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Aula 5 O que me nutre? Conteúdos: Experiência de satisfação que está relacionada à nutrição.

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Academic year: 2021

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Aula 5 – O que me nutre? Tema: Nutrição e arte

Público: 6º e 7º anos do Ensino Fundamental.

Conteúdos: Experiência de satisfação que está relacionada à nutrição. Duração: 45 min.

Objetivo: Espera-se que ao final desta atividade os alunos tenham estabelecido a conexão entre satisfação e nutrição, no sentido de bem-estar. Pretende-se ainda que os alunos tenham percebido que a nutrição abrange também os aspectos culturais e subjetivos.

Preparo do educador para esta atividade

ü Para se apropriar desta proposta, assista o documentário Fonte da Juventude e consulte o referencial teórico desta aula.

ü No dia anterior à atividade, separe as folhas sulfite; providencie materiais para colorir, como giz de cera e lápis de colorir.

ü Ler o texto de preparo do educador para esta atividade, no final desta atividade: Alimentar-se de Vida, por Sergio Ishara.

Roteiro de atividades sugerido aos educadores

Conversa inicial com os estudantes: 1) Qual sua lembrança mais gostosa?

2) O que torna ela tão especial? Porque te fez bem?

Procure pontuar ao longo da conversa que a lembrança esteja relacionada a um momento que eles guardam no coração, que seja bonito, traga felicidade, onde eles se sentiram bem, enriquecendo suas referências.

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colocando uma palavra ou frase como título no seu desenho. O objetivo desse título é realçar o significado desta lembrança e deve surgir a partir da reflexão sobre o que torna a lembrança tão especial para as crianças.

Depois que cada aluno desenhar sua lembrança, separe a turma em grupos (de 3 a 4 pessoas) para que os alunos compartilhem suas lembranças e mostrem o desenho a seus colegas. A pergunta geradora de discussão nos pequenos grupos é: “O que me nutre?”. É interessante que o professor fique passando entre os grupos e conversando sobre as experiências.

Tarefa para casa

Preste atenção nos pequenos acontecimentos do seu cotidiano, percebendo as coisas boas que acontecem e como elas te nutrem (te fazem bem).

Avaliação da atividade

Aproveite suas reflexões na avaliação a seguir para compartilhar sua experiência com outros educadores! Poste suas respostas na plataforma [link do local de compartilhamento].

1) Quantas crianças estavam presentes na atividade? 2) Volte ao objetivo da aula de hoje e avalie:

a) Em seu ponto de vista, o objetivo foi alcançado? Se não, por quê? Se a

resposta for afirmativa, faça uma reflexão sobre sua resposta.

b) Como as crianças responderam à atividade?

c) Em seu ponto de vista, quais pontos do planejamento necessitam ser

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Referencial teórico

Texto preparatório para o professor: Alimentar-se de Vida - Sergio Ishara1

Há vários anos desenvolvemos um trabalho de atenção e compartilhamento da vida cotidiana, denominado Grupo Comunitário de Saúde Mental (http://www.grupocomunitario.com.br). Esta atividade nos ajuda a compreender a riqueza da vida humana e nos estimulou a esboçar esta reflexão sobre o que alimenta a vida.

A pessoa humana é por natureza necessitada de nutrição. Desde o primeiro instante de vida o bebê precisa respirar para nutrir-se de oxigênio e logo em seguida busca alimentar-se do leite materno, bem como de atenção e carinho.

Ao longo de toda a vida, as mais diversas carências mobilizam um processo de buscas que nos permitem compreender a natureza humana. Desta forma, vamos conhecendo uma infinidade de necessidades, das quais podemos discriminar algumas como essenciais para viver.

Neste contexto, a vida cotidiana se apresenta como o campo de uma nutrição que permite o acontecer da vida humana. Por isso, torna-se muito relevante acompanhar este processo: “Como viver sendo nutrido pela vida?”.

A pessoa é por natureza relacional, nutre-se de relacionamentos. O cotidiano é o lugar dos encontros, onde relacionamentos podem acontecer com tudo e com todos.

Reconhecemos o valor da experiência quando admiramos pessoas que portam uma “bagagem de vida”, pessoas que, diante das circunstâncias, souberam colher sabedoria e motivação para viver. Diante de tais pessoas, fica evidente que não nos bastam as vitaminas, as proteínas e a energia dos alimentos para viver, mas que precisamos colher sabedoria, motivação, sentido e significado diante dos acontecimentos.

O processo de nutrir-se da vida não é algo automático. De maneira semelhante ao que ocorre na alimentação, não basta colocar o alimento na boca, nem mesmo é

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suficiente engolir. É necessário um percurso que inclui a digestão e a absorção. Neste contexto, faz parte da educação humana, desenvolver a capacidade de processar as vivencias cotidianas, algo que podemos chamar de aprender a “fazer experiência”.

Da mesma forma que precisamos nos alimentar várias vezes ao dia, o “fazer experiência” precisa ser um processo continuado. E a importância disso é tão grande que para “fazer experiência” a natureza nos dotou, além dos órgãos do sentido, da capacidade de memória e reflexão, de maneira que podemos processar o que estamos vivendo, bem como toda a nossa história.

Alimentar-se da vida é o desafio fundamental para a construção de uma pessoa humana. Neste processo, contamos com dois grandes aliados: a realidade e o senso humano.

A realidade, reconhecida na vida cotidiana, pode tornar-se fonte de conhecimento, sentimento, reflexão, através das coisas mais simples e ordinárias, tais como as músicas que escutamos, as leituras que fazemos, e a interação com os acontecimentos do dia a dia. É a própria vida que suscita e sustenta a nutrição do viver: tudo pode tornar-se elemento de mobilização da pessoa e, por isso, fonte de experiência. O senso humano compreende um conjunto de exigências originais da pessoa que permite a emergência de critérios internos, uma espécie de “bússola”, que nos guia no processo de realização humana. Este núcleo interno, denominado Experiência Elementar2, nos permite reconhecer o que mais corresponde à nossa natureza, ou seja, o que melhor pode nutrir de vida a nossa pessoa.

Assim, de forma semelhante a um músico, precisamos sempre “afinar nosso instrumento”, utilizando e apurando este senso humano, como uma ferramenta para avaliar a realidade e conectar-nos ao que descobrimos como valioso.

Interessante notar que a satisfação das necessidades não esgota os desejos humanos. Pelo contrário, nutrir-se da vida favorece o desenvolvimento e o fortalecimento dos desejos mais originais da pessoa. Os sinais de que uma pessoa se

2 Giussani, L. O senso religioso. EDUCB, São Paulo. 2011.

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alimenta de vida são que ela: a) é cheia de esperança; b) é livre, ou seja, experimenta a possibilidade de ser em qualquer circunstância.

Em resumo, nutrir-se da vida implica uma capacidade de encontrar correspondência entre a natureza da pessoa e a realidade. Desta forma, viver torna-se uma experiência fecunda de sentido e de significado, onde o que está em jogo é o acontecer da pessoa.

Concluo com uma história. Quando meu filho era pequeno, ao anoitecer eu gostava de ler para ele um livro que descrevia o momento em que um ursinho, chamado Didi, se preparava para dormir. Lembro que tinha uma frase no livro que dizia: “Hoje foi um dia cheio para o ursinho Didi”. No livro, o ursinho recordava o que tinha vivido durante o dia. Nosso desafio é o de ir dormir com a sensação de ter vivido um dia cheio, não de afazeres que o sobrecarregaram, mas de realização e de felicidade!

Experiência inspiradora sobre o que me nutre. Site do Grupo Comunitário de Saúde Mental: http://www.grupocomunitario.com.br/blog.php Acessado em 27/07/2017.

Teias de experiências: reflexões sobre a formação de contadores de histórias. Ana Luísa de Mattos Masset Lacombe (Org). São Paulo: CSMB, 2013. 83p. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/Teia%20de%20experiencias_138292828 3.pdf Acessado em 27/07/2017. O nó do afeto http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/texto008.shtml Acessado em 27/07/2017.

Referências

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