RELATÓRIO PARCIAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
PIBIC ( ) PIBITI ( ) SEM BOLSA ( ) CNPq ( ) RUSP ( X )
1 – IDENTIFICAÇÃO TITULO DO PROJETO:
O TRATAMENTO DO GESTO PELO TANZTHEATER
NOME DO BOLSISTA:
MARINA XISTO ALMEIDA NOME DO ORIENTADOR:
PROF.ª DR.ª SAYONARA PEREIRA VIGÊNCIA:
AGOSTO DE 2012 – JULHO DE 2013 AGÊNCIA FINANCIADORA:
RUSP
2. SÚMULA DO PROJETO:
O presente relatório tem como objetivo apresentar os resultados dos primeiros seis meses da pesquisa iniciada oficialmente em agosto de 2012 com financiamento da bolsa RUSP e orientação da Prof.ª Dr.ª Sayonara Pereira. Serão aqui expostas as atividades realizadas desde o início dos trabalhos, as dificuldades encontradas e os próximos passos da pesquisa.
A proposta do projeto é estudar o gesto no Tanztheater, corrente de criação cênica que teve Kurt Jooss (1901-1979), fundador do departamento de dança da renomada escola alemã Folkwang Hochschule em 1928, em sua liderança. Deseja-se refletir sobre a trajetória da dança teatral alemã em seus primórdios, identificando os fomentos gerados pela pesquisa do movimento e o novo olhar sobre o corpo no início do século XX.
Pretende-se detectar influências que contribuíram na construção do pensamento do Tanztheater sobre corpo e gesto, como o estudo do movimento proposto por Rudolf Von Laban, a quebra com o clássico proposta pela intensidade da Ausdruckstanz (Dança de Expressão) e o conceito de gestus no teatro de Bertold Brecht.
Estudaremos mais atentamente os trabalhos pedagógicos e criativos realizados por Mary Wigman, expoente da Ausdruckstanz, e Kurt Jooss, tido como fundador da dança teatral alemã. A pesquisa sobre obra e vida artística dos dois artistas alemães é importante também para entender o momento histórico do país na primeira metade do século XX - entre as consequências da Primeira Guerra em seu povo e a atuação do regime nazista durante a Segunda Guerra - e sua influência sobre a arte produzida no país nesse período. Serão analisados dois solos, respectivamente coreografados por Wigman e Jooss: Dança da Bruxa (1914) e “A Morte” em A Mesa Verde (1932).
Seguindo o rastro deixado por esses mestres e seus discípulos, chegamos ao Laboratório de Pesquisa e Estudos em Tanztheater (LAPETT), sediado no Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicação e Artes da USP. Parte do trabalho de pesquisa é acompanhar o processo criativo do grupo, atentando para a apropriação do gesto cotidiano pelo atordançarino e a busca pela humanização da técnica do artista da cena.
Desejamos atingir com esse trabalho um relevante entendimento sobre como a proposta coreográfica do Tanztheater tira a técnica do ballet clássico de sua forma rígida original e incorpora movimentos e gestos cotidianos a seu texto corporal, friccionando dança e teatro. Interessa-nos observar como a dança teatral alcança mundialmente grande destaque na segunda metade do século XX e primeiros momentos do XXI, influenciado fortemente o fazer artístico contemporâneo.
Agosto e setembro, os dois primeiros meses de pesquisa, foram utilizados para levantamento de material bibliográfico referente aos seguintes temas:
- o estudo do movimento proposto por Rudolf von Laban;
- a Ausdruckstanz (Dança de Expressão) e a atuação de Mary Wigman;
- a atuação do Nazismo e sua relação com a arte alemã do período.
- o trabalho de Kurt Jooss;
- o gestus de Brecht;
- o Tanztheater e sua pedagogia.
Os quatro meses que se seguiram foram de aprofundamento sobre parte do material selecionado. Procuramos conhecer as bases da dança teatral e sua relação com o momento histórico. Atentamos especialmente para a Ausdruckstanz, movimento essencial para entender a dança alemã como todo e os caminhos que esta seguiu ao longo do século XX.
A leitura histórica esteve sempre orientada para fazer ligações com o presente do Tanztheater, especialmente com a experiência de acompanhar o LAPETT (Laboratório de Pesquisa e Estudos em Tanztheater) e relacionar teoria e prática. A participação no grupo se deu ao longo desde o início da pesquisa, em paralelo com a pesquisa bibliográfica. Além de observar o processo criativo, foi possível, na prática, estudar corpo e movimento. Outro ponto importante do envolvimento com o grupo foi a possibilidade de acesso a materiais como artigos e vídeos referentes ao Tanztheater, enriquecendo a pesquisa.
Como exercício de análise de solo, já que nos propusemos a comentar dois trabalhos, de Mary Wigman e Kurt Jooss, no relatório final, foram selecionados dois solos
de Momento(s) de Silêncio, primeira montagem do LAPETT, para investigar mais atentamente nesse primeiro momento da pesquisa e relacionar com o que foi estudado até o presente momento.
4. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA :
Abaixo, as primeiras referências bibliográficas selecionadas. De acordo com as necessidades da pesquisa, continuaremos em busca de novos materiais.
Livros:
- Anna Markard: The Green Table: A Dance of Death in Eight Scenes (2003);
- Ciane Fernandes: Pina Bausch e o Wuppertal Dança–Teatro: Repetição e Transformação (2007);
- Egon Vietta: A Dança na Alemanha (1956); - Eliana Caminada: História da Dança (1999);
- Paul Bourcier: História da Dança no Ocidente (1987); - Roger Cardinal: O Expressionismo (1988);
- Roger Garaudy: Dançar a Vida (1980);
- Rudolf Laban: Domínio do Movimento (1978);
- Sayonara Pereira: Rastros do Tanztheater no Processo Criativo de ESBOÇO: Espetáculo Cênico com alunos do Instituto de Artes da UNICAMP (2007);
- Susan Manning: Ecstasy And the Demon: The Dances of Mary Wigman (2006); - Suzanne K. Walther: The Dance Theatre of Kurt Jooss (1997);
- Ji-Yun Song: Moving Bodies and Political Movement: Dance in German Modernism (2006);
- Maria Claudia Alves Guimarães: Vestigios da Dança Expressionista no Brasil: Yanka Rudzka e Aurel von Milloss (1998);
Artigos:
- Ji-Yun Song: Mary Wigman and German Modern Dance: A Modernist Witch? (2007);
- Kate Elswit: The Some of the Parts: Prosthesis and Function in Bertolt Brecht, Oskar Schlemmer, and Kurt Jooss (2008);
- Sayonara Pereira: Articulando Pedagogias que se Entrelaçam e se (Re)criam (2012);
- ______________: Corpos que Esboçam Memórias (2011); - ______________: Memória/Identidade (2006);
- ______________: Pensando a Dança Dançadamente: ou como falar uma linguagem mais unânime para diferentes “tribos” (2010);
- ______________: Tanztheatralidade: História-Características-Ferramentas Empregadas (2006);
- ______________: Tanztheatralidade (Re)visitada (2009);
- Robson Carlos Haderchpek: A Música, o Gestus Brechtiano e a Cultura de Rua (2006);
- ______________: O Gestus Brechtiano em Análise (2006); - Walter Benjamin: Que é teatro épico? (1994).
Boa parte do material já foi lido e analisado, o que gerou anotações a serem levadas em conta para o relatório final. Entretanto, algumas obras necessitam aprofundamento, o que ocorrerá ao longo dos próximos meses de pesquisa.
5. PRIMEIRAS ANÁLISES:
O foco dos primeiros meses de pesquisa foi entender o caminho que a dança alemã fez no início do século XX. Nesse período, entre as décadas de 1920 e 1930, a Ausdruckstanz, corrente da dança alemã que se relaciona em muitos pontos com o movimento expressionista, trouxe inovações que mais tarde influenciariam o Tanztheater e a dança contemporânea mundial.
Para compreender as inovações da Ausdruckstanz, estudamos o trabalho de dois nomes fundamentais em sua criação: Rudolf von Laban e Mary Wigman. Laban se destaca como nome caro tanto a dança quanto ao teatro por sua nova proposta de estudo do movimento, que será útil tanto para atores quanto para dançarinos. Em 1913 o coreógrafo alemão começa a desenvolver em Ascona, na Suíça, seu trabalho de prática de movimentos livres em improvisações cuja proposta é a desinibição do corpo com o objetivo de atingir a essência do indivíduo, o que lhe é precioso e verdadeiro e pode ser expresso artisticamente. Para além da proposta estética, o que Laban sugere é uma nova possibilidade de experienciar o mundo, as relações com o espaço. Esse ideal de renovação do indivíduo vem do Lebensreformbewegung, revolução cultural muito forte na época, que propunha o resgate do corpo humano prejudicado pela sociedade burguesa moderna e suas normas e valores. O movimento procurava a libertação do corpo através de dietas e exercícios baseados no movimento cotidiano.
Mary Wigman inicia seus estudos sobre movimento com o músico e pedagogo suíço Émile Jaques-Dalcroze. Com uma proposta parecida com o a de Laban, Dalcroze buscava um novo jeito de se pensar ritmo, trabalhando o corpo dentro da dança sem se preocupar com convenções como as do ballet. Entretanto, o foco de Dalcroze era a pedagogia musical, o que logo se tornou interessante a Wigman. A alemã, que aos 24 anos começara a estudar dança, procurava uma nova forma de trabalhar movimentos e expressar emoções sem que a dança fosse dependente da música ou de códigos do ballet clássico – muitas coreografias de Wigman ignoram o uso da música como trilha
para a dança e utilizam apenas percussão ou mesmo as batidas do chão no pé como som. O período que passou trabalhando com Dalcroze em Hellerau, cidade alemã importante para intelectuais e artistas experimentais da época, possibilitou que Wigman entrasse em contato com diversos artistas e obras expressionistas. É nesse período que Wigman conhece Emil Nolde, pintor expressionista que conhecera o trabalho de Laban em Munique e sugere que Wigman o procure.
Em 1914, aos 27, Mary Wigman estreia como dançarina profissional. O período com Laban em Ascona é de fundamental importância para seu trabalho e é desse encontro que a Ausdruckstanz tira força para influenciar o mundo da dança como um todo. O estudo do movimento de Laban e a forte influência do Expressionismo sobre Wigman – a valorização do impulso criativo vindo do mais íntimo e primitivo do indivíduo que se comunica de forma amplificada – iniciam uma nova forma de trabalhar o gesto na dança. Não é mais o bailarino rigidamente formado pelo ballet o grande artista, mas o dançarino que procura o caráter expressivo de sua movimentação, o sentido emocional de sua relação com o espaço.
A filosofia de uma nova relação com o mundo e a possibilidade de participação ativa em uma nova forma de expressão daquele antes considerado leigo é oportunamente abraçada pelo regime nazista na década de 1930 como manifestação de massa. Quando Laban desdobra seu estudo na dança coral e Wigman começa a trabalhar sua ideia de experiência individual do movimento não mais em solos, mas com um coletivo de dançarinos, o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães entende a dança como um ótimo veículo de propaganda. Em 1936, Mary Wigman é convidada pelo governo de Hitler a coreografar a abertura dos Jogos Olímpicos de Berlim, que ocorrem muito próximas da Segunda Guerra Mundial. Mas logo, contraditoriamente, o governo nazista enxerga ambiguidade no papel da dança moderna alemã, que poderia ser tanto usada a seu favor como trazia ideais de libertação individual prejudiciais aos objetivos nazista. Assim, Mary Wigman tem seu trabalho interrompido até o fim da Segunda Guerra (salvo solos apresentados em ambientes privados para convidados) e Laban vai para a Inglaterra.
Com o fim da Guerra, o estigma do Nazismo sobre a Alemanha é uma ferida que irá influenciar fortemente os envolvidos com o nascimento do Tanztheater. A busca por uma forma de expressão universal de desvinculada da imagem de Hitler faz com a dança alemã retome princípios técnicos e filosóficos dos primórdios da Ausdruckstanz e adicione elementos do teatro, como o princípio de gestus do teatro brechtiano, para recriar a identidade artística alemã. O estudo dessa transição sofrida pela dança na Alemanha será aprofundado ao longo do segundo semestre da pesquisa, bem como o trabalho de Kurt Jooss.
No que se refere à parte da pesquisa realizada junto ao Laboratório de Pesquisa e Estudos em Tanztheater (LAPETT), é possível a essa altura da investigação fazer pontes entre a Ausdruckstanz enquanto fonte que mais alimentará o Tanztheater. Tanto a expressão artística focada neste projeto quanto sua antecessora colocam em primeiro plano a experiência individual daquele que atua – designado no grupo LAPETT como
atordançarino. As experiências, memórias e emoções do atordançarino são o que o
colocam no patamar de criador, pois é a partir da potência do que existe dentro do indivíduo que o movimento nasce.
A técnica não é dispensada, muito pelo contrário. O Tanztheater propõe um rigoroso e continuo estudo da técnica, mas excluindo a artificialidade. O atordançarino é orientado a trabalhar com os limites e especificidades de seu corpo para que estes trabalhem a favor de sua criação. Entretanto, o limite não é visto como uma acomodação, mas uma linha em constante movimento que possa ser ultrapassada e realocada adiante. Observamos atentamente os solos que os atoresdançarinos do LAPETT Rafael Sertori e Leticia Araujo criaram para o espetáculo Momento(s) de Silêncio. O primeiro apresenta imagens de grande força e energia que em muito lembram o trabalho de Mary Wigman. Em muitos momentos, o corpo de Sertori propõe formas que já não são de um ser humano, mas que contêm uma expressividade que transmite a angústia que explode em movimento. Ao acompanhar o processo de montagem, foi possível assistir a lapidação do solo. Por partir do impulso criativo do atordançarino e o que seu corpo tem a oferecer no momento, uma célula coreográfica criada jamais é congelada. Com o constante
aprimoramento técnico do movimento, é possível retrabalhar e dar cada vez mais propriedade ao que o atordançarino cria. Assim, o solo de Sertori manteve sua base ao longo do tempo, sem perder a essência de sua criação. Sua técnica cresceu sensivelmente, ampliando o sentido da cena.
Bem como o primeiro, o segundo solo observado sofreu modificações ao longo do processo. Dele participa um coro que passou boa parte do processo apenas compondo a cena através de sua movimentação. Hoje o coro atua também com a voz, agregando aos gestos desenhados por Araujo. A composição é bem interessante para observar a teatralidade do Tanztheater. De alguma forma, uma história é contada, mas sem pressupor uma narrativa. Como o teatro pós-dramático, a cena não atua no racional do espectador, mas nas sensações que o fluir da construção cênica pode gerar. O movimento que nos salta aos olhos não é o de um corpo individual, mas o movimento da cena, do jogo entre o corpo da atrizdançarina e o corpo do coro.
Até o presente momento da pesquisa é possível observar de que forma o cenário histórico-cultural alemão da primeira metade do século XX influenciou sua dança. A Ausdruckstanz surge como consequência da busca de renovação de valores em oposição aos valores da sociedade burguesa moderna. Por isso, sua inovação vai além da estética. Quando eleva a dança ao status de arte por si só e não arte acessória ou dependente de outras – a proposta de Wigman quando não utiliza música na maioria de suas composições reforça isso -, intui um novo pensamento sobre a experiência artística. Menos artificial e mais humano, esse pensamento se aproxima da vida – não no sentido de imitação da vida, mas de pulsar na criação o que está vivo no indivíduo.
6. DIFICULDADES ENCONTRADAS:
A grande dificuldade para o desenvolvimento da pesquisa até o presente momento é a escassez de material videográfico e textual referente ao tema. No que se refere aos vídeos, o acervo de videotecas e sites disponível no Brasil é insatisfatório. As referências à dança alemã estão muito limitadas a espetáculos de Pina Bausch. Documentários e
registros que façam referência a outros artistas igualmente importantes para a arte alemã é material raro no Brasil.
A superficialidade do material escrito em língua portuguesa e a falta de traduções de textos escritos em língua alemã são problemas que se ligam. O aprofundamento sobre a Ausdruckstanz em nossa pesquisa foi prejudicado pelo não conhecimento da língua alemã, já que nossa língua é carente de material profundo sobre dança na Alemanha – limita-se a pesquisas acadêmicas de pós-graduação e poucas estão disponíveis. Recorremos a textos em inglês, língua mais acessível. Ainda sim, nem todo material que descobrimos existir em língua inglesa está disponível no Brasil ou mesmo é possível alcançar através da Internet.
Faz-se necessário certo esforço por parte de escolas e institutos ligados à pesquisa acadêmica e cultura alemã no sentido da aquisição, organização e acesso a registros relacionados à dança. O Tanztheater, que tanto ganha espaço e influencia novos artistas em nosso país, precisa ser atenta e profundamente investigado.
7. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O PRÓXIMO SEMESTRE:
Para o próximo semestre, pretendemos focar na redação do relatório final, retomando os estudos feitos entre agosto de 2012 e janeiro de 2013, aprofundando a leitura da bibliografia selecionada. O aparato teórico levantado será associado à análise de material videográfico sobre os solos Dança da Bruxa, de Mary Wigman, e “A Morte” em A Mesa Verde, de Kurt Jooss. Buscaremos sempre focar a análise no estudo do gesto e relacioná-la com o presente do fazer artístico dentro das artes cênicas.
Nesse percurso, é importante adotar as seguintes ações:
1. Dar continuidade aos encontros com o grupo do Laboratório de Pesquisa e Estudos em Tanztheater (LAPETT- ECA/USP);
2. Retomar as anotações elaboradas sobre a bibliografia já lida; 3. Finalizar a leitura crítica da bibliografia levantada;
4. Assistir continuamente os registros videográficos dos solos selecionados para a análise;
5. Análise da movimentação encontrada nos solos selecionados para a pesquisa; 6. Assistir outros materiais em vídeo referentes ao tema pesquisado;
7. Realizar a apresentação do trabalho em Congresso Científico; 8. Redigir um artigo sobre a pesquisa;
9. Redigir o relatório final da pesquisa.
8. AVALIAÇÃO DO ALUNO SOBRE O PROGRAMA DE INICIAÇÃO:
Realizar a pesquisa de Iniciação Científica tem sido de grande importância para nossa formação acadêmica e artística. A oportunidade de aprofundar o olhar sobre um tema de interesse pessoal com o auxílio e respaldo da universidade e, assim, produzir um trabalho que possua relevância para futuras pesquisas é estimulante.
Destaco o trabalho da Prof.ª Drª. Sayonara Pereira, orientadora do presente projeto, que tem se mostrado solícita na condução da pesquisa no que se refere a dúvidas e a apoio com materiais relevantes. A proximidade com que acompanha o desenvolvimento de nosso estudo é fundamental para garantir um bom desempenho ao fim da pesquisa.
Apesar das dificuldades apresentadas no item 6 (seis) deste relatório parcial, investigar um assunto ainda pouco explorado pela academia brasileira possibilita descobertas interessante e reflexões arejadas sobre o tema. Além disso, a experiência de passar ainda na graduação por todo o processo de pesquisa, que pressupõe a delimitação do objeto a ser apurado e exige constantes leituras críticas, minuciosa análise das descobertas e o exercício da redação como forma de expor uma reflexão, é um grande amadurecimento para o aluno dentro de sua área de conhecimento.
Artisticamente, a reflexão sobre o Tanztheater tem suscitado novas questões a aberto novos caminhos para nossa criação. Reconhecer a importância dessa corrente de
criação cênica e entender seus caminhos de produção ajuda-nos a construir um pensamento artístico de valorização e compreensão do humano na arte.
9. APRECIAÇÃO DO ORIENTADOR SOBRE O RELATÓRIO:
O 1º relatorio introduz, de maneira muito correta, a pesquisa que vem sendo desenvolvida, pela bolsista, apresentando e descrevendo as atividades realizadas até o presente momento; as dificuldades encontradas e as respectivas soluções propostas para cada atividade. Apresenta tambem as diretrizes que ocorreram durante os seis primeiros meses de estudos, e igualmente esclarece as novas propostas e planos para a continuidade da pesquisa.
Os Objetivos iniciais levaram a bolsista à:
- Pesquisar e Identificar os fomentos gerados pela pesquisa do movimento e o novo olhar sobre o corpo na virada do século XIX para o XX;
- Estudar o gesto e suas especificidades; - Identificar as características do Tanztheater; - Estudar a abordagem do gesto pelo Tanztheater;
- Perceber a carência de material bibliográfico e videográfico sobre o tema em questão;
- Através da análise dos solos [Dança da Bruxa e A Morte ] e da observação de processo criativo do Laboratório de Estudos e Pesquisa em Tanztheater (LAPETT), discorrer sobre a apropriação do gesto pelo criador.
Além disso, a bolsista/pesquisadora empenhou-se nas suas investigações, aliando a teoria e prática, a partir da sua participação assidua no Laboratório de Pesquisa e Estudos em Tanztheater (LAPETT) com sua metodica observação participante,na participação das aulas praticas para a afinação do seu instrumento: o corpo; e tambem exercendo a função de assistente técnica nas atividades desenvolvidas junto ao LAPETT.
Apartir da analise da redação do 1º relatório da bolsista tive a oportunidade de perceber a objetividade na redação do texto, escrito de uma maneira muito correta e fluente. Os dados que serão pesquisados e trazidos a tona na 2ª parte da pesquisa teorico-pratica nos fazem acreditar que a pesquisa cumprirá os objetivos propostos de forma positiva e enriquecera o mapa da pesquisa academica sobre o tema Tanztheater/ Ausdruckstanz.
10. APRECIAÇÃO DO ORIENTADOR SOBRE O DESEMPENHO DO BOLSISTA:
Percebemos um especial empenho da bolsista nas suas investigações , aliando a teoria e prática, e especialmente na sua observação-participação assidua junto ao Laboratório de Pesquisa e Estudos em Tanztheater (LAPETT-ECA/USP). Julgamos como muito significativa a sua participação das aulas praticas , e laboratórios para a afinação do seu instrumento: o corpo; e tambem exercendo a função de assistente técnica nas atividades desenvolvidas junto ao LAPETT.
Reconhecemos uma maior objetividade no pensamento oral da bolsista,na redação do seu texto escrito, e na sua inteligencia corporal que começa a despertar a partir do esforço investido.
A jovem pesquisadora tem concentração e seriedade no trabalho , se interessa pela pesquisa e aplicação dos novos saberes, e pretende difundi-los de forma teorico-pratica.
A seguir listamos algumas atividades que a bolsista participou ao longo do semestre relacionadas a sua pesquisa:
01.A Bolsista assistiu diferentes Espetáculos de Teatro e Dança apresentados em São Paulo.
02. Participou ativamente do Forum a Formação do Artista Teatral -1º Movimento - e 2º Movimento ECA-CAC-USP- (agosto/outubro 2012).
03. Integra como pesquisadora/assistente tecnica o LAPETT-Laboratorio de Pesquisa e Estudos em Tanztheater - ECA/USP sob a minha orientação, com reuniões 2X por semana, com atividades teorico-praticas; e sempre que necessárias reuniões individuais./
04.Participou ativamente da Semana de Licenciatura-CAC/ECA-USP / novembro-2012
05. Participou como assistentente tecnica das atividades do Espetáculo Cênico
Momento(s) de Silêncio – com Direção Geral/Coreografia :Sayonara Pereira . A seguir a
especificação das participações:
I.Momento(s) de Silêncio - Teatro da Faculdade de Medicina da USP (junho-2012)
II. Momento(s) de Silêncio - Auditório do Instituto de Artes da UNICAMP - Campinas (setembro-2012).
III. Momento(s) de Silêncio - recebeu o Prêmio para MELHOR ATUAÇÂO DE GRUPO - no 20º Programa Nascente - Preceu/USP. (setembro-2012).
IV. Momento(s) de Silêncio – Auditorio do CAC-ECA/USP- Forum a Formação do Artista Teatral - 2º Movimento ECA-CAC-USP-outubro-2012
V. Momento(s) de Silêncio – Auditorio do CAC-ECA/USP-outubro-2012 IV. Momento(s) de Silêncio –Teatro Sergio Cardoso –São Paulo- dezembro
06. A bolsista participou do “I SUMMER ACADEMY-LAPETT-CAC-ECA-USP” evento promovido pelo LAPETT, dirigido por Sayonara Pereira, que contou a participação das docentes convidadas: Ana Terra Rodriguez Costas, Nadya Moretto, Luiza Banov, Vanessa Macedo, Paula Carrara e Morena Nascimento ministrando diferentes oficinas teórico-praticas, na área das poéticas corporais e vocais, no período de 18 a 22 de fevereiro de 2013. O objetivo do evento foi estabelecer uma ligação entre a pratica cênica, dentro e fora da universidade.
11. RENOVAÇÃO DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA:
( X )SIM ( )NÃO