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Informamos que esta teleconferência está sendo gravada e traduzida simultaneamente.

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Academic year: 2021

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1 Operadora:

Bom dia, e bem-vindos à teleconferência da JSL para discussão dos resultados referentes ao 3T14. Estão presentes hoje conosco os senhores Fernando Simões, Diretor Presidente, e Denys Marc Ferrez, Diretor Administrativo-Financeiro e de RI. Neste momento, todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes, e mais tarde iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso necessitem de alguma assistência durante a teleconferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de uma operadora, digitando *0.

Informamos que esta teleconferência está sendo gravada e traduzida simultaneamente.

Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Companhia, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da JSL, bem como em informações atualmente disponíveis para a Companhia. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. As condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar os resultados futuros da Empresa e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras.

Gostaria agora de passar a palavra ao Sr. Fernando Simões. Por favor, Sr. Fernando Simões, pode prosseguir.

Fernando Simões:

Bom dia a todos. Estamos dando início à divulgação do resultado do 3T14 da JSL. Vamos começar pela página dois, falando dos principais destaques da Companhia neste período.

Iniciando pela JSL Consolidada, tivemos recorde tanto na receita quanto no EBITDA. Uma receita bruta consolidada de R$1,58 bilhão, que significa 16,5% de crescimento sobre igual período do ano passado. Tivemos um EBITDA recorrente de R$261,6 milhões, o que significa um crescimento de 39,3%, o que é uma margem de 18,2% e significa 3% a mais que o mesmo período do ano passado.

Ainda falando da JSL Consolidada, 3T14 versus 3T13, temos um EBITDA adicionado de R$383 milhões, o que é um crescimento de 31,7%, para uma margem de 26,6%; e um lucro líquido de R$39 milhões, o que significa um crescimento no lucro de 48%. Dando continuidade, ainda na página dois, falando da JSL Logística mais a Movida, ou seja, excluindo Concessionárias, ainda comparando 3T14 com 3T13, tivemos uma receita bruta total de R$1,249 milhão, crescimento de 17,5%, e uma receita bruta de serviços de R$1,087 bilhão, o que também significa um crescimento de 13,2%. E um EBITDA recorrente de R$248 milhões, o que é um crescimento de 37% sobre o mesmo período do ano passado, e com lucro líquido de R$32 milhões, que significa um crescimento de 16%.

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Tivemos também, no 3T, o início das operações da JSL Arrendamento Mercantil, que é nossa Companhia de leasing. Conforme temos dito a todos os senhores, um negócio totalmente independente, de grande complementaridade com o modelo do nosso negócio, que irá contribuir com o desenvolvimento da JSL, se tornando em uma empresa diferenciada de arrendamento mercantil.

Conforme podemos ver, esses crescimentos que temos tido e, modéstia à parte, esses recordes, tanto em receita quanto em EBITDA, a melhoria dos nossos resultados, isso só é possível devido ao posicionamento de geração de valor aos nossos clientes, a diversificação que temos em vários setores de economia, e por ter o mais amplo portfólio de serviços logísticos. Este posicionamento é único e diferenciado.

Dando continuidade aos nossos resultados, na página três, falaremos um pouco dos principais destaques da evolução da receita. Quando olhamos a parte superior do lado esquerdo, temos o 3T, que mostra um crescimento de 13,2% na receita comparado com o mesmo período do ano passado. Ou seja, tivemos uma receita bruta de serviços na Logística mais a Movida de R$1,087 bilhão.

E se olharmos nos últimos 12 meses, tivemos uma receita de R$3,987 bilhões, a Movida contribuindo com R$108 milhões, lembrando que isso significa dos últimos 12 meses e que a Movida é uma Empresa ainda em completo desenvolvimento.

Tivemos também, no 3T14, considerando os novos contratos da Logística junto com a Movida, R$180 milhões de receita. Reduzimos em R$54 milhões alguns contratos que deixamos de operar ou que tiveram reduções em seu volume; lembrando que, mesmo com essa redução de R$54 milhões, a Companhia teve um crescimento na prestação de serviço da Logística com a Movida superior a 13% em sua receita.

Conforme podemos ver na página três abaixo, do lado esquerdo, por setor da economia, a Companhia continua se desenvolvendo da mesma forma que tem o seu histórico, mantendo participações significativas em cada setor, mas sem a dependência de nenhum deles.

E do lado direito, quando olhamos por linha de negócio, a Empresa está diversificada, de forma sempre focada, como temos dito aos senhores, no serviço dedicado e na gestão e terceirização de frota com serviço. Os dois ultrapassam 80%, são os serviços de maior valor agregado e de maior contribuição na produção dos nossos clientes. Passando agora, então, para a página quatro, temos aqui os principais números da Movida e alguns dados operacionais. A Movida encerrou o 3T14 com 11.700 automóveis, o que é um crescimento de aproximadamente 400% comparado ao ano passado.

Encerramos com 55 lojas, o que significa um crescimento de 27 novas lojas em um ano. Tivemos uma taxa de ocupação, mesmo com o crescimento da frota de 400%, de 66%. Tivemos uma quantidade de diárias vendidas de 506.000 diárias no 3T14.

A Movida já evolui e tem evoluído de forma significativa, mas acreditamos muito que o maior desenvolvimento ainda está por vir. Estamos com gente capacitada, com o sistema funcionando, com lojas bem posicionadas e com outras lojas a serem inauguradas até o final deste ano, buscando a maior capilaridade e cada vez mais atender o cliente da melhor forma possível, fazendo, através da locação do veículo,

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uma prestação de serviço diferenciada das demais companhias que atuam neste setor.

Passando agora para a página cinco, falando da JSL Concessionárias, podemos ver no resultado da JSL Concessionárias de Veículos que começamos, e a cada trimestre temos divulgado aos senhores, a buscar cada vez mais a sinergia entre a Logística, agora a Movida, e as Concessionárias. Para se ter uma ideia, os veículos comprados para Logística e Movida foram mais de 38% das nossas Concessionárias, o que significa mais de 4.000 automóveis no 3T.

A venda dos nossos veículos seminovos foi 45% através da nossa rede de Concessionárias. Foram 1.400 automóveis seminovos que saíram da Logística ou da Movida e foram vendidos através das nossas Concessionárias.

Nos últimos 12 meses, compramos mais de 60% de veículos, ou seja, mais de 15.000 automóveis através das nossas concessionárias, e vendemos mais de 4.600 veículos também através das nossas concessionárias. Isso deixa claro o grande potencial de sinergia entre as operações.

Podemos ver também que tivemos uma receita líquida de R$333 milhões, o que é um crescimento de 17%, com lucro líquido recorrente de R$6 milhões, o que mostra, a todos vocês, a sinergia e como o veículo seminovo e a compra dos novos através das nossas concessionárias contribuem para o resultado da Companhia como um todo. Abaixo temos os principais números das concessionárias de veículos. Vendemos 49.000 veículos nos últimos 12 meses, sendo no 3T 13.000 veículos. Tivemos um crescimento em vendas diretas de mais de 60%, e na venda de automóveis seminovos, mesmo com o mercado como tem sinalizado, tivemos um crescimento acima de 20%. E aqui mostramos, do lado direito, uma receita bruta de um mix nas Concessionárias no total de R$358 milhões, somando veículos leves e pesados. E nos últimos 12 meses, R$1,336 bilhão.

Quando olhamos o 3T14 das Concessionárias, tivemos um EBITDA recorrente de R$13 milhões, o que significa uma margem de 3,9% e um lucro líquido de R$6,8 milhões, em função da melhor margem e o aumento de volume de vendas de pesados, seminovos e seminovos leves. Este resultado teve uma contribuição significativa do maior número de volume de vendas de pesados seminovos.

Com certeza, os resultados das Concessionárias têm melhorado e deverão melhorar a cada dia em que a sinergia aumenta entre as companhias; o resultado das Concessionárias também deverá ter o mesmo caminho de melhoria.

Agora, então, gostaria passar a palavra ao Denys para comentar sobre os resultados financeiros da Companhia.

Denys Marc Ferrez:

Obrigado, Fernando. Bom dia a todos. Na página seis, falando dos resultados financeiros de Logística e Movida, começando pelo quadro no alto à esquerda, a Logística no 3T14 atingiu um EBITDA de R$237,5 milhões, o que é 31% superior ao mesmo período do ano passado; e a Movida, um EBITDA de R$11,1 milhões. Ou seja,

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o EBITDA medido na sua forma tradicional atingiu R$248,6 milhões no somatório de Logística com Movida.

Quando incluímos, então, a venda dos ativos, em um total de R$118,2 milhões, esta cresceu cerca de 18%, totalizando um EBITDA adicionado de R$366,8 milhões, um aumento de 29,4%.

Nos últimos 12 meses, este total do EBITDA adicionado, foi de R$1,3 bilhão, onde o EBITDA na sua forma tradicional na Logística totalizou R$784,5 milhões, e na Movida, R$24,7 milhões, o que somado dá um total de cerca de R$810 milhões de EBITDA. Quando olhamos a margem, observamos que houve um incremento significativo, onde a Logística apresentou uma expansão na margem EBITDA de serviços de 4,6 p.p., e isso foi em função daquilo que descrevemos no período anterior, quando repassamos todo o nosso portfólio de contratos e também a nossa estrutura operacional, entregando então, neste trimestre, os benefícios desse movimento.

Já em relação à Movida, eu gostaria só de destacar sua evolução, que é fruto do aumento da frota e também da expansão de novas lojas, como já mencionado pelo Fernando.

Olhando, então, o lucro líquido recorrente do período, este totalizou R$32,3 milhões, o que é 16,6% superior ao mesmo período do ano anterior, com uma margem de 2,9%, de novo aqui falando de Logística e Movida.

Vale reforçar que esses resultados líquidos continuam sempre impactados pelo contínuo crescimento da Companhia, uma vez que investimos em expansão, tem aí a sua despesa financeira correlacionada, e no entanto a geração de caixa ainda não foi plenamente usufruída pela Companhia.

Passando, então, para o próximo slide, falando um pouco dos investimentos do trimestre, a Companhia investiu, em termos brutos, R$313 milhões, dos quais R$176 milhões na Logística, R$130 milhões na Movida e R$7 milhões nas concessionárias. Esse é o perfil do investimento bruto.

Quando olhamos o perfil do investimento líquido e deduzimos das vendas efetuadas no período, vemos que o investimento líquido é composto basicamente pelo investimento na expansão do negócio, totalizando R$207 milhões, e reforçamos que temos sempre essa flexibilidade na renovação dos ativos em função da sua baixa idade média; ou seja, os ativos pesados têm cerca de 2,4 anos de idade média, enquanto os ativos leves têm menos de 1,5 ano.

Passando para o próximo slide, número oito, falamos do endividamento em bases consolidadas da JSL. O endividamento bruto da Companhia no final do período foi de R$4 bilhões, e o endividamento líquido foi de R$3,4 bilhões.

É importante frisar que, para esses R$3,4 bilhões de endividamento líquido, temos como correspondente do lado dos ativos, incluindo aí os ativos móveis, leves e pesados, cerca de R$4 bilhões; ou seja, temos 1,2x mais ativos que o endividamento líquido.

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Faço questão de frisar isso com o objetivo de que, uma vez que mudamos o perfil de captação para aquisição de ativos operacionais quando migramos de um volume de leasing para comprar ativos leves, para um volume de operações com mercado de capitais para que pudéssemos comprar esses ativos sem qualquer alienação e assim fazer o giro mais rápido e mais eficiente da frota, mostrando essa comparação mantemos clareza de que há um equilíbrio entre o endividamento líquido da Companhia e a formação de ativos produtivos.

Em termos de liquidez, além do caixa de R$548 milhões, a Companhia também dispõe de R$300 milhões em linhas compromissadas para serem sacadas em um período de aproximadamente quatro anos. Com isso, totaliza R$848 milhões em liquidez, o que é 1,2x maior que a dívida que vence no curto prazo.

Em termos de custo da dívida no período apurado do 3T, este ficou em cerca de 9,5% ao ano.

Com relação aos parâmetros de alavancagem, temos aqui do lado direito que a dívida líquida/EBITDA adicionado no 3T14 ficou em 2,6x, o que é levemente inferior ao que apresentamos no 2T.

Lembrando sempre que isso pode ter um máximo de 3x e essa diferença, conforme tem acontecido nos últimos quatro anos, é suficiente, assim concordamos, para que continuemos a desenvolver a Companhia dentro da normalidade.

Com isso, gostaria de agradecer a todos e voltar a palavra para o Fernando. Fernando, por favor.

Fernando Simões:

Agora, então, na página nove, gostaríamos de finalizar, falando sobre os resultados consolidados da JSL no 3T14. Tivemos uma receita bruta de R$1,19 bilhão na JSL Logística, um EBITDA recorrente de R$237 milhões e um EBITDA adicionado de R$343 milhões.

Se olharmos para Concessionárias, tivemos uma receita de R$358 milhões, com EBITDA de R$13 milhões e um EBITDA adicionado de R$16,5 milhões. Se olharmos a Movida, tivemos uma receita bruta de R$60 milhões, com EBITDA de R$11 milhões e EBITDA adicionado de R$23 milhões; lembrando que na Movida ainda há alguns impactos não só pré-operacionais, como de carros sublocados da JSL.

Se olharmos JSL Consolidada no 3T, tivemos uma receita bruta de R$1,58 bilhão, com EBITDA recorrente de R$261 milhões, o que significa 18,2% de margem, e com EBITDA adicionado de R$383 milhões.

Olhando a Companhia no consolidado dos últimos 12 meses, tivemos uma receita de R$5,916 bilhões, sendo um EBITDA recorrente de R$841 milhões e um EBITDA adicionado de R$1,356 bilhões.

Era o que tínhamos a apresentar a todos vocês. Aproveito para agradecer a participação, e queríamos abrir agora para perguntas e respostas para que eu e o Denys possamos esclarecer qualquer dúvida que tenha ficado. Muito obrigado.

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6 Sami Karlik, Votorantim Corretora:

Minha pergunta é mais estratégica, em relação à Movida: agora, com um cenário de crescimento um pouco mais baixo para o ano que vem, eu queria entender os principais drivers que vocês enxergam para esse negócio e como estão vendo o setor de aluguel de carros, mais a parte de varejo mesmo, para o ano que vem. Obrigado. Fernando Simões:

Bom dia, Sami. O negócio da Movida, como temos dito desde o início, é um negócio complementar ao nosso. Nós já tínhamos uma escala de compra de automóvel muito grande devido à nossa terceirização da frota, por sermos uma empresa em que usamos muito os automóveis leves na operação de logística e prestação de serviços para o cliente, e na terceirização de frota também.

Então, a MOVIDA vem em complemento à JSL, atender a uma demanda de clientes nossos atuais e do mercado de locação diária, semanal e de mini-leasing, e o crescimento e desenvolvimento dela está limitado à capacidade de o mercado absorver e à nossa capacidade de atender.

O que posso assegurar é que, conforme você pode ver na lâmina da Movida, desenvolvemos bastante, mas entendemos que é um mercado que tem oportunidades de se desenvolver ainda muito mais.

Estamos fazendo a locação do veículo diária, utilizando isso como prestação de serviços; ou seja, temos tentado fazer um atendimento diferenciado. E vimos conseguindo crescer a Movida nos patamares que vocês podem ver, com uma taxa de ocupação que tem viabilidade econômica e financeira do negócio. Isso é que nos motiva a continuar o seu desenvolvimento.

Além disso, é importante lembrar, na terceirização de frota, muitas vezes, quando se tem uma oportunidade de compra na montadora, você não tem o negócio do cliente na ponta. Como todos os nossos negócios só fazemos casados – só compramos o ativo quando temos o negócio –, quando o cliente faz um bid em uma concorrência de 1.000 veículos na terceirização de frota, ele consulta dez empresas, e vão as 10 empresas à montadora. A montadora senta e fala “eu sei que vou vender para uma das dez”. Quando você está no aluguel do diário, a montadora tem um momento em que ela quer vender um volume de frota e você pode comprar, seja para aumentar frota, seja para girar o seu ativo no melhor momento. E vimos podendo usufruir disso.

Então, é um segmento em relação ao qual estamos extremamente motivados. Ele é independente da JSL, e seu desenvolvimento futuro está vinculado à sua capacidade de ocupação e viabilidade econômico-financeira.

Não sei se eu lhe respondi como um todo, Sami; se atendeu à sua pergunta. Sami Karlik:

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7 Fernando Simões:

E no giro do ativo, também estamos começando a ter a experiência de vender veículos seminovos. O desgaste do aluguel do daily é muito menor que o da terceirização de frota. Então, também há grande sinergia com as concessionárias, devido à qualidade do ativo que sai após ser utilizado.

Sami Karlik:

Muito obrigado, Fernando. Rogério Araújo, Brasil Plural:

Bom dia a todos. Obrigado pela oportunidade, e parabéns pelos resultados. Minha primeira pergunta é com relação à margem de serviços logísticos, que aumentou bem no trimestre. Primeiro, gostaria de saber se houve renegociação de preços recentemente e se ainda há espaço para novas negociações, se for o caso.

E também, se vocês pudessem dar um pouco mais de detalhes dessa redução de custo com pessoal que vimos, que deu quase 4 p.p. na margem, como se deu exatamente essa redução, o que esperar para frente; se podemos esperar um patamar em torno de 26% da receita versus algo próximo a 30% que a Empresa vinha apresentando antes. Essa é a primeira pergunta. Obrigado.

Fernando Simões:

Rogério, nossos ajustes de pessoas, sempre vimos dizendo para o mercado de maneira muito clara. O que é o nosso negócio? A JSL é uma soma de vários fatores. Ela é uma composição de vários serviços, para vários setores da economia, com vários tipos de serviço.

Nós vivemos nosso negócio de forma intensa, e isso nos dá uma capacidade de ajuste bastante grande, sempre que necessário. E ajuste não é só um reposicionamento de preços; em sua grande maioria, não é isso. Porque o reposicionamento de preços acontece quando você tem alguma coisa, alguma variável que não previa. Como estudamos muito as necessidades dos clientes, temos poucas ocorrências desse tipo. Os ajustes, muitas vezes, por exemplo, são quedas de volume, que buscamos fazer mais por menos e buscar mais produtividade. Nós tivemos no ano passado o que não era esperado, como comentamos no início do ano, uma loucura de trânsito, uma loucura de distribuição urbana; uma demanda durante a Copa de uma falta de entrega no varejo de forma geral, uma queda de financiamento, então houve menos vendas de varejo em Concessionárias, e automaticamente nossa logística para a indústria automobilística caiu.

E nós nos antecipamos a isso, fizemos ajustes de pessoal, ajustes de cancelamento de vagas e ajustes na operação. E não simplesmente, muitas vezes, voltar ao cliente é para acertar preço. E isso está refletindo no nosso resultado.

Modéstia à parte, temos essa capacidade, temos sempre falado com o mercado, de ajustar nossas operações muito rapidamente, e temos nosso negócio na mão. Quando falo „nós‟, são nossas operações como um todo. Então agimos muito rapidamente.

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Isso é um negócio que é recorrente na vida da Empresa, a cada ano, a cada dois anos, ou então quando há alguma coisa pontual. Não há nada para lhe dizer que esteja sendo feita para o futuro de ajuste, mas temos controlado nossos custos e colocado a Empresa com foco no crescimento, onde temos maior valor agregado, como sempre temos feito. E esse ajuste de pessoal foi por anteciparmos o que estávamos vendo à frente, para ter muita agilidade nisso; foi feito o ajuste dentro de casa.

Eu não diria para você e nem para o mercado contarem que continuará havendo sucessivas melhorias de margens, mas também não tem nada para dizer ao contrário, porque continuamos trabalhando o custo e a produtividade dentro da Empresa, com foco muito forte.

Rogério Araújo:

OK. Ficou claro, Fernando. Minha segunda pergunta é um follow-up da primeira, com relação à Movida: em qual nicho, especificamente, vocês têm focado mais? Vocês comentaram no release sobre o aluguel mensal. E onde vocês têm visto mais oportunidades de crescimento; se no varejo, se no replacement de seguradora. E também, qual é o cross-selling que existe entre Movida e os clientes em que a JSL já fazia o fleet? Se esse cross-selling está gerando oportunidade grande e clara de crescimento, oferecendo às empresas também um aluguel mensal. É isso. Obrigado. Fernando Simões:

Voltando a falar da Movida, ela é uma empresa de locação diária. Ela é uma empresa de locação no daily. E é normal no daily a pessoa que tem que tem que ter o carro por semana, quer o carro por mês. Nós, na JSL, só alugávamos veículo acima de um ano. Hoje, com a Movida, podemos ter a oportunidade de alugar para seis meses, para quatro meses. Isso nós não fazíamos antes porque não havia viabilidade dentro da JSL.

Não tínhamos a estrutura e, como vocês sabem, só temos CAPEX ligado à receita, a estudos de contratos prévios. E nós não tínhamos para quatro meses, cinco meses, até para não ter ceder o carro depois para vender.

Hoje, nós temos a possibilidade, através da Movida, e é isso que vocês vão começar a ver, em um percentual ainda muito pequeno, mas temos como meta, e isso é normal, que é complementar a atividade dela, chegar entre 25% e 30% do que chamamos de mini-leasing, que são contratos com menos de um ano.

Eu vou lhe dar um exemplo interessante: hoje, estamos fazendo divulgação no Rio de Janeiro porque temos um compromisso logo na sequência, e eu desembarquei aqui no Santos Dummont hoje às 7h30 da manhã e fui à loja porque gosto de ouvir os clientes, se estão sendo bem atendidos. Perguntei para um cliente de uma empresa chamada AAR Engenharia, que por sinal trocamos cartão, ele tem o nome de Alexandre, estava na fila para ser atendido, se estava sendo bem atendido. “Estou sendo bem atendido, mas eu tenho uns carros de aluguel mensal e também queria fazer com vocês.” Eu falei “perfeitamente, pode deixar que eu peço para alguém entrar em contato. Obrigado por atender nosso serviço”.

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Então, estou lhe mostrando, na prática, como tem sinergia, como no dia de hoje eu percebi no Santos Dummont. Esse é um dos exemplos, e isso temos visto ser cada vez mais recorrente dentro da Empresa.

Voltando a dizer: nossa empresa é uma empresa com foco em logística, na prestação de serviços logísticos, no qual a Movida é complementar. Não estamos transformando a empresa em locação diária, e sim aproveitando mais um nicho do portfólio que tem grande oportunidade, o mercado tem visto isso e temos sentido que tem coração, a empresa pulsa. É sinal que tem mercado e potencial de desenvolvimento.

Rogério Araújo:

OK. Ficou claro. Se vocês me permitem só mais um ponto rápido, qual é a recorrência com que vocês pretendem soltar aquele ROIC de contratos maduros, e se vocês têm essa estimativa atualizada para os últimos 12 meses, dado o aumento de margem do último trimestre? Obrigado.

Denys Marc Ferrez:

Bom dia. Rogério, nossa frequência tem sido semestral. Neste mês que entra, o mês de novembro, excepcionalmente, por conta do JSL Day, que acontece em Mogi das Cruzes no dia 5, para o qual todos que estão ouvindo estão ouvindo aqui estão convidados, divulgaremos o ROIC com base na metodologia que tem sido apresentada lá, durante o evento.

Rogério Araújo: Obrigado. Bom dia.

Rodney Otero, Banco de Tokyo:

Bom dia. Parabéns pelos resultados. Minha pergunta é sobre o negócio que vocês estão começando agora de leasing. Eu queria entender como vai funcionar exatamente esse negócio, se vocês farão leasing operacional, leasing financeiro, de onde vem o funding, se esse negócio será um suporte às operações atuais da JSL. Como esse negócio vai funcionar para vocês?

Fernando Simões:

O Denys pode falar do funding daqui a pouco, mas só para deixarmos claro, o nosso foco em nossa Companhia de leasing será complementar à JSL.

O que é isso, só para deixarmos claro? Nós temos hoje uma venda de ativos em que 25% de quem compra os nossos caminhões na loja vem usar os veículos para trabalharem como subcontratados da JSL Logística. Só lembrando, no ano passado nós pagamos R$600 milhões de frete de terceiros, que são pequenas empresas e autônomos que prestam serviços como subcontratados.

Temos reparado cada vez mais nas grandes companhias querendo contratar grandes empresas, consolidar o serviço nelas, e as grandes empresas terceirizando parte do serviço, até porque é um serviço mais visando o operacional, ficando com a inteligência da gestão da logística como um tudo.

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É isso que temos feito ano a ano, e nisso, a dificuldade do mercado hoje é que a idade média da frota brasileira é de 18 anos, e nós temos a frota mais nova, temos vendido isso como seminovos para quem vem trabalhar para nós como subcontratados. No mercado, não há financiamento para esses caminhões muitas vezes, para esses caminhoneiros, porque ou os juros são altos, ou se exige uma alta entrada e um espaçamento curto de tempo em que a prestação fica cara.

O que a Leasing vem fazer? Vem oferecer a esses caminhoneiros um produto com valor residual, porque quando investimos já estimamos o valor residual, nós conhecemos muito do negócio por operação, modéstia à parte, com uma entrada de forma que a é perfeitamente ele pagar a parcela.

Então, a JSL Leasing dá à JSL Logística uma oportunidade de continuar um crescimento e um desenvolvimento com menos mão-de-obra direta e contratando pessoas que prestem serviços para ela. Não estamos vendo uma Companhia amanhã com 70.000, 80.000 motoristas; pelo contrário, isso é uma forma de fomentar o pequeno empreendedor que venha trabalhar para nós como subcontratado.

Quando você vai para aluguel de automóveis, só complementando e para finalizar, tem muitos clientes hoje que não queriam fazer a locação, mas queriam serviço, eles queriam o leasing, porque faz parte da estratégia deles. E são grandes clientes. Então, passamos a ter no portfólio a oportunidade de oferecer para os nossos clientes uma operação de leasing, a oferecer para os nossos subcontratados uma opção de comprar pelo leasing, especificamente os caminhões, e é aí que estamos entendendo a complementaridade da empresa de leasing.

Lembrando que ela tem um presidente, que é o Dr. Osmar, completamente independente da JSL em sua avaliação de crédito, seus modos de operar, regulada pelo Banco Central. Nós começamos com um PL de R$20 milhões, em que pode haver um nível de alavancagem.

Se começarmos no mercado, começaremos de maneira pequena, conhecendo o mercado, com foco em nossa complementaridade, muito animados, acreditando muito nesse mercado. Acho que, inclusive, contribuiremos de forma geral para que outros bancos divulguem isso também, que fomentem isso, é o que acreditamos; mas com muito pé no chão e muita tranquilidade, desenvolvendo passo a passo, caminho a caminho, buscando sempre o foco da complementaridade com a JSL Logística, com as Concessionárias e com nosso negócio de locação.

Rodney Otero:

Mas ainda não está definido exatamente como o funding funcionará?

Denys Marc Ferrez:

Rodney, primeiro para enfatizar o que o Fernando está falando, essa cautela na formação da Leasing, os volumes que a Companhia tem investido serão importantes, mas eles não chegam a agredir de forma relevante o todo que já temos feito.

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Do ponto de vista de relacionamentos, muitos parceiros já se aproximaram para criar linhas específicas para a empresa de leasing. Ela deverá fazer a captação através dela em função dos benefícios tributários; ou seja, estar alavancado nela, ser tomador de dinheiro lhe dá uma contrapartida à tributação da receita, àquela despesa financeira dentro da Leasing. É interessante que ela opere assim.

Então, a tendência é você assistir a Leasing fazendo as captações por contra própria, obviamente respeitando toda a legislação cada vez mais exigente do Banco Central e suas regras, mas também sempre prestando atenção, do ponto de vista de grupo, da JSL como consolidado, aos covenants que temos junto ao mercado.

É isso, não será nada muito diferente disso. Rodney Otero:

OK. Obrigado. Fernando Simões:

Só complementando, Rodney, o que o Denys comentou, dentro do nosso planejamento estratégico, o desenvolvimento dela, com muita tranquilidade, já está alinhado com bancos parceiros que irão nos suportar nesse desenvolvimento. Então, temos muita tranquilidade.

Além disso, tirando a brincadeira, ainda haverá a oportunidade, como outro dia o Osmar estava me explicando, de todo mundo poder fazer uma aplicação lá e buscar também a letra mercantil. Enfim, são várias fontes, e nós estamos completamente tranquilos com o desenvolvimento delas dentro daquilo que está previsto, com fontes já destinadas.

Rodney Otero: Obrigado, Fernando. Operadora:

Não havendo mais perguntas, gostaria de passar a palavra ao Sr. Fernando Simões para suas considerações finais. Por favor, Sr. Fernando Simões, pode prosseguir. Fernando Simões:

Quero, mais uma vez, agradecer a oportunidade de ter a participação de todos vocês, e relembrar que temos dito isso muito, desde que abrimos o capital da Companhia, que temos alguns fatores que deixam a Empresa em um posicionamento completamente diferenciado.

Um deles, dos principais, é estarmos em diversos setores da economia e termos um grande portfólio de serviços. Isso faz uma diferença grande, principalmente em um momento de mercado difícil como estamos vendo em 2014. Esse nosso crescimento e a melhoria do resultado é graças ao nosso volume de negócio, graças à nossa capacidade de compra e à credibilidade que temos das instituições financeiras que

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suportam nosso crescimento e, em um momento desses, viabilizam nosso negócio, e podemos ter uma margem um pouco melhor.

Gostaria também de convidar todos a fazerem uma avaliação sobre a venda dos ativos durante este ano e o 3T14. Isso reforça, mais uma vez, o que falamos, que independente do mercado nossos ativos são vendáveis, e, mais uma vez, o nosso diferencial. Porque temos automóveis para vender, hoje com mais desgaste da terceirização de frota, menos desgaste da questão da Movida; temos caminhões pesados, semipesados, carretas, ônibus.

Esse portfólio viabiliza a constante venda, o que contribui para o nosso EBITDA adicionado e para nossa capacidade de geração de caixa. E isso nos deixa em uma posição ainda mais diferenciada com nossa rede de seminovos e a sinergia com as Concessionárias.

Para finalizar, aproveito para relembrá-los que nós soltamos, no começo do ano, nosso guidance. E mesmo com o mercado ruim, vocês podem ver que, graças a Deus e ao trabalho de toda a nossa equipe, nossos números vêm convergindo com o guidance que havíamos divulgado. Isso não é porque somos videntes, modéstia à parte. Nós conhecemos nosso negócio, gerimos nosso negócio no dia a dia, e, mais importante, conhecemos e vivemos os negócios dos nossos clientes, o que faz com que a Empresa tenha uma previsibilidade de receita e de geração de caixa quase que independente do que aconteça com o mercado.

É o que sempre temos dito, que tem parte do crescimento da geração de caixa que já está em casa, está sendo construída. O que é o caso do ano que vem também, já está em casa. Vimos fazendo esse crescimento e divulgando esse guidance, e isso tem convergido com os resultados da Empresa, graças ao posicionamento, à nossa equipe, e principalmente por estarmos juntos aos nossos clientes.

Isso é o que eu tinha para dizer a vocês. Estamos muito felizes com o resultado que a Empresa tem, mas trabalhando todo dia como se fosse o primeiro. Temos muito mais a construir que aquilo que já foi construído.

Dando continuidade, porque caiu a linha, só para reafirmar a previsibilidade da nossa receita.

É isso que tínhamos para apresentar a vocês. Mais uma vez, agradecemos a participação de todos, e queria reforçar o convite, temos o JSL Day no próximo dia 5, às 9h da manhã, em Mogi das Cruzes, conforme foi anunciado. Reforçamos o convite para que vocês possam vir e conhecer um pouco mais, será um dia de apresentação de todos os nossos diretores, de todas as unidades de negócio, e inclusive do processo detalhado de como a JSL atende e gera seus negócios, e a preservação do relacionamento comercial com seus clientes.

Muito obrigado. Em nome da JSL e de toda a nossa equipe, agradeço muito a participação de vocês. Mais uma vez, obrigado.

Operadora:

A teleconferência da JSL está encerrada. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia.

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“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de Relações com Investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição.”

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