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O sentido da interdisciplinaridade no ensino de inglês como língua estrangeira

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Academic year: 2020

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RESUMO

O mundo está em constante transformação. A ação de ensinar, inevitavelmente, é com-pelida a buscar novas metodologias visando responder, eficazmente e objetivamente, as questões que lhe são apresentadas. O presente estudo tem como objetivo refletir a res-peito da importância da interdisciplinaridade no ensino da língua inglesa, demonstran-do uma proposição interdisciplinar que tem como finalidade a reflexão sobre o ensino de idiomas, definição de conceitos e suas sugestões na prática pedagógica. O trabalho também apresenta subsídios ao professor de inglês, para que a percepção interdisciplinar lhe proporcione novos horizontes para uma prática de ensino mais eficiente, integrada e contextualizada. Este estudo, de cunho bibliográfico, baseia-se em: Fazenda, 2003; Brasil, 1998; Sommerman, 2006; Paiva, 2005; Lück, 2005; entre outros. A partir dos resultados alcançados, compreende-se que a presença da interdisciplinaridade no ambiente de ensi-no e na prática pedagógica é fundamental para se almejar uma aprendizagem significativa proporcionando uma formação promissora e global na vida do cidadão.

Termos para indexação: Interdisciplinaridade; Língua Inglesa; Aprendizagem.

O sentido da interdisciplinaridade no

ensino de Inglês como língua estrangeira

Osiel Costa Oliveira1;

1 Professor do Instuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA, Mestrando em Letras, Universidade Federal do Tocantins, Campus Araguaína - UFT;

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The purpose of interdisciplinarity in

english teaching as a foreign language

ABSTRACT

The world is in constant change. The teaching act, necessarily, has to seek new methodo-logies to answer, effectively and promptly, problems facing education. This study aims to reflect about the importance of teaching English in an interdisciplinary way, having an interdisciplinary posture in a sense of reflexing, defining concepts and suggestions for the teaching practice. The work also presents aids, for English teachers, so that the interdisci-plinary perception encourages the search for new horizons to the teaching act promoting efficiency, integration and contextualization. This is a bibliographical study based on Fazenda, 2003; Brasil, 1998; Sommerman, 2006; Paiva, 2005; Lück, 2005; among others. Based on the results, the presence of the interdisciplinarity in the teaching environment and in the education practice is fundamental to significant learning, promoting a succes-sful global development of the citizens.

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1 INTRODUÇÃO

“É preciso substituir um pensamento que isola e separa por um pensamento que distingue e une.”

Edgar Morin

A disciplina Interdisciplinaridade e Forma-ção Docente, ministrada no Programa de Pós-Graduação em Letras pela Universida-de FeUniversida-deral do Tocantins, nos fez repensar a prática docente. As discussões dos temas propostos por essa disciplina nos inquieta-ram quanto à postura de um educador fren-te ao contínuo desafio de ensinar. Dentre eles, destacamos a interdisciplinaridade, por entendermos que, segundo Fazenda “sem ela nada tem sentido” (2001, p. 60). O mundo está em constante transformação porque a sociedade é questionada por seus conceitos. Este fato gera quebra de paradig-mas2, possibilitando assim o surgimento de novas estruturas do pensar e do fazer. Nesse contexto, compreende-se que a ação de en-sinar inevitavelmente é obrigada a buscar novas metodologias visando responder, efi-cazmente e objetivamente, às questões que lhe são apresentadas. Assim, a estrutura educacional vê-se obrigada a repensar ve-lhos conceitos e a sugerir novas formas de trabalho que satisfaçam esse cenário globa-lizado onde há uma educação fragmentada, na qual cada disciplina oferece uma forma-ção descontextualizada e desconectada de uma prática comprometida com os desafios do saber pedagógico, estando fadada ao atrofiamento.

2 “A constelação de crenças, valores e técnicas partilhada pelos membros de uma comunidade científica.” (KUHN, 1994 apud MORAES, 2004). Definição adotada, dentre muitas outra, por ser a mais adequada para o estudo.

A interdisciplinaridade é uma exigência das propostas emergentes da organização e aqui-sição de conhecimento devido à avalanche de informações que é gerada globalmente. Deve-se ainda considerar que a visão inter-disciplinar pressupõe consciência e planeja-mento, e não uma mera mistura de discipli-nas apediscipli-nas. Por estas razões, as escolas criam projetos interdisciplinares, as universidades designam grupos de estudo com especialis-tas nas diversas áreas do conhecimento e o governo institui e mantém parcerias com instituições nacionais e internacionais. A questão que norteia este estudo é: como interagir com essa interdisciplinaridade para que haja a construção de um conhecimento global, sem fragmentação, baseado na reali-dade, visando à formação de cidadãos? Esta pesquisa bibliográfica tem como obje-tivo fazer ponderações sobre a importância da interdisciplinaridade no ensino do in-glês como uma língua estrangeira, traçan-do um levantamento teórico conceitual sobre a percepção interdisciplinar e suas implicações na prática docente e no con-texto escolar.

Considerando o exposto, com vistas ao de-senvolvimento do conteúdo proposto, re-solve-se adotar o pensamento interdiscipli-nar na acepção que o entende como ato de resignificar3 a prática pedagógica que dis-pensa o comodismo e promove a busca de novos caminhos para que se obtenha uma aprendizagem significativa.

3 A termo ressignificação implica em aumentar a coerência entre o agir e pensar (FAZENDA, 2003).

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2 CONSIDERAÇÕES

SOBRE O TERMO

INTERDISCIPLINARIDADE

O termo interdisciplinaridade tem seu pri-meiro registro no Webster’s Ninth New Col-lege Dictionary, no Supplement to the Oxford English Dictionary e no Journal of Educational Sociology em 1937. A hiperespecialização, causada pelo pensamento cartesiano, fez com que o aprofundamento de cada dis-ciplina conduzisse às fronteiras de outras disciplinas, suscitando a interdisciplinari-dade (SOMMERMAN, 2006). Na década de 60 do século passado, o Centro de Pesqui-sa e Inovação Educacional da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) promoveu as primei-ras atividades de cunho interdisciplinar. Na ocasião, era discutido que a universidade, através de uma reflexão teórica interdisci-plinar, deveria desempenhar uma missão social para a resolução de problemas reais. Algumas teorias como: o estruturalismo, te-oria geral dos sistemas, a tete-oria cibernética e a da complexidade impulsionaram o alar-gamento da reflexão sobre a interdiscipli-naridade, propulsionando a realização de seminários e congressos por todo o mundo, principalmente na Europa.

Os primeiros centros de referência em torno da interdisciplinaridade surgiram nas déca-das de 80 e 90 do século passado. Elenca-se o Centro de Pesquisa Interuniversitário so-bre a Formação e a Profissão/Professor (CRI-FPE), e do Grupo de Pesquisa sobre Interdis-ciplinaridade na Formação de Professores (GRIFE), no Canadá, e do Centro

Univer-sitário de Pesquisas Interdisciplinar em Di-dática (CIRID), na França, bem como vários grupos de pesquisas em outros países (FA-ZENDA, 2001). As pesquisas de Julie Klein e William Newell ganharam notoriedade no país promovendo reformas educacionais de cunho interdisciplinar (FAZENDA, 2001). No Brasil, Ivani Fazenda (1986) criou o Gru-po de Estudos e Pesquisas sobre interdisci-plinaridade na Educação (GEPI) na Ponti-fícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), sendo a precursora das atividades interdisciplinares. As propostas fomentadas nesse grupo disseminaram-se para outras universidades gerando cursos de mestrado em interdisciplinaridade e grupos de estu-dos como o Núcleo Emergente de Pesquisa Interdisciplinar (NEPI) (FAZENDA, 2001). É importante frisar que a interdisciplinari-dade é uma exigência natural, frente à ques-tão da globalização. Nesse sentido, Fazenda (1994) aponta que a interdisciplinaridade surge quase como condição de sobrevivên-cia do conhecimento educacional. Ou seja, uma adaptação à realidade. Uma resposta a uma demanda da sociedade, em que o número de especialistas para resolver seus problemas de ordem social, política, eco-nômica, etc., é ilimitado, e que estes nada mais possuem do que um conhecimento cada vez mais extenso relativo a um domí-nio cada vez mais restrito.

Diante do exposto, o professor interdiscipli-nar é um pesquisador, um profissional que inova e luta contra a acomodação através de atitudes que revelam seu compromisso com o ensino e sua competência

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gica. A interdisciplinaridade oferece uma nova postura diante do conhecimento, uma mudança na aprendizagem que proporcio-na aos alunos e aos professores a interação com outras disciplinas, respeitando a indi-vidualidade de cada aula e uma compreen-são da realidade em sua complexidade. A interdisciplinaridade oferece um olhar próprio face ao conhecimento, uma propos-ta no ensino que proporciona aos alunos e aos professores uma interação com outras disciplinas, respeitando a individualidade e uma compreensão da realidade. Por isso Fazenda (2002, p.14) afirma que, “... a in-terdisciplinaridade encontra-se acoplada às dimensões advindas de sua prática em situ-ação real e contextualizada. ” Nesse senti-do, acredita-se que o caminho para o êxito no ensino é trabalhar a partir da realidade, tendo em vista que conteúdos ministrados convencionalmente possam ser ensinados através de uma construção de conhecimen-tos que refletem o cotidiano. Assim sendo, o desenvolvimento interdisciplinar nas es-colas favorece a aprendizagem que cons-truirá no aluno um sentimento de partici-pação ativa na sociedade globalizada.

A despeito da existência de dificuldades de uma integração entre professores de di-versas disciplinas, as reuniões escolares ou de classes devem versar não apenas sobre alunos e problemas escolares, mas também sobre tópicos a serem compartilhados de forma realmente interdisciplinar, pois, se o espaço ou momento de integração não ti-ver esse fim, a possibilidade da desfragmen-tação disciplinar estará fadada ao

insuces-so. É preciso adequar a escola às demandas atuais, e a proposta interdisciplinar é um meio de chegarmos a esse objetivo.

3 O ENSINO DA LÍNGUA

INGLESA NA PERSPECTIVA

INTERDISCIPLINAR

Segundo Paiva (2005, p.10), as pessoas usam o inglês como meio de comunicação em diversos países nos mais variados se-tores. O autor (op. Cit.) define essa língua como uma “epidemia que contamina 750 milhões de pessoas no planeta”.

Diante do exposto, percebe-se a tamanha relevância em se ensinar e aprender esse idioma indispensável na globalização, pois ele atua como um instrumento de acesso a informações que possibilita meios para o desenvolvimento pessoal integral.

O conhecimento da língua inglesa possibi-lita integração com conteúdo de diferentes disciplinas, proporcionando acesso ao uni-verso teórico e analítico das questões so-ciais. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) pontuam que o domínio de uma lín-gua estrangeira estreita essas questões:

A aprendizagem de uma língua es-trangeira é uma possibilidade de au-mentar a percepção do aluno como ser humano e como cidadão. Por isso, ela vai centrar-se no engaja-mento discursivo do aluno, ou seja, em sua capacidade de se engajar ou engajar em outros no discurso, de modo a poder agir no mundo social. (BRASIL, 1998, p.63)

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Nesse contexto, a prática da interdisciplina-ridade produzirá cidadãos capazes de par-ticipar ativamente nos discursos. Bakhtin (1986) chama a atenção para a perspectiva dialógica de linguagem, em que a língua é compreendida com a realidade e o sentido da palavra é determinado por seu contex-to. Por isso, o ensino do inglês, na visão interdisciplinar, não deve ser conduzido aos moldes da educação bancária (FREIRE, 1987), em que o professor é o único deten-tor do saber, impedindo a participação dos alunos no processo ensino-aprendizagem. O fazer docente deve ir além de habilidades linguísticas - mera memorização de conteú-do. O professor de inglês precisa contribuir para formar alunos pensantes (críticos) para que eles sejam inseridos como participantes ativos na sociedade. É por isso que a apren-dizagem da língua inglesa deve estar emba-sada numa perspectiva sócio-histórico-cul-tural (VYGOSTSKY, 1984), segundo a qual os sujeitos, situados no tempo e no espaço e inseridos em um contexto social, econô-mico, cultural, político e histórico, agem e refletem como criadores e transformadores do conhecimento e do mundo. Assim, os PCN (BRASIL, 1989) apregoam que o co-nhecimento de uma língua estrangeira, no caso o inglês é, portanto, necessário por ser um instrumento de compreensão do mun-do, de inclusão social e de valorização pes-soal. Ademais, esse idioma pode desempe-nhar uma função interdisciplinar brilhante, à medida em que possibilita o trabalho de ligação com aspectos culturais, temas de discussão social, folclóricos, geográficos, históricos, religiosos e artísticos que podem

se relacionar com conteúdo de qualquer disciplina, dando acesso a questões sociais e como elas são tratadas em diferentes luga-res, ampliando as possibilidades, enrique-cendo e favoreenrique-cendo os sujeitos envolvidos no processo de aquisição de saberes.

Para os PCN, esta “é a função interdisci-plinar que a aprendizagem da Língua Es-trangeira pode desempenhar no currículo” (BRASIL, 1998, p. 37). O estudo de inglês possibilita a participação social e através de textos, pode-se manter contato com cultu-ras, pensamentos, visões de mundo distin-tas, artigos históricos e imagens artísticas. Ampliando assim, a capacidade do aluno de compreender o desconhecido e oportu-nizar a construção de conhecimento a par-tir de suas experiências.

Durante o processo de aprendizagem inter-disciplinar de língua inglesa é preciso que o professor utilize estratégias diretas e in-diretas que proporcionem ao aprendiz uma forma ampla de conhecimento sobre as dis-ciplinas. Essas práticas pedagógicas devem ser trabalhadas em sala de aula pelo pro-fessor de inglês formando uma base para construir uma relação entre as demais disci-plinas. Os PCN apregoam que a função in-terdisciplinar da aprendizagem de Línguas Estrangeiras enriquece o currículo, levando em consideração o benefício das outras dis-ciplinas: História, Geografia, Ciências So-ciais, Artes, entre outras.

Dessa forma, a língua inglesa pode ser uma ponte para a construção de uma interação entre disciplinas como Física, Matemáti-ca, Biologia, Educação Física dentre outras.

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Tal realidade tenda a acabar com a visão de uma disciplina isolada e desestimulante em que o professor, preso ao sistema de ensino atual, trabalha a teoria voltada só para sua disciplina. É preciso que o professor inclua este processo de aprendizagem em seu coti-diano educacional, pois, se todos atentarem para esta inovação da aprendizagem que proporciona um estudo intenso e contínuo, teremos uma educação qualitativa e alunos cada vez mais capazes de competir de forma igualitária, conforme pontuado por Japias-su (1999, p.86), “o papel do educador não será mais o de um transmissor de conheci-mentos já feitos, mas o de alguém que seja capaz de manter desperto no educando o princípio da cultura continuada, que jamais poderá ser confinada ao tempo escolar.” Fazenda assegura que “ser interdisciplinar é superar a visão fragmentada não só das disciplinas, mas de nós mesmos e da reali-dade que nos cerca. (2001, p. 38)”. Assim, o caminho mais seguro para fazer a relação do inglês com outras disciplinas é trabalhar com a realidade. A abordagem interdisci-plinar permite que conteúdos que você tra-balhe de forma convencional, sejam ensi-nados e aplicados na prática. Mesmo que haja, na sala de aula, o desinteresse dos alu-nos em relação a esta disciplina, por diver-sas circunstâncias e por não fazer parte de sua realidade, é um desafio a ser superado. Dessa forma, é fundamental despertar o in-teresse no aluno pela aprendizagem da lín-gua inglesa justificando os benefícios que o conhecimento dessa língua pode promover nas práticas sociais.

É preciso perguntar o porquê de se ensinar e para quê ensinar determinado conteúdo, de onde vêm os currículos, que impactos as diferenças culturais podem influenciar dentro da sala de aula, e tantas outras ques-tões que são necessárias para a realização da prática docente. E mesmo que haja po-sicionamento preconceituoso, em relação a aprendizagem do idioma, como por um exemplo nesse discurso popularmente co-nhecido: “se ele não sabe português, como vai aprender inglês”. Faz-se necessário des-mistificar esse posicionamento. É como completa Japiassu:

O interdisciplinar provoca atitudes de medo e de recusa. Porque cons-titui uma inovação. E como todo novo, poderá provocar reações de te-mor. Todo novo incomoda. Porque questiona o já adquirido, o já fixado, o já aceito. Se não questionar, não é novo, mas novidade (1992, p.84).

A partir deste discurso, pode-se citar a re-lação das disciplinas de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, quando se estabelece um trabalho conjunto de interpretação de tex-tos, gramática, leitura e outros fatores, há uma evolução na compreensão dos conteú-dos, formando um aluno autônomo, capaz de construir seu conhecimento através de suas bases educacionais. E uma forma bási-ca de desenvolver a autonomia dos alunos é a promoção de discussões sobre o processo de aprendizagem, não apenas sobre os con-teúdos específicos a serem estudados em Língua Inglesa, mas mostrando-os de forma prática a importância das outras disciplinas juntamente com esta. Assim, a língua

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glesa não será mais vista como uma “língua estrangeira”, mas sim como uma outra dis-ciplina da matriz curricular que permitirá potencializar os saberes dos alunos conjun-tamente com as demais disciplinas.

É preciso que o professor de língua inglesa inclua esse processo de aprendizagem em seu cotidiano educacional, pois, se todos atentarem para essa forma de aprendizagem que proporciona um estudo intenso e con-tínuo, teremos uma educação promissora com alunos cada vez mais autônomos sen-do capazes de ampliar seus próprios conhe-cimentos. Assim sendo, a democracia do saber e uma cultura de despertamento para uma aprendizagem continuada, que não se restringe somente ao tempo que o aluno permanece na escola, estará instaurada.

4 CONCLUSÕES

A visão interdisciplinar agrega limites e condições de cada saber, criando pontes entre eles e gerando novos conhecimentos. Por isso, o desenvolvimento de um traba-lho em conjunto se faz necessário. Tal fenô-meno exige engajamento e planejamento entre todos os agentes envolvidos, erradi-cando, assim, sentimentos de conformis-mo e coconformis-modisconformis-mo: práticas que retrocedem a educação, promovendo um engessamen-to tanengessamen-to nas práticas pedagógicas como nas rotinas em sala de aula.

É necessária a contextualização do ensino de inglês nos desafios da atualidade e a va-lorização do papel da interdisciplinaridade

como instrumento de inserção na constru-ção de conhecimentos no contexto escolar. Assim, modelos tradicionais de ensino se-rão moldados diante desse mundo globali-zado repleto de desafios.

Enfim, um dos passos para realização da nova proposta é a mudança na postura do professor que deve colocar-se como apren-diz e buscar novas formas de trabalho para expor e discutir criticamente valores e sen-tidos, até porque o papel do educador não deve ser de um mero transmissor de conhe-cimentos prontos, mas o de alguém que seja capaz de manter no educando um in-teresse que jamais poderá ser confinado ao tempo escolar.

Em conclusão, o professor de inglês, que tem a interdisciplinaridade como aliada nas suas práticas pedagógicas, será um pro-fissional em formação contínua, não ape-nas acompanhando e se adequando a um mundo em constante mudança, mas tam-bém sendo capaz de provocar mudanças e promover um ensino promissor.

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REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. M. Speech genres and other late essays. Austin, TX: University of Texas

Press, 1986.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da

Edu-cação, 1998.

______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Brasília. DF: MEC/SEMTEC, 1998.

FAZENDA, Ivani. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 4 ed. Campinas:

Papirus, 1994.

_____. Práticas interdisciplinares na escola. São Paulo: Cortez, 2001. _____. Interdisciplinaridade: qual o sentido? São Paulo: Paulus, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

IBIAPINA, Aricelma, C. Metodologia da pesquisa científica: elaboração de projeto de

pesquisa, relatório e artigo científico. 2 ed. São Paulo: Lexia, 2012.

JAPIASSU, Hilton. A atitude interdisciplinar no sistema de ensino. TB. Rio de Janeiro, n. 108, p.83-93, jan/mar 1992.

LÜCK, H. Pedagogia interdisciplinar. Petrópolis: Vozes, 1994.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes e (org). Ensino de língua Inglesa: reflexões experiências.

São Paulo: Pontes, 2005.

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