Nutrição Parenteral
Farmácia Clínica; Farmácia
Hospitalar Nutrição
Parenteral.
Objetivos da aula
• Atuação do profissional na Terapia Nutricional;
• Entender a solicitação de Nutrição Parenteral;
• Acompanhamento clínico do paciente submetido ao
tratamento;
• Boas Práticas de Preparo da Nutrição Parenteral;
• Área física de manipulação da Nutrição Parenteral e
suas especificações técnicas;
Tópicos para discussão
Indicações de NP;
Necessidades nutricionais dos pacientes assistidos por esta terapia;
Avaliar questões farmacotécnicas envolvidas na preparação da NP;
Discutir a melhor estratégia com os profissionais envolvidos com a terapia;
Conhecer a legislação envolvendo a Terapia Nutricional Parenteral;
Desenvolver procedimentos operacionais, registrá-los e validá-los, abrangendo todo o processo de preparação da NP.
NUTRIÇÃO PARENTERAL (NP)
Consiste na administração total ou
parcial, por via intravenosa, dos nutrientes
necessários à sobrevivência do paciente,
em regime hospitalar, ambulatorial ou
domiciliar.
Questionamentos??
?
Questionamentos??? NUTRIÇÃO
PARENTERAL...
Questionamentos??? NUTRIÇÃO
PARENTERAL...
Portaria MS/SNVS nº 272, de 8 abril de 1998
Fixa os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
As Boas Práticas de Preparação da Nutrição Parenteral (BPPNP) estabelecem as orientações gerais para aplicação nas operações de preparação (avaliação farmacêutica, manipulação, controle de qualidade, conservação e transporte) das NP, bem como os critérios para aquisição de produtos farmacêuticos, correlatos e materiais de embalagem.
A farmácia deve ser responsável pela qualidade das NP que manipula, conserva e transporta, pois somente ela está em condições de evitar erros e acidentes mediante uma atenta vigilância nos seus procedimentos.
É indispensável a efetiva inspeção durante todo o processo de preparação das NP, de modo a garantir ao paciente a qualidade do produto a ser administrado.
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Segundo a Portaria nº 272/98, a equipe
multiprofissional de terapia deve ser formada por
pelo menos um profissional de cada
categoria.
Médico;
Farmacêutico;
Enfermeira;
Nutricionista.
OBS: Profissionais habilitados com
SUPORTE NUTRICIONAL
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
1. História clínica;
2. Exame físico;
3. Medidas antropométricas;
4. Valores laboratoriais;
PRESCRIÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL NO HC-UFPE
• 1. A aditivação de solução de Nutrição Parenteral, será atendida mediante prescrição em duas vias;
• 2. As prescrições devem ser enviadas à Farmácia até 11:00h, após este horário só serão atendidas no dia seguinte;
• 3. A suspensão de terapêutica nutricional, deverá ser comunicada à Farmácia imediatamente através de prescrição;
• 4. As soluções serão dispensadas para 24h;
• 5. Novas prescrições para o mesmo paciente, só devem ser enviadas quando for efetuar alguma mudança qualitativa ou quantitativa da solução;
• 6. As prescrições devem conter os seguintes dados: Nome do paciente, registro, clínica, leito, idade, diagnóstico, indicação e duração provável do tratamento e peso inicial.
PRESCRIÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL NO HC-UFPE
• 1. A aditivação de solução de Nutrição Parenteral, será atendida mediante prescrição em duas vias;
• 2. As prescrições devem ser enviadas à Farmácia até 11:00h, após este horário só serão atendidas no dia seguinte;
• 3. A suspensão de terapêutica nutricional, deverá ser comunicada à Farmácia imediatamente através de prescrição;
• 4. As soluções serão dispensadas para 24h;
• 5. Novas prescrições para o mesmo paciente, só devem ser enviadas quando for efetuar alguma mudança qualitativa ou quantitativa da solução;
• 6. As prescrições devem conter os seguintes dados: Nome do paciente, registro, clínica, leito, idade, diagnóstico, indicação e duração provável do tratamento e peso inicial.
NUTRIÇÃO PARENTERAL PRONTA PARA USO E PARA NEONATO
EMPRESA TERCERIZADA
COMPRA PELO PROCESSO DE LICITAÇÃO
COMPOSIÇÃO
DA SOLUÇÃO DE
Sistemas 2 em 1: compostos por
aminoácidos, glicose e micronutrientes.
Sistemas 3 em 1: compostos por aminoácidos,
glicose, lipídios e micronutrientes
Sistemas com vitaminas:
a NP pode ter aparência
amarelada.
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA
NUTRICIONAL (EMTN) PARA NUTRIÇÃO PARENTERAL
1. ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS MÉDICOS
1.1 Orientar o paciente e familiares quanto aos riscos do
procedimento;
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA
NUTRICIONAL (EMTN) PARA NUTRIÇÃO PARENTERAL
1. ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS MÉDICOS
1.2 Prescrever Nutrição Parenteral;
EXEMPLO DE CASO CLÍNICO
SOLICITAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL
NOME DO PACIENTE: Zumira da Silva
IDADE (anos): 45 PESO (Kg): 65 ALTURA (m): 1,65 UI / LEITO: UTI / 04
( x ) 1° REQUISIÇÃO ( ) PRORROGAÇÃO ( ) TROCA DE ESQUEMA
DIAGNÓSTICO: Sepse
ALB. INIC. (g/dl): 1,5
VCT (Kcal/dia): 1.625
NECESS. NUT INIC. (Kcal/dia): 406
SUPORTE NUTRICIONAL
COMO CALCULAR A NUTRIÇÃO
PARENTERAL?
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) PARA NUTRIÇÃO PARENTERAL
1. ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS MÉDICOS 1.3 Indicar NP;
INDICAÇÕES:
Impossibilidade de
utilização do trato
digestivo por via oral ou
enteral;
Impossibilidade temporária ou definitiva de nutrição pelo TGI: Cirurgias abdominais em geral
Impossibilidade temporária ou definitiva de nutrição pelo TGI: Traumas;
Impossibilidade temporária ou definitiva de nutrição pelo TGI: Isquemia mesentérica;
Impossibilidade temporária ou definitiva de nutrição pelo TGI: Aderências de alças;
Síndrome do intestino curto e Doença inflamatória
intestinal - Chron;
Impossibilidade temporária ou definitiva de nutrição pelo TGI: Neoplasias
Impossibilidade temporária ou definitiva de nutrição pelo TGI: Megaesofâgo e colonchagásico
Peritonites;
Situações de Hipermetabolismo Sepse;
Pré-operatório de pacientes com desnutrição
severa;
Vômitos e diarréias
DIAGNÓSTICO: Sepse
ALB. INIC. (g/dl): 1,5
VCT (Kcal/dia): 1.625
NECESS. NUT INIC. (Kcal/dia): 406
SUPORTE NUTRICIONAL AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
1. Inicialmente a determinação da cota calórica total - VCT: 1.1. Calorimetria direta e indireta;
1.2. Gasto energético basal (GEB) – Equação de Harris & Benedict.
1.3. Regra de Bolso.
ATENÇÃO!!!!
Medição do Gasto de Energia
Calorimetria: é a medição do metabolismo corporal por meio da
liberação de calor pelo corpo.
Calorimetria Direta
●
Liberação de calor real do organismo (Bouchard,
2003)
●
Medir produção de energia durante um longo período
de tempo, de pelo menos 24 hs.
Maior acurácia à realização (1% a 2% de erro).
C6H12O6 + 6 O2--- 6CO2 + 6H2O - 673 Kcal
Limitações do método:
Não é representativo de um ambiente de vida de um
indivíduo normal;
Engenharia complexa
Auto custo.
Calorimetria Indireta
O GE é estimado através da medição do VO2 consumido e
do VCO2 excretado.
O equipamento varia, mas a pessoa respira em uma
peça colocada na boca ou por um capuz ventilado,
através do qual os gases expirados são coletados.
1.2. Gasto energético basal (GEB) – Equação de
Harris & Benedict
Demanda energética = (GMR) X Fator de atividade x
Fator de estresse
Regra de Bolso.
Simples e de fácil manuseio, estimativa de Kcal por Kg de peso corporal.
Objetivo / Situação Kcal de peso corporal Perda de peso 20-25 Kcal/Kg
Ganho de peso 30-35 Kcal/Kg Cirurgia eletiva 32 Kcal/Kg Politraumatismo 35-40 Kcal/Kg
Sepse 20-25 Kcal/Kg
FUNÇÃO RENAL ALTERADA: ( X ) SIM ( ) NÃO FUNÇÃO HEPÁTICA ALTERADA: ( ) SIM ( X )
NÃO
AVALIAÇÃO
LABORATORIAL E
MONITORIZAÇÃO.
MONITORIZAÇÃO DO PACIENTE, RECEBENDO NUTRIÇÃO PARENTERAL
EXAMES CONTROLE OBS
Na, K, Cl Semanal Na primeira semana após a
introdução da NP, 3 por semana.
Ca iônico, PO4, Mg Semanal Na primeira semana após a introdução da NP, 2 por semana.
Uréia plasmática,
creatinina e Albumina. Semanal Função hepática: TGO,
TGP, GGT, FA Semanal
Na primeira semana após a introdução da NP, 2 por semana.
Leucograma, hemoglobina
e hematócrito Semanal Glicose periférica Diário Balanço hídrico 12 / 12h
Condições pediátricas
Prematuros;
Má formação congênita do TGI;
Diarréia crônica.
CONTRA-INDICAÇÕES:
1. Dificuldade de acesso venoso;
2. Doença terminal com mau prognóstico;
3. Pós-operatório imediato;
4. Edema agudo de pulmão;
VIAS DE ACESSO
VIAS DE ACESSO EM NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL O tempo de utilização da NPT
Osmolaridade da NPT
Osmolaridade de eletrólitos (mOsm/L) = concentração dos componente (g/l) x nº íons que dissociam x 1.000 / Peso molecular (g)
Osmolaridade de não eletrólitos (mOsm/L) = concentração de cada componente (g/l) x 1.000 / Peso molecular (g)
1. VIA PERIFÉRICA 2. VIA CENTRAL
INSUMOS CÁLCULO mOsmol
AA 10% [ ] f x 100 370
Glicose 9,53% [ ] f x 50 490
Sódio 70mEq mEq x 2 140
Potássio 50mEq mEq x 2 100
Magnésio 8mEq mEq x 1 8
Cálcio 10mEq mEq x 1,4 14
Fosforo 1,2mEq 1,2 x 1 1,2
Lipidio 20% 273mOsmol/L 85,9
Osmol 1.209,1
Avaliação da Osmolaridade da
Parenteral
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) PARA NUTRIÇÃO PARENTERAL
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS MÉDICOS E ENFERMEIROS
1.5 Estabelecer o acesso intravenoso central para adm da NP e preparar o paciente, o material e o local para a inserção do cateter intravenoso
VIA CENTRAL
1. Altas concentrações e longos períodos de nutrição. VANTAGEM:
Administração de soluções hiperosmolares DESVANTAGEM:
Maior risco de complicações
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) PARA NUTRIÇÃO PARENTERAL
3. ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS ENFERMEIROS Cateter venoso periférico
2. Veias de menores calibres – mão e antebraço; 3. Períodos curtos;
4. Ausência de desnutrição grave;
5. Paciente na fase transitória de NP para NE; 6. A tolerância osmótica máxima de 900mOsm/L. VANTAGENS:
Mais simples; Mais barata;
Menor risco de complicações – trombose, infecções. DESVANTAGEM:
Não permite a infusão de soluções hiperosmolares.
VIA PERIFÉRICA
1. Baixas concentrações de nutrientes – em grandes
volumes;
VIA INTRADIALÍTICA
Administração por via periférica ou pela
câmara de gotejamento venoso.
Fornecida pela diálise entre 3 – 4h.
As 2 primeiras sessões com ½ da
VCT
Monitoramento:
●
Distúrbios da glicose;
●Intolerância a lipídios e
VIA INTRADIALÍTICA
De acordo com as diretrizes da ESPEN, os critérios
de desnutrição para estes pacientes são:
* IMC (índice de massa corporal) inferior a 20
kg/m2;
* Perda de peso corporal superior a 10% em
seis meses;
* Albumina sérica inferior a 35 g/l;
* Transtirretina (pré-albumina) < 300mg/l.
É um excelente indicador do estado de nutrição protéica, pois possui uma elevada concentração tanto de aminoácidos essenciais como não-essenciais.Diminuição: inflamação, doenças hepáticas e enfermidades renais perdedoras de proteínas.
VIA INTRADIALÍTICA
De acordo com as diretrizes da ESPEN, os critérios
de desnutrição para estes pacientes são:
* IMC (índice de massa corporal) inferior a 20
kg/m2;
* Perda de peso corporal superior a 10% em
seis meses;
* Albumina sérica inferior a 35 g/l;
* Transtirretina (pré-albumina) < 300mg/l.
A NPID pode fornecer 800 a 1200 kcal três vezes
por semana, na forma de glicose, emulsão
lipídica e 30 a 60 g de proteína.
3. ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS ENFERMEIROS 3.2 Proceder ou assegurar a manutenção das vias de adm.; 3.3 Receber e inspecionar a NP vinda da farmácia;
3.4 Efetuar e / ou supervisionar a troca do curativo do cateter venoso;
3.5 Assegurar que qualquer outra droga e / ou nutrientes prescritos não sejam infundidos na mesma via de adm. da NP, sem a autorização formal da EMTN.
PADRÃO HCNP1 COMPOSIÇÃO UNID NPT 1. AA totais. g 48 2. Nitrogênio. g 6,8 3. Glicose. g 150 4. Lip. MCT/LCT. g -5. Sódio. mEq 37,2 6. Cloreto. mEq 35,5 7. Potássio. mEq 25 8. Cálcio. mEq 7,2 9. Magnésio. mEq 11,4 10. Fosfato. mEq 20 11. Acetato. mEq 22,9 12. Zinco. mMol -13. Caloria total. kcal 790 14. Cal. não prot. kcal 600 15. Kcal n prot./gN - 88 16. Osmolaridade mOsmol/L 1.400 17. Osmolaridade mOsmol/Kg 1.540 18. Via de adm - Central 19. Volume mL 1.000 NPT 60 8,6 120 75 75 72 45 9 9 11,25 60 0,045 1.435 1.195 139 840 920 Central 1.875 NPT 72 10,2 225 75 75 67,5 52,5 12 12 22,5 67,5 0,045 1.900 1.615 158 1.215 1.540 Central 1.875 NPT 108 15 270 75 100 90 70 16 16 30 90 0,06 2.215 1.795 120 1.540 2.090 Central 1.875 HCNP2 HCNP3 HCNP4
PADRÃO HCNP1 COMPOSIÇÃO UNID NPT 1. AA totais. g 48 2. Nitrogênio. g 6,8 3. Glicose. g 150 4. Lip. MCT/LCT. g -5. Sódio. mEq 37,2 6. Cloreto. mEq 35,5 7. Potássio. mEq 25 8. Cálcio. mEq 7,2 9. Magnésio. mEq 11,4 10. Fosfato. mEq 20 11. Acetato. mEq 22,9 12. Zinco. mMol -13. Caloria total. kcal 790 14. Cal. não prot. kcal 600 15. Kcal n prot./gN - 88 16. Osmolaridade mOsmol/L 1.400 17. Osmolaridade mOsmol/Kg 1.540 18. Via de adm - Central 19. Volume mL 1.000 NPT 60 8,6 120 75 75 72 45 9 9 11,25 60 0,045 1.435 1.195 139 840 920 Central 1.875 NPT 72 10,2 225 75 75 67,5 52,5 12 12 22,5 67,5 0,045 1.900 1.615 158 1.215 1.540 Central 1.875 NPT 108 15 270 75 100 90 70 16 16 30 90 0,06 2.215 1.795 120 1.540 2.090 Central 1.875 HCNP2 HCNP3 HCNP4
PADRÃO HCNP1 COMPOSIÇÃO UNID NPT 1. AA totais. g 48 2. Nitrogênio. g 6,8 3. Glicose. g 150 4. Lip. MCT/LCT. g -5. Sódio. mEq 37,2 6. Cloreto. mEq 35,5 7. Potássio. mEq 25 8. Cálcio. mEq 7,2 9. Magnésio. mEq 11,4 10. Fosfato. mEq 20 11. Acetato. mEq 22,9 12. Zinco. mMol -13. Caloria total. kcal 790 14. Cal. não prot. kcal 600 15. Kcal n prot./gN - 88 16. Osmolaridade mOsmol/L 1.400 17. Osmolaridade mOsmol/Kg 1.540 18. Via de adm - Central 19. Volume mL 1.000 NPT 60 8,6 120 75 75 72 45 9 9 11,25 60 0,045 1.435 1.195 139 840 920 Central 1.875 NPT 72 10,2 225 75 75 67,5 52,5 12 12 22,5 67,5 0,045 1.900 1.615 158 1.215 1.540 Central 1.875 NPT 108 15 270 75 100 90 70 16 16 30 90 0,06 2.215 1.795 120 1.540 2.090 Central 1.875 HCNP2 HCNP3 HCNP4
JUSTIFICATIVA:
Paciente em estado grave, com desnutrição severa e hipoalbuminemia.
MÉDICO SOLICITANTE/RUBRICA E