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ORGANIZAÇÃO DO ANO LECTIVO Relatório Nacional

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Academic year: 2021

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Inspecção-Geral da Educação

Coordenação: Lurdes Navarro e Paulo Valada

Elaboração: Eduardo Bação, Lurdes Navarro e Paulo Valada

Edição

© Inspecção-Geral da Educação (IGE) Av. 24 de Julho, 136 – 1350-346 Lisboa Telf.: 213 924 800

Fax: 213 924 960 e-mail: ige@ige.min-edu.pt URL: http://www.ige.min-edu.pt

Coordenação editorial, copidesque, revisão tipográfica e divulgação

IGE – Divisão de Comunicação e Documentação (DCD)

Design Gráfico

Etelvina Monteiro

Fotografias

Henrique Bento

(Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular)

Pré-impressão, impressão e acabamento

Europress – Editores e Distribuidores de Publicações, Lda. Julho 2010

Tiragem

750 exemplares

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SUMÁRIO EXECUTIVO 9

Objectivos da intervenção 9 Caracterização da amostra 9 Resultados da intervenção 9

Aprovação do plano de ocupação dos tempos escolares 9 Actividades educativas de substituição 9

Educação pré-escolar 9 1.º ciclo do ensino básico 10 2.º ciclo do ensino básico 11 3.º ciclo do ensino básico 11 Ensino secundário 12

Cursos profissionais de nível secundário de educação 12 Cursos de educação e formação 13

Cursos de educação e formação de adultos do ensino básico 13 Cursos de educação e formação de adultos do ensino secundário 13 Formações modulares 13

Acções de curta duração S@ber+ 13

Serviço docente nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, no ensino secundário e na educação especial 13 Situações de mobilidade docente 14

PARTE I – INTRODUÇÃO 17

Objectivos da intervenção 17 Estrutura do relatório 17 Amostra seleccionada 18 Metodologia da actividade 20

PARTE II – RESULTADOS DA INTERVENÇÃO INSPECTIVA 23

01. Plano anual de ocupação dos tempos escolares dos alunos 23

Aprovação do plano de ocupação dos tempos escolares 24

Permuta da actividade lectiva entre docentes nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário 24 Leccionação da aula correspondente por um docente com formação adequada nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário 25

Actividades educativas de substituição 25

02. Critérios de constituição de turmas para os ensinos básico e secundário 28

03. Organização e funcionamento dos jardins-de-infância e das escolas do 1.º ciclo do ensino básico 30

Jardins-de-infância 30

Escolas do 1.º ciclo do ensino básico 32

04. Organização dos horários dos alunos e do pessoal docente dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, do ensino secundário e da educação especial 37

Horários dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário 37

Serviço docente dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, do ensino secundário e da educação especial 39

05. Crianças e alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente 41

Crianças/alunos com necessidades educativas especiais 41

Tipos de incapacidade (limitações) nas funções ou estruturas do corpo das crianças/alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente 42

Apoio a crianças/alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente 42

Análise dos processos individuais das crianças/alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente 43

06. Constituição de grupos/turmas 44

Educação pré-escolar 44 1.º ciclo do ensino básico 47 2.º e 3.º ciclos do ensino básico 51 Ensino secundário 55

Cursos profissionais de nível secundário de educação 57 Cursos de educação e formação 58

Cursos de educação e formação de adultos 61

Cursos de educação e formação de adultos de nível básico e níveis 1 e 2 de formação 61 Cursos de educação e formação de adultos de nível secundário 63

Formações modulares 64

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do ensino secundário e da educação especial 76

09. Conformidade normativa – situações de incumprimento 80 10. Situações a melhorar e recomendações 84

PARTE III – ANÁLISE EVOLUTIVA DE ALGUNS INDICADORES 89 Educação pré-escolar 89

1.º ciclo do ensino básico 91 2.º e 3.º ciclos do ensino básico 93 Ensino secundário 94

Crianças e alunos com necessidades educativas especiais 96 Ofertas formativas 97

ANEXOS 101

Anexo 01 – Plano de ocupação dos tempos escolares 101

Anexo 02 – Critérios de constituição de turmas para os ensinos básico e secundário 104 Anexo 03 – Organização dos jardins-de-infância e das escolas do 1.º ciclo do ensino básico 105

Anexo 04 – Organização dos horários dos alunos e do pessoal docente dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, do ensino secundário e da educação especial 111

Anexo 05 – Crianças e alunos com necessidades educativas especiais 114 Anexo 06 – Educação pré-escolar 118

Anexo 07 – 1.º ciclo do ensino básico 120 Anexo 08 – 2.º e 3.º ciclos do ensino básico 122 Anexo 09 – Ensino secundário 123

Anexo 10 – Ofertas formativas 127

Anexo 11 – Serviço docente dos educadores de infância e dos professores dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, do ensino secundário e da educação especial 132

Anexo 12 – Mobilidade do pessoal docente da educação pré-escolar, do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, do ensino secundário e da educação especial 140

Anexo 13 – Conformidade normativa – situações de incumprimento 149

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5

O presente relatório constitui uma fonte de infor-mação sólida e uma oportunidade de reflexão sobre a forma como as escolas e os serviços do Ministério da Educação organizam o serviço educa-tivo, proporcionando aos alunos melhores condições de aprendizagem.

A exemplo dos anos anteriores, a actividade de controlo Organização do Ano Lectivo persegue objectivos relativos à legalidade, à equidade, à efi-ciência e à eficácia da gestão dos recursos nas organizações escolares. As áreas que carecem de correcção são identificadas e essa informação é imediatamente comunicada à direcção da escola e à respectiva direcção regional de educação, visando a intervenção atempada e adequada.

No ano lectivo 2009-2010, a actividade foi desen-volvida numa amostra representativa, constituída por 289 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, frequentados por 323 395 crianças da educação pré-escolar e alunos dos ensinos básico e secundário e onde trabalhavam 35 866 docentes. A informação agora apresentada não tem por base dados estatísticos previamente fornecidos, antes resulta da recolha efectuada nos agrupamentos e nas escolas.

A representatividade da amostra, a continuidade das metodologias de trabalho e a constância da quase totalidade dos campos de observação nos instru-mentos de apoio à acção inspectiva autorizam a comparação da informação recolhida nos anos em referência. Assim, os indicadores considerados nos

diferentes capítulos, alguns com valores que abrangem um período de sete anos lectivos, de 2003-2004 a 2009-2010, permitem leituras consis-tentes das consequências dos investimentos e das soluções organizativas que foram desenvolvidas neste período de tempo.

Numa perspectiva diacrónica, realça-se a estabilidade de resultados ou as alterações em campos limitados que ocorreram nos últimos quatro anos. De forma específica, face aos anos anteriores, o ano lectivo 2009-2010 confirma a estabilidade dos valores, com ligeiras oscilações na maior parte dos indicadores. Assim, é possível destacar aspectos de evolução positiva nos últimos anos:

Na área da organização das actividades escolares, a consolidação da escola a tempo inteiro na educação pré-escolar e no 1.º ciclo do ensino básico, designadamente, através do alargamento dos horários de funcionamento das escolas e da redução significativa do número de escolas com frequência diminuta no 1.º ciclo do ensino básico. Em termos gerais, verificou-se uma melhoria acentuada na qualidade da organização dos tempos lectivos. No ensino secundário, verificou-se a expansão dos cursos profissionais e assistiu-se a um incremento considerável da percentagem de alunos matriculados nestes cursos.

Na área social e de apoio à família – na edu-cação pré-escolar e no 1.º ciclo do ensino bási-co –, verifibási-cou-se um aumento progressivo do acesso a refeições na escola e o crescimento da oferta de actividades de animação e apoio à família e das actividades de enriquecimento curricular, evolução que acompanhou o alarga-mento do horário de funcionaalarga-mento das escolas do 1.º CEB e dos jardins-de-infância.

(7)

Entre os aspectos que continuam a merecer maior acompanhamento, salientamos:

■ Na educação pré-escolar, a existência de jardins-de-infância que ainda não asseguram um horário alargado de funcionamento e a insuficiente resposta à procura na rede pública de educação pré-escolar (sobretudo para crianças com três anos), nomeadamente nas regiões do Algarve e de Lisboa e Vale do Tejo; ■ No 1.º ciclo, a permanência, ainda que residual, de escolas a funcionar em regime duplo, devido à escassez de instalações, e a manutenção de estabelecimentos de reduzida dimensão; ■ No serviço docente dos 2.º e 3.º ciclos e do

ensino secundário, há condições para melhorar a eficiência da gestão dos recursos humanos, nomeadamente no que se refere aos investi-mentos na melhoria/reforço das aprendizagens dos alunos.

Esperamos que esta actividade da IGE no campo da gestão dos recursos nas organizações escolares contribua para a melhoria do serviço público de educação.

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(9)
(10)

9

OBJECTIVOS DA INTERVENÇÃO

A actividade Organização do Ano Lectivo, inserida no Plano de Actividades 2009 da IGE como actividade de controlo, teve por finalidade verificar a conformidade legal do funcionamento de organizações escolares e identificar factores condicionantes da sua eficiência e eficácia, considerando os meios disponíveis e os serviços prestados.

Os objectivos desta actividade foram os seguintes: ■ Analisar a organização dos agrupamentos e das escolas não agrupadas numa perspectiva de equidade do serviço público de educação; ■ Verificar a conformidade normativa na

orga-nização, na gestão e na eficiência do sistema escolar;

■ Avaliar o grau de racionalidade e de eficácia na gestão dos recursos humanos;

■ Garantir boas práticas na gestão de recursos.

CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

A intervenção foi realizada numa amostra represen-tativa de 289 A/E* do Continente (25,1%). A selecção

obedeceu a critérios de distribuição proporcional pelos territórios de cada Direcção Regional de Educação, combinados com os IDS por concelho.

Estes 289 A/E eram frequentados por 323 395 cri-anças/alunos da educação pré-escolar, do ensino regular e dos cursos de formação profissionali-zantes, 214 formandos das acções de curta duração S@ber+ e 2755 das formações modulares.

RESULTADOS DA INTERVENÇÃO

Aprovação do plano de ocupação dos tempos escolares

O plano de ocupação dos tempos escolares dos alunos foi aprovado em 272 (94,1%) A/E.

Em casos de ausência temporária do professor titular de turma/disciplina, a permuta da actividade lectiva entre docentes ocorreu com maior incidência no ES (97,6%), assim como a leccionação da aula correspondente por um docente com formação adequada (88,6%).

Actividades educativas de substituição As actividades educativas de substituição mais frequentes, constantes dos planos de ocupação dos tempos escolares dos alunos, eram as seguintes: sala de estudo, clubes temáticos, TIC, leitura orientada, pesquisa bibliográfica, actividades desportivas orientadas, actividades oficinais, musicais e teatrais.

■ E

DUCAÇÃO PRÉ

-

ESCOLAR

A EPE funcionava em 202 dos 289 A/E interven-cionados, abrangendo 1026 JI da rede pública. Frequentavam estes JI 31 034 crianças, distribuídas por 1620 grupos.

Definiram a data de início e termo das activi-dades educativas 1003 (97,8%) JI, atingindo 100% na DREA.

■ Encerravam depois das 17h30, 657 (64,0%) JI, destacando-se a DREAlg, onde todos encer-ravam após as 17h30. Estavam abertos mais de 8 horas diárias 831 (81,0%) JI.

■ Organizaram actividades de animação e de apoio à família 948 (92,4%) JI, sendo estas actividades frequentadas por 21 566 (69,5%) crianças.

S

UMÁRIO

E

XECUTIVO

(11)

■ Tinham acesso a serviço de almoços nos refeitórios dos próprios estabelecimentos, de outras escolas integradas no agrupamento ou de outras entidades 996 (97,1%) JI. Este serviço era utilizado por 24 925 (80,3%) crianças.

■ Os JI com uma frequência até 15 crianças situavam-se, predominantemente, na DREC e na DREA.

■ Das crianças inscritas com três anos, nos JI da rede pública, foram admitidas 74,3%, atingindo este valor 95,1% e 93,0% na DREA e na DREC, respectivamente. No que diz respeito às crianças inscritas com quatro, cinco ou mais anos, a taxa global de admissão foi mais elevada em todas as DRE, destacando-se a DREA com 100%. A principal causa para a não admissão das crianças foi a falta de capacidade das instalações.

■ Nos 1026 JI, foram constituídos 1620 grupos de crianças, 995 (61,4%) dos quais tinham entre 20 e 25 crianças, valor que atingiu 95,5% na DREAlg e 76,1% na DRELVT.Tinham um número inferior a 16 crianças 393 (24,2%) grupos.

■ Estavam identificadas com necessidades edu-cativas especiais de carácter permanente 619 crianças, correspondendo a 2,0% do total de crianças admitidas. Beneficiavam de apoio por parte de um docente da educação especial 575 (92,9%) crianças.

■ Dos 2042 educadores de infância que exerciam funções nos A/E com educação pré-escolar, 1616 (79,1%) eram titulares de grupo, 12 (0,6%) desempenhavam funções de Direc-tor/Subdirector, 89 (4,4%) de Adjuntos, 16 (0,8%) de Assessores da Direcção e 143 (7,0%) de Coordenadores de Estabelecimen-to/Coordenadores de Departamento Cur-ricular. Estavam em situação de atestado médico/doença prolongada por decisão de Junta Médica ou de licença de materni-dade/paternidade 79 (3,9%) educadores de infância e 7 (0,3%) encontravam-se colocados administrativamente (na bolsa de recruta-mento a aguardar colocação). Por se

encon-■ O rácio criança/educador em funções nos JI abrangidos pela amostra era de 15.

■ Em média, a cada educador titular de grupo foram atribuídas 1,6 horas da componente não lectiva de estabelecimento para super-visão pedagógica e acompanhamento das actividades de animação e apoio à família. ■ Foram contratados para o desenvolvimento

das actividades de animação e apoio à família 1316 animadores, 84,0% dos quais pelas autarquias.

■ 1.º

CICLO DO ENSINO BÁSICO O 1.º CEB funcionava em 206 dos 289 A/E interven-cionados, abrangendo 1213 escolas da rede pública. Frequentavam estes estabelecimentos 98 007 alunos do ensino regular, distribuídos por 5108 turmas.

Funcionavam em regime normal 1056 (87,1%) escolas. Os valores mais elevados registaram--se na DREA (100%) e na DRELVT (93,8%).As restantes escolas funcionavam em regime duplo ou misto, devido, quase exclusivamente, à escassez de instalações.

■ Das 5108 turmas do 1.º CEB, 4042 (79,1%) estavam a funcionar em regime normal e 1066 (20,9%) em regime duplo, sendo que 99,6% funcionavam neste regime devido à escassez de instalações.

■ Das 1056 escolas com funcionamento em regime normal, 1014 (99,0%) estavam abertas 8 ou mais horas diárias.

■ Ofereciam actividades de enriquecimento curricular 1191 (98,2%) escolas. As activi-dades com maior oferta eram Apoio ao Estudo (98,2%), Inglês (97,4%) e Actividades Desportivas (96,5%). Em 89,0% dos A/E estas actividades estavam a ser organizadas em parceria entre a direcção e as autarquias. ■ Organizaram actividades no âmbito da

com-ponente de apoio à família 506 (41,7%) escolas, sendo estas actividades frequentadas por 21 442 (21,9%) alunos.

(12)

11

■ Das 1213 escolas intervencionadas, 2,7% tinham 10 ou menos alunos, com particular relevo para a DREA (6,3%). Eram frequen-tadas por mais de 100 alunos 26,5% das escolas, tendo esta situação maior expressão, em termos relativos, na DREAlg (58,6%) e na DRELVT (38,4%).

■ Tinham definido critérios pedagógicos para a constituição das turmas 187 (90,8%) A/E. ■ Eram constituídas por 24 alunos 17,9% das

turmas, sendo a percentagem na DREC apenas de 7,1%. As turmas com mais de 24 alunos representavam 2,8%. As restantes (79,3%) tinham menos de 24 alunos.

■ Estavam identificados com necessidades educativas especiais de carácter permanente 3576 alunos do 1.º CEB, correspondendo a 3,6% do total dos alunos matriculados. Beneficiavam de apoio educativo, por docentes da educação especial, 3363 (94%) alunos.

Dos 6671 docentes que exerciam funções nas escolas do 1.º CEB, 5109 (76,6%) eram titulares de turma. Dos restantes, 61 (0,9%) desempenhavam a função de Direc-tor/Subdirector, 129 (1,9%) de Adjuntos, 38 (0,6%) de Assessores e 380 (5,7%) de Coordenadores de Estabelecimento/Depar-tamento Curricular; 273 (4,1%) estavam em situação de atestado médico/doença prolon-gada por decisão de Junta Médica ou de licença de maternidade/paternidade; 288 (4,3%) exerciam funções no apoio educativo, em regime de exclusividade; 33 (0,5%) encon-travam-se colocados administrativamente, na bolsa de recrutamento a aguardar colocação; os restantes 360 (5,4%) encontravam-se noutras situações.

O rácio aluno/professor era de 14 alunos, variando este valor entre 13 na DREA e na DREC e 16 na DRELVT; a média de alunos por turma era de 19, com valores médios que variavam entre 16 na DREC e 21 na DRELVT. ■ Dos 6671 professores, 1408 (21,1%) tinham a categoria de professor titular, dos quais 862 (61,2%) com turma atribuída.

■ Em média, a cada professor titular de turma foram atribuídas 1,8 horas da componente não lectiva de estabelecimento para super-visão pedagógica e acompanhamento das actividades de enriquecimento curricular.

■ Foram contratados 3321 profissionais para o desenvolvimento das actividades de enrique-cimento curricular, sendo que 84,0% o foram pelas autarquias.

■ 2.º

CICLO DO ENSINO BÁSICO O 2.º CEB funcionava em 203 dos 289 A/E inter-vencionados. Frequentavam estes estabelecimentos 50 676 alunos do ensino regular, distribuídos por 2288 turmas.

■ Tinham definido critérios pedagógicos para a constituição das turmas 190 (93,6%) A/E. ■ A maioria das turmas tinha os seus horários

correctamente elaborados: 91,8% não apre-sentavam aulas isoladas e/ou furos; em 98,0% estava legalmente definido o intervalo para almoço; 97,7% das aulas de Educação Física respeitavam o intervalo pós-refeição deter-minado; 92,5% não ultrapassavam, no mesmo dia, os 4 blocos de aulas; 92,0% não apresen-tavam a disciplina de Língua Estrangeira a ser leccionada em dias consecutivos; 93,5% não apresentavam a disciplina de Educação Física a ser leccionada em dias seguidos; e 99,7% incluíam, nos dias com maior número de aulas, disciplinas de carácter mais teórico e de carácter mais prático.

■ Quanto ao número de alunos por turma, 925 (40,4%) turmas tinham entre 24 e 28 alunos, 970 (42,4%) tinham de 19 a 23 alunos e 363 (15,9%) tinham menos de 19 alunos. As tur-mas com mais de 28 alunos eram residuais: 30 (1,3%). O número médio de alunos por turma era de 21 em ambos os anos de escolaridade do 2.º CEB.

■ Estavam identificados com necessidades educativas especiais de carácter permanente 2374 alunos do 2.º CEB, correspondendo a 4,7% do total dos alunos matriculados. Beneficiavam de apoio educativo, por parte de um docente da educação especial, 93,4% dos alunos referenciados.

■ 3.º

CICLO DO ENSINO BÁSICO O 3.º CEB funcionava em 268 dos 289 A/E inter-vencionados. Frequentavam estes estabelecimentos 69 716 alunos do ensino regular, distribuídos por 3160 turmas.

■ Tinham definido critérios para a constituição das turmas 249 (92,9%) A/E.

(13)

■ A maioria das turmas tinha os seus horários correctamente elaborados: 93,6% não tinham aulas isoladas e/ou furos; em 97,3% das turmas estava legalmente definido o intervalo para almoço; 97,5% das aulas de Educação Física respeitavam o intervalo pós-refeição determi-nado; 84,8% dos horários não ultrapassavam, no mesmo dia, os 4 blocos de aulas; 87,4% não apresentavam as disciplinas de Língua Estrangeira a serem leccionadas no mesmo dia; 93,8% não apresentavam a disciplina de Educação Física a ser leccionada em dias segui-dos; e 99,6% incluíam, nos dias com maior número de aulas, disciplinas de carácter mais teórico e de carácter mais prático.

■ Quanto ao número de alunos por turma, tinham entre 24 e 28 alunos 1253 (39,7%) turmas, 1225 (38,8%) tinham de 19 a 23 alunos e 604 (19,1%) tinham menos de 19 alunos. As turmas com mais de 28 alunos eram residuais: 78 (2,4%). O número médio de alunos por turma era de 22 no 7.º ano e de 21 nos 8.º e 9.º anos.

■ Estavam identificados com necessidades educativas especiais de carácter permanente 2483 alunos, correspondendo a 3,6% do total dos alunos matriculados. Beneficiavam de apoio educativo, por parte de um docente da edu-cação especial, 87,3% dos alunos identificados.

■ E

NSINO SECUNDÁRIO

O ES funcionava em 123 dos 289 A/E interven-cionados, sendo frequentado por 44 551 alunos do ensino regular, distribuídos por 1963 turmas.

■ Dos 123 A/E, 87,0% tinham definido critérios para a constituição das turmas.

■ A maioria das turmas do ensino secundário tinha os seus horários correctamente elabo-rados: em 98,4% estava legalmente definido o intervalo para almoço; 97,8% das aulas de Educação Física respeitavam o intervalo pós--refeição determinado.

Das 1855 turmas dos cursos

científico-cursos científico-humanísticos, tendo sido constituídas 1855 turmas. Os restantes 2243 (5,0%) alunos frequentavam os cursos tec-nológicos, tendo sido constituídas 108 turmas. ■ Nos cursos científico-humanísticos, 802 turmas (43,2%) tinham entre 24 a 28 alunos; nos cursos tecnológicos, apenas 21 turmas (19,4%) tinham esta dimensão.

Nos cursos científico-humanísticos, 178 turmas (9,6%) tinham mais de 28 alunos; na maioria das situações a sua constituição impôs-se por continuidade e/ou por outras razões justifi-cadas. Nos cursos tecnológicos só existiam 5 (4,6%) turmas com esta dimensão.

■ As turmas com menos de 15 alunos eram 131 (7,1%) nos cursos científico-humanísticos e 21 (19,4%) nos cursos tecnológicos.

■ A média global de alunos por turma era de 22 nos cursos científico-humanísticos e de 21 nos cursos tecnológicos. Os valores médios diminuíam do 10.º ano para o 12.º ano, de 23 para 20 nos cursos científico-humanísticos e de 27 para 19 nos cursos tecnológicos. ■ Estavam identificados com necessidades

educativas especiais de carácter permanente 483 alunos, correspondendo a 1,1% do total dos alunos da amostra matriculados no ensino secundário. Beneficiavam de apoio educativo, por parte de um docente da educação especial, 68,1% dos alunos referenciados.

■ C

URSOS PROFISSIONAIS

DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

Os cursos profissionais de nível secundário fun-cionavam em 117 A/E dos 289 que constituem a amostra. Frequentavam estes cursos 12 997 alunos, distribuídos por 780 turmas.

No 10.º ano estavam matriculados 5522 (42,5%) alunos, distribuídos por 274 turmas, das quais 65,7% tinham entre 18 e 23 alunos; no 11.º ano, o n.º de alunos era de 4292

(14)

13

■ C

URSOS DE EDUCAÇÃO

E FORMAÇÃO

Os CEF profissionalmente qualificantes fun-cionavam em 206 dos 289 A/E intervencionados. Estavam matriculados nestes cursos 6582 alunos, distribuídos por 503 turmas, das quais 84,1% tinham entre 10 e 20 alunos.

■ Nos cursos do tipo 1 estavam inscritos 158 alunos, correspondendo a 2,4% do total de matriculados nos CEF; nos cursos do tipo 2, este n.º era de 5253 alunos (79,8%); nos cursos do tipo 3, de 1057 alunos (16,1%); nos cursos do tipo 5, de 16 alunos (0,2%); nos cursos do tipo 6, de 98 alunos (1,5%).

■ C

URSOS DE EDUCAÇÃO

E FORMAÇÃO DE ADULTOS DO ENSINO BÁSICO

Os EFA do ensino básico funcionavam em 97 dos 289 A/E intervencionados. Frequentavam estes estabelecimentos 3242 formandos, distribuídos por 204 turmas.

■ Nos cursos de nível básico 1 estavam inscritos 316 formandos, integrados em 22 turmas; nos cursos de nível básico 2, este n.º ascendia a 419 formandos, distribuídos por 29 turmas; nos cursos de nível básico 1+2: 57 formandos, em 3 turmas; nos cursos de nível básico 3: 1857 formandos, em 134 turmas; nos cursos de nível básico 2+3: 129 formandos, em 8 turmas; nos cursos de percurso flexível a partir de processo de RVCC: 464 formandos, em 8 turmas.

■ Do total de formandos que frequentavam estes cursos, 2698 (83,2%) tinham por objec-tivo obter unicamente a certificação escolar e 544 visavam obter (16,8%) uma dupla certi-ficação: escolar e profissional.

■ C

URSOS DE EDUCAÇÃO

E FORMAÇÃO DE ADULTOS DO ENSINO SECUNDÁRIO

Os EFA do ensino secundário funcionavam em 110 dos 289 A/E intervencionados. Frequentavam estes cursos 6590 formandos, tendo sido distribuídos por 394 turmas.

■ Nos cursos de S3-tipo A, estavam inscritos 5145 formandos, integrados em 316 turmas;

nos de S3-tipo B, este n.º ascendia a 477 formandos, distribuídos por 30 turmas; nos de S3-tipo C, 372 formandos, em 25 turmas; e nos cursos de percurso flexível a partir de processo RVCC, 596 formandos, em 23 turmas.

Do total de formandos que frequentavam estes cursos, 5111 (77,6%) tinham por objec-tivo obter unicamente a certificação escolar e 1479 visavam obter (22,4%) uma dupla certificação: escolar e profissional.

■ F

ORMAÇÕES MODULARES

As formações modulares funcionavam em 34 dos 289 A/E intervencionados. Frequentavam estas for-mações 2755 formandos: 1498 (54,4%) de nível básico, distribuídos por 79 grupos; 1096 (39,8%) de nível secundário, integrados em 60 grupos; 161 (5,8%) de nível pós-secundário, integrados em 9 grupos.

■ A

CÇÕES DE CURTA DURAÇÃO

S@BER+

As acções de curta duração S@ber+ funcionavam em 5 dos 289 A/E intervencionados. Frequentavam estas acções 214 formandos: 114 (53,3%) de inici-ação, distribuídos por 7 grupos; 55 (25,7%) de aprofundamento, integrados em 3 grupos; 45 (21,0%) de consolidação, constituindo 4 grupos.

■ S

ERVIÇO DOCENTE NOS

2.º E

3.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO,

NO ENSINO SECUNDÁRIO E NA EDUCAÇÃO ESPECIAL ■ Nos 289 A/E intervencionados, tinham sido

constituídos 25 837 horários de docentes dos 2.º e 3.º CEB, do ES e da EE, correspon-dendo a 542 811 tempos lectivos.

■ Do total de tempos docentes, 411 001 (75,7%) eram efectivamente lectivos; destes, 390 929 (95,1%) eram diurnos e 20 072 (4,9%) nocturnos.

Dos 25 837 horários de docentes, 23 953 eram completos (92,7%), os restantes 1884 (7,3%) eram incompletos.

■ Dos 542 811 tempos lectivos, 131 810 (24,3%) eram de redução e tinham a seguinte 2Reconhecimento, validação e certificação de competências.

(15)

natureza: idade e tempo de serviço, ao abrigo do art.º 79.º ECD (42,9%); direcção de turma do ensino diurno (12,9%); exercício de cargos de administração e gestão (14,1%); exercício de actividades no âmbito do crédito de horas atribuído aos A/E (8,1%); responsáveis pelos grupos/equipas no âmbito do Desporto Escolar (4,0%); acompanhamento de estágios (0,2%); e exercício de outros cargos/funções (17,8%).

■ As 56 579 horas de redução da componente lectiva de que os professores dos 2.º e 3.º CEB, ES e da EE beneficiavam nos termos do n.º 1 do art.º 79.º do ECD eram utilizadas: 24 926 (44,1%) para acompanhamento de alunos; 5185 (9,2%) para coordenação dos departamentos curriculares; 1684 (3,0%) para avaliação de desempenho dos docentes; 24 784 (43,7%) para outras actividades.

■ Os 10 616 tempos do crédito atribuído aos A/E foram utilizados em: 1077 (10,1%) avalia-ção do desempenho do pessoal docente; 1830 (17,2%) actividades de coordenação dos departamentos curriculares; 3710 (34,9%) actividades de apoio educativo; 3999 (37,8%) outras actividades de coordenação.

■ A componente não lectiva dos 25 837 pro-fessores dos 2.º e 3.º CEB, do ES e da EE totalizava 323 823 tempos semanais, dos quais 262 713 (81,1%) eram utilizados em tra-balho individual e reuniões e 61 110 (18,9%) em trabalho ao nível do estabelecimento de ensino.

■ No total dos 25 837 horários de docentes, 1884 (7,3%) tinham uma componente lectiva e equiparada a lectiva inferior a 22 tempos. Não tinham componente lectiva (horários- -zero) e estavam a aguardar colocação na bolsa de recrutamento 49 (0,2%) docentes. Tinham insuficiência de tempos lectivos 1012 (3,9%) horários de docentes.

■ S

ITUAÇÕES DE MOBILIDADE

DOCENTE

■ Dos 35 869 horários de docentes da EPE, do 1.º CEB, dos 2.º e 3.º CEB, do ES e da EE, 6229

dades transitórias, 2396 (6,7%) docentes do quadro foram destacados por ausência de componente lectiva na escola de origem; 132 (0,4%) obtiveram destacamento por condições específicas; e 1346 (3,8%) obtiver-am-no para aproximação à residência familiar. Foram ocupados 3511 (9,8%) horários por contratação nacional a termo resolutivo; 361 (1,0%) horários de docentes do quadro por colocação através da bolsa de recrutamento; e 1815 (5,1%) por contratação através da bolsa de recrutamento.

■ À data da intervenção inspectiva, estavam por ocupar 656 (1,8%) horários de docentes da EPE, do 1.º CEB, dos 2.º e 3.º CEB, do ES e da EE, dos quais 236 (36,0%) eram completos. ■ O grau de mobilidade do pessoal docente da

EPE, do 1.º CEB, dos 2.º e 3.º CEB, do ES e da EE foi de 17,4% no concurso interno e de 28,0% na colocação nacional.

Dos 477 docentes colocados nas 20 escolas prioritárias intervencionadas, 4,6% eram da EPE, 44,2% do 1.º CEB, 47,0% dos 2.º e 3.º CEB e ES e 4,2% da EE.

(16)

15

I

NTRODUÇÃO

(17)
(18)

17

OBJECTIVOS DA INTERVENÇÃO

A actividade de controlo Organização do Ano Lectivo 2009-2010 teve por finalidade verificar a conformidade legal do funcionamento dos agrupamentos/escolas não agrupadas e identificar factores condicionantes da sua eficiência e eficácia, tomando por referência as disposições legais em vigor e tendo por objectivos:

■ Analisar a organização dos agrupamentos e das escolas não agrupadas numa perspectiva de equidade do serviço público de educação;

■ Verificar a conformidade normativa na organização, na gestão e na eficiência do sistema escolar; ■ Avaliar o grau de racionalidade e de eficácia na gestão dos recursos humanos;

■ Garantir boas práticas na gestão de recursos.

ESTRUTURA DO RELATÓRIO

O relatório da actividade inicia-se com um Sumário executivo e termina com uma Análise evolutiva de alguns indicadores dos últimos sete anos. O corpo do relatório organiza-se em três partes:

Parte I – Introdução – contém os objectivos da actividade, a descrição da organização do relatório, os critérios de selecção e a caracterização da amostra, bem como a metodologia utilizada na intervenção. Parte II – Resultados da intervenção inspectiva – apresenta, por níveis de educação e ensino, os resultados apurados durante a intervenção.

Parte III – Análise evolutiva de alguns indicadores – compara a evolução dos dados recolhidos nos anos lectivos de 2003-2004 a 2009-2010.

A informação é apresentada em gráficos e quadros e completada com os anexos, procurando-se evidenciar, em cada item, os aspectos mais significativos.

Nas diferentes áreas de recolha de informação são assinaladas as situações em que não se observou a conformidade normativa.

O relatório foi elaborado de forma a permitir uma leitura independente de cada capítulo. No início de cada um refere-se, em nota sintética, o enquadramento normativo.

(19)

A constituição dos 289 A/E intervencionados varia conforme os níveis de educação e ensino neles existentes. Assim, ao longo da Parte II, a análise será feita por níveis de educação e ensino.

AMOSTRA SELECCIONADA

C

RITÉRIOS DE SELECÇÃO DA AMOSTRA

À semelhança dos últimos anos lectivos, procurou-se estabelecer uma amostra que obedecesse a critérios de representatividade, face ao universo dos 1153 A/E apurados como elegíveis para a intervenção.

A amostra seleccionada foi constituída por 289 A/E, o que garante um nível de confiança de 95%. A amostra foi estratificada com base nos critérios seguintes:

■ IDS*, a partir do qual se podem categorizar os diferentes concelhos do país em 4 classes, de acordo com os intervalos que se apresentam no Quadro I.

Quadro I – Níveis de IDS por intervalo de valores

■ Distribuição dos A/E seleccionados por cada Direcção Regional de Educação e por IDS concelhio, como se apresenta no Quadro II.

Quadro II – A/E intervencionados por Direcção Regional de Educação

18

Nível de IDS Intervalo de valores

IDS1 0,802-0,859 IDS2 0,860-0,887 IDS3 0,888-0,911 IDS4 0,912-0,943 DREAlg 16 DREA 23 DREC 62 DRELVT 91 DREN 97 TOTAL 289

(20)

19

C

ARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

Tendo em conta os alunos matriculados na rede do ensino público do Continente, apurou-se, por nível de educação/ensino, o peso da amostra (Quadro III).

Assim, nos estabelecimentos de educação e ensino integrados na amostra:

■ A EPE era frequentada por 31 034 crianças, correspondendo a 24,2% do total das crianças inscritas; ■ O ensino básico regular era frequentado por 218 399 alunos, correspondendo a 24,9% do total de

alunos matriculados neste nível de ensino;

■ Os CEF do ensino básico eram frequentados por 6468 alunos, que correspondiam a 23,9% do total de alunos matriculados nestes cursos;

■ Os EFA do ensino básico eram frequentados por 3242 formandos (464 eram RVCC), correspondendo a 33,5% do total de formandos matriculados nestes cursos;

■ O ensino secundário regular era frequentado por 44 551 alunos, que correspondiam a 26,5% do total de alunos matriculados (cursos científico-humanísticos e tecnológicos);

■ Os cursos profissionais do ensino secundário eram frequentados por 12 997 alunos, correspondendo a 21,9% do total de alunos matriculados nestes cursos;

■ Os CEF do ensino secundário eram frequentados por 114 alunos, que correspondiam a 22,1% do total de alunos matriculados nestes cursos;

■ Os EFA do ensino secundário eram frequentados por 6590 formandos (596 eram RVCC), correspon-dendo a 31,1% do total de formandos matriculados nestes cursos.

Quadro III – Crianças/alunos matriculados

na rede pública do Continente e nos A/E da amostra

N.º N.º % Educação pré-escolar 127 954 31 034 24,2 Ensino básico 913 140 228 109 24,9 Regular 876 451 218 399 24,9 CEF 27 016 6468 23,9 EFA 9673 3242 33,5 Ensino secundário 249 066 64 252 25,7 Regular 168 062 44 551 26,5 Cursos científico-humanísticos 160 520 42 308 26,3 Cursos tecnológicos 7542 2243 29,7 Cursos profissionais 59 321 12 997 21,9 CEF 517 114 22,1 EFA 21 166 6590 31,1 TOTAL 1 290 160 323 395 25,1

* Fonte – GEPE – ME: Recenseamento escolar anual de 2009-2010. Rede pública do ME.

N.º de formandos da amostra

Acções de curta duração – S@ber+ 214 Formações modulares 2755 Níveis de educação/ensino Crianças/alunos matriculados na rede pública do Continente* Crianças/alunos matriculados nos A/E da amostra

(21)

Nos 289 A/E que constituíam a amostra seleccionada estavam em exercício de funções 35 866 educadores e professores, o que correspondia a 23,6% do total de docentes em exercício de funções nos estabelecimentos da rede pública de educação do Continente (Quadro IV).

Quadro IV – Docentes da rede pública do Continente e dos A/E da amostra

METODOLOGIA DA ACTIVIDADE

As acções de preparação, análise e recolha de dados relativos aos 289 A/E da amostra foram, em síntese, as seguintes:

■ Envio de um ofício a todos os A/E, em Junho de 2009, solicitando-lhes o preenchimento dos mapas de distribuição de serviço docente e de grupos/turmas dos diferentes níveis de educação e ensino, os quais foram disponibilizados na página da IGE na Internet;

■ Realização de uma reunião com técnicos das DRE e coordenadores das Delegações Regionais da IGE, em Julho de 2009, para apresentar o roteiro da actividade e tratar de aspectos relevantes decorrentes da alteração de alguns diplomas legais, designadamente em relação ao novo modelo de gestão e à distribuição de serviço docente;

■ Envio de um ofício, pelas Delegações Regionais da IGE, aos A/E a intervencionar, em Julho de 2009, reforçando as informações, anteriormente transmitidas;

■ Realização da intervenção, nos A/E, entre 18 de Setembro e 30 de Outubro. Os dados recolhidos, por equipas de dois inspectores, foram registados na base de dados central, através da Internet. Posteriormente, foram objecto de validação por parte da respectiva Delegação Regional da IGE, tendo o seu tratamento sido realizado pela equipa dos Serviços Centrais afecta a esta actividade. As fichas de desconformidades foram remetidas às organizações escolares, por via postal, e à respectiva Direcção Regional de Educação, por correio electrónico.

A intervenção inspectiva teve como instrumentos de trabalho:

N.º %

Educadores 8545 2103 24,6 Professores do 1.º CEB 27 397 6753 24,6 Professores dos 2.º e 3.º CEB e ES 109 965 25 834 23,5 Professores da Educação Especial 6168 1176 19,1

TOTAL 152 075 35 866 23,6

* Fonte – GEPE – ME: Recenseamento escolar anual de 2009-2010. Rede pública do ME.

Docentes da rede pública do Continente*

(22)
(23)
(24)

23

A constituição dos 289 A/E intervencionados varia conforme os níveis de educação e ensino neles existentes. Assim, a análise, ao longo da Parte II, será feita em relação aos A/E, por níveis de educação e ensino.

Os 289 A/E distribuíam-se pelas tipologias seguintes: ■ 202 A/E com EPE;

■ 206 A/E com 1.º CEB; ■ 203 A/E com 2.º CEB; ■ 268 A/E com 3.º CEB; ■ 123 A/E com ES.

1. PLANO ANUAL DE OCUPAÇÃO DOS TEMPOS ESCOLARES DOS ALUNOS

PARTE II – R

ESULTADOS DA INTERVENÇÃO INSPECTIVA

Neste capítulo, serão analisados os dados recolhidos relativos à elaboração do plano anual de ocupação dos tempos escolares dos alunos dos ensinos básico e secundário, cuja aprovação compete ao Director de cada organização escolar, nos termos do art.º 13.º do Despacho n.º 13599/2006, de 28 de Junho, e respectivas alterações.

No âmbito da organização do ano escolar, o Director deve criar ou favorecer mecanismos de programação e planeamento das actividades educativas que, de forma flexível e adequada, proporcionem o aproveita-mento dos tempos escolares dos alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, com prioridade para o cumprimento do currículo e dos programas de cada disciplina/área. Assim, cabe a cada direcção proceder à aprovação de um plano anual de distribuição de serviço docente que assegure a ocupação plena dos alunos dos ensinos básico e secundário, durante o seu horário lectivo, na situação de ausência temporária do docente titular de turma/disciplina. Quando não for possível realizar as actividades curriculares que garantam a continuidade da programação de cada disciplina/área, deverão ser organizadas actividades de enriquecimento e de complemento curricular que possibilitem a ocupação educativa dos alunos. Entre outras, consideram-se como actividades educativas de substituição as seguintes:

■ Salas de estudo; ■ Clubes temáticos;

■ Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC); ■ Leitura orientada;

■ Pesquisa bibliográfica orientada; ■ Actividades desportivas orientadas; ■ Actividades oficinais, musicais e teatrais; ■ Outras.

(25)

Tendo em conta o enquadramento definido, foram analisados os aspectos seguintes: ■ Aprovação do plano de ocupação dos tempos escolares dos alunos;

■ Permuta da actividade lectiva programada entre docentes da mesma turma (2.º e 3.º CEB e ES); ■ Leccionação da aula correspondente por outro docente com formação adequada;

■ Actividades educativas de substituição.

A

PROVAÇÃO DO PLANO DE OCUPAÇÃO DOS TEMPOS ESCOLARES

Procederam à aprovação de um plano de ocupação dos tempos escolares dos alunos 272 (94,1%) A/E, apresentando a DREC o valor mais elevado (Gráfico 1 e Anexo 1.1).

Gráfico 1 – Aprovação do plano de ocupação dos tempos escolares

P

ERMUTA DA ACTIVIDADE LECTIVA ENTRE DOCENTES NOS

2.º

E

3.º

CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO

Em casos de ausência temporária do docente, a permuta da actividade lectiva entre docentes ocorre com maior incidência no ES (97,6%), atingindo o seu valor máximo na DREAlg e na DREC (Gráfico 2 e Anexo 1.2).

Gráfico 2 – Permuta da actividade lectiva

(26)

25

L

ECCIONAÇÃO DA AULA CORRESPONDENTE POR UM DOCENTE COM FORMAÇÃO ADEQUADA NOS

2.º

E

3.º

CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO

A leccionação da aula correspondente, por um professor com formação adequada, em casos de ausência temporária do docente, assume particular relevância no ES (88,6%), atingindo o valor máximo na DREAlg e na DREC (Gráfico 3 e Anexo 1.3)

Gráfico 3 – Leccionação da aula correspondente por

um docente com formação adequada nos 2.º e 3.º CEB e ES

A

CTIVIDADES EDUCATIVAS DE SUBSTITUIÇÃO

As actividades educativas de substituição mais frequentes, constantes dos planos de ocupação dos tempos escolares dos alunos, por ciclo de estudos, eram as seguintes:

1.º CEB (Gráfico 4 e Anexo 1.4) – outras (34,0%), leitura orientada (21,8%), pesquisa bibliográfica (19,9%) e uso das TIC (12,1%);

(27)

2.º CEB (Gráfico 5 e Anexo 1.5) – clubes temáticos (68,5%), leitura orientada (67,0%), pesquisa bibliográ-fica (66,0%) e sala de estudo (62,1%)

Gráfico 5 – Actividades educativas de substituição no 2.º CEB

3.º CEB (Gráfico 6 e Anexo 1.6) – clubes temáticos (67,2%), sala de estudo (66,0%), leitura orientada (62,7%) e pesquisa bibliográfica (62,3%);

(28)

Ensino Secundário (Gráfico 7 e Anexo 1.7) – sala de estudo (72,4%), clubes temáticos (58,5%), leitura orientada (52,0%) e pesquisa bibliográfica (51,2%).

Gráfico 7 – Actividades educativas de substituição no ES

(29)

2.

CRITÉRIOS DE CONSTITUIÇÃO DE TURMAS PARA OS ENSINOS BÁSICO

E SECUNDÁRIO

Tendo em conta os aspectos referidos, foram analisados dados relativos à definição dos critérios pedagógicos para a constituição das turmas.

Por nível de ensino, tinham definido critérios pedagógicos para a constituição de turmas os A/E seguintes (Gráfico 8 e Anexo 2.1):

■ 187 (90,8%) dos 206 A/E onde funcionava o 1.º CEB; ■ 190 (93,6%) dos 203 A/E onde funcionava o 2.º CEB; ■ 249 (92,9%) dos 268 A/E onde funcionava o 3.º CEB; ■ 107 (87,0%) dos 123 A/E onde funcionava o ES.

Gráfico 8 – A/E que definiram critérios

para a constituição das turmas

Na constituição das turmas devem prevalecer critérios de natureza pedagógica definidos no projecto educativo do agrupamento/escola não agrupada, competindo à Direcção aplicá-los no quadro de uma gestão eficaz, da rentabilização de recursos humanos e materiais existentes e do respeito pelas regras constantes da legislação em vigor (Despacho n.º 14026/2007, de 3 de Julho, com as respectivas alterações, em articulação com o previsto na alínea c) do n.º 4 do art.º 20.º e alínea a) do art.º 33.º, do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, com a respectiva alteração).

(30)

Os critérios pedagógicos para a constituição de turmas constavam do projecto educativo apenas em 119 (41,2%) A/E, apresentando a DREA (56,5%) o valor mais elevado (Gráfico 9 e Anexo 2.2).

Gráfico 9 – A/E em que os critérios constam do projecto educativo

(31)

3.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS JARDINS-DE-INFÂNCIA

E DAS ESCOLAS DO

1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO

Neste capítulo, serão analisados os dados recolhidos, relativos à organização e funcionamento dos JI e das escolas do 1.º CEB, com especial enfoque nos horários, no início e termo das actividades educativas/lectivas, nas actividades de animação e apoio à família e nas de enriquecimento curricular.

JARDINS-DE-INFÂNCIA

A educação pré-escolar funcionava em 202 dos 289 A/E intervencionados, integrando 1026 JI da rede pública. Frequentavam estes JI, 31 034 crianças, distribuídas por 1620 grupos.

Tendo em conta o enquadramento definido, foram analisados os aspectos seguintes: ■ Definição do início e termo das actividades educativas;

■ Início das actividades educativas; ■ Horário de funcionamento dos JI;

■ Organização das actividades de animação e apoio à família.

Início e termo das actividades educativas nos jardins-de-infância

Dos 1026 JI, 1003 (97,8%) tinham definido o início e o termo das actividades educativas de acordo com o estabelecido no n.º 2 do art.º 6.º do Despacho Normativo n.º 24/2000, de 11 de Maio. Na DREA, a totalidade dos JI cumpriu o legalmente estipulado (Gráfico 10 e Anexo 3.1).

As datas de início e termo das actividades educativas na educação pré-escolar são definidas em reunião a realizar para o efeito com o responsável de cada jardim-de-infância, os pais e os representantes do respec-tivo município, nos termos do n.º 2 do art.º 6.º do Despacho Normarespec-tivo n.º 24/2000, de 11 de Maio, e tendo em conta o calendário escolar estipulado no Despacho n.º 14724/2009, de 1 de Julho.

Sem prejuízo da normal duração semanal e diária das actividades educativas, os JI têm de manter-se abertos até às 17h30 e no mínimo 8 horas diárias, nos termos do n.º 5 do Despacho n.º 14460/2008, de 26 de Maio. As actividades de animação e apoio à família, no âmbito da educação pré-escolar, de acordo com o estabe-lecido no Protocolo de Cooperação de 28 de Julho de 1998, celebrado entre o Ministério da Educação, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e a Associação Nacional de Municípios Portugueses, compreendem a alimentação e a animação socioeducativa. O financiamento destas actividades é compartici-pado pelo Estado, autarquias e famílias. A sua planificação deve ser efectuada pelos órgãos competentes das organizações escolares e em articulação com os respectivos municípios, tendo em conta as necessidades das famílias, nos termos do n.º 7 do Despacho n.º 14460/2008.

(32)

31

Das 31 034 crianças que frequentavam a educação pré-escolar, 30 147 (97,1%) iniciaram as actividades educativas na data prevista, não tendo iniciado 887 crianças (2,9%), o que correspondeu a 60 grupos. Na DREA, todas as crianças/grupos tinham iniciado as actividades educativas na data prevista (Anexo 3.2). As actividades educativas não tiveram início na data prevista devido, principalmente, à falta de educadores (41,7%) – Anexo 3.3.

Horário de encerramento dos jardins-de-infância

Nos 1026 JI, 102 (9,9%) encerravam antes das 17h30 e 657 (64,0%) depois das 17h30. Na DREAlg, todos os JI funcionavam após as 17h30 (Gráfico 11 e Anexo 3.4).

Gráfico 11 – Horário de encerramento dos JI

Dos 1026 JI intervencionados, 831 (81,0%) estavam abertos mais de 8 horas diárias, com especial relevo na DREAlg onde todos os JI funcionavam mais de 8 horas (Anexo 3.5).

Actividades de animação e apoio à família

Nos 1026 JI, 948 (92,4%) asseguravam actividades de animação e apoio à família, sendo estas frequentadas por 21 566 (69,5%) crianças. Na DREAlg, todos os JI organizavam estas actividades, que eram frequentadas por 86,6% das crianças (Gráfico 12 e Anexo 3.6).

(33)

Dos 1026 JI, 996 (97,1%) asseguravam serviço de refeições. Este serviço era utilizado por 24 925 (80,3%) crianças. Na DREAlg todos os JI asseguravam o serviço de refeições, abrangendo 96,8% das crianças (Gráfico 13 e Anexo 3.7)

Gráfico 13 – Serviço de refeições nos JI

As actividades de animação e apoio à família eram asseguradas pela Direcção em parceria com a autarquia em 82,1% dos JI, e por outras entidades em 11,5% (Anexo 3.8).

E

SCOLAS DO

1.º

CICLO DO ENSINO BÁSICO

32

O calendário escolar para o ano lectivo 2009-2010 determina que as aulas no 1.º CEB deverão iniciar-se entre os dias 10 e 15 de Setembro de 2009.

As actividades curriculares no 1.º CEB são obrigatoriamente organizadas em regime normal. A actividade lectiva é distribuída pelo período da manhã e da tarde, com interrupção para o almoço. A título excepcional, dependendo de autorização da respectiva DRE e, unicamente, desde que as instalações o não permitam, poderá a actividade curricular ser organizada em regime duplo (n.ºs 2, 3 e 4 do Despacho n.º 14460/2008, de 26 de Maio).

Sem prejuízo da normal duração semanal e diária das actividades curriculares, as escolas do 1.º CEB têm de manter-se abertas até às 17h30 e no mínimo 8 horas diárias, nos termos do n.º 5 do Despacho n.º 14460/2008.

De acordo com os objectivos definidos no projecto educativo de cada agrupamento de escolas/escola não agrupada, as actividades de enriquecimento curricular para o 1.º CEB devem constar do plano anual. Estas podem incidir nos domínios tecnológico, desportivo, artístico, científico e das TIC, de ligação da escola com o meio, de solidariedade e voluntariado e da dimensão europeia da educação (n.ºs 8 e 9 do Despacho n.º 14460/2008). O Apoio ao Estudo e o Ensino do Inglês para os alunos do 1.º CEB fazem parte, obriga-toriamente, destas actividades (n.º 10 do Despacho n.º 14460/2008).

Podem ser promotores das actividades de enriquecimento curricular no 1.º CEB os próprios estabelecimentos de ensino, as autarquias, as associações de pais e de encarregados de educação, bem como outras entidades, de acordo com o n.º 14 do Despacho n.º 14460/2008.

(34)

33

O 1.º CEB funcionava em 206 dos 289 A/E intervencionados, abrangendo 1213 escolas, que eram frequentadas por 98 007 alunos, distribuídos por 5108 turmas.

Tendo em conta o enquadramento definido, foram analisados os aspectos seguintes: ■ Início das actividades lectivas;

■ Horário e regime de funcionamento das escolas;

■ Organização das actividades de enriquecimento curricular; ■ Componente de apoio à família.

Início das actividades lectivas no 1.º ciclo do ensino básico

Das 5108 turmas, 5047 (98,8%) tinham iniciado as actividades lectivas na data prevista, pelo que 1220 (1,2%) alunos, o que correspondeu a 61 turmas, não iniciaram as actividades no prazo estipulado. Na DREAlg, todos os alunos tinham iniciado as actividades curriculares na data prevista (Anexo 3.9).

As actividades curriculares não tiveram início na data prevista devido, principalmente, à deficiência das instalações/equipamentos (45,9%) – Anexo 3.9.

Horário e regime de funcionamento das escolas do 1.º ciclo do ensino básico

Das 1213 escolas, 1056 (87,1%) estavam a funcionar em regime normal, 78 (6,4%) funcionavam em regime misto e 79 (6,5%) em regime duplo. Na DREA, todas as escolas funcionavam em regime normal (Gráfico 14 e Anexo 3.10).

Gráfico 14 – Regime de funcionamento das escolas do 1.º CEB

Das 5108 turmas, 4042 (79,1%) estavam a funcionar em regime normal e 1066 (20,9%) em regime duplo. Destas, 1062 (99,6%) funcionavam neste regime devido à escassez de instalações (Anexo 3.11).

Das 1056 escolas com funcionamento em regime normal, 746 (70,6%) encerravam às 17h30, 291 (27,6%) encerravam após as 17h30 e 19 (1,8%) encerravam antes das 17h30 (Gráfico 15 e Anexo 3.12).

(35)

Gráfico 15 – Horário de funcionamento

das escolas em regime normal no 1.º CEB

Estavam abertas mais de oito horas diárias 818 (77,5%) escolas com funcionamento em regime normal, 196 (18,6%) exactamente oito horas diárias e 42 (4,0%) menos de oito horas diárias. Destaca-se a DREC onde 86,7% das escolas estavam abertas mais de oito horas diárias (Anexo 3.13).

Organização das actividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo do ensino básico Das 1213 escolas, 1191 (98,2%) ofereciam actividades de enriquecimento curricular, com especial relevo para a DREC e a DREAlg onde a totalidade das escolas oferecia aos alunos este tipo de actividades (Anexo 3.14). As 1191 escolas ofereciam as seguintes actividades de enriquecimento curricular (Gráficos 16 e 17 e Anexos 3.14 e 3.15):

■ O Ensino do Inglês era oferecido em 97,4% das escolas, sendo frequentado por 84,9% dos alunos; ■ O Apoio ao Estudo era oferecido em 98,2% das escolas, sendo frequentado por 82,6% dos alunos; ■ As actividades desportivas eram oferecidas em 96,5% das escolas, sendo frequentadas por 80,7% dos

alunos;

■ Outras actividades nos domínios artístico, científico e tecnológico eram oferecidas em 94,1% das escolas, sendo frequentadas por 76,5% dos alunos.

Gráfico 16 – Actividades de enriquecimento curricular

(36)

35

Gráfico 17 – Alunos que frequentavam

as actividades de enriquecimento curricular no 1.º CEB

As actividades de enriquecimento curricular eram organizadas pela Direcção, em parceria com as autarquias (89,0%), com as associações de pais e encarregados de educação (2,6%) e com outras entidades (5,1%). Apenas em 1,8% das escolas estas actividades eram organizadas de forma autónoma, exclusivamente pelos estabelecimentos de ensino (Anexo 3.16).

Componente de apoio à família no 1.º ciclo do ensino básico

Das 1213 escolas, 506 (41,7%) organizavam uma componente de apoio à família, na qual participavam 21 442 (21,9%) alunos (Gráfico 18 e Anexo 3.17).

(37)

Serviço de refeições no 1.º ciclo do ensino básico

O serviço de refeições era assegurado em 1176 (96,9%) escolas, sendo utilizado por 69 082 (70,5%) alunos (Gráfico 19 e Anexo 3.18).

(38)

37

4. ORGANIZAÇÃO DOS HORÁRIOS DOS ALUNOS E DO PESSOAL DOCENTE

DOS

2.º E

3.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO,

DO ENSINO SECUNDÁRIO

E DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Neste capítulo serão analisados os dados recolhidos relativos aos critérios utilizados pelos A/E na organização dos horários de alunos e docentes dos 2.º e 3.º CEB, ES e EE.

H

ORÁRIOS DOS ALUNOS DOS

2.º

E

3.º

CICLOS DO ENSINO BÁSICO E DO ENSINO SECUNDÁRIO

Tendo em conta os aspectos referidos, foram recolhidos dados relativos a: ■ Organização dos horários das turmas do 2.º CEB;

■ Organização dos horários das turmas do 3.º CEB; ■ Organização dos horários das turmas dos cursos do ES.

Organização dos horários das turmas no 2.º ciclo do ensino básico

O 2.º CEB funcionava em 203 A/E, tendo sido constituídas 2288 turmas.A maioria destas turmas tinha os seus horários correctamente elaborados (Gráfico 20 e Anexo 4.1), tendo em conta que:

98,0% tinham o intervalo para o almoço legalmente definido;

97,7% respeitavam o período pós-refeição determinado para a prática de Educação Física;91,8% não apresentavam aulas isoladas e/ou furos;

92,5% apresentavam, no mesmo dia, até quatro blocos de aulas;

92,0% não apresentavam a disciplina de Língua Estrangeira a ser leccionada em dias consecutivos;93,5% não apresentavam a disciplina de Educação Física a ser leccionada em dias seguidos;

99,7% incluíam, nos dias com maior número de aulas, disciplinas de carácter mais teórico e de carácter mais prático.

Sempre que as actividades escolares decorram nos períodos da manhã e da tarde, o intervalo do almoço não poderá ser inferior a uma hora para estabelecimentos de ensino com acesso a refeitório, e de uma hora e trinta minutos para os restantes.As aulas de Educação Física só poderão iniciar-se uma hora depois de findo o período definido para almoço da turma. O horário dos alunos deve ter uma distribuição lectiva equilibrada, de modo a que não existam dias muito sobrecarregados, procurando-se, nos dias com maior número de aulas, organizar uma distribuição lectiva que integre disciplinas de carácter mais teórico e disciplinas de carácter mais prático. O número de aulas curriculares diárias não deve ultrapassar quatro blocos, devendo evitar-se a existên-cia de aulas isoladas e/ou furos, bem como a leccionação das disciplinas de Língua Estrangeira e de Educação Física em dias consecutivos (Despacho n.º 14026/2007, com as respectivas alterações; orientações referidas na brochura relativa à reorganização do ensino básico da autoria do antigo Departamento da Educação Básica e princípios orientadores a que deve obedecer a elaboração dos horários dos alunos).

A ocupação dos alunos que não estão matriculados na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica e a possibilidade do desdobramento da disciplina de Ciências da Natureza no 2.º CEB têm dificultado a não ocorrência de furos e/ou aulas isoladas para grupos de alunos.

(39)

Gráfico 20 – Organização dos horários das turmas no 2.º CEB

Organização dos horários das turmas no 3.º ciclo do ensino básico

O 3.º CEB funcionava em 268 A/E, tendo sido constituídas 3160 turmas.A maioria destas turmas tinha os seus horários correctamente elaborados (Gráfico 21 e Anexo 4.2), tendo em conta que:

■ 97,3% tinham o intervalo para o almoço legalmente definido;

■ 97,5% respeitavam o período pós-refeição determinado para a prática de Educação Física; ■ 93,6% não apresentavam aulas isoladas e/ou furos;

84,8% apresentavam, no mesmo dia, até quatro blocos de aulas;

■ 87,4% não apresentavam as disciplinas de Línguas Estrangeiras a serem leccionadas em tempos consecutivos;

■ 93,8% não apresentavam a disciplina de Educação Física a ser leccionada em dias seguidos;

99,6% incluíam, nos dias com maior número de aulas, disciplinas de carácter mais teórico e de carácter mais prático.

(40)

39

Organização dos horários das turmas no ensino secundário

O ES funcionava em 123 A/E, tendo sido constituídas 1855 turmas dos cursos científico-humanísticos e 108 dos cursos tecnológicos. A quase totalidade das turmas tinha os seus horários correctamente elaborados (Anexo 4.3), tendo em conta que:

■ 98,4% tinham o intervalo para o almoço legalmente definido;

■ 97,8% respeitavam o período pós-refeição determinado para a prática de Educação Física.

Das 1855 turmas dos cursos científico-humanísticos, 381 (20,5%) tinham nos seus horários um meio dia livre, 635 (34,2%) dois meios dias livres e 677 (36,5%) mais de dois meios dias livres para estudo/trabalho individual dos alunos (Gráfico 22 e Anexo 4.4).

Gráfico 22 – Turmas dos cursos científicos-humanísticos no ES

com um meio dia, dois meios dias ou mais de dois meios dias livres

S

ERVIÇO DOCENTE DOS

2.º

E

3.º

CICLOS DO ENSINO BÁSICO

,

DO ENSINO SECUNDÁRIO E DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Em termos gerais, os conselhos pedagógicos definiram critérios para a elaboração dos horários do pessoal docente dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, do ensino secundário e da educação especial (Gráfico 23 e Anexo 4.5).

Compete ao Conselho Pedagógico definir os critérios gerais a que deve obedecer a elaboração dos horários, nos termos da alínea e) do art.º 33.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, e respectiva alteração. Na definição dos critérios para a elaboração dos horários dos docentes deve considerar-se que na organização da componente lectiva serão tidos em conta o máximo de turmas e as disciplinas/áreas a atribuir a cada docente, de modo a, considerados os correspondentes programas, assegurar-lhes o necessário equilíbrio global, garantindo um elevado nível de qualidade ao ensino (n.º 1 do art.º 78.º do ECD).

(41)

Gráfico 23 – Definição de critérios para a elaboração

dos horários dos docentes dos 2.º e 3.º CEB, ES e EE

Para verificar se os critérios anteriormente definidos foram tidos em conta na elaboração dos horários dos docentes, foi constituída uma amostra aleatória tendo por base:

■ Um horário docente, por grupo de recrutamento, que integrasse até 5 docentes;

■ Dois horários de docentes, por grupo de recrutamento, que integrasse de 6 a 10 docentes; ■ Três horários de docentes, por grupo de recrutamento, com mais de 10 docentes.

Dos 25 830 horários dos 2.º e 3.º CEB, ES e EE, foi constituída uma amostra de 7837 (30,3%) horários. Na análise destes, verificou-se que 7571 (96,6%) respeitavam os critérios definidos pelo Conselho Pedagógico (Anexo 4.6). Dos 25 830 horários dos docentes, 25 816 (99,9%) apresentavam, diariamente, até 6 tempos lectivos consecutivos; 25 807 (99,9%) uma distribuição de tempos lectivos até 2 turnos diários; 25 737 (99,6%) tinham a componente não lectiva a nível de estabelecimento marcada; e 25 764 (99,7%) os tempos para actividades de apoio educativo e de enriquecimento e complemento curricular marcados. Dos 2295 horários com horas extraordinárias, 94,5% tinham essas mesmas horas devidamente marcadas.

(42)

41

5. CRIANÇAS E ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

DE CARÁCTER PERMANENTE

Tendo em conta o enquadramento referido, foram recolhidos dados relativos a:

■ Crianças/alunos com NEE de carácter permanente, por nível de educação ou ensino;

■ Tipos de incapacidade (limitações) nas funções ou estruturas do corpo das crianças/alunos com NEE de carácter permanente;

■ Apoio a crianças/alunos com NEE de carácter permanente;

■ Organização dos processos individuais das crianças/alunos com NEE de carácter permanente, por amostragem.

C

RIANÇAS

/

ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

Nos 289 A/E estavam identificados 9707 crianças e alunos com NEE de carácter permanente (Quadro V e Anexo 5.1).

Quadro V - Crianças/alunos com NEE

Níveis de educação

Crianças Crianças e alunos

Crianças e alunos apoiados e ensino e alunos identificados N.º N.º % N.º % Pré-escolar 31 034 619 1,9 575 92,9 1.º CEB 98 007 3576 3,6 3363 94,0 2.º CEB 50 676 2374 4,6 2217 93,4 3.º CEB 69 716 2483 3,5 2168 87,3 CEF (nível básico) 6468 152 2,3 126 82,9

ES 44 551 483 1,0 329 68,1

CEF (nível secundário) 114 20 17,5 11 55,0

TOTAL 300 556 9707 3,2 8789 90,5

O Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, e respectiva alteração, define os apoios especializados a prestar na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário. Neste sentido, vem enquadrar as respostas educativas às necessidades especiais das crianças/alunos com limitações significativas ao nível da actividade e da participação num ou vários domínios da vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais de carácter permanente, das quais resultam dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendiza-gem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social.

A referenciação das crianças/alunos é comunicada à direcção dos agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas da área da residência, mediante o preenchimento de um documento onde se explicitam as razões que levaram a identificar a situação. Depois de referenciados, o departamento da educação espe-cial e o serviço de psicologia elaboram um relatório técnico-pedagógico conjunto para cada criança/aluno. Este relatório é parte integrante do processo individual da criança/aluno (art.os 5.º e 6.º do Decreto-Lei

n.º 3/2008, com a respectiva alteração).

Do relatório técnico-pedagógico constam os resultados decorrentes da avaliação, obtidos por referência à CIF, da Organização Mundial de Saúde, servindo de base à elaboração do programa educativo individual (n.º 3 do art.º 6.º do Decreto-Lei n.º 3/2008).

Do processo individual da criança/aluno deve constar o respectivo PEI, aprovado pelo Conselho Pedagógico e homologado pelo Director. O PEI deve ser revisto a qualquer momento e, obrigatoriamente, no final de cada nível de educação e ensino e no fim de cada ciclo do ensino básico (art.os8.º a 13.º do Decreto-Lei n.º 3/2008).

(43)

T

IPOS DE INCAPACIDADES

(

LIMITAÇÕES

)

NAS FUNÇÕES OU ESTRUTURAS DO CORPO DAS CRIANÇAS

/

ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DE CARÁCTER PERMANENTE

Das 9707 crianças/alunos com NEE de carácter permanente, a maioria (66,6%) apresentava limitações mentais (Gráfico 24 e Anexo 5.2).

Gráfico 24 – Tipos de limitações nas funções

ou estruturas do corpo das crianças/alunos com NEE

A

POIO A CRIANÇAS

/

ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DE CARÁCTER PERMANENTE

Prestavam apoio às crianças/alunos com NEE 1176 docentes da educação especial. Das 9707 crianças/alunos identificados com NEE, 8789 (90,5%) eram apoiados à data da intervenção (Gráfico 25 e Anexo 5.3).

(44)

43

A

NÁLISE DOS PROCESSOS INDIVIDUAIS DAS CRIANÇAS

/

ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DE CARÁCTER PERMANENTE

Para análise dos processos das crianças/alunos com NEE foram seleccionados aleatoriamente 15% dos processos constituídos.

A selecção aleatória da amostra foi estratificada, aplicando a taxa de 15% a cada um dos sub-universos seguintes:

■ EPE; ■ 1.º CEB; ■ 2.º CEB; ■ 3.º CEB;

■ CEF (nível básico); ■ ES;

■ CEF (nível secundário).

Teve-se ainda em conta que o número de processos seleccionados não deveria ser inferior a 15, nem superior a 30. Sempre que a amostra seleccionada não cumpria o intervalo atrás referido, a proporção foi ajustada – aumentando-a no caso de ser inferior ao limite mínimo e reduzindo-a, nos mesmos termos, no caso de ser superior ao limite máximo.

Tendo em conta estes critérios, foram analisados 3939 processos de crianças/alunos com NEE. Da análise destes processos (Gráfico 26 e Anexo 5.4), verificou-se que:

■ 96,8% continham relatório técnico-pedagógico e, destes, 98,2% apresentavam uma avaliação por referência à CIF;

■ 97,7% dos processos individuais analisados continham PEI; ■ 92,2 % dos PEI apresentavam todos os elementos obrigatórios; ■ 96,0% dos PEI tinham sido aprovados no Conselho Pedagógico; ■ 88,4% dos PEI continham a avaliação final de cada período lectivo; ■ 95,8% dos PEI tinham em anexo o relatório de final do ano; ■ 59,2% dos PEI foram revistos no final de cada nível e/ou ciclo.

Gráfico 26 – Análise dos processos

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