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MEDITAÇÃO MINDFULNESS E REDUÇÃO DE ESTRESSE: UM PASSO A PASSO PARA COMEÇAR

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MEDITAÇÃO

MINDFULNESS E

REDUÇÃO DE

ESTRESSE:

UM PASSO A

PASSO PARA

COMEÇAR

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Almir Araújo é facilitador de meditação, mindfulness e compaixão baseados em protocolos científicos desde 2017. É professor de Desenvolvimento da Compaixão Baseado em Mindfulness pelo Instituto Cultivo (México), e professor de MBSR (Mindfulness Based Stress Reduction) em Formação pelo MBPTI (Mindfulness Based Professional Training Institute) da UCSD (Universidade da Califórnia em San

Diego). Atualmente trabalha oferecendo treinamentos, palestras, workshops e práticas meditativas tanto em contextos de desenvolvimento pessoal, como em ambientes corporativos. Também é sócio-fundador do Portal Mundo Mindfulness, um dos principais sites de informação sobre o tema no país.

(3)

COMO USAR ESSE E-BOOK

Para facilitar a sua leitura e navegação por esse

material, preparamos algumas dicas importantes.

Site:

em qualquer momento você poderá acessar

nosso site clicando no link localizado no canto

superior direito.

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SUMÁRIO

01

02

03

04

05

Como tudo começou...05

O que é meditação...13

Por onde começar...26

Tenha isso em mente...32

Como a meditação ajuda a

reduzir o estresse...37

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01

COMO TUDO

COMEÇOU

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Frequentemente, em minhas palestras, conto uma história pessoal para ilustrar como minha vida era antes de começar a praticar a meditação diariamente.

Meu nível de ansiedade sempre foi alto e eu nem mesmo tinha noção disso. Eu me perdia nos meus pensamentos, divagações e distrações, mas não tinha a menor consciência do impacto que isso causava no meu bem-estar, na minha saúde e qualidade de vida.

Não entendia muito bem porque sentia uma grande dificuldade de aprendizado, vivia esquecendo onde tinha colocado as chaves de casa, sem contar que perdia coisas constantemente (continuo perdendo, mas bem menos agora), e me sentia quase sempre estressado, cansado e exausto.

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Ao começar a meditar, pouco a pouco fui ficando mais consciente dessa ansiedade, me familiarizando com tudo que envolvia esse processo e, consequentemente, aprendendo a lidar com essa e outras situações desafiadoras de uma forma mais saudável e tranquila.

Durante essa jornada, como você deve ter notado, muitas foram as situações e descobertas, mas uma delas me marcou bastante.

Estava eu tomando banho, ou melhor, debaixo do chuveiro com a esponja na mão, quando de repente me dei conta que eu não sabia há quanto tempo já estava ali (mais tarde descobri que eram 40 minutos) e, pior do que isso, simplesmente não me lembrava se já tinha lavado alguma parte do meu corpo.

Esse fato foi chocante para mim, mas ao olhar com mais cuidado pra esse episódio, acabei enxergando uma oportunidade.

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No dia seguinte, coloquei um relógio dentro do banheiro em um local de fácil visualização e, a partir desse dia, toda vez que eu me dava conta que minha mente viajava, tratava de focar no que estava fazendo antes dos meus pensamentos me sequestrarem e, aos poucos fui diminuindo o tempo que eu ficava no banho.

Essa atenção e a possibilidade de sempre que possível voltar para o que eu estava fazendo instantes antes de me distrair, se estendeu para outras áreas da minha vida, o que acabou me ajudando a diminuir drasticamente a minha ansiedade e todos os problemas que a acompanhavam.

Além de tudo que já mencionei, um dos maiores benefícios que comecei a experimentar foi poder viver com mais leveza, mais equilíbrio, e poder aproveitar muito mais cada momento que se faz presente, estando disponível para presenciar um pôr do sol , apreciar uma criança

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brincando ou sentir toque da brisa leve no meu rosto.

Outra descoberta incrível foi perceber que é possível olhar para aquilo que é incômodo, aquilo que me dá medo ou me assusta de uma maneira mais aberta, mais gentil, menos conflituosa e com mais equilíbrio.

Mas, afinal, como eu comecei a meditar?

Eu sempre tive uma grande simpatia pela cultura oriental, e às vezes tentava ler e aprender um pouco mais sobre budismo e hinduísmo. Em algum momento, isso fez com que eu entrasse em contato com a meditação praticada nessas religiões.

Tentei por várias vezes meditar, mas aquilo parecia impossível para mim, era um enorme desafio ficar parado por alguns minutos.

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Sem contar que eu não entendia muito bem qual era o principal objetivo daquilo, mas tinha a impressão que se eu meditasse o bastante, seria mais paciente, calmo e gentil.

Ficar ali parado já era um desafio gigante para mim, mas além disso, tinha o fato que eu simplesmente não conseguia entender os ensinamentos religiosos, e com o tempo isso foi me desanimando e acabei me afastando da meditação.

Até que, muitos anos depois, um amigo que cursava faculdade de Psicologia estava fazendo seu Trabalho de Conclusão de Curso e o tema era meditação. Isso acabou fazendo com que ele entrasse em contato com um tipo de meditação chamada mindfulness. Com o tempo ele se especializou no assunto após concluir o bacharelado, e passou a oferecer treinamentos para ensinar pessoas a meditarem com base em protocolos científicos.

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Então, em 2011, tive a oportunidade de participar do primeiro programa de treinamento de 8 semanas de meditação mindfulness com esse amigo, e desde então comecei a praticar diariamente, com altos e baixos, mas também com muitos aprendizados.

O tempo passou novamente e, mais especificamente em junho de 2016, me juntei a esse amigo e a outra amiga para iniciar o nosso primeiro projeto focado em meditação, o Mundo Mindfulness, uma empresa que oferece treinamentos, workshops, palestras, cursos e relacionados à meditação mindfulness.

Em 2017, dei mais um passo nessa jornada e ingressei na formação de professores de MBSR (sigla em inglês que significa Redução de Estresse Baseado em

Mindfulness) do MBPTI (Mindfulness-Based Professional

Training Institute) da Universidade da Califórnia em San Diego, o qual ainda me encontro em formação, além de ter concluído no mesmo ano a formação como facilitador do Programa de Desenvolvimento da Compaixão Baseado em Mindfulness pelo Instituto Cultivo (México).

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Desde então, passei a facilitar treinamentos que visam auxiliar pessoas através das práticas de meditação.

Em busca de fazer com que essas ferramentas cheguem a cada vez mais pessoas, resolvi escrever esse e-book. Espero realmente que esse livro digital seja útil para você, e que seja o primeiro passo para que a meditação possa transformar a sua vida, assim como transformou a minha.

Boa leitura e até breve!

Almir Araújo – Mundo Mindfulness

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02

O QUE É

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O QUE MEDITAÇÃO?

Alguns pesquisadores e autores defendem que a prática da meditação começou há aproximadamente 2500 A.C. em países do oriente, e que seus praticantes tinham diversas experiências e diferentes objetivos ao se engajarem nesses exercícios.

Mas trazendo o tema para um período mais próximo do nosso tempo atual, por volta dos anos 70, alguns pesquisadores ocidentais começaram a se interessar mais pelas práticas meditativas e, aos poucos, a comunidade científica foi ampliando os estudos sobre

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meditação, ao mesmo tempo que monges e outros praticantes do oriente começaram a viajar para outros lugares do mundo, possibilitando a disseminação dessas práticas para outras pessoas e locais que antes não tinham acesso.

Todavia, antes de continuarmos, é importante dizer que ao utilizarmos a palavra “meditação”, pode ser que estejamos falando de coisas diferentes.

Vamos pegar um exemplo de outra palavra que utilizamos regularmente no nosso dia a dia para entendermos o que isso significa. Quando usamos a palavra “esporte”, existem infinitas possibilidades, podemos estar falando sobre basquete, vôlei, futebol etc. Portanto, diferentes modalidades esportivas, certo?

Com a palavra meditação ocorre algo similar. Quando utilizamos essa palavra em uma conversa com outra pessoa, por exemplo, há chances de estarmos falando de modalidades de meditações diferentes, dependendo do contexto e como aquela pessoa foi apresentada a

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meditação, é possível que ela tenha um entendimento distinto do seu sobre o assunto.

Não há nada de errado com isso, apenas quer dizer que são diferentes. Não necessariamente um tipo ou modalidade é melhor ou pior do que a outra, mas ter clareza sobre qual tipo estamos falando nos ajuda a entender quais são os objetivos e possíveis benefícios de cada modalidade.

Somente para citar alguns exemplos, há meditações que são chamadas de transcendentais, outras são chamadas de meditação mindfulness, outras de meditações de compaixão e por aí vai.

Essas práticas podem ainda estar classificadas dentro de grupos específicos de meditação, mas isso é assunto para outro e-book. O importante para nós nesse momento é ter uma ideia clara que há vários tipos de meditação. E nesse e-book abordaremos a meditação mindfulness. Beleza?

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Dito isso, outra consideração relevante a fazer está relacionada a algo que muitas práticas de meditação têm em comum, que é o que costumamos chamar de âncora meditativa ou objeto de concentração.

A âncora meditativa ou objeto de concentração são a mesma coisa e servem como um ponto o qual vamos depositar a nossa atenção durante a prática, mas também como uma referência para direcionarmos e focarmos a atenção toda vez que nossa mente se distrair com pensamentos, sons e outros estímulos que podem sequestrar o nosso foco.

Que tal um exemplo mais prático?

Vamos supor que você vai começar a meditar agora, e a sua âncora meditativa será a sua respiração, tudo bem?

Então, você começa focando a sua atenção para sentir as sensações envolvidas no ato de respirar; pode ser o movimento do seu abdômen, do seu tórax ou toque do ar entrando e saindo pelas narinas.

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Nesse momento, se você já tentou meditar alguma vez, é provável que esteja familiarizado(a) com o que acontece depois de pouquíssimo tempo que você começou a sentir a sua respiração.

Sua mente começa a divagar, surgem pensamentos sobre suas preocupações, talvez uma conta que tenha esquecido de pagar, talvez uma discussão que tenha tido com alguém, talvez uma sensação de fome, talvez uma dor ou desconforto ou qualquer outra coisa que tenha tirado a sua atenção das sensações da respiração.

Mas e ai? Quando isso acontece o que devemos fazer?

É exatamente nesse momento que utilizaremos a nossa âncora meditativa.

Talvez você já tenha percebido, mas é comum, natural e faz parte da prática meditativa o fato de nossa mente divagar, se distrair. Não há absolutamente nada de errado com isso, na verdade, isso é até esperado e

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Justamente porque é normal e esperado que nossa mente viaje, a única coisa que fazemos quando notamos que estamos distraídos é, de maneira gentil, orientar novamente a nossa atenção para sentir as sensações da respiração. Fazendo isso quantas vezes forem necessárias (e isso vai ocorrer muitas vezes).

Desta forma, encarar a distração como algo normal é muito relevante porque nos ajuda enxergá-la como uma característica humana e não como um erro. Consequentemente, diminuímos nossa resistência e reatividade para esse processo.

Para fechar essa explicação, abaixo segue um breve modelo de como funciona a meditação mindfulness:

Site

Focar a atenção na respiração Nota-se onde a mente está divagando A mente começa a se distrair

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Basicamente, o modelo acima ilustra o seguinte:

1. Focamos a atenção na âncora meditativa (respiração nesse caso);

2. A mente se distrai e começa a divagar;

3. Nota-se a mente distraída e gentilmente direcionamos a atenção novamente para a respiração

4. Repita o processo 😊

Simples, certo?

É simples, mas não necessariamente quer dizer que seja fácil, porém, como qualquer coisa nova que tentamos aprender, é esperada alguma dificuldade e algum nível de desafio.

Sendo assim, aqui vai uma dica essencial: Trate-se

com gentileza durante esse processo.

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Assim como costuma tratar um amigo quando ele acredita ter cometido um erro ou está sendo autocrítico demais.

Porque, como mencionei antes, em alguns momentos será bastante desafiador ficar parado prestando atenção na respiração, mesmo que seja por pouco tempo.

E, não esqueça disso:

Meditar não é ficar sem pensar em nada, deixar a mente em branco ou ficar relaxado, mas sim observar o que estiver na sua experiência com curiosidade, explorando de forma aberta, mas sem buscar ou procurar atingir estados ou sensações especiais como relaxar ou sentir-se calmo.

Talvez você esteja se perguntando nesse momento, como assim não buscar relaxar e ficar calmo? Não é para isso que a meditação serve?

O que acontece é que se você tentar ficar calmo ou

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o que provavelmente irá acontecer em seguida é que você ficará ainda mais ansioso(a) porque a prática não está saindo como esperado.

Então, durante seu período de meditação o convite é que você observe e tome consciência de tudo o que surgir na sua experiência, independente se esse evento parece ser bom ou ruim para você naquele momento.

A ideia é que, ao invés de tentar afastar sensações ruins e desconfortáveis ou se agarrar a sensações boas e agradáveis, você possa observar essas sensações, perceber como está se relacionando com elas e simplesmente voltar a sua atenção para sentir a respiração novamente.

Experimente abrir mão de tentar mudar a sua experiência e apenas notar o que está acontecendo com um olhar curioso, talvez note pensamentos desagradáveis como – “Isso não é pra mim, estou fazendo isso errado”, ou “essa dor nas costas está me

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– “Me sinto tão tranquilo, poderia ficar sempre assim” ou “Que bom que eu tomei a decisão de meditar, estou me sentindo muito bem.

Não importa muito o teor daquilo que esteja pensando ou sentindo, procure, da melhor forma possível, observa-los como eventos isolados e não como verdades absolutas.

Isso quer dizer que você entra em contato com a sua experiência e todos os seus componentes como se fosse um observador externo, quase como se desse um passo para trás e pudesse observar a você mesmo de fora.

Isso porque, se eu disser para que a partir de agora você não pense em uma bola de futebol cor de laranja durante os próximos 3 dias, e se você conseguir, ganhará um curso de meditação completamente gratuito, o que acha que vai acontecer?

Mas lembre-se, você não poderá pensar na bola quando ler a palavra meditação em algum lugar, nem quando for

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meditar ou enquanto continua a ler esse e-book.

O que provavelmente vai acontecer é que quanto mais você não quiser pensar na bola laranja, mais você pensará.

Pois, muitas vezes, ao não querer algo, você automaticamente cria uma resistência àquilo que não quer e, ao criar uma resistência, seu cérebro vai transformar isso em algo em que você precisa focar, consequentemente você prestará mais atenção nisso, intensificando ainda mais a presença do que não queremos.

Portanto, quando resistimos a algo, há uma grande tendência de que isso persista, justamente porque aquilo se tornou uma preocupação e isso nos mantém alertas e atentos.

Tudo isso acontece muito rápido durante a meditação ou no nosso dia a dia, ainda assim, conhecer o

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Exatamente porque ao cultivar um olhar mais aberto para sua experiência, ou seja, não criar resistências e permitir que pensamentos, sentimentos, emoções e sensações sigam seu fluxo natural, acabamos oferecendo o “espaço” que esses eventos precisam para surgirem e irem embora naturalmente.

Essa postura nos dá a oportunidade de olhar para tudo que acontece conosco com mais clareza, permitindo coletar as informações que todos esses eventos nos trazem de maneira sábia e objetiva, o que nos dá a possibilidade de fazer escolhas mais acertadas e equilibradas.

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03

POR ONDE

COMEÇAR?

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POR ONDE

COMEÇAR?

Já falamos sobre como funciona o processo da meditação, mas antes de começar a praticar é interessante falarmos um pouco sobre algumas sugestões de posturas que você pode adotar.

Posturas

Há muitos mitos e questões quando as pessoas pensam em uma postura ideal para meditar, entretanto, há três coisas que devemos prestar atenção para que a postura seja um aliado importante da prática

.

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1. Não deve haver rigidez muscular, isto é, basta encontrar uma postura confortável e relativamente relaxada. Não é necessário inventar ou se submeter a posturas complicadas ou difíceis;

2. É razoável que, além de uma postura confortável, o praticante encontre uma posição que o ajude a se manter alerta. Em resumo, precisamos nos sentir bem, mas sem estar relaxado demais a ponto de adormecer, por exemplo;

3. Algum desconforto é esperado durante a sua prática de meditação. Pequenas dores podem surgir, principalmente se o seu corpo não está habituado a permanecer por muito tempo na posição que escolheu experimentar. Normalmente, com o passar do tempo o corpo acaba se adaptando, mas lembre-se de respeitar seus limites e ir se adaptando aos poucos.

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DEITADO

Certamente é uma das posições mais confortáveis para meditar, mas é comum cair no sono quando estamos meditando deitados, por isso, o meditador deve manter a mente alerta para evitar cochilar ou dormir no meio do exercício.

Pode ser uma boa ideia deitar-se sobre uma esteira ou colchonete ao invés de utilizar a cama, pois a cama normalmente está associada ao sono. Porém, se esse for o único lugar em que você se sente realmente confortável para meditar, sinta-se à vontade para utilizar a cama como um local de prática.

Tente meditar com os olhos abertos se for útil para que você fique mais desperto e não caia no sono tão facilmente.

Por último, procure meditar nessa postura em horários em que esteja mais disposto e menos cansado.

Obs: Caso durma, não se preocupe, isso também faz

parte do aprendizado. Tente outros horários e posturas que podem favorecer a sua prática.

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SENTADO

Caso você prefira adotar uma postura em que permanecerá sentado, poderá fazê-lo em uma cadeira ou almofada comuns ou próprias para meditação.

Devido ao fato de passarmos bastante tempo sentados em cadeiras, temos uma tendência de perder a curvatura natural da coluna adotando ombros mais arredondados e cabeça à frente da linha da coluna, causando uma tensão no pescoço.

Por isso, se possível, encontre uma postura em que consiga manter a pélvis equilibrada e ereta. Assim, a coluna irá acompanhar a forma natural de "S", permitindo que a cabeça descanse na parte superior da coluna.

Sentado em uma cadeira

Se escolher meditar em uma cadeira, use uma com encosto reto e firme. Se suas costas são fortes, você pode se sentar próximo à ponta do assento, deixando a coluna livre para seguir as curvas naturais.

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Entretanto, se suas costas são mais frágeis, coloque uma almofada ou cobertor enrolado nas costas para dar apoio à coluna mantendo-a ereta.

Certifique-se que teus pés estão apoiados no chão de forma estável e que seus joelhos não fiquem mais altos que seu quadril, pois isso pode causar uma pressão na região lombar. Experimente utilizar uma almofada ou travesseiro sob os pés, caso isso te ajude a ficar mais confortável.

Sentado em uma almofada

Talvez você tenha uma almofada de meditação, conhecida como zafu ou uma almofada comum em casa, independente do tipo, a primeira sugestão é parecida com a da cadeira.

Você pode se sentar de pernas cruzadas (como for confortável pra você), experimente sentar mais na ponta da almofada, ou também há opção de sentar de joelhos, apesar de não parecer, essa postura pode ser muito confortável para algumas pessoas.

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04

LEIA ISSO

ANTES DE

COMEÇAR

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TENHA ISSO EM MENTE

• A meditação não substitui tratamentos e recomendações médicas ou de qualquer outro profissional de saúde;

• Não é recomendado praticar meditação caso você se encontre em uma condição clínica severa. Da mesma maneira, pacientes com transtornos de humor ou comportamento devem procurar profissionais qualificados e experientes para realizar algum programa específico para sua condição atual;

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• Ao meditar, é inevitável que a mente comece a divagar. Trate-se com carinho quando isso ocorrer e traga gentilmente a tua atenção de volta para o teu objeto de concentração;

• É possível que você perceba sensações diferentes em teu corpo, bem como sensações já conhecidas como frio, por exemplo. É comum termos uma leve queda da temperatura corporal quando estamos meditando;

• Podem surgir pensamentos sobre passado ou futuro, além de julgamentos sobre as outras pessoas e sobre você mesmo, isso também faz parte, não há nada de errado com você;

• Para meditar com mais qualidade e segurança, procure um profissional certificado que possa orientar e supervisionar sua atividade. Dessa forma, será mais fácil e simples manter a rotina de exercícios, tirar dúvidas e trocar experiências enriquecedoras;

• Meditar não significa, necessariamente, relaxar, ter calma e tranquilidade. Em alguns momentos você pode experimentar essas e outras sensações, mas o importante mesmo é ter consciência de como nos

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• Meditar não é ficar sem pensar em nada (mentes pensam e está tudo bem);

• Apesar de muitas religiões e tradições terem a meditação como parte de suas rotinas e práticas, para meditar, você não precisa estar ligado a uma religião nem mesmo precisa abandonar a sua;

• No início, comece com períodos mais curtos de meditação, 5 ou 10 minutos já são suficientes. Aumente o tempo de prática gradativamente. Mesmo se 5 minutos for tempo demais para você, não se preocupe. Não há nenhum problema em trabalhar com 2 ou 3 minutos enquanto estiver se familiarizando com a meditação. Lembre-se de se tratar com carinho e respeitar suas limitações;

• Meditar é algo simples, mas isso não quer dizer que seja fácil. Implementar a meditação em sua rotina pode ser um desafio. Portanto, procure testar horários, posições e práticas diferentes. Desta maneira, pode ser que você consiga se adaptar com mais facilidade;

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• Algumas dificuldades e desafios como: sonolência, agitação, aversão, desejos e dúvidas são comuns e esperados durante a meditação. Eles também fazem parte do processo. Saiba que eles não acontecem somente com você. Procure cultivar uma aproximação aberta e curiosa quando se deparar com esses desafios, pois essa atitude pode trazer aprendizados importantes.

Agora é só colocar em prática.

Para você começar, há várias meditações disponíveis de mais ou menos 10 minutos em nosso canal no Youtube. São gratuitas e você pode acessá-las clicando no link abaixo:

Práticas GRATUITAS

Canal Youtube Mundo Mindfulness

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05

COMO A

MEDITAÇÃO

AJUDA A

REDUZIR O

ESTRESSE

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MEDITAÇÃO E O ESTRESSE

Alguns estudos trazem evidências de que praticar meditação regularmente pode reduzir a atividade da amígdala cerebral. Esta região do nosso cérebro é conhecida por ser um radar para detectar ameaças ao nosso bem-estar.

Em busca de nos preparar para enfrentar essa ameaça, algumas glândulas do nosso organismo liberam alguns hormônios, como adrenalina e cortisol (conhecido como hormônio do estresse), o que acaba causando algumas alterações fisiológicas como aumento dos batimentos

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cardíacos e pressão arterial, maior fluxo sanguíneo para as extremidades do corpo(braços e pernas), mudança no ritmo respiratório e alterações no sistema digestório.

Se você é um ser humano como eu, estou certo que já experimentou essas ou algumas dessas sensações em uma situação de estresse ou ansiedade. E tenho uma boa notícia, nada há de errado com isso.

Porém, talvez você também já tenha experimentado alguns outros sintomas que podem ter aparecido em decorrência de uma condição de estresse crônica ou exposição frequente a situações estressoras. O que pode incluir arritmias, transtornos de sono, dores de cabeça, ansiedade, pânico e inflamações.

A longo prazo essa condição pode até mesmo causar alterações em nossas células acelerando o processo de envelhecimento.

Como eu disse anteriormente, não há nada de errado com o estresse, pois podemos considerar que ele é uma resposta do organismo a uma demanda ou pressão que pode ser interna (ex: pensamentos, dores) ou externa (ex: agressão, susto), e procura preservar o bem-estar do indivíduo e restaurar o equilíbrio do organismo.

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Entretanto, uma das coisas que acaba influenciando em grande parte o quanto algo é ameaçador ou não para nosso bem-estar, é a nossa percepção e a maneira como nos relacionamos com a nossa experiência, e esse conjunto determinará o quanto de estresse você vivenciará.

Um exemplo que todos nós vivenciamos vez ou outra que pode ilustrar muito bem isso é: Sabe quando estamos tranquilos e felizes e as coisas parecem não nos afetar?

Aquele dia ou momento que nem mesmo aquele tropeço, em que batemos o dedinho do pé na quina de algum lugar e que causa uma dor incrível, é capaz de afetar nosso bom humor.

Por outro lado, se você está em um dia em que seu humor não anda muito amigável, é provável que precise de muito menos do que bater o dedinho do pé para que algo te irrite, não é mesmo? Nesses dias até um inocente “oi” pode se tornar algo estressante.

Isso nos mostra que a forma como olhamos para algo e lidamos com isso acaba impactando o quanto nossa

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Uma outra maneira de ver isso é olhar para coisas que nos irritam ou estressam profundamente, mas que parecem simplesmente não exercer nenhum efeito negativo em outras pessoas.

Vamos supor que você não gosta de pegar filas (acho que ninguém gosta), mas aqui, no nosso exemplo, consideremos que isso é algo que te deixa muito estressado(a). Ao mesmo passo que, diante desse mesmo evento, que é a necessidade de enfrentar uma fila, você sofre um estresse absurdo, fica irritado(a), reclama etc. Há outras pessoas nessa mesma fila que não estão dando a mínima para o fato de terem que estar lá por um longo tempo.

Faz sentido?

Atualmente há muitas pesquisas na área da Psicologia Positiva que mostram evidências importantes de que a maneira como encaramos nossas experiências influenciam fortemente no nosso bem-estar, podendo até mesmo impactar nossa fisiologia.

E isso não quer dizer que devemos achar tudo lindo e passar a acreditar que as coisas ruins são boas, mas significa que podemos cultivar um olhar mais amplo e

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claro das nossas experiências, que vai além de nossos padrões habituais e, desta forma, abrir espaço para enxergar outras possibilidades que podem estar disponíveis e, a partir disso, escolher uma aproximação mais adequada a cada situação.

E como isso se relaciona com o estresse e com a meditação?

Se eu tivesse que resumir em uma palavra o que é meditação eu diria que meditar é um treino.

Talvez você esteja se perguntando: Como assim um treino, Almir?

Fazendo novamente uma analogia com esportes, quando vamos para academia para praticar musculação por exemplo, estamos treinando nossos músculos repetidamente para que eles fiquem mais fortes e, estejam mais habituados a levantar determinada carga de peso quando for necessário, certo?

Da mesma forma que se você quiser correr uma maratona e você nunca correu antes, será necessário treinar muitos meses antes, talvez até anos, mas se fizer isso de forma sistemática, em algum momento você

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conseguirá completar os 42 quilômetros de uma prova. Mas para isso você teve que se preparar e, uma das melhores maneiras de fazer isso é treinando.

Com a meditação não é diferente! Meditar é um treino mental em que você trabalha uma série de habilidades que são extremamente úteis para ter uma vida mais equilibrada e saudável.

Devido ao avanço tecnológico, atualmente a ciência têm condições de coletar evidências bastante confiáveis de que algumas habilidades como foco, atenção e memória melhoram com treinamentos de meditação, além de mostrar que áreas do cérebro ligadas a essas habilidades aumentam de tamanho, enquanto a região da amígdala que normalmente se mostra maior quando estamos estressados, tende a diminuir após um treinamento de 8 semanas de meditação mindfulness (MBSR).

Além disso, ao meditar acabamos tendo algumas oportunidades de encontrar as mais diversas situações como alegria, felicidade, prazer, tensão, medo, tristeza, julgamento, apego, dor, relaxamento, e por ai vai. E é justamente nesses encontros que temos a chance de

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observar como lidamos com cada um deles e, ao cultivar um olhar aberto e curioso, aumentamos as nossas chances de aprender a lidar com cada encontro de uma maneira mais saudável.

Muitos desses encontros podem causar um certo grau de estresse em nós, mas é justamente porque eles são parte da vida que ter a oportunidade de lidar com eles em um contexto de prática é que vai aumentar a possibilidade de mudarmos a nossa relação com eles e poder gerenciar esses encontros de maneira mais sábia no futuro.

Resumindo, o simples fato de meditar, com o tempo se tornará cada vez mais um importante aliado para uma vida mais equilibrada e feliz.

Então, que tal começar agora mesmo?

Conforme falei, temos várias meditações em nosso canal no Youtube, que tal dar um pulinho lá e conferir. Basta clicar no link abaixo:

Meditações Guiadas

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Se preferir praticar sem áudio, lembre-se do nosso esquema:

1. Focamos a atenção na âncora meditativa (respiração nesse caso);

2. A mente se distrai e começa a divagar

3. Nota-se a mente distraída e gentilmente direcione a sua atenção novamente para a respiração

4. Repita o processo 😊

Ah, se tiver dúvidas, precisar de alguma ajuda ou até mesmo se tiver sugestões de temas, fique à vontade para entrar em contato comigo enviando um e-mail para

almir@mundomindfulness.com.br ou também através das redes sociais na próxima página.

Um grande abraço e boas práticas!

Almir Araújo

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Referências

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