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ACTA DA SEXTA REUNIÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO REALIZADA EM QUINZE DE DEZEMBRO DE DOIS MIL E SEIS

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ACTA DA SEXTA REUNIÃO DO

CONSELHO MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO REALIZADA EM QUINZE DE DEZEMBRO DE DOIS MIL E SEIS

No dia quinze de Dezembro de dois mil e seis, reuniu na Sala de Sessões da Câmara Municipal de Coimbra, o Conselho Municipal de Educação convocado com a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto 1 – Acta da última reunião do Conselho Municipal de Educação; Ponto 2 – Carta Educativa de Coimbra;

Ponto 3 – Programa de Actividades de Enriquecimento Curricular; Ponto 4 – Outros assuntos.

Nos termos da Lei nº 7/2003, de 15 de Janeiro, estiveram presentes os seguintes elementos do Conselho Municipal de Educação:

- Dr. Carlos Manuel de Sousa Encarnação – Presidente da Câmara Municipal de Coimbra;

- Dr. Manuel Ernesto Rodrigues Paiva – Coordenador Educativo de Coimbra; - Sr. Jorge Espírito Santo Mendes – Representante das Freguesias do Concelho; - Prof.ª Dr.ª Maria Luísa Veiga – Representante das instituições de ensino superior

público;

- Dr.ª Maria do Pilar Carreiro – Representante do pessoal docente do ensino secundário público;

- Dr.ª Filipe Jorge Couto Xavier – Representante do pessoal docente do ensino básico público;

- Dr.ª Josefina Maria Artiaga Dias Miranda Campos – Representante do pessoal docente da educação pré-escolar pública;

- Dr. Paulo Manuel M. L. Santos – Representante dos estabelecimentos de educação e de ensino básico e secundário particular privado;

- Dr.ª Maria Emília Bigotte de Almeida – Representante das associações de pais e encarregados de educação;

- Sr. Joaquim Manuel Correia Gonçalves – Representante das instituições particulares de solidariedade social que desenvolvem actividades na área da educação;

- Dr.ª Maria Fernanda Pinto Silva – representante dos serviços públicos de saúde; - Dr.ª Ana Maria Amaral – Representante do Centro Distrital de Solidariedade

Social de Coimbra;

- Prof.ª Maria Adília Balula Chaves – Representante dos serviços públicos da área da juventude e do desporto.

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Não estiveram presentes o Presidente da Assembleia Municipal, o representante das instituições de ensino superior privado, um representante da associação de pais e encarregados de educação, o representante das associações de estudantes, o representante dos serviços do Centro Distrital de Solidariedade Social de Coimbra, o representante dos serviços de emprego e formação profissional e o representante das forças de segurança, tendo a reunião sido apoiada pelo Dr. José Manuel Oliveira Alves, Director Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, pelo Dr. João Teixeira, Chefe de Divisão de Educação e Ciência, e pelas Técnicas Superiores de Serviço Social, Dr.ª Ana Paula Fernandes e Dr.ª Filomena Dias.

Ponto 1 – Acta da última reunião do Conselho Municipal de Educação O Sr. Presidente da Câmara apresentou a acta da última reunião.

Posta à votação, foi a mesma aprovada por maioria, com 6 abstenções dos elementos que não estiveram presentes na última reunião.

Ponto 2 – Carta Educativa de Coimbra

O Senhor Presidente da Câmara Municipal começou por fazer um historial sobre as versões preliminares da Carta Educativa de Coimbra apresentadas ao Conselho pelo Professor Pais Antunes, um dos autores daquele documento, estando agora concluída a versão final, após terem sido revistos alguns aspectos e tomadas as decisões finais. Acrescentou que o texto da Carta Educativa do Município foi aprovado pela Câmara Municipal de Coimbra e será submetido à aprovação da Assembleia Municipal, após discussão e parecer do Conselho Municipal da Educação.

Informou que a Carta Educativa foi apresentada publicamente à comunicação social, sendo essa apresentação conduzida pelos dois responsáveis pela sua elaboração, a fim de serem esclarecidas eventuais dúvidas e para serem fornecidos alguns elementos de interpretação do documento.

Referiu que a principal questão colocada foi saber qual o horizonte previsível da reforma do ensino básico, na sua opinião muito voluntariosa que, apesar de boa do ponto de vista do princípio lógico é muito difícil de aplicar nas actuais condições. Considerou que, para aplicar uma reforma desta natureza, um modelo de ensino radicalmente diferente do anterior, é necessário modificar as condições do exercício da função do ensino básico, havendo a necessidade de novas escolas, uma reorganização dos alunos nas escolas existentes, um diálogo muito grande com as instituições localizadas junto às escolas, uma grande disponibilidade dos professores e dos conselhos executivos e uma grande colaboração dos pais.

Acrescentou que a opção tomada no Município de Coimbra foi tentar adoptar imediatamente o sistema nas condições existentes, alertando sempre para o facto de que estava a ser feita uma experiência que será avaliada no final do ano lectiva. Pelo caminho surgiram alguns problemas – insuficiência de salas, de instalações e de professores, nomeadamente de música, apesar de em Coimbra existir um Conservatório de Música. Como exemplo da preocupação da qualidade pretendida no Concelho de Coimbra, referiu o protocolo celebrado com a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra para que o inglês fosse ministrado por professores diplomados, com capacidade para leccionar.

Referiu ainda que a Carta Educativa adopta, na sua formulação, uma perspectiva que um dos seus autores considerou “conservadora”, no sentido de se optar por manter as

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escolas existentes e adaptá-las progressivamente para absorver o novo modelo de ensino. Considerou que o modelo fornecido pela Carta Educativa é uma proposta realista que aponta para a construção de uma Escola no centro da Cidade e para melhorar as condições das escolas existentes de forma a torná-las mais atractivas, porque a Câmara Municipal de Coimbra não tem meios financeiros nem terrenos para construir novas escolas. Relativamente ao ensino privado, referiu ter havido um compromisso no sentido de que aquele seria equivalente ao ensino público nas áreas exteriores ao centro urbano de Coimbra e complementar nas escolas localizadas no centro. Quanto ao ensino secundário, nalgumas áreas haverá capacidade sobrante, não havendo garantias que essa capacidade possa vir a ser aproveitada pelo ensino básico.

Concluiu afirmando que a Carta Educativa de Coimbra foi condicionada pelas opções apresentadas e nela são programados os investimentos de acordo com o modelo de ensino existente, não será uma “cartilha” absoluta.

Tomou a palavra o Dr. Ernesto Paiva começando por dizer que conhece ao pormenor a Carta Educativa de Coimbra e que ela tem como pressupostos a defesa da qualidade com critérios de razoabilidade, porque aponta para a rentabilização dos equipamentos existentes e obriga a uma mudança cultural, porque com equipamentos de qualidade é invertida a tendência dos pais de utilizarem as escolas do local de trabalho em vez das escolas da residência. Por outro lado, a rentabilização dos equipamentos existentes implica repensar a utilização das escolas secundárias e das EB 2,3, implica drenar alunos do 1.º ciclo para as EB 2,3 e alunos do 3.º ciclo para as secundárias, transformando as primeiras em escolas EB 1,2 e as segundas em Escolas EB 3/S.

A Dr.ª Pilar informou que está a correr bem o funcionamento de 3 turmas do 3.º ciclo na Escola Secundária Quinta das Flores. Alertou ainda para o facto de haver uma maior lotação das escolas secundárias quando o 12.º ano passar a ser obrigatório, deixando de haver espaço disponível para o 3.º ciclo.

O Dr. Paulo Santos considerou que a Carta Educativa como instrumento de planeamento tem qualidade porque optimiza os recursos existentes, contudo considera que relativamente ao sector privado e cooperativo ficou aquém do esperado. Revelou também a sua preocupação na atracção pelo centro da cidade, com as dificuldades acrescidas ao nível dos transportes, da mobilidade, para além do desenraizamento da área de residência, contrariando o estudo apresentado pelo Dr. Canavarro há cerca de 2 anos, segundo o qual 68% dos pais inquiridos responderam preferir que os seus filhos frequentassem a escola da área da residência e só 18% consideraram o local de trabalho como importante para a escolha da escola dos filhos.

Considerou ainda importante a formação de verdadeiros pólos educativos, onde o 1.º, 2.º e 3.º ciclos poderiam constituir verdadeiros instrumentos de verticalização de ensino.

Revelou a sua preocupação relativamente à construção de uma Escola EB 1,2 no centro da Cidade que levará ao desenraizamento das populações das periferias, a desertificação de algumas escolas da periferia que, neste momento, fruto do trabalho

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com as instituições particulares de solidariedade social local e com as juntas de freguesia estão a ter uma grande dinamização e a incrementar a sua população. Referiu ainda existirem escolas do ensino particular e cooperativo no centro da cidade que têm capacidade para absorver as crianças do centro da cidade e, por outro lado, a localização periférica de escolas do 2.º, 3.º ciclo e secundárias de ensino particular e cooperativo evitaram que algumas centenas de crianças drenassem para o centro da cidade, o que tem efeitos profundos ao nível dos transportes escolares da Câmara Municipal de Coimbra.

O Dr. Filipe Xavier referiu que o ideal seria que todas as crianças se mantivessem nas escolas da sua área de residência, mas é muito difícil os pais não as trazerem para as escolas do local do trabalho porque poucos têm um familiar que acompanhe as crianças.

Considerou que a Escola Secundária D. Dinis e a Escola EB 2,3 de Ceira continuam sobreocupadas porque a rede de transportes que serve aquelas escolas não é adequada.

Por outro lado, referiu também que a Escola Secundária José Falcão não tem capacidade para absorver todos os alunos do 3.º ciclo da Escola EB 2,3 Martim de Freitas. Na sua opinião, seria mais pertinente, numa perspectiva de racionalização de recursos, o encerramento da Escola secundária Jaime Cortesão e a drenagem dos alunos para a Escola Secundária José Falcão, dado haver mais qualidade neste equipamento escolar.

Reforçou ainda a ideia de que quando o 12.º ano for obrigatório as escolas secundárias poderão ficar sobrelotadas.

Revelou ainda a sua preocupação com a situação do corpo docente do 3.º ciclo quando aqueles alunos forem drenados para as escolas secundárias.

Finalizou a sua intervenção considerando que, apesar da Carta Educativa ser um óptimo instrumento de planeamento, há muitos pontos que importa discutir, nomeadamente o facto da tipologia das escolas EB 2,3 não estarem adaptadas para o 1.º ciclo, a não ser que se façam obras, para além do facto de ter havido um grande investimento nas escolas EB 2,3 tendo sido, por exemplo, adaptados blocos só para o 3.º ciclo.

A Dr.ª Luísa Veiga começou por declarar que votaria favoravelmente a Carta Educativa, apesar de ter pontos de discordância com aquele documento, baseando-se no pressuposto de que as questões da educação têm uma componente técnica (que nem todos estão habilitados para discutir) e uma componente fortemente política (perfilha determinadas ideologias relativamente à concepção que os decisores têm da concretização da educação no seu território). Na sua opinião, a Carta Educativa é um instrumento meramente de planeamento no quadro político existente, não é um documento fechado e poderá ser revisto e alterado de acordo com as conjunturas políticas, sociais e económicas.

A Dr.ª Josefina Campos referiu que, para que os pais e encarregados de educação possam deixar os seus filhos nos equipamentos escolares das zonas suburbanas, é necessário que existam estruturas de apoio, que os familiares ou vizinhos possam ir

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buscar as crianças há hora de encerramento das escolas e jardins de infância. Considera que a componente de apoio à família funciona bem nos jardins de infância mas seria importante alargar o horário de funcionamento.

Referiu ser de opinião que a construção de mais salas de aula no centro da cidade, prevista na Carta Educativa, vem adensar ainda mais a frequência daquelas escolas por crianças da periferia

Revelou ainda ter conhecimento de escolas particulares e cooperativas que têm salas com 32 crianças, a funcionar para além da capacidade que os documentos legais permitem. Importa assim, rentabilizar os equipamentos de educação pré-escolar existentes nas zonas suburbanas.

A Dr.ª Emília Bigotte referiu que existem muitas escolas que não têm as condições básicas essenciais para o seu funcionamento: refeitórios, condições de higiene e segurança no trabalho em contexto escolar, componente de apoio à família efectiva nas interrupções lectivas e com um horário compatível com o horário de trabalho dos encarregados de educação. Considerou que nos jardins de infância este problema está a ser resolvido, pela própria imposição da lei (apesar de saber que há jardins de infância do concelho fechados nas interrupções lectivas do Natal), mas no 1.º ciclo continua a existir um parque escolar extremamente degradado que afasta qualquer família. Considerou que é pelo facto de os pais reconhecerem que as melhores escolas estão no centro da cidade que trazem os seus filhos para essas escolas

Referiu ainda que a “Escola a Tempo Inteiro” preconizada pelo Ministério da Educação é um apelo de há muitos anos feito pelas associações de pais, apesar de não ser o modelo que os pais idealizaram, porque, mais do que uma “escola a tempo inteiro, os pais precisam de uma “escola de tempo inteiro” com pessoas a tempo inteiro, onde possam deixar os filhos entre as 8 horas e as 19 horas.

Apesar de partilhar da opinião de haver necessidade de deslocar alunos do 3.º ciclo para as escolas secundárias, não aceita que seja imposta a deslocação de alunos do 1.º ciclo para as escolas EB 2,3.

O Dr. Paulo Santos acrescentou que existem escolas do ensino secundário na cidade de Coimbra que, fruto do Programa Novas Oportunidades – cursos de educação e formação e cursos profissionais – têm neste momento mais alunos do que no passado. Por outro lado, considerou importante que a Carta Educativa, como instrumento de gestão tem que ser estruturada de forma a acautelar que não se cometam erros como no passado, em que foram construídas escolas que passados poucos anos encerraram por falta de alunos, como por exemplo a Escola do Luzeiro.

O Sr. Presidente referiu que é fundamental que se considere a Carta Educativa como um instrumento de planeamento do investimento, não é mais do que isso e se não for elaborada não haverá financiamento para as novas escolas. Acrescentou ainda que se a Carta Educativa tivesse sido elaborada há 1 ano teria de ser agora reformulada dadas as alterações existentes; se não houver um horizonte de estabilidade nas reformas do ensino, o planeamento não pode ser sério.

Referiu ainda que, como o parque escolar do 1.º ciclo é deficiente, a Câmara tem como preocupação melhorá-lo. Relativamente ao pré-escolar, dado haver carência de

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equipamentos, a Câmara Municipal de Coimbra está a investir na construção de 3 novos jardins de infância, dois dos quais no centro da Cidade, não para ir buscar crianças de fora mas para comportar o crescimento populacional em algumas zonas urbanas: Informou também que vão existir 3 novas creches já aprovadas, instituições particulares com a participação da Segurança Social e que a Câmara Municipal vai ceder 4 terrenos para serem construídos estes equipamentos por instituições particulares em diversas zonas da Cidade.

Concluiu dizendo que, quando o 12.º ano se tornar obrigatório, mudarão as condições e será feita uma actualização da Carta Educativa.

A Dr.ª Josefina Campos alertou para o facto de as novas urbanizações serem construídas cada vez mais fora do centro da Cidade, pelo que se torna necessário dar condições aos equipamentos escolares localizados na periferia.

Relativamente ao Programa Novas Oportunidades, a Dr.ª Emília Bigotte referiu que, antes do 12.º ano ser obrigatório, seria importante que a linha orientadora do Conselho Municipal de Educação fosse contribuir para proporcionar aos alunos as oportunidades desejáveis para alcançarem uma qualificação equivalente ao 12.º ano. As novas ofertas de cursos profissionais e artísticos deverão ter a influência da autarquia na definição dos cursos a ministrar nas escolas.

O Dr. Ernesto Paiva apresentou os três elementos do Conselho Municipal de Educação eleitos no passado dia 12 de Dezembro para representar o pré-escolar, o ensino básico e o ensino secundário e solicitou que as convocatórias para as reuniões do Conselho fossem feitas com algum tempo para permitir que cada um dos representantes tivesse tempo para reunir nas instalações da DREC com o objectivo de serem estabelecidas directrizes para trazer ao Conselho.

Posta à votação, a Carta Educativa foi aprovada por unanimidade.

Ponto 3 – Programa de Actividades de Enriquecimento Curricular

O Sr. Presidente passou a palavra ao Dr. Oliveira Alves que referiu que a informação relativa às Actividades de Enriquecimento Curricular, submetida à decisão da Câmara e que traduz a forma como foram colocadas em prática, se encontra na pasta distribuída aos conselheiros. Informou também que ainda existem alguns alunos que ainda não têm acesso àquelas actividades porque, até ao momento, não foram encontrados locais adequados para o seu funcionamento e tem havido dificuldade em contratar os professores de Música necessários.

Relativamente ao Contrato-Programa, informou que este já foi assinado pelo Sr. Presidente da Câmara e remetido à Direcção Regional de Educação do Centro, tendo em vista assegurar o financiamento e o pagamento aos professores contratados pelas instituições executoras, pela Escola Superior de Educação de Coimbra e pela Faculdade de Letras, estando previsto que a primeira tranche seja paga até ao final do mês de Dezembro.

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Referiu ainda que a Câmara Municipal de Coimbra tem uma grande preocupação com o facto de as crianças não inscritas nos ATLs não terem acompanhamento fora do horário lectivo.

A Dr.ª Maria Emília Bigotte de Almeida apresentou aos Conselheiro a seguinte proposta:

Criação, no âmbito do Conselho Municipal de Educação, uma Comissão de Acompanhamento Local com o objectivo de fazer o acompanhamento e avaliar o funcionamento da Escola A Tempo Inteiro, considerando na Escola as actividades curriculares, de enriquecimento curricular e de apoio à família. Para esta avaliação serão utilizados os instrumentos de avaliação criados ao nível da Comissão Nacional de Acompanhamento do Programa, considerando ainda que deverá ser feita não só uma avaliação de implementação mas também de satisfação das crianças, dos pais e dos professores.

A Dr.ª Maria do Pilar propôs que a Comissão fosse constituída pela Dr.ª Emília Bigotte (representante das Associações de Pais), pelo Sr. Joaquim Gonçalves (representante das IPSS) e pelo Dr. Filipe Xavier (representante do 1.º Ciclo do Ensino Básico).

Após os elementos propostos terem aceite integrar a Comissão, a Dr.ª Emília Bigotte sugeriu a seguinte metodologia: reunião dos 3 representantes e definição de uma proposta de trabalho a apresentar ao Conselho Municipal de Educação.

O Dr. Oliveira Alves colocou à votação as propostas apresentadas pela Dr.ª Emília Bigotte de criação de uma Comissão de Acompanhamento Local do funcionamento, no Município de Coimbra, do Programa de Actividades de Enriquecimento Curricular e da Dr.ª Maria do Pilar da mesma ser constituída pelos 3 conselheiros representantes das Associações de Pais, as IPSS e do Ensino Básico, tendo sido aprovadas por unanimidade.

O Dr. Oliveira Alves sugeriu que, logo que a proposta de trabalho esteja elaborada, a Comissão fará chegá-la à Câmara Municipal de Coimbra que convocará uma reunião do Conselho Municipal de Educação para tomar conhecimento da mesma.

Finalmente, o Dr. Ernesto Paiva pediu que, a Comissão apresente à Sr.ª Directora Regional de Educação a proposta aprovada no Conselho Municipal de Educação, bem como a base da proposta de trabalho a desenvolver pela Comissão.

Ponto 4 – Outros assuntos

A Dr.ª Josefina Campos afirmou que as crianças dos jardins de infância da periferia não têm as mesmas hipóteses de acesso aos transportes das crianças da cidade, pelo que apelou à Câmara Municipal para disponibilizar os autocarros das Ecovias para as deslocações para visitas de estudo. Referiu ainda que os autocarros oferecidos pela

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autarquia são insuficientes para responder aos pedidos dos jardins de infância e, por essa razão há oportunidades que se perdem, até porque as juntas de freguesia não têm autocarros e, apesar de alguns centros sociais terem veículos, não têm obrigação de disponibilizar esse transporte.

O Dr. Oliveira Alves disse que iria registar o pedido mas, relativamente às Ecovias, referiu que elas ainda estão em funcionamento. Referiu também que a Câmara Municipal lançou um concurso aberto às empresas transportadoras para aferir quais as que oferecem melhores condições em termos de preço por quilómetro, adaptação dos carros para transporte de criança e vigilância. Acrescentou ainda que se têm apoiado as escolas e jardins de infância de acordo com as disponibilidades financeiras da Câmara.

O Dr. Paulo Santos, a este propósito, considerou que o Decreto-Lei n.º 13/2006 é cria dificuldades acrescidas às empresas de transporte, apesar da regulamentação recentemente publicada ter clarificado algumas dúvidas pontuais. Sugeriu que a Câmara Municipal adaptasse alguns autocarros com material de biblioteca e de ludoteca que se deslocassem à periferia, disponibilizando-se a colaborar no apetrechamento de uma viatura, acrescentando que esta seria importante para aquelas crianças que não se deslocam à cidade para terem acesso aos livros.

A Dr.ª Josefina Campos informou que a Câmara Municipal de Coimbra tem biblomóveis que mensalmente se deslocam aos jardins de infância onde deixam livros que as crianças podem requisitar e levar para casa por empréstimo, os jogos e brinquedos existem nos jardins de infância, por isso, considera que a este nível as crianças estão bem servidas.

A Dr.ª Emília Bigotte referiu que um dos motivos que leva a que os pais prefiram matricular os seus filhos nas escolas do centro da cidade é o facto de terem acesso a oportunidades que não encontram na periferia, há maior oferta e maior diversidade nas aprendizagens, pelo que considera que compete ao Conselho Municipal de Educação apresentar propostas e ajudar a Câmara Municipal a resolver os problemas da educação a este e a outros níveis.

O Sr. Joaquim Gonçalves informou que o Centro de Apoio Social de Souselas, instituição à qual pertence, tem um acordo atípico com a Segurança Social na sequência do projecto “Ser Criança”, com a duração de 2 anos. Com este projecto conseguiram uma carrinha adaptada com livros e jogos. No âmbito deste projecto dão apoio a 11 escolas das freguesias de Souselas, Botão, S. Paulo de Frades, Brasfemes e torre de Vilela, abrangendo cerca de 350 crianças com acompanhamento de pessoal especializado para aquele trabalho. Acrescentou ainda que tem também um acordo com a Segurança Social, em termos de Rendimento Social de Inserção, apoiando as freguesias de Botão e Souselas.

Referiu finalmente que, este ano lectivo ainda, não conseguiram fazer o trabalho com uma das escolas porque não conseguiram adaptar o horário para aquela acção. Apelou ao Conselho Municipal de Educação para ajudar a resolver esta situação.

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Relativamente a este assunto, a Dr.ª Emília Bigotte referiu que, ao nível do 1.º ciclo, com a implementação das Actividades de Enriquecimento Curricular, os horários são feitos de acordo com as orientações emanadas pelo Ministério da Educação. Assim, as actividades desenvolvidas pelo Centro de Apoio Social de Souselas só poderão ser incluídas se estiverem enquadradas nas de enriquecimento curricular.

Acrescentou finalmente que a Câmara oferece demasiadas actividades às escolas ao longo do ano lectivo, pelo que seria importante que elas fossem atempadamente programadas pelas escolas para que a Câmara conseguisse dar resposta aos pedidos de transporte para as crianças se deslocarem.

A Dr.ª Josefina Campos referiu que é importante apoiar as visitas de estudo não só a Coimbra mas a outros locais de interesse do país.

O Dr. Oliveira Alves afirmou que a Câmara Municipal de Coimbra não pode apoiar a totalidade dos pedidos das escolas porque no Concelho existe mais de uma centena de estabelecimentos de educação e ensino e os recursos financeiros são limitados.

O Sr. Jorge Espírito Santo referiu que é importante haver uma maior articulação entre as escolas dos agrupamentos na organização das visitas de estudo.

Não havendo mais nada a tratar, o Senhor Presidente da Câmara deu a sessão por encerrada.

Referências

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