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Boletim Fitoterápico. A atividade antioxidante do alho. Propriedades terapêuticas do alho (Allium sativum L.)

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Academic year: 2021

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infecções por protozoários e helmintos. Além disso, di-minui os altos níveis de áci-do úrico. É coadjuvante no combate à escabiose e no tratamento do alcoolismo. Reduz fatores de risco das doenças cardiovasculares e estimula resposta imunológi-ca.

Nos últimos 20 anos, o uso de ervas e produ-tos naturais ganhou po-pularidade e estes estão sendo consumidos apoi-ados por evidências epi-demiológicas. O alho está entre mais antigas plantas cultivadas tanto como alimento quanto para aplicações terapêu-ticas. Pertence ao gêne-ro Allium do qual exis-tem mais de 750 espé-cies, dentre elas tam-bém a cebola. Devido às propriedades de seus compostos organossul-furados é usado, para o tratamento de uma sé-rie de doenças. É

ex-pectorante, coadjuvante no tratamento de hiper-lipedemia, combatendo o colesterol. É hepato-protetor, vasodilatador, hipertensivo, anti-plaquetário, anticarcino-gênico, antiateromato-so, antioxidante e anti-biótico, combatendo infecções bacterianas, fúngicas (candidíase), assim como, em casos de micoses pulmonares, intoxicações intestinais como as diarréias agu-das e crônicas, gastren-terites tóxicas. Age também no tratamento de disenteria amebiana, diarréias sanguinolentas,

Estudos recentes pro-curam demonstrar a ação antioxidante do A.

sativum. De acordo com

alguns autores, o uso do alho até mesmo na forma de suplemento

alimentar, como extra-to de alho envelhecido ou óleo, por exemplo, trouxeram resultados positivos no combate aos radicais livres, pro-tegendo as membranas

de danos e mantendo a integridade celular, de-vido aos seus compos-tos derivados do enxo-fre (CAPASSO, 2013).

Propriedades terapêuticas do alho (Allium sativum L.)

N E S T A E D I Ç Ã O : Propriedades tera-pêuticas do alho 1 Atividade antioxidan-te do alho 1

Como pode ser con-sumido 2 Principais constituin-tes 3 Riscos terapêuticos 4 Reações adversas e/ ou tóxicas 5 Curiosidades 6

A atividade antioxidante do alho

P O R T A L D E P L A N T A S M E D I C I N A I S E F I T O T E R Á P I C O S

Boletim Fitoterápico

D A T A D O B O L E T I M V O L U M E 1 , E D I Ç Ã O 1

Allium sativum l., pertencente à família

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P Á G I N A 2

“Flavonóides, saponinas esteroidais e compostos fenólicos que lhe conferem suas principais ações terapêuticas” Bulbos de alho frescos.

Principais constituintes

Efeitos protetores contra o câncer

Como pode ser consumido

Partes utilizadas

Bulbos frescos ou secos.

Formas de preparo

Os bulbos por ser utilizados crus ou preparados na for-ma de infusão, xa-rope, tintura, óleo e extrato seco. Quantidades De acordo com ór-gãos de saúde do Canadá e da Ale-manha (ALMEIDA & SUYENAGA, 2009) são sugeridas ingestões de 2-4g do bulbo cru fresco, bulbo seco de 0,4-1,2g, 2-8mg de óleo,

sendo o suficiente para prevenção de fatores de risco car-diovascular. Ainda segundo os autores, a Associação Dietéti-ca AmeriDietéti-cana indiDietéti-ca o consumo de 600-900mg/dia. Essas quantidades equiva-lem ao peso médio aproximado de 1 dente de alho cru.

desintoxicam (glutationa-S-transferase) células canceríge-nas e inibem a formação de DNA em vários tecidos-alvo. A atividade antiproliferativa foi descrita em várias linhas de células tumorais, possivel-mente mediados por indução de apoptose e alterações do ciclo celular. (OMAR, 2010) Os mecanismos exatos da

ação protetora do alho con-tra o câncer ainda não estão claros, entretanto, existem algumas hipóteses sendo propostas. Uma delas é de que os compostos organos-sulfutados do vegetal modu-lam a atividade de várias enzi-mas metabolizantes que ati-vam (citrocomo P450) ou

lúveis como o retinol (A), hidrossolúveis como a tiamina (B1), a piridoxina (B6) e o ácido ascórbico (C). O vegetal A. sativum também é rico em fibras. De acordo com a análise dos constituintes fitoquí-micos possui principalmen-te flavonóides, saponinas esteroidais e compostos fenólicos que lhe conferem

suas principais ações tera-pêuticas.

Através de análise bioquí-mica foram detectados derivados do enxofre: ajo-eno, aliina e aliicina, que conferem propriedades adjuvantes no processo das atividades biológicas do organismo. (ALMEIDA e colaboradores, 2013). Apresenta uma série de

nutrientes essenciais ao homem, dentre os macro-nutrientes estão as proteí-nas, os ácidos graxos e os carboidratos. Dos micro-nutrientes encontrados no

Allium sativum estão vários

minerais como o potássio, cálcio, ácido fólico, fósfo-ro, ferfósfo-ro, zinco, selênio, cobre, e, vitaminas

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Riscos terapêuticos e possíveis interações

P Á G I N A 3 V O L U M E 1 , E D I Ç Ã O 1

O uso do alho associado a anticoagulantes como a varfarina poderá apresen-tar aumento do tempo de sangramento. O alho po-derá intensificar o efeito de drogas hipoglicemian-tes (insulina e glipizida). Quando usado com saqui-navir (no tratamento de infecção por HIV) e ou-tros antirretrovirais pode-rá diminuir os níveis

plas-máticos da droga tornan-do seu efeito terapêutico menos eficaz. Drogas me-tabolizadas pelo sistema hepático enzimático P450 poderão ser afetadas pelo alho. Quimioterápicos poderão ter seus efeitos intensificados. O uso de suplementos com alho associado a medicamen-tos que reduzem os níveis de colesterol no sangue e

drogas para redução da pressão sanguínea terão ação terapêutica intensifi-cada. Indivíduos com pro-blemas de tireóide ou aqueles que tomam medi-camentos para esta dis-função deverão ter cautela no uso de suplementos contendo alho uma vez que o alho poderá afetar a tireóide.

metidos ao aquecimento (ALMEIDA & SUYE-NAGA, 2009). Entre-tanto, para efeito imu-nomodulador é reco-mendado o uso de ex-tratos de alho envelhe-Para se obter o efeito

benéfico, o seu consu-mo deve ser imediato ao esmagamento de seu bulbo e in natura, devido à instabilidade de seus compostos or-gânicos, quando

sub-ci do ( CHAN D RASHEK AR, 2011).

alho na respiração e pele é uma queixa comum, melhorada com uso con-comitante de salsinha ou hortelã. Pacientes que fa-zem uso de altas doses de alho podem apresentar riscos de hemorragias em casos de cirurgias. O uso crônico de doses

excessi-vas de alho pode resultar em diminuição na produ-ção de hemoglobina e lise dos eritrócitos. Ocitoxici-dade foi relatada, deven-do ser evitada em gravi-dez e lactação.

Em altas doses pode pro-vocar irritação gástrica (esofágica) e/ou náuseas. Reações alérgicas foram relatadas, principalmente na forma de erupções cu-tâneas; o uso externo por tempo prolongado pode causar irritações e fotos-sensibilidade. Odor de

Reações adversas e/ou tóxicas

Curiosidades

“Cuidado com altas doses, devido sua propriedade anticoagulante, o alho pode apresentar riscos de hemorragia”

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O portal é um projeto integrado do Instituto de Ciências da Saúde - ICS com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Fede-ral do Pará-UFPA, que visa o intercâmbio de conhecimento entre as comunidades locais sobre plantas medicinais e a comunidade aca-dêmica, objetivando a propagação e preserva-ção desses saberes através do registo da histó-ria oral popular e da investigação científica dos relatos de alegação de uso de plantas medici-nais , atuando como vetor na articulação e ori-entação dos futuros profissionais .

Portal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

Apoio:

Discentes:

Marcos Valério Santos da Silva Marcieni Ataíde de Andrade

Coordenadores:

Joice de Oliveira Naves Lorrane Camelo dos Reis

Referências

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