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LICENÇA AMBIENTAL. Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), é concedida a Licença Ambiental ao operador

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Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da

Poluição (PCIP), é concedida a Licença Ambiental ao operador

ENVIROIL – Resíduos e Energia, Lda

com o Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 504031210, para

a instalação

ENVIROIL - Unidade de Valorização de Óleos Usados

sita na Zona Industrial de Cotôas, freguesia de Santa Maria, concelho de

Torres Novas, para o exercício da actividade de valorização de óleos usados

incluída na categoria 5.1 do Anexo I do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de

Agosto, e classificada com a CAE

Rev.3

principal n.º 38322 (Valorização de

resíduos não metálicos) de acordo com as condições fixadas no presente

documento.

A presente licença é válida até 10 de Outubro de 2015

Amadora, 10 de Outubro de 2008

O Director-Geral

(2)

1. P

REÂMBULO

Esta Licença Ambiental (LA) é emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, relativo à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição, para a actividade de valorização de óleos usados [CAE principal Rev.3 38322 (Valorização de resíduos não metálicos)], com a capacidade instalada licenciada de 16.000 toneladas/ano, onde se exercem as seguintes actividades constantes do anexo III da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março:

- Reciclagem de óleos usados (LER 13 02 05*, LER 13 05 02*, LER 13 05 06* e LER 13 08 99*) - operação de gestão de resíduos R9 (Refinação de óleos e outras reutilizações de óleos);

- Utilização de óleos usados e outros resíduos de hidrocarbonetos resultantes da operação R9 - operação de gestão de resíduos R11 (Utilização de resíduos em virtude das operações enumeradas de R1 a R11);

- Valorização energética de óleos usados tratados - operação de gestão de resíduos R1 (Utilização principal como combustível ou outros meios de produção de energia); - Produção de energia eléctrica, com capacidade instalada licenciada de 59.000 MWh

ano (cerca de 15.410 kVA) [CAERev.3 secundária 35112 (Produção de electricidade de origem térmica)].

A actividade PCIP regulada por esta licença é a actividade de tratamento de óleos usados, com capacidade instalada de 16.000 toneladas/ano, incluída na categoria 5.1 do Anexo I do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto.

Trata-se da renovação da licença ambiental n.º 5/2002, de 30.08.2002, de acordo com o disposto no art.º 16.º do Diploma PCIP, sendo a presente licença emitida para a instalação no seu todo.

A actividade deve ser explorada e mantida de acordo com o projecto aprovado e com as condições estabelecidas nesta licença.

Os relatórios periódicos a elaborar pelo operador (ver ponto 7), designados por Plano de Desempenho Ambiental (PDA) e Relatório Ambiental Anual (RAA), constituem mecanismos de acompanhamento da presente Licença Ambiental.

Esta LA será ajustada aos limites e condições sobre prevenção e controlo integrados da poluição, sempre que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) entenda por necessário. É conveniente que o operador consulte regularmente a página www.apambiente.pt da APA, para acompanhamento dos vários aspectos relacionados com este assunto.

Os procedimentos, valores limite de emissão e as frequências de amostragens e análises, âmbito dos registos, relatórios e monitorizações previstos nesta licença podem ser alterados pela APA, ou aceites por esta entidade no seguimento de proposta do operador, após avaliação dos resultados apresentados, por meio de aditamento à presente LA.

Nenhuma alteração relacionada com a actividade, ou com parte dela, pode ser realizada ou iniciada sem a prévia notificação à entidade coordenadora de licenciamento (ECL) - Direcção Regional de Economia de Lisboa e Vale do Tejo do Ministério da Economia e Inovação (DRE). A presente licença será integrada na licença ou autorização a emitir pela ECL e não substitui qualquer outra a emitir pelas autoridades competentes, nomeadamente Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e Administração da Região Hidrográfica (ARH) da área da instalação.

(3)

2. P

ERÍODO DE VALIDADE

Esta licença é válida por um período de 7 anos excepto se ocorrer, durante o seu prazo de vigência, algum dos itens previstos no parágrafo seguinte que motivem a sua renovação. A renovação da LA poderá ser obrigatoriamente antecipada sempre que:

- Ocorra uma alteração substancial da instalação;

- A poluição causada pela instalação for tal que exija a revisão dos valores limite de emissão estabelecidos na licença ou a fixação de novos valores limite de emissão; - As alterações significativas das melhores técnicas disponíveis permitirem uma redução

considerável das emissões, sem impor encargos excessivos;

- A segurança operacional do processo ou da actividade exigir a utilização de outras técnicas;

- Novas disposições legislativas assim o exijam.

O pedido de renovação da Licença Ambiental terá de incluir todas as alterações de exploração que não constem da actual LA, seguindo os procedimentos previstos no Art. 20º do Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto (novo Diploma PCIP que revoga o Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto).

3. G

ESTÃO

A

MBIENTAL DA

A

CTIVIDADE

O Anexo I, ponto 1 apresenta uma descrição sumária da actividade da instalação.

3.1. Fase de operação

3.1.1. Utilização de melhores técnicas disponíveis

As actividades devem ser operadas tendo em atenção as medidas de boas práticas e melhores técnicas/tecnologias actualmente disponíveis que englobam medidas de carácter geral, medidas de implementação ao longo do processo produtivo e no tratamento de fim-de-linha, designadamente em termos da racionalização dos consumos de água, matérias primas e energia, substituição de substâncias perigosas por outras de perigosidade inferior e minimização das emissões para os diferentes meios.

O funcionamento das actividades prevê, de acordo com o projecto apresentado pelo operador, a aplicação de algumas das Melhores Técnicas Disponíveis (MTD), estabelecidas no Documento de Referência, Reference Document on Best Available Techniques for Waste Treatments Industries (BREF WT), Comissão Europeia, de Agosto de 2006, disponível em http://eippcb.jrc.es.

No Anexo I, ponto 2 são apresentadas as MTD aplicadas às actividades desenvolvidas na instalação, devendo o operador aumentar o seu nível de aproximação às MTD do sector. No que se refere à utilização de Melhores Técnicas Disponíveis transversais deverão ser analisados os seguintes documentos, já disponíveis em http://eippcb.jrc.es:

- Reference Document on the General Principles of Monitoring, Comissão Europeia (JOC

170 de 19 de Julho de 2003);

- Reference Document on Best Available Techniques on Emissions from Storage

BREF ESB, Comissão Europeia (JO C 253, de 19 de Outubro de 2006).

Ainda no âmbito da avaliação das MTD a adoptar deverá o operador apresentar a calendarização da implementação na instalação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), incluindo no PDA a análise a efectuar sobre esta matéria relativamente aos seguintes aspectos:

- Definição de uma política ambiental para a instalação ao nível mais elevado da sua administração;

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- Planificação e definição dos procedimentos necessários (objectivos e metas);

- Aplicação dos procedimentos definidos de forma a atingir os objectivos e as metas propostos;

- Avaliação do desempenho da instalação, após implementação das medidas de acção inicialmente propostas, e adopção de eventuais medidas correctivas necessárias; - Revisão do SGA pelos mais altos responsáveis da instalação.

Complementarmente podem ser equacionados os três aspectos seguintes:

- Análise e validação do SGA por um organismo de certificação acreditado ou verificador externo;

- Preparação e publicação de uma declaração ambiental que descreva todos os aspectos ambientais significativos da instalação;

- Implementação e adesão a um SGA internacionalmente aceite, como o EMAS ou a EN ISO 14001:2004.

O resultado da análise a efectuar no âmbito da adopção de MTD pela instalação, nas suas diferentes áreas, será incluído no PDA a desenvolver pelo operador (ver ponto 7.1 da LA). Para cada ano, o Relatório Ambiental Anual (RAA) respectivo deverá integrar um relatório da aplicação das diferentes medidas sistematizadas no PDA para esse ano.

3.1.2. Condições gerais de operação

A instalação deve ser operada de forma a serem adoptadas todas as regras de boas práticas e medidas de minimização das emissões durante as fases de arranque e de paragem, bem como no que se refere às emissões difusas e/ou fugitivas, durante o funcionamento normal da instalação.

A Unidade encontra-se dimensionada para um processamento de 16.000 toneladas/ano de óleos usados e assenta basicamente em duas fases:

- Reciclagem de óleos usados, por processo de cracking térmico, transformando-o em combustível adequado a motores diesel;

- Produção de energia eléctrica utilizando 13 grupos motor-gerador.

Encontram-se autorizadas as operações de gestão de resíduos R1 e R9 discriminadas, no âmbito do previsto pelo n.º 1 do art.º 42.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, que estabelece o regime geral da gestão de resíduos, devendo ser cumpridas as condições definidas na presente LA.

Em caso de ocorrência de acidente deverá ser efectuado o previsto no ponto 5. (Gestão de situações de emergência) desta licença, salientando-se que a notificação deverá incluir os períodos de ocorrência e, sempre que aplicável, os caudais excepcionais descarregados. A gestão dos equipamentos utilizados na actividade deve ser efectuada tendo em atenção a necessidade de controlar o ruído, particularmente através da utilização de equipamentos que, sempre que aplicável, se encontrem de acordo com o Regulamento das Emissões Sonoras para o Ambiente do Equipamento para Utilização no Exterior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 221/2006, de 8 de Novembro.

Qualquer alteração do regime de funcionamento normal da instalação deverá ser comunicada à APA.

Em matéria de transporte de resíduos, e até à publicação da Portaria prevista no art.º 21º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, este apenas pode ser realizado pelas entidades definidas no n.º 2 da Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio, e de acordo com as condições aí estabelecidas. A este propósito, salienta-se a necessidade de utilização da guia de acompanhamento dos resíduos em geral, aprovada na referida Portaria, que consiste no modelo exclusivo da INCM n.º 1428. O transporte de resíduos abrangidos pelos critérios de classificação de mercadorias perigosas deve ainda obedecer ao Regulamento de Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 170-A/2007, de 4 de Maio, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 63-A/2007, de 3 de Julho, e com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 63-A/2008, de 3 de Abril.

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3.1.3. Gestão de recursos

3.1.3.1 Matérias-primas

As matérias-primas da instalação consistem essencialmente em óleos usados, devendo por isso ser elaborados procedimentos escritos de recepção/controlo dos mesmos com a definição de critérios de admissibilidade, designadamente em termos das suas características de perigosidade e condições de acondicionamento na instalação para serem disponibilizados aos produtores/detentores dos resíduos. Uma cópia destes procedimentos deverá ser incluída no primeiro RAA.

Os resíduos para os quais a operação de valorização está autorizada encontram-se listados no

Anexo I, ponto 3, classificados de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), publicada

através da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março.

Deverá o operador assegurar um sistema de controlo de admissibilidade dos óleos usados na instalação. Para efeitos de despistagem de óleos contendo PCB deverão ser adoptadas as regras de amostragem e análise definidas no Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, devendo a determinação do teor em PCB ser realizada com recurso aos métodos de referência adoptados pela Decisão n.º 2001/68/CE, da Comissão, de 16 de Janeiro, para produtos petrolíferos, óleos usados e líquidos isolantes.

As matérias-primas consumidas na instalação, não atingem os limiares de enquadramento pelo Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho, que estabelece o regime de prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas e a limitação das suas consequências para o homem e o ambiente. Caso o inventário destas substâncias presentes na instalação sofra alterações, deverá o operador proceder à reavaliação do estabelecimento, averiguar se as mesmas suscitam o enquadramento neste âmbito e reportar esta situação à APA.

3.1.3.2 Água

O abastecimento de água à instalação tem as seguintes origens: - Rede pública, cujo consumo médio é de cerca de 350 m3/ano;

-

Furo de captação, AC1, cujo consumo médio é de cerca de 350 m3/ano, para utilização em rega, lavagens e combate a incêndios.

Sendo o operador um pequeno utilizador do domínio hídrico, dado a captação AC1 possuir meio de extracção que não excede os 5 cv, de acordo com o referido no nº 4 do art.º 62.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, fica o mesmo autorizado à utilização do domínio hídrico para efeitos de captação de águas subterrâneas através da captação AC1 de coordenadas M(m): 165640 e P(m): 276858, da folha da carta cartográfica (escala 1:25000) n.º 329, com as seguintes características:

- Profundidade da captação: 200 m;

- Volume máximo mensal autorizado: 220 m3; - Caudal máximo instantâneo: 2,8 l/s;

- Potência do equipamento elevatório: 3 cv;

- Profundidade máxima da bomba submersível: 100 metros.

Até 30 de Novembro de 2008, deverá ser instalado na captação AC1 um medidor de caudal com totalizador que permita conhecer com rigor o volume total de água captado mensalmente. A instalação dispõe ainda de um depósito de água, com 250 m3 de capacidade, para utilização no combate a incêndios.

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3.1.3.3 Energia

A instalação consome no seu processo produtivo energia eléctrica, com um consumo médio anual de cerca de 550.273,6 kWh (159,58Tep1).

Como combustível a instalação utiliza:

- gasóleo, nas fases de arranque e paragem dos motores-geradores, com um consumo médio de 122 ton/ano (126,15 Tep);

- Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), no sistema de eliminação de incondensáveis, armazenado em botijas com um consumo médio de 1,2 ton/ano (1,36 Tep);

- similar-gasóleo, nos 13 grupos motor-gerador, com um consumo médio de 14.080 ton/ano.

O gasóleo encontra-se armazenado num depósito superficial com 60 m3 de capacidade situado no parque de armazenagem dotado de bacia de retenção com capacidade para 966 m3.

A instalação dispõe de uma unidade de produção de energia eléctrica composta por 13 grupos motores tipo diesel com uma potência eléctrica de 1.250 kVA (aproximadamente 1 MWt), a que corresponde uma potência total de 13 MW.

O consumo nominal anual de energia eléctrica na instalação representa aproximadamente 5% dos 59.000 MWh/ano de energia eléctrica total que a instalação pode produzir, sendo a restante capacidade de produção nominal vendida à Rede Eléctrica Nacional.

3.1.4. Sistemas de drenagem, tratamento e controlo

O operador deverá efectuar a exploração e manutenção adequadas dos sistemas de retenção, drenagem, tratamento e controlo existentes na instalação, de modo a reduzir ao mínimo os períodos de indisponibilidade e permitir manter um nível de eficiência elevado. Neste sentido, no Relatório Ambiental Anual (RAA) deverá ser apresentada explicitação do plano de manutenção efectuado aos sistemas instalados, incluindo indicação sobre a periodicidade das operações realizadas e detalhe dos respectivos procedimentos.

Adicionalmente no RAA deverá ser também dada indicação, relativamente ao ano civil anterior, do número de horas correspondente a situações de funcionamento deficiente ou avaria nos sistemas/equipamentos de retenção, drenagem, tratamento e controlo de emissões para os diferentes meios.

3.1.4.1 Águas Residuais e Pluviais

Na instalação são produzidos os seguintes tipos de águas residuais: a) Águas residuais domésticas;

b) Águas residuais industriais, provenientes do parque de armazenamento, equipamentos e águas de lavagem da nave de tratamento de óleos e de produção;

c) Águas pluviais, provenientes das coberturas e dos sumidouros instalados ao longo dos arruamentos.

As águas residuais domésticas são conduzidas para o colector municipal e encaminhadas para a ETAR de Torres Novas.

As águas residuais industriais são drenadas através de rede separativa que recolhe as águas oleosas provenientes do parque de armazenamento, as águas oleosas provenientes dos diversos equipamentos da instalação e ainda as águas de lavagem da nave de tratamento de óleos e da nave de produção. Estes efluentes são encaminhados a um separador de hidrocarbonetos, com capacidade de tratamento de 200 m3/h, onde são sujeitos a um pré-tratamento de desengorduramento e decantação, antes da sua descarga no colector municipal e encaminhamento para a ETAR de Torres Novas.

1Tep - Toneladas equivalente de petróleo. Para as conversões de unidades de energia foram utilizados os factores de conversão constantes do Despacho 17313/2008 publicado no D.R. n.º 122, II Série, de 2008-06-26.

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As águas pluviais provenientes das coberturas são drenadas para caixas de passagem através de tubos de queda, sendo posteriormente encaminhadas ao colector municipal de águas pluviais.

As águas pluviais provenientes dos arruamentos são recolhidas através de sumidouros e encaminhadas para a rede de drenagem pluvial com ligação ao colector municipal de águas pluviais.

Qualquer alteração nas redes de drenagem das águas residuais ou pluviais deverá ser participada à APA.

3.1.4.2 Emissões para o ar

O operador não prevê a utilização de tratamentos de fim de linha para reduzir as emissões atmosféricas e o impacte no ambiente no seu todo. Dependendo dos resultados da monitorização poderá ser definido, no âmbito desta licença, a necessidade de instalar tratamentos de fim-de-linha ou alterações no processo produtivo.

3.1.4.3 Resíduos

O armazenamento temporário dos resíduos recepcionados e produzidos na instalação e que aguardam encaminhamento para destino final, deverá ser sempre efectuado em locais destinados a esse efeito (parques de armazenamento de resíduos), operados de forma a impedir a ocorrência de qualquer derrame ou fuga, evitando situações de potencial contaminação do solo e/ou água.

Assim, estas áreas deverão apresentar piso impermeabilizado, ventilação adequada e, em função do mais adequado em cada caso específico, serem cobertas, equipadas com bacia de retenção e/ou com rede de drenagem com encaminhamento adequado. Neste armazenamento temporário, devem igualmente ser respeitadas as condições de segurança relativas às características que conferem perigosidade ao(s) resíduo(s), de forma a não provocar qualquer dano para o ambiente nem para a saúde humana, designadamente por meio de incêndio ou explosão.

No acondicionamento dos resíduos deverão ser utilizados contentores, outras embalagens de elevada resistência, ou, nos casos em que a taxa de produção de resíduos o não permita,

big-bags. Deverá também ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e

capacidade de contenção das embalagens, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento desadequado dessas embalagens.

Adicionalmente, os resíduos produzidos deverão ser armazenados de forma a serem facilmente identificados, devendo nomeadamente a sua embalagem estar rotulada com o processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março).

Os resíduos produzidos na instalação são temporariamente armazenados nos seguintes parques de armazenagem de resíduos:

- PA1: parque destinado a armazenagem de tanques contendo lamas do separador de hidrocarbonetos e do processo, óleos usados provenientes do separador e óleo de transformador da subestação, com uma área de 46,2 m2, totalmente impermeabilizado, com ligação à rede de drenagem da instalação;

- PA2: parque de armazenagem de resíduos sólidos provenientes dos evaporadores, com uma área de 131 m2, totalmente impermeabilizado, dotado de um sistema de contenção de 105 m3;

- PA3: parque de armazenagem de vestuário e papel contaminado, filtros de óleo/gasóleo, papel e cartão, vidro, sucata, plástico e lâmpadas fluorescentes, com uma área de 194,53 m2, totalmente coberto e impermeabilizado, com ligação à rede de drenagem da instalação;

- PA4: zona de armazenagem de tanques contendo óleos usados provenientes do funcionamento dos motores da nave de produção de energia eléctrica, com uma área de 48,9 m2, totalmente coberto e impermeabilizado, assente sobre uma bacia de retenção de 19,6 m3;

(8)

Atendendo a que a instalação dispõe de uma subestação eléctrica para produção de electricidade cujo funcionamento origina óleos usados e com vista à despistagem da presença de policlorobifenilos (PCB), deverá o operador incluir no RAA correspondente, o Relatório com os resultados dos PCB. Caso o referido relatório confirme a existência de PCB no óleo presente no PT deverá figurar, no referido RAA, uma sistematização das medidas tomadas ou previstas tomar, e respectiva calendarização, com vista a dar cumprimento ao disposto no Decreto-Lei n.º 277/99, de 23 de Junho, alterado e aditado pelo Decreto-Lei n.º 72/2007, de 27 de Março, relativamente à gestão de resíduos de equipamentos que contenham PCB, tomando em consideração nomeadamente os procedimentos de comunicação de informação e prazos estabelecidos naqueles diplomas para a descontaminação e eliminação dos equipamentos nestas condições, e atendendo em particular à calendarização prevista no Anexo IV do Decreto-Lei n.º 72/2007, de 27 de Março. Sobre esta matéria deverão ser também atendidas as orientações disponíveis na página da internet www.apambiente.pt, na área “Temas”  “Resíduos”  “Outros fluxos”  “PCB”.

O armazenamento dos óleos usados recepcionados na instalação é efectuado em zonas específicas de acordo com o tipo de resíduo, conforme descrito no Anexo I, ponto 1.

3.1.5. Pontos de Emissão

3.1.5.1 Águas residuais e águas pluviais

As águas residuais domésticas bem como as águas residuais industriais, após tratamento no separador de hidrocarbonetos, são encaminhadas para o colector municipal de águas residuais, no ponto de descarga ED1 com coordenadas M (m): 165.565,70 e P (m): 276.711,14.

As águas pluviais são recolhidas em rede independente e conduzidas a colector, no ponto de descarga ED2 de coordenadas militares M e P 165.565,70 m e 276.711,14 m, respectivamente.

3.1.5.2 Emissões para o ar

Existem na instalação 19 fontes fixas de emissão pontual de poluentes para a atmosfera, associadas às seguintes actividades e/ou etapas de processo:

Fonte Altura da

chaminé (m) (1) Descrição Regime de Emissão

FF1 a FF13 10 Motores Descontínuo (14 horas/dia,

365 dias/ano)

FF14 a FF18 10 Evaporadores Contínuo

FF19 12,5 Eliminação de incondensáveis Contínuo

(1)Altura da chaminé, correspondente à distância, medida na vertical, entre o topo da chaminé e o solo.

No que respeita ao dimensionamento das chaminés das fontes pontuais acima referidas, atendendo à natureza qualitativa e quantitativa dos efluentes emitidos e respectivos caudais mássicos associados, tendo em consideração os processos afectos às fontes, e atendendo aos obstáculos existentes na sua envolvente, estas apresentam uma altura adequada à correcta dispersão dos poluentes, tendo sido dado cumprimento ao disposto no Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril, e ao procedimento de cálculo estabelecido na Portaria n.º 263/2005, de 17 de Março, e na Declaração de Rectificação n.º 38/2005, de 16 de Maio.

Relativamente às plataformas e tomas de amostragem existentes nas várias fontes pontuais, deve assegurar-se o cumprimento do art.º 32.º do Decreto-lei n.º 78/2004, de 3 de Abril.

De forma a garantir as condições de funcionamento contínuo do sistema de eliminação de gases nos períodos de paragem para manutenção, encontra-se instalada uma segunda unidade de termodestruição funcionando em regime de “stand-by” sendo o escoamento dos gases efectuado por uma única chaminé, correspondente à fonte pontual FF19.

Existe na instalação um gerador de emergência alimentado a gasóleo com a potência instalada de 53,1 kW para fornecimento de energia eléctrica ao sistema de combate a incêndios. O

(9)

operador deverá possuir um registo actualizado do número de horas de funcionamento e consumo do combustível anuais para este equipamento. Um relatório síntese destes registos deve ser integrado como parte do RAA, tal como previsto no ponto 4.2.1 desta LA.

3.1.5.3 Resíduos produzidos na instalação

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, que estabelece o regime geral de gestão de resíduos, deverá ser assegurado que os resíduos resultantes da laboração da instalação, incluindo os resíduos das áreas administrativas, equiparados a resíduos urbanos, sejam encaminhados para operadores devidamente legalizados para o efeito, devendo ser privilegiadas as opções de reciclagem e outras formas de valorização e o princípio da proximidade e auto-suficiência a nível nacional.

Especificamente para o transporte de óleos usados, o operador terá de dar cumprimento às disposições aplicáveis constantes do Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, relativo à gestão de óleos novos e óleos usados e da Portaria n.º 1028/92, de 5 de Novembro, que estabelece as normas de segurança e identificação para o transporte de óleos usados.

O operador deverá incluir no RAA, indicação sobre qualquer alteração efectuada relativamente ao destino dado aos resíduos produzidos na instalação, face ao inicialmente previsto.

3.2. Fase de desactivação

Deverá ser elaborado um Plano de Desactivação da instalação, a apresentar à APA, em dois exemplares, para aprovação nos 12 meses anteriores à data de cessação parcial ou total da instalação (encerramento definitivo), devendo conter no mínimo o seguinte:

a) o âmbito do plano;

b) os critérios que definem o sucesso da desactivação da actividade ou de parte dela, de modo a assegurarem um impacte mínimo no ambiente;

c) um programa para alcançar aqueles critérios, que inclua os testes de verificação; d) um plano de recuperação paisagística do local, quando aplicável.

Após o encerramento definitivo o operador deve entregar à APA, em dois exemplares, um relatório de conclusão do plano para aprovação.

Para a elaboração do referido Plano deverá o operador ter ainda em atenção as condições relativas à Fase de Desactivação da instalação impostas na DIA.

4. M

ONITORIZAÇÃO E

V

ALORES

L

IMITE DE

E

MISSÃO

O operador deverá realizar as amostragens, medições e análises de acordo com o mencionado nesta licença e especificações constantes nos pontos seguintes.

A frequência, âmbito e método de monitorização, amostragem, medições e análises, para os parâmetros especificados no Anexo II desta licença, ficam estabelecidos para as condições normais de funcionamento da instalação durante a fase de operação. Em situação de emergência, o plano de monitorização será alterado de acordo com o previsto no ponto 5 desta licença (Gestão de situações de emergência).

O operador deve assegurar o acesso permanente e em segurança aos pontos de amostragem e de monitorização.

O equipamento de monitorização e de análise deve ser operado de modo a que a monitorização reflicta com precisão as emissões e as descargas, respeitando os respectivos programas de calibração e de manutenção.

Todas as colheitas de amostras e as análises referentes ao controlo das emissões devem ser preferencialmente efectuadas por laboratórios acreditados.

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4.1. Monitorização das matérias-primas, utilidades e produtos finais

4.1.1. Controlo dos resíduos recepcionados

Deverá o operador, para controlo dos resíduos recepcionados, aplicar o disposto na Portaria n.º 1408/2006, de 18 de Dezembro, relativa ao Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER), nomeadamente efectuar o preenchimento electrónico dos mapas de registo referentes aos resíduos recepcionados na instalação até 31 de Março do ano seguinte a que se reportam os dados, conforme disposto no n.º 2 do art.º 6.º.

O operador deverá manter um registo das cargas recusadas que deverá incluir ainda informação relativa ao motivo da recusa, origem e classificação dos resíduos segundo a Lista Europeia de Resíduos - LER (Anexo I da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março), número da respectiva guia de acompanhamento, identificação do transportador, bem como outra informação considerada relevante.

Um relatório síntese dos registos com informação sobre a origem dos resíduos recebidos, a sua quantidade e classificação segundo a Lista Europeia de Resíduos, incluindo das cargas recusadas, deve ser integrado como parte do RAA.

4.1.2. Controlo de águas de abastecimento

No RAA devem ser incluídos os seguintes relatórios síntese:

 volume extraído na captação de água AC1 (em m3/mês) e leituras do respectivo contador discriminando também, sempre que possível, o tipo de utilizações associadas e período de funcionamento anual da captação;

 consumo mensal de água (m3/mês) proveniente da rede pública de abastecimento, discriminando sempre que possível o tipo de utilizações associadas;

 consumo específico mensal de água utilizada por tonelada de óleo tratado e por MWh de energia eléctrica produzida, com indicação da sua forma de cálculo.

4.1.3. Controlo do consumo de energia

No RAA deve ser incluído um relatório síntese relativo aos consumos médios mensais de energia eléctrica bem como dos restantes combustíveis utilizados, explicitando para os combustíveis as quantidades consumidas nos vários equipamentos de combustão existentes na instalação.

Adicionalmente o RAA deverá ainda incluir a caracterização física dos combustíveis, particularmente o Poder Calorífico Inferior (PCI) em MJ/kg, os consumos mensais específicos de energia em MWh de energia eléctrica consumida por tonelada de óleo tratado e por MWh de energia eléctrica produzida e em Nm3 e/ou tonelada de combustível consumido por tonelada de óleo tratado e por MWh de energia eléctrica produzida, bem como o consumo energético total da instalação, expresso em TEP. Deverá ainda ser efectuada explicitação da forma de cálculo dos valores apresentados.

4.2. Monitorização e Valores Limite de Emissão das emissões da

instalação

4.2.1. Controlo das emissões para o ar

O controlo da emissão de poluentes para a atmosfera nas fontes pontuais deverá ser efectuado de acordo com o especificado no Anexo II, ponto 1 desta licença, não devendo nenhum parâmetro de emissão exceder os valores limite de emissão (VLE) aí mencionados.

A amostragem deve ser representativa das condições de funcionamento normal da instalação e deverá ser efectuada, sempre que possível, à carga máxima, com indicação no relatório de caracterização do nível de actividade no período em causa, nomeadamente de acordo com o definido no item 10. do Anexo II, ponto 2 desta LA. Relatórios dos resultados destas monitorizações devem ser enviados à CCDR, 60 dias seguidos contados a partir da data de realização da monitorização e conter a informação constante do Anexo II, ponto 2 desta licença.

(11)

Atendendo às fontes pontuais FF1 a FF13 se caracterizarem como fontes múltiplas, é autorizada a monitorização dos parâmetros presentes no Anexo II, Quadro II.1, com carácter rotativo, em 4 fontes múltiplas por campanha, estimando-se as emissões das restantes fontes. Em particular para o parâmetro NOx, e tendo em conta a frequência de monitorização semestral estabelecida no Anexo II, Quadro II.1, deverá o operador proceder à sua monitorização recorrendo, alternadamente em cada campanha, às Normas EN ISO 8178 e NP ISO 10396.

Analogamente, as fontes pontuais FF14 à FF18 caracterizam-se como fontes múltiplas, pelo que é autorizada a monitorização dos parâmetros presentes no Anexo II, Quadro II.2, com carácter rotativo, em 2 fontes múltiplas por campanha, estimando-se as emissões das restantes fontes.

Neste seguimento, deverão ser explicitadas, no RAA correspondente, as formas de cálculo dos valores estimados.

Caso seja verificada alguma situação de incumprimento nas medições efectuadas no evaporador, devem ser adoptadas de imediato medidas correctivas adequadas, após as quais deverá ser efectuada uma nova avaliação da conformidade nas 5 fontes pontuais destes equipamentos. Deve ainda ser cumprido o estipulado no ponto 5 (Gestão de situações de emergência).

No que se refere aos equipamentos de monitorização das emissões para atmosfera os mesmos deverão ser submetidos a um controlo metrológico, com uma periodicidade anual, de acordo com o disposto no art.º 28.º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril. Uma cópia das fichas técnicas actualizadas da realização das operações de verificação/calibração com a indicação dos procedimentos utilizados para assegurar a rastreabilidade e exactidão dos resultados das medições, deverá ser integrado no RAA.

Para todas as fontes pontuais e de acordo com o n.º 4 do art.º 23.º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril, uma vez de três em três anos, deverá o operador efectuar uma medição pontual recorrendo a uma entidade externa acreditada.

No PDA a elaborar deverá ser apresentada cópia do plano de monitorização a enviar à CCDR, devidamente calendarizado para as várias fontes da instalação, de acordo com o disposto no n.º 7 do art.º 19.º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril.

Um relatório síntese relativo às emissões para o ar deve ser integrado como parte do RAA contendo a seguinte informação:

- indicação do número de horas de funcionamento anual de cada fonte de emissão para o ar. Em particular para a fonte FF19, deverá ser explicitado o número de horas de funcionamento do termodestruidor auxiliar;

- registo actualizado do número de horas de funcionamento e consumo de combustível anual do gerador de emergência;

- para cada parâmetro monitorizado este relatório deverá ainda apresentar:

1. os valores de concentração medidos, os caudais mássicos e a respectiva carga poluente (expressa em tonelada ou kg/ano);

2. indicação das emissões específicas expressas em massa por tonelada de óleo tratado e MWh de energia eléctrica produzida;

3. metodologia seguida para o cálculo de todos os valores apresentados; - técnicas/métodos de análise utilizados para a medição de cada parâmetro.

O Relatório Ambiental Anual deve integrar ainda um plano de manutenção dos grupos motor-gerador, o qual deverá incluir o tipo e frequência das operações realizadas.

O operador deve assegurar que são aplicadas as boas práticas de gestão e manuseamento dos óleos usados e tratados, de modo a minimizar as emissões difusas para o ar e a ocorrência de odores. Um relatório síntese das medidas adoptadas deve ser integrado como parte do RAA.

(12)

4.2.2. Controlo da descarga das águas residuais

O autocontrolo da descarga de águas residuais tratadas no separador de hidrocarbonetos deve ser realizado de acordo com o especificado no Anexo II, Quadro II.4 desta LA e de acordo com o Regulamento de Descarga de Águas Residuais Industriais no sistema de drenagem do município de Torres Novas.

A colheita de amostras de águas residuais deverá ser efectuada em caixa de visita situada à saída da instalação e previamente à ligação com a rede de colectores municipal devendo ser registados os valores de caudal do efluente descarregado.

A amostra de águas residuais tratadas deve ser composta de 24 horas, devendo o auto-controlo bem como a colheita de amostras ser efectuados por laboratório acreditado.

Em cada Relatório Ambiental Anual (RAA) deverão ser explicitados os procedimentos tomados de forma a assegurar a representatividade das medições efectuadas neste ponto.

Em caso de alteração das condições de ligação à rede colectiva, deverá o operador incluir, no RAA correspondente, cópia da declaração actualizada de descarga no sistema colectivo. Caso seja verificada alguma situação de incumprimento nas medições efectuadas, devem ser adoptadas de imediato medidas correctivas adequadas após as quais deverá ser efectuada uma nova avaliação da conformidade dos parâmetros em causa. Deve ainda ser cumprido o estipulado no ponto 5 (Gestão de situações de emergência).

Ainda no que se refere às emissões de águas residuais industriais, o operador deverá assegurar que a carga poluente final proveniente da instalação, após tratamento na ETAR de Torres Novas, e descarregada no meio, se encontra em consonância com as metas estabelecidas no âmbito PCIP, nomeadamente através da verificação dos valores de emissão associados (VEA) às MTD preconizados no BREF WT garantindo assim que, independentemente da descarga da instalação no meio ser do tipo indirecto, se mantém um nível elevado de desempenho ambiental relativamente a este descritor. Esta avaliação deverá ser explicitada e apresentada em cada RAA, com base nos dados de projecto da ETAR e nas eficiências de remoção de poluentes obtidas no ano em análise.

Assim, tendo por base a informação a fornecer pela entidade responsável pelo tratamento dos efluentes da instalação, bem como os resultados do autocontrolo de águas residuais industriais efectuado no ponto ED1, e de forma a permitir avaliação sobre se o tratamento de efluente realizado no exterior garante, por si só, que as metas estabelecidas no âmbito PCIP para a instalação são atingidas, deverá o operador apresentar nos RAA a análise efectuada relativamente a esta matéria, incluindo designadamente:

- Informação devidamente fundamentada sobre as condições típicas de funcionamento e tratamento de águas residuais efectuado na ETAR de Torres Novas e respectiva eficiência média de tratamento, discriminada por poluente;

- Determinação devidamente fundamentada, atendendo nomeadamente aos valores monitorizados no ponto ED1, à eficiência de tratamento da ETAR de Torres Novas e a outras condições eventualmente relevantes associadas ao funcionamento destes sistemas de tratamento, sobre se a carga poluente final proveniente da instalação e descarregada no meio, se encontra em consonância com as metas estabelecidas no âmbito PCIP.

Caso a situação referenciada no ponto anterior não seja verificada, o operador deverá apresentar adicionalmente, um Plano contendo avaliação e calendarização das medidas propostas adoptar com vista à redução da carga poluente proveniente da instalação apresentando um plano de acções no sentido da melhoria do desempenho da instalação, que permita a aproximação aos VEA às MTD referidas no BREF WT, evidenciando garantia da instalação conseguir, de uma forma consistente, o cumprimento desses valores.

Um relatório síntese da qualidade das águas residuais deve ser integrado como parte do RAA, contendo a seguinte informação:

(13)

- estimativa devidamente justificada dos volumes específicos mensais e anuais de descarga (m3 de água descarregada/tonelada de óleo tratado e por MWh de energia eléctrica produzida);

- indicação do número de horas anual correspondente à descarga de águas residuais; - indicação das datas em que foi realizada a amostragem e, em particular, para cada

parâmetro monitorizado este relatório deverá apresentar:

a. os valores de concentração medidos (expressos em valores médios mensais e/ou anuais) e a respectiva carga poluente (expressa em tonelada ou kg/ano);

b. indicação das emissões específicas, expressas em massa por tonelada de óleo tratado e por MWh de energia eléctrica produzida;

- metodologia seguida para o cálculo de todos os valores apresentados;

- atendendo a eventuais requisitos de monitorização impostos pela entidade gestora do sistema de drenagem colectivo, no RAA deverá ser também incluído um relatório síntese referente à monitorização de águas residuais em função desses requisitos. Sempre que se verificarem alterações nas condições de descarga impostas à instalação pela entidade gestora deverá ser incluída cópia dos documentos relevantes no RAA respectivo.

4.2.3. Controlo dos resíduos produzidos

Deverá o operador encontrar-se inscrito no Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER), previsto no art.º 48.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, conforme disposto no n.º 1 do art.º 1º da Portaria n.º 1408/2006, de 18 de Dezembro, alterada pela Portaria n.º 320/2007, de 23 de Março, e efectuar o preenchimento, por via electrónica, dos mapas de registo referentes aos resíduos produzidos na instalação, bem como dos resíduos geridos na mesma, até 31 de Março do ano seguinte àquele a que se reportam os dados.

Aquando da limpeza do separador de hidrocarbonetos, deverá ser incluído, no RAA correspondente, a quantidade de lamas removidas, com indicação da(s) respectiva(s) data(s) e do seu encaminhamento.

Um relatório síntese dos registos com a seguinte informação deve ser integrado como parte do RAA:

- a quantidade e o tipo de resíduos produzidos na instalação, segundo a classificação da LER;

- destino dos resíduos, incluindo informação sobre a operação de valorização/ eliminação a que os mesmo irão ser sujeitos;

- a quantidade de resíduos valorizados na instalação, indicando os códigos LER e a operação desenvolvida.

4.3. Monitorização ambiental

4.3.1. Controlo do ruído

A gestão dos equipamentos utilizados na actividade deve ser efectuada tendo em atenção a necessidade de controlar o ruído.

Deverão ser efectuadas medições de ruído (período diurno, período do entardecer e período nocturno) com uma periodicidade máxima de 5 anos, ou, sempre que ocorram alterações na instalação que possam ter implicações ao nível do ruído, de forma a verificar o cumprimento dos critérios de exposição máxima e de incomodidade previstos no art.º 13º Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro.

Relatórios síntese dos resultados das monitorizações efectuadas deverão ser integrados no RAA correspondente.

(14)

Na sequência das avaliações efectuadas, caso se verifique necessária a implementação de medidas de minimização, deverá(ão) posteriormente ser efectuada(s) nova(s) caracterização(ões) de ruído, de forma a verificar o cumprimento dos critérios de incomodidade e de exposição máxima. Relatórios síntese destas novas avaliações deverão igualmente ser incluídos no RAA.

As campanhas de monitorização, as medições e a apresentação dos resultados deverão atender ao exposto nos documentos “Directrizes para Avaliação de Ruído de Actividades Permanentes (Fontes Fixas)” e “Procedimentos Específicos de Medição de Ruído Ambiente”, de Abril de 2003, disponíveis em www.apambiente.pt.

5. G

ESTÃO DE

S

ITUAÇÕES DE

E

MERGÊNCIA

O operador deve declarar uma situação de (potencial) emergência sempre que ocorra:

a) qualquer falha técnica detectada nos equipamentos de tratamento ou nos sistemas de redução da poluição, passível de se traduzir numa potencial emergência;

b) qualquer disfunção ou avaria dos equipamentos de controlo ou de monitorização, passíveis de conduzir a perdas de controlo dos sistemas de redução da poluição; c) qualquer falha técnica detectada nos sistemas de impermeabilização, drenagem,

retenção ou redução/tratamento de emissões existentes na instalação, passível de se traduzir numa potencial emergência;

d) qualquer outra libertação não programada para a atmosfera, água, solo, ou colector de terceiros, por outras causas, nomeadamente falha humana e/ou causas externas à instalação (de origem natural ou humana);

e) qualquer registo de emissão que não cumpra com os requisitos desta licença.

Em caso de ocorrência de qualquer situação de (potencial) emergência, o operador deve notificar a APA, a Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT) e a ECL desse facto, por fax, tão rapidamente quanto possível e no prazo máximo de 24 horas após a ocorrência. A notificação deve incluir a data e a hora da ocorrência, a identificação da sua origem, detalhes das circunstâncias que a ocasionaram (causas iniciadoras e mecanismos de afectação) e as medidas adoptadas para minimizar as emissões e evitar a sua repetição. Neste caso, se considerado necessário, a APA notificará o operador via fax do plano de monitorização e/ou outras medidas a cumprir durante o período em que a situação se mantiver. O operador enviará à APA, num prazo de 15 dias após a ocorrência, um relatório onde conste:

- os factos que determinaram as razões da ocorrência da emergência (causas iniciadoras e mecanismos de afectação);

- a caracterização (qualitativa e quantitativa) do risco associado à situação de emergência;

- o plano de acções para corrigir a não conformidade com requisito específico;

- as acções preventivas implementadas de imediato e outras acções previstas implementar, correspondentes à situação/nível de risco encontrado.

No caso de se verificar que o procedimento de resposta a emergências não é adequado, este deverá ser revisto e submetido a aprovação da APA, em três exemplares, num prazo de 3 meses, após notificação escrita.

Um relatório síntese dos acontecimentos, respectivas consequências e acções correctivas, deve ser integrado como parte do Relatório Ambiental Anual (RAA).

(15)

6. R

EGISTOS

,

D

OCUMENTAÇÃO E

F

ORMAÇÃO

O operador deve:

- registar todas as amostragens, análises, medições e exames, realizadas de acordo com os requisitos desta licença;

- registar todas as ocorrências que afectem o normal funcionamento da exploração da actividade e que possam criar um risco ambiental;

- elaborar por escrito todas as instruções relativas à exploração, para todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com esta licença, de forma a transmitir conhecimento da importância das tarefas e das responsabilidades de cada pessoa para dar cumprimento à licença ambiental e suas actualizações. O operador deve ainda manter procedimentos que concedam formação adequada a todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com esta licença;

- registar todas as queixas de natureza ambiental que se relacionem com a exploração da actividade. Cada um destes registos deve especificar em detalhe a data, a hora e a natureza da queixa e o nome do queixoso. Também deve ser guardado o registo da resposta a cada queixa. O operador deve enviar um relatório à CCDR no mês seguinte à existência da queixa e informar com detalhe os motivos que deram origem às queixas. Uma síntese do número e da natureza das queixas recebidas deve ser incluída no Relatório Ambiental Anual (RAA).

Os relatórios de todos os registos, amostragens, análises, medições, exames, devem ser verificados e assinados pelo Técnico Responsável, e mantidos organizados em sistema de arquivo devidamente actualizado. Todos os relatórios devem ser conservados nas instalações por um período não inferior a 5 anos e devem ser disponibilizados para inspecção sempre que necessário.

7. R

ELATÓRIOS

P

ERIÓDICOS

7.1. Plano de Desempenho Ambiental

O operador deve estabelecer e manter um Plano de Desempenho Ambiental (PDA), em papel e em formato digital, que integre todas as exigências da presente licença ambiental e as acções de melhoria ambiental a introduzir de acordo com estratégias nacionais de política do ambiente e MTD aprovadas ou a aprovar para o sector de actividade, com o objectivo de minimizar, ou quando possível eliminar, os efeitos adversos no ambiente.

Deverá ainda proceder à caracterização da situação da instalação face à adopção das MTD do BREF WT e respectivos VEA, devendo ainda ser assegurado que o destino final escolhido para os respectivos efluentes se encontra adequado para a obtenção de níveis de desempenho dentro da gama dos VEA preconizados no referido BREF devendo apresentar anualmente, no RAA, a informação solicitada no ponto 4.2.2 desta licença.

Adicionalmente, deverá também evidenciar as acções a tomar no âmbito do mencionado em pontos anteriores desta LA, nomeadamente no que se refere a:

- calendarização da implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) no espírito do preconizado nas MTD à luz do Diploma PCIP (ver ponto 3.1.1 da LA); - explicitação, análise e calendário de implementação das várias medidas a tomar com

vista à adopção das diferentes MTD ainda não contempladas na instalação, decorrentes dos BREF aplicáveis.

O PDA incluirá a calendarização das acções a que se propõe, para um período mínimo de 5 anos, clarificando as etapas e todos os procedimentos que especifiquem como prevê o operador alcançar os objectivos e metas de desempenho ambiental para todos os níveis relevantes, nomeadamente os aspectos decorrentes dos Documentos de Referência sobre

(16)

MTD, tanto o sectorial como os relacionados com a actividade. Por objectivo, deve ainda incluir os meios para as alcançar, e o prazo para a sua execução.

O PDA deve ser apresentado à APA, em dois exemplares, até Abril de 2009.

Um relatório síntese da execução das acções previstas no PDA deve ser integrado como parte do RAA correspondente.

7.2. E-PRTR – Registo Europeu de Emissões e Transferências de

Poluentes

O operador deverá elaborar um relatório de emissões anual, segundo modelo e procedimentos definidos pela APA. Este relatório deverá incluir a quantidade de resíduos perigosos e não perigosos transferida para fora da instalação e ainda, para cada poluente PRTR:

- Os valores de emissão de fontes pontuais e difusas, para o ar, a água e o solo, emitidos pela instalação;

- Os valores de emissão das águas residuais destinadas a tratamento fora da instalação.

7.3. Relatório Ambiental Anual

O operador deve enviar à APA, três exemplares do Relatório Ambiental Anual (RAA), em papel e em formato digital, que deve reunir os elementos demonstrativos do cumprimento desta licença, incluindo os sucessos alcançados e dificuldades encontradas para atingir as metas acordadas. O RAA deverá reportar-se ao ano civil anterior e dar entrada na APA até 15 de Abril do ano seguinte. O primeiro RAA no âmbito da renovação da LA será referente ao ano de 2009.

O RAA deverá ser organizado da seguinte forma: 1) Âmbito;

2) Ponto de situação relativamente às condições gerais de operação;

3) Ponto de situação relativamente à gestão de recursos (matérias primas, água e energia);

4) Ponto de situação relativamente aos sistemas de drenagem, tratamento e controlo e pontos de emissão (quando aplicável);

5) Ponto de situação relativamente à monitorização e cumprimento dos valores limite de emissão (VLE) associados a esta licença, com apresentação da informação de forma sistematizada e ilustração gráfica da evolução dos resultados das monitorizações efectuadas;

6) Síntese das emergências verificadas no último ano e subsequentes acções correctivas implementadas;

7) Síntese das reclamações apresentadas;

8) Ponto de situação relativamente à execução das metas do Plano de Desempenho Ambiental (PDA) previstas para esse ano.

(17)

8. E

NCARGOS

F

INANCEIROS

8.1. Taxas

O operador deve suportar os custos decorrentes:

- da utilização do domínio hídrico, de acordo com o previsto no art.º 78.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro (Lei Quadro da Água), e estabelecido no Decreto-Lei n.º 97/2008 de 11 de Junho (Regime Económico e Financeiro dos Recursos Hídricos);

- do registo no Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER), de acordo

com o previsto no art.º 57.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, conjugado com o estabelecido no art.º 15.º da Portaria n.º 1408/2006, de 18 de Dezembro.

8.2. Desactivação definitiva

O operador é responsável por adoptar as medidas necessárias aquando da desactivação definitiva da instalação, de modo a evitar qualquer risco de poluição e a repor o local em estado satisfatório.

(18)

ANEXO I - Gestão ambiental da actividade

1. Descrição das actividades

A instalação está localizada na zona industrial de Cotôas, concelho de Torres Novas, apresenta um regime de laboração de 24 horas diárias ao longo de 7 dias por semana e 365 dias por ano e emprega 24 trabalhadores.

A Unidade encontra-se dimensionada para um processamento de 16.000 toneladas/ano de óleos usados e assenta basicamente em três fases:

- Reciclagem do óleo pré-tratado, transformando-o em combustível adequado a motores diesel;

- Produção de energia eléctrica utilizando 13 grupos motor-gerador. A actividade desenvolve-se nas seguintes instalações:

1. Instalação de tratamento de óleos usados, que se subdivide em:

- Recepção e armazenagem de óleos (estação de carga e descarga e parque de armazenagem);

- Reciclagem do óleo através de um processo de cracking térmico (unidade de tratamento de óleo);

2. Unidade de produção de energia eléctrica e instalações auxiliares (depósitos de óleos lubrificantes e aerorefrigeradores);

3. Instalações eléctricas de alta tensão (produção e centro de transformação) e baixa tensão.

O óleo usado proveniente de fornecedores autorizados entra nas instalações da Enviroil, através de camiões cisterna. Após pesagem, são retiradas amostras de forma a verificar o cumprimento dos requisitos mínimos para aceitação do óleo, sendo o mesmo posteriormente descarregado e filtrado para um tanque de recepção com 60 m3 de capacidade. Deste tanque o óleo é transvasado para um dos 4 tanques de armazenagem.

O parque de armazenagem dispõe dos seguintes tanques:

- 1 tanque de 60 m3 de capacidade, para recepção do óleo usado;

- 2 tanques de 250 e 175m3 de capacidade, para armazenagem do óleo usado;

- 1 tanque de 125 m3, para armazenagem do combustível obtido nas instalações, até que é consumido nos motores;

- 1 tanque de 60 m3, para armazenagem da água residual do processo; - 1 tanque de 60 m3, para lodos e produto intermédio do tratamento; - 1 tanque de 60 m3, para gasóleo comercial;

- 4 tanques de fundo cónico com capacidade para 60 m3 cada um, para a estabilização do combustível obtido na instalação.

Os tanques encontram-se agrupados e instalados numa bacia de retenção com capacidade para 966 m3.

Existem ainda dois tanques de 25 m3 de capacidade instalados no pavilhão de tratamento do óleo para armazenagem de óleo usado.

Através de um processo de cracking térmico e destilação, o óleo é processado para obter um combustível “similar gasóleo”, que devido às suas propriedades pode ser utilizado em motores diesel.

O processamento do óleo é efectuado na sala de tratamento, situada no pavilhão de tratamento de óleo, com cerca de 1.380 m2 de superfície total e com capacidade para alojar as seguintes áreas:

(19)

- Sala de tratamento de óleo, que dispõe de 5 linhas de tratamento com uma capacidade conjunta de processamento de 16.000 toneladas/ano (aproximadamente 17.978 m3/ano);

- Sala de controlo;

- Local de manutenção e armazém; - Laboratório;

- Área onde se encontram instalados os eliminadores de gases incondensáveis. O processo de tratamento de óleos dispõe dos seguintes equipamentos:

- 2 tanques de alimentação de óleo aos evaporadores de 25 m3 cada (um para cada 2 linhas);

- 5 evaporadores, onde se procede ao cracking do óleo; - 5 sistemas de refrigeração de gases;

- 5 condensadores;

- 1 sistema de tratamento e eliminação de incondensáveis; - 4 tanques de estabilização (comuns às 5 linhas);

- 1 sistema de filtragem e centrifugação de produto.

Processo de tratamento

O óleo entra nos evaporadores onde é promovido o seu aquecimento e permanece confinado no interior de uma vasilha até ser encaminhado para o sistema de refrigeração. No final do ciclo de operação, procede-se ao arrefecimento do evaporador para extracção do resíduo sólido (torta sólida) depositado, o qual será posteriormente encaminhado para deposição em aterro em operador autorizado.

Os vapores produzidos dentro do evaporador são conduzidos a um sistema de refrigeração onde são arrefecidos pela passagem de ar fornecido por um ventilador seguindo depois para um condensador obtendo-se as seguintes fracções:

- Uma mistura de água e um combustível leve; - O combustível similar gasóleo;

- Gases incondensáveis, que são evacuados em direcção ao sistema de tratamento e eliminação de incondensáveis.

O combustível similar gasóleo é encaminhado para 4 tanques de estabilização com a finalidade de promover a sua estabilidade e decantar alguma água que possa ainda reter.

Previamente à sua armazenagem, o similar gasóleo é sujeito ainda a processos de centrifugação e filtração de forma a eliminar todos os hidrocarbonetos pesados e vestígios de água existentes.

A fracção de combustível leve resultante do processo de tratamento é utilizada nos queimadores dos evaporadores para o aquecimento do óleo.

Sistema de tratamento e eliminação de incondensáveis

Previamente à sua combustão, procede-se à separação, em depósitos cilíndricos, dos restos de água e combustível líquido presentes nos gases.

Os gases incondensáveis são eliminados numa câmara de combustão, na qual são queimados de forma controlada, sendo a evacuação dos gases efectuada por uma chaminé. De forma a garantir as condições de funcionamento contínuo do sistema de eliminação de gases nos períodos de paragem para manutenção, encontra-se instalada uma segunda unidade de termodestruição funcionando em regime de “stand-by” sendo o escoamento dos gases efectuado por uma única chaminé, correspondente à fonte pontual FF19.

(20)

Produção de energia e instalações auxiliares

A produção de energia eléctrica resulta do funcionamento de 13 grupos de motores tipo diesel, alimentados pelo combustível similar gasóleo produzido na fase anterior do processo. Cada grupo possui uma potência eléctrica de 1250 kVA (1000 kW), sendo o consumo total anual de combustível de aproximadamente 14.080 toneladas, para um período anual de funcionamento de 4.720 horas, resultando na produção de 59.000 MWh anuais de energia eléctrica.

A alimentação dos motores é efectuada directamente a partir do tanque de similar gasóleo, mediante um sistema de fluxo de combustível composto de duas electrobombas, uma das quais de reserva.

(21)

2. MTD referidas pelo operador como em uso na instalação

De acordo com o projecto apresentado, o funcionamento da instalação prevê a utilização de algumas das principais técnicas identificadas nos Documentos de Referência no âmbito PCIP (BREF) - Reference Document on Best Available Techniques for the Waste Treatments

Industries (BREF WT) - aplicáveis à instalação como Melhores Técnicas Disponíveis (MTD)

para as actividades desenvolvidas.

Gestão ambiental

2. Existência de manuais de operação, controlo e formação 3. Procedimentos de boas práticas internas – formação HSST 4. Relação privilegiada com fornecedores

5. Formação profissional e acções de formação para actualização

Melhor conhecimento dos resíduos

6. Completa caracterização da matéria-prima, produtos e resíduos do processo 7. Procedimentos de caracterização do óleo a tratar

8. Procedimentos de aceitação de matéria-prima 9. Implementação de procedimentos de amostragem 10. Existência de local e pessoal para recepção

Resíduos após tratamento

11. Caracterização dos resíduos produzidos

Sistemas de gestão

12. Sistema de registo de informação 13. Gestão da matéria-prima

14. Armazenamento conforme regras de segurança e compatibilidade 15. Eficiência de tratamento e monitorização

16.Existência de plano de emergência interno 17. Relatório diário de incidentes

18. Sistema de gestão de ruído e vibrações 19. Plano de desactivação da instalação.

Gestão das utilidades e matérias-primas

20. Controlo do consumo e produção de energia 21. Eficiência energética

23. Selecção das matérias-primas

Armazenagem e manuseamento

24. Técnicas gerais de armazenagem

25. Área de armazenagem de líquidos devidamente impermeabilizada e com sistema de retenção

26. Rotulagem e identificação de embalagens, depósitos e tubagens 27. Adopção de medidas para evitar a acumulação de resíduos

28. Assegurar o bom funcionamento dos equipamentos, a triagem por pessoal qualificado e a regra de compatibilidade de resíduos

29. Realização das operações de gestão de resíduos em locais impermeabilizados com contenção de eventuais escorrências

30. Assegurar que a segregação dos resíduos na armazenagem é realizada de acordo com regras de compatibilidade

(22)

Tratamento das emissões para a atmosfera

35. Controlo de emissões gasosas difusas 40. Sistema de detecção de fugas

Gestão das águas residuais

42. Redução do consumo de água e sua contaminação 43. Monitorização dos efluentes

44. Evitar o by-pass do efluente aos sistemas de tratamento 45. Sistema de recolha de águas pluviais

47. Impermeabilização da área de tratamento com bacia de retenção 50. Controlo diário do sistema de descarga de efluentes

54. Caracterização do efluente tratado

55. Garantir apenas a descarga de efluentes tratados

Gestão dos resíduos provenientes do processo produtivo

57. Plano de gestão de resíduos produzidos 58. Maximização da reutilização de embalagens 59. Reutilização de contentores tipo tambores 60. Registo de resíduos produzidos

61. Reutilização de resíduos de processo como matéria-prima

Contaminação de solos

62. Providenciar e manter áreas de trabalho impermeabilizadas, limpas e com sistemas de drenagem

64. Minimizar o impacto de construções no solo e subsolo

Tratamento físico-químico de águas residuais

72. Gestão de reactores físico-químicos 73. Parâmetros físico-químicos adicionais 74. Processos de neutralização

82. Sistema de exaustão para processo de filtração e remoção de água

Refinação de óleos usados

95. Controlo de propriedades do óleo usado recebido 96. Verificação da presença de produtos clorados e PCB

103. Opção por processo com rendimento superior a 65% (base seca)

Preparação do resíduo para utilização como combustível

117. Composição do combustível produzido

118. Sistema de qualidade para o combustível produzido

(23)

3. Resíduos perigosos a valorizar na instalação

Designação segundo a Lista Europeia de Resíduos (LER), de acordo com o Anexo I da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março

Código LER Descrição

13 02 05* Óleos minerais não clorados de motores, transmissões e lubrificação

13 05 02* Lamas provenientes dos separadores óleo/água

13 05 06* Óleos provenientes dos separadores óleo/água

(24)

ANEXO II – Monitorização ambiental

1. Monitorização das emissões para o ar

Quadro II.1 – Monitorização e Valores Limite das Emissões para a Atmosfera das Fontes de Emissão Pontual FF1 a FF13 (grupos motor-gerador)

Parâmetro VLE (1) (mg/Nm3) Frequência da monitorização Partículas 50 Semestral (2)

Dióxido de Enxofre (SO2) 666

Sulfureto de Hidrogénio (H2S) 23,1

Óxidos de Azoto (NOx) 2300

Monóxido de Carbono (CO) 461,5 Compostos orgânicos, expressos em C total 23,1 Compostos inorgânicos fluorados, expressos em F- 1,7

Compostos inorgânicos clorados, expressos em Cl- 33,3

Cádmio (Cd) 0,2

Níquel (Ni) 0,3

Chumbo (Pb) 1,7

Crómio + Cobre + Vanádio (Cr + Cu + V) 0,5

(1) Todos os valores limite de emissão (VLE) referem-se a um teor de 15% de O2 e gás seco.

(2) Em particular para o parâmetro NOx deverão ser utilizadas as normas EN ISO 8178 e NP ISO 10396,

alternadamente em cada campanha de monitorização.

Quadro II.2 – Monitorização das Emissões para a Atmosfera das Fontes de Emissão Pontual FF14 a FF18 (câmaras de combustão dos evaporadores)

Parâmetro VLE (1) (mg/Nm3) Frequência da monitorização Partículas 108 Semestral Dióxido de enxofre (SO2) 1444

Sulfureto de hidrogénio (H2S) 50

Óxidos de azoto (NOx) 1500

Monóxido de carbono (CO) 1000 Compostos orgânicos, expressos em C total 50 Compostos inorgânicos fluorados, expressos em F- 3,7

Compostos inorgânicos clorados, expressos em Cl- 72

Cádmio (Cd) 0,4

Níquel (Ni) 0,8

Chumbo (Pb) 3,7

Crómio + Cobre + Vanádio (Cr + Cu + V) 1,1

(1) Todos os valores limite de emissão (VLE) referem-se a um teor de 8% de O

(25)

Quadro II.3 – Monitorização das Emissões para a Atmosfera da Fonte de Emissão Pontual FF19 (eliminação de gases incondensáveis)

Parâmetro VLE (1) (mg/Nm3) Frequência da monitorização Partículas 300 Semestral Dióxido de enxofre (SO2) 2700

Sulfureto de hidrogénio (H2S) 50

Óxidos de azoto (NOx) 1500 Monóxido de carbono (CO) 1000 Compostos orgânicos, expressos em C total 50 Compostos inorgânicos fluorados, expressos em F- 50

Compostos inorgânicos clorados, expressos em Cl- 250

Cádmio (Cd) + Mercúrio (Hg) (2) 0,2

Arsénio (As) + Níquel (Ni) (2) 1,0

Chumbo (Pb) + Crómio + Cobre (Cu) (2) 5,0 (1) Todos os valores limite de emissão (VLE) referem-se a um teor de 8% de O

2 e gás seco.

Referências

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