CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO / NOTURNO
PROGRAMA DE DISCIPLINA
OFICINA DE FUNDAMENTAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO
CÓDIGO: ARQ010CLASSIFICAÇÃO: Obrigatória PRÉ-REQUISITO:
--CARGA HORÁRIA: TEÓRICA: 0 horas 0 créditos PRÁTICA: 240 horas 16 créditos TOTAL: 240 horas 16 créditos
PROFESSORES: Cristiano Cezarino Rodrigues; Mateus Moreira Pontes; Roberto Rolim
Andrés.
PROFESSORES CONVIDADOS: Iraci Miranda Pereira; Paulo Von Krueger.
EMENTA: Sensibilização e instrumentação para o processo criativo da arquitetura e
urbanismo, enfatizando a relação entre sujeito e espaço nas escalas micro e macro. Expressão e representação gráfica do espaço e do objeto arquitetônico. Recursos computacionais aplicados à Arquitetura e Urbanismo. Noções de sistemas estruturais e conforto ambiental.
OBJETIVOS:
A Oficina de Fundamentação e Instrumentação pretende introduzir os alunos à concepção arquitetônica e ao pensamento crítico e experimental de métodos de trabalho, com ênfase na preparação de jovens arquitetos para os desafios da profissão no mundo contemporâneo. Nos últimos anos a prática, a aprendizagem e os conhecimentos arquitetônicos tem sido profundamente transformados pela chegada das novas formas de comunicação, informação e tecnologias que continuam sistematicamente a mudar o que significa ser um arquiteto. A oficina constitui-se um estúdio aberto onde os alunos trabalham individualmente e em colaboração com todos os alunos e orientadores, preparando-os para uma carreira na arquitetura.
O objetivo é que os estudantes adquiram conhecimento, habilidades e experiência estratégica em uma gama diversificada de idéias do design, a partir das quais começam a formar as suas próprias identidades e personalidades. Além disso, busca-se criar uma estrutura flexível que exponha os alunos a diversas idéias e incentiva um ambiente de experimentação. Isso requer o desenvolvimento de trabalho proativo que estabelça ligações entre os diferentes projetos e idéias para desenvolver os interesses pessoais de
cada aluno. Esta abordagem não-linear os habilita a uma ampla gama de competências, e salienta a importância de se fazer perguntas pertinentes a seu design, bem como amadurecer idéias para abrir vários caminhos possíveis através da escola nos anos subsequentes.
O objetivo geral da oficina é permitir aos alunos recém ingressos no curso de Arquitetura e Urbanismo uma abordagem inicial e panorâmica das questões fundamentais inerentes à criação arquitetônica e urbanística, bem como a iniciação a uma instrumentação básica nas áreas de representação gráfica analógica e digital.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
PARTE TEÓRICA
- Introdução as relações entre usuário, ambiente construído, projeto e prática arquitetônica;
- Introdução a questões relativas ao espaço urbano;
- Noções introdutórias de sistemas estruturais e conforto ambiental. PARTE PRÁTICA
- Representação gráfica arquitetônica e instrumentação para o processo criativo e técnico; - Instrumentação dos softwares SketchUp, Lay Out, Adobe Photoshop, Adobe Illustrator, Adobe In Design;
- Introdução prática a questões construtivas em propostas de pequena escala; - Projeto de intervenção urbana em nível preliminar.
MÉTODOS DE ENSINO: - Atividades didáticas:
- Aulas expositivas;
- Desenvolvimento de trabalhos práticos;
- Visitas temáticas a espaços, edifícios e instituições que auxiliem no aprofundamento dos conhecimentos adquiridos;
- Seminários, debates;
- Avaliações individuais sobre textos apresentados na disciplina e que complementam os trabalhos práticos;
- Oficinas sobre temas específicos ligados ao urbanismo, conforto ambiental e sistemas estruturais para suporte dos trabalhos práticos;
- Orientações individuais e coletivas durante o desenvolvimento dos trabalhos práticos; - Avaliações individuais dos trabalhos práticos.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO:
Os alunos serão avaliados individualmente através de seminários, trabalhos práticos propostos. Serão utilizados os seguintes critérios de avaliação:
- Análise crítica das questões propostas: capacidade de analisar, comparar criticamente e ponderar sobre as questões relativas aos temas abordados, avaliado nas provas e nos partidos das propostas;
- Qualidade das soluções: alcance qualitativo das soluções apresentadas, analisando tanto sua eficácia quanto seu potencial inovador;
- Sistemas construtivos e estruturais: capacidade de investigar as possibilidades construtivas pela experimentação com materiais;
- Qualidade da representação/expressão das idéias: capacidade de comunicação gráfica; correção e consistência das informações; grau de experimentação em design gráfico e formas de representação de idéias.
Os trabalhos da disciplina somarão 100 pontos, divididos da seguinte forma:
- Trabalho Prático 1 (TP1): Representação gráfica e arquitetônica 2d e 3d. 25 pontos
- Oficina 1 (O1): Oficina de experimentação e construção de mobiliário com madeiras e ferragens. 2,5 pontos
- Oficina 2 (O2): Oficina de experimentação e construção de estrutura em papel. 2,5 pontos
- Avaliação: Morte e vida nas grandes cidades; Antes do Entardecer; Alphaville. Domínio
Publico do livro Lições de Arquitetura; Meu Tio, de Jacques Tati; Photoshop. 10 pontos - Trabalho Prático 2 (TP2): Parte 1 - Projeto de residência com componentes pré-estabelecidos: 25 pontos
- Trabalho Prático 2 (TP2): Parte 2 - Representação completa do projeto: 20 pontos
- Participação nas atividades da disciplina e caderno de desenho. 10 pontos
REFERÊNCIAS:
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Princípios gerais de representação em
desenho técnico - NBR 10067. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Representação de projetos de arquitetura -
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Desenho técnico - Dobramento de cópia -
NBR 13142. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Desenho técnico - Folha de desenho -
Leiaute e dimensões- NBR 10068. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Apresentação da folha para desenho
técnico- NBR 10582. Rio de Janeiro: ABNT, 1988.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Representação de projetos de arquitetura-
NBR 06492. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Aplicação de linhas em desenhos – Tipos
de linhas - Larguras das linhas- NBR 8403. Rio de Janeiro: ABNT, 1984.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Desenho técnico - Emprego de escalas-
NBR 8196. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
CHING, Francis D; ADAMS, Cassandra. Técnicas de construção ilustrada. Porto Alegre: Bookman, 2001.
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1999. JACOBS, Jane. Morte e vida das grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2001. MONTENEGRO, Gildo A. Desenho arquitetônico. São Paulo: Edgard Blucher, 1978.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES:
ABALOS, Inaki . A boa vida: Visita guiada às casas da modernidade. Barcelona: Gustavo Gili, 2003. 208p.
BARDI, Lina Bo. Tempos de grossura:
o design no impasse. São Paulo: 1994.
BICCA, Paulo . Arquiteto, a máscara e a face. São Paulo: Projeto, 1984.
CANÇADO, Wellington . Definições incertas:
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp531.asp
CAMPOS, Alexandre; CANÇADO, Wellington; MARQUEZ, Renata; TEIXEIRA, Carlos.
Espaços Colaterais. Belo Horizonte: Instituto Cidades Criativas, 2008.
CHING, Francis D. K. Representação gráfica em arquitetura. 3ed. Porto Alegre: Bookman, 2000. 192p.
_ Arquitetura, forma, espaço e ordem. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 400p.
_Representação gráfica para desenho e projeto. Barcelona: Ed. Gustavo Gili, 2001. 344p.
DAGOSTINO, Frank. R. Desenho arquietetônico contemporâneo. São Paulo: Hemus ed, 1980. 434p.
FORSETH, Kevin. Projetos em arquitetura. São Paulo: Hemus ed. 2004, 223p.
FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação. São Paulo: Cosac & Naify. 2007. 224P.
LENGEN, Johan V. Manual do arquiteto descalço. Rio de Janeiro: Casa do Sonho, 2002.
REBELLO, Yopanan C. P. Bases para Projeto Estrutural na Arquitetura. São Paulo: Zigurate. 288P.
STEVENS, Garry. O círculo privilegiado: fundamentos sociais da distinção arquitetônica. Brasília: Ed. UnB, 2003.
TEIXEIRA, Carlos. EM OBRAS: A história do Vazio em Belo Horizonte. Belo Horizonte: Cosac & Naify Edições, 1999.