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Tcc Maria Gerlanne

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Academic year: 2021

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CURSO LICENCIATURA EM INFORMÁTICA CURSO LICENCIATURA EM INFORMÁTICA

O USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA

O USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA

OS PROFESSORES DO ENSINO

OS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL

FUNDAMENTAL

TAUÁ-CE TAUÁ-CE

2013 2013

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MARIA GERLANNE DE SOUZA MARIA GERLANNE DE SOUZA

O USO DA INTERNET COMO

O USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA

FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA

OS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL

OS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia apresentada ao Curso de Graduação em apresentada ao Curso de Graduação em Licenciatura em Informática da Universidade Aberta Licenciatura em Informática da Universidade Aberta do Brasil e Universidade Estadual do Ceará, como do Brasil e Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de requisito parcial para a obtenção do grau de graduado em Licenciatura em informática.

graduado em Licenciatura em informática. Orientador: Profº. Ms.

Orientador: Profº. Ms.

Daniel Gadelha Martins

Daniel Gadelha Martins

..

TAUÁ-CE TAUÁ-CE

2013 2013

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MARIA GERLANNE DE SOUZA MARIA GERLANNE DE SOUZA

O USO DA INTERNET COMO

O USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA

FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA

OS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL

OS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia apresentada ao Curso de Graduação em apresentada ao Curso de Graduação em Licenciatura em Informática da Universidade Aberta Licenciatura em Informática da Universidade Aberta do Brasil e Universidade Estadual do Ceará, como do Brasil e Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de requisito parcial para a obtenção do grau de graduado em Licenciatura em informática.

graduado em Licenciatura em informática. Orientador: Profº. Ms.

Orientador: Profº. Ms.

Daniel Gadelha Martins

Daniel Gadelha Martins

..

TAUÁ-CE TAUÁ-CE

2013 2013

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

Universidade Estadual do Ceará Universidade Estadual do Ceará

Biblioteca Central Prof. Antônio Martins Filho Biblioteca Central Prof. Antônio Martins Filho Bibliotecário(a)

Bibliotecário(a) ResponsávResponsávelel – – Giordana Nascimento de Freitas CRB-3 /  Giordana Nascimento de Freitas CRB-3 / 10701070

S719u

S719u Souza, Maria Souza, Maria Gerlanne Gerlanne dede

O uso da internet como ferramenta pedagógica para os O uso da internet como ferramenta pedagógica para os professores do ensino fundamental / Maria Gerlanne de Sousa. professores do ensino fundamental / Maria Gerlanne de Sousa. —— 2013.

2013.

CD-ROM. 58 f. ; 4 ¾ pol. CD-ROM. 58 f. ; 4 ¾ pol. “CD

“CD-ROM contendo o arquivo no formato PDF do trabalho-ROM contendo o arquivo no formato PDF do trabalho acadêmico, acondicionado em caixa de DVD Slin (19 x 14 cm x 7 acadêmico, acondicionado em caixa de DVD Slin (19 x 14 cm x 7 mm)

mm)”.”.

Monografia (graduação)

Monografia (graduação)  – –  Universidade Aberta do Brasil,  Universidade Aberta do Brasil, Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia, Curso de Licenciatura Plena em Informática, Tauá, 2013.

Curso de Licenciatura Plena em Informática, Tauá, 2013. Orientação: Prof. Ms. Daniel Gadelha Martins.

Orientação: Prof. Ms. Daniel Gadelha Martins. 1.

1. Internet. Internet. 2. 2. Ferramenta de Ferramenta de aprendizaaprendizagem. gem. 3. 3. PráticaPrática pedagógica. I. Título.

pedagógica. I. Título.

CDD: 001.6 CDD: 001.6

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Dedico esse trabalho à Antônia Irene, a eterna e Dedico esse trabalho à Antônia Irene, a eterna e incondicional incentivadora dos meus sonhos, a pessoa incondicional incentivadora dos meus sonhos, a pessoa que sempre está ao meu lado em todos os momentos, que sempre está ao meu lado em todos os momentos, minha Mãe.

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AGRADECIMENTOS

 Agradeço a Deus por sempre iluminar meus caminhos e por fazer com que mais esse sonho se realize.

 Agradeço a minha família que é base da minha vida, sinônimo de amor, compreensão e dedicação.

 Agradeço aos colegas de curso, por tudo que pudemos compartilhar a convivência, as alegrias, as frustrações, as descobertas, enfim pelo que aprendemos.

 Agradeço a todos os professores por todos esses anos de transmissão segura e paciente do conhecimento, e pelas palavras de incentivo que me fizeram acreditar na realização deste sonho.

 A todos os meus amigos que sempre me apoiaram, me aturaram, me corrigiram nos momentos precisos, e me fizeram entender que, antes de tudo, a vida sem eles não teria graça alguma.

Em especial a amiga Ecília Cartaxo, que se encontra no plano espiritual, mas que deixou aqui na terra um grande exemplo de Fé, Coragem e Amizade.

Enfim, a todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente na elaboração deste trabalho, quer criticando, quer incentivando, gostaria de manifestar meus sinceros agradecimentos.

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“  O mundo não é. O mundo está sendo. Como

subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História mas seu sujeito igualmente.”  

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RESUMO

Os recursos tecnológicos estão cada vez mais presentes nas escolas, em especial a internet. Atualmente é vista como um recurso dinâmico e interativo que possibilita novas formas de ensinar e aprender, oferecendo uma variedade de benefícios no processo de aprendizagem, facilitando o acesso à recursos didáticos e melhorando a interação entre professores e alunos. Nesse sentido, a presente investigação buscou analisar o uso da internet como ferramenta de ensino para os professores do ensino fundamental de uma escola privada conveniada com a rede publica municipal de Tauá-Ce. Procurou-se analisar a utilização dos recursos da internet junto aos professores, verificando os impactos, possibilidades e desafios que causam no processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, foi utilizada como metodologia a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo com abordagem qualitativa, tendo como instrumentos de investigação a utilização de questionários e a observação. A pesquisa é considerada relevante, pois a internet tornou-se uma ferramenta essencial na educação, sendo importante que o professor tenha o conhecimento adequado do uso dessa tecnologia se atualizando diante das mudanças existentes, para que se tenha uma educação de qualidade.

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ABSTRACT

The technological resources are increasingly present in schools, in particular the Internet. He is currently seen as a dynamic and interactive feature that enables new ways of teaching and learning, offering a variety of benefits in the process of learning by facilitating access to learning resources and improving the interaction between teachers and students.  Accordingly, the present investigation sought to examine the use of the internet as a teaching

tool for teachers of elementary education at a private school contracted with the network publishes municipality of Taua-Ce. We sought to examine the use of Internet resources with teachers, verifying the impacts, opportunities and challenges that cause the process of teaching and learning. Therefore, it was used as a methodology to literature and field research with qualitative approach, having as research tools using questionnaires and observation. The research is considered relevant because the internet has become an essential tool in education, it is important that the teacher has adequate knowledge of the use of this technology is updating existing before the change, in order to have a quality education.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

 ARPANET- Advanced Research Projects Agency Network  AVA- Ambiente Virtual de Aprendizagem

BITS - Dígito binário, "BInary digiT" BLOG - Web log

CD- Compact Disc

HTML- HyperText Markup Language ICQ- I Seek You

FTP – File Transfer Protocol

IDEB- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica LMS- Learning Management System

NTE- Núcleo de Tecnologia Educacional

PROINFO- Programa Nacional de Tecnologia Educacional TCP/IP – Tramission Control Protocol / Internet Protocol

USA- Estados Unidos

UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro

VLOG- Videoblog, Videolog WWW – World Wide Web

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tempo de acesso à Internet... 38

Tabela 2 – Ações desempenhadas no computador... . 38

Tabela 3 – Frequência de uso dos Recursos da Internet ... 40

Tabela 4  –  Uso de ferramentas da Internet para a elaboração de

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 14

2.1 Breve histórico sobre a origem da internet... 14

2.2 A informática educacional no Brasil: o uso da internet e os novos desafios para a educação... 16

2.3 A internet no processo de ensino e aprendizagem: vantagens e desvantagens... 21

2.4 Educar com a internet: recursos e possibilidades... 24

3 METODOLOGIA... 31

3.1 Caracterização do local da pesquisa... 32

3.2 Classificação da pesquisa... 33 3.3 Procedimentos e instrumentos... 34 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES... 36 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 48 BIBLIOGRAFIA... 50 ANEXO ... 53

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1 INTRODUÇÃO

 A sociedade contemporânea está baseada na informação, na interação e na troca de opiniões, ideias e experiências, tendo em vista o crescente uso das tecnologias da informação e da comunicação no dia-a-dia. Nesse sentido, é exigido que as pessoas se atualizem constantemente sobre esse tema, e sejam capazes de analisar e refletir criticamente sobre as diversas situações vivenciadas.

Diante dessa premissa, a Internet se constitui como um poderoso recurso de informação e comunicação, que vem transformando o modo de vida e as relações humanas em todas as suas dimensões: política, social, econômica, inclusive educacional, conforme é possível observar no comentário de Silva, a seguir :

O uso da internet na escola é exigência da cibercultura, isto é, do novo ambiente comunicacional-cultural que surge com a interconexão mundial de computadores em forte expansão no inicio do século XXI. Novo espaço de sociabilidade, de organização, de informação, de conhecimento e de educação. (2013, p. 63).

No ambiente educacional, a Internet vem assumindo uma importante função de apoio pedagógico, como recurso mediador de uma aprendizagem dinâmica. Porém, é importante enfatizar que este recurso não substitui a figura do professor, ele apenas auxilia no processo de ensino e aprendizagem. É necessário que o professor saiba utilizar essa ferramenta de maneira apropriada para o bom desempenho e eficácia de seu trabalho escolar.

Nesse sentido o presente trabalho tem como objetivo analisar e discutir as possibilidades que a Internet oferece para a construção de uma aprendizagem de qualidade no ensino fundamental, sendo verificados os impactos e desafios dentro do processo escolar.

São inúmeras as pesquisas realizadas sobre essa temática, dessa forma, procurou-se analisar trabalhos semelhantes a este, como as pesquisas de Zacarias Nascimento de Lima Vieira, intitulada como “A informática na educação” (2006) e de Luciano Bitencourt Fernandes, que trata sobre “A internet como ferramenta de apoio ao professor em sala de aula” (2004). Ambas serviram de suporte, enriquecendo as

leituras e a condução desse trabalho.

Os encaminhamentos para a discussão encontram-se descritos nas seguintes sessões. A primeira sessão trata da fundamentação teórica, que aborda brevemente

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sobre a origem da Internet, sequenciando uma introdução da informática educativa no Brasil e o uso da Internet na educação, no qual mostra como a Internet está inserida dentro do contexto educacional do país e como vem se tornando uma importante ferramenta pedagógica. Ainda é discutido nessa sessão, o uso da Internet no âmbito escolar, proporcionando aos professores o conhecimento de tal recurso, as novas possibilidades que ela oferece; os desafios e as incertezas no processo de ensino e aprendizagem.

 A segunda sessão, diz respeito à metodologia, aos procedimentos e instrumentos utilizados na pesquisa, no qual relata o objeto de investigação: o uso da Internet como ferramenta pedagógica pelos professores do ensino fundamental de uma escola de Tauá-Ce, sendo descrita a estrutura, organização e a política pedagógica da escola, características importantes para a compreensão do contexto em estudo.

 A terceira sessão descreve os resultados e as discussões da pesquisa, sendo apresentadas as expectativas dos professores sobre o uso da Internet enquanto recurso pedagógico; como essa utilização auxilia à prática pedagógica dos mesmos; as formas de uso; os avanços e dificuldades em relação ao manuseio dessa ferramenta, além dos impactos causados no processo de ensino aprendizagem.

Nas considerações finais são destacados os pontos mais importantes obtidos na pesquisa, e informações relevantes que visam contribuir para a formação de professores sobre essa temática de maneira integradora e transformadora.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Breve histórico sobre a origem da internet

 A Internet é um grande conjunto de redes de computadores interligadas pelo mundo inteiro, um mecanismo responsável pela disseminação da informação e divulgação mundial, colaborando e integrando pessoas e seus computadores, independentemente de suas localizações geográficas. A Internet tornou-se a invenção de maior destaque dentre muitas outras no meio da comunicação e disseminação de informações.

 A história da Internet teve inicio na década de 1960, no período da Guerra Fria, com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos (USA), que desenvolveu a  Advanced Research Projects Agency (ARPA), que tinha o intuito de desenvolver projetos para garantir a segurança do país em caso de acidentes nas comunicações, evitando a perda de dados e informações em caso de ataques de guerra. O seu principal projeto foi a Arpanet, primeira rede nacional de computadores. Segundo Rodrigues:

Esta rede privada era destinada a interligar os computadores dos centros de pesquisa, universidades e instituições militares americanas, permitindo o compartilhamento de recursos entre os pesquisadores que trabalhavam com projetos estratégico-militares. (2008, p.1).

Nas décadas de 1970 e 1980, a Internet passou a ser utilizada não somente para fins militares, mas tornou-se um importante meio de comunicação acadêmico. Essa ferramenta era utilizada por estudantes e professores universitários, principalmente dos Estados Unidos, que utilizavam a rede mundial para a troca de ideias, mensagens e conhecimento. Rodrigues relata que:

Em 1972 o governo americano decidiu mostrar o projeto pioneiro à sociedade, e a idéia expandiu-se entre as universidades americanas, interessadas em desenvolver trabalhos cooperativos. Para interligar os diferentes computadores dos centros de pesquisa, em 1980 a Internet adotou o protocolo aberto TCP/IP para conectar sistemas heterogêneos, ampliando a dimensão da rede, que passou a falar com equipamentos de diferentes portes, como micros, workstations, mainframes e supercomputadores. (2008, p.1).

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Somente na década de 1990 a Internet foi privatizada e começou a alcançar a população em geral. Neste ano, foi desenvolvida a World Wide Web (WWW), possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. Como afirma o pesquisador Bruno:

Com o WWW, a tarefa de navegar pela Internet tornou-se extremamente simples, com endereços amigáveis e visualização clara e rápida. Para esse novo sistema, foi desenvolvido um programa de computador que ficou conhecido como navegador de hipertexto de World Wide Web. Das versões modificadas do WWW, a que teve maior impacto foi o Mosaic, que se espalhou por milhares de usuários. Projetado por um estudante, Marc  Andreessen, e um profissional, Eric Bina, no National Center for

Supercomputer Applications da Universidade de Illinois.(2006, p.12)

 A partir disso, surgiram vários navegadores (browsers) como, por exemplo, o Internet Explorer®, da Microsoft, o Mozilla Firefox® e o Netscape Navigator®, provedores de acesso, portais de serviços online, contribuindo para o crescimento acelerado da Internet e, posteriormente, passando a ser considerada a maior criação tecnológica de todos os tempos.

Com isso a Internet se popularizou e passou a ser utilizada com diferentes finalidades: no meio acadêmico, as pessoas utilizam-na como ferramenta de pesquisa e propagação da informação e do conhecimento, além de ser um importante mecanismo de comunicação, onde através das salas de chats, possibilita encontro e bate papos entre pessoas a qualquer momento ou distância.

No setor econômico-financeiro a Internet é utilizada como meio de propagação de compra e venda, nas quais as páginas virtuais são transformadas em grandes shoppings centers virtuais. As pessoas utilizam a internet para ingressarem no mercado de trabalho, enviando currículos por e-mails e procurando empregos através de anúncios. A Internet também é utilizada para o lazer e diversão, através dos sites de jogos que proporcionam diferentes formas de entretenimento. Além de tudo isso, essa ferramenta possibilita o acesso a inúmeras e diversas informações.

 A partir dos anos 2000, começou uma nova era na Internet com outro tipo de comunicação e entretenimento: as redes sociais. Daquino (2012) destaca que o ano de: “2004 pode ser considerado o ano das redes sociais, pois nesse período foram

criados o Flickr, o Orkut e o Facebook - algumas das redes sociais mais populares, incluindo a maior de todas até hoje.” ( p.1).

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 As redes sociais são consideradas importantes ferramentas da internet por vários motivos, dentre eles estão a eficiência de propaganda no mercado de trabalho, a comunicação entre pessoas e a propagação de informações.

2.2

-

A informática educacional no Brasil: o uso da internet e os novos desafios para a educação.

 A história da informática educacional no Brasil começa na década de 1960. Segundo Moraes (1997), a primeira experiência educacional nessa área aconteceu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ), na disciplina de Física. (apud TAVARES, 2013, p.1). Posteriormente, com o desenvolvimento dos computadores pessoais, algumas escolas particulares do país incluíram em suas grades curriculares a disciplina de informática, com foco no conhecimento técnico da informática, ou seja, a informática como fim e não como meio.

O setor público por sua vez começou a investir na informática educacional, elaborando alguns projetos pioneiros que passaram a contribuir para o fortalecimento da informática nas escolas. Tavares informa que:

O projeto EDUCOM é o primeiro projeto público a tratar da informática educacional, agregou diversos pesquisadores da área e teve por princípio o investimento em pesquisas educacionais. Este projeto forneceu as bases para a estruturação de outro projeto, mais completo e amplo, o PRONINFE. O PROINFO, praticamente uma releitura do projeto PRONINFE, teve maior incentivo financeiro e está sendo, até o momento, o mais abrangente no território nacional entre todos os projetos, através de seus Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE). (2013, p.1)

De acordo com Tavares (2013), os Núcleos de Tecnologia Educacional – NTE

foram criados em todos os estados do país, dispondo de projetos educacionais que trabalhavam a informática. Foram distribuídos computadores com acesso à Internet em escolas públicas estaduais e municipais, com o intuito inicial de capacitar os professores na área tecnológica.

Com esses equipamentos as escolas públicas passaram a dispor de um aparato tecnológico, embora ainda limitado, passando a ter condições reais de

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trabalharem com a informática na área educacional, tendo a Internet como uma ferramenta de apoio diferenciada.

 A partir de então, o uso da Internet nas escolas marca uma nova era na educação, caracterizada por novas possibilidades e desafios dentro do processo de ensino e aprendizagem. As mudanças são muitas, as metodologias e práticas pedagógicas podem agora contar com tecnologias cada vez mais sofisticadas.

 Atualmente o uso da Internet pode ser visto em todas as modalidades de ensino, seja o ensino presencial ou o ensino à distância, oferecendo ferramentas que proporcionam interatividade e dinamicidade, facilitando a troca de conhecimento, experiências, dúvidas e divulgação de materiais didáticos. Como declara Moran:

Hoje, começam a se aproximar metodologias, programas, tecnologias e gerenciamento, tanto dos cursos presenciais como dos cursos a distância ou virtuais. Aos poucos a educação vai-se tornando uma mistura de cursos, de sala de aula física e também de intercâmbio virtual. (2001, p.2).

Dessa forma, não existe mais uma separação entre modalidade de ensino presencial e à distância, haja vista na realidade existir uma mistura dos dois modelos. Por mais que um curso seja presencial ele se utiliza muitas vezes de elementos que constituem um ensino virtual. Dessa maneira, o conceito de aula presencial vai se ampliando diante de tantas possibilidades que a internet proporciona a professores e alunos, conforme explica Moran:

O conceito de aula muda porque, mesmo distante, o processo de aprendizagem pode acontecer. À medida que essas tecnologias vão-se tornando mais e mais rápidas, além de escrever coisas e ler mensagens, poderemos ver os alunos, eles verão o professor, a um custo relativamente barato. Então, isto vai modificar profundamente todo o conceito que nós temos de aula e o nosso papel professor e aluno. (2001, p.2).

Com tantas mudanças no meio tecnológico e com o crescente uso da Internet por milhares de pessoas, surgem novos desafios para a educação e devido a isso, são exigidas novas formas de ensinar e aprender. Esses desafios não se definem somente na utilização de tecnologias em si. A questão é saber como integrar as tecnologias em projetos pedagógicos, inovadores e participativos.

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Os professores têm o desafio de preparar os alunos para a sociedade tecnológica, onde a maioria dos professores são iniciantes e os alunos muitas vezes mais ágeis e experientes com as tecnologias. Com base nisso, Mendes (2001) afirma que: “Os computadores nos desafiam a buscar ações inovadoras e a repensar o nosso papel de educadores no atual contexto”. ( p. 1)

O computador é utilizado como uma ferramenta pedagógica, e as escolas devem se adequar a essa situação, disponibilizando laboratórios de informática, para que os alunos possam aprender também através do computador, ultrapassando as aulas tradicionais. Dessa forma, a educação de hoje precisa se modernizar, oferecendo menos momentos presenciais tradicionais e proporcionando mais momentos de inovação que possibilite múltiplas formas de ensinar, motivar e avaliar.

Nesse sentido, torna-se uma necessidade dos professores trabalharem com projetos pedagógicos que enfatizem novas formas de ensinar, utilizando a interdisciplinaridade para contribuir com uma aprendizagem contextualizada que leve o aluno a construir seu próprio conhecimento. Os professores precisam conduzir os alunos na busca do conhecimento na cultura da informática, orientando sobre as formas corretas de pesquisar, selecionar e analisar as informações. Cruz enfatiza que a cultura da informática:

[...] é um espaço discursivo e político no qual estudantes, professores e cidadãos podem intervir, engajando-se em grupos de discussão e projetos de pesquisa em equipes, criando seus sites, produzindo multimídia criativa para a divulgação cultural e entrando em novos modos de interação e aprendizagem inovadoras. (2013, p.2)

Surge então, a aprendizagem colaborativa ou cooperativa, que reúnem atividades que envolvem vários indivíduos em busca da construção coletiva do conhecimento. Nessa perspectiva, Cruz revela que:

O trabalho na internet implica a criação de ambientes de aprendizagem colaborativos voltados para a socialização, à solução de problemas, a gestão compartilhada de dados, que contenham informações de interesses de grupo, capazes de modelar conhecimentos sobre as mais diferentes áreas. Alunos e professores participam ativamente do processo continuo de colaboração, interação, motivação, desenvolvimento da criticidade e autonomia, da criatividade e descoberta. Nele Também se permite a pesquisa individual, em que cada aluno segue seu próprio ritmo e a

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pesquisa em grupo, em que se desenvolve a aprendizagem colaborativa. (2013, p. 5)

 A Internet pode ser utilizada como uma ferramenta de ensino que proporcione aos alunos, novas descobertas, rompendo com velhos paradigmas da educação e propiciando práticas pedagógicas inovadoras.

De acordo com Neto e Rocha (2013) o uso da Internet proporciona a interatividade, que está caracterizada na arquitetura hipertextual e no ciberespaço, elementos que permitem a comunicação sob múltiplas redes articulatórias de conexões e liberdades de trocas, associações e significações potenciais. Os autores enfatizam ainda que a:

[...] emergência da interatividade como perspectiva comunicacional no ambiente educacional da sociedade moderna, na era digital, da cibercultura, cria a necessidade de os professores coadunarem sua prática docente com a dinâmica interativa das tecnologias digitais e com o perfil comunicacional dos seus alunos. As tecnologias digitais rompem com a mensagem fechada, fortalecendo a cultura da participação, onde o receptor é convidado à criação compartilhada diante da mensagem, e, que ganha sentido sob sua intervenção. (2013, p.5)

Nessa perspectiva, a interatividade permite aos alunos e professores ultrapassarem a sua condição de passividade e assumirem uma condição ativa no processo. Ambos podem ser co-autores dos conteúdos. Como afirma Casagrande (2008): “Uma característica importante quanto ao uso da internet, é que ela

possibilita o aprendizado colaborativo, o que significa que tanto alunos como

professores são participantes ativos no processo de aprendizagem.” (p.5). Dessa

forma, é papel da educação proporcionar aos alunos condições de pensar, analisar, trocar ideias e informações coletivamente.

 A informática educativa deve ser uma ferramenta motivadora que promova o desenvolvimento da criatividade e autonomia dos alunos, possibilitando o diálogo e a interatividade através dos recursos da internet, buscando com isso a construção de um espaço que promova a aprendizagem para além das paredes da sala de aula.

Segundo Avala (2013), o ciberespaço elimina obstáculos como tempo e espaço, e através do acesso às tecnologias possibilita o desenvolvimento de competências fundamentais:

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[...] como o senso crítico; o pensamento hipotético e dedutivo; as faculdades de observação e de pesquisa; o julgamento; a capacidade de memorizar e classificar; a leitura e a análise de textos e de imagens; a imaginação; a representação em redes e os procedimentos e estratégias de comunicação. (apud CASAGRANDE, 2008, p. 4)

 A Internet precisa ser utilizada nas escolas a fim de disponibilizar aos alunos diferentes formas de elaboração e construção do conhecimento, promovendo o acesso a novas estruturas do ensino a fim de alcançar uma educação de qualidade. Os alunos têm a necessidade de relacionar o conhecimento estudado com o meio em que vivem.

Partindo disso, a escola tem a obrigação de traçar estratégias que se utilize de mídias e tecnologias que tragam as informações do contexto do aluno. Compete ao professor ter o conhecimento desses recursos, conhecer as particularidades de cada um, para ter o domínio das tecnologias.

 Andrade (2011) faz referência ao pensamento de Chaves (2004), enfatizando que a escola deve preparar indivíduos suficientemente familiarizados com os mais básicos desenvolvimentos tecnológicos, para que possa participar e acompanhar o processo de geração e incorporação da tecnologia do país.

O professor não precisa ser especialista no uso da Internet, mas é preciso conhecer as possibilidades dessa ferramenta no processo de ensino e aprendizagem, saber usá-la com o intuito de desenvolver aulas mais prazerosas e dinâmicas. Muitas vezes os alunos se sentem mais seguros no uso das tecnologias, quando percebem que o professor se utiliza de tais recursos de maneira útil e significativa.

Diante disso, o professor precisa saber trabalhar o conhecimento de forma integradora visando o pleno desenvolvimento do aluno. Para tanto, é necessário acompanhar as mudanças e avaliar constantemente a metodologia utilizada, analisando importantes questões que de fato influenciam para a qualidade do ensino, definindo de forma coerente que tipo de aula será desenvolvida; quais atividades serão aplicadas; como serão desenvolvidas e que valores serão abordados pelo conteúdo exposto.

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2.3 A internet no processo de ensino e aprendizagem: vantagens e desvantagens

O uso do computador nas escolas traz inúmeras possibilidades e mudanças significativas para o processo de ensino e aprendizagem, pois oferece diversos recursos que exprimem diferentes atividades, principalmente quando conectados à Internet, uma vez que a Internet amplia as possibilidades, e concebe ao aluno as diferentes experiências e aprendizagens, fazendo-o interagir com diferentes formas de textos, imagens, sons e relações interpessoais, propondo a comunicação com pessoas geograficamente distantes e de culturas diferentes.

São muitas as vantagens que a Internet oferece para o processo de ensino e aprendizagem quando utilizada de forma adequada, no entanto, existem alguns problemas e limitações quando sua utilização é feita de maneira incorreta e despreparada, podendo gerar alguns transtornos no processo educacional.

Como já foi dito anteriormente, a Internet é uma importante fonte de pesquisa e canal de comunicação, e as escolas precisam acompanhar essas mudanças adaptando-se à novas formas de atender a atual demanda social.

Sendo assim, torna-se necessário que as crianças tenham, desde cedo, o acesso a essa tecnologia. As escolas de ensino fundamental devem estimular o uso dos computadores e da Internet a fim de dinamizar o processo de ensino e aprendizagem, auxiliando o aluno na construção do seu próprio conhecimento de forma interativa. Lévy (1998) diz que:

Já no começo do século XXI, as crianças aprenderão a ler e escrever com máquinas editoras de texto. Saberão servir-se dos computadores como ferramentas para produzir sons e imagens. Gerirão seus recursos audiovisuais com o computador, pilotarão robôs... (...) O uso dos computadores no ensino prepara mesmo para uma nova cultura informatizada. (apud NETO e ROCHA, 2013, p.1)

Nesse sentido, a Internet facilita a inserção da cultura informatizada na escola. De acordo com Possidonio (2011): “[...] o ambiente da internet permite ao

aluno a possibilidade de acessar as informações no seu próprio ritmo, nível de interesse, profundidade e permitindo a interatividade [...]”  (apud ANDRADE, 2011,

p.13), isso possibilita aos professores diagnosticar as dificuldades dos alunos e a fazer as intervenções necessárias dentro do processo de ensino e aprendizagem.

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 Além disso, Cruz (2013) enfatiza que: “[...] a internet é uma interface que pode

ajudar os alunos a desenvolverem um sentido de responsabilidade pessoal com seu próprio aprendizado. Através dela, eles expandem seus horizontes, aprendendo a comunicar-se, a colaborar e, de fato, a aprender” (p. 2).

Outra vantagem de se utilizar as tecnologias como ferramentas didáticas, é a dinamização dos conteúdos que elas permitem, estimulando os alunos a trabalhar a autonomia e a criatividade, fazendo com que a educação ultrapasse as paredes da sala de aula, e contribuindo para a diminuição da exclusão digital. A Internet aproxima as pessoas e diminui os espaços, e muitos dos indivíduos que tem dificuldades de se socializar, conseguem através dela se expressar e se comunicar melhor.

Moran (2009) diz que: “[...] à maior parte dos projetos de internet confirma a

riqueza de interações que surgem, os contatos virtuais, as amizades, as trocas

constantes com outros colegas tanto por parte de professores como dos alunos.”

(p.24). Além disso, para o autor, os alunos desenvolvem novas formas de comunicação, como por exemplo, a escrita:

 A possibilidade de divulgar páginas pessoais e grupais na internet gera uma grande motivação, visibilidade, responsabilidade para professores e alunos. Todos se esforçam por escrever bem, por comunicar melhor suas ideias, para serem bem aceitos, para não fazer feio. Alguns dos endereços mais interessantes ou visitados da internet no Brasil são feitos por adolescentes ou jovens. (MORAN, 2009, p. 24)

 As tecnologias podem ajudar por um lado, mas também pode m atrapalhar por outro. Nunca se viu tanta informação disponível, tantas tecnologias, mas nunca se teve tanta dificuldade de comunicação, quando se trata de interação, participação e qualidade da informação. Nesse sentido, Moran revela que:

 A questão fundamental não é a tecnológica. As tecnologias podem nos ajudar, mas, fundamentalmente, educar é aprender a gerenciar um conjunto de informações e torná-las algo significativo para cada um de nós, isto é, o conhecimento [...] Educar também é aprender a gerenciar tecnologias, tanto de informação quanto de comunicação. Ajudar a perceber onde está o essencial, e a estabelecer processos de comunicação cada vez mais ricos, mais participativos. (2001, p. 4)

O uso das tecnologias nas escolas também deveria atender as necessidades pedagógicas, porém nem sempre isso acontece. De acordo com Santos (2012)

(25)

existe um despreparo dos professores e uma infraestrutura indisponível na maioria das escolas públicas. Como afirma o IDEB, tais escolas muitas vezes seguem uma linha tradicional de ensino, sem uma proposta pedagógica inovadora que motive os alunos a uma aprendizagem efetiva.

 Algumas escolas utilizam os computadores para o simples ensino de informática, ensinando os alunos a mera digitação e pesquisas na Internet. Tais pesquisas, muitas vezes acontecem de forma superficial, na qual os alunos apenas copiam e imprimem os textos tais quais são encontrados nas páginas da Internet, contribuindo para o baixo desenvolvimento cognitivo dos mesmos. Além disso, existem professores que utilizam as novas tecnologias sem refletir muitas vezes sobre o seu papel pedagógico, que deveria estar direcionado para uma prática construtiva do conhecimento.

Outro problema é que a Internet oferece diversas possibilidades de busca, e as suas páginas muitas vezes encantam os alunos e tiram o foco principal que é a interpretação. Na realização de aulas com o uso da Internet, os alunos podem ficar dispersos navegando pelos sites, abrindo muitas páginas, confundindo qualidade com quantidade. Existe um deslumbramento com as imagens e sons encontrados na Internet, levando muitas vezes os alunos a não considerarem o conteúdo, consumindo a informação de modo rápido e superficial, sem internalizar e refletir sobre o conteúdo. Como afirma Moran:

Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis e de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente. Tendem a acumular muitos textos, lugares, idéias, que ficam gravados, impressos, anotados. Colocam os dados em seqüência mais do que em confronto. Copiam os endereços, os artigos uns ao lado dos outros, sem a devida triagem. (1999, p.19)

Contudo percebe-se, que a Internet utilizada de maneira errada pode causar danos à qualidade do ensino. O pesquisador Primo chama atenção para a má utilização das tecnologias:

 A utilização burocrática das novas tecnologias de mediação pode apenas mecanizar a educação, sofisticar métodos reprodutores e transmissionistas e valorizar técnicas de controle dos estudantes. Ocupar alunos em clicar

botões de “avanço” e “recuo” em uma interface limitada de ensino à

distância é tentar dissimular um texto linear e fechado através de uma fantasia tecnológica de interatividade. (2001, p. 14)

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Percebe-se que esses agravantes, juntamente com a falta de organização e capacitação dos profissionais da educação, caracterizam o uso inadequado da Internet, contribuindo para uma educação de má qualidade, que pode formar alunos desestimulados e sem senso crítico.

O uso dos computadores e Internet podem inovar, mas também podem reproduzir um ensino tradicional, pois o fato de usar as tecnologias não garante a qualidade do ensino, mas sim a forma como são utilizadas.

Nesse sentido, os professores precisam se dispor de métodos interativos e socializadores para estimular uma aprendizagem significativa e romper com métodos tradicionais. Santos chama a atenção para o seguinte fato :

Ensinar utilizando a Internet pressupõe uma atitude do professor diferente da convencional. O professor não é o informador, aquele que centraliza a informação. [...] Sua primeira tarefa é sensibilizar os alunos, motivá-los para a importância da matéria, mostrando entusiasmo, ligação da matéria com os interesses dos alunos, com a totalidade da habilitação escolhida. (2012, p. 20)

Na utilização da Internet pelos alunos, é importante que o professor faça um monitoramento, evitando acessos a sites não permitidos e que desviem daquilo que é proposto. É preciso ainda, que o professor conheça as particularidades de cada aluno, acompanhe o ritmo, as formas de acesso à Internet, sugerindo aos alunos sites que contenham informações confiáveis, incentivando a discussão do conteúdo, questionando e promovendo a construção do conhecimento.

2.4 Educar com a internet: recursos e possibilidades

 A Internet é considerada uma mídia extremamente popular, pois oferece diversos serviços e utilidades, possibilitando aos indivíduos uma constante interação na busca de conhecimento. Ela pode ser utilizada como mídia de pesquisa e comunicação, como ferramenta de trabalho e entretenimento, como meio de negócios, facilitando a vida pessoal e profissional de milhares de pessoas, dentre outras. E isso não é diferente na área educacional, a Internet tornou-se um importante recurso pedagógico, ampliando as possibilidades e formas de aprender e ensinar.

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 A Internet proporciona o acesso a uma “linguagem linkada1”. De acordo com

Moran (2000) a informação incorporada de forma hipertextual diz respeito a uma construção do conhecimento de maneira lógica e coerente seguindo uma linha de ramificações que se interligam por diferentes caminhos, que juntam textos de várias linguagens de forma multimídia que conduz o processamento do texto de forma mais livre e flexível, interferindo nos elementos sensorial, emocional e racional dos indivíduos. O autor acrescenta que:

[...] as formas de informação multimídia ou hipertextual são mais difundidas.  As crianças e jovens sintonizados com esta forma de informação quando lidam com textos, fazem-no de forma mais fácil com texto conectado através de links, o hipertexto. O livro então se torna uma opção menos atraente. Não podemos nos limitar em uma ou outra forma de lidar com a informação, devemos utilizar todas em diversos momentos. (MORAN, 2000, p.3).

 A Internet faz com que as pessoas interajam, não permanecendo como seres meramente passivos, no entanto muitas outras não estão preparadas para lidar com a variedade de trocas de informações que ocorrem. Esse é um desafio para o professor, conciliar a variedade de informações e fonte de acesso, selecionar as informações mais importantes e facilitar a compreensão de uma maneira mais profunda a fim de que os alunos aprendam de forma significativa.

São diversas as ferramentas da Internet que podem ser utilizadas com fins educacionais. Segundo Silva:

 Algumas das interfaces on-line mais conhecidas são chat, fórum, lista, blog, site e LMS ou AVA. Como ambientes ou espaços de encontro, propiciam a criação de comunidades virtuais de aprendizagem. O professor pode lançar mão dessas interfaces para a co-criação da comunicação e da aprendizagem em sua sala de aula presencial e on-line. Elas favorecem integração, sentimento de pertença, trocas, crítica e autocrítica, discussões temáticas, elaboração, colaboração, exploração, experimentação, simulação e descoberta. (2013, p.65)

Tais recursos favorecem uma construção cooperativa do conhecimento, na qual o trabalho coletivo de professores e alunos pode acontecer presencialmente ou virtualmente. Pode-se trabalhar com pesquisas em tempo real, investigação de um

1 Linguagem estruturada por links. Um link é um ponteiro para um arquivo. É uma ligação entre documentos na internet. Podem ser ligações de um texto para outro texto, imagem, som ou vídeo (ou vice-versa). Um clique em um Link conduzirá automaticamente para o documento “linkado” (ligado).

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problema da atualidade, projetos em grupos, dentre outros. Todos esses recursos que permitem a troca de informações são chamados de meios de comunicação.

 A comunicação é uma área bastante interessante e proveitosa para educação, quando se pretende trabalhar atividades bem focadas, como o trabalho em grupo. As salas de bate papo são úteis para orientar grupos, tirar dúvidas, aproximar alunos que moram longe, permitindo que eles possam se reunir virtualmente para desenvolver as atividades, em um ambiente síncrono, ou seja,

todos os alunos estão “online” no mesmo instante. Segundo Silva:

O chat é um espaço on-line de bate-papo síncrono (com hora marcada) com envio e recepção simultâneos de mensagens textuais e imagéticas. Professor e aprendizes podem propor o tema e debatê-lo. Podem convidar outros participantes do curso e colaboradores externos, agendando dia e hora. Os temas podem ser vinculados às unidades ou atividades do curso, porém muitas vezes tomam rumos próprios numa polifonia favorável ao estreitamento dos laços de interesses e desbloqueio da participação. O chat potencializa a socialização on-line quando promove sentimento de pertencimento, vínculos afetivos e interatividade. Mediado ou não, permite discussões temáticas e elaborações colaborativas que estreitam laços e impulsionam a aprendizagem. O texto das participações é quase sempre telegráfico, ligeiro, não linear e próximo da linguagem oral, efervescente e polifônico. ( 2013, p. 65).

Já segundo Cruz (2013), dentre as interfaces que a Internet possibilita como recurso didático para a educação, uma das mais interessantes é o chat por ser um recurso dinâmico e ser facilmente utilizado na aprendizagem de projetos colaborativos, pois envolve uma maior interação entre professores e alunos, contribuindo para uma aprendizagem mais prazerosa. O chat ainda permite o uso dos nicknames (codinomes), isso permite que as pessoas permaneçam anônimas ou assumam uma nova identidade. Essa característica torna o chat um dos recursos mais populares da Internet, porém é considerado um fator de reprovação para os educadores por tornar pouco valor educacional. Nesse sentido, o autor revela que:

 Ainda há muito a aprender sobre como usar o chat em diferentes ambientes educacionais e sobre qual a melhor maneira de integrar essa interface com as demais tecnologias de informática e da internet ao processo educacional.  Algumas experiências utilizando-as como recurso nos cursos à distância e nos presenciais mostram que ela pode ser utilizada como recurso no processo de ensino e aprendizagem combinada com outras. À medida que mais e mais professores por todo o Brasil começarem a usar o chat como parte rotineira da educação, mais aprenderemos sobre o poder pedagógico dessa interessante interface de comunicação. (CRUZ, 2013, p. 3).

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Os fóruns são também importantes recursos didáticos, com eles os professores podem discutir temas trabalhados em sala, disponibilizar materiais didáticos, indicar bibliotecas virtuais, endereços para pesquisa dentre outras orientações.

Essa ferramenta promove uma interatividade, onde os participantes podem se posicionar, opinando e debatendo temas propostos, além de abrir novos tópicos de discussões. É um lugar de partilha da informação, onde os participantes podem refletir e analisar as perspectivas dos outros, refletindo seus próprios conhecimentos e leituras. Silva ressalta que:

[...] o fórum é assíncrono (as participações em texto e em imagens ficam disponibilizadas nesse espaço, esperando que alguém do grupo se dê conta e se posicione a respeito). No fórum, o professor abre provocações em texto

 –  ou em outras fontes de visibilidade –  e juntamente com os estudantes

desdobra elos dinâmicos de discussões sobre temas de aprendizagem. (2013, p.66)

Já a lista de discussão é mais uma ferramenta que permite interações entre pessoas, que permite debates e exposição de opiniões, contribuindo para a construção cooperativa do conhecimento, misturando espaços da sala do ambiente virtual. De acordo com Primo:

Uma lista de discussãoé um serviço que recebe e distribui mensagens de

todos seus “assinantes”. Logo, um e-mail enviado ao endereço eletrônico da

lista é distribuído a todos participantes. [...] as listas permitem discussões de

“muitos para muitos”. [...] a grande maioria das listas de discussão tem por

objetivo uma temática específica, muitas são as comunidades virtuais que

se organizam a partir e em torno desse serviço eletrônico. Os participantes dessas comunidades acabam por demonstrar uma responsabilidade pelo bom andamento das discussões e pela manutenção da coesão do grupo. (2001, p. 9)

O blog é uma ferramenta que permite a publicação de textos, imagens, fotos, proporcionando um espaço no qual os professores e alunos podem disponibilizar conteúdos de aprendizagem e produzir seus próprios textos. Segundo Silva:

O blog é um diário on-line no qual seu responsável publica histórias, notícias, idéias e imagens. Se quiser, ele pode liberar a participação de colaboradores que terão acesso para também publicar no seu blog. Como diário aberto, pode ter autoria coletiva, permitindo a todos publicar ou postar seus textos e imagens, como dialógica, como registro da memória de um curso. [...] O responsável cuida da publicação do conteúdo diário e da interação com os comentários postados pelos leitores-interatores. O blog

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abriu caminho para congêneres como o fotolog, que permite publicar imagens ou fotos que os visitantes podem comentar. O responsável pelo blog libera seu espaço para mensagens e para inclusão de novas imagens. (2013, p. 66)

Os e-mails são outros meios que possibilitam a comunicação de professores e alunos através da linguagem escrita. Primo (2008) declara que: “[...] o serviço de

e-mails permite uma discussão assíncrona entre no mínimo duas pessoas (tendo em vista que uma mesma mensagem pode ser enviada para um número bem maior de destinatários).” (p. 8).

Esse serviço de mensagem pode ser escrito em HTML e conter imagens, pode ainda carregar consigo qualquer outro arquivo. O e-mail possibilita discutir sobre vários assuntos, comunicar-se e fazer a transferência de arquivos. Enviar textos pela Internet pode chamar atenção dos alunos, fugindo um pouco da prática tradicional do texto escrito.

 A videoconferência, por sua vez, proporciona recursos de emissão e visualização de imagens em vídeo dos participantes, pr oporcionado ainda à emissão do áudio. Primo (2001) diz que essa ferramenta conta com recursos como a webcams, onde os participantes podem-se ver fisicamente no diálogo. No entanto, por conta da grande quantidade de dados necessários para a constituição de cada quadro (frame) da imagem videográfica, a qualidade do movimento do vídeo pode

ser prejudicada, pois existe uma baixa taxa de transmissão de bits por segundo na Internet.

O site é outro importante recurso da Internet, para Silva (2013): “Um site ou

sitio da Internet é um espaço, ambiente ou lugar na WWW (World Wide Web) que oferece informações sobre determinada assunto, pessoa, instituição ou evento. É acessado por meio de um endereço que indica exatamente onde se encontra no ciberespaço [...]” ( p.66).

Segundo Primo (2001), os sites apresentam textos e imagens que são estruturados por uma linguagem de programação com interfaces de interação reativa. O internauta pode ter a sua disposição recursos como chats ou links para intercambio de e-mails, proporcionando interações mútuas.

 A respeito disso, o professor pode construir o seu próprio site e incluir diversas interfaces que permitam a socialização do conhecimento com seus alunos, disponibilizando textos, imagens, animações gráficas, sons e vídeos que auxiliem no

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processo de ensino e aprendizagem, estendendo esse processo para além da sala de aula. Como afirma Cruz:

[...] uma das formas mais interessantes de trabalhar colaborativamente é criar uma página dos alunos, como espaço virtual de referência, aonde vão-se construindo e colocando o que acontece de mais importante no curso, os textos, os endereços, as análises e as pesquisas (2013, p. 3)

Semelhante a esse recurso, encontra-se o LMS (Learning Management System) ou AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem). Para Silva (2013) ambos são:

“[...] ambiente de gestão e construção integradas de informação, comunicação e

aprendizagem on-line. Tal como o site, é, na verdade, uma hiperinterface, podendo reunir diversas interfaces síncronas e assíncronas integradas” (p. 66).

Funcionam como uma sala de aula on-line não limitada à temporalidade do espaço físico. Nesse ambiente o professor pode postar conteúdos e atividades de aprendizagem, podendo acompanhar e avaliar a aprendizagem dos alunos, além de disponibilizar conteúdo didático multimídia, objetos de aprendizagem e materiais complementares. Os alunos podem ter acesso ao ambiente a qualquer momento e interagir com o professor e demais colegas expondo opiniões, tirando dúvidas e participando das atividades.

Outra ferramenta importante são os buscadores, os alunos podem pesquisar, explorando as mais diferentes fontes, tais como: bibliotecas, e-books, vídeos, arquivos.

 Além desses, a Internet proporciona também o acesso aos softwares educacionais, com eles os professores podem trabalhar os conteúdos estudados de uma maneira mais lúdica e interativa, tornando as aulas mais agradáveis e adequadas ao desenvolvimento de cada aluno. Com eles os alunos podem explorar atividades que envolvem letras, números, formas e cores. Estimulando, assim, o aprendizado de maneira descontraída e interativa. De acordo com Vesce:

Os softwares podem ser considerados programas educacionais a partir do momento em sejam projetados por meio de uma metodologia que os contextualizem no processo ensino-aprendizagem. Desse modo, mesmo um software detalhadamente pensado para mediar a aprendizagem pode deixar a desejar se a metodologia do professor não for adequada ou adaptada a situações específicas de aprendizagem.( 2013, p.1 )

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Em decorrência disso, Morais afirma:

[...] o professor deve avaliar a qualidade dos softwares a serem utilizados, buscando critérios adequados à faixa etária, à motivação e interesse para o conhecimento do conteúdo a ser contemplado, e dos níveis de aprendizado que o programa proporciona (2013, p.2).

Como foi possível observar, são várias as possibilidades e facilidades que a Internet promove, para tanto é necessário que essas ferramentas sejam utilizadas adequadamente a fim de atingir os objetivos propostos. Com tanto aparato tecnológico, o professor precisa estar preparado para utilizar as diferentes mídias no intuito de promover uma educação de qualidade. Moran chama atenção dos professores sobre os chats e fóruns, para ele:

[...] chats e fóruns permitem contatos a distância, podem ser úteis, mas não

podemos esperar que só assim aconteça uma grande revolução, automaticamente. Depende muito do professor, do grupo, da sua maturidade, sua motivação, do tempo disponível, da facilidade de acesso.  Alguns alunos comunicam-se bem no virtual, outros não. A lguns são rápidos na escrita e no raciocínio, outros não. Alguns tentam monopolizar as falas (como no presencial), outros ficam só como observadores. Por isso, é importante modificar os coordenadores, incentivar os mais passivos e organizar a seqüência das discussões. (2001, p. 8)

Contudo o professor precisa ter muita flexibilidade e capacidade de adaptação neste processo, estar pronto para mudar de estratégia sempre que for necessário, ser criativo, pois trabalhar com tecnologias muitas vezes requer improviso e preparo, planejando sempre formas alternativas de se trabalhar, caso haja alguma falha técnica.

O fato do professor está atualizado com o uso das Tecnologias Digitais na Educação, faz com que os alunos tenham mais confiança e segurança no processo de ensino-aprendizagem, estando mais a disposição para aprender.

(33)

3. METODOLOGIA

O processo de construção do conhecimento é viabilizado pelo conhecimento científico que envolve atividades relacionadas com a produção, disseminação e uso da informação se estendendo na ideia inicial da pesquisa até os resultados colhidos

durante o trabalho. Minayo (1993) considera a pesquisa como “[...] atividade básica

das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade

que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”.

(apud MORESI, 2003 p.8).

 A pesquisa é definida por atividades que propõe a solução de um problema, tendo como base procedimentos orientados, planejados, racionais e sistêmicos.

Nesse sentido, Fonseca (2002) define a metodologia como “[...] estudo da

organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou

um estudo, ou para se fazer ciência.” (apud GERHARDT e SILVEIRA, 2009, p. 13).

O pesquisador diferencia ainda metodologia de método. Acrescentando que:

 A metodologia se interessa pela validade do caminho escolhido para se chegar ao fim proposto pela pesquisa; portanto, não deve ser confundida com o conteúdo (teoria) nem com os procedimentos (métodos e técnicas). Dessa forma, a metodologia vai além da descrição dos procedimentos (métodos e técnicas a serem utilizados na pesquisa), indicando a escolha teórica realizada pelo pesquisador para abordar o objeto de estudo. (apud GERHARDT e SILVEIRA, 2009, p 13).

Dessa forma, entende-se como método a forma de conduzir o caminho, sendo os instrumentos básicos que conduz um percurso para se alcançar um objetivo. Nérice (1978) diz que o método é, portanto, um “[...] conjunto coerente de

procedimentos racionais ou prático racionais que orienta o pensamento para serem alcançados conhecimentos válidos" (apud GERHARDT e SILVEIRA, 2009, p 13.).

O objetivo de uma investigação requer a adequação de métodos e técnicas para responder as indagações da investigação, na qual o pesquisador tem a importante função de usar a sua subjetividade e criatividade para articular teorias e métodos a fim de compreender melhor a realidade.

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3.1 Caracterização do local da pesquisa

 A pesquisa sobre o Uso da Internet como Ferramenta Pedagógica no Ensino Fundamental foi realizada na cidade de Tauá-Ce, na EEIF Cantinho do Saber, localizada na Rua Fausto Barreto, nº 251, Alto Brilhante. Foi executada no ano de 2013, como parte da monografia do curso de Licenciatura em Informática da Universidade Estadual do Ceará - UECE e Universidade Aberta do Brasil – UAB.

 A realização da pesquisa ocorreu na EEIF Cantinho do Saber, pelo f ato de ter sido realizada nessa unidade de ensino, a terceira etapa do Estágio Supervisionado do Curso de Graduação em Licenciatura em Informática da UAB. Dessa forma, pretendeu-se dar continuidade ao desenvolvimento dos trabalhos acadêmicos nessa mesma escola. Além disso, a escola possui boa estrutura para o funcionamento da informática educativa, como laboratório de informática com acesso à internet, elementos essenciais para a realização da pesquisa.

 A EEIF Cantinho do Saber é uma instituição privada conveniada com a Prefeitura Municipal de Tauá. Foi fundada no dia 18 de março de 1998, pela professora e atual diretora Francisca Gonçalves Fernandes.

 Atualmente, conta com um quadro de 50 funcionários, sendo destes 36 professores, funcionando nos turnos manhã e tarde com as seguintes modalidades: educação infantil: maternal, Infantil I, II e III e Ensino Fundamental 1º ao 9º ano, com um total de 660 alunos. Este estabelecimento dispõe de uma sala de leitura/ biblioteca, laboratório de informática, laboratório de ciências, parque infantil, cantina e quadra esportiva, além de recursos tecnológicos como: televisões, computadores, aparelhos de som, DVD, data-show, câmeras fotográficas e f ilmadoras.

De acordo com o Projeto Político Pedagógico da EEIF Cantinho do Saber (2010), a escola vem trabalhando dentro de uma tendência construtivista com práticas pedagógicas e metodologias que vislumbra a formação de um aluno reflexivo, atuante e agente do seu próprio conhecimento, acreditando e valorizando a inclusão social.

 A informática educativa está presente na escola, através das aulas de informática, que consta na grade curricular da escola como disciplina, além de servir de apoio as demais disciplinas, no qual os professores das salas regulares têm acesso ao laboratório de informática, para uso nos desenvolvimentos de

(35)

planejamentos e aulas. Os planejamentos são realizados coletivamente, na qual os professores das salas regulares planejam juntamente com a professora da informática. Nesse momento, são vistos e analisados os conteúdos a serem trabalhados, dos quais são definidos os objetivos, metodologias e formas de avaliação, tendo por base a informática educativa em busca da realização de atividades escolares diversificadas e mais dinâmicas.

3.2 Classificação da pesquisa

 A realização desta pesquisa buscou investigar materiais e referenciais teóricos sobre o uso da internet como ferramenta de apoio pedagógico aos professores do Ensino Fundamental, estabelecendo uma compreensão dos objetivos propostos com o estudo em questão. Utilizou-se de uma revisão bibliográfica e de pesquisa de campo de caráter qualitativo, com o intuito de interpretar os fenômenos e dar a eles significados, para uma melhor compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais.

 A pesquisa qualitativa compreende a relação dinâmica entre o meio e o sujeito, considerando o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, interpretando os fenômenos e atribuindo a eles um significado, não requer métodos e técnicas estatísticas, se preocupa com a descrição das relações dos processos e fenômenos e seus significados, valores, atitudes e aspirações. Para Gerhardt e Silveira:

 A pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais.[...] As características da pesquisa qualitativa são: objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar , precisão das relações entre o

global e o local em determinado fenômeno.( 2009, p.32)

Moresi (2003) diz que a pesquisa qualitativa é descritiva por expor características de determinada população ou fenômeno, estabelecendo correlações entre variáveis e definindo sua natureza. Não tem a função de explicar os fenômenos que descreve, mas serve de base para explicação.

Nesse contexto, a pesquisa bibliográfica busca uma problematização de um projeto de pesquisa a partir de referencias teóricos, sendo analisadas e discutidas as contribuições culturais e cientificas. Como afirma Fonseca (2002):

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 A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta ( apud GERHARDT e SILVEIRA, 2009, p 37).

Quanto à pesquisa de campo, esta por sua vez procura fazer uma observação dos fatos tal como ocorrem. Não permite isolar e controlar as variáveis, mas procura perceber e estudar as relações estabelecidas. Esse tipo de pesquisa pode incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e observação participante ou não. Fonseca (2002) diz que:

 A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa (pesquisa

ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa participante, etc.) (apud GERHARDT e

SILVEIRA, 2009, p. 37).

 Assim a pesquisa de campo baseia-se na observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem na realidade, para coletar, analisar e interpretar dados com base numa fundamentação teórica consistente, com o intuito de compreender e explicar o problema pesquisado.

3.2 Procedimentos e instrumentos

 A realização da revisão bibliográfica focada no estudo da Internet como ferramenta didática para o ensino fundamental buscou de forma ampla e geral, coletar informações e dados a partir da literatura especializada do uso da informática na educação, na qual se baseou em publicações científicas condizentes com a área de estudo.

Finalizada essa etapa iniciou-se a pesquisa de campo, que proporcionou a análise da relação entre a teoria e a prática vivenciada. A pesquisa de campo teve como instrumentos de investigação a observação e aplicação de questionários

(37)

(Anexo I) a fim de conhecer e analisar a realidade do estudo enfocado neste trabalho.

 A observação é uma técnica que propicia uma compreensão melhor da realidade. Para Gerhardt e Silveira:

 A observação permite descrever o que vemos, mas também faz emergir questões [...] sobre o que procuramos compreender das representações, do simbólico, das relações sociais, das interações lógicas, etc.[...] A compreensão dessas questões (subjetivas) se constrói, não está dada.( 2009, p. 101).

Nesse sentido, foram realizadas visitas a escola, na qual foi observado à rotina da mesma, o seu funcionamento didático-pedagógico, o planejamento de aulas dos professores do Ensino Fundamental, a prática na sala de aula e no laboratório de informática, sendo analisada a utilização e a não utilização da internet nas atividades docentes e as formas de sua utilização.

Para a elaboração dos questionários, procurou-se elaborar perguntas através de blocos temáticos, obedecendo a uma ordem lógica, em uma linguagem compreensível, nas quais as perguntas tratam de questões subjetivas e objetivas, que necessitam serem analisadas pelo professor.

Tendo por base o pensamento de Moresi, verifica-se que o questionário:

[...] é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e estar acompanhado de instruções As instruções devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do informante e facilitar o preenchimento. (2003, p.29)

 Assim sendo, os questionários contribuem para uma melhor descrição e compreensão da realidade, proporcionando uma análise paralela sobre o que foi observado no dia-a-dia da escola e sobre o que foi descrito pelos professores.

(38)

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conforme comentado anteriormente, o questionário aplicado aos professores do Ensino Fundamental teve o intuito de analisar o uso da Internet, enquanto ferramenta didática no contexto de ensino e aprendizagem. O mesmo foi elaborado com 21 perguntas, sendo questões objetivas e discursivas. Responderam o questionário 06 professores do Ensino Fundamental da EEIF Cantinho do Saber.

 A quantidade de participantes definida representa os professores regentes que fazem parte do convênio entre a Prefeitura Municipal de Tauá e a referida escola. Sendo que 04 (quatro) professores são polivalentes e atuam no ensino fundamental I, nas turmas do 1º, 3º e 5º anos; e os outros 02 (dois) professores atuam no Ensino Fundamental II com as disciplinas de língua portuguesa e matemática, nas turmas do 6º ao 9º ano. Pretendeu-se com isso, formar uma representatividade significativa dos níveis de ensino, com o intuito de evitar a repetição de informações e conseguir atingir os objetivos da pesquisa de maneira satisfatória.

Junto à aplicação dos questionários foram realizadas observações, a qual se pode ter uma validação da realidade vivenciada na EEIF Cantinho do Saber, podendo-se expandir as conclusões para escolas de situações e estruturas semelhantes.

Os resultados da pesquisa aqui expostos, estão conduzidos de acordo com a apresentação e discussão das perguntas do questionário, paralelo às observações feitas na escola, na qual está sendo analisada e comparada a teoria, aquilo que foi exposto no questionário, com a prática, aquilo que foi observado nas experiências vivenciadas.

Inicialmente foi constatado o tempo de magistério dos professores no Ensino Fundamental. Sendo que 04 (quatro) professores disseram ter experiência: “Maior

ou igual a 05 anos” e apenas 02 (dois) professores disseram: “Maior que 02 anos e

menor que 05 anos”. Ficando claro que todos os professores possuem certa

experiência na atuação do Ensino Fundamental.

Verificou-se também que 05 (cinco) professores têm nível superior completo e apenas 01 (um) tem nível superior incompleto, pois ainda esta cursando. Isso retrata

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