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Simulação tridimensional adaptativa da instabilidade de Kelvin-Helmholtz usando as equações do Modelo H

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Academic year: 2021

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(1)

Simula¸

ao tridimensional adaptativa da instabilidade de

Kelvin-Helmholtz usando as equa¸

oes do Modelo H

Rudimar L. N´os

Departamento Acadˆemico de Matem´atica, UTFPR, 80230-901, Curitiba, PR E-mail: rudimarnos@gmail.com

Hector D. Ceniceros

Department of Mathematics, UCSB, 93106, Santa Barbara, CA E-mail: hdc@math.ucsb.edu

Alexandre M. Roma

Departamento de Matem´atica Aplicada, IME, USP, 05311-970, S˜ao Paulo, SP E-mail: roma@ime.usp.br

Resumo: A instabilidade de Kelvin-Helmholtz ´e uma das instabilidades fundamentais de flui-dos incompress´ıveis e ocorre em um escoamento cisalhante entre dois fluiflui-dos imisc´ıveis. O movimento da superf´ıcie livre que separa os dois fluidos cisalhantes ´e controlado dinamicamente pelos efeitos da tens˜ao superficial e da viscosidade. A investiga¸c˜ao dessa dinˆamica ´e de interesse cient´ıfico e pr´atico. Por exemplo, misturas nos oceanos e na atmosfera s˜ao induzidas por insta-bilidades do tipo Kelvin-Helmholtz, as quais podem conduzir o escoamento ao regime turbulento. Simulamos computacionalmente a instabilidade de Kelvin-Helmholtz empregando um modelo de campo de fase para um fluido incompress´ıvel de densidade constante e viscosidade vari´avel, co-nhecido como Modelo H, e uma metodologia tridimensional completamente adaptativa.

Palavras-chave: Instabilidade de Kelvin-Helmholtz, Modelo H, M´etodos Semi-impl´ıcitos

1

Introdu¸

ao

Os modelos de campo de fase constituem uma classe particular dos modelos de interface difusiva. Nesses modelos, as transi¸c˜oes abruptas nas interfaces entre os diferentes fluidos s˜ao substitu´ıdas por camadas delgadas nas quais as for¸cas interfaciais s˜ao distribu´ıdas suavemente. A id´eia b´asica ´e introduzir um parˆametro de ordem ou campo de fase φ que descreve em cada instante o estado do fluido. Esse parˆametro de ordem varia continuamente sobre as finas camadas interfaciais, tornando-se mais uniforme no interior das fases.

A metodologia num´erica aplicada `a solu¸c˜ao das equa¸c˜oes do Modelo H [2, 3, 4, 5, 7, 10] consiste no uso de uma discretiza¸c˜ao temporal linear semi-impl´ıcita de segunda ordem e de uma acurada discretiza¸c˜ao espacial em malhas refinadas localmente que se adaptam dinamica-mente para recobrir a interface de transi¸c˜ao. Na discretiza¸c˜ao temporal, aplicamos o m´etodo de extrapola¸c˜ao de Gear com coeficientes vari´aveis no tempo e os sistemas lineares provenien-tes da discretiza¸c˜ao s˜ao solucionados com t´ecnicas multin´ıvel-multigrid. Quanto `a discretiza¸c˜ao do dom´ınio, utilizamos o refinamento local adaptativo introduzido por Berger [3] na solu¸c˜ao num´erica de equa¸c˜oes diferenciais parciais hiperb´olicas.

Parte desta pesquisa foi financiada pelo CNPq, pela National Science Foundation (projeto DMS 0609996) e

(2)

2

Modelo matem´

atico

O Modelo H acopla as equa¸c˜oes de Cahn-Hilliard [4, 5, 10] e de Navier-Stokes [4, 10] atrav´es de uma for¸ca de superf´ıcie dependente do campo de fase φ:

∂φ ∂t + u · ∇φ = ∇ · [M(φ)∇µ(φ)] , µ(φ) = δH[φ] δφ(x), H[φ] = Z Ω  1 2α|∇φ(x)| 2 + βf (φ(x))  dx, (1) ρ ∂u ∂t + u · ∇u  = −∇p + ∇ ·η(φ)(∇u + ∇uT) + µ(φ)∇φ, (2) ∇ · u = 0, (3)

sendo M (φ) a mobilidade ou coeficiente Onsager, µ(φ) o potencial qu´ımico, α e β constantes, ρ a densidade (constante), p a press˜ao, η(φ) a viscosidade e u o campo de velocidade.

Adimensionalizamos as equa¸c˜oes do Modelo H (1)-(3) com as vari´aveis

u′= u Uc , t′ = t Tc , x′ = x Lc , p′ = pLc ηcUc , (4)

sendo Lc, Uc, Tc e ηc o comprimento, a velocidade, o tempo e a viscosidade caracter´ısticas,

respectivamente. Selecionamos Lc como o comprimento horizontal do dom´ınio do escoamento e

Uc como a velocidade de cisalhamento. Definindo Tc = Lc/Uc e suprimindo as aspas, obtemos

as equa¸c˜oes do Modelo H adimensionalizadas [4, 10]: ∂φ ∂t + u · ∇φ = 1 P e∇ · [M(φ)∇µ(φ)] , (5) Re ∂u ∂t + u · ∇u  = −∇p + ∇ ·η(φ)(∇u + ∇uT) + 1 Caµ(φ)∇φ, (6) ∇ · u = 0, (7)

onde agora η(φ) e M (φ) s˜ao normalizadas pela viscosidade caracter´ıstica e pela mobilidade caracter´ıstica, respectivamente.

Os grupos adimensionais usados em (5)-(7) s˜ao o n´umero de Reynolds, o n´umero capilar e o n´umero de P´eclet, dados por

Re = ρUcLc ηc , Ca = ηcUc βLc , P e = UcLc Mcβ , (8)

respectivamente. O n´umero de Reynolds Re ´e a raz˜ao entre as for¸cas inerciais e viscosas; o n´umero capilar Ca fornece uma medida da magnitude relativa das for¸cas viscosas e capilares (ou de tens˜ao superficial) na interface; o n´umero de P´eclet P e ´e a raz˜ao entre as escalas temporais difusiva e convectiva.

Reescrevemos o n´umero capilar Ca como Ca = 2√32KCa∗, sendo K o n´umero de Cahn, uma

medida relativa da espessura da interface de transi¸c˜ao, Ca∗ = η

cUc/σ o n´umero capilar usual e

σ a tens˜ao superficial.

O potencial qu´ımico adimensional ´e dado por µ(φ) = φ3

− φ − K2

∇2φ e consideramos a

viscosidade η como uma fun¸c˜ao linear do campo de fase φ, ou seja, η(φ) = λ−12 φ + λ+12 , onde λ = η+/η ≤ η ≤ η+ e ηc = η−) ´e a raz˜ao de viscosidade.

3

Metodologia num´

erica

Adotamos o esquema temporal semi-impl´ıcito utilizado por Badalassi et al. [2] e uma discretiza¸c˜ao tridimensional adaptativa para as equa¸c˜oes do Modelo H. A discretiza¸c˜ao espacial [4, 10] ´e uma extens˜ao da discretiza¸c˜ao bidimensional adaptativa para a equa¸c˜ao de Cahn-Hilliard empregada por Ceniceros e Roma [5].

(3)

3.1 Discretiza¸c˜ao temporal

Considerando ϕ1 = φ, reescrevemos as equa¸c˜oes do Modelo H (5)-(7) como

∂ϕ1 ∂t = 1 P e∇ 2 ϕ2+ g1(ϕ1, ϕ2, u), (9) ϕ2= τ ϕ1− K2∇2ϕ1, (10) ∂u ∂t = − 1 Re∇p + ¯ η Re∇ 2u+ 1 Re Caµ(ϕ1, ϕ2)∇ϕ1+ g2(ϕ1, u), (11) ∇ · u = 0, (12) onde τ e ¯η s˜ao constantes e g1(ϕ1, ϕ2, u) = 1 P e∇ 2 µ(ϕ1, ϕ2) − 1 P e∇ 2 ϕ2− u · ∇ϕ1, (13) g2(ϕ1, u) = 1 Re∇ ·η(ϕ1)(∇u + ∇u T) − η¯ Re∇ 2u − u · ∇u, (14) µ(ϕ1, ϕ2) = ϕ31− (1 + τ)ϕ1+ ϕ2. (15)

Na estrat´egia semi-impl´ıcita, os termos g1 e g2 s˜ao tratados explicitamente, enquanto que os

demais termos do lado direito de (9)-(11) s˜ao tratados implicitamente. Empregamos o m´etodo de extrapola¸c˜ao de Gear de segunda ordem com coeficientes vari´aveis no tempo [4, 5, 10]. Assim, o esquema semi-impl´ıcito para o Modelo H ´e dado por

α2ϕn+11 + α1ϕn1 + α0ϕn−11 ∆t = 1 P e∇ 2ϕn+1 2 + β1g1(ϕn1, ϕn2, un) + β0g1(ϕn−11 , ϕn−12 , un−1), (16) ϕn+12 = τ ϕn+11 − K 2 ∇2ϕn+11 , (17) α2un+1+ α1un+ α0un−1 ∆t = − 1 Re∇p n+1+ η¯ Re∇ 2un+1 + 1 Re Caµ(ϕ n+1 1 , ϕn+12 )∇ϕn+11 + β1g2(ϕn1, un) + β0g2(ϕn−11 , un−1), (18) ∇ · un+1 = 0, (19) onde α0 = ∆t2/(∆t0∆t1), α1 = −∆t1/∆t0, α2 = (∆t0+ 2∆t)/∆t1, β0 = −∆t/∆t0 e β1 =

∆t1/∆t0, com ∆t = tn+1− tn, ∆t0 = tn− tn−1 e ∆t1 = ∆t0 + ∆t. Para um passo temporal

constante, os coeficientes αs e βs assumem seus valores usuais [4, 5, 10].

A estabilidade para a discretiza¸c˜ao semi-impl´ıcita descrita anteriormente foi analisada re-centemente por Xu e Tang [11] e os valores que usamos para os parˆametros de estabilidade τ e

¯

η concordam com os preditos em [11].

Em (16)-(19), o campo de fase ´e atualizado pela solu¸c˜ao de (16)-(17); j´a o campo de veloci-dade ´e atualizado com o emprego de um m´etodo de proje¸c˜ao [4, 10] para solucionar (18)-(19). Para iniciar o m´etodo de extrapola¸c˜ao de Gear utilizamos o m´etodo de Euler semi-impl´ıcito.

3.2 Discretiza¸c˜ao espacial adaptativa

O dom´ınio computacional ´e um paralelep´ıpedo Ω = [A1, B1] × [A2, B2] × [A3, B3]. Usamos

uma malha composta, isto ´e, refinada localmente, para solucionar eficientemente a fina camada de transi¸c˜ao da solu¸c˜ao. A malha composta ´e bloco estruturada e definida como uma sequˆencia hier´arquica de n´ıveis aninhados progressivamente mais finos [5]. A raz˜ao de refinamento entre dois n´ıveis sucessivos ´e dois. A malha composta ´e substitu´ıda dinamicamente para assegurar que a regi˜ao de transi¸c˜ao seja recoberta com o n´ıvel mais fino durante todo tempo. A remalhagem ´e acionada ap´os um certo n´umero de passos no tempo para adequar a malha composta [5, 10].

(4)

Para recobrir eficientemente a camada interfacial, marcamos para o refinamento todas as c´elulas computacionais nas quais o valor do campo de fase φ ´e pr´oximo de zero [5, 10]. Com o conjunto de c´elulas marcadas, as malhas em cada n´ıvel s˜ao geradas pelo algoritmo de Berger e Rigoutsos [3]. Para facilitar a implementa¸c˜ao do m´etodo de proje¸c˜ao, as vari´aveis s˜ao definidas em uma malha MAC [4, 10]. Assim, vari´aveis escalares como a press˜ao, o campo de fase e a viscosidade, s˜ao definidas no centro da c´elula computacional; as componentes da velocidade s˜ao definidas no centro das faces da c´elula computacional. Discretizamos os operadores gradiente, divergente e Laplaciano empregando diferen¸cas finitas de segunda ordem.

3.3 Solu¸c˜ao dos sistemas lineares

Solucionamos cinco sistemas lineares na malha composta: um para a equa¸c˜ao de Cahn-Hilliard, trˆes para os componentes da velocidade e um para a press˜ao. Para solucionar esses sistemas lineares empregamos um multigrid multin´ıvel, ou seja, um multigrid aplicado a cada n´ıvel de refinamento. Para tanto, fazemos distin¸c˜ao entre n´ıveis f´ısicos - n´ıveis de refinamento da malha composta - e n´ıveis virtuais - n´ıveis usuais associados ao multigrid. Dada a estrutura hier´arquica da malha composta, os n´ıveis virtuais s˜ao aqueles abaixo do n´ıvel f´ısico mais grosso. Baseados nos resultados preliminares reportados em [7], adotamos para o multigrid o ciclo W modificado. Este consiste em um ciclo V nos n´ıveis f´ısicos e um ciclo W nos n´ıveis virtuais. Nessa t´ecnica multigrid, empregamos Gauss-Seidel red-black para relaxar a corre¸c˜ao uma vez na descida e uma vez na subida. Na malha mais grossa, ao inv´es de solucionarmos exatamente a equa¸c˜ao residual, relaxamos a corre¸c˜ao algumas vezes. No ciclo W adaptado, utilizamos uma m´edia simples na restri¸c˜ao e interpola¸c˜oes trilineares no prolongamento [7, 10].

3.4 Estabilidade num´erica

Selecionamos ∆t conforme [2]. Por causa do tratamento expl´ıcito do termo convectivo, temos uma restri¸c˜ao de estabilidade do tipo CFL (Courant, Friedrichs e Lewy) dada por

∆tCFL ≤ |u|∞ ∆x + |v|∞ ∆y + |w|∞ ∆z −1 . (20)

Devido ao acoplamento das equa¸c˜oes de Cahn-Hilliard e Navier-Stokes, existe tamb´em uma restri¸c˜ao de estabilidade induzida pelo termo de tens˜ao superficial [2] da forma

∆ts≤ C1

ReCa[min{∆x, ∆y, ∆z}]3/2, (21) sendo C1 uma constante. Com a discretiza¸c˜ao semi-impl´ıcita proposta, constatamos que C1

pode ser 10 vezes maior do que em [2]. Finalmente, como verificado em [2], existe ainda uma restri¸c˜ao devido ao termo viscoso quando a interface ´e muito fina (K pequeno) e h´a uma grande varia¸c˜ao na viscosidade:

∆tv≤ C2

Re

λ − 1min{∆x, ∆y, ∆z}, (22) onde C2´e uma constante que tamb´em pode ser 10 vezes maior do que a verificada em [2]. Assim,

adotamos como estrat´egia de sele¸c˜ao do passo temporal

∆t = min{∆tCF L, ∆ts, ∆tv}. (23)

Como C1 e C2 podem ser iguais a 100, o passo temporal efetivo ´e compar´avel a ∆t ≤ 0, 5∆tCF L

na maioria de nossas simula¸c˜oes.

4

Simula¸

ao computacional

Em um escoamento cisalhante podem surgir instabilidades do tipo descrito pela primeira vez por Kelvin [9] e Helmholtz [8]. A Figura 1 ilustra a ocorrˆencia dessas instabilidades na atmosfera dos planetas Terra e Saturno.

(5)

(a) (b)

Figura 1: (a) Instabilidades de Kelvin-Helmholtz vis´ıveis em nuvens sobre o monte Duval na Austr´alia [12]; (b)Instabilidades de Kelvin-Helmholtz formadas pela intera¸c˜ao de duas camadas da atmosfera do planeta Saturno [12].

Figura 2: Instabilidade de Kelvin-Helmholtz: corte 2D em y = 0, 5 do campo de fase φ no tempo t = 0.

Na simula¸c˜ao computacional da instabilidade de Kelvin-Helmholtz com as equa¸c˜oes do Modelo H, consideramos a evolu¸c˜ao de uma interface inicialmente senoidal, como ilustra a Figura 2. Assumimos viscosidade constante (λ = 1), Re = 5000, Ca = 200 e K = 1, 5h, onde h ´e o espa¸camento da malha no n´ıvel mais fino. Empregamos uma malha composta com quatro n´ıveis de refina-mento, o que implica K = 1, 5/256. Adotamos P e = 200, algo da ordem de 1

K, e τ = 2 [11].

Consideramos um escoamento independente da vari´avel y para testar a habilidade do c´odigo adaptativo de conservar a simetria bidimensional. Definimos o campo de fase φ inicial

φ(0, x, y, z) = tanh 3(z − zc) K



(24)

em fun¸c˜ao da distˆancia `a curva

zc = 0, 01 sin(2πx)

para todo (x, y, z) em Ω = [0, 1]×[0, 1]×[−1, 1]. O campo de fase inicial (24) varia de tanh(−3) ≈ −0, 995 a tanh(3) ≈ 0, 995 em uma faixa de apenas trˆes c´elulas computacionais do n´ıvel mais fino cobrindo a regi˜ao de transi¸c˜ao.

Estabelecemos um escoamento inicial cisalhante na dire¸c˜ao x

u(0, x, y, z) = (tanh[25(z − zc)], 0, 0) (25) impondo u = ±1 e v = w = 0 em z = ±1, com condi¸c˜oes de contorno peri´odicas nas dire¸c˜oes x e y para o campo de fase φ e as componentes u e w da velocidade u. Na dire¸c˜ao z, empregamos condi¸c˜oes de contorno de Neumann homogˆeneas para o campo de fase φ e de Dirichlet para a componente w da velocidade u.

A Figura 3 mostra cortes 2D do campo de fase φ em diferentes tempos para ilustar a evolu¸c˜ao da interface senoidal para uma espiral do tipo olho de gato, tipicamente observada em experimentos [1]. A Figura 4 mostra o comportamento da press˜ao e das componentes u (dire¸c˜ao x) e w (dire¸c˜ao z) da velocidade durante a simula¸c˜ao. Nela, percebemos a existˆencia de dois centros de vorticidade conduzindo a dinˆamica do enrolamento. Por fim, a Figura 5 ilustra a malha composta em um instante da simula¸c˜ao.

(6)

(a) (b) (c)

(d) (e) (f)

Figura 3: Instabilidade de Kelvin-Helmholtz: cortes 2D em y = 0, 5 do campo de fase φ nos tempos (a) t = 0, 65, (b) t = 0, 87, (c) t = 1, 08, (d) t = 1, 34, (e) t = 1, 63 e (f) t = 1, 83.

(a) (b) (c)

Figura 4: Instabilidade de Kelvin-Helmholtz: (a) press˜ao, (b) componente u da velocidade (dire¸c˜ao x) e (c) componente w da velocidade (dire¸c˜ao z), em t = 1, 69.

5

Conclus˜

ao

Apresentamos uma estrat´egia num´erica para a simula¸c˜ao tridimensional completamente adaptativa de um modelo de campo de fase conservativo descrito pelas equa¸c˜oes do Modelo H. Com ela simulamos a instabilidade de Kelvin-Helmholtz. A dinˆamica simulada ´e consistente com aquela observada em simula¸c˜oes bidimensionais usando m´etodos do tipo fronteira imersa [6].

6

Ferramentas computacionais

A simula¸c˜ao computacional foi executada em uma Power Mac G5 (modelo M9592LL/A) com processador quad (duplo dual) de 2,5GHz, 16GB de mem´oria RAM, 250GB de disco r´ıgido, aritm´etica de 64 bits, compilador absoft para Fortran 90 e sistema operacional Linux (ydl). Os resultados foram visualizados no Tecplot 360.

(7)

(a) (b)

Figura 5: Instabilidade de Kelvin-Helmholtz: (a) isosuperf´ıcie em t = 1, 69 e (b) corte em y = 0, 5 da malha composta em t = 1, 69.

Referˆ

encias

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