ESTRUTURAS SEDIMENTARES
LAMINAÇÕES
Lâminas são as menores estruturas identificadas em uma sequência
deposicional, delimitada acima e abaixo por:
1 - superfícies de não deposição;
2 – superfícies que marcam alterações abruptas nas condições de
deposição ou,
LAMINAÇÕES EM RIPPLES E DUNAS
DE CORRENTES
Com exceção da dimensão, não há variação entre a estrutura interna
de um ripple e de uma duna. A estrutura interna é caracterizada por:
- Poucas, ou apenas uma, lamina na face cavalgante;
- Várias lâminas na face deslizante (constituinte principal);
- poucas, ou apenas uma, lâmina de base.
Lâmina frontal Lâmina dorsal Lâmina basal
RIPPLES E DUNAS
DE CORRENTES –
estrutura interna
Lâminas frontais Lâminas frontais Lâminas basais Lâminas basais Lâminas de contra-fluxo Lâminas de contra-fluxoReineck and Sign 1973
DIFERENCIAÇÃO DE LÂMINAS
O desenvolvimento das lâminas deposicionais é relacionado:1 – Transporte e decantação seletiva associados a pulsos
intermitentes do transporte de sedimentos (cada lâmina leva entre 1 e 2 minutos para se formar).
2 – Rápida mudança na composição dos sedimentos que se desloca na face deslizante – variações na composição textural e mineralógica associada a segregação durante o transporte.
QUANTO MAIOR O RIPPLE MAIOR A SEGREGAÇÃO TEXTURAL
Reineck and Sign 1973
Carga em suspensão
Reineck and Sign 1973
RIPPLES DE ONDA CAVALGANTES
BALANÇO POSITIVO DE SEDIMENTOS DURANTE PROPAGAÇÃO DO RIPPLE
ATITUDE DAS LÂMINAS FRONTAIS
Lâminas frontais podem ter forma
Angular
Tangencial
Sigmoidal
Em baixas velocidades de fluxo, o sedimento é transportado por tração, acumula-se no topo da face dorsal e move-se em avalanche na face de deslizamento.
Com aumento da velocidade, parte do sedimento é transportado em suspensão, levada além da face de deslizamento e depositada na base da ondulação. O contato passa a ser tangencial, e o ângulo de repouso da face deslizante é reduzido. Ondulações de fluxo reverso tem condição de surgir. O aumento da carga em suspensão gera perfil sigmoidal.
ATITUDE DAS
LÂMINAS
FRONTAIS
Transporte Transporte
por tração em suspensão
Velocidade Tensão
de cisalhamento
Profundidade admensional
- COM O AUMENTO DA VELOCIDADE DIMINUI O NÚMERO DE LÂMINAS POR ÁREA E AUMENTA O NUMERO DE RIPPLES DE FLUXO REVERSO
- A MELHOR DEFINIÇÃO ENTRE AS LÂMINAS OCORRE COM QUANTIDADE
MODERADA DE TRANSPORTE EM SUSPENSÃO, E COM VELOCIDADES ALTAS AS LÂMINAS TORNAM-SE MENOS DISTINTAS
Lâminas frontais Lâminas frontais Lâminas basais Lâminas basais Lâminas de contra-fluxo Lâminas de contra-fluxo
Maior número de lâminas por unidade de área
Menor quantidade de lâminas de contra-fluxo
Menor número de lâminas por unidade de área
Maior quantidade de lâminas de contra-fluxo
Reineck and Sign 1973
Lâminas frontais Lâminas frontais Lâminas basais Lâminas de contra-fluxo Boersma et al. 1968
FORMAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
ONDULAÇÕES SIMPLES OU PRIMÁRIAS - ESTRUTURA INTERNACORRESPONDE E É CONCORDANTE À FORMA EXTERNA. A
ESTRUTURA REPRESENTA A MIGRAÇÃO DA FORMA EXTERNA EM QUESTÃO.
ONDULAÇÕES SECUNDÁRIAS OU COMPOSTAS – A ESTRUTURA INTERNA DAS LAMINAÇÕES É DISCORDANTE DA FORMA EXTERNA – NÃO HÁ RELAÇÃO GENÉTICA
LAMINAÇÕES EM RIPPLES DE ONDA
RIPPLES SIMÉTRICOS
E
ASSIMÉTRICOS
Águas profundas Águas rasas
Estruturas em “chevron”
Estruturas cruzadas de ondas
ondulação primária
Ondulação secundária
Reineck and Sign 1973 Reineck and Sign 1973
Reineck and Sign 1973
Reineck and Sign 1973
DISTINÇÃO ENTRE RIPPLES DE ONDA E
RIPPLES DE CORRENTE
RIPPLES DE ONDA TEM CONTATOS BASAIS IRREGULARES E ARRANJO AGRUPADO DE LAMINAS FRONTAIS
O ÍNDICE DE ESBELTEZ (Ri = COMPRIMENTO / ALTURA) SERVE COMO INDICAÇÃO - Ri < 4 = ONDA
Ri > 15 = CORRENTE
Reineck and Wunderlich 1961
DISTINÇÃO ENTRE RIPPLES DE ONDA E
RIPPLES DE CORRENTE
0 0 0 0 0 6 10 8 4 4 2 2 1 2.5 3 4 15 COMPRIMENTO RIPPLE ALTURA RIPPLEPROJ. HORIZ. FACE CAVALGANTE PROJ. HORIZ. FACE DESLIZAMENTO
COMP. TRECHO CRISTA CURVA x COMP, RIPPLE MINIMO COMP. MÉDIO x COMPRIMENTO MÁXIMO
COMP. MÁXIMO RIPPLE – COMP. MÍNIMO RIPPLE COMP. MÉDIO RIPPLE
COMP. DO TRECHO CURVO DO RIPPLE .
DISTÂNCIA ENTRE A CURVATURA E UMA CRISTA RETILINEA
COMP. DA CRISTA ENTRE BIFURCAÇÕES .
COMP. MÉDIO DO RIPPLE
correntes ondas
Tanner 1967
sobreposição
LÂMINAS E CAMADAS
Lâminas são encontradas dentro de camadas, apesar de mostrarem acamamento similar às camadas, mas em escala espacial 1 a 2 ordens de magnitude inferior. - A lâmina é uniforme em composição e textura, apesar de poder apresentar gradação textural
- As laminas não são laminadas internamente (observada a certa distância) - As lâminas tem extensão espacial restrita
- As lâminas formam-se em intervalo temporal bastante menor que as camadas Assim como as lâminas, as camadas são definidas por planos de acamamento formados por: 1 - superfícies de não deposição; 2 – superfícies que marcam alterações abruptas nas condições de deposição ou, 3 – superfícies erosivas.
Os planos de acamamento não apresentam espessura, e podem ser pararelos entre si, planos ou curvos.
RIPPLES E ESTRATIFICAÇÕES CRUZADAS
A estratificação cruzada é o tipo mais comum de estratificação, sendo
definida como uma camada consistindo de lâminas internas inclinadas
em relação ao plano principal de sedimentação.
São reconhecidos dois tipos de estratificações cruzadas:
1 – tabulares – quando os planos de definição entre as camadas são
paralelos ou semi-paralelos entre si.
2 – acanaladas -
quando os planos de definição entre as camadas são curvos ecom aspecto acanalado
RIPPLES E ESTRATIFICAÇÕES CRUZADAS
RIPPLES RETILÍNEOS RIPPLES SINUOSOS RIPPLES LINGÓIDES CRUZADAS MTO. FESTONADAS CRUZADAS LIG. FESTONADAS CRUZADAS
TABULARES PLANAS E PARALELAS
ACANALADAS
ACANALADAS
DESCONT
INUIDADE DAS CRIS
T
A
S
VELOCIDADE DAS CORRENTES
Planos de acamamento
Reineck and Sign 1973 Reineck and Sign 1973
Reineck and Sign 1973
Reineck and Sign 1973 Reineck and Sign 1973
RIPPLES E LAMINAÇÕES CRUZADAS
RIPPLES ROMBÓIDES
lamina d’água não excede 2 cm Pequena altura – não desenvolvem estruturas
Reineck and Sign 1973
Ripples Erosivos a Cavalgantes
Ripples cavalgantes produzidos
experimentalmente, com gradual
aumento de cavalgamento da
base para o topo.
Preservação progressivamente
maior das laminações no
reverso do ripple (face
cavalgante).
O cavalgamento é causado pelo
aumento da taxa de agradação
do fundo em relação à
velocidade de deslocamento do
ripple.
Torbjorn Tornqvist - Univ. Chicago
Agradação do leito
RIPPLES
BI-DIMENSIONAIS
ESTÁVEIS
Forma de leito bi-dimensional com deposição na face cavalgante
Forma de leito bi-dimensional cavalgando sobre uma face dorsal erosional
Exposição mostrando ripples
cavalgantes com face dorsal erosiva,
face dorsal deposicional, e agradação
vertical do fundo com empilhamento do ripple.
RIPPLES BI-DIMENSIONAIS ESTÁVEIS
Estrutura formada por feições de leito bi-dimensionais migrando sem
deposição (ângulo de cavalgamento 0o).
Estrutura formada por ripple erosivo
RIPPLES
BI-DIMENSIONAIS
INSTÁVEIS
Formas de leito sofrendo pequenasmas rápidas flutuações em altura
Agrupamentos de maré (tidal bundles) -assimetria da forma de leito variando a cada ciclo de maré
Tidal bundles em Oosterschelde - Holanda. Ripples migrando para cima na face de deslizament e variação da inclinação das lâminas
TIDAL BUNDLES
Espinha de Peixe – “herringbone”
Formada por fluxos unidirecionais alternantes, como marés de
enchente e vazante ou em na zona de surf com inversão da
deriva
RIPPLES TRI-DIMENSIONAIS
ESTAVEIS
CRISTAS MOVEM-SE FORA DE FASE CRISTAS MOVEM-SE EM FASE
ESTRATIFICAÇÃO HUMOCKY
Forma-se em condições de tempestade, quando dunas tridimensionais
localizadas abaixo da profundidade de base da onda de tempo bom
agradam sob influencia combinada de ondas (primariamente) e
correntes (secundariamente)
ESTRUTURA FLASER, WAVY E LENTICULAR
A alternância de camadas lamosas e arenosas em fundos com ripples pode gerar estes três tipos de estruturas sedimentares.A distinção entre eles é baseda na continuidade da camada arenosa.
Estruturas flaser apresentam camadas lamosas descontínuas separadas por continuas camadas arenosas.
Estruturas wavy é uma estrutura transicional entre flaser e lenticular, com camadas contínuas de lama e areia.
Estruturas lenticulares apresentam discontínuas camadas de areia
ESTRATIFICAÇÕES HETEROLÍTICAS maior p reservação de lam a maior p reservação de areia
ESTRUTURA FLASER, WAVY E LENTICULAR
FLASER
WAVY
ESTRUTURA FLASER, WAVY E LENTICULAR
Fina camada de lama depositada sobre ripples após maré de
quadratura. A lama é mais espessa na cava do que nas cristas, onde pode ser erodida com o aumento da energia das correntes associado ao aumento da altura das marés com a
aproximação da sizígia. Aaron Martin – Arizona State Uni.
Estruturas Flaser
Estruturas Flaser e Wavy
Reineck and Sign 1973 Reineck and Sign 1973
ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS
Estruturas de Escorregamento –movimentação e deslocamento das lâminas sob ação da gravidade
Estruturas de Desidratação – movimentação de lâminas devido à movimentação
ascendente da água
Estruturas de Carga – deformação das lâminas lamosas (plásticas) devido ao afundamento da camada arenosa
Estruturas Convolutas – resultado de dobramentos e contorções das lâminas sobre efeito de cisalhamento da superfície e liquefação do sedimento
ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS
Lagerbäck et al. 2004 -Geological Survey of Sweden
http://www.es.ucsc.edu/~es10/fieldtripEarthQ/Damage1.html Vulcões de lama
ESTRUTURAS DE DESIDRATAÇÃO
ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS
ESTRUTURAS CONVOLUTAS
W.K. FletcherESTRUTURAS DEFORMACIONAIS
ESTRUTURAS DE CARGA
BOLA E TRAVESSEIRO
ESTRUTURAS
DEFORMACIONAIS
Earth and Ocean Sciences
ESTRUTURAS DE CARGA
ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS
ESTRUTURAS DE RESSECAMENTO
ESTRUTURAS EROSIVAS
Flute – depressões produzidas em substrato lamoso, que quando preenchidas por areia formam moldes (“flute casts”). Abaixo moldes formados na base de turbiditos
John W.F. Waldron John W.F. Waldron
Canaletas - depressões alongadas formadas por objetos que foram arrastados sobre o substrato lamoso. Na foto observa-se o molde
ESTRUTURAS PRODUZIDAS POR
ORGANISMOS
RECIFE DE CORAL ESTROMATÓLITOS John W.F. Waldron John W.F. WaldronESTRUTURAS PRODUZIDAS POR ORGANISMOS
TRILHAS DE DESLOCAMENTO – PARALELAS AO FUNDO TUBOS DE ENTERRAMENTO