento interno de embalagens para peixes, carnes e vegetais.

• Revestimento externo para proteção contra corrosão atmosférica. Vantagens:

• Boa resistência a ácidos.

• Boa resistência à sulfuração. • Boa resistência térmica.

Desvantagens:

• Baixa aderência.

• Pouca flexibilidade (uso em menores espessuras).

• Tendência a conferir sabor e odor estranhos aos alimentos.

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Epoxi-fenólicos

Muito utilizados em vegetais, carnes, e bebidas. Utilizado para revestimento externo e interno em embalagens (muito caro).

Vantagens

• Resistência a ácidos (resina fenólica).

• Boa aderência e flexibilidade (resina epoxi). • Excelente resistência mecânica.

• Boa viscosidade.

• Resistente ao processamento térmico.

• Não conferem sabor e odor estranhos aos produtos. • boa resistência à sulfuração.

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Vinílicas

• Soluções derivadas de acetato ou cloreto de vinila. • Produzidos em combinação ou não com resinas.

• Uso como verniz de acabamento para tampas e corpos de latas. • Uso em embalagens para refrigerantes, cervejas, produtos ácidos. Vantagens:

• Boa flexibilidade.

• Não possuem sabor.

• Resistentes a ácidos e bases.

Desvantagens:

• Baixa resistência à sulfuração. • Baixa resistência térmica.

• Fraca adesão sobre a folha de flandres. • Requer aplicação preliminar de verniz

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Acrílicos

Utilizado em latas para vegetais, sopas, pratos prontos. Vantagens:

• Boa resistência térmica. • Boa resistência a ácidos.

• Boa resistência à sulfuração. • Alta dureza.

• Boa flexibilidade.

Desvantagens: • Alto custo.

• Pode conferir sabor e odor estranhos para alguns produtos.

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Leitura do material 1 e 2.

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Conclusões

• Materiais metálicos constituem excelente barreira contra a passagem de luz, umidade e gases. Além disso, as embalagens metálicas oferecem hermeticidade e boas propriedades mecânicas.

• As folhas das embalagens podem ser metálicas (liga de ferro-carbono) ou não (alumínio). A presença de C, Cu, S, Mn, P e Si alteram as propriedades físico-químicas das folhas.

• As folhas metálicas podem ser classificadas como: FF, FC, FNR e FAL (não metálico).

• O verniz evita o contato direto entre o metal e o produto. Os mais importantes são os vernizes Oleoresinosos, fenólicos, epóxi-fenólicos, Vinílicos e acrílicos.

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Referências

• Neuza, J. Embalagem para alimentos. Cultura Acadêmica – UNESP, 2013.

• Barão, M.Z. Embalagens ara produtos alimentícios. TECPAR, 2011. • Ortiz et al. Interação de embalagens metálicas com produtos

Referências

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