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14 de Dezembro de NUMERO AVULSO -SO RS. TIRAGÍ5M K-í,0 0 ÉXEMP. Escriptorio ~ Bua do Ouvidor n. 70 TypògTaphia Rua Selo de Setembro n.

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Texto

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Rio de .Janeiro — Domingo 14 de Dezembro de 1884

N. 349

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ASS.GNATUBJI3 PAU» A COUTE

Sehestke.. 68000

Anno 1^000

PAGAM'£NTO ADIANTAÒO

39

NUMERO AVULSO -SO RS.

¦., .;.,

Escriptorio ~ Bua do Ouvidor n. 70

RlO BÉ JANEIRO

ASSIGNATURAS PARA AS PROVÍNCIAS

Sembstkh 8800a

£nno ÍOBOOO

PAGAMENTO ADIANTADO '

TIRAGÍ5M K-í,0©0 ÉXEMP.

TypògTaphia — Rua Selo de Setembro n. 73

rao DE JANEIRO

As assignaturas começam em qualquer dia e terminam sempre

em flns de março, junho, setembro ou dezembp

telegrammas

PARANAGUÁ', 13 de dezembro.

A Pa^laicese» Ia»_ton>5Rl pu «•.£.. aa

dai ciifaiie >iScCaafytliya,s«t» tf

!»©-ros ria anaaia1»», gi.la «ra.radn

¦de fora**» «Io Pas'a»Bíai.

ASailoo.o» aui cãalnalc, aüo

'Ca-slcnalo e daeg-oaa n B^a^auutgiaú

jí« i.5 lion-asi aün

tUía-ale,

ianalo

laoMjiNMiav-w. ata en.a alo

vis-cntaalo <I« üVitcaav

-fcejíajo aaeiaüitaã gmra

Amtoasü-li», íi !>oa>a!!<> tia» }>saagaauta_ «a.Ja>

lãa-aaialo », oval aao «liaifí i>ata>a

O Oeste»*»'© © aS«aioâw psia*:»

«Holai-víilk», ©mie «leve t*aseo!at»'au'-.'iO

coaai o &v. C«>na!« 4S'fi2aa.

¦{Gazeta de Notícias)

PARIZ, 12 de dezembro.

O caJ>o maümaiarStsa» «.jue liga

st EsoMsesssío tio H.ai.gal cataaa

a SJaia-atjia» Já cata hhcárío ao

trafego paiitilco.

'

Snaatoa, 13 do dezembro.

Sahe o paqueto.inglez Minho. «

(i4_7tí)icia Ilavas.)

CHRONICA |

-SEMANA

O Malta — as cloit-Oos — ns eleições— o Malta—: eis o circulo vicioso e viciado dentro do qual revolveram-se os auceossos da semana, n'esta capital sempre ávida de suecessos importantes,

» * *

Pouco adiantamos entretanto, com re-lação a qualquer d'estes dous objecto3, transportados dn semana anterior para a que hontem findou.

N'aquolla reduziram-se os aconteci-mentos a duas questões de solução diQi-Cilimn:

Onde o cadáver do Malta'f Onde a victoria eleitoral ?

E estas duas intorrogaçõos, cada qual presa a uma serro do incidentes curiosos, ficando sem uma solução satisfactoria, passaram, como o transporto de uma conta corrente, pnra a semana seguinte, na qual esperava-se qua fosso encerrada, a conta.

Ainda n'esta, pordm, como na outra semana, a attenção publica terminou por perguntar com interesse, depois de bem examinar os actos o bem contar os votos:

Onde a victoria eleitoral? Onde o cadáver do Malta?

AV, chronicas da semana, Índices fieis dos suecessos da capital, e rim quasi resumo de tudo quanto siiccedcü, é ab-solutamente defeso affirmar quo estas duas qucstOes obtiveram resposta deci-Biva.

O circulo vicioso cm que gyraíam. .ambas, no período mais que extenso do quinze dias, degenerou e transformou-se —om.circulo viciado.

Viciadas as eleições, como viciados os relatórios polioiáes. Autópsias foitas contra os preceitos medico-lcgacs; apu-rações edectuadas contra o regulamento eleitoral, Falsificações denotas e falsiíl-cações de actos; duplicatas « sinapismos; calotles craheanas o calotes eleitoraes; derrotas do candidaturas em primeiro escrutínio, e monstruosidades scientiíl-cas ao primeiro embate da eterna bisbi-llioteira—a imprensa.

E diante de tanto disparato de votos e de relatórios, da resultados ilnaes e informações olliciaes, o publico, intri-gado o perplexo, continua a inquirir Bolomno e curiosamente:

Onde o cadáver do Malta? Onde a victoria eleitoral r

Tio Malta encarregou-se a policia de dar-uos noticias, que, se não são frescas, não lia negar que sejam interessantes. Veiu á lume em primeiro logar um relatório do Sr. 1" delegado, relatório clieio de circumstancias e mais jf e\ rr do estylo.

K'esta peça, quo honra, sobremaneira, os anuaes policinos da capital do Impo-rio, concluiu, sabiamente, a auetoridade: !• Que Malta não linha oecupução lir-nesta;

2- Que Malta dava-se á embriaguez e promovia desordens ;

.'!• Que Malta era vagabundo; 4' Finalmente, que Malta praticara uni pequeno furto em casa de um seu conhecido.

Coniprehende-so que estas conclusões importantíssimas, a quo chegara a poli-cia. por informações do urbanos—pessoas para ella acima de toda a suspeita—não podiam deixar do impressionar profun-damonte esta população...

A policia ganhava por sua vez um pouco do muito torrono que havia per-dido : do nio.nento em que Malta, alem do ser Malta, era chefe de malta ; sobre ser vagabundo, era desordeiro; não con-tonte de ser ebrio, ora ladrão; — claro ê que Malta não devia pertencer mais á população d'cstn heróica o moralisada capiíal, nem á classe dos cidadãos vi-ven tes.

E, portanto, ao supremo arbitro de nds todos, a policia, sú restava fazer desap parecer por uma vez o indivíduo quo assim se apresentava tão crivado do vícios, como do sottas se reveste S. Se-bastião, o glorioso padroeiro do império. E a policia, baseada no depoimento dc alguns dignos o fidedignos Srs. ur-banos, deu a única explicação, e a mais completa, no publico inquiridor e curioso do seu procedimento, ao mesmo tempo intelligeuto o correcto.

Simplesmente, o publico não perguntara fi policia o t(iie tinha sido Malta em-quanto vivo; so ello era o typo da honestidade o da probidade, se elle era n encarnação do vicio e da corrupção.

Chegaria mesmo n concordar que, sendo Malta um vagabundo, um desordeiro, um ebrio e um ladrão, não havia outro re-médio a dar-lhe senão este: mandn!-o mastigar espinafres pela raiz, no uber-rimo terreno do Cajii.

O que o publico, pelo órgão da im-prensa, df-sejav.i entretanto sabor, era —unicamente—onde so achava Malta

de-pois de morto; o por que morrera o Malta, do tão celebre memória.

Paciente, doliciido, cordato o natural-monte bondoso, o publico ohegou a prestar crédito ás afirmações insus-peitas dos urbanos-tcstemanlias; o atá a justificar o meio heróico do que lançou-sc mão; para fazer desapparocer d'esto mundo, tão clieio de perfeições, aquelle ento tão carregado de pervorsidades. Mas—e 'sempro instigado por uma curió-sitiado própria dos filhos"de Eva—o pu-blico continuou a perguntar:

— O ebrio Malta, o vagabundo Malta, ¦o-dosorda.ro

Malta, d ladrão Malta; onde so acha ollo, reduzido á condição ¦inoffeiislva do cadáver 1 .

Médicos da policia dizem que ello Malta saecumbiu a uma congestão he-patica; médicos da policia concordara depois, quo ella morreu de pleuriz sup-purada; o cadáver autopslado apresenta signaes do que soffrau applicação de si-napismos, quando vivo; e este inci-dente, que eqüivale a um desvio no caminho do reconhecimento da iden-tidade, s<5 oito "dias depois 6 explicado por uma declaração (sempre do origem policial) do que um enfermeiro applicára siuapisnío ao Malta quando ontrou mo-ribundo ntt casa do Detenção... e isto quando o medico da mesma casa declarou pela imprensa, que |Malta não recebeu soecorros de espécie algnma 1

E n'os!e'maré magnum de informa-ções viciadas, em que se reconhece que um cadáver foi nomeado para exercer o papel tle Malta, mas que sé recusa te na/.mentoa acceitar a honrosa nomeação, o publico, sempre intrigado e cada vez mais curioso, pergunta:

« Vagabundo, desordeiro, « E ladrão—nada mais falta, a Mas agora que está morto, « — Onde o cadáver do Maltaí E o publico fecha a semana, com rela-ção a este assumpto, convencidíssimo de qno ficou do posso, além de uma calotto crancana—de nmcalote policial,

« .* #

Com relaçSo aos suecessos eleitoraes, também pouco adiantou o publico du-rante a semana,

Discute-se hoje o resultado eleitoral com o mesmo afan e interessse com que so disoutia o mesmo resultado no dia 2 do corrente—o sempre com o mesmo ra-Sultado, isto o*: sem mula se saber ao certo.

Os jornaes bem informados — é claro queimo nos referimos ao grande órgão, que só dá a publico as apurações sa-bidas tres dias antas— apresentam dia-riatneiito resultado que correspondem a outras tantas oscillações na balança quo devo demonstrar a victoria final. Ora temos 30 governistas o 31 oppòsi-cionistas; ora 39 oppOsicionistas e 31 governistas.

Aqui 40 conservadores e 30 Iiberaes; alli 50 Iiberaes e 20 conservadores.

O Diário do Brasil aflirnta aos seus leitores (?) que por emquanto só estão eleitos 18 abolicionistas o 48 anti-abo-licionistaa (atd n'aquella casa ó feio es-crever a palavra escravocrata).

O Brazil, apezar de todos os telogram-mas dos jornaes neutros consignarem a victoria dos candidatos abolicionistas do Ceará, continua a affirmar insistente-mente que o seu proprietário o redactor chefe ó um dos eleitos o por maioria de 32 votos—o quo afinal não passa do um simples caso pathologico, quo a medicina psychiatrica classifica do depuíadoniania. Esto dá por eleito o Sr. Nabuco pelo V districto do Pernambuco ; aquelle in-sere na sua estatística o Sr. Portella como eleito pelo mesmo 1' districto do Pernambuco j tal afirma, quo o Sr, Epa-minòndas & projectistn, liem como o Sr. ,'osé Pompeu, mn dos signatários do projecto ; qual jura aos Santos Evange-lhos que osses dous eleitos em 1" escru-tinio são anti-projectistas atoa modulla,

dos OS30S.

E n'osto charivari de opiniões, de re-soltados, de eleitos incontostados e de eleições contestáveis, o publico fica sem sabor em quo depositar fé, e exclama;

o Digam de pressa c O qual dos dous 6 $ a Miguel de Castro a Ou o Ganindo* ? a Pelo primeiro a De Pernambuco, « Vem o Portella « Ou vem Nabuco? * E' projeclista a José Pompeu ? c Ou sua firma « Desmereceu 1 « E' escravista o Affonso Pcnna?! a Pois 6 bom moço: a E' pena I o pena I oc Fugiu Ottoni? a Pinto venceu? a E o Rodrigues, a Esse morreu? a Quantos eleitos ir Dos projcçtistas? a Dos escravist is « Quantos oleitos? « Em decisiva ttO que oceorre: o Vence o governo? o Governo morre?

f-« *i

E a todas C3sas perguntas «sponde a

semana que passou—interrogando a

se-mana que ha do vir...

... e appellondo para o 3" escrutínio,

depois de reunida a câmara dos Srs.

deputados.

No mez de outubro ultimo rendeu a

estrada de ferro do Recife ao Limoeiro o

seguinte:

Receita 73:O0t,.Sl00, despoza 35:8718020

o saldo 88«1248480. Foram transportados

7,043 passageiros, 15,527 kilogrammos

de Inigagem e 6,834,624 kilogrammos do

mercadorias. Os trens foram om numero

de 501 c oi vehiculos de 5,802

percor-rendo 22,503 kiloniotros e 306 motros.

Storeotypada e impressa nius maohínaa rotativas de Marinoni, na typographia da «Gazeta de Notioiaa», do propriedade

de ARAÚJO & MENDES, rua Sete uo Sbternoro n. 73

colonos que mais se distinguirem pelo

comportamouto e trabalho; divisão das

rendas em partos iguaes, sondo uma

para o director da colônia e membros

d'esta, e outra para as dèspezas e

com-jírn de apólices o,m beneficio de todos ;

imi-oslções de penas de prisão e'multa

contra todos que alentarem coulni a

boa ordem dris colônias: julgamento do

todas as contas econtractosdus colônias,

pólos juizes do orphãos nos respectivos

municípios.'

Consta-nos quo está concluído o

conse-lho de investigação a que foi submoitido

o capitão de mar e guerra E.

"Wanden-ltollc, commandante do encouraçado

Ria-chitelo.

¦¦ ¦

Informam-nos que o Sr. Dr.João Pedro

do Miranda, presidente da Illma. câmara

municipal, tom prompto um projecto do

regulamento para um laboratório

muni-cipal, que fiinccioiiará^no de hygiene da

Facilidade de Medicina.

N'esto laboratório serão analjTsados os

gêneros de consumo, de producção

na-cional ou estrangeira.

E' um serviço importantíssimo,

pres-fado á população d'esta capital. .

Entraram, Iio.nfein, de semana no paço

daHoa Vista os Exma. Srs. semanários:

camnrista, conselheiro

Miranda Rego;

voador,' conselheiro Béáürepairé Roharí;

medico, conselheiro Dr. Albino de

Alva-renga.

As conhecidas canas de leilões

per-pemos, espalhadas por essas ruas da

cidade, dão constantemente que fazer &

nossa policia, liontem foi o leilão

per-petuo da rua de Gonçalves Dias.

Um incauto entrou alli e arrematou

uma duzia de lenços por 700 rói3.

Ao liquidar o negocio, os homens do

leilão

"perpetuo

queriam

impingir-lhe

nada menos do quo trinta dúzias dos

taes lenços. O freguez repontou ; mas

os honrados

commerciantei quizéram

olirigal-o

a fechar' ó

negocio. D'ahi

uma. desordem, ua qual tevo de

in-tervir a policia, que, começando por

multar ò leiloeiro por falta tia

réspò-ctiva licença, teve de o encerrir no

xa-drez com mais tres companheiros, em

vista da maneira desiib.rida por qm;

ten-taram rcslstU' ás intimações dn

anoto-ridado.

O ministério da marinha encarregou

o 1" tenente Antônio Alves da C.uii.ri,

commandahté da canhoneira Traripe, o

levantamento da planta da iBaliia de

Todos os Santos.

sissBasasrtfxveumxa—scsis: ^csisssíc^íSzssí^L-za ^_^3;r^__gataga33_8iirai

'asylo

agrícola

Devemos ao importante assumpto do ensino profissional e ao dedicado director do asylo agrícola, a cargo do Instituto Fluminense d.e Agricultura, a exposição fr.mça e leal do nosso modo de ver a res-peito do novo ostabelecimenio na antirja fazenda de Macacos.

A impressão geral do visitante, apro-ximando-se doa- edifícios do asylo, é pouco ínais óu menos a mesma que se sente, quando se entra n'nrna fazenda montada com o aspecto tristo e monn-tono das construcções tíà companhia de Jesus, o que parece ter sido copiado pelos primeiros povoadures tio Brazil e con-servado até nossos dias.

Falta o indio manso ou o escravo nfri-cano; mas o systema de consivucçõrs recorda ao visitante o logar do martyrio e da exploração das duas raças perse-fuidas ivino e do3 interesses da'raça inva-o violentadas om nome do diroilo

sora.-Preferiríamos ter encontrado alli a construeção ligeira o alegre das quintas modelos, a qual dispõe o espirito para os salutares e honestos prazeres dos campos.

O quo está, 6 a substituição do traba-lho livro pelo do escravo, mas não o esquecimento completo de uma época de trevos o de dor.

Dentro do edifício o progresso e a sciencia fazem sentir a sua salutar in-flúòncin ; menos nos dormitórios, princi-palmonte- uo que tem quatorze leitos, onde hu sahiil.i para os gazes ihVpró-p;'ios á respiração, mas nenhuma enlra-dá permanente pára o ar puro durante a noite, cm quo forçosamente as janel-Ias terão do se conservar fechadas.

Com pouco dispendio podor-so lia con-struir ventiladores ao rez do soalho.

Na rápida visita que fizemos, não nos foi possível estudar a gravíssima quês-tão da exposição., quês-tão importante em agricultura, e sobretudo om relação a dormitórios e estubulos ; más o facto dos primeiros estarem virados para dous lados oppostos do edifício, e os segundos não terem nenhum lado resguardado dos ventos frios o humidos, loVii-noa a concluir quo n'este ponto muito ainda se deve fazer a favor da hygiena dos alumnos, dá -hygiene veterinária e tia zootochnia, no ponto de engorde arti-ficial.

De todas as construcções rústicas, a mais perfeita ê a dosjgallinhelros ; mas, ainda assim, falta-lhes um edideio pnra incubação artificial, parques apropriados paraagallino-ciiltura, hydro-mãès, appa-rolhes o casa própria para o engorde artificial, etc.

Um estabolocimento d'esta ordem tem mnito a lucrar para o ensino o talvez como fonte do receita, com a criação, reproducção e engorde systematico dos animaes de capoeira.

Nos estabulos de gado suíno, cuja espe-eu lação é uma das mais ricas o mais descaradas no Brazil, ha muito a fazer. Os actuaes quatorze chiqueiros não po-dem servir para parturiontes, porque uãO estão abrigados dos vontos ruins, não podem scieutificamente servir para en-gordo, porque, alem do lhes faltar o abrigo do ar, tem luz solar em cxmsso para o quo se visa ; e, como guarda por-manonte de animaes em crescimento ou de adultos, autos do so lhes fornecei' a ração de engordo, só podem servir para os indivíduos em que so pretenda doseii-volver do preferencia u tecido adiposp ao muscular, e ainda assim o custo da ali-mentação será tal, quo não poderá ser considerado como base de industria.

A pastagem o os grandes chiqueiros' para abrigo dos animaes cm commum toruam-se indispensáveis n'esta industria; assim como os chiqueiros de parturiojttes o um parque para os leitões desr.ia-niados.

O asylo adoptou a mesma cozinha dos actuaes fazendeiros para o serviço do seus animaes; o fazendeiro serve-se d'uma tacha velha, o a. fogo direeto prepara os alimentos ; o asylo adquiriu um grando caldeirão de bócea enorme, perdendo nssim muito combustível e tempo, e pre-para mal os alimentos, especialmente ns tuburas. So tivesse um pequeno gerador de vapor o cozinhasse a vapor,produziria mais, melhor e mais barato.

Apezar dos estabulos para quatorze animaes de raça bovina, possuindo já o asylo onze indivíduos, nada existe paia as' indispensáveis artes agrícolas do fa-lírico tio queijo e manteiga.

Da raça cavallar existem apenas os estabulos, sem um único animal; o diz o impresso com a descripção do asylo, que os cavallos terão na mangedonra agna sempro a disposição, o quo não nos parece muito conveniente.

A água nas mangodouras não pôde, conservar a frescura e limpidez convo-nientes ; além de qne, os cavallos devem ter horas cortas paru beber, o quo é importante para as suas funcçõos phy-siologicas.

Um estabolocimento-escnla deveper-petuar os erros, os defeitos, quo a igno-ranciu, o desmazelo e a preguiça dos proprietários agrícolas tem adoptado?

Nn parte fabril predomina o fabrico ila farinha de mandioca, o que forçará o consumo d'este detestável prõducto pelos jovens lavradores.

O Estado tem obrigação dc prohibir tal consumo nos qu rteis e em todn a parte onde forneçam aliment ção, e pi'in-cipalmonte nos coilegios e ásylos.

N'um paiz onde o trigo è o milho produzem como no Hrazil, é um crime abastardar a raça humana com uni pro-dueto tão pobre de matéria nutritiva.

A farinha do. mandioca para os ho-mens, e o capim d'Angolá para o gado, deviam o hão de ser um dia condem nados completamente no serviço publico.

O programma dos estudos estará com-ploto, quando ao ser iço da gymnnsttca e natação sc juntar o du língua fraueoza e do equilaçao.

Criar cavallos e não saber montal-os, não se eomprehen.e; O lavrador não pdde deixar tio saber montar; além .'de que, nós tomos muito bons equilibristas a cavallo, mus são raros os que sabem equitação, ato* mesmo uo exercito.

A língua franceza é indispensável, visto que toda a bibliographia rural encontra-se .'aquelle idioma.

As faltas que notamos, não são õi-vidas ao seu illustrado director, mas á deficiência do verba ; ao governo com-pete preencher essas lacunas,

_w««_^__*__r__j____t?__r3>_srs_^^^

Os artigos enviados á redacçâo não serão restituidos ainda

que não sejam publicados

Veiu hontem ao nosso escriptorio um servente tio calceteiro das obras muni-cipaes queixar-se da que desde setembro a lilina. câmara municipal não paga o quo dovo a elle o aos seus compa-nheiros. ,

As conseqüências para o queixoso foram como cr t de prever: soffreu hon-tem tuna ponliora nos poucos e pobres objectos quo possuía, e outro elles uma machina do costura.

E isto porque a il.ustrissim.ft não lhe dá o quo lho devo, para quo o homem possa pagar a casa em que mora..,

cOrte. Paciente, Diogo Dias de Sá Veiga. Mandaram comparecer o- paciento na conferência do 17 do corrente, pelas 10 horas, prestando esclarecimentos o Dr. 2' delegado do policia.

Reclamação de antigüidade, n. 310.— Reclamante o juiz de direito Francisco Teixeira de Sá.— Jiilcadá imnroceileuto.

Revista civéWn. 102i.8. — Negada. Passagens tios processos ns. 2520. ro Sr.'Magalhães Castro; IÜ230, no\Sr. Do-minguas Silva ; -10282,. ao Sr. .Silveira; 0 10271, ao Sr. Travassos!

Ficou com dia designado para julira-mento o processo u. 10091, relator o Sr. Menezes.

sV.Wl presentjí d inâiigiiri -s' e"__pos_._._o nã*j

Honrada com a augusta Sun Magestade o Imperador

hoje, n'um:i das salas dá,Escola"" Pt ly-tochnica, 'a quarta expos:ção de café, promovida pelo Centro tia Livoura e Commercio.

O ministério assistirá também á inau-guraçiíó.

Ante-hontem á noite, no salão de honra da typográphiii nacional, realisou o Centro Lítlerario José' de Alencar uma sessão çominemoràtiva do sétimo anniversario da morto do illustre litte-rato cujo nome adoptou.

A sessão foi aberta pelo presidente, Sr. Eugênio de ' Magalhães Carvalho, quo. depois dò pronunciar um discurso, convidou o Sr. Machado de Assis a pre-sidil-a.

Em seguida 'ao discurso official, pro-nunciado pelo Sr. Dr. Vicente de Souza, tomaram a palavra diversos re-prosentantes das associações convidadas o alguns sócios do Centro. .

Aíém da Exma. familia do finado, es-tiveram presentes muitas pessoas gradas da nossa sociedade.

eleição directa, todos os defeitos o males j «ííKí.BAQE CENTRAL DE Ir.aJ.IGRAÇÃO

Aute-hontem pela manhã, foi proso José Pedro.(IfiíMeirelIns, por ter, eom ura caceto, quebrado acabeça do guarda ur-bano Manuel' Januário de Oliveira, na estalagem ri; 9 da ladeira do Barroso.

Renllsa-se hoje a inauguração da li-nha tclcgraphica entre Mãranlião e The-rc/.ina.

Sua Magestade o Imperador e os mem-bros do ministério assistirão ao neto na estação da estrada de ferro D. Pedro II.

SíECfciAMAÇüilüS

Queixam-se os moradores da rua do Figueiredo, no Engenho Novo, do nban-dono em que se acha uma sargeta quo foi feita n aquella rua para o escoamento das águas que descem do morro.

Cheia de vegetações e areia quo são tra-zidas pelas chuvas, faz transbordar as águas para o meio da rua, impossibili-fãitdo a passagem tios transeuntes, que são obrigados a trazer lama ató quasi aos joelhos.

Esper.imos do zelo do respectivo fiscal a remoção d'esse obstáculo, em beneficio, dos moradores d'aquellarua.

Gon3ta que o 1" tenente José Manuel l'croira do Sampaio acompanha os aspi-rantes a guarda marinha do 2' e '3* anno, quo seguem brevemente em via-gom do instrucçao . na corveta Nic-theroij.

Vimoshontem um telegramma da Bahia, dando o seguinte resultado final do 9° districto d'essa provincia:

Dantas Filho 42o

Barão de Jorcmo.ibo 359 Ainda apurado o collegio do Raso, nude o barão de Jeromoabo teve 38 o Dantas Fillio 5, collegio inquinado do nullidade, o resultado é o mes.no.

O ministério do império ordenou au Sr. engenheiro Paula Freitas, quo e,i-tenda-se com a conipanhia City Impro-vements para que, com a possível brovi-dade, sejam assentados mais 100 niicto-rios nas ruas e praças d'esta cidade, de conformidade com os modelos o orça-mento apresentados pelo mosmo caga-nheiro.

O Despertador, poriodico conservador que se publica n'csta corte, commemo-rou ante-hontem o anniversario ?i.-4tn'l-cio do Sr. conselheiro João Alfredo, publicando um numero especial, impresso a tinta encarnada, dedicado a S. Ex. como um dos promotores da lei da 23 do setembro.

No artigo commemorativo, firmado pelo redactor chefe, o illustrado Sr. Agos-tinho Penido, vem consignadas ns se-guintOS idéas sobro a reforma do ele-mento servil:

Liga da lavoura e commercio afim de auxiliarem-se mutuamente na emanei-pação dos escravos; transformarão das fazendas em colônias agrícolas; retalha-mento das terras pelos colonos, dividiu-do-se estes por famílias, ou á oscolha dos mesmos; inauguração da escola nas colonius; instituição do prêmios para os

Nn Villa Guarany, no antigo local do Boat Rink, inaugura-se hoje o Prado Guarany com grandes corridas de cavai-Ios e de velocípedes. O programma é magniílco. Ua corridas de todos os ge-ncros e para todos os gostos.

Ante-hontem. ás 10 1/2 horas oa noite, foi proso Galdino José de SaufAnna, cometa do 7* batalhão de infantaria, por ter, armado de uma fica, penetrado na casa n. 3 da travessa do D. Manuel; onde fuiicciona uma sociedade carnava-lesca, o ahi intimado o presidenta a aca-bar com o ensaio. Como n.ão fosso atten-dido, lançou mão do um lampeão quo estava acceso no corredor, e atirou-o á rua.

Galdino foi apresentado no seu quaj-tel, ao ollicial do estado-maior.

Por portaria de 12 do corrente foram concedidos dous mezes de licença, com vencimento na fôrma da lei, uo prati-cante da thesouraria do Maranhão Ame-merico Gonçalves do Azevedo.

A dous kilometros da cidade oo Jaca-rehy, S. Paulo, José Machado, na tardo de 7 do corronte, encontrou-se com João Fahiano, que por alli passava em com-panhia do uma filha, e proYOCOU-oscom palavras.

Fabiano ostaVa embriagado, quiz re-pellir os insultos que lhe eram dirigi-dos, recebendo de José Machado tres facadas, que o mataram immediata-mente.

Tomadas as necessárias previdências, foi preso o criminoso.

Foram concedidos quatro mezes de 11-cança, para tratsr de sua saudo, ao ei-rurgiso da armada Dr. Tristão Henrique da Costa.

Houve hontem conferência no Supremo Tribunal de justiça, presidida pelo tfr. conselheiro valdetaro, sendo secretario o Sr. Oliveira Coelho.

O expediente constou de oílicios dos presidentes das províncias do Rio de Ja-ueiro, S. Paulo, Paraná, Santa C .tharina, S. Pedro do Rio Grande do Sul, Minas Geraes o Goyaz, còmmunicando o movi-mento. da magistratura nas mesmas pro-vincias:

Exposições dos processos us. 2520 e 102S0.

Julgamentos.— Ilabeas-corpus, n. 510,

NOTAS 1. MARGE&t

A Imprensa publicou ante-hontem o seguinte telegramma do S. Paulo :

tt Quando já estava concluída a eleição de S. Pedro do Turvo, no 5' districto d'esti provincia, edital afiixado, acta lavrada oassignada, um capanga armado do garrucha arrebatou os livros.

cc A eleição,era muito favorável ao can-didato conservador, conselheiro Duarte do Azevedo ; o candidato liberal, conse-fâieiro Laurlndo, tinha apenas 5 votos. « Ojipromotor publico da comarca deu uenuileia do qccorrido ao Sr. presidente da provincia. ¦»

Que impressão teria produzido este telegramma no Sr. conselheiro Saraiva, o benomerito autor tia oleição diròota?

Riso,.pasmo, tristeza? Talvez tudo isso a um tempo. S. Ex., o respeitável regenérador da eleição, o respeitadíssimo restaurador da soberania nacional, o resuscitador da liberdade do voto—esbordoada, morta e sepultada pelo capanga; S.Ex. deve ter sentido estranhas cousas, ao ver surgir de novo á frentoda sua diloctissima filha, ameaçando-a de morte — o capanga.

Em Pernambuco, no Rio de Janeiro, no Coará, na Bahia, o agora om S. Paulo, resurge de novo, quando menos era es-porailo, em pleno « banquete da civilisa-ção», a sombra implacável, o pavoroso espectro que S. Ex., e com S. Ex. grande numero de sisudas pessoas, julgava extineío para todo o sempre.

Perdeu S. Ex. o seu tempo e o seu trabalho, sem contar o feitio nam o latim, quo é condimento indispensável a toda reforma que se preze.

Bem ouvimos a criteriosa objecção que se nos está fazendo.

Não vá com tanta sede ao pote do pessimismo. A resnrreição do capanga, om meio do festim da eleição directa, não significa que ella não presta, que não nos valosso a pena haver mudado do rogimem, qno as cousas vão agora pelo mesmo caminho abandonado. Não I Lembre-se V. quo agora o governo não faz deputados quando quer, nem os que quer. Ahi está um exemplo na derrota do Ruy Barbosa, quo é o ai Jesus do ministério ; e' nem mesmo que'se trato das suas queridas pessoiuhas, conseguem os ministros fazer eleger os seus candi-datos. Lembro-so do saudoso Pedro Luiz, do Homem do Mello, do Paula Souza... Eram ministros e foram derrotados. Fazia-se d'isto, porventura, no rogimem antigo? Ein? RespondaI »

De perfeito accordo.

Mas agora responda-me ao seguinte o auetor da objecção:

A que ficarão reduzidos os benefl-cios da eleição directa com a collabo-ração do capanga?

Além do senso restrictissinio, como se fosse pequeno mal o esbulho do direito de voto feito á maioria dos cidadãos, deram-nos o terceiro escrutínio, o tri-btinal de verificação de podcrcs, o grando depurativo, a sálsaparrilha das impu-rezas eleitoraes.

Alli é que se fabricam 03 augustos, é hoje aquella a melhor, a verdadeira machina electiva.

Cá, fora da terrível salinha do areo-pago depurador, quem pôde saber ao certo qual o legitimo digníssimo?

Mas, emfim, com um pouco do boa vontade convencia-se a gente de quo o authcntico represoulanto de Chapéu de Uvas era Fulano, emquanto o visinho fingia acreditar que uão era esse, mas sim, Sicrano ou Beltrano, e a procissão seguia o seu curso, depois do ura con-solador Deo 'grafias I

Era o reinado da Manha, Rainha poderosa, terrível, mas quo não tira couro nem cabello.

Embacem-nos, mas não nos esbor-doem! Trapaça mis não caceteI

Era essa até ha pouco a divisa. Agora, porém, volta o cacete, da embaçadella, a garrucha.

Terceiro escrutínio e flor da gentel D'ora avante, quando não f3r possível falsificar a aeta-rasgar-se-ir.i a acta,

Quando não sa conseguir ¦ violar a urna, introduzindo-se-lhe cédulas falsas pela bocea, raptar-se-ha a uma.

Se nã.-i houver meio de empalmar a urna, serão cinjlslnia Ios us livros.

Em uma palavra : — temos, para com-pensar os bcjieflçica ganhos com

Além

desta, juntos ao males e defeitos da antiga, da revogada.

Só nos falta o 21/iosp/ioro. Não tardará.

E' até possível, muito provável mesmo, qua esse illustre e saudoso amigo já te-nha voltado do ostracismo o viaje neste momento pelo seio da soberania 11. cional incognitamenle.

Garrucha, phosphoro o terceiro escru-tinio.

re, depois desta triplica conquista, aisda restarem duvidas acerca da * ver-dade das eleições »; so ainda houver quem se queixo da imperfeição do systema elei-lorl;. então, visto que já não podemos p.'dir no Sr. Saraiva que nos valha, v.tlli.i.nos... Nossa SenhoraI _-

•?*

É' hojo o nUimo dia da kermesse do Laatro Pheiiix Dramática, em beneficio do G. B. Memória a Ignez tle Caslro.

Q.iem ainda não cnncorreu paraái.uolla festa da ciriiI.ide,''riJo iléVo perder a ultima oceasião que sa lhe ofiereco.

A exposição medica brazileira foi vi-situda hontem por 30 pessoas.

Sabemos que alguns sócios, alitmtiós das aulas mautidas pela Associação dns Empregados no Commercio, alcanç iram, nos exumes da instrucçao publica, pre-mios correspondentes aos seus esforços, contribuindo assim para a boa reputação do ensino distribuído por aquella asso-ei ação.

O Sr. senador Viriato do Medeiros recebeu ò seguinto telegramma.

« Ibiapina, 13 de dezembro. Serio receio, força, apuração 17 dar diploma candidato derrotado. Provideu-cias.—Rodrigues. »

Hontem, Ss 2 1/2 horas da madrugada, foi preso Sebastião Antônio da Silva, por ser encontrado com outros que se evadiram, oceulto em uma casa em con-strucção na rua do Barão de Ubá.

Bm poder do Silva oncontrou-se uma torneira do metal.

A secção da sociedade de Geographia do Lisboa no Brazil, sob proposta tio seu 1' secretario Brito a Cunha, nomeou uma oomniissão composta dos Srs. Barão de Wildick, Dr. Frank Cowan, Dr. Al-bortoIIargroaves.A. Orvillo Derby e Brito e Cunha, para hoje, a bordo da corveta norte americana Patterson, comprimen-tar a commissão seientiflea quo so dirije á península do Ala.ska.

O commandante da corveta Nipsick offorecou á commissão a sua lancha, que estará no cáes Pharoux ás 2 horas da tarde, e consta-nos qua a ollicialldade da Patterson apresentará a coniniissão e a ella dará todas as Informações sobro os apparelhos uiodernissimos do quo se achão munidos,

E' do louvar tanto o procedimento da secoão da sociedade de Geographia do Lisboa como do commandauto e oliici..-lidado da Paiterson.

Fizeram exames do 3" anno de direito, na faculdade do Pernambuco o foram approvados plenamente os Srs. Adriano Corte Real o Evaristo Ferreira da Veiga Gonzaga.

Não houve hontem sessão 110 jury por falia de numero legal dos Srs. jurados. Amanhã serão subinettidos a julga-mento os processos em quo são reais Dyonisio Segundo, chim, por homicídio e'Manuel Carlos Augusto, por olíensas physicas levos.

A sessão será presidida polo Sr. con-solbeiro Jaguaribo, por ter o Sr. conse-lheiro Bento Lisboa de presidir á apura-ção da eleição do 3' districto d'esta corta.

Foi concedida ao 1' tenente Manuel Innocencio Pires Camargo permissão para continuar a servir em navios do commercio.

Anto-hwtem, pela madrugada, os ga-tunos arrombaram a porta da taverua n.58 da rua do S, Januário, perten-cento a Antônio Pinto Brandão, o de lá carregaram com a quantia tle 50fJ em dinheiro e um revólver, logrando fugir, ao serem presentidos pelo caixeiro da taverua.

A auetoridade loeal procede a averi-guiiç.ões, para-descol erta dos criminosos. E ha de consoguil-o, olol se ha dei

Policarpo dos Santos Vieira foi preso ante-hontem á noite, na rua da Saude, por ser encontrado a promover desordem. Vieira resistio tenazmente á prisão e inutilisou o centurão e a espada do guarda urbano quo eflectuou a sua prisão.

O latim foi em outro tempo ungua muito estudada e sabida entre nós. Hoje os mais conscienciosos estudantes as-piram, quando muiío, a fazer exame e 11 passar sem grande escândalo, Obtido oste resultado, 3ão os livros atirados para um canto o abi ficam.

Um bom professor de latim é dos entes mais raros desta terra e não sabemos se, alem do Sr. Castro Lopes, haverá dez pessoas que possam com razão ser cha-mudas latinistas.

O Sr. Mesquita Naves é talvez uma das excepções, como mostra-o níi sua traducção das Fábulas de Vhedro, cm verso.

Em conseqüência do costuma dos pu-ristas do comporem sau estylo com pa-lavras tiradas do latim, esta lingua e seus escriptores dão-nos a sensação de alguma cousa do pesado e massiço. Pois o Pheâro do Sr. Mesquita Noves dá-nos impressão muito diversa.

O Sr. Mesquita Neves maneja o verso com facilidade e elegância; a rima é es-poiitanoa; o estylo muito natural. Para resumir tudo em uma palavra, diremos que elle traduzia o fabulista latino coma La Fonlaino merecia ser traduzido.

0 movimcnio 1I0 lim.ilial ,|a Santa (.m ila Mue, rlcordla, ilòi Ii0f_>icios tln Pairo II, ile Kosss Senhora da Saude, de S, .loão Dapllíta e de Nossa Senhora 1I0 Soccotio 'oi no dia Ií iln corrento oso-(.uiiiio: existiam 1.703, cnlrarani SS, sãlilrárii 33> lailecoram 6, esistem 1.787.

O inoiiiiienlo da Sala 1I0 banco fl dot cônsul-lorios .inldicos foi, iio m«mo iiia,.dc iiS.cousul-taulesjjara 01 ijiianj sn aviaram 195 receitas.

Na igreja matriz da Gávea, celebra-se hoje, com toda a pompa, a festa de Nossa Senhora da Conceição, com missa can-tada, pregando ao -Evangelho o Reviu, co-nego Figueiredo de Andrade.

A tardo haverá Te-Deum o sermão, pelo Revm. vigário geral conego Ray-mundo do Brito,

A' noite, fogo de artificio e um variado leilão de prendas.

Por por portaria de 9 do corrente pro-rogou-se por nove me/.es com 0ordenado a que tiver direito, nos termos do direto n. 0S57 do 9 da março de 1878, a licença ultimamente concedida ao desembarca-dor da Relação do Balem, João Coelho Bastes, para tratar do sua saude oudo alhe convier.

EX. O Sll. MINISTHO DA AQUI-CtILTUKA

JP¦•fiu.ilta V. Ex. que. em nome da 'iiiwtoria da 'Sociodado Central'de Im-.migrai;*!!), a uo- interesso, da grande causíi ij'ia'ólhi dtjfepífei a da qual tira «•.na razão tio ser. eu oceiipe, por algum tempn, n bdneyolh nltenção de V. Ex. ¦ Reconhece -."•sta directoria, Exm. Sr., quanto tem sitio valioso a apoio que V. Kx. tem prestado á sociodnde que oll.n representa,,e quanto se tem V. Ex. em-uénhüdo em'impulsionar os serviços tle immigração, quer promovendo melho-ramentos na recepção dos immigrantes, quer tomando importantes resoluções qua facilitem e favoreçam a immi'-grnção.

Esta directoria, por isso, mui sincera-monto applaude as medidas tomadas por V. Ex., como entre outras aquellas que so referem á medição e demarcação urgente 6 em grande escala, do lotos do terras, segundo o decreto da 18; de no-veuibro passado, em apropriados logn-ves pura lociilÍ3ação. de immigrantes e nacionaes, e ás passagens gratuitas para as 'famílias dos Immigrantes quo sejam convidadas por seus parentes e amigos, já convenientemente localisados, afim do se estabelecerem, a seu turno, em nosso paiz. 1'ssas duas condições são necessa-rias o pertencem com eífoito aos melho-res serviços quo o governo podo pmelho-restar á imiiiigração. Outras medidas, porém, de Igiial valor parece ainda que deve-riam sor tomarias.

A questão da immigração para o Br 17.il'nunca attitigiii uma. posição tão elevada, nem passnu por umn crise tão momenlosa e tão grave, como em pro-sença dos últimos acontecimento"", qne a collocam, no Ingente problema da trans-formação do trãballio"nacional e do me-Ihoramento das condições sociaes e ecò:, nomiens actuaes do nosso paiz, como' uma das primeiras necessidades nacio-hacs que devem ser satisfeitas.

N'esto assumpto, pois, — tanto como 11'nquelle que mais exija dedicação e me-ilidas acertadas —; podemos e devemos seguir a máxima de Samuel Smiles: — 11 Ò quo valo a pena ser feito, mereça ser "bem

feito. . .

Para fazermos bem quanto sa refere á immigração proveniente da Europa e das ilhas portiigue/as e hcspanholas do Atlântico, assim como ao que se prendo á colímianção do nosso vasto território, tanto polo nacional como pela população Immigrantc— a primeira necessidado a satisfazer-se é a de um plano tão racio-uai como pratico e econômico em todas as suas partes ; isto é, a de uma orlen-tação verdadeira no assumpto. Isso aó* pódc sor trazido por um estudo sovero o por uma discussão profunda e franca de, todos os elementos que devam entrar na equação do problema complexo da immi-gração c coloirtsação.

Só por esstj modo, som outra proocàti-pação quo a 1I0 publico interessa, analy» siinilo sa e criticandò-áe as medidas já tomadas o os alvitras suscitados o a serem aceitos ainda, so poderá caminhar seguro. Ahi não nos é permittido mnia: errar como nação, do modo por quo já o temos por demais failo. Após tão longo tirocinio do dissabores e desillusões seria inqualificável que não tivéssemos adqui-rido experiência, para não reproduzirmos as faltas que tanto nos tôm custado.

Acertadas medidas filhas da razão o da prática serão base para multo bons re-soltados; como qualquer passo mal guia-do ou a repetição guia-dos velhos erros guia-do nativismo 0.11 da incúria, por nossa parte, poderia impedir ou perturbar o bom exilo pelo qual nos empenhamos. Ope-rando sob a pressão dos preconceitos da lavoura extensiva e das stiggostões dns olignrehias quo se acham senhoras dos latifúndios, em vez de fazel-o sob o ponto do vista do bem estar edas garantias do immigrantc ou do indivíduo nacional, que é o alvo do bem publico, caminharíamos sempre mal. Gonsummár-se-hia assim um insanável descrédito para nosso paiz em assumpto de immigração; pois quo esse assumpto mergulha nos mais profun-dos sentimentos do humanidade, assim como movo os maiores interesses, só legitimados ahi pola real e sã economia social.

Toda mcdidii bom succedlda, além do justa, redundará cm benefícios inc deu-laveis para nosso paiz, eomo para 03 immigrantes. Qualquer acto de injustiça, mesmo involuntário, nos trará ainda maiores dissabores nacionaes, do quo aquelles que já temos tão doridamenta sorvido, como resultado dos desastres oceasionados. repetidas vezes e por tanto tempo em assuraptos de colonisação, pela cobiça de uns, pelo egoísmo de mnilos, pola indilTcrençi do maior numero e pela imprevídoncia ou incapacidade do outros.

Graças a alguns bom dirigidos esfor-ços, começamos, om assumptos de immi-gração o colonisação, a gozar, de nm progressivo credito. Seria

"hoje doloroso supportarmos a magua de vol-o por qual-quer motivo abalado, quanto mais com-prometlido.

Esta consideração nos leva a dizer a verdade, só a verdade e toda a verdade n'este assumpto. Essa attitude hones-ta nos tem valido, aliás, no próprio paiz, sempre o apoio 011 o apreço de quantos se interessam realmente pelos destinos nacionaes, o no estrangeiro dis-tincçües tle toda sorte, como v. g., entra outras, a do redactor chefe da Semahtc Industrielle de Liôge, Sr. Max Grebel, quo tornava ha pouco bem patente, era seu importante jornal, que a Sociedade Contrai do Immigração já era uma ver-daüetra garantia que olTorecia o Brazil Conio paiz de immigração, podendo o emigrante n'c!la confiar-se, pois que ella dizia sempre a a verdade, sú a verdade, toda a verdade I »

Com acertadas medidas por parte do governo, com o desenvolvimento crês-cento da Sociedade Central de Immigni-ção e com n interesso cada vez melhor compreliendido pela população estatele-cida, pôde o credito nascente do Brazil fortalecer-se em breve de um modo ina-balavel.e, estrib.indo-iios u'el!e. poderá-mos conseguir derivar as correntes emi-gratorias allemãeso italianas, que se di-rigem algures, pnra o nosso paiz.

Cumpre-nos, cm vista d'isso, antes de tudo. proparar-lhe o leito em que ella haja de deslizar henc-fleamente, fertili-saudo o iinnieuso território da nessa pa-tri a.

Medidas erradas n'esse sentido, ou uma falsa comprehensão dos verdadeiros in-teresses do paiz e dos da immigração, poderão tudo compromettér de novo, transformando em tristes decepções as fagueiras esperanças quo bafejam o nosso patriotismo.

Dá a sociedada Central de Immigra-ção. com Ioda razão, Exm. Sr,, enorme importância aos actos do nosso governo em maioria'de immigração. Principal-mente 03 act>s que so estendem da re-cepção do immigiante á sua localisação to.iogr.iphica o climatoleglca, são actos qne cabem aos poderes publicas e que d'elles dependem mnis do que tle qualquer outra entidade. Porém a omigração ou as levas de Immigrantes, assim como a colonisação mesmo ou o desenvolvi-mento econômico do immigranto col-locado em seu lote, já não pertencem mais á acção do Estado, porém sd-mente á sua Vigilância e superintendeu-cia. Esses extremos, que encerram os dois pólos da immigração, constituem Gystein.is independentes da acção directa do .Estado. O Estado só pôde n'isso in-tervir imediata, não immediatameníe, facilitando, n*5o em.Tehendendo, nem dirigindo, e sd indiréctsmente influindo

cm sua economia. Deixando, pois, da lado a acção governamental sobro esses últimos assumptos, cuja acção já lhe não compete, acliiunos que ella, ao contrario, é decisiva para o credito e a propulsão ua immigr.iiçfíp, desde qua forem acer-tatlas 011 erradas ns medidas quo exigem ts. recepção e a destinaçBo ou localisa-ção dos immigrantes, medidas0,110 além de justas devem ser harmônicas.

Nos peimittirá, pois, V. Ex, quo no* pecupemos dos actos do Estado brazi-léirop esses dois sentidos, em presença das melindrosas exigências da actua-lidada.

O Guia do Emigs-antc, já publicado em português, e em italiano, o em breve também em outras, línguas, do ordem do governo, pelo Sr. inspector geral da» terras e colonisação. e qne tem sido multo reproduzido em alguns dos sons pontos essenciaos ' pela imprensa nacional e es-trangeira o pelo boletim n; 7. de novem-bro, da Sociedade Central dolmmigração —já tdm feito conhecer, om circulo assás vasto, as promessas quo o governo bra-zileiro, em boa' hora, tem resolvido fa-zer nos immigrantes. Essas promessas, ¦perfeitamente

determinadas em qual*-dade e em quantiqual*-dade, referindo-se á re-cepção, á direcção o a localisação de, ira-migrantes, são um verdadeiro compro-misso tomado pelo governo do Brazil. Ellas devem ser, portanto, em todo ponto cumpridas, som a menor discrepância, tanto mais quanto ellas representam aindi o mintíniim possível que um paiz americano, carecento do população como o nosso, deve oíferecor ao immigrante europeu.

Essa compromisso é um acto positivo do governo do Brazil, que vem preon-cher Dina lacuna sensível, senão curar um grande mal qua se fazia seutlr a respeito de inimlgraçào.

. Após os desastres da immigração rus-so-íillemã, do Paraná, (quo por cous» alguma desejaríamos ver ropetidos), fo-ram por actos do ministério Saraiva, em lSSO.cortados bruscamente,todos e quaes-quer favores, feitos pelo governo brazi-leiro aos immigrantes, quer quanto á sua recepção, quer quanto á sua dire-cção 011 localisação. Os decretos e pu-blienções a isso referentes chegaram • todos os ouvidos o foram afixados atá mesmo nas .menores communas da Itália, como o •íílirnia o Sr. vice-presidente da Sociedado Contrai de Immigração tor visto em 1880 em sua vingom á Lom-bardia. Esse facto, por si só bastante para reduzir senão desvinr uma cor-ronto immigratoria do qualquer paiz em que ello já houvesse cavado sou leito, foi mais.qne suflicionte para estancar de todo o tênue fllcte do immigração qua se dirigia pouco antes para o nosso paiz. Explorado esse erro por nossos desaf-fectos, aiuda muitas populações italianas o allemães 30 acham hoje na crença de quo o Brazil uão faz o menor favor, nem presta o mais elementar auxilio aos im-migrantes, como temos tido oceasião de verificar por dopoimentos de nllemãesa italianos quo passam em transito por nossos portos o que confessam dirigir-se ao Rio da Prata e não ás nossas bellas províncias colonisadoras, onde tão grando numero de seus compatriotas sa acham estabelecidos, pelo simples facto dc que, partindo ua Etiropu. istiivam convictos de que o governo do Brazil não lhes prestaria o menor apoio, dei-xando-os sem protecção, outreguos á ga-uancia do senhores feudaos.

Restabelecer o credito do Braziln'essa sentido, Exm. senhor, é um dos nossos principaes empenhas. E para tnl ftm não ha dous caminhos. Medidas ofticiaea acertadas e nossa acção dedicada em breve collocarão as cousas om seu de-vido logar. Em pouco tempo, se so* dissermos a verdade, só promettendo o que pudermos dar, nenhuma população disposta a emigrar desconhecerá quanto queremos e devemos fazer em prol da immigração. Uma bam dirigida propa-ganda 1103 paizes do emigração poderia, sem duvida, bem servii'-nos; muito mais do qua isso, porém, confia esta so-ciedndo nos bons effeitos da immigração e colonisação, attestados pelos chamados d'aquelles quo em nosso paiz tôm prós-perado.

Uma edição avulsa, de muitos mi-lhares de exemplares, em lingua ita-liana, feita a expensustla Sociedade Central de Immigração, para a parte do Guia do Emigrante que se refere aos compromissos do Estado brazileiro, sob o titulo Resumo dos favores concedidos aos immigrantes (do qne nos permlttirá enviar V. Ex. alguns exemplares), foi ha dias distribuído pelos 1,700 passa-geiros do vapor JVorc? America. Em breve o será também a todos cs imrmV grantes italianos o austríacos do Tyral que aportarem ao Brazil, conio nos seus compatriotas ainda residentes em aetis logares nataes serão cm bom numero ainda remettidos. Uma traducçSfo ai-lama d'esso mosmo documento, 0111 pouco tempo seguirá, por nossos cuidados, a sua respectiva trajectorla, o irá, produzir na Allemanha a uovos da lingua allemã os mesmos effeitos que entre os da língua, italiana.

A base de operações da nossa propa-ganda sobre a iminigrnçãp europea, afim de derivai-a para nosso paiz, serão con-juneto de condições que nós pudermos garantir como aceitáveis pelo immi-grante e os compromissos tomados pelo estado brazileiro, sob õ nome da favoret aos immigrantes. e já oonhocirios por esse modo. São essas as condições que serão cm próximo futuro o.ponto de convergência de todas as vistas e a promessa attractiva da immigração, como serãe o penhor de confiança das populações emigrantes para a. profe-roncia, do nosso paiz em sua peregrinação após n terra tia promissão.

Do acerto oti dos erros liasse sentido, como do religioso cumprimento dos de-veres contrahidos pelo governo brasi-leiro, caberá á nossa nacionalidade uma enorme responsabilidade perante a hu-manidade e o mundo civilisadol

ColloquemOs, pois, a questão da immi-gração acima de iodo o preconceito social e econômico e fora de toda a suggestão da política, do interesse e da vaidado pessoal.

Em nosso posio nos encontrará o go-verno para auxilial-o em tão honrosa campanha.

Pedindo a V. Ex. desculpa de uma tão longa exposição de motivos Acerca das medidas do Estado sobre imniigriiçãe, pede ainda esta directoria u devida venia a V.Ex.para expor com toda a franqueza quanto ella pensa ser útil n'esse san-tido.

Isso será objecto de posto"ior ofiiolo.

Requerimentos dospaclu-.dos: Pelo ministério da marinha: ' Cândido Rodrigues de Almeida.—Com-pareça "no secretaria.

Pelo da guerra:

Monta Kolilí, Jnmes Wafter Graham a Manuel Pinto Ribeiro Manso, replicando Acerca do despacho quo indeferiu seu pedido de concessão de uma estrada da íen o aérea na cidade do Rio do Janeiro. —Indeferido.

Com escala pela Bahia, sahiu hontem de Pernambuco pnra o Rio dê Janeiro O paquete inglez Olbers, da companhia da Liverpool.

O Sr. Dr. Aarão Reis reuniu em vo-lume os artirros qno sobre A transmis-sãoe a destribuiçõo electricas da força. O Sr. Dr. Aarão Reis, muito corape-tente na espécie, tratou com muita pro-fleiencia o clareza do .assumpto que teva em vista e produziu um livro recommea* davel e que recommendamos.

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