PORTARIA-DG-001/2016
REGULAMENTA A BOLSA PARCIAL DE ESTUDO NO ÂMBITO DAS FACULDADES INTEGRADAS SANTA CRUZ DE CURITIBA – FARESC
O Diretor Geral das Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba – FARESC, no uso das atribuições que lhe confere o inciso XIII do artigo 12 do Regimento e o disposto no artigo 51C da Resolução CONSUP 09/2008, resolve instituir a Bolsa Parcial de Estudos aos acadêmicos dos cursos de graduação da instituição que comprovem documentalmente seu estado de carência.
TÍTULO I DOS FINS DA BOLSA
Artigo 1º A BOLSA PARCIAL DE ESTUDO tem por finalidade garantir aos (as) alunos(as) das FARESC a formação educacional de nível superior de qualidade, promovendo a responsabilidade social, conforme a Constituição Federal e legislação aplicável.
TÍTULO II
DO CUSTEIO DAS BOLSAS
Artigo 2º Os recursos que garantem a concessão e manutenção da BOLSA PARCIAL DE ESTUDO decorrem exclusivamente da receita bruta que a instituição percebe.
a) 50% (cinqüenta por cento) a ser calculado sobre o valor da mensalidade do período da concessão, para os alunos participantes do último ENEM que não tenham zerado na redação, que não foram contemplados com o PROUNI, que possuam renda bruta “per capita” de até três salários mínimos, e tenham cursado o ensino médio completo em escola pública ou instituição privada na condição de bolsista integral;
b) 40% (quarenta por cento) a ser calculado sobre valor da mensalidade do período da concessão, para os alunos participantes do último ENEM que não tenham zerado na redação, que não foram contemplados com o PROUNI, que possuam renda bruta “per capita” de até cinco salários mínimos, e tenham cursado o ensino médio completo em escola pública ou instituição privada na condição de bolsista integral.
TÍTULO III
DA COORDENAÇÃO DA BOLSA PARCIAL DE ESTUDO
Artigo 3º O processo de concessão da BOLSA PARCIAL DE ESTUDO é coordenado pelo Setor de Benefícios Estudantis – SEBES, com assessoramento de uma Comissão Permanente designada pela Direção Geral das Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba – FARESC.
Artigo 4º Compete ao SEBES e a Comissão Permanente da BOLSA PARCIAL DE ESTUDO: a) elaborar e publicar semestralmente em Edital próprio a quantidade de bolsas parciais que serão destinadas por curso;
b) elaborar e publicar semestralmente as orientações aos interessados(as) e o segmentos envolvidos no processo de concessão das BOLSAS PARCIAIS DE ESTUDO, tais como data de inscrição e requisitos necessários para obtenção das mesmas;
c) analisar os documentos comprobatórios, previstos no artigo 8º, dos (as) candidatos(as) pré-selecionados (as) e selecionar os pedidos que atendam as condições de classificação;
d) elaborar e encaminhar relatório dos beneficiados à Direção Geral com vista a homologar os pedidos de bolsas;
e) elaborar o Relatório de todo o processo de seleção e concessão de BOLSA PARCIAL DE ESTUDO;
f) acompanhar os mecanismos de fiscalização dos critérios de cancelamento de bolsas a qualquer tempo.
TÍTULO IV DA INSCRIÇÃO
Artigo 5º A inscrição em processo seletivo à BOLSA PARCIAL DE ESTUDO, deverá ser feita pelo(a) próprio(a) interessado(a) ou por representante legal junto ao Setor de Benefício Estudantis – SEBES.
TÍTULO V DA PRÉ-SELEÇÃO
Artigo 6º Os(as) candidatos(as) que atenderem aos requisitos e às condições estabelecidas para inscrição serão aceitos(as) no processo de pré-seleção segundo os critérios de índice de carência obtidos pela fórmula a seguir:
Fórmula do Índice de Carência = IC (RB x M x DC x IESP x CS X EP) / GF.
IC Índice de Classificação RB Renda Bruta Mensal Familiar
M Moradia (própria/cedida = 1; financiada/locada = 0,4]
DC Doença Crônica (Existe no Grupo Familiar = 0,8; Inexistente = 1)
IESP Instituição de Ensino Superior Pagas (por outros membros do grupo familiar = 0,8; Somente o candidato paga //faculdade = 1)
CS Curso Superior (O candidato tem curso superior completo = 3; Se não tem curso superior completo = 1)
EP Egresso de Escola Pública/Particular com bolsa integral, se o(a) aluno(a) cursou pelo menos dois terços do ensino médio em escola não gratuita = 1; se o aluno cursou pelo menos dois terços do ensino médio em escola pública gratuita = 0,8)
GF Grupo Familiar (Número de pessoas do Grupo Familiar, incluindo o Candidato)
Artigo 7º A partir dos resultados obtidos com a aplicação da fórmula referida no artigo 6º deste regulamento, os (as) candidatos(as) serão relacionados(as) em ordem crescente de carência.
Artigo 8º Os (as) candidatos (as) pré-selecionados(as) deverão entregar, no local, e no prazo definido pelo Edital, toda a documentação abaixo relacionada:
I Cópia da Carteira de Identidade dos componentes do Grupo Familiar; se menor, Certidão de Nascimento;
II Número do CPF dos componentes do Grupo Familiar;
III Comprovante das condições de bem imóvel (Financiado: última prestação paga; Alugado: Último recibo pago e contrato de locação; Própria: IPTU; Cedida: declaração do proprietário com firma reconhecida em cartório);
IV Certidão de Óbito, se houver na família caso de morte de pai, mãe ou cônjuge;
V Certidão de Casamento e/ou União Estável, conforme o caso, Certidão de Separação
Judicial dos pais do candidato caso algum deles não pertença ao grupo familiar; se a separação não estiver legalizada, apresentar declaração de ex-cônjuges com firma reconhecida em cartório;
VI Comprovação de Renda:
a) Com Vínculo Empregatício - Carteira do Trabalho atualizada de todas as pessoas que contribuem para a renda familiar e/ou último(s) três (3) contracheque(s);
b) Sem Vínculo Empregatício - Comprovante de pró-labore e contrato social (se diretor de empresa) e comprovante de renda mensal (se Profissional Liberal);
c) Se desempregado - apresentação de cópia da baixa na Carteira Profissional ou comprovante de recebimento de Salário Desemprego;
d) Se Trabalhador Autônomo - Declaração feita de próprio punho, constando dados pessoais, tipo de atividade, local, endereço, retirada mensal, guia de recolhimento do INSS, compatível com a renda declarada e/ou extrato bancário dos últimos três meses;
VII Cópia da última Declaração do Imposto de Renda não podendo ser Declaração retificada após o processo seletivo ou isenção de todos os membros do Grupo Familiar;
VIII Comprovante de endereço dos integrantes do grupo familiar: Última conta de telefone, luz e/ou água;
IX Atestado Médico comprobatório, se houver caso de doença grave, conforme Portaria MPAS/MS nº 2.998, de 23 de agosto de 2001, ou a que vier a substituir;
X Comprovante de pagamento de mensalidade de outra instituição de ensino superior particular; XI Declaração da instituição de ensino médio ou histórico escolar comprobatório dos períodos letivos cursados em escola pública, se for o caso;
XII Outros documentos que a Comissão Permanente de Bolsa de Estudo Carência julgar necessários à comprovação das informações prestadas pelo candidato e que integram o cálculo do índice de classificação.
XIII Ficha Sócio Econômica – com Índice de Carência, que pré selecionou o candidato à bolsa. Parágrafo Único. A documentação de que trata o presente artigo também deverá ser apresentada atualizada, a cada semestre nas datas definidas em Edital, e a falta de apresentação de qualquer documento solicitado, tanto na inscrição como a cada semestre, implicará no desligamento automático do processo de seleção.
TÍTULO VI
DA EXCLUSIVIDADE DO BENEFÍCIO
Artigo 9º O(a) beneficiado(a) não poderá acumular outro benefício (bolsa ou financiamento) com a BOLSA PARCIAL DE ESTUDO, ficando obrigado(a) a imediatamente optar por um deles, sob pena de, em assim não o fazendo, ser cancelada a concessão da BOLSA PARCIAL DE ESTUDO.
TÍTULO VII
DO PRAZO DE VIGÊNCIA DA BOLSA
Artigo 10. O prazo de vigência do benefício da Bolsa PARCIAL DE ESTUDO não poderá ultrapassar o prazo mínimo de integralização previsto à regular conclusão do curso freqüentado pelo(a) acadêmico(a) beneficiado(a).
TÍTULO VIII
DA INDISPONIBILIDADE DO BENEFÍCIO
Artigo 11. O benefício concedido em razão da BOLSA PARCIAL DE ESTUDO é de caráter personalíssimo, motivo pelo qual não poderá ser compartilhado, alienado, cedido, transferido, tampouco servir de objeto em contrato firmado entre o beneficiado e terceira pessoa.
TÍTULO IX
DO IMEDIATO CANCELAMENTO DA BOLSA PARCIAL
Artigo 12. A concessão da BOLSA PARCIAL DE ESTUDO poderá ser cancelada, a qualquer tempo, se ficar comprovado que o(a) beneficiado(a):
a) restou reprovado por rendimento acadêmico insatisfatório em mais de uma disciplina num mesmo semestre;
b) restou reprovado por falta de assiduidade;
c) obteve mais de um benefício (bolsa de estudo ou financiamento), tendo deixado de optar imediatamente por um deles;
e) teve alterada a realidade socioeconômica de seu grupo familiar a ponto de descaracterizar sua carência;
f) trancou, cancelou e/ou desistiu do curso;
g) descumpriu o contrato de prestação de serviços educacionais;
h) usou de falsidade e inidoneidade na documentação e nas informações prestadas à Comissão. Parágrafo único. A BOLSA PARCIAL DE ESTUDO também poderá ser cancelada imediatamente se a instituição perder a condição de entidade sem fins lucrativos ou ocorrer mudança na sua política econômica ou na do País que indique a necessidade da medida.
TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 13. Os casos omissos serão resolvidos pelo Setor de Benefícios Estudantis - SEBES com a Comissão Permanente de BOLSA PARCIAL DE ESTUDO, ouvida sempre a Direção Geral da instituição.
Artigo 14. A presente portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando todas as disposições em contrário.
Curitiba, 18 de janeiro de 2016
Dr. Hugo Eduardo Meza Pinto Diretor Geral