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The use of tools and services for file sharing and collaboration at a higher education institution

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Academic year: 2021

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The use of tools and services for file sharing and

collaboration at a higher education institution

Antonio Jose Videira Tavares

Escola Superior de Tecnologia, Instituto Politecnico do Cavado e Ave, Barcelos, Portugal

ajtavares@ipca.pt

Abstract-This article reports the results of a study about the tools and services that students at a higher education institution used during the previous academic year (2009/10) to share files and collaborate online. The study aims to find out what tools and practices were used by students in activities related to learning and day-to-day (leisure and socialization) activities, trying to establish a relationship between social and academic use of these tools. The results point to a distinctive use regarding the two types of activities, with a preference for traditional means of interaction in the classroom and the access to traditional contents in a passive way. These results confirm recent studies that say that the generational split between natives and digital immigrants is a myth, and that the skills and enthusiasm for Web 2.0 tools of the digital native students are overstated and that the generation gap is not observed in learning activities.

Keywords: file sharing and collaboration, net generation, digital immigrants, digital natives, higher education, web2 in higher education

1. INTRODU<;:AO

A adopc;ao individual de Tecnologias de Informac;ao e Comunicac;ao (TIC) nas comunidades academicas para suporte a actividades de ensino e aprendizagem, continua a ser urn assunto complexo e controverso, para 0 qual contribuem

factores que poderao ir para alem dos modelos tradicionais para estudo da adopc;ao individual de TIC.

Nurna retrospectiva ao tema, verificamos que no inicio da decada anterior, comec;ou a ganhar forc;a uma corrente que considerava haver urn desfasamento entre as TIC que as instituic;5es usavam nos processos de ensino e aprendizagem, e aquelas que os individuos (docentes e discentes) usavam nas suas actividades diarias de lazer e socializac;ao. Este desfasamento agravou-se com as TIC de partilha e colaborac;ao de acesso universal com forte componente social (Web 2.0), como sao os casos das redes sociais, blogs, wikis, redes P2P para partilha de ficheiros, espac;os virtuais, Social Bookmarking, etc.

Estas tecnologias SOCIalS passaram a ser vistas como inovac;5es potencialmente disruptivas, levando a que varios autores considerem que "estamos atingir urn ponto de viragem na forma como a tecnologia e utilizada na aprendizagem" [I]. Assim, este tema e estrategico para as instituic;5es academicas, quer pelas impIicac;5es que tern quer ao nivel das praticas e politicas de ensino e aprendizagem, quer ao nivel da decisao

Luis Alfredo Martins Amaral

Departamento de Sistemas de Informac;ao, Universidade do Minho, Guimaraes, Portugal

amaral@dsi.uminho.pt

nos investimentos em infra-estruturas tecnol6gicas de suporte (e.g. VLE e email institucional) [2].

Esta corrente "revolucionaria", consolidou os seus argurnentos a partir de meados da decada anterior, com uma corrente de autores que alertavam para 0 potencial disruptivo

que tecnologias baseadas na Internet estariam a ter no comportamento dos estudantes [3, 4], dan do origem a uma nova gerac;ao de estudantes, que ja viviam na Web 2.0, e que era caracterizada pela necessidade do imediatismo, impaciencia relativamente a pensamentos lineares e com uma nova capacidade multitarefa [3]. Esta perspectiva deu origem ao debate sobre urna quebra geracional nos estudantes, com 0

aparecimento dos 'nativos digitais' ou 'gerac;ao rede', ganhando forc;a urna perspectiva de que os docentes e as instituic;5es de ensino tinham a responsabilidade de efectuar profundas mudanc;as em resposta as necessidades desta nova gerac;ao de estudantes [5, 6], profundamente diferente da gerac;ao anterior, a dos 'imigrantes digitais'. No entanto, esta perspectiva "revolucionaria" de que as instituic;5es tern de se adequar a urna nova gerac;ao de estudantes, e baseada em resultados especulativos, carecendo de resultados empiricos consolidados.

Recentemente, esta perspectiva "revolucionaria" comec;ou a ser questionada por varios autores, inc1uindo alguns dos seus apoiantes iniciais [7]. Assim, estudos recentes apontam para que as competencias e 0 entusiasmo pelas ferramentas da Web

2.0 da gerac;ao de estudantes 'nativos digitais' estao bastante empolados. Assim, os estudantes desta gerac;ao focam-se apenas na utilizac;ao social destas ferramentas, e relativamente a actividades de aprendizagem, preferem os meios tradicionais de interacc;ao na sala de aula. Por outro lado, estes estudos tambem conc1uem que esta gerac;ao nao e homogenea na forma como encara as novas tecnologias, existindo variac;5es significativas entre os estudantes desta gerac;ao [5].

Assim, apesar de serem legitimos os ape los a transformac;5es na educac;ao e no uso das TIC, suportados em varios estudos que abordam a adopc;ao destas ferramentas (Web 2.0) em contextos educacionais (e.g. FaceBook [8]), normalmente baseados em projectos individuais de docentes entusiastas, trabalhando fora das estruturas e tecnologias institucionais, estas tern de ser considerados com muita precauc;ao [2], seguindo urna abordagem "desinteressada" [9], nao esquecendo que no ensino superior, a adopc;ao de inovac;5es tecno16gicas no ensino e aprendizagem tern sido

(2)

marcada por casos de insucesso ou de baixo retorno relativamente as expectativas iniciais [10].

Neste artigo, apresentamos urn estudo empirico que se enquadra na problematic a da adopyao de tecnologias 'disruptivas' em contextos academicos, apresentando alguns resultados relevantes para a presente discus sao, nomeadamente sobre a utilizayao em contexto academico de dois tipos de ferramentas ou serviyos: para partilha de ficheiros; e para colaborayao online. 0 estudo tern por objectivo descobrir que ferramentas e pniticas os alunos adoptam em actividades relacionadas com a aprendizagem bern como em actividades do seu dia-a-dia (lazer e socializayao), procurando estabelecer uma relayao entre a utilizayao social e a utilizayao academica destas ferramentas.

II. ENQUADRAMENTO

o presente projecto faz parte de urna linha de investigayao onde se pretende construir teoria, de forma indutiva, sobre a adopyao de redes Peer-to-Peer (P2P) em contextos academicos, no suporte a actividades de partilha e colaborayao. 0 ponto de partida desta linha de investigayao consiste em explorar no contexto das academias, sistemas e tecnologias que no contexto aberto da Internet, tern elevados niveis de adopyao individual e urn forte cariz social, como sao 0 caso das redes P2P.

Devido ao canicter controverso desta tecnologia, conotada desde 0 seu inicio com redes P2P anonimas para partilha de

ficheiros e a violayao massiva dos direitos de autor, a qual tern motivado nas academias, a sua proibiyao generalizada, a investigayao focou-se no uso de redes P2P seguras e autenticadas, especificamente concebidas para serem usadas em contextos academicos.

A motivayao residia na possibilidade de com base neste tipo de redes, ser possivel partilhar e agregar recursos computacionais dos seus elementos (e.g. portateis dos alunos) e que interagem com as infra-estruturas das instituiyoes, podendo contribuir para a construyao de ferramentas educacionais mais poderosas e 0 reforyo e agilizayao das infra-estruturas

tecnologicas das instituiyoes, com baixos custos, usando de forma segura e regulada, recursos que estao simplesmente desaproveitados.

Na primeira etapa desta linha de investigayao, foi criada na Universidade do Minho uma rede P2P segura e autenticada, 0

Burnerang [11], que contra as expectativas dos seus autores e promotores nao conseguiu adquirir massa critica para sobreviver, falhando ao nivel da adopyao individual [12]. 0

mesmo resultado foi obtido por outra rede P2P, especificamente concebida para explorar P2P em contexto academico, 0 Lionshare [13], projecto que teve urn elevado

imp acto e visibilidade, bern como elevado nivel de recursos. Nao temos conhecimento de outros projectos semelhantes ao Burnerang e ao Lionshare, que tenham ultrapassado a fase de prototipo e entrado na fase de explorayao. Atribui-mos a inexistencia de projectos deste tipo, as restriyoes impostas pelas instituiyoes na explorayao desta tecnologia, no entanto, esta pode nao ter sido a unica justificayao para esta situayao.

Os resultados finais do projecto LionShare indicam que os aspectos relacionados com a seguranya e autenticayao, nao

eram apelativos para os estudantes, porque a percepyao destes sobre P2P era a de se destinava a partilhar ficheiros de qualquer tipo, e nao para partilhar conteUdos educacionais [13].

Quanto a estudos empiricos sobre a adopyao individual de redes P2P com mecanismos de autenticayao, que se destinem a actividades academicas, estes sao praticamente inexistentes. Alem do caso Bumerang [12], apenas e do nosso conhecimento urn estudo empirico de Lin et al. [14] sobre a utilizayao de redes P2P em ambientes de aprendizagem colaborativa. Este estudo conclui que numa rede P2P autenticada, a adesao dos estudantes e baixa e esta positivamente relacionada com a norma subjectiva, ou seja, com 0 papel do docente.

Os resultados obtidos no estudo de caso Bumerang [12], juntamente com dados recolhidos do projecto LionShare [13],

permitem afirmar que a tecnologia P2P esta

"irreversivelmente" associada com redes P2P anonimas para partilha ilegal de ficheiros violando direitos de autor ("pirataria"), e consequentemente marcada pela instabilidade, controversia e associayao a actividades ilicitas. Assim, 0 uso do

termo P2P, so por si, tern consequencias negativas ao nivel da Utilidade Percebida pelos utilizadores, principalmente entre os estudantes, relativamente ao seu uso em actividades academicas. Alem disso, os mecanismos de seguranya e autenticayao destinados a controlar usos ilicitos, agravam 0

problema da Utilidade Percebida, uma vez que contrariam 0

anonimato (que pas sou a ser uma das principais caracteristicas da tecnologia P2P), alem de colocarem serios problemas a mobilidade no desempenho das tarefas (e.g. uso de VPN).

Concluindo, para explorar 0 potencial das redes P2P

autenticadas em ambientes academicos, temos de reforyar a sua utilidade percebida e usar novas abordagens as questOes de seguranya. Para tal, temos de nos afastar do termo P2P, conotado "irreversivelmente" com partilha ilegal de ficheiros, passando a descrever P2P de forma diferente.

Esta abordagem esta a ser seguida por uma nova gerayao de ferramentas e serviyos que associam a tecnologia P2P com outras tecnologias e "escondem" 0 termo P2P na sua

divulgayao, como e 0 caso do Windows Live Mesh e de outras

ferramentas e serviyos de backup e sincronizayao de ficheiros, ou ainda cloud storage.

III. 0 PROJECTO DE INVESTIGA<;:i\O A. Objectivos

o ponto de partida para este projecto reside no estudo da adopyao em ambientes academicos de ferramentas/serviyos P2P, representativos de urna nova gerayao de aplicayoes desta tecnologia, onde 0 termo P2P e abandon ado (ou "escondido") e

sao fornecidos mecanismos de seguranya e autenticayao, juntamente com serviyos adicionais normalmente associados a

cloud storage. Estas novas ferramentas sao de facil operacionalizayao em contextos academicos, uma vez que sao menos intrusivas nas infra-estruturas organizacionais, e nao sao afectadas pela carga negativa associada a tecnologia P2P.

Pretende-se enquadrar as redes P2P autenticadas, num contexto mais vasto, sem as controversias que rodeiam esta tecnologia, considerando sistemas alternativos para partilha de ficheiros, como e 0 caso dos serviyos de partilha de ficheiros de

(3)

grande dimensao baseados em web-hosting (e.g. RapidShare) que entretanto atingiram elevados niveis de adopyao e urna taxa considenivel de trMego na Internet.

o projecto aborda a problematic a mais geral da analise dos factores de adopyao de ferramentas ou serviyos para partilha de ficheiros, em ambientes academicos. Assim, 0 estudo nao se

restringe a adopyao de urn sistema P2P autenticado (e.g. Windows Live Mesh), mas alarga 0 seu ambito a tres classes de

ferramentas e serviyos para partilha de ficheiros. Estas foram definidas com 0 objectiv� de lidar com a diversidade de

ferramentas e serviyos existentes para partilha de ficheiros, que se sobrepoem em aspectos tecnicos e funcionais, e que constituem alternativas as redes P2P, possibilitando assim uma analise comparativa.

As classes de ferramentas e serviyos para partilha de ficheiros sao descritas da seguinte forma:

Ferramentas de Partilha e Sincronizal;iio de Ficheiros (PSF) - "ferramentas ou serviyos vocacionados para a sincronizayao de ficheiros ou pastas entre computadores, fornecendo uma area de armazenamento na Web, limitado a alguns Gbytes (e.g. GoogleGroups, LiveMesh e OropBox). A utilizayao destas ferramentas po de implicar a instalayao de software no computador pessoal".

Servil;os Online para PartiIha de Ficheiros de Grande

Dimensiio (PFO) - "serviyos vocacionados para a partilha rapida e facil de ficheiros de grande dimensao (ate 100 MBytes por ficheiro em versoes gratuitas) entre dois utilizadores. Nestes serviyos, apos 0 utilizador fazer 0 upload do ficheiro

que pretende partilhar, 0 destinatario recebe uma mensagem

com a ligayao Web para iniciar 0 download do ficheiro (e.g.

RapidShare, YouSendlt, MegaUpload e EasyShare). A utilizayao destas ferramentas nao implica a instalayao de qualquer software no computador pessoal".

Redes ou Ferramentas de Partilha de Ficheiros P2P

(P2P) - "no contexte da partilha de ficheiros, estas redes permitem usar os recursos dos seus participantes (peers) para distribuir de forma rapida e eficientes grandes quantidades de ficheiros. Assim, os recursos disponiveis na rede resultam da junyao das contribuiyoes de todos os seus participantes. A utilizayao destas ferramentas implica a instalayao de software no computador pessoal (e.g. EMule, BitTorrent, Azureus, Vuze, Tribler e GigaTribe)".

Urn dos objectivos do estudo e 0 de identificar ferramentas

e serviyos especificos para partilha de ficheiros, usados pela populayao academica, juntamente com 0 tipo de utilizayao,

nomeadamente quanto ao tipo de actividades em que sao usadas (estudo vs. lazer ou socializayao).

Outro objectivo do estudo, e 0 de identificar ferramentas e

serviyos usados pela populayao academica para colaborayao

online, bern como 0 tipo de utilizayao que e efectuada, de

modo a efectuar urn cruzamento entre a partilha de ficheiros e a colaborayao online, urna vez que existem sobreposiyoes e complementaridades entre ambos os tipos de ferramentas.

B. Abordagem de investigar;:iio

Foi seguida urna abordagem de investigayuo multi-metodo (Fig. 1), utilizando estudos de caso com grupos piloto e urn

inquerito alargado a toda a comunidade docente e discente do IPCA. Na elaborayao das ferramentas de recolha de dados: entrevistas e construyao dos questionarios (duas versoes, uma para docentes e outra para discentes), foi usado urn modelo conceptual sobre adopyao de ferramentas de partilha de ficheiros que tern vindo a ser construido, de forma indutiva, ao longo de todo 0 processo de investigayuo [15].

Estudos de caso: adoP9ao do Live Mesh Caso: Inlclatlva de grupo de alunos para troea de material academico usanda 0 liveMesh Caso: utilizac;:ao do UveMesh par grupo de alunos no ambito

de urna disciplina de urna diScTj5

lrna---Inquerito a popula9ao academica Partilha de ficheiros e colaborac;ao

L-_---.j online em actividades relativas a TRABALHO e a LAZER

Figure 1. Abordagem de InvestigaQao

Foram realizadas 8 entrevistas para recolha de dados junto dos grupos piloto, e 4 entrevistas exploratorias a elementos com forte participayao na comunidade, referenciados como especialistas na utilizayao de TICs relativamente a partilha e colaborayao online. As entrevistas exploratorias constituiram urn dos suportes a elaborayuo dos questionarios.

C. Estrutura do questionario

o questionario e constituido por quatro secyoes (Fig. 2), e tern dois objectivos fundamentais:

• Descobrir que ferramentas e serviyos os elementos da

populayao academica do IPCA usam para partilharem ficheiros e para colaborarem online, nas suas actividades academicas e nao academicas (Trabalho versus Lazer ou Socializayao);

• Analisar os factores que influenciam a adopyao

individual de ferramentas e serviyos para partilha de ficheiros, pelos elementos da populayao academica do IPCA, nas suas actividades academicas e nuo academicas (Trabalho versus Lazer ou Socializayao) Urn aspecto relevante (e inedito) deste inquerito, reside no facto de a populayao alvo de alunos (discentes) poder representar duas gerayoes distintas de adoptantes tecnologicos - os 'nativos digitais' e os 'imigrantes digitais', ou seja, alunos do ensino diurno e alunos do ensino pos-Iaboral.

Foram elaborados dois questionarios, urn para docentes e outro para discentes. Ambos os questionarios tern a mesma estrutura, diferindo em perguntas especificamente relacionadas com actividades de en sino (para os docentes) e actividade de aprendizagem (para os discentes). Os objectivos enunciados em ambos os questionarios sao identicos, diferindo apenas na descriyuo do conceito Trabalho, urna vez que para os docentes este conceito vai muito para alem das actividades de ensino.

(4)

"� � Oados demogrMiCOS

)

01-09 f Usc de recursos 'I I informalicos no local de I : t�����o I

-

---_

/

Recursos informatiCO

j

pessoals 015-017 Perfil de Utilizador e experiAncia tecnol6gica 018-020 Usc de recursos

J

informaticos no estudo Q21-Q23

Figure 2. Estrutura do Questiomlrio

Quanto a estrutura, a primeira secyao tern por finalidade obter dados sobre caracteristicas individuais, pniticas e recursos do respondente, incluindo questOes relativas a: dados demognificos; recursos inform<iticos disponiveis; utilizayao de recursos informaticos no estudo; perfil do respondente como adoptante de novas tecnologias; nivel de experiencia na utilizayao de diversas ferramentas, processos ou serviyos, directa ou indirectamente relacionados com actividades de ensino e aprendizagem; e nivel de experiencia na utilizayao de ferramentas que surgem noutras partes do questionario.

Seguem-se questOes relacionadas com os factores presentes no modelo conceptual relativos a caracteristicas individuais (Altruismo, Reciprocidade e Familiaridade) em dois tipos de actividade (Trabalho e Lazer), bern como relativas a caracteristicas da tarefa (Mobilidade).

Praticas sobre partilha de ficheiros sao abordadas em 3 questOes (Q31, Q32 e Q33) de escolha multipla, onde e perguntado que ferramentas usam para partilhar ficheiros de diferentes tamanhos (500 KB, 5 MB, 20 MB, 1 GB) numa situayao especifica:

• Q31: Dentro da sala de aula 0 que usa habitualmente

para partilhar ficheiros com os tamanhos indicados;

Q32: Dentro das instalayoes do IPCA, mas fora da sala

de aula, 0 que usa habitualmente para partilhar

ficheiros com os tamanhos indicados;

• Q33: Se estiver em casa e pretende enviar urn ficheiro

para alguem que esteja longe, assinale 0 que usa

habitualmente para partilhar ficheiros com os tamanhos indicados;

Ainda na primeira secyao, temos urn conjunto de perguntas sobre ferramentas e serviyos que os respondentes usam para suporte a colaborayao online, incluindo perguntas sobre a frequencia de usn, para que actividades usam (trabalho/lazer) e que tipo de participayao (passiva/activa) tern no seu us�.

As praticas seguidas na partilha de ficheiros usando ferramentas e serviyos das 3 classes (PSF, POF e P2P), sao abordadas em cada secyao respectiva (2-PSF, 3-POF e 4-P2P), com questOes sobre que ferramentas da classe respectiva os

respondentes usam, para que usam (trabalho/lazer) e que tipo de participayao tern no seu usn (activa/passiva).

D. Administrm;iio do questionario e participantes

o questionario foi administrado atraves da plataforma SurveyMonkey. 0 metodo de recolha de dados baseou-se na associayao de endereyos email a links Web para os questionarios, permitindo aos respondentes preencherem 0

questionario por etapas, e enviar lembretes ape lando a

conclusao dos questionarios. A garantia de anonimato pelo investigador era expressamente referida de forma clara e legivel no questionario e em todos os lembretes enviados. Esta foi a forma encontrada para contomar 0 problema da dimensao

do questionario (104 questOes) e gerir 0 seu processo de

difusao, sem interferir com 0 normal decorrer das aulas, 0 que

se tomaria particularmente dificil com os alunos do ensino p6s­ laboral, cujo tempo disponivel e bastante escasso.

A recolha de dados foi dividida em duas fases: a primeira decorreu durante 0 mes de Julho de 2010, ap6s 0 final das

aulas; a segunda decorreu durante 0 mes de Setembro, antes do

inicio das aulas. 0 numero de alunos inscritos no IPCA no ann lectivo 2009/2010 foi de 2989, 66% na Escola Superior de Gestao (ESG) e 34% na Escola Superior de Tecnologia (EST). A distribuiyao por esca15es etarios e por tipo de horario (Diumo e Noctumo) e apresentada na Fig.3.

Apesar de 0 escalao etario s6 por si nao ser suficiente para

definir a dimensao Gerayao Digital (Nativos ou Imigrantes) [6], a populayao da instituiyao tern uma forte prevalencia de cursos em regime p6s-laboral e uma elevada taxa de alunos com actividade profissional. Esta caracteristica nao afecta de igual modo ambas as escolas, 0 que se retlecte em diferenyas

significativas nos escaloes etarios, com a media de idades da ESG em 27,1 anos, no limite do que e considerada a gerayao dos 'nativos digitais' e a EST com media de 23,5 anos, no intervalo da gerayao dos 'nativos digitais'. Considerando 0

intervalo 27 a 31 anos na fronteira de ambas as gerayoes, este e constituido maioritariamente por alunos do ensino noctumo, sendo necessario algum cui dado na sua analise.

• menos de 27 .27-31 • mats de 32 100% ,..,-__ -��.--"""1"'--r 100% 90% 90% 80% 80% 70% 70% w% w% 50% 50% �% �% 30% 58% 30% 20% 20% 10% 10% • Diurno _ Nocturno 0% 0% .J..-.JL..----L�..L---JL-,---"--...a-,

ESG EST IPCA ESG EST IPCA

Figure 3. Distribuic,;ao da populac,;ao Alunos: escola x faixa etaria x horario

o questionario foi enviado para os endereyos email de uma base de dados de contactos dos alunos, num total de 2774 endereyos, dos quais 330 nao foram contactados (caixas email cheias ou nao validos) e 37 optaram por nao participar.

Foram iniciados 569 questionarios, tendo sido concluidos e considerados validos 326, e 243 ficaram por concluir (em diferentes etapas) ou foram considerados invalidos. A taxa de respostas foi de 13,3%, e a taxa de questionarios concluidos foi

(5)

de 57,3%. Dos concluidos, 47,2% sao de respondentes da EST e 52,8% da ESG, 0 que difere significativamente da popular,;ao.

A distribuir,;ao dos respondentes e apresentada na Fig. 4. o desfasamento verificado entre popular,;ao e respondentes, constitui urna vantagem potencial, pois e na EST onde a utilizar,;ao do tipo de ferramentas e servir,;os em analise e mais efectiva. Assim, podemos considerar que a representatividade dos respondentes face a popular,;ao e boa, considerando 0

genero, a idade, e 0 horario (Diurno ou Noctumo).

• menos de 27 .27·31 • mais de 32 100% ,-, ___ -__ -.-_-..._ 100% 90% 90% 80% 80% 70% 70% W% W% 50% 50% �% �% 30% 56% 30% 20% 20% 10% 10% • Oiurno _ Nocturno 67% 52% 39% 0% 0% +-''---'-��-L,--'--_'__,

ESG EST IPCA ESG EST IPCA

Figure 4. Distribui91io dos respondentes: escola x faixa etaria x horario

IV. RESULTADOS

Os resultados apresentados neste artigo fazem parte da analise exploratoria, e focam-se na identificar,;ao de praticas e no uso de ferramentas concretas, utilizando uma abordagem descritiva.

Relativamente a posse de recurs os informaticos e ao acesso a internet, 94,8% tern computador portatil e apenas 3,3% nao tern acesso fixo ou movel a internet, 0 que indica urn acesso

massificado a recursos computacionais.

A. Experiencia tecnol6gica

o questionario contem urn conjunto de perguntas sobre a experiencia do respondente na utilizar,;ao de varias ferramentas ou servir,;os, de acordo com urna escala de Likert de 5 niveis. Apresentamos na Fig. 5 os resultados agrupados por escola, em que 0 WOC e a plataforma de gestao de conteudos do IPCA.

WOC email 1M RSS redes socia is blogs grupes on line PSF POF P2P Podcasts calendarios online Streaming Desktop Sharing VPN 1.5 2.5 3,5 4,5 • ESG _ EST Experiencia 1-Nenhuma 2= Basica 3= Normal 4= Av anl"'d a 5= Perito

Figure 5. Experiencia tecnol6gica: Medias por escolaxferramenta

Os resultados indicam que nao existem diferenr,;as significativas nas ferramentas mais usuais (WOC, email, 1M e redes sociais). Quanto as ferramentas que exigem maiores conhecimentos tecnologicos, as diferenr,;as sao significativas,

com niveis de experiencia tecnologica dos elementos da EST superiores aos da ESG. No entanto, entre os alunos da EST, 0

nivel de experiencia com estas ferramentas nao e elevado, ficando em geral muito proximo de 3 (Normal).

B. Uso de ferramentas para colaborar;ao online

o questionario contem urn conjunto de perguntas sobre a frequencia de uso (escala de Likert de 6 niveis) de varias ferramentas, como 0 WOC, email institucional, B-On e ainda

ferramentas das seguintes classes: redes sociais; 1M; Edir,;ao colaborativa; blogs; partilha de videos; partilha de imagens; partilha de apresentar,;oes; jogos ou espar,;os sociais.

Na Fig. 6 apresentamos apenas as ferramentas que tiveram uma media superior a 2 (Muito Raramente). De referir que as ferramentas mais usadas em ambas as escolas sao 0 Windows

Messenger, 0 WOC, 0 YouTube, 0 email institucional e a

Wikipedia. 0 FaceBook ja apresenta urn nivel de adopr,;ao consideravel.

Quanto as ferramentas que nao aparecem listadas por nao terem atingido uma media de 2 (Muito Raramente) temos: B­ On, MySpace, Twitter, Linkedln, Google Wave, MS Live Workspace, escrita de blogs, Dailymottion, Videoegg, Photobucket, Scribd, SlideShare, AuthorStream, SecondLife, World Warcraft, Travian, EverQuest e Eve.

A pergunta para que actividades usam estas ferramentas (1

= maioritariamente para trabalho, 2 = igualmente para ambos, e

3 = maioritariamente para lazer) temos as seguintes medias:

Windows Messenger (2,3), YouTube (2,6), email (1,8), FaceBook (2,7), Wikipedia (1,7), ler Blogs (2,4) e Google Docs (1,6). Relevante 0 facto de no uso da Wikipedia e do

GoogleDocs predominar a componente trabalho.

WOC

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email do ipca websites do ipca FaceBook HiS WinM essenger Skype _eSG Google_ Talk Chat_RedeSocial GoogleDocs GoogleSttes Wikipedia Wikis le_blogs YouTube Vimeo �a.j_-+_ Flickr

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Ptcasa , devianlArt } ...

=

=;;;

#

Farmvile J Frequencia Usc

1= Nunca Usei, 2= Muito Raramente,

3; Raramente,4-:= Norm almente,

5;;; Frequentemente, 6;;; Muito Frequentemente

Figure 6. Frequencia de uso: Medias superiores a 2 c. Uso de ferramentas para partilha de ficheiros

Para cada uma das tres classes consideradas (PSF, PFO e P2P), era feita a pergunta: "Conhece ou utilizou durante 0 ana

lectivo actual alguma ferramenta ou servir;o desta classe?".

Caso a resposta fosse afirmativa, 0 questionario prosseguia

com perguntas especificas sobre cada uma das classes, incluindo que ferramentas e tipo de uso. As respostas afirmativas foram de 36,8% para PSF, 52,9% para POF, e

(6)

51,5% para P2P. Interessante notar que os sistemas POF ultrapassam os sistemas P2P.

Quanto a ferramentas especificas, temos para cada classe as seguintes: PSF (DropBox, LiveMesh, Google Groups, Live SkyDrive, SugarSync e GoodSync); PFO (RapidShare, YouSendIt, 4Shared, MegaUpload, e EasyShare); e P2P (emule, bitTorrent, Azureus, Vuze, Tribler, GigaTribe).

Quanto a frequencia de uso (1...6), com medias acima de 2 (Muito raramente), temos a DropBox (2,5), GoogleGroups (2,5), RapidShare (2,7), 4Shared (2,0), MegaUpload (2,8), EasyShare (2,3), emule (3,1) e BitTorrent (3,1).

Relativamente ao Windows Live Mesh, cuja adop<;ao por grupos piloto, estava a ser objecto de estudo, a media foi de 0,8 indicando Guntamente com uma analise mais detalhada) que esta ferramenta estava a ser usada exclusivamente por urn dos grupos, que por sua pr6pria iniciativa usava a ferramenta para troca de materiais academicos.

A pergunta para que actividades usa a ferramenta (1..3), temos os seguintes resultados: nas ferramentas P2P e POF as medias foram superiores a 2,4, com excep<;ao do Y ousendIt, com 2,1, e com 22 respondentes a indicarem que 0 usavam

maioritariamente para trabalho (1). As ferramentas de PSF eram claramente indicadas para actividades relacionadas com 0

trabalho: DropBox (1,8), LiveMesh (1,8) e Google Groups (1,7).

Considerando os dados anteriores (frequencia de uso e actividade de uso), verifica-se que apenas a Dropbox e 0

Google Groups ja atingiram urn nivel consideravel de adop<;ao para actividades relacionadas com 0 trabalho.

V. CONCLUSOES, LIMITA<;:OES E TRABALHO FUTURO

Os resultados obtidos confirmam resultados de estudos recentes que apontam para que a separa<;ao geracional entre nativos e imigrantes digitais seja urn mito, e que estao empoladas as competencias e 0 entusiasmo pelas ferramentas

da Web 2.0 na gera<;ao de estudantes 'nativos digitais'. Alem dis so, a diferen<;a entre gera<;oes nao se verifica relativamente a actividades de aprendizagem, continuando a preferencia pelos meios tradicionais de interac<;ao na sala de aula e pelo acesso a conteudos tradicionais, numa perspectiva essencialmente passiva.

o estudo encontra-se numa fase inicial de analise, estando a

ser preparada uma analise aprofundada dos dados recorrendo a ferramentas estatisticas de nova gera<;ao, como e 0 caso do PLS

(Partial Least Squares) no senti do de verificar 0 ajustamento

do modelo de adop<;ao as tres classes de ferramentas de partilha de ficheiros.

Os estudos recentes tambem concluem que a gera<;ao dos 'nativos digitais' nao e homogenea na forma como encara as novas tecnologias, existindo varia<;oes significativas entre os estudantes desta gera<;ao. Para confirmar esta falta de homogeneidade, e detectar casos particulares, os modelos

estatisticos baseados na agrega<;ao de dados nao sao suficientes, sendo necessario recorrer a ferramentas que permitam detectar singularidades nas rela<;oes entre as entidades, como e 0 caso das ferramentas de SNA (Social

Network Analysis), estando a ser utilizado 0 NodeXL.

Como trabalho futuro, e ap6s a conclusao de toda a analise deste caso, e importante consolidar urn modele de observa<;ao desta problematica na institui<;ao, de caracter regular, atraves do aperfei<;oamento das ferramentas utilizadas. Desta forma, pretendemos manter os agentes decisores informados quanta as praticas e expectativas da popula<;ao, evitando decisoes baseadas em pressoes extemas/intemas relativamente a altera<;oes profundas quer nas politicas de ensino quer nos investimentos na infra-estrutura tecnol6gica.

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Referências

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