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SATÉLITES CARTOSAT E ALOS

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Academic year: 2021

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INSTITUTO EDUCACIONAL “CÂNDIDA DE SOUZA” Graduação em Engenharia de Agrimensura

SATÉLITES CARTOSAT E ALOS

Danilo Santos Alves Ferreira, Dayana Corrêa de Oliveira, Mario de Carvalho Ferreira, Pedro Alves Nestor Neto, Stephanie Maria de Morais.

Belo Horizonte Outubro 2011

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Mario de Carvalho Ferreira, Pedro Alves Nestor Neto, Stephanie Maria de Morais.

SATÉLITES CARTOSAT E ALOS

Trabalho realizado para consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e obtenção dos créditos relacionados à disciplina de Sensoriamento Remoto e Aerofotogrametria I do 6º período, turno noturno do curso de Engenharia de Agrimensura da Faculdade de Engenharia de Minas Gerais.

Professor: Marckleuber Fagundes Costa.

Belo Horizonte Outubro 2011

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“O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.”

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1 INTRODUÇÃO ... 4 2 SATÉLITES CARTOSAT ... 5 2.1 Histórico ... 5 2.1.1 CARTOSAT 1 ... 6 2.1.2 CARTOSAT 2 ... 8 2.1.3 CARTOSAT 2A ... 10 2.1.4 CARTOSAT 2B ... 13 2.1.5 CARTOSAT 3 ... 14

2.2 Preços das Imagens dos Satélites CARTOSAT ... 15

3 SATÉLITE ALOS ... 16

3.1 Histórico ... 16

3.2 Características do Satélite ALOS ... 17

3.3 Sensores ... 18

3.3.1 PRISM (Panchromatic Remote-sensing Instrument for Stereo Mapping) . 18 3.3.2 AVNIR-2 (Advanced Visible and Near Infrared Radiometer type 2) ... 19

3.3.3 PALSAR (Phased Array L-band Synthetic Aperture Radar) ... 20

3.4 Áreas de Aplicação do ALOS ... 20

3.5 Preços das Imagens do Satélite ALOS ... 22

4 CONCLUSÕES ... 23

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1 INTRODUÇÃO

Com o surgimento de novas tecnologias o uso do sensoriamento remoto está presente no meio de diversas áreas do conhecimento humano, sendo aplicado na engenharia, meio ambiente, clima e diversas outras áreas.

O sensoriamento remoto entra em ação por meio dos satélites que são objetos que estão em órbita em torno de um planeta em um trajeto circular ou elíptico.

Os satélites fornecem informações sobre clima, enviam dados sobre a superfície e os recursos naturais do planeta, como o ritmo de devastação das florestas e o nível de poluição do ar e do mar, orientam navios e aviões, entre outras funções. Os satélites científicos são responsáveis por enviar seus dados de pesquisa a terra via sinais de rádio por telemetria. Eles têm as seguintes aplicações pesquisas de plantas e animais, monitoração de vulcões, monitoramento de desmatamentos, queimadas, rastreamento de vida selvagem, astronomia, física, entre outras.

No entanto, a medida que a tecnologia aplicada aos satélites aumenta, a precisão dos dados fornecidos por estes seja cada vez maior.

A pesquisa a seguir relata dados dos satélites da série CARTOSAT e o ALOS, suas características técnicas, sensores utilizados, áreas de aplicações das imagens reproduzidas por estes e alguns valores das imagens disponibilizadas com boa qualidade para a execução de diversas tarefas.

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2 SATÉLITES CARTOSAT

2.1 Histórico

A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) oferece uma ampla possibilidade de acesso às imagens em diversas resoluções e conseqüentemente aplicações, com satélites especializados em coletar dados de forma ágil e objetiva.

O objetivo principal da organização é fornecer dados de sensoriamento remoto para a National Natural Resource Management System (NNRMS) e apoiar o desenvolvimento econômico indiano, mas os dados dos satélites também são distribuídos para outros países, inclusive para o Brasil.

A pesquisa, em sua maioria desenvolvida e operada pela ISRO, lançou os primeiros satélites experimentais Bhaskara 1 e Bhaskara 2 em 1979 e 1981, respectivamente.

A segunda geração de satélites iniciou-se com o lançamento do IRS-1C em 1996, que levou a bordo sensores multiespectrais e pancromáticos, capazes de gerar imagens com melhor resolução espacial (5m) e possibilitar estudos inéditos em áreas urbanas, além de contribuir para estimativas de safras agrícolas e levantamentos de recursos naturais. Na época do lançamento o IRS-1C foi considerado o mais avançado satélite disponível no mercado de observação da terra e operou por mais de 10 anos. Em 1997 a ISRO lançou o satélite IRS-1D, que continua em atividade até hoje e possui as mesmas especificações do IRS-1C.

O 11º satélite da série IRS, lançado em 2005, foi denominado CARTOSAT 1 (IRS-P5) e possui aplicação direta na área de cartografia de precisão. A série CARTOSAT também lançou satélites idênticos em 2007 (CARTOSAT 2) em 2008 (CARTOSAT 2A) e em 2010 (CARTOSAT 2B) equipados com câmeras pancromáticas de alta resolução espacial, aptos a oferecer dados com menor período de revisita. A série do satélite CARTOSAT 2, 2A e 2B são utilizadas para mapeamento. Suas imagens são utilizadas para obter mapas detalhados das florestas, as estimativas sobre o tamanho das árvores, conectividade rural e

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vigilância das minas, entre outras funções. Contudo, todos os satélites da série CARTOSAT encontram-se ativos.

2.1.1 CARTOSAT 1

O CARTOSAT 1 é um dos satélites construídos pela Organização de Pesquisa Espacial Indiana. Em 5 de maio de 2005 na cidade de Sriharikota (Índia) o satélite pesando 1.560kg foi lançado pelo PSLV-C6 a aproximadamente 618km na órbita polar síncrona dom. Sendo que a vida útil estimada deste satélite é de 5 ano.

Este satélite carrega duas câmeras pancromáticas (PAN-fore e PAN-popa), as quais fazem parte da terceira versão de câmeras PAN lançada pela missão Indiana de Sensoriamento Remoto (IRS) a bordo do satélite IRS-P5 ou também denominado CARTOSAT 1. Essa versão disponibiliza duas câmeras posicionadas em ângulos diferentes, que possibilitam a aquisição de imagens que registram imagens (estereoscópicas), onde ambas reproduzem imagens com uma sensação de visão de 3D na região visível do espectro eletromagnético. Isso facilita a geração de dados precisos como mapas tridimensionais.

Tabela 1 – Especificações dos sensores PAN Fonte: Euromap

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Figura 1 – PAN - (Panchromatic Câmera) Fonte: EMBRAPA

As imagens deste satélite têm uma resolução espacial de 2,5m e cobre uma faixa de aproximadamente 30km, sendo seu período de revisita correspondente a 5 dias. Após as câmaras do CARTOSAT 1 adquirir as imagens estas são compactadas, criptografadas, formatadas e transmitidas para as estações terrestres.

O satélite também possui um gravador de estado sólido com capacidade de 120 Giga para armazenar as imagens captadas por suas câmeras. As imagens armazenadas podem ser transmitidas quando o satélite estiver dentro da zona de visibilidade de uma estação terrestre.

Depois de sua separação do quarto estágio de PSLV, Cartpsat 1 é feita com precisão o ponto para a terra através de uma série de manobras complexas. Isto é seguido por um check-out completo do satélite, de ligar as câmeras e ajuste fino da órbita.

Tabela 2 – Especificações do Satélite CARTOSAT 1 Fonte: Satellite Imaging Corporation

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Com esses atributos, os dados do satélite podem contribuir para realização de mapeamentos em escalas detalhadas tanto em ambientes rurais quanto urbanos, além de servir de apoio na geração de mapas topográficos em grande escala (até 1:10.000). Por isso, a maior parte das aplicações do CARTOSAT 1 é na área de cartografia.

Portanto, os ganhos reais de resolução espacial e temporal ampliaram ainda mais a utilização dos dados IRS em uso urbano e viabilizaram mapeamentos topográficos detalhados.

2.1.2 CARTOSAT 2

O IRS-P7 ou CARTOSAT 2 foi lançado da plataforma de lançamento indiano Sriharikota a bordo do PSLV-C7 em 10 de janeiro de 2007. O satélite é o 12º da série de satélites Indiana Sensoriamento Remoto (IRS) que foi colocado em órbita polar sincronizada com o sol, funcionando em órbita de 630 km de altura.

Sendo um satélite de 680 kg, o CARTOSAT 2 têm instrumentos a bordo para realizar imagens no modo pancromático com a máxima resolução espacial de até 0,8m em 9,6 km de largura. A missão principal do satélite é proporcionando imagens do espaço para resolver tarefas cartográficas em uma variedade de atividades.

Figura 2 – CARTOSAT 2

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No entanto, o satélite possui uma única câmera pancromática capaz de operar no modo de imagem de faixa contínua, o modo de imagem local e o modo de imagem pincel. As imagens capturadas podem ser armazenadas na memória de 120GB. Sua agilidade, permite o levantamento de qualquer área a cada 4 dias, todavia, sua vida útil prevista é de aproximadamente 5 anos.

Neste satélite foram empregadas novas tecnologias como dois espelhos na câmera de eixo único, tecido de carbono com plástico reforçado com estrutura de electro com base óptica, leve, espelhos de grande porte, como JPEG de compressão de dados, avançados gravador de estado sólido, de alto torque rodas de reação e sensores de estrelas de alto desempenho.

No momento a principal vantagem do satélite CARTOSAT 2 é a possibilidade de cobrir um alvo não-lineares de grandes dimensões com uma configuração complexa com imagens submétrica resolução (0,8m) no menor período de tempo possível. Portanto, as áreas de aplicações do satélite CARTOSAT 2 são:

¾ Criação de mapas topográficos e planos especiais na escala de até 1:5.000; ¾ Avaliação e levantamento do local de perfuração e equipamentos de

infra-estrutura de transporte;

¾ Campos agrícolas, criação de mapas de uso do solo e agricultura de precisão; ¾ Fundo topográfico para a geração do desenvolvimento urbano, perspectiva

layouts e diagramas de planejamento da região metropolitana;

¾ Inventário e monitoramento de energia, transporte e as informações das condições de comunicação;

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Tabela 3 – Especificações do Satélite CARTOSAT 2 Fonte: Geographic Information Management.

2.1.3 CARTOSAT 2A

Um esforço para reformar o satélite CARTOSAT 2 levou ao desenvolvimento de CARTOSAT 2A, uma versão militar do satélite existente, o mesmo foi projetado para monitorar os lançamentos de mísseis do Paquistão e da China, usando imagens de alta qualidade. A Índia é o segundo país da Ásia a ter essa capacidade, o primeiro país foi o Japão.

O satélite CARTOSAT 2A foi lançado do Centro Espacial Satish Dhawan (SDSC) em Sriharikota na Índia em 28 de abril de 2008, sendo o 13º satélite Indiano de Sensoriamento Remoto desenvolvido, lançado e mantido pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), e uma das três variantes da série CARTOSAT.

Esta nova versão do CARTOSAT foi lançada em um piggy-back do veículo de lançamento PSLV-C9, sendo que o propulsor de estado sólido, strap-on-motores da primeira fase foram eliminados nesta nova versão. A órbita do satélite é polar síncrona dom.

O CARTOSAT 2A foi lançado com sucesso para o espaço em 97,94° de inclinação do equador e a telemetria de dados foi recebida na estação da terra em 2

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de maio de 2008. O satélite CARTOSAT 2A pesa 690 kg e pode transferir dados a uma taxa de 105 Mbit/s após a compressão. A vida útil do satélite é de 5 anos.

. O CARTOSAT 2A também é equipado com uma câmera digitail mais superior às dos satélites CARTOSAT 1 e CARTOSAT 2. O satélite de sensoriamento remoto é avançado e robusto equipado com uma câmera pancromática (PAN). Ele pode capturar imagens pancromáticas dentro do espectro eletromagnético. A PAN do satélite oferece resolução espacial melhor que 1m e uma faixa de 9,6 km.

O sensor Radar de Israel de Abertura Sintética (SAR) foi instalado no CARTOSAT 2A para capturar imagens da terra através de nuvens e chuva.

O satélite CARTOSAT 2A é continuamente monitorado a partir do centro de controle de espaço em Bangalore, usando ISRO rastreamento de telemetria e estações de comando (ISTRAC) da rede em Bangalore, India, Lucknow, Maurício, Bearslake na Rússia, Biak na Indonésia e Svalbard, na Noruega.

A ISTRAC é equipada com processadores independentes que exibem dados em tempo real de missões de nave espacial individual. Off-line, os processadores são usados para gerenciar dados da nave espacial de análise, arquivamento e determinação de órbita.

Além da ISTRAC o monitoramento do satélite é realizado por meio da telemetria e monitoramento do sistema de comando (TTC). Os sistemas permitem que o TTC estação terrena mantenha o satélite em sua órbita, sem se desviar de seu caminho original.

A facilidade de controlar a comunicação na estação da terra fornece o compartilhamento de informações entre o espaço de centro de controle (SCC) e de outros centros espaço externo através de dados, voz e ligações TTC.

O National Remote Sensing Centre (NRSC) é responsável pela aquisição de dados, processamento de dados, e dados veiculação de satélites de sensoriamento remoto. É equipado com moderna infra-estrutura para análise de dados, avançado processamento de imagem digital (DIP) e com um laboratório de GIS.

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. O CARTOSAT 2A é altamente ágil, assim é controlada a direção de seu movimento para facilitar a criação de imagens de qualquer área com mais freqüência.

As aplicações as quais se destinam as imagens pancromáticas de 1 m de resolução do CARTOSAT 2A podem ser desenvolvidas até a escala 1:2.500, as imagens deste satélite podem ser utilizadas em:

¾ Uso em operações militares; ¾ Estudos urbanos;

¾ Sistemas de transporte;

¾ Planejamento, monitoramento e fiscalização de obras;

¾ Mapeamento de instalações pontuais até infra-estruturas completas e extensas;

¾ Uso e ocupação de solos; ¾ Cartografia sistemática;

¾ Levantamento e atualização para elaboração e manutenção de cadastral rural; ¾ Mapeamento de bacias hidrográficas de pequeno tamanho (micro bacias); ¾ Recursos oceânicos;

¾ Sistema de informação da terra (LIS) e sistema de informação geográfica (GIS).

Figura 3 – Satélite CARTOSAT 2A Fonte: Organização Indiana de Pesquisa Espacial.

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2.1.4 CARTOSAT 2B

O CARTOSAT 2B é o 17º satélite que foi lançado pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO). O satélite foi lançado em 12 de julho de 2010 no Satish Dhawan Space Centre (SDSC) SHAR, Sriharikota. O lançamento foi feito do PSLV-C15. O satélite está na órbita polar sícrona dom de 637km com uma inclinação orbital de 97,71°. O CARTOSAT 2B tem massa correspondente a 694kg e foi projetado para aumentar a detecção remota de serviços de dados para os usuários de imagens de múltiplas ponto da cena.

Figura 4 – Lançamento do foguete PCLV-C15 tendo a bordo o Satélite CARTOSAT 2B Fonte: Revista Spaceref.

O satélite acopla uma câmera state-of-the-art pancromática com resolução espacial menos de um metro semelhante a do CARTOSAT 2, a qual é capaz de adquirir uma imagem numa faixa de 9,6km com uma resolução de aproximadamente 0,8 metros.

O CARTOSAT 2B capta imagens de alta qualidade através do avançado sistema de sensoriamento remoto.

As imagens múltiplas cena local enviados pelo CARTOSAT 2B também são úteis para a aldeia quanto à avaliação de recursos e mapeamento cadastral do nível

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urbano, detalhada e planejamento de infra-estrutura e desenvolvimento, transporte, sistema de planejamento, elaboração de mapas de grande escala cartográfica, elaboração de desenvolvimento das bacias hidrográficas micro planos e acompanhamento de obras de desenvolvimento da aldeia. Outras aplicações do CARTOSAT 2B são no desenvolvimento de infra-estrutura urbana e rural e gestão, Sistema de Informação Geográfica (GIS) e outras áreas onde mapeamento detalhado é necessário.

2.1.5 CARTOSAT 3

Há pouca informação disponível a respeito deste satélite, porém as informações obtidas foram que seu lançamento estava previsto para 2011 pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial, no entanto, foi adiado para o ano de 2013. Sua órbita será sincronizada com o sol e não fugirá das características dos seus antecessores (CARTOSAT 1, 2, 2A e 2B) por carregar um sensor pancromático.

O CARTOSAT 3 está sendo desenvolvido e sua resolução espacial é de 0,3m em uma faixa de 15km.

O satélite será adequado para o mapeamento cadastral, infra-estrutura e análises. As imagens de alta resolução servirão também para o estudo da topografia, áreas urbanas, o desenvolvimento de DTM, run-off modelos expansão urbana, volume cobertura florestal / madeireira, mudança no uso da terra, etc.

Tabela 4 – Especificações do Satélite CARTOSAT 3 Fonte: Geoserve e Ceos

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2.2 Preços das Imagens dos Satélites CARTOSAT

Os valores representados abaixo foram disponibilizados pela empresa Engesat, a qual é uma empresa comercial privada brasileira que atua no fornecimento de imagens de sensoriamento remoto orbital da terra geradas por todos os satélites operacionais e comercialmente disponíveis.

Esta empresa disponibiliza alguns valores de imagens dos satélites da série CARTOSAT.

Tabela 5 – Preços das imagens dos satélites CARTOSAT. Fonte: Engesat.

As imagens programadas do CARTOSAT serão consideradas utilizáveis quando tiverem cobertura de nuvens abaixo de 20% na cena, sendo então neste caso automaticamente produzidas, entregues, faturadas e cobradas.

Figura 5 – Imagem Cartosat, pancromática, 2.5m de resolução, cidade do Rio de Janeiro – RJ. Fonte: Engesat.

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3 SATÉLITE ALOS

3.1 Histórico

O Advanced Land Observing Satellite (ALOS) foi lançado em 24 de janeiro de 2006 pela Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA), no centro espacial de Tanegashima no Japão a bordo do veículo espacial H-IIA 8 e entrou na fase operacional e fornecimento de dados ao público em 24 de outubro de 2006.

O satélite está em uma órbita circular heliossíncrona (satélites héliosíncronos são satélites de média e baixa órbita, com altitudes variando de 550 até 850km que orbitam com uma inclinação em relação ao equador de 97 a 98º), a aproximadamente 692km de altitude, com um período de revisita a um mesmo ponto do planeta de 46 dias. Este satélite foi projetado para ter uma vida útil de 3 a 5 anos.

Sua tecnologia é semelhante à desenvolvida nos seus antecessores, os satélites japoneses ADEOS e JERS-1. Ao ALOS foram incorporadas características necessárias aos satélites modernos de alta resolução como a grande velocidade, quanto à capacidade de tratamento dos dados e a precisão avançada na determinação de seu posicionamento espacial, já que possui sistema de controle de órbita e atitude baseadas em GPS de dupla freqüência e rastreador de estrelas.

O sistema foi desenvolvido prioritariamente para fomentar pesquisas científicas e aplicadas na área de sensoriamento remoto e prover o Japão e países da Ásia do Pacífico com dados cartográficos que pudessem oferecer subsídios ao estudo de temas ligados ao desenvolvimento sustentável, monitoramento de desastres naturais e recursos naturais.

Três sensores estão a bordo do satélite, o PRISM (Panchromatic Remote-Sensing Instrument for Stereo Mapping), o AVNIR-2 e o PALSAR (Phased Array type L-band Synthetic Aperture Radar).

Os dados captados pelo ALOS são redirecionados para o satélite geoestacionário (satélites que se encontram parados relativamente a um ponto fixo sobre a terra, geralmente sobre a linha do equador) DRTS, ou Kodama, que os transmite, então, para a estação de recepção no Japão, a uma taxa de 240Mbps.

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Em virtude do grande volume de dados produzidos, cerca de 1 TB por dia, a JAXA montou um esquema descentralizado de distribuição de dados, através dos chamados ALOS Data Nodes. Cada nó de distribuição é responsável pelo recebimento em fita, processamento e distribuição dos dados, em uma área de abrangência pré-definida. Assim, a Alaska Satellite Facility (ASF) e a National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos, ficaram responsáveis pelas Américas; a Agência Espacial Européia (ESA), pela Europa e África; a Geoscience Austrália, pela Oceania, e a JAXA pela Ásia.

Desde 25 de outubro de 2006 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a JAXA por meio da ASF firmaram um acordo para distribuição de imagens ALOS para órgãos dos governos federal, estadual e municipal, instituições de pesquisa e demais usuários não comerciais no Brasil, pois os baixíssimos custos das imagens ALOS permitiriam a aceleração do mapeamento do país, que deve ser constantemente atualizado em função de sua dinâmica social, econômica e ambiental, permitindo um planejamento mais eficiente das ações do governo brasileiro.

Em 12 de maio de 2011, após três semanas de intensas tentativas por parte da JAXA para se comunicar com o satélite ALOS, seguindo os problemas ocorridos nos sistemas de geração de energia em 22 de abril de 2011 a anomalia foi detectada através de dados transmitidos pelo satélite de retransmissão de dados de teste “Kodama”. Por isso após 5 anos em operação, foi enviado um comando para o satélite ALOS, também chamado de “Daichi” para desligar o seu transmissor de bordo e o sistema de baterias. Assim, o satélite encerrou a sua vida útil, pois ficou impossível restabelecer a comunicação com o mesmo. Devido a este fato, o IBGE instituição que utilizava as imagens do ALOS anunciou em seu portal, que terminou o acordo de cooperação científica estabelecido com a JAXA.

Contudo, a JAXA informou que o substituto do satélite, está previsto para ser lançado somente em 2014.

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Tabela com as características técnicas do satélite ALOS.

Tabela 6 – Especificações do Satélite ALOS. Fonte: EMBRAPA.

3.3 Sensores

O Satélite ALOS carrega a bordo 3 sensores o radiômetro PRISM (Panchromatic Remote-Sensing Instrument for Stereo Mapping) capaz de adquirir imagens tridimensionais detalhadas da superfície terrestre; o radiômetro multiespectral AVNIR-2 (Advanced Visible and Near Infrared Radiometer-type 2) voltado aos mapeamentos de uso e cobertura das terras e o sensor de microondas PALSAR (Phased Array type L-band Synthetic Aperture Radar) capaz de obter imagens diurnas e noturnas sem a interferência de nebulosidade.

3.3.1 PRISM (Panchromatic Remote-sensing Instrument for Stereo Mapping)

O PRISM é um radiômetro pancromático com resolução espacial de 2,5m. Possui três sistemas ópticos independentes, muito importantes na produção de pares estereoscópicos, com capacidade de obter dados no nadir e em visadas

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laterais de 24°. Os telescópios possuem espelhos e câmeras CCD e obtém cenas de 70 km ou 35 km de acordo com a inclinação do sensor. O PRISM fornece dados com alta acurácia (1 metro) para elaboração de modelos digitais de superfície e de levantamentos topográficos com escala de até 1:25.000.

Devido ao caráter não comercial do sistema ALOS, o sensor PRISM pode ser interessante aos países que ainda não possuem levantamentos sistemáticos do relevo, como o caso do Brasil. O sensor não consegue obter imagens em áreas localizadas acima de 82º de latitudes Norte ou Sul.

Tabela 7 – Especificações do sensor PRISM. Fonte: EMBRAPA.

3.3.2 AVNIR-2 (Advanced Visible and Near Infrared Radiometer type 2)

O AVNIR-2 é um radiômetro que opera nas regiões do visível e infravermelho, desenvolvido para mapeamentos temáticos em escalas de até 1:50.000, com ênfase em uso e cobertura das terras. É o sucessor do AVNIR que esteve a bordo do satélite ADEOS-I, lançado em 1996. A área de imageamento do sensor limita-se aos paralelos de 88,4º de latitude Norte e 88,5º de latitude Sul.

Tabela 8 – Especificações do sensor AVNIR-2. Fonte: EMBRAPA.

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3.3.3 PALSAR (Phased Array L-band Synthetic Aperture Radar)

O PALSAR é um radar de abertura sintética que opera na Banda L, capaz de obter imagens diurnas ou noturnas e em quaisquer condições atmosféricas. Foi desenvolvido pela Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA) em parceria com a Japan Resources Observation System Organization (JAROS) e derivou-se da tecnologia que esteve a bordo do satélite JERS-1. O sensor não consegue obter imagens em áreas localizadas acima de 87,8° de latitude Norte e 75,9° de latitude Sul.

Tabela 9 – Especificações do sensor PALSAR. Fonte: EMBRAPA.

3.4 Áreas de Aplicação do ALOS

O ALOS tem como objetivo, além da cartografia, observar os efeitos de grandes desastres naturais e funcionar como um provedor de dados para pesquisas. Ele também se aplica para mapeamento, planejamento urbano, agricultura, estudos florestais, estudos costeiros, monitoramento de enchentes, estudos geológicos, simulações 3D, vegetação, recursos renováveis e não renováveis, imagear regiões de densa cobertura de nuvens, entre outras aplicações.

No Brasil as imagens do ALOS se aplicam na melhora do conhecimento do território, através da distribuição de imagens realizadas pelo IBGE para a produção de cartas e mapas atualizados de todo o território nacional. Por esta razão, a capacidade do ALOS de obter imagens com qualidade geométrica superior, sem

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necessidade do uso de pontos no terreno para escala até 1:25.000, parece ser feita sob medida para as necessidades do Brasil, e em particular na Amazônia, onde o acesso se manifestam em toda sua plenitude.

O desmatamento ilegal e predatório na Floresta Amazônica pode estar com os dias contados. O AlOS, capaz de visualizar o solo mesmo em dias em que o céu está coberto por nuvens espessas, fiscaliza detalhadamente toda a região em busca de indícios de desmatamento e notifica as autoridades competentes em tempo real. A ação, fruto de uma parceria entre o Centro de Sensoriamento Remoto do IBAMA (CSR), o Departamento de Polícia Federal (DPF), a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e a Agência Espacial Japonesa (JAXA), é uma das responsáveis pela redução na taxa de desmatamento de 72% nos meses de outubro e novembro de 2009, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Na prática, o combate ao desmatamento funciona da seguinte maneira as imagens são processadas pelos satélites, as quais são monitoradas pelo IBAMA, que analisa a situação e, dependendo do caso, aplica multas ao infrator ou o denuncia à Polícia Federal.

Figura 6 – Exploração predatória de madeira na Amazônia Fonte: EMBRAPA.

O Brasil tem a melhor tecnologia para a detecção de desmatamentos em florestas tropicais do mundo e existem várias iniciativas em andamento no País para a continuidade do monitoramento por satélites com uso de radares.

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3.5 Preços das Imagens do Satélite ALOS

Os valores representados abaixo das imagens do satélite ALOS foram cedidos pela empresa Engesat com atualização em 20 de julho de 2011.

Tabela 10 – Preços de imagens do satélite ALOS. Fonte: Engesat.

De acordo com a Engesat os valores irão depender se a área a recobrir é de uma cena AVNIR-2 (70 por 70 km) ou de uma cena PRISM (35 por 35 km).

Já a aquisição das imagens pelo IBGE tem um custo associado equivalente a aproximadamente 125 dólares por imagem captada pelo satélite, independente do tipo e da cena adquirida. Esse custo está associado à distribuição da imagem, que já prevê o uso científico e não comercial das cenas. O custo é extremamente reduzido.

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4 CONCLUSÕES

Este trabalho de pesquisa foi importante para conhecer algumas características sobre os satélites da série CARTOSAT e o ALOS. Satélites que possuem alta tecnologia e qualidade do produto final e que desta forma proporcionam diversos benefícios para a população em geral. Os satélites indianos CARTOSAT possuem boa resolução espacial o que os tornam capazes de gerar modelos digitais de elevação com elevada precisão, eles geram imagens com alta qualidade para auxiliar o desenvolvimento cartográfico e urbano.

É notável que o satélite ALOS seja composto por três sensores (PRISM, AVNIR-2 e PALSAR), operando também dia e noite coletando dados, embora o seu período de revisita corresponda a 46 dias, este ganha pelo baixo custo das imagens fornecidas ao usuário.

Enfim é perceptível que não existem satélites melhores ou piores, cada um possui uma finalidade que atende a um determinado ramo, portanto cabe ao profissional escolher qual a imagem de satélite, vai melhor atendê-lo, no aspecto de precisão, qualidade ou custo benefício.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação.

Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: Informação e documentação: sumário: apresentação.

Rio de Janeiro, 2003.

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Referências

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