• Nenhum resultado encontrado

Universidade Estadual de Londrina

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Universidade Estadual de Londrina"

Copied!
26
0
0

Texto

(1)

Universidade

Estadual de

Londrina

ANDRÉIA ROSA DA SILVA

CORRELAÇÃO ENTRE DIFERENTES MÉTODOS DE

AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE

LONDRINA 2008

(2)

ANDRÉIA ROSA DA SILVA

CORRELAÇÃO ENTRE DIFERENTES MÉTODOS DE

AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.

Orientador: Prof. Ms. Marcelo Romanzini

LONDRINA 2008

(3)

ANDRÉIA ROSA DA SILVA

CORRELAÇÃO ENTRE DIFERENTES MÉTODOS DE

AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________

Prof. Ms. Marcelo Romanzini Universidade Estadual de Londrina

____________________________________

Prof. Dr. Abdallah Achour Júnior Universidade Estadual de Londrina

____________________________________

Prof. Ms. Mathias Roberto Loch Universidade Estadual de Londrina

(4)

Dedico este trabalho aos Mestres da Hierarquia de Luz - em especial a Mãe Maria, aos meus pais José Brás e Sirlei e à

(5)

AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos, À Deus pelo dom da vida,

À minha família, minha querida mãe Sirlei, meu pai José Brás, e minha irmã Cristina, a qual, desde o início, fez parte da realização desse sonho,

À meu orientador Marcelo Romanzini, pela grande dedicação, profissionalismo e caráter,

Às minhas queridas e grandes amigas Amanda, Alessandra, Gabriela, Lívia, Maria, Janaína, Juliana Moraes, Juliana Martins e Juliane por me apoiarem em todos os momentos e por fazerem parte da minha vida,

À Juliana Novaes, por tantas conversas agradáveis, pela atenção, carinho e grande amizade,

À Daniela e Joana, pela grande amizade e carinho e por tornarem minha vida mais feliz e divertida

À Erick e Paulo, pela amizade e imprescindível coloboração nas avaliações físicas,

À todas as pessoas maravilhosas que conheci durante esses quatro anos de graduação, em especial, aos amigos da Turma 1000.

(6)

Carta de Submissão e Declaração de Responsabilidade

Aos editores da Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Através desta, venho apresentar o artigo CORRELAÇÃO ENTRE DIFERENTES MÉTODOS PARA A AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE. Declaro que: participei do trabalho o suficiente para tornar pública sua responsabilidade pelo conteúdo; o conteúdo do trabalho é original e não foi publicado ou está sendo considerado para publicação em outra revista; se necessário fornecerei ou cooperarei na obtenção e fornecimento de dados sobre os quais o manuscrito está baseado, para exame dos Revisores; contribuí substancialmente para a concepção, planejamento ou análise e interpretação dos dados, na elaboração ou na revisão crítica do conteúdo e na versão final do manuscrito.

(7)

SILVA, Andréia Rosa. Correlação entre diferentes métodos para a avaliação da

flexibilidade. 2008. 26 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Educação Física -

Bacharelado) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2008.

RESUMO

Para se obter informações consistentes sobre os níveis de flexibilidade, instrumentos de avaliação cientificamente testados podem permitir uma caracterização mais precisa do diagnóstico. Nesse sentido, o presente estudo buscou estabelecer a associação entre três diferentes métodos de avaliação da flexibilidade: o flexímetro, o teste de sentar e alcançar e o flexiteste. Para isso, foram avaliados 28 universitários de ambos os sexos, sendo 14 rapazes e 14 moças, com idade média de 22,2 ± 1,9 anos, peso corporal médio de 67,7 ± 12,6 quilos e estatura média de 170,2 ± 8,6 centímetros. Foram aplicados procedimentos de estatística descritiva para a caracterização dos sujeitos e para a apresentação dos valores de flexibilidade obtidos em cada protocolo. A associação entre os métodos foi verificada através da correlação produto-momento de Pearson. O flexímetro foi utilizado como indicador de referência para as associações do estudo. Assim, foram comparados os resultados apresentados pelo flexímetro com os resultados do teste de sentar e alcançar e do flexiteste, em seguida, foram estabelecidas associações entre os escores totais de cada método de avaliação. Os resultados mostraram associações significativas de 8 movimentos entre o flexímetro e o flexiteste e de 4 movimentos entre o flexímetro e o teste de sentar e alcançar. Na associação dos escores totais, as medidas produzidas pelo teste de sentar e alcançar não se associaram de forma significativa com àquelas verificadas pelo flexímetro e pelo flexiteste, demonstrando baixos índices de correlação (r = 0,22 e r = 0,36, respectivamente). Por outro lado, foi constatada uma correlação estatísticamente significativa entre o flexímetro e o flexiteste (r = 0,67).

(8)

SILVA, Andréia Rosa: Correlation between different methods of evaluation the

flexibility. 2008. 26 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Educação Física -

Bacharelado) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2008.

ABSTRACT

To get consistent information on the levels of flexibility, evaluation instruments scientifically tested may allow a more precise characterization of diagnosis. In that sense, this study tried to establish the association between three different methods for flexibility: the fleximeter, the sit and reach test and flexitest. For this, 28 were university students of both sexes, 14 boys and 14 girls, mean age of 22.2 ± 1.9 years, average body weight of 67.7 ± 12.6 kg and average height of 170, 2 ± 8.6 cm. Procedures were applied to descriptive statistics for the characterization of subjects and the presentation of the values of flexibility obtained in each protocol. The association between the methods was verified by product-moment correlation of Pearson. The fleximeter was used as a reference for the associations of the study. Thus, we compared the results presented by fleximeter with the test results to sit and reach and flexitest then associations have been established between the total scores of each method of evaluation. The results showed significant associations between the movements of 8 fleximeter and flexitest and 4 movements between the fleximeter and sit and reach test. In association of total scores, the measures produced by the test of sit and reach were not associated in any significant way with those recorded by fleximeter and the flexitest, showing low levels of correlation (r = 0.22 and r = 0.36, respectively ). Moreover, a statistically significant correlation between the fleximeter and flexitest (r = 0.67).

(9)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Características descritivas da amostra ... 15 Tabela 2 – Relação entre medidas angulares (Flexímetro) e adimensionais...15

(Flexiteste) para a avaliação da flexibilidade em 18 movimentos padronizados

Tabela 3 – Relação entre medidas angulares (Flexímetro) e lineares

(Sentar-e-alcançar) para a avaliação da flexibilidade...16

Tabela 4 – Associação entre os escores totais de medidas angulares, adimensionais

(10)

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...10 2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...12 2.1. SUJEITOS...12 2.2. PROTOCOLOS...13 2.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA...14 3. RESULTADOS...14 4. DISCUSSÃO...17 5. CONCLUSÃO...19 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...19 APÊNDICE. ... 23

(11)

10

1. INTRODUÇÃO

Considerada como um dos principais componentes da aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho atlético, a flexibilidade pode ser definida como a capacidade física responsável pela máxima amplitude de movimento voluntário em uma ou mais articulações sem lesioná-las1. Diferentemente de outras variáveis da aptidão física, como a potência aeróbica máxima e a força muscular, níveis muito elevados de flexibilidade nem sempre parecem estar associados a uma condição de melhor desempenho físico ou de saúde2,3. Entretanto, é amplamente aceita a idéia de que níveis mínimos de amplitude articular são necessários para a manutenção da saúde e para uma boa qualidade de vida, assim como para o desempenho esportivo2,4,5,6,7. Por outro lado, baixos índices de flexibilidade podem estar associados a problemas posturais, lombalgias, incidência de lesões, diminuição da vascularização local, aparecimento de adesões e aumento de tensões neuromusculares8.

A flexibilidade é limitada por diversos fatores, dentre eles o formato das superfícies articulares, as adesões, contraturas e cicatrizes nos tecidos moles, componentes contráteis, ligamentos, tendões, tecido conectivo e restrição neural. Outras limitações mecânicas, como excesso de gordura ou excesso de massa muscular também influenciam no grau de flexibilidade9. Além disso, fatores como a herança genética, o sexo, a idade, a raça, o nível de treinamento físico e a temperatura ambiente, garantem à flexibilidade um caráter individual3,10.

Segundo as diretrizes do Colégio Americano de Medicina Desportiva, exercícios voltados para o aprimoramento e/ou manutenção da flexibilidade devem ser incorporados em programas de exercícios físicos, tanto para atletas como para não-atletas, como um meio de favorecer a mobilidade articular e funcional, o desempenho muscular, e, em alguns casos, podendo atuar sobre a prevenção e o tratamento de lesões musculoesqueléticas. Em contrapartida, há uma carência de estudos que estabeleçam com precisão qual o grau de flexibilidade ideal ou o mais adequado em função da idade, do gênero, da raça, do tipo de atividade física habitual e da modalidade esportiva2,7,10,11. Isso demonstra a necessidade de quantificar dos níveis ótimos de flexibilidade no quadro

da promoção da saúde, e ainda, quais os testes mais adequados e quais os grupos

(12)

11 Considerando que a flexibilidade não se apresenta de modo uniforme nas diversas articulações e nos movimentos corporais2,3,9,12,13, é lógico imaginar que para a avaliação global da flexibilidade são necessários testes que incidam sobre as diferentes estruturas articulares, no sentido de se obter uma informação mais aprimorada sobre os níveis de flexibilidade de todo o corpo11. Nesse sentido, Araújo (2004) apresentou um sistema em que os métodos para medida e avaliação da flexibilidade podem ser

classificados em função das unidades de mensuração dos resultados em três tipos

principais: angulares, lineares e adimensionais.

Os testes angulares oferecem informações expressas em graus sobre a amplitude de movimento articular observada entre os segmentos corporais adjacentes que se opõem à estrutura articular de interesse5,14,15. Os testes que envolvem medidas angulares têm recebido a preferência dos especialistas da área, uma vez que a escala angular pode ser considerada a mais apropriada para medir a amplitude dos movimentos articulares, isolar os movimentos articulares de cada articulação separadamente e oferecer informações menos afetadas pelas diferentes proporções dos segmentos14. Para a obtenção de medidas angulares pode-se recorrer a utilização de procedimentos diretos (ressonância magnética e radiografias) e indiretos (goniômetros e flexômetros). Devido à sofisticação de equipamentos e do elevado custo operacional inerentes aos métodos diretos, medidas produzidas por equipamentos como goniômetros e flexômetros têm recebido maior aceitação em rotinas de avaliação física e em estudos que buscam validar demais métodos de medida da flexibilidade, uma vez que são econômicos e de fácil manuseio.

Os testes lineares se caracterizam por expressar os resultados numa escala de distância, tipicamente em centímetros ou polegadas, se utilizando primariamente de fitas métricas, réguas ou trenas para a mensuração dos resultados5. Originalmente proposto por Wells & Dillon (1952) e ao longo do tempo modificado e aprimorado por vários outros estudiosos da área, o teste de “sentar-e-alcançar” tem sido muito empregado em programas de avaliação física. Embora este teste apresente inúmeras vantagens econômicas e operacionais, limitações relacionadas à incapacidade de gerar uma visão global da flexibilidade do indivíduo e a provável interferência das dimensões antropométricas sobre os resultados dos testes, tendem a comprometer a qualidade de suas medidas5,11,13,16.

Testes adimensionais são aqueles em que não apresentam uma unidade de medida convencional, tal como ângulos ou centímetros2. A principal vantagem deste tipo

(13)

12 de medida se refere a não dependência de equipamentos, uma vez que empregam mapas de análise preestabelecidos com relação à amplitude articular14. O flexiteste criado por Pável & Araújo (1980) representa bem esta categoria.

Apesar da existência de diferentes métodos destinados à mensuração da flexibilidade, observa-se atualmente uma carência de estudos que investigaram a correlação entre tais métodos. Sendo assim, ao considerar que uma das formas de validar um instrumento de avaliação é por meio de sua comparação com outros métodos convencionalmente utilizados para avaliar a mesma variável, o presente estudo tem como objetivo verificar o grau de associação entre os resultados das medidas de flexibilidade obtidas por diferentes métodos.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 2.1. Sujeitos

Participaram voluntariamente do estudo 28 universitários de ambos os sexos (14 rapazes e 14 moças), acadêmicos do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina, não portadores de qualquer tipo de problemas ósteo-mio-articulares que pudessem limitar de maneira contundente a movimentação dos segmentos articulares analisados. Previamente ao início das coletas de dados, todos os indivíduos foram esclarecidos quanto aos procedimentos de avaliação aos quais seriam submetidos.

Medidas antropométricas de peso corporal e estatura foram coletadas por meio de uma balança eletrônica da marca Filizola com precisão de 0,1 kg e de um estadiômetro de madeira com precisão de 0,1 cm. Para a coleta do peso corporal, os indivíduos estavam descalços, posicionados em pé, de frente para a escala de medida da balança, com os pés ligeiramente afastados e com os braços lateralmente ao longo do corpo. Para a avaliação da estatura, os indivíduos permaneceram descalços, posicionados em pé, de forma ereta, com os braços pendentes ao longo do corpo, com os calcanhares unidos e as pontas dos pés afastadas aproximadamente em 60° entre si e a cabeça orientada no plano de Frankfurt. De posse destas medidas, calculou-se o IMC por meio da relação entre o peso corporal e o quadrado da estatura.

(14)

13

2.2. Protocolos

Três procedimentos de testagem da flexibilidade foram aplicados e comparados neste estudo: o flexímetro, o teste de sentar e alcançar e o flexiteste. Como indicador de referência para a avaliação da flexibilidade, utilizou-se os escores obtidos pelo flexímetro, visto que, além de ser um instrumento de medida angular, mostra-se como o mais fidedigno equipamento na atualidade para a observação e mensuração da flexibilidade, dentre os equipamentos de medida indireta17.

Medidas angulares de flexibilidade foram obtidas por meio da utilização de um flexímetro desenvolvido pelo Instituto Code de Pesquisa, baseado no modelo original proposto por Leighton. Os procedimentos e padronizações seguiram as normas apresentadas por Leighton (1987) e descritas por Guedes & Guedes (2006). Com o intuito de se obter uma comparação mais apropriada com o flexiteste, nas articulações bilaterais, as medidas do flexímetro foram coletadas somente do lado direito dos avaliados. Assim, foi mensurada a flexibilidade da coluna cervical, ombro, cotovelo, radioulnar, punho, quadris, tronco, joelho e tornozelo, nos seguintes movimentos: flexão, extensão e inclinação da coluna cervical, flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e lateral do ombro, flexão e extensão do cotovelo, supinação e pronação radioulnar, flexão e extensão do punho, flexão, extensão, abdução e rotação do quadril, flexão, extensão e inclinação do tronco, flexão e extensão do joelho, além da flexão e extensão do tornozelo e inversão e eversão do pé.

Medidas da flexibilidade produzidas por meio do teste de sentar e alcançar foram coletadas através da utilização de um banco de Wells. Para tanto, foi considerada a distância que a ponta do dedo médio coincidente de ambas as mãos dos avaliados alcançou ao projetarem o tronco à frente, estando os mesmos sentados com as pernas completamente estendidas, os pés descalços e totalmente em contato com a caixa. Foram realizadas três tentativas, nas quais, os avaliados foram orientados a manter a posição alcançada por aproximadamente dois segundos, e, para fins de análise, foi considerada a tentativa de maior alcance14. Estudos afirmam que, de modo geral, este método tem como característica avaliar a flexibilidade de quadril, tronco e isquiotibiais dos indivíduos analisados13,16,18.

Medidas adimensionais da flexibilidade foram obtidas por meio do Flexiteste, conforme os procedimentos propostos por Araújo (1986) e descritos por Guedes & Guedes (2006). O método consiste na avaliação da flexibilidade passiva máxima de 20

(15)

14 movimentos, compreendendo as articulações do tornozelo, joelho, quadril, tronco, punho, cotovelo e ombro. Cada um dos movimentos é retratado por meio de uma escala crescente e descontínua de valores inteiros que varia de 0 a 4 pontos. A medida ocorreu através da realização lenta do movimento até a obtenção do ponto máximo da amplitude, identificado pelo surgimento de desconforto local ou de restrições mecânicas, e a posterior comparação com os mapas de referência do Flexiteste. Com este método, além da análise da mobilidade específica de cada movimento articular, foi obtido um índice ou escore da flexibilidade global de cada indivíduo, que pôde variar numa escala de 0 a 80 pontos, caracterizando o flexíndice.

Para controlar a condição inicial dos indivíduos, não foi realizado nenhum aquecimento e/ou alongamento antes da realização dos testes. A seqüência dos movimentos preconizada no protocolo do flexímetro e do flexiteste foi modificada de modo a facilitar a execução dos testes e reduzir o tempo gasto na execução dos mesmos. Todos os testes foram realizados por uma única avaliadora, devidamente treinada em todos os procedimentos. A seqüência de aplicação desses métodos ocorreu de forma aleatória, de modo a reduzir possíveis adaptações das estruturas articulares dos avaliados aos testes subseqüentes.

2.3. Análise Estatística

Foram aplicados procedimentos de estatística descritiva (media, desvio-padrão, valores mínimos e máximos) para a caracterização dos sujeitos investigados, bem como para a apresentação dos valores de flexibilidade obtidos em cada protocolo testado. A associação entre os métodos empregados no estudo foi verificada por meio do teste de correlação produto-momento de Pearson. Todas as análises foram conduzidas no pacote estatístico SPSS, versão 11.5. O nível de significância adotado em todas as análises foi de 5%.

3. RESULTADOS

(16)

15

Tabela 1. Características descritivas dos sujeitos

Variável Masculino Feminino Ambos os sexos Média (DP) Média (DP) Média (DP)

Idade (anos) 21,7 (2,3) 22,7 (1,3) 22,2 (1,9)

Peso (kg)* 76,4 (9,3) 59,0 (8,9) 67,7 (12,6)

Estatura (cm)* 175,4 (7,6) 165,1 (6,2) 170,2 (8,6)

IMC (kg/m2)* 24,8 (2,3) 21,7 (3,1) 23,2 (3,1)

*Diferenças significativas entre os sexos

Pode-se observar que, com exceção da idade, os homens apresentaram valores estatisticamente superiores de peso corporal, estatura e IMC. Além disso, verifica-se que, de maneira geral, os valores de IMC em ambos os verifica-sexos podem verifica-ser classificados como normais. Na tabela 2 são apresentados os valores de correlação entre as medidas produzidas pelo flexímetro e pelo flexiteste para 18 movimentos padronizados.

Tabela 2. Relação entre medidas angulares (Flexímetro) e adimensionais (Flexiteste)

para a avaliação da flexibilidade em 18 movimentos padronizados

Movimentos padronizados

Flexímetro Flexiteste r P

Flexão de punho Flexão de punho 0,32 0,100

Extensão de punho Extensão de punho 0,11 0,580

Flexão de cotovelo Flexão de cotovelo 0,39* 0,040

Extensão de cotovelo Extensão de cotovelo 0,65* <0,001

Flexão de tronco Flexão de tronco 0,54* 0,003

Extensão de tronco Extensão de tronco 0,16 0,420

Inclinação do tronco à direita Inclinação lateral do tronco 0,41* 0,030 Rotação medial do ombro Rotação medial ombro (90º abdução) 0,06 0,760 Rotação lateral do ombro Rotação lateral ombro (90º abdução) 0,53* 0,030

Flexão do quadril Flexão dos quadris 0,25 0,200

Extensão do quadril Extensão dos quadris 0,00 0,990 Abdução do quadril Abdução dos quadris 0,56* 0,002

Flexão do joelho Flexão de joelho 0,49* 0,009

Extensão do joelho Extensão de joelho 0,10 0,620

Flexão plantar do tornozelo Extensão do tornozelo (flexão plantar) 0,30 0,120 Dorsoflexão do tornozelo Flexão do tornozelo (dorsoflexão) 0,55* 0,002 Adução do ombro Adução posterior ombro (180º abdução) 0,36 0,059 Extensão do ombro Extensão posterior do ombro 0,23 0,240 *P<0,05

De dezoito movimentos padronizados, 10 não apresentaram qualquer tipo de associação estatística. Para o movimento de flexão de cotovelo foi observada uma

(17)

16 correlação fraca (r = 0,39). Correlações moderadas foram encontradas para os movimentos de inclinação lateral de tronco (r = 0,41), flexão de joelho (r = 0,49), rotação lateral de ombro (r = 0,53), flexão de tronco (r = 0,54), dorsoflexão do tornozelo (r = 0,55) e abdução do quadril (r = 0,56). Finalmente, observou-se uma forte correlação (r = 0,65) para o movimento de extensão do cotovelo. Na tabela 3 são apresentados os valores de correlação entre as medidas produzidas pelo flexímetro e pelo teste de sentar e alcançar.

Tabela 3. Relação entre medidas angulares (Flexímetro) e lineares (Sentar e alcançar)

para a avaliação da flexibilidade

Movimentos padronizados (Flexímetro) Sentar-e-alcançar

R P

Inclinação da coluna cervical à esquerda 0,48* 0,010

Flexão de tronco 0,60* 0,001

Inclinação do tronco à direita 0,51* 0,006

Flexão do quadril 0,61* 0,001

*Apenas movimentos com significância estatística

É possível observar que a correlação de maior magnitude foi encontrada para o movimento de flexão do quadril (r = 0,61). Para os movimentos de inclinação da coluna cervical à esquerda, inclinação do tronco à direita e flexão de tronco, correlações de intensidade moderada foram estabelecidas (r = 0,48, r = 0,51 e r = 0,60, respectivamente). Na tabela 4, é apresentada a associação entre os escores totais das medidas angulares, adimensionais e lineares.

Tabela 4. Associação entre os escores totais de medidas angulares, adimensionais e

lineares

Tipos de medidas Angulares (Flexímetro) Adimensionais (Flexiteste) Lineares (Sentar-e-alcançar) Angulares 1 0,67* 0,22 Adimensionais --- 1 0,36 Lineares --- --- 1 *P<0,05

Aparentemente, as medidas produzidas pelo teste de sentar-e-alcançar não se associaram com àquelas verificadas para os métodos angulares e adimensionais. De forma contrária, constatou-se uma correlação de moderada magnitude entre a soma dos escores obtidos pelo flexímetro e o flexíndice (r = 0,67).

(18)

17

4. DISCUSSÃO

Instrumentos de avaliação cientificamente consistentes podem permitir uma caracterização mais precisa do diagnóstico a ser analisado. Nesse sentido, a maioria dos principais métodos de medida da flexibilidade apresenta diversas limitações, porém, a execução de estudos de validação pode permitir uma caracterização mais precisa da validade do instrumento a ser utilizado.

No presente estudo, o flexímetro foi utilizado como método padrão de medida da flexibilidade para se testar a validade concorrente de outros dois métodos: flexiteste e teste de sentar e alcançar. O flexímetro é um instrumento de medida desenvolvido e projetado no Brasil pelo Instituto Code de Pesquisa e segue os mesmos princípios do flexômetro de Leighton. Estudos têm evidenciado elevadas correlações entre as medidas produzidas pelo flexímetro e o flexômetro de Leighton19, reforçando a escolha do método como referência neste estudo.

Na relação estabelecida entre os resultados obtidos pelo flexímetro e pelo flexiteste, foram padronizados 18 movimentos que, de modo geral, apresentaram características semelhantes entre os testes no que se refere à articulação envolvida e ao movimento executado. Dentre esses movimentos, apenas oito apresentaram correlações significativas com as medidas produzidas pelo flexímetro, com coeficientes de correlação variando de fraco (r = 0,39) a elevado (r = 0,65). Ao analisar os protocolos do flexímetro e do flexiteste, observa-se que, apesar da similaridade em relação às articulações avaliadas e a execução dos movimentos, estes testes apresentam diferenças consideráveis quanto à posição corporal adotada para isolar cada articulação, o que resultou na realização dos movimentos em planos diferentes. Isso pode explicar em parte, as divergências encontradas entre os testes nas amplitudes alcançadas para um mesmo movimento executado. Diante dessa constatação, verificou-se que, entre os 18 movimentos comparados, essa divergência foi de maior impacto entre os 10 movimentos que não apresentaram uma correlação estatística significativa.

Na tabela 3, ao verificar a relação entre os 31 movimentos avaliados pelo flexímetro com o movimento de flexão de tronco avaliado pelo teste de sentar-e-alcançar, apenas quatro movimentos (inclinação da coluna cervical à esquerda, flexão de tronco, inclinação do tronco à direita e flexão do quadril) se apresentaram estatisticamente correlacionados. Esse resultado, em parte, pode representar uma incompatibilidade de se

(19)

18 comparar dois testes com características muito distintas. De fato, uma vez que o teste de sentar-e-alcançar mede a flexibilidade através de um único movimento e, considerando que a flexibilidade não se apresenta de modo uniforme nas diversas articulações do corpo humano, a falta de associação observada para a maioria dos movimentos analisados era esperada.

Estudos recentes afirmam que o teste de sentar e alcançar apresenta uma maior associação com a flexibilidade dos músculos isquiotibiais do que com a flexibilidade da coluna lombar16,18,20. Acredita-se que a correlação estatística encontrada entre o teste de sentar-e-alcançar com o movimento de inclinação do tronco à direita se deve ao fato deste movimento envolver, sobretudo, a articulação tronco/quadril, ou seja, a mesma articulação envolvida na realização do teste de sentar-e-alcançar.

Associações de maiores magnitudes foram estabelecidas entre o teste de sentar e alcançar com os movimentos de flexão do tronco e flexão do quadril (r = 0,60 e 0,61, respectivamente). Estes achados se aproximam dos resultados encontrados por Achour Júnior e Queiroga apud Achour Júnior (2006) que, ao compararem as medidas produzidas entre o flexímetro e o teste de sentar e alcançar na articulação tronco/quadril, encontraram uma alta correlação (r = 0,73). Isso demonstra que a medida de flexibilidade obtida pelo teste de sentar e alcançar, apesar de algumas limitações, pode ser considerada um indicador de flexibilidade tronco/quadril.

Os dados apresentados na última tabela permitiram uma compreensão global da correlação encontrada entre os escores totais dos testes aplicados. Associação estatisticamente significante ocorreu apenas entre os escores totais produzidos pelo flexímetro e pelo flexiteste, sendo esta associação de alta magnitude (r = 0,67). Especula-se que estes resultados ocorreram, sobretudo, devido ao fato de que ambos os testes buscam avaliar a flexibilidade de grupos articulares específicos e de forma isolada, além de apresentarem movimentos executados de forma semelhante e pelo mesmo conjunto de articulações.

A correlação obtida entre os escores do flexiteste com os resultados do teste de sentar e alcançar foi baixa (r = 0,36) e não significante, estando de certa forma, em conformidade com as informações verificadas por Araújo2,21, que encontrou associação de 0,40 e 0,37 entre estes testes. O baixo índice de correlação entre os escores totais do flexímetro e do teste de sentar e alcançar está em conformidade com os resultados analizados na tabela 3, onde se verificou associação de apenas quatro movimentos, dos 31 movimentos comparados. Assim, os baixos índices de correlação do teste de

(20)

sentar-e-19 alcançar com o flexiteste e com o flexímetro demonstram que o mesmo se apresenta metodológicamente bem distinto e incompatível ao ser comparado com estes testes.

Por fim, ao avaliar as características do presente estudo, uma possível limitação se refere a não determinação do erro de medida intra-avaliador. Todavia, ressalta-se que as avaliações ocorreram em um ambiente específico e com a disponibilidade de todos os equipamentos necessários, assim como, a aplicação na íntegra de todos os testes, permitiu maior controle das variáveis que poderiam interferir nos resultados do estudo.

5. CONCLUSÃO

Em suma, este estudo buscou estabelecer correlações entre diferentes instrumentos de avaliação da flexibilidade, assim, os resultados mostraram correlações significativas de 8 movimentos entre o flexímetro e o flexiteste e de 4 movimentos entre o flexímetro e o teste de sentar e alcançar. Na associação dos escores totais, as medidas produzidas pelo teste de sentar-e-alcançar não se associaram de forma significativa com àquelas verificadas pelo flexímetro e pelo flexiteste, demonstrando baixos índices de correlação (r = 0,22 e r = 0,36, respectivamente). Por outro lado, constatou-se uma associação estatísticamente significativa entre o flexímetro e o flexiteste (r = 0,67), revelando uma elevada correlação entre esses dois testes. Desse modo, devido a carência de estudos na área, os resultados apresentados podem ser de extrema importância para que estudos futuros possam ampliar o conhecimento em relação aos instrumentos utilizados para medir a flexibilidade, assim como, auxiliar quanto à seleção dos testes mais adequados para diferentes objetivos e populações.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Achour Júnior A. Flexibilidade: teoria e prática – 1.ed. - Londrina: Midiograf, 1998.

2. Araújo CGS. Correlação entre diferentes métodos lineares e adimensionais de avaliação da mobilidade articular. Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília v.8; n.2; p.25-32; março, 2000.

(21)

20

3. Araújo CGS. Avaliação da Flexibilidade: Valores Normativos do Flexiteste dos 5 aos 91 Anos de Idade. Arq Bras Cardiol 2008; 90(4): 280-287.

4. American College of Sports Medicine. The Recommended Quantity and Quality of

Exercise for Developing and Maintaining Cardiorrespiratory and Muscular Fitness, and Flexibility in Healthy Adults. Med Sci Sports Exerc 1998; 30(6):975-991.

5. Araújo CGS. O Exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. In: Ghorayeb N, Barros Neto TL, editores. Avaliação e Treinamento da Flexibilidade. São Paulo: Editora Atheneu, 2004. p. 25-34.

6. Jones MA, Stratton G, Reilly T, Unnithan VB: Biological Risk Indicators for Recurrent Non-Specific Low Back Pain in Adolescents. Br J Sports Med 2005; 39(3):137-40.

7. Farinatti PTV. Flexibilidade e Esporte: Uma Revisão da Literatura. Rev. Paul. Educ. Fís. São Paulo, 14(1):85-96, jan./jun. 2000.

8. Taylor DC, Dalton JD, Seaber AV, Garrett WE. Viscoelastic properties of muscle tendon units. The biomechanical effects of stretching. The American Journal of Sports Medicine 1990; 18(3):300-308.

9. Achour Júnior A. Exercícios de Alongamento: anatomia e fisiologia. 2ª ed. - Barueri, SP: Manole, 2006.

10. Krivickas LS. Exercício Físico e Reabilitação. In: Frontera WR, Dawson DM, Slovik, DM, organizadores. Treinamento de Flexibilidade. Porto Alegre: Artimed Editora, 2001. 11. Silva DJL, Santos JAR, Oliveira BMPM. A Flexibilidade em Adolescentes – Um Contributo para a Avaliação Global. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2006; 8(1):72-79.

12. Araújo CGS. Flexiteste: proposição de cinco índices de variabilidade da mobilidade articular. Rev Bras Med Esporte - Vol. 8, Nº 1 – Jan/Fev, 2002.

13. Achour Júnior A. Flexibilidade e Alongamento: saúde e bem estar / Abdallah Achour Júnior. – Barueri, SP: Manole, 2004.

14. Guedes DP, Guedes JERP. Manual prático para avaliação em Educação Física – Barueri, SP: Manole, 2006.

15. Neto AP, Peres FP, Oliveira A. Comparação da flexibilidade intermovimentos entre homens e mulheres: um estudo a partir do flexiteste adaptado. Movimento & Percepção 2006; 6(9).

16. Grenier SG, Russell C, McGill SM. Relationships between lumbar flexibility, sit-and-reach test, and a previous history of low back discomfort in industrial workers. Can. J. Appi. Physiol. 28(2): 165-177; 2003. Canadian Society for Exercise Physiology.

(22)

21 18. Sai-Chuen HS, Yuen PY. Validity of the modified back-saver sit-and-reach test: a comparison with other protocols. Department of Sports Science and Physical Education, and Physical Education Unit, The Chinese University of Hong Kong, Shatin, Hong Kong, 1999.

19. Achour Júnior A, Queiroga MR. Comparação entre dois instrumentos de medida: Fleximeter e Flexometer de Leighton. In: X Encontro Anual de Iniciação Científica e I Encontro de Pesquisa da UEPG, 2001, Ponta Grossa: Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2001. p. 13-16.

20. Baltaci G, Un N, Tunay AV, Besler S, Gerceker S. Comparison of three different sit and reach tests for measurement of hamstring flexibility in female university students. British Journal of Sports Medicine. 37.1 (Feb 2003): 59(3).

21. Araújo CGS. Comparação de três métodos de avaliação da mobilidade articular em indivíduos sadios (Resumo). CLINIMEX, Rio de Janeiro, Brasil.

(23)

22

(24)

23

AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE

Nome:______________________________________________________ Sexo: F ou M

Peso:____________ Estatura:____________ Idade:___________ IMC:____________

TESTES FLEXÍMETRO (em graus)

Coluna

Cervical Flexão: Extensão: Soma:

Inclinação p/ direita: Inclinação p/ esquerda: Soma: Rotação p/ direita: Rotação p/ esquerda: Soma:

Radioulnar Supinação: Pronação: Soma:

Punho Flexão: Extensão: Soma:

Cotovelo Flexão: Extensão: Soma:

Tronco Flexão: Extensão: Soma: Inclinação p/ direita: Inclinação p/ esquerda: Soma:

Ombro Flexão: Extensão: Soma:

Adução: Abdução: Soma:

Rotação medial: Rotação lateral: Soma:

Quadris Flexão: Extensão: Soma:

Abdução: Soma:

Joelho Flexão: Extensão: Soma:

Quadris Rotação lateral: Rotação medial: Soma

Tornozelo Flexão plantar: Dorsoflexão: Soma:

(25)

24 FLEXITESTE (admensional) CLASSIFICAÇÃO 0 1 2 3 4 Flexão de punho Extensão de punho Flexão de cotovelo Extensão de cotovelo Extensão de joelho

Adução posterior do ombro com 180° de abdução Adução de quadril Flexão de tronco Flexão de tornozelo (dorsoflexão) Extensão de tornozelo (flexão plantar)

Flexão dos quadris Flexão de joelho Extensão dos quadris Abdução dos quadris Inclinação lateral do tronco Extensão do tronco

Extensão com adução posterior do ombro

Rotação lateral do ombro com 90° de abdução

Rotação medial do ombro com 90° de abdução

Extensão posterior do ombro FLEXÍNDICE: classificado como:

(26)

25

SENTAR-E-ALCANÇAR (cm)

Referências

Documentos relacionados

Dessa maneira, os resultados desta tese são uma síntese que propõe o uso de índices não convencionais de conforto térmico, utilizando o Índice de Temperatura de Globo Negro e

Atualmente os currículos em ensino de ciências sinalizam que os conteúdos difundidos em sala de aula devem proporcionar ao educando o desenvolvimento de competências e habilidades

A motivação para o tema surgiu a partir de conversas com professores brasileiros, que têm desenvolvido a pesquisa “Paisagem Sonora, Memória e Cultura Urbana” elaborada no Programa

 Random storage - refere-se à alocação de um espaço de stock de forma aleatória, segundo o espaço disponível no momento de chegada dos produtos (Petersen e Aase,

A partir deste momento é dada indicação para a seleção da população em estudo e é ativado o envio da medicação pelo promotor, ficando o FH da Unidade de

Os doentes paliativos idosos que permanecem nas instituições privadas são encaminhados pelos hospitais em que estavam ou internados pelos próprios familiares

8 — Os efeitos processuais e penais dêsses dois tipos de pena são diferentes (13). Da mesma forma, a sua execução peniten­ ciária. O sistema progressivo brasileiro apenas tem em