• Nenhum resultado encontrado

Avaliação Ambiental Estratégica

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Avaliação Ambiental Estratégica"

Copied!
43
0
0

Texto

(1)

REN – Rede Eléctrica Nacional, SA

Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede

Nacional de Transporte de Electricidade

PDIRT 2012-2017 (2022)

Avaliação Ambiental Estratégica

Relatório de Factores Críticos para a Decisão

(2)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO Fotografias da Capa

(3)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO

Ficha técnica

Equipa IST

Coordenação Geral

Maria do Rosário Partidário

Apoio à Coordenação

Bernardo Rodrigues Augusto David Lucas Nunes

Energia

José Eduardo Barroso Frederico Pisco

Fauna

Rui Rufino Susana Reis

Ordenamento do Território

Isabel Castel - Branco Ana Luísa Ferreira Madalena Coutinho Equipa REN

Divisão de Planeamento da Rede Divisão de Equipamento

(4)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO

Índice

1 Introdução ... 5

2 Objectivo e metodologia da AA ... 6

2.1 Abordagem metodológica específica ... 8

3 Objecto de avaliação – estratégias de expansão do PDIRT ... 9

4 Factores Críticos para a Decisão ... 13

4.1 Elementos de base estratégica (QE, QA, QRE) ... 13

Questões Estratégicas (QE) ... 13

Questões Ambientais (QA) ... 14

Quadro de Referência Estratégico (QRE) ... 15

4.2 Critérios de avaliação e indicadores... 17

4.3 Fontes de informação ... 23

5 Cronograma de trabalhos ... 25

ANEXO I ... 27

(5)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 5-43

1 Introdução

O presente documento constitui o Relatório de Factores Críticos para a Decisão (FCD) da Avaliação Ambiental (AA) do Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte (RNT) de Electricidade (PDIRT) para o período 2012 – 2017 (2022), plano da responsabilidade da Rede Eléctrica Nacional (REN), o segundo PDIRT a ser objecto de Avaliação Ambiental.

O PDIRT 2012-2017 (2022) encontra-se sujeito a Avaliação Ambiental (AA), nos termos do Decreto-Lei nº 232/2007, de 15 de Junho, uma vez que se enquadra no sector da Energia abrangido pelo referido Decreto – Lei e constitui enquadramento para a futura aprovação de projectos sujeitos a Avaliação de Impacte Ambiental, de acordo com o Decreto – Lei nº 69/2000, de 3 de Maio, com as alterações introduzidas pelo DL nº 197/2005 de 8 de Novembro.

O PDIRT é um documento elaborado a cada três anos pela concessionária da RNT (a REN) e que, de acordo com o Decreto – Lei nº 172/06 de 23 de Agosto, corporiza e define os desenvolvimentos a efectuar por aquele operador tendo em vista garantir um funcionamento adequado do Sistema Eléctrico Nacional (SEN), em particular a ligação entre geração e consumo e a ligação da RNT com a rede de Espanha e a restante rede europeia da ENTSO-E1.

O Decreto – Lei nº 232/2007 de 15 de Junho define como responsável pela AA o proponente do plano a avaliar. Essa responsabilidade estende-se à decisão de elaborar a AA, determinação do âmbito e alcance da AA, consulta de entidades e do público sobre o âmbito e alcance da AA, preparação do Relatório Ambiental e respectivas consultas públicas e institucionais e apresentação da Declaração Ambiental à Agência Portuguesa do Ambiente.

Este relatório dá cumprimento ao estipulado no nº1 do art.º 5º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho relativamente à determinação do âmbito da avaliação ambiental, bem como ao alcance e nível de pormenorização da informação a incluir no Relatório Ambiental e destina-se a ser apreciado pelas entidades públicas com responsabilidade ambiental específica (ERAE), nos termos do nº3 do art.º 3º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho (Anexo I).

1

(6)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 6-43

2 Objectivo e metodologia da AA

O objectivo da AA do PDIRT é identificar, descrever e avaliar, de um ponto de vista ambiental e de sustentabilidade, as opções estratégicas que se colocam à expansão da Rede Eléctrica Nacional. Nesse sentido, a AA considera os factores ambientais e de sustentabilidade relevantes que permitem auxiliar o planeamento das necessidades de expansão da Rede, atendendo a objectivos ambientais e de sustentabilidade bem como a factores de contexto, não se limitando apenas a objectivos e critérios exclusivamente técnicos. Com este objectivo, a AA irá avaliar os eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes da aplicação do PDIR 2012–2017 (2022), nos termos do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho.

Para cumprir o objectivo acima enunciado a AA utiliza uma metodologia de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), tal como descrita em Partidário (2007)2, A metodologia de AAE

assume uma abordagem estratégica na avaliação, ou seja, considera opções estratégicas alternativas de desenvolvimento correspondentes a diferentes cenários possíveis de expansão da RNT, considera prazos alargados e enquadra a AAE num contexto de sustentabilidade, adopta como objecto de avaliação a discussão das estratégias de desenvolvimento que irão dar forma e conteúdo ao PDIRT 2012–2017 (2022) e focaliza a avaliação em poucos, mas prioritários, factores críticos para a decisão que são estratégicos em relação à decisão de expansão da RNT a ser tomada.

Para assegurar esta abordagem estratégica, a AAE deve ser simultânea e complementar à concepção do PDIRT, utilizar sempre que possível os elementos de trabalho (cenários de evolução e opções técnicas (alternativas)) que o PDIRT desenvolve, bem como os resultados obtidos no âmbito do processo de consulta de entidades e do público do PDIRT.

A fase de plano em que a AAE é iniciada é ainda uma fase relativamente precoce do PDIRT (prévia ao desenvolvimento de cenários) o que constitui uma oportunidade para influenciar o desenvolvimento deste Plano integrando contributos resultantes das análises a desenvolver em sede de AAE, bem como o resultado da avaliação.

A consulta institucional e pública e o estabelecimento de um programa de seguimento, previstos na metodologia, irão assegurar a função de validação da AAE.

A metodologia de AAE adoptada distingue duas componentes de intervenção:

- Coordenação e condução do processo de AAE, incluindo a coordenação de estudos, desenho, articulação e gestão do processo e consultas institucionais e do público

- Realização de estudos para AAE

2 Partidário, M.R. (2007). “Guia de boas práticas para Avaliação Ambiental Estratégica - orientações metodológicas”,

(7)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 7-43 Na componente coordenação e processo de AAE compreendem-se actividades destinadas a assegurar a realização da AAE enquanto processo que acompanha o processo de planeamento, bem como as condições de cariz externo e técnicas de condução da AAE. Incluem-se a gestão do processo de AAE e articulação de processos, em particular no que respeita à ligação a actividades e objectivos do PDIRT (incluindo oportunidades para integração de elementos ambientais, calendários, responsabilidades), a preparação de elementos para os estudos técnicos de suporte à decisão, o acompanhamento dos processos de participação e envolvimento de entidades e agentes.

Na componente estudos para AAE consideram-se os estudos de natureza técnica que devem fundamentar os contributos de AAE. Os estudos serão realizados segundo um calendário articulado com as necessidades de informação do PDIRT e ajustável em função do andamento do processo de planeamento, e enquadrados pelo processo de AAE estabelecido.

Mais concretamente, a metodologia de AAE irá desenvolver-se de acordo com os seguintes passos metodológicos fundamentais:

1- Identificação e análise de Factores Críticos para a Decisão (FCD) que estruturam a AAE, desenvolvendo critérios e indicadores para cada um dos FCD;

2- Análise e avaliação estratégica das opções alternativas de expansão da RNT de acordo com os FCD, segundo zonas geográficas, considerando a situação existente, as tendências de evolução e os efeitos esperados sobre os FCD;

3- Identificação das bases para um programa de acompanhamento da implementação do plano que incluem o estabelecimento de directrizes orientadoras para a implementação do PDIRT 2012 – 2017 (2022), incluindo igualmente o quadro institucional e indicadores de monitorização.

Ao longo do processo de AAE está prevista a preparação de diversos documentos que irão informar o processo de planeamento. Destacam-se os três documentos legalmente exigidos:

a. Relatório de Factores Críticos para a Decisão, que corresponde ao presente documento e que reporta sobre o âmbito e alcance da AA

b. Relatório Ambiental c. Declaração Ambiental

Esta abordagem estratégica permite a partilha de informação entre a AAE e o processo de planeamento, incluindo os elementos de trabalho do plano, no que respeita ao diagnóstico e às opções de expansão da RNT preconizadas. A AAE tem ainda em conta os resultados obtidos no âmbito dos processos de consulta de entidades e do público.

(8)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 8-43

2.1 Abordagem metodológica específica

Descreve-se nesta secção a abordagem metodológica que irá ser seguida na AAE. 1. Focalização - corresponde à identificação, justificação e apresentação dos FCD.

Os FCD reflectem os temas que estruturam a avaliação e que correspondem aos aspectos fundamentais a serem considerados no processo de decisão, na concepção das opções estratégicas do plano e das acções que as implementam. A identificação dos FCD resulta da análise integrada de um conjunto diverso de elementos:

- Quadro de Referência Estratégico (QRE), que estabelece o referencial de avaliação face ao que se pretende para o desenvolvimento futuro da RNT, bem como o enquadramento com outros planos e programas relevantes, incluindo politicas europeias e nacionais;

- Questões Estratégicas (QE) do PDIRT, que configuram a conjuntura estratégica, objectivos e linhas de força que orientam o PDIRT;

- Questões Ambientais (QA), nomeadamente as que são legalmente definidas no Decreto-Lei 232/2007 de 15 de Junho, traduzidas para a escala e âmbito do PDIRT. As questões ambientais a considerar na AAE resultam de uma leitura interpretada dos requisitos do Decreto – Lei nº 232/2007 de 15 de Junho e que se estabelecem no Quadro 3 e 4.

2. Análise estratégica das opções alternativas de expansão da RNT – realiza-se de acordo com os FCD, segundo zonas geográficas, considerando uma situação existente, as tendências de evolução e os efeitos esperados sobre os FCD. Esta análise de tendências é desenvolvida com base nos critérios e indicadores identificados para cada um dos FCD, considerados relevantes no estabelecimento do âmbito e alcance da AAE. A análise desenvolvida pela equipa do PDIRT é crucial como contributo para a análise de tendências na AAE.

3. Avaliação estratégica das oportunidades e riscos das diferentes estratégias de expansão da RNT - A avaliação de oportunidades e riscos decorre da análise dos factores críticos, da avaliação de cenários e das alternativas técnicas desenvolvidas no PDIRT. Os cenários são considerados na identificação das estratégicas de expansão da Rede, e globalmente o conjunto cenários/opções estratégicas serão tomados como as alternativas requeridas legalmente a fim de serem avaliados em relação aos FCD. Com base nos resultados da avaliação serão elaboradas directrizes ambientais para o planeamento e monitorização, que constituirão medidas de controlo.

(9)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 9-43 O objecto de avaliação da AAE corresponde assim aos cenários e opções estratégicas de expansão da RNT, sendo estas avaliadas relativamente às oportunidades e riscos para as questões ambientais e de sustentabilidade (expressas nos FCD).

4. Directrizes para planeamento, gestão e monitorização – estabelecidas com base na avaliação de oportunidades e riscos, constituem as bases para um programa de seguimento do PDIRT, incluindo um quadro de governança institucional, com definição de níveis de envolvimento e responsabilidade institucional no seguimento do plano.

No final do processo de avaliação será preparado um Relatório Ambiental que sintetiza os vários contributos elaborados e apresenta o resultado final da avaliação, de igual modo satisfazendo os requisitos legais, ao que se segue o acompanhamento do processo de consulta das ERAE e do público.

Após a aprovação do PDIRT é elaborada uma Declaração Ambiental que encerra o processo de avaliação. A Declaração Ambiental é entregue à APA juntamente com os relatórios finais do PDIRT e AA.

3 Objecto de avaliação – estratégias de

expansão do PDIRT 2012 – 2017 (2022)

O Plano de Desenvolvimento e Investimento da RNT (PDIRT), é um documento elaborado a cada 3 anos pelo operador da Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT), a Rede Eléctrica Nacional, SA, e que, de acordo com o Decreto-Lei nº 172/2006, corporiza e define os desenvolvimentos a efectuar por aquele operador, tendo em vista garantir um funcionamento adequado do Sistema Eléctrico Nacional (SEN), em particular a ligação entre geração e consumo e a ligação da RNT com a rede de Espanha e a restante rede europeia da ENTSO-e. O PDIRT deve especificar as extensões e alterações e efectuar num horizonte de 5-6 anos (envolvendo também uma análise com um horizonte de 10 anos), ou seja, as novas linhas e subestações a efectuar, estas últimas com localizações genéricas, e ainda as alterações necessárias em linhas e subestações existente, como sejam aumentos de capacidade de linhas e novos painéis ou extensões nas subestações e ainda as desclassificações de elementos da RNT. O PDIRT define assim os investimentos regulados a realizar pela REN para o período até ao ano 2017 (inclusive), embora englobe também um planeamento dos investimentos mais

(10)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 10-43 relevantes (linhas e subestações) relacionados com a expansão da RNT para o horizonte mais alargado de 2022.

O PDIRT 2012-2017 (2022) desenvolve e aprofunda um conjunto de directrizes de planeamento e gestão e directrizes de monitorização definidas pelo PDIRT 2009-2014 (2019) e que traduzem enunciados de princípios estratégicos de natureza ambiental ou com implicações de natureza ambiental, em linha com as políticas definidas na empresa no âmbito da Qualidade, Ambiente e Segurança e de Responsabilidade Social.

Estes princípios têm assumido a forma de regras holísticas, algumas das quais constam dos ‘Padrões de Segurança para Planeamento da RNT’ já citados, com diferentes graus de generalização e de escala (‘escoamento de produção de energia renovável’, ‘reaproveitamento de corredores ou traçados existentes’, ‘considerar aumento de capacidade (uprating ou aumento de capacidade de uma linha existente) antes de nova infra-estrutura’, ‘harmonização com condicionantes de ordenamento – segurança e saúde do público, meio biofísico, uso do solo, outras infra-estruturas’, etc.) as quais serão no âmbito da AAE enquadradas pelos FCD. No Quadro 1 apresentam-se as questões estratégicas subjacentes à concepção do PDIRT e que resultam por um lado da obrigatoriedade de cumprimento das exigências legais de garantia de abastecimento e qualidade de serviço a que a REN está sujeita, enquanto concessionária da RNT, e por outro dos cenários de evolução de consumo existentes e das metas estabelecidas, nacional e internacionalmente, em matéria de energias renováveis e eficiência energética. De salientar que, na generalidade, as questões estratégicas que se encontravam subjacentes à elaboração do PDIRT 2009-2014 (2019) mantêm a sua actualidade no PDIRT 2012-2017 (2022). A maior alteração decorre da introdução de um significativo valor de geração solar nos objectivos da política energética nacional e também na criação de condições para o aumento significativo das potências da maior parte dos empreendimentos do PNBEPH. Acrescenta-se que, tendo presente as obrigações da REN a nível da sua concessão, todos os cenários que serão considerados para análise na AAE garantem o abastecimento futuro das redes de distribuição em todo o território do Continente, tendo em conta as previsões de evolução dos mesmos, pelo que, sob o ponto de vista de capacidade de abastecimento, são equivalentes.

(11)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 11-434

Quadro 1 - Questões Estratégicas do PDIRT 2012 – 2019 (2022) face às questões estratégicas definidas anteriormente para o PDIRT 2009-2014 (2019)

Questões estratégica

s

Problemas críticos detectados no PDIRT

2009-2014 (2019)

Evolução das linhas de força face ao PDIRT 2009-2014 (2019)

Garantir o abastecimento dos consumos Reforço de alimentação à distribuição e a outros consumidores directamente ligados à RNT

Apesar de alguma retracção verificada em 2009 no valor de energia total consumida, em termos da potência de ponta o ano de 2009 trouxe um novo máximo histórico. A taxa média dos últimos 5 anos (2009-2004) foi de 2,2% em potência e 2,7% em energia. Por outro lado, e apesar das perspectivas de microgeração/geração distribuída, é expectável que mesmo em termos de energia, seja retomada a tendência de crescimento. Isto significa que, em termos do novo PDIRT face ao anterior, embora se possa verificar alguma revisão na data de abertura de um ou outro novo injector ou do reforço de potência de transformação instalada em subestações existentes, estas alterações não se reflectem em mudanças da estratégia global. Há ainda a considerar a necessidade de abastecimento aos 3 projectos ferroviários de alta velocidade, Lisboa-Madrid, Lisboa-Porto e Porto-Vigo

Assegurar condições adequadas para a recepção da produção

Ligação à rede de novos centros produtores, PRE e PO sem perda de capacidade para os existentes

PRE (excepto solar) - Os objectivos presentemente traçados relativamente à PRE até 2020 não diferem muito dos que estavam traçados

no anterior PDIRT para este mesmo horizonte.

PRE proveniente de solar - A Estratégia Nacional para a Energia com o horizonte 2020 (ENE 2020) aponta para montantes da ordem dos

1500 MW para a produção de energia eléctrica com origem solar, sendo que, tendo em conta a distribuição espacial do potencial do recurso solar a nível nacional, a maioria desta produção poderá vir a ser concretizada na zona sul do País, com especial destaque para a região do Alentejo. O novo PDIRT terá que acomodar a necessidade de novos reforços nesta parte da rede, cuja extensão dependerá do rácio entre solar ‘distribuída’ e do complemento em grandes projectos que se irão situar no Alentejo.

Grande Hídrica - Relativamente à grande hídrica a consideração do PNBEPH já estava vertida no anterior PDIRT. No entanto, verificou-se

(12)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 12-434

3

International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection

acréscimo de cerca de 1500 MW no total), de que resultou a necessidade de reforços de rede suplementares para além dos que já faziam parte do PDIRT 2009-2014 (2019), reforços esses que já estão assumidos neste novo PDIRT 2012-2017 (2022).

Assegurar níveis adequados de capacidade de interligação (MIBEL) Reforços e melhorias intrínsecas à própria RNT

Mantém-se o objectivo da existência de uma capacidade que possa ser livremente usada para fins comerciais de cerca de 3000 MW, a que corresponde uma capacidade técnica mínima de 3300 MW, tanto no sentido de exportação como no de importação.

Assegurar níveis adequados de qualidade de serviço Cumprimento dos padrões de segurança para planeamento da RNT e das obrigações regulamentares

Manutenção, face ao PDIRT anterior, com alteração do quadro regulamentar em matéria de valores limite de exposição a campos

eléctricos e magnéticos que vão genericamente no sentido de uma duplicação dos valores limite de exposição, na sequência da publicação pelo ICNIRP3 das Guidelines for limiting exposure to time—varying electric and magnetic fields (1 hz – 100 kHz)

(13)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 13-43

4 Factores Críticos para a Decisão

Os Factores Críticos de Decisão (FCD) que suportam a AAE do PDIRT decorrem da análise integrada das questões estratégicas (QE) do PDIRT, das questões ambientais e de sustentabilidade (QA) relevantes que reflectem os problemas críticos acima identificadas, e de um quadro de referência estratégico (QRE) que exprime as macro-políticas de referência, bem como planos e programas relevantes. O Quadro 2 apresenta os FCD identificados e respectiva descrição sumária.

Quadro 2 - Factores Críticos para a Decisão e descrição respectiva

FCD Descrição/objectivo

ENERGIA

Avaliação da capacidade das estratégias de expansão da RNT para suportar o expectável aumento da potência instalada a partir de fontes de energia renovável e do seu nível de contribuição para a gestão e minimização das perdas na RNT.

FAUNA

Avaliação dos riscos e oportunidades das estratégias de expansão da RNT relativamente aos valores naturais e paisagísticos existentes em áreas com estatuto de protecção pertencentes ao Sistema Nacional de Áreas Classificadas, a espécies da fauna, nomeadamente lobo, aves e quirópteros e à cumulatividade dos impactes da RNT em relação à fragmentação de habitats e à minimização do efeito barreira.

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Avaliação do significado estratégico dos investimentos da RNT, enquanto rede infra-estrutural com implantação física, da sua distribuição espacial nacional e ligações internacionais em relação às questões territoriais, considerando o território, enquanto espaço de obstáculos e espaço de consumo de energia eléctrica um factor essencial à definição e avaliação de alternativas de configuração da rede mais adequadas.

Para cada FCD foram definidos critérios de avaliação e indicadores respectivos, tal como descrito no sub-capítulo 4.2. Os critérios e indicadores pretendem conferir uma dimensão analítica aos FCD, e apresentam-se neste relatório como proposta de âmbito e alcance da AAE, sem prejuízo de outros que se venham a considerar relevantes durante o decorrer da AAE.

4.1 Elementos de base estratégica (QE, QA, QRE)

Questões Estratégicas (QE)

As questões estratégicas (QE) foram já apresentadas na secção 3 e resultam das orientações de política energética nacional e também de outras orientações como os ‘Padrões de Segurança para Planeamento da RNT’ constantes do Regulamento da Rede de Transporte de 2010. Resultam

(14)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 14-43

igualmente da necessidade de garantir resposta às solicitações de reforço de capacidade de entrega por parte da Distribuição e aos pedidos de ligação à rede para centrais por parte de promotores. Deve ainda ter presente os objectivos de capacidade de interligação com Espanha. Para efeito de identificação dos FCD sistematizam-se as questões estratégicas do PDIRT 2012-2017(2022) do seguinte modo:

i. Garantir o abastecimento dos consumos

ii. Assegurar condições adequadas para a recepção da produção, garantindo a ligação à rede de novos centros produtores, PRE (com destaque para a solar) e PO sem perda de capacidade para os existentes.

iii. Assegurar níveis adequados de capacidade de interligação no quadro do MIBEL. iv. Assegurar níveis adequados de qualidade de serviço.

Questões Ambientais (QA)

Os FCD identificados asseguram o tratamento das QA consideradas relevantes no PDIRT. O Quadro 3 apresenta a tradução das QA identificadas no Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, em função do âmbito de aplicação territorial e escala de análise do PDIRT. O Quadro 4 apresenta a correspondência dessa tradução com os FCD.

Quadro 3 - Tradução das QA relevantes para o PDIRT

QA definidas legalmente QA relevantes para o PDIRT

Biodiversidade Fauna

Flora

Fauna e Áreas Protegidas Paisagem

Património cultural Paisagem e Património Factores climáticos Energia

População

Saúde humana Saúde e Populações Ruído

Bens materiais Rede Urbana, Espaços Canale grandes infra-estruturas Água

Atmosfera

(15)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 15-43

Quadro 4 - QA relevantes por FCD

FCD Correspondências com as QA

ENERGIA Energia

Rede Urbana, Espaços Canale grandes infra-estruturas

FAUNA Fauna e Áreas Protegidas

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Paisagem e Património Saúde e Populações Ruído

Rede Urbana, Espaços Canale grandes infra-estruturas

Nota: As Questões ambientais Água, Atmosfera e Solo não foram consideradas relevantes tendo em conta a não significância dos efeitos ambientais da actividade de transporte de electricidade associados a estes factores ambientais.

Quadro de Referência Estratégico (QRE)

Para a definição do QRE foram analisadas as políticas, planos e programas que enquadram estrategicamente o PDIRT, e para o qual estabelecem objectivos e/ou metas de sustentabilidade. O Quadro 5 apresenta a lista dos instrumentos de planeamento identificados, e sua relação de relevância com os FCD preconizados.

O Anexo II resume os objectivos e metas aplicáveis ao PDIRT, por FCD. Os objectivos e metas aqui identificados constituem um referencial ambiental e de sustentabilidade a partir do qual as estratégias de expansão da RNT estabelecidas no PDIRT serão avaliadas.

(16)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 16-43

Quadro 5 - Políticas, Planos e Programas com objectivos e metas relevantes para o QRE do PDIRT 2012-2019 (2022)

Documentos Estratégicos Relevantes FCD ENERGIA FAUNA ORDENAMENTODOTERRITÓRIO

Protocolo de Quioto

Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável da U.E.

Livro Verde - Estratégia Europeia para uma Energia Sustentável, Competitiva e

Segura

Política Energética para a Europa

Energia 2020. Estratégia para uma energia competitiva, sustentável e segura

Plano estratégico europeu para as tecnologias energéticas [SET-Plan]

Programa Europeu para as Alterações Climáticas (ECEP)

Plano de Acção Europeu para a Eficiência Energética

Plano de Acção Europeu para a Eficiência Energética

Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável 2005 - 2015

Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020)

Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis ao abrigo da Directiva 2009/28/CE, relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes

renováveis

Programa Nacional para as Alterações Climáticas 2006

Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH)

Estratégia Europeia sobre a Biodiversidade

Estratégia Nacional da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ENCB)

Plano Sectorial da Rede Natura 2000

Convenção Europeia da Paisagem

Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural

Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007 – 2013 | Portugal

Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde 2008-2013 (PNAAS)

Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território (PNPOT)

Plano Regional de Ordenamento do Oeste e Vale do Tejo

Plano de Ordenamento Regional do Área Metropolitana de Lisboa

Plano Regional de Ordenamento do Alentejo

Plano Regional de Ordenamento do Algarve

(17)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 17-43

4.2 Critérios de avaliação e indicadores

Seguidamente apresentam-se os FCD, respectivos critérios e indicadores que estabelecem o âmbito da avaliação, o alcance do Relatório Ambiental e o nível de pormenor da informação a considerar na AAE.

O Quadro 6 apresenta uma breve descrição dos critérios definidos e o Quadro 7 o conjunto de indicadores temáticos por critério de avaliação. Para a concretização destes indicadores serão utilizadas fontes de informação diversificadas tendo em conta a natureza da informação necessária. Sublinhe-se que os FCD procuram sobretudo apontar para aspectos críticos que são estratégicos face à situação tendencial, e que por isso se tornam relevantes para a AAE das estratégias de expansão da RNT preconizadas pelo PDIRT.

Quadro 6 - Objectivos e critérios de avaliação dos FCD FCD #1 ENERGIA

Avaliação da capacidade das estratégias de expansão da RNT para suportar o expectável aumento da potência instalada a partir de fontes de energia renovável e do seu nível de contribuição para a gestão e minimização das perdas na RNT.

Critérios CE1.Integração da produção de energia eléctrica proveniente de fontes de energia renovável (FER).

Avaliação da capacidade da futura Rede Nacional de Transporte (RNT) para acomodar nova potência instalada, designadamente projectos de produção de electricidade a partir de fontes de energia renovável, em particular, (i) no domínio da hídrica por via do aumento substancial do valor de potência instalada no conjunto de aproveitamentos que integram o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), entre outros projectos, fortemente associados ao (ii) aumento de geração de energia eólica (iii) energia solar, tendo em conta o objectivo de 1.500 MW no ano 2020, e assumindo que grande parte dos projectos serão concretizados na zona sul do País.

CE2.Eficiência energética (gestão e minimização das perdas na RNT)

Avaliação do factor eficiência energética relacionado com a quantificação, gestão e minimização das perdas na RNT.

(18)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 18-43

Quadro 6 (cont.)– Objectivos e critérios de avaliação dos FCD FCD #2 FAUNA

Avaliação dos riscos e oportunidades das estratégias de expansão da RNT relativamente aos valores naturais e paisagísticos existentes em áreas com estatuto de protecção pertencentes ao Sistema Nacional de Áreas Classificadas, a espécies da fauna, nomeadamente lobo, aves e quirópteros e à cumulatividade dos impactes da RNT em relação à fragmentação de habitats e à minimização do efeito barreira.

CF1.Intersecção de Áreas Classificadas

Avaliação do grau de intercepção das diferentes estratégias de expansão da RNT com os valores naturais e paisagísticos significativos existentes nas Áreas Classificadas, compreendendo Áreas Protegidas (AP’s), Sítios com Interesse Comunitário (SIC’s) e Zonas de Protecção Especial (ZPE’s), de forma compatível com a escala de análise e avaliação.,

CF2.Atravessamento de zonas críticas de espécies da fauna (excepto aves e quirópteros)

Avaliação do grau de afectação das diferentes estratégias de expansão da RNT relativamente à localização das áreas de maior importância sobretudo para a conservação do lobo, espécie mais relevante a considerar a esta escala, ou seja, todas as alcateias de importância nacional conhecidas. CF3.Atravessamento

de zonas críticas para as espécies de aves com estatuto de conservação desfavorável mais susceptíveis à colisão

Avaliação do grau de afectação das estratégias de expansão da RNT relativamente às áreas consideradas Muito Sensíveis pelo ICNB para as populações de espécies mais susceptíveis à colisão com infra-estruturas de transporte de energia (Aves de rapina; Aves estepárias; Zonas húmidas; Outras espécies muito sensíveis).

CF4.Proximidade a abrigos de

quirópteros de importância nacional

Avaliação do grau de afectação das estratégias de expansão da RNT propostas em relação às zonas localizadas a menos de 5km dos abrigos de morcegos cavernícolas considerados importantes a nível nacional.

CF5.Minimização dos impactes

cumulativos

Avaliação do contributo das diferentes estratégias de expansão da RNT para a minimização dos impactes cumulativos. Esta avaliação considera dois níveis: ao nível do território nacional e ao nível dos corredores.

(19)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 19-43

Quadro 6 (cont.)– Objectivos e critérios de avaliação dos FCD

FCD #3 ORDENAMENTODOTERRITÓRIO

Avaliação do significado estratégico dos investimentos da RNT, enquanto rede infra-estrutural com implantação física, da sua distribuição espacial nacional e ligações internacionais em relação às questões territoriais, considerando o território, enquanto espaço de obstáculos e espaço de consumo de energia eléctrica, um factor essencial à definição e avaliação de alternativas de configuração da rede mais adequadas.

Critérios

COT1.Interferência com áreas sensíveis (incluindo paisagem) ou condicionadas por protecção natural e patrimonial

Identificação das áreas sensíveis ou condicionadas por protecção natural e/ou patrimonial (áreas de interesse paisagístico, patrimonial e ecológico) existentes na área de estudo, e sua análise, tendo em conta a sensibilidade dessas áreas e a sua capacidade de absorção de elementos que possam interferir com a respectiva importância e características naturais.

COT2.Interferência com áreas de forte presença humana e de actividades e infra-estruturas actuais e potenciais

Avaliação do grau de atravessamento de áreas de forte presença humana nomeadamente no que diz respeito à presença e proximidade física dos aglomerados populacionais (nomeadamente no que se refere às áreas residenciais e espaços públicos), atendendo às potenciais implicações na saúde pública (emissão de ruído e campos eléctricos e magnéticos).

COT3.Potenciação territorial da RNT (incluindo efeitos sinérgicos e evacuação de produção)

Avaliação da adequação territorial das estratégias de expansão da RNT propostas no que concerne à cobertura de zonas de potencial aumento de produção de energia e de zonas, actuais e previsíveis, de concentração do consumo, sinergias em corredores existentes e minimização de impactes sobre as áreas atravessadas.

(20)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 20-43

Quadro 7 - Indicadores temáticos por critério de avaliação

FCD Critérios de avaliação Indicadores temáticos

EN

ERGIA

CE1. Integração da produção de energia eléctrica

proveniente de fontes de energia renovável (FER).

Capacidades de recepção

Índice de utilização dos equipamentos em áreas fulcrais de produção de energia renovável

CE2. Eficiência energética (gestão e minimização das perdas na RNT);

Previsões do valor das perdas na RNT

FAUN

A

CF1.Intersecção de Áreas Classificadas

Para os eixos já existentes - Extensão de linhas e corredores de cada estratégia que atravessam Áreas Classificadas.

Para os eixos novos - Extensão máxima e mínima de ligação entre os pontos de origem e destino, em cada estratégia, que atravessam Áreas Classificadas.

CF2.Atravessamento de zonas críticas de espécies da fauna (excepto aves e quirópteros)

Para os eixos já existentes - Extensão de linhas e corredores de cada estratégia que atravessam as áreas de maior importância para a conservação do lobo das alcateias conhecidas.

Para os eixos novos - Extensão máxima e mínima de ligação entre os pontos de origem e destino, em cada estratégia que atravessam as áreas de maior importância para a conservação do lobo das alcateias conhecidas.

CF3.Atravessamento de zonas críticas para as espécies de aves com estatuto de conservação desfavorável mais susceptíveis à colisão

Para os eixos já existentes - Extensão de linhas e corredores de cada estratégia que atravessam a área correspondente à união da área ocupada por todas as categorias de informação apresentadas.

Para os eixos novos – Extensão máxima e mínima de ligação entre os pontos de origem e destino, em cada estratégia que atravessam a área correspondente à união da área ocupada por todas as categorias de informação apresentadas.

CF4.Proximidade a abrigos de quirópteros de

importância nacional

Para os eixos já existentes - Extensão de linhas e corredores de cada estratégia que se localiza a menos de 5km dos abrigos considerados como de importância nacional.

Para os eixos novos – Extensão máxima e mínima de ligação entre os pontos de origem e destino, em cada estratégia que se localiza a menos de 5km dos abrigos considerados como de importância nacional.

(21)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 21-43

FCD Critérios de avaliação Indicadores temáticos

CF5.Minimização dos impactes cumulativos

Para os eixos já existentes - Número de quadrículas UTM 10x10km que não são intersectadas por linhas da rede actualmente existente e que passarão a ter novos corredores ou linhas.

Para os eixos novos – Número máximo e mínimo de quadrículas UTM 10x10km que não são intersectadas por linhas da rede actualmente existente e que passarão a ter novos eixos.

Para os eixos já existentes - Acréscimo do comprimento de corredores de linhas face a uma estratégia mais conservadora.

Para os eixos novos – Acréscimo máximo e mínimo do comprimento de eixos face à estratégia mais

conservadora. OR DENAM EN TO DO TERR ITÓ RIO COT1.Interferência com áreas sensíveis (incluindo paisagem) ou condicionadas por protecção natural e patrimonial

Interferência com áreas sensíveis

Áreas sensíveis, nos termos da legislação em vigor (nº por tipologia)

Interferência com valores paisagísticos

Fragmentação de Unidades de Paisagem (importância do atravessamento em função do carácter da unidade de paisagem);

Afectação de valores paisagísticos de relevância nacional ou regional (nº ocorrências atravessadas ou na

proximidade)

Interferência com elementos patrimoniais (património cultural)

Elementos patrimoniais classificados como de ''Interesse Nacional''ou "Interesse Público" e as respectivas áreas de protecção e zonas especiais de protecção, desde que identificáveis à macro-escala e fora dos centros urbanos (nº de ocorrências por tipo de classificação)

(22)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 22-43

FCD Critérios de avaliação Indicadores temáticos

COT2.Interferência com áreas de forte presença humana e de actividades e infra-estruturas actuais e potenciais

Interferência com áreas legalmente condicionadas (impeditivas ou fortemente restritivas da implementação da RNT)

Servidões e restrições ao uso do solo, figuras de ordenamento, em particular as decorrentes de instrumentos de planeamento (ocorrências, por tipo, atravessadas ou na proximidade);

Aeródromos ou outras infra-estruturas e equipamentos com serventias e áreas de protecção especial

(ocorrências, por tipo, atravessadas ou na proximidade). Interferência com usos do solo para actividades humanas pouco compatíveis (turismo, lazer, culto), de relevância nacional ou regional

Áreas urbanas, turísticas, industriais, de uso público relevante, de equipamentos com elevado grau de sensibilidade, desde que significativos à macro-escala (ocorrências, por tipo, atravessadas ou na proximidade) Interferência com áreas de forte presença humana Zonas de forte concentração populacional e/ou com tendência para forte crescimento demográfico

(ocorrências relevantes atravessadas ou na proximidade) Interferência com grandes infra-estruturas potenciais ou previstas

Grandes barragens, RAVE, Novo Aeroporto de Lisboa, Plataformas logísticas (nº de interferências)

COT3.Potenciação territorial da RNT (incluindo efeitos sinérgicos e evacuação de produção)

Efeitos sinergéticos com a actual RNT

Ocorrência de zonas com outras linhas aéreas existentes (nº de ocorrências)

Evacuação da produção

Áreas de forte concentração de centros produtores ou com forte potencial / previsibilidade para a sua instalação (nº de ocorrências por dimensão e tipologia)

(23)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 23-43

4.3 Fontes de informação

O levantamento dos dados necessários para a avaliação segundo os critérios e indicadores está dependente de um conjunto diversificado de fontes, dependendo do FCD em causa.

No que diz respeito ao FCD Energia a análise dos valores disponibilizados pela REN, através da sua informação estatística e relatórios diversos é de grande utilidade na apreciação deste FCD, designadamente, na evolução das perdas na RNT e capacidade de recepção de energia.

Relativamente a técnicas de análise, estas incidirão na comparação com cenários de anos anteriores e de previsões de modo a se verificar a evolução na rede de transporte, sendo também indispensável a análise estatística dos indicadores anteriormente descritos.

O FCD Fauna terá essencialmente como fonte a informação disponibilizada pelo ICNB. Para as espécies de aves nidificantes com estatuto de conservação desfavorável em Portugal e mais susceptíveis de serem afectadas pelas infra-estruturas em causa, as áreas de distribuição foram recentemente actualizadas pelo Novo Atlas das Aves Nidificantes em Portugal (ICNB/SPEA). No caso das espécies invernantes e dos corredores migratórios, a informação é um pouco mais escassa, embora existam alguns estudos (atlas de invernantes, censos, trabalhos dirigidos e EIA’s) que fornecerão informação muito valiosa para uma boa avaliação dos factores de risco.

Será igualmente tido em consideração o trabalho já desenvolvido no âmbito do Protocolo REN/ICN, bem como o trabalho desenvolvido pela SPEA e pela Quercus para as linhas de alta e média tensão, no âmbito da parceria entre estas duas associações, o ICN e a EDP.

Relativamente a técnicas de análise, existem vários trabalhos sobre a biologia das espécies, nomeadamente das suas áreas vitais, uso de habitat, fenologia e movimentos que podem servir de base para a definição de critérios e regras a aplicar.

Toda a informação relevante será inserida num SIG (ArcView®) para permitir a posterior análise espacial.

As fontes de informação a utilizar no âmbito do FCD Ordenamento do Território basear-se-ão fundamentalmente, numa compilação da informação existente, publicada ou disponibilizada por instituições públicas, e análise prospectiva à luz da evolução tendencial e do seu enquadramento nas tendências pesadas consubstanciadas nomeadamente nos instrumentos constantes do QRE.

Será produzida cartografia, à escala 1:250.000, com as grandes características do território, nestes domínios, donde resultem claras as áreas que apresentem potenciais condicionantes à implementação, total ou parcial, da rede, ou seja, uma delimitação, à macro - escala, de áreas de exclusão para a localização da rede, bem como das áreas passíveis de potenciar territorialmente a rede de transporte.

(24)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 24-43

Apresenta-se, no Quadro 8 uma listagem, a título meramente indicativo, das fontes de informação a consultar no âmbito deste FCD, sem prejuízo de outras que se venham a revelar relevantes no decorrer do estudo:

Quadro 8 - Fontes de Informação a consultar na análise do FCD Ordenamento do Território

Temas Fontes de informação

Unidades de Paisagem e áreas de valor paisagístico

DGOTDU

Pesquisa documental e cartográfica Áreas Protegidas, Parques e Reservas, Sítios

da Rede Natura, Zonas Importantes para as Aves (IBA), Sítios Ramsar

ICNB

Rede Natura 2000

Valores geológicos de relevância nacional ou regional

LNEG DGEG

Grandes classes de Uso de Solo Povoamento

DGOTDU CCDR INE

CORINE Land-cover 2006

Zonas de vinha de regiões demarcadas IVV - Instituto da Vinha e do Vinho Comissões Vitivinícolas

Servidões de instalações militares Ministério da Defesa Nacional Ministério da Administração Interna

Infra-estruturas aeronáuticas, rodoviárias e ferroviárias

Outros espaços canais, equipamentos ou infra-estruturas relevantes

ANA - Aeroportos de Portugal

ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil

REFER – Rede Ferroviária Nacional

RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade EP - Estradas de Portugal

Entidades concessionárias da rede de auto-estradas EDP – Electricidade de Portugal

ANPC – Autoridade Nacional de Protecção Civil

Elementos patrimoniais IGESPAR

Planos Regionais de Ordenamento do Território

Planos Regionais Ordenamento Florestal

CCDR’s

(25)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 25-43

Os indicadores a utilizar no âmbito dos vários FCD, podem vir a ser ajustados posteriormente em função da evolução da concepção do plano, da informação existente, das necessidades e resultados intercalares do processo de avaliação subsequente e dos resultados da consulta institucional e pública a este relatório. De notar contudo que muito indicadores poderão permanecer relevantes para efeito de monitorização do PDIRT, mesmo na ausência de dados que neste momento os possam informar.

5 Cronograma de trabalhos

O Quadro 9 apresenta o cronograma de trabalhos da AAE, relacionando-o com o processo de planeamento do PDIRT, do qual recolhe a informação relevante, apresentando a sequência de entrega dos documentos que concretizam as fases metodológicas do processo de AAE e as exigências legais nesta matéria.

Quadro 9 - Articulação dos processos de planeamento e AAE do PDIRT 2012-2017(2022)

Processo PDIRT Revisão Início Cenários e opções simplificada Versão

novo PDIRT Consulta Simulações Pdirt-final

Aprovação PDIRT

AAE – Estudos

para AAE Nov-10 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Mar-11 Abr-11 Mai-11 Jun-11

pós-Jun 2011 Coordenação e Acompanhamento - processo Estabelecimento do processo e calendários Coordenação de Estudos Entrega de conclusões orientativas Entrega de relatórios Estabelecimento do processo de seguimento e quadro institucional Consulta de entidades Consulta de agentes e público Declaração Ambiental Acompanhamento do processo

(26)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 26-43

Processo PDIRT Revisão Início Cenários e opções simplificada Versão

novo PDIRT Consulta Simulações Pdirt-final

Aprovação PDIRT

AAE – Estudos

para AAE Nov-10 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Mar-11 Abr-11 Mai-11 Jun-11

pós-Jun 2011 Factores Críticos para a Decisão QRE, FA e QE do PDIRT FCD, Critérios e indicadores Relatório de FCD Análise e Avaliação - Estudos Análise de tendências e caracterização - ligação QRE Interpretação de cenários e avaliação de opções Identificação de oportunidades e riscos Conclusões orientativas Apreciação de comentários das entidades e público Justificação de oportunidades e riscos Directrizes e indicadores de monitorização Programa de Seguimento Relatório ambiental

(27)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 27-43

ANEXO I

Lista de entidades relevantes para consulta PDIRT e AA

Entidades nacionais com Responsabilidades Ambientais Específicas (ERAE)

[Consulta prevista no artigo 7º do DL 232/2007, de 15 de Junho]

• Agência Portuguesa do Ambiente

• Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P. • Instituto da Água, I.P.

• Administrações das Regiões Hidrográficas, IP

• Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional

• Direcção-Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano • Autoridades de saúde

• Municípios abrangidos pelo PDIRT

Outras entidades recomendadas

• ERSE – Entidade Reguladora do Sector Energético

Produtores

• TURBOGÁS - Produtora Energética, S.A. • Tejo Energia, S.A.

• CPPE - Companhia Portuguesa de Produção de Electricidade, S.A.

Distribuidores

• EDP Distribuição Energia, SA

Comercializadores

• Comercializadores regulados (EDP Serviço Universal)

• Comercializadores de Energia Eléctrica, reconhecidos nos termos do Decreto-lei n.º 184/2003, de 20 de Agosto e Portaria n.º 139/2005, de 3 de Fevereiro (EDP; Union Fenosa, Iberdrola, Endesa Portugal)

(28)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 28-43

Organizações Não Governamentais de Ambiente

• Quercus ANCN • LPN • SPEA • CEAI • FAPAS • GEOTA Associações Profissionais

• Ordem dos Engenheiros

• Associação Portuguesa de Avaliação de Impactes • Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente

Associações Sectoriais

• ADENE – Agência para a Energia • Associação Portuguesa de Energia • CBE - Centro de Biomassa para a Energia • SPES - Sociedade Portuguesa de Energia Solar

• APREN – Associação Portuguesa de Produtores Independentes de Energia Eléctrica de Fontes Renováveis

(29)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 29-43

ANEXO II

Objectivos e metas relevantes do QRE

Quadro - Principais Objectivos e Metas relevantes identificados para os Factores Críticos de Decisão considerados na AAE do PDIRT

Factores Críticos de

Decisão

Objectivos e Metas Quadro de Referência Estratégico

ENERGIA

Os países desenvolvidos (Anexo I da Convenção) ficam colectivamente obrigados a reduzirem as suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em, pelos menos, 5% relativamente aos níveis de 1990, no período de

cumprimento 2008-2012. Protocolo de Quioto

Metas para 2007 – 2013:

-Desenvolvimento Sustentável, através da mobilização de políticas económicas, sociais e ambientais, incluindo designadamente a garantia de qualidade do ambiente, através, entre outras medidas, da implementação do programa da EU para as alterações climáticas, desenvolvendo uma política europeia de energia mais sustentável, onde se inclui a continuação da promoção do uso generalizado de energias renováveis.

- Os Estados – Membros da UE estão comprometidos a satisfazer o Protocolo de Quioto até 2008 – 2012, com redução de 8% das emissões de GEE.

- Analisar a possibilidade de reduzir o consumo de energia até 2020, tendo em conta o potencial de redução estimado em 20% e conseguir que 21% do consumo de energia na UE – 25 fosse satisfeito por energias renováveis até 2010.

Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável da U.E

(30)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 30-43

Factores Críticos de

Decisão Objectivos e Metas

Quadro de Referência Estratégico

ENERGIA

Duplicar a quota de energia renovável ao nível do consumo nacional bruto de 6% para 12% em 2010;

Aumentar a quota de electricidade produzida a partir de fontes renováveis no consumo total de electricidade de 14% para 22% em 2010;

Aumentar a quota de Biocombustíveis no sector dos transportes para 5.75% em 2010; Reduzir o consumo energético em 20% em 2020.

Livro Verde - Estratégia Europeia para uma Energia Sustentável, Competitiva e Segura

Garantir:

uma redução das emissões de GEE (Gases com Efeito de Estufa) de 20% até 2020, em relação a 1990; Uma meta vinculativa de 20% para as Renováveis em 2020;

Uma meta mínima vinculativa de 10% de biocombustíveis nos combustíveis para o sector dos transportes; Uma redução de 20% do consumo energético em 2020, de acordo com o Plano de Acção da Eficiência Energética

Política Energética para a Europa

A nova estratégia de energia está focada em 5 prioridades principais:

Europa energeticamente eficiente (redução do consumo de energia em 20% no ano 2020); Construir um mercado energético Pan-Europeu;

Dar poder aos consumidores e atingir o mais elevado nível de segurança;

Estender a liderança Europeia na área das tecnologias energéticas e inovação (implementação do Plano Estratégico Europeu para as Tecnologias Energéticas, SET Plan).

Fortalecimento da dimensão externa do mercado de energia da U.E.

Energia 2020. Estratégia para uma energia competitiva, sustentável e segura

Tem como objectivo acelerar o desenvolvimento e aplicação em larga escala de novas tecnologias energéticas de baixo carbono, através de um modelo baseado em actividades de investigação, desenvolvimento e demonstração, com foco em 7 iniciativas industriais.

• até 20% da electricidade da U.E. produzida por energia eólica no ano 2020;

• até 15% da electricidade da U.E. produzida com recurso a energia solar no ano 2020;

Plano estratégico europeu para as tecnologias energéticas [SET-Plan]

(31)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 31-43

Factores Críticos de

Decisão Objectivos e Metas

Quadro de Referência Estratégico

ENERGIA

integração até 35% de energia renovável na rede eléctrica da U.E.,operando de acordo com o smart

principle, ou seja, efectuando o matching entre a procura e oferta no ano 2020;

• pelo menos 14% do mix energético da U.E. proveniente de bioenergia sustentável e competitiva sob o ponto de vista de custos;

• a tecnologia de CCS competitiva, tendo em conta o preço do carbono no mercado, no ano 2020-2025;

• os primeiros protótipos dos reactores tipo IV, em operação no ano 2020, de forma a permitir a sua utilização comercial no ano 2040.

• 25 a 30 cidades na linha da frente na transição para uma economia de baixo carbono, no ano 2020.

(cont.)

Plano estratégico europeu para as tecnologias energéticas [SET-Plan]

Cumprir os quantitativos de redução de emissões de GEE’s estabelecidos no Protocolo de Quioto: menos 8% relativamente aos níveis de 1990, no primeiro período de cumprimento, 2008-2012.

No que se refere ao sector do transporte de energia, consta da lista de medidas e políticas a tomar em matéria de alterações climáticas, o garantir o acesso à rede assegurando o acesso para produção de electricidade descentralizada e aumentar a contribuição das energias renováveis.

Programa Europeu para as Alterações Climáticas (ECEP)

Estabelece a criação de um quadro de políticas e medidas com o objectivo de intensificar o processo de obtenção de 20% de poupança potencial no consumo energético anual primário da UE para 2020.

Propõe desenvolver orientações, em cooperação com o CEER4 através do ERGEG5, sobre boas práticas regulatórias com vista à redução de perdas ao nível do transporte e distribuição (2008);

Propõe um novo quadro regulatório para a promoção do acesso à rede e conexão da produção descentralizada (2007).

Plano de Acção Europeu para a Eficiência Energética

4

Council of European Energy Regulators

5

(32)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 32-43

Factores Críticos de

Decisão Objectivos e Metas

Quadro de Referência Estratégico

ENERGIA

Atingir um crescimento sustentado, reforçar a competitividade à escala local e a eficiência energética através da utilização sustentável dos recursos naturais, aproveitando o potencial endógeno nacional através das seguintes metas:

Atingir 39% da produção de electricidade a partir de fontes de energia renovável (especialmente hídrica, eólica e fotovoltaica) até 2010.

Redução do Consumo de Energia Primária/PIB (2000); Redução do consumo final de energia em 1%/ano, relativamente à média dos últimos cinco anos (2001-2005).

Combate às alterações climáticas através da aposta no desenvolvimento das políticas e medidas preconizadas no programa nacional das alterações climáticas e do desenvolvimento de novas políticas e medidas, apostando na descarbonização da economia portuguesa, assumindo como meta:

limitar a 27% o crescimento das emissões de GEE face ao registado em 1990 no período de cumprimento de 2008-2012.

Estratégia Nacional de

Desenvolvimento Sustentável 2005 - 2015

Garantir o cumprimento dos compromissos nacionais no contexto das políticas europeias de energia e de combate às alterações climáticas, permitindo que em 2020, 31% do consumo final bruto de energia, 60% da electricidade produzida e 10% do consumo de energia no sector dos transportes rodoviários tenham origem em fontes renováveis;

Reduzir a dependência energética do exterior, baseada no consumo e importação de combustíveis fósseis, para cerca de 74% em 2020, a partir de uma crescente utilização de recursos energéticos endógenos (estimativa de redução para um Brent de referência igual a 80 usd/bbl);

Reduzir em 25% o saldo importador energético (cerca de 2.000 milhões €) com a energia produzida a partir de fontes endógenas, possibilitando uma redução de importações estimada em 60 milhões de barris de petróleo;

Energias Renováveis:

Energia Hídrica

aumento da potência hídrica associado ao Plano Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), aos novos empreendimentos em curso e aos reforços de potência previstos que permitirão atingir no ano 2020, cerca de 8.600 MW de capacidade instalada;

instalar maior capacidade reversível, integrada com o crescimento da energia eólica; -aproveitamento do potencial identificado para mini-hídricas, 250 MW;

Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020)

(33)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 33-43

Factores Críticos de

Decisão Objectivos e Metas

Quadro de Referência Estratégico

ENERGIA

Energia Eólica

Objectivo global de 7.000 MW no ano 2020;

Instalação de 2.000 MW adicionais até ao ano 2012, resultantes da capacidade atribuída nos últimos dois anos através processos concursais;

400 MW resultantes da exploração do potencial de sobre-equipamento dos parques existentes;

Até 2020, instalação de 3.000 MW de potência eólica por via de novos concursos, facto que está dependente de um conjunto de factores, designadamente da evolução da procura de electricidade, da penetração dos veículos eléctricos, da capacidade de transferir consumos de períodos de ponta para períodos de vazio e também da viabilidade técnica e dos custos das tecnologias eólicas offshore, assim como dos impactos ambientais associados;

Energia Solar

Objectivo global de 1.500 MW no ano 2020, tendo em conta a evolução tecnológica, ganhos de eficiência e redução de custos associados às várias tecnologias;

Actualização do programa de microgeração6 para unidades com potência de ligação até 5,75 kW (25 MW/ano até 2020) e introdução de um programa de minigeração7 destinado a projectos com potência até 250 kW (500 MW de potência até ao ano 2020);

Atribuição de potência a projectos de inovação e demonstração de conceito nas tecnologias de solar fotovoltaico de concentração, (CPV, 5 x 1MW)8 e solar termoeléctrico de concentração (CSP, 29,5 MW)10; Atribuição de capacidade de 150 MVA de injecção de potência na rede eléctrica de serviço público para energia eléctrica produzida a partir de centrais solares fotovoltaicas, incluindo a tecnologia solar fotovoltaica de concentração;

Biomassa

Implementação da capacidade de 250 MW já atribuída;

(cont.)

Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020)

6

Decreto-Lei n.º 118-A/2010, de 25 de Outubro.

7

RCM n.º 54/2010, de 4 de Agosto.

8

(34)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 34-43

Factores Críticos de

Decisão Objectivos e Metas

Quadro de Referência Estratégico

ENERGIA

Biogás e Resíduos

aproveitamento do potencial dos combustíveis derivados de resíduos (CDR); exploração do potencial associado ao biogás, designadamente ao biogás de aterro e ao biogás proveniente da digestão anaeróbia de resíduos e de efluentes;

Biocombustíveis

Cumprimento dos objectivos decorrentes da política europeia, designadamente a quota de energia proveniente de fontes renováveis consumida por todos os modos de transporte em 2020 deverá atingir, pelo menos, 10 % do consumo final de energia nos transportes;

Geotermia

• promover uma nova fileira na área da geotermia e atingir 250 MW de potência instalada até ao ano 2020; Ondas

• promoção da zona piloto para testes e atingir 250 MW de potência instalada até ao ano 2020; Hidrogénio

• explorar o potencial do hidrogénio como vector energético;

Eficiência Energética

- redução de 20 % do consumo de energia final em 2020, através da aposta em medidas comportamentais e fiscais, assim como em projectos inovadores, designadamente os veículos eléctricos e as redes inteligentes, a produção descentralizada de base renovável e a optimização dos modelos de iluminação pública e de gestão energética dos edifícios públicos, residenciais e de serviços.

Veículo Eléctrico

No horizonte 2020, a aposta nos veículos eléctricos tem a ambição de substituir cerca de 10 % dos combustíveis actualmente consumidos no sector dos transportes rodoviários por electricidade.

(cont.)

Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020)

(35)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 35-43

Factores Críticos de

Decisão Objectivos e Metas

Quadro de Referência Estratégico

ENERGIA

Fixa os objectivos nacionais relativos à quota de energia proveniente de fontes renováveis consumida nos sectores dos transportes, da electricidade e do aquecimento e arrefecimento em 2020;

- 31,0% de energias renováveis no consumo final bruto de energia em 2020;

Estimativa do contributo total previsível de cada tecnologia baseada em FER para alcançar os objectivos obrigatórios de 2020:

- Hidroeléctrica: 9.548 MW dos quais 4.302 MW com bombagem e 750 MW de mini-hídricas no ano 2020: - Geotérmica: 75 MW;

- Solar: 1.000 MW fotovoltaica e 500 MW solar concentrada; - Marés, Ondas e Oceanos: 250 MW

- Eólica: 6.800 MW Onshore e 75 MW Offshore;

- Biomassa: 367 MW de biomassa sólida e 150 MW de Biogás.

Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis ao abrigo da Directiva 2009/28/CE, relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis

Até 2010 intensificação e diversificação do aproveitamento das fontes renováveis de energia para a produção de electricidade, com especial enfoque na energia eólica e no potencial hídrico ainda por explorar, assegurando que, até aquela data, 39% da produção de energia eléctrica final tenha origem em fontes renováveis.

Prevê como medida adicional para o sector do transporte de energia a redução em 8,6% de perdas no transporte e distribuição emitida na rede, em 2010, recorrendo à regulação sectorial. Prevê-se com esta medida atingir-se um potencial de redução de 146 Gg CO2e

Programa Nacional para as Alterações Climáticas 20069

Aproveitar melhor o potencial hídrico e viabilizar o crescimento da energia eólica pela introdução de um elemento estabilizador na forma de capacidade reversível nos investimentos previstos de forma a integrar no sistema eléctrico a intermitência associada ao perfil de produção eólica. O objectivo é duplicar a capacidade actualmente instalada – mais 4.274 MW, dos quais, quase 3.300 W em capacidade reversível.

Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH)

9

(36)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO 36-43

Factores Críticos de

Decisão Objectivos e Metas

Quadro de Referência Estratégico

FAUNA

Conservação e utilização da diversidade biológica

Partilha dos benefícios resultantes da utilização dos recursos genéticos; Investigação, identificação, monitorização e intercâmbio de informação. Educação, formação e sensibilização.

Estratégia Europeia sobre a Biodiversidade

Até 2010:

- Conservar a natureza e a biodiversidade, incluindo os elementos notáveis da geologia, geomorfologia e paleontologia.

- Promover a utilização sustentável dos recursos biológicos;

- Contribuir para a prossecução dos objectivos visados pelos processos de cooperação internacional na área da conservação da natureza, nomeadamente os definidos na Convenção sobre a Diversidade Biológica.

-Criar condições para promover a produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis, mediante a salvaguarda dos valores ambientais em presença.

Estratégia Nacional da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ENCB)10

Conservar determinados habitats e espécies, compatibilizando as actividades humanas com a preservação destes

valores, visando uma gestão sustentável do ponto de vista ecológico, económico e social. Plano Sectorial da Rede Natura 2000

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Apresenta como objectivo “promover a protecção, a gestão e o ordenamento da paisagem e organizar a

cooperação europeia neste domínio.”

Cada Estado Membro compromete-se a empreender as seguintes medidas gerais:

Reconhecer juridicamente a paisagem como uma componente essencial do ambiente humano, uma expressão da diversidade do seu património comum cultural e natural e base da sua identidade;

Integrar a paisagem nas suas políticas de ordenamento do território e de urbanismo, e nas suas políticas cultural, ambiental, agrícola, social e económica, bem como em quaisquer outras políticas com eventual impacte directo ou indirecto na paisagem.

Convenção Europeia da Paisagem – Decreto n.º 4/2005, de 14 de Fevereiro

10

Referências

Documentos relacionados

Université du Québec à Trois rivières - Université Laval - Université Rennes 2 - Université d'Angers - Université Bretagne Sud - Université

j Certidão Negativa Criminal da Justiça Comum Estadual e Federal, da Justiça Eleitoral e da Justiça Militar Estadual e Federal se militar ou ex-militar o candidato do s local is onde

ed è una delle cause della permanente ostilità contro il potere da parte dell’opinione pubblica. 2) Oggi non basta più il semplice decentramento amministrativo.

O candidato, no ato de inscrição para o processo de seleção para participação no ENCARA E BOTA A CARA, concede à SSSC, bem como a terceiros por ela indicados, com

Dos resultados obtidos, damos destaque aos seguintes: 1) há evidências entoacionais, mas nenhuma evidência segmental, para os três domínios estudados em PB,

O método de Ian McHarg para identificação de áreas aptas à implantação de empreendimentos urbanos é essencialmente baseado em análise espacial com utilização

A Figura 3 apresenta um exemplo real (utilizando o modelo apresentado em FAN et al., 2013) de uma previsão de vazão realizada para o rio Abaeté (MG), onde pode-se observar

Sobrinho & Tsutiya (1999) definem que, para projetos de dimensionamento de sistemas de esgoto sanitário, a determinação da carga de efluente é definida pela população das bacias