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Washington Luis Reis Santos EFEITO DE TEORES DE Zr SOBRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS E ELÉTRICAS DE LIGAS Al-EC-Si APLICADAS NA ELABORAÇÃO DE LIGAS PARA Tx E Dx DE ENERGIA ELETRICA

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ÁREA DE CONCENTRAÇÃO – MATERIAIS E PROCESSOS

Washington Luis Reis Santos

EFEITO DE TEORES DE Zr SOBRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS E ELÉTRICAS DE LIGAS Al-EC-Si APLICADAS NA ELABORAÇÃO DE LIGAS

PARA Tx E Dx DE ENERGIA ELETRICA

(2)

EFEITO DE TEORES DE Zr SOBRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS E ELÉTRICAS DE LIGAS Al-EC- Si APLICADAS NA ELABORAÇÃO DE LIGAS

PARA Tx E Dx DE ENERGIA ELÉTRICA

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do titulo de Mestre em Engenharia Mecânica no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Pará.

Área de Concentração: Materiais e Processos de Fabricação.

Orientador: Prof. Dr. José Maria do Vale Quaresma.

(3)

F866c Santos, Washington Luis Reis

Efeitos de teores de Zr sobre as propriedades mecânicas e

elétricas de ligas Al-Ec-Si aplicadas na elaboração de ligas para Tx e

Dx de energia elétrica/ Washington Luis Reis Santos; orientador José

Maria do Vale Quaresma. – Belém, 2010.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Pará. Instituto

de tecnologia. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica,

2010.

1. Ligas Termorresistentes. 2. Tratamentos Térmicos. 3.

Resistência Mecânica. 4. Cabos de Linhas de Transmissão. I.

Quaresma, José Maria do Vale, orientador. II. Titulo

(4)

EFEITO DE TEORES DE Zr SOBRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS E ELÉTRICAS DE LIGAS Al-EC-Si APLICADAS NA ELABORAÇÃO DE LIGAS

PARA Tx E Dx DE ENERGIA ELETRICA

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do titulo de Mestre em Engenharia Mecânica no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Pará.

Área de Concentração: Materiais e Processos de Fabricação.

Orientador: Prof. Dr. José Maria do Vale Quaresma.

Data de aprovação:

Banca Examinadora:

____________________________________________________Orientador JOSÉ MARIA DO VALE QUARESMA, PROF. Dr. - UFPA.

____________________________________________________

AMILTON SINATORA, PROF. Dr.- USP/SP.

____________________________________________________

HILTON TULIO COSTI, PROF, Dr.- MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI.

____________________________________________________

ALEXANDRE LUIZ AMARANTE MESQUITA, PROF. Dr.- UFPA.

(5)

tornaram possíveis a elaboração deste

(6)

Ao eterno criador que nos permite, não apenas viver, mas nos dá

oportunidade da evolução moral e intelectual.

Aos meus pais e minha irmã pelo amor, carinho e apoio nos diversos

momentos. A vocês muito obrigado.

Ao Prof. Dr. Jose Maria do Vale Quaresma pela orientação, compreensão,

paciência e amizade.

A UFPA, a CAPES/CNPq, a Eletronorte e ao Grupo ALUBAR, pelo suporte

técnico e apoio financeiro para confecção deste trabalho.

Aos companheiros do grupo GPEMAT: Alberto, Amanda, Djanir, Edson

Emmanuelle, Iramar, Kazuo, Luciana, Matheus, Patrick, Paulo e Thamy pela

amizade e apoio na realização deste trabalho.

À equipe do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) por colaborar com a

(7)

Este trabalho objetiva desenvolver uma análise da influência do Zr na modificação

de características importantes em ligas de Al-EC-Si para aplicação como condutor

de energia elétrica, almejando obter-se propriedades termorresistentes. Para a

realização deste estudo, as ligas foram obtidas por fundição direta em lingoteira

metálica em formato “U”, a partir do Al-EC, fixando-se na base o teor de 0,7% de Si,

e em seguida, variando-se diferentes teores de Zr. Com o intuito de precipitar as

partículas de segunda fase chamadas de dispersóides, que tem como principal

característica a retenção da microestrutura deformada quando exposta a altas

temperaturas, foi necessário submeter as ligas a um tratamento térmico de 310 ºC

durante 24 horas afim de provocar o surgimento dos finos dispersóides de Al3Zr.

Foram estabelecidas duas etapas para obtenção dos resultados: A ETAPA I

composta da solidificação, usinagem e deformações obtidas com as ligas, gerando

os fios que foram utilizados em todos os ensaios. A ETAPA II repete os mesmos

procedimentos adotados na ETAPA I, porém é feito um tratamento térmico de 310ºC

por 24 horas antes da deformação. A caracterização das amostras dos fios de cada

liga quanto à termorresistividade, que obedeceu a exigência da COPEL (Companhia

Paranaense de Energia), sendo submetidos à temperatura de 230 ºC por uma hora e

foram feitos também tratamentos térmicos na temperatura de 310 e 390ºC, com a

finalidade de se avaliar a estabilidade térmica das ligas estudadas. Verificou-se de

maneira geral que teores crescentes de Zr provocam um refinamento de grão e

aumentam o LRT e a estabilidade térmica da liga, tanto na ETAPA I quanto na

ETAPA II. Foi observado ainda que na ETAPA I, a condutividade foi bastante

afetada pelos teores de Zr, e que a inserção do tratamento térmico da ETAPA II

melhorou a capacidade de conduzir energia elétrica na liga, particularmente para o

diâmetro que sofreram maior deformação.

Palavras-Chaves: Ligas Termorresistentes, Tratamentos Térmicos, Resistência

(8)

This paper aims to develop an analysis of the influence of Zr in the modification of

important characteristics of Al-EC-Si alloys used in electrical conductors, aiming to

obtain heat resistant properties. For this study, the alloys were obtained by direct

casting in a U-shaped ingot mold, from the Al-EC, with a base Si content of 0,7%,

and then varying with different amounts of Zr. Intending o precipitate second phase

particles called dispersoid, whose main characteristic is the retention of the deformed

microstructure when exposed to high temperatures, it was necessary to submit the

alloys to a heat treatment of 310 ºC for 24 hours in order to cause the appearance of

fine dispersoids of Al3Zr. Two steps were established to obtain the results: The Step I

was composed of solidification, machining and deformation obtained with the alloys,

generating the wires used in all tests. The Step II repeats the same processes

adopted in the Step I, however a heat treatment of 310 ºC for 24 hours was made

before deformation. The heat resistance characterization of the specimens of each

alloy followed the requirements of COPEL (Companhia Paranaense de Energia

Elétrica ) when submitted to temperatures of 230 ºC for 24 hours, and heat

treatments at temperatures of 310 ºC and 390 ºC were also made to evaluate the

thermal stability of the alloys. In general, it was observed that crescent contents of Zr

results in a grain refinement and a increase of the Ultimate Tensile Strength and

thermal stability of the alloy, both in the Step I and Step II. It was also observed that

in Step I, the electrical conductivity was severely affected by the Zr contents and the

addition of heat treatment in Step II increased the electrical conductivity of the alloy,

particularly to diameters that suffered higher deformation.

(9)

Capítulo 2

Figura 2.1- Propriedades físicas do alumínio (RUSSEL e LEE 2005)...22

Figura 2.2- Comparação da condutividade elétrica do alumínio com outros metais

(COBDEN 1994)...23

Figura 2.3- Influência dos elementos de liga sobre a condutividade elétrica do

alumínio. (HORIKOSHI et. al.2006)...25

Figura 2.4 – propriedades físicas do Zircônio (RUSSEL e LEE 2005)...28

Figura 2.5 – Partículas primárias de silício em uma liga de Al-Si hipereutética

(Handbook de Alumínio 2007)...30

Figura 2.7 - diagrama de fase de Alumínio-cobre mostrando as três etapas do

tratamento térmico de envelhecimento e as microestruturas produzidas durante o

processo (ASKELAND 2002)...32

Figura 2.8 – Exemplos de dispersóides. (a) Partículas de Al3Sc (A. TOLLEY et.al,

2004) (b) Fina dispersão de partículas exercendo fixação nos subgrãos e deste

modo inibindo a recuperação e aumentando a temperatura de recristalização em AW

1200 (ALUMATTER,2010)...33

Figura 2.9- Concentração de discordâncias (Floresta) em região adjacente a um

contorno de grão TEM 60000x (SCHAKELFORD,

2000)...35

Figura 2.10 – Variação das propriedades mecânicas em função da deformação a frio

(DIETER, 1984)...36

Figura 2. 11 – Vacâncias observadas no TEM. (a) Vacâncias combinadas em forma

complexas de disco no Zinco resfriado bruscamente (b) Alta densidade de vacâncias

em uma liga de Al- 4% Cobre resfriada bruscamente (ZLATEVA E MARTINOVA,

2008)...36

Figura 2.12 - Discordâncias parciais delimitando defeitos de empilhamento

(PADILHA, 2000)...37

Figura 2.13 – (a) Desenho esquemático do arranjo celular de discordâncias em grão

encruado (PADILHA E SICILIANO, 1996). (b) Estrutura celular no Al-1050 pós

(10)

Figura 3.1 - Fluxograma detalhando as operações metalúrgicas e de caracterização

para as ligas Al-0,7% Si da Etapa 1 modificadas com diferentes teores de

Zr...43

Figura 3.2 - Difusão dos metais de transição no Al (DUNAND, 2010)...44

Figura 3.3 - Fluxograma detalhando as operações metalúrgicas e de caracterização

para as ligas Al-0,7%Si da Etapa II modificadas com diferentes teores de

Zr...45

Figura 3.4 – Equipamentos utilizados para preparação das ligas: (a) Serra fita, (b)

balança digital e (c) forno utilizado na preparação das ligas...46

Figura 3.5 – Esquema de preparação e obtenção das ligas fundidas: (a) fundição do

material; (b) injeção de argônio; (c) coleta de amostras para análise química...47

Figura 3.6 – Laminador elétrico duo reversível: (a) Laminador “corpo” inteiro; (b)

detalhe do canal de laminação...48

Figura 3.7 – Multiohmímetro (ponte de kelvin) MEGABRÁS modelo MPK-2000...49

Figura 3.8 - KRATOS, modelo IKCL1-USB...51

Figura 3.9 (a) Corpo de prova ensaiado identificando as regiões que serão

analisadas, (b) Ultra som modelo METASOM – 14 e (c) Corpo de prova embutido

com cortes Longitudinal e Transversal...52

Figura 3.10 – Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) utilizado nas análises das

fraturas e das regiões transversais e longitudinais...52

Capítulo 4

Figura 4.1- Diagrama de Fase do Binário Al-Zr com a identificação das ligas

utilizadas e macrografias mostrando a evolução da estrutura bruta de fusão com a

(11)

resfriamento no vazamento durante a solidificação para a completa introdução do Zr

na solução solida super saturada (ZOLOTOREVSKY et al. 2007)...55

Figura 4.3 - Influencia da temperatura de fundição (a) taxa de resfriamento (b) sobre

a solubilidade do zircônio em solução solida (Sistema binário) (ZOLOTOREVSKY

et al.

2007)...56

Figura 4.4 - Microestruturas obtidas na liga Al-0,7%Si sem a adição de Zr. (a)

ampliação de 1000X, (b) ampliação de 2500X, mostrando morfologia de tipo “escrita

chinesa”...57

Figura 4.5 – Microestrutura da liga Al-0,7%Si sem adição de Zr, com indicação dos

pontos de analisados por EDS...58

Figura 4.6 - Microestruturas obtidas na liga Al-0,7%Si com a adição de 0,11% Zr. (a)

ampliação de 1000X, (b) ampliação de 2000X, observando-se estruturas com

morfologia de tipo “escrita chinesa”...59

Figura 4.7 – Microestrutura da liga Al-0,7% Si, com 0,11% de Zr, com indicação dos

pontos analisados por EDS...60

Figura 4.8 - Microestruturas obtidas na liga Al-0,7%Si com a adição de 0,26% de Zr.

(a) ampliação de 1000X, (b) ampliação de 1500X, observando-se estruturas com

morfologia tipo “escrita chinesa”...61

Figura 4.9 – Microestrutura da liga Al-0,7%Si, com 0,26% de Zr, com indicação dos

pontos analisados por EDS...62

Figura 4.10 - Microestruturas obtidas na liga Al-0,7%Si com a adição de 0,35% de

Zr. (a) ampliação de 1000X, (b) ampliação de 1500X estruturas com morfologia de

escrita chinesa...63

Figura 4.11 – Microestrutura da liga Al-0,7%Si, com 0,35% de Zr, com indicação dos

pontos analisados por EDS...64

Figura 4.12 - Microestruturas obtidas na liga Al-0,7%Si com a adição de 0,45% de

Zr. (a) ampliação de 1000X,(b) ampliação de 1000X (c) ampliação de 5000X

estruturas com morfologia de escrita chinesa...65

Figura 4.13 – Microestrutura da liga Al-0,7%Si, com 0,45% de Zr, com indicação dos

pontos analisados por EDS...66

Figura 4.14 – Resultados da Caracterização Mecânica da Etapa I para os diâmetros

(12)

Figura 4.15 – Resultados da caracterização elétrica da Etapa I para os diâmetros [4;

3,8; 3 e 2,7] mm. Em [A] sem Trat. Térmico; em [B] com Trat. Térmico a 230ºC; em

[C] com Trat. Térmico a 310ºC em [D] com Trat. Térmico a 390ºC e em [E] relação dos ganhos ocorridos... 71

Figura 4. 16 – Comparação das fraturas da liga Al-0,7% Si – 0,26 % Zr nos

diâmetros [4;3.8;3,0 e 2.7] mm Sem Tratamento Térmico [STT]...73

Figura 4.17 – Comparação das fraturas da liga Al-0,7% Si – 0,26 % Zr no diâmetro

de 3 mm Sem Tratamento Térmico [STT] e com diferentes tratamentos térmicos por

1 hora. [STT]; [TT230]; [TT310]; [TT390]...75

Figura 4.18 – Resultados da Caracterização Mecânica da Etapa II para os diâmetros

[4; 3,8; 3 e 2,7] mm. Em [A] sem Trat. Térmico; em [B] com Trat. Térmico a 230ºC;

em [C] com Trat. Térmico a 310ºC; em [D] com Trat. Térmico a 390ºC e em [E]

Relação das perdas ocorridas...77

Figura 4.19 – Resultados da caracterização elétrica da Etapa II para os diâmetros [4;

3,8; 3 e 2,7] mm. Em [A] sem Trat. Térmico; em [B] com Trat. Térmico a 230ºC; em

[C] com Trat. Térmico a 310ºC em [D] com Trat. Térmico a 390ºC e em [E] relação dos ganhos ocorridos...79

Figura 4.20 – Comparação das fraturas da liga Al-0,7% Si – 0,26 % Zr nos diâmetros

[4;3.8;3,0 e 2.7] mm tratados termicamente na ETAPA II...81

Figura 4.21- Comparação das fraturas da liga Al-0,7% Si – 0,26 % Zr na Etapa 2 no

diâmetro de 3 mm Sem Tratamento Térmico [STT] e com diferentes tratamentos

térmicos por 1 hora. [STT]; [TT230]; [TT310]; [TT390]...83

Figura. 4.22 - Caracterização mecânica da ETAPA I, Variação do LRT em função da

temperatura do tratamento térmico. material laminado a frio até o diâmetro de 3 mm

(com 90% de deformação)...85

Figura 4.23 Caracterização mecânica da ETAPA I, Perdas de Resistência em função

de diferentes temperaturas de tratamento térmico durante 1h...86

Figura 4.24 – Caracterização elétrica da ETAPA I, Condutividade em % IACS em

função de diferentes temperaturas de tratamento térmico durante 1h...87

Figura 4.25 – Caracterização elétrica da ETAPA I, Relação de % de ganhos em

(13)

(com 90% de deformação)...90

Figura 4.27 - Caracterização mecânica da ETAPA II, Perdas de Resistência em

função de diferentes temperaturas de tratamento térmico durante 1h...91

Figura 4.28 – Caracterização elétrica da ETAPA II, Condutividade em % IACS em

função de diferentes temperaturas de tratamento térmico durante 1h...92

Figura 4.29 – Caracterização elétrica da ETAPA II, Relação de % de ganhos em

(14)

CAPITULO 4

Tabela 4.1 – Composição química das ligas de alumínio modificadas com

Zircônio...53

Tabela 4.2 – composição química dos pontos analisados na figura 4.5 da liga sem

Zr...56

Tabela 4.3 – Composição química semiquantitativa em pontos da liga Al-0,7%Si sem

Zr, indicados na Figura 4.5...58

Tabela 4.4 – Composição química semiquantitativa em pontos da liga Al-0,7% Si,

com 0,11% de Zr, indicados na Figura 4.7...59

Tabela 4.5 – Composição química semiquantitativa em pontos da liga Al-0,7%Si,

com 0,26% de Zr, indicados na Figura 4.9...61

Tabela 4.6 – Composição química semiquantitativa em pontos da liga Al-0,7%Si,

com 0,35% de Zr, indicados na Figura 4.11...63

Tabela 4.7 - Composição química semiquantitativa em pontos da liga Al-0,7%Si, com

0,45% de Zr, indicados na Figura

4.13...66

Tabela 4. 8 – Correlação entre diâmetro do corpo de prova, limite de resistência à

tração (LRT) e temperatura de tratamento térmico...68

Tabela 4.9 - Correlação entre diâmetro do corpo de prova, condutividade IACS e

temperatura de tratamento térmico...70

Tabela 4.10 – Correlação entre diâmetro do corpo de prova, limite de resistência à

tração (LRT) e temperatura de tratamento térmico (T.T)...76

Tabela 4.11 - Correlação entre diâmetro do corpo de prova, condutividade IACS e

temperatura de tratamento térmico...78

Tabela 4.12 – Resultados experimentais da determinação do LRT em corpos de

(15)

Tabela 4.13 – Resultados experimentais da condutividade elétrica da liga Al-0,7%Si,

com diferentes teores de Zr, sem tratamento térmico (S.T.T.) e após a aplicação da

ETAPA I, com tratamento térmico à 230, 310 e 390°C...87

Tabela 4.14 - Resultados experimentais da determinação do LRT em corpos de

prova da liga Al-0,7%Si com diâmetro de 3 mm e diferentes teores de Zr, sem

tratamento térmico (S.T.T.) e após serem submetidos à ETAPA II, com tratamento

térmico à 230, 310 e 390°C...90

Tabela 4.15 - Resultados experimentais da condutividade elétrica da liga Al-0,7%Si,

com diferentes teores de Zr, sem tratamento térmico (S.T.T.) e após a aplicação da

(16)

SÍMBOLO SIGNIFICADO UNID.

A área de secção transversal mm2

d diâmetro mm

L comprimento cm

L0 comprimento corrigido cm

R resistência m/ohm

Rt resistência a t 0C ohm

R20 resistência a 20 0C ohm

Rv resistência elétrica por unidade de comprimento a 20 0C ohm/m

t tempo s

T temperatura °C

TL temperatura da linha liquidus K

Tv temperatura de vazamento oC

Τ taxa de resfriamento K/s

∆T intervalo de temperatura C

δ tensão MPa

ρc resistência volumétrica ohm x

mm2/m

SUB – ÍNDICES

SIMBOLO SIGNIFICADO

E1 ETAPA I

E2 ETAPA II

(17)

CTT com tratamento térmico

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 20

1.1. OBJETIVOS DO TRABALHO ... 22

1.1.1. GERAL ... 22

(18)

2.2.1. Características do Ferro em Ligas de Alumínio ... 26

2.2.2. Características do Cobre em Ligas de Alumínio ... 27

2.2.3. Características do Silício em Ligas de Alumínio ... 27

2.2.4. Características do Zircônio em Ligas de Alumínio ... 28

2.3. Partículas de Segunda Fase ... 29

2.3.1. Partículas Primárias ... 30

2.3.2. Constituintes ... 31

2.3.3. Precipitados ... 32

2.3.4. Dispersóides ... 33

2.4. Modificações Estruturais do Metal. ... 34

2.4.1. Conformação Plástica ... 34

2.4.2 Encruamento ... 35

2.4.3. Fatores que afetam a estrutura dos metais deformados ... 38

2.4.3.1. Energia de Falha de Empilhamento (EFE) ... 38

2.4.3.2. Átomos de soluto ... 39

2.4.3.3. Temperatura de deformação ... 40

2.4.3.4. Influência do tamanho de grão inicial ... 40

2.5. Recuperação ... 40

2.6. Recristalização ... 41

3. MATERIAIS E MÉTODOS ... 43

3.1. ETAPA I ... 43

3.2. ETAPA II ... 45

3.3. Teste de Termorresistividade. ... 49

3.4. Caracterização Elétrica das Ligas ... 49

3.5. Caracterização Mecânica das Ligas ... 51

3.6. Caracterização Estrutural da Liga ... 52

3.6.1. Preparação das Amostras para Análise Estrutural ... 52

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 54

4.1. Composição Química das Ligas ... 54

4.2. Efeitos do Zircônio na Estrutura Bruta de Fusão ... 54

4.2.1. Teoria do Diagrama de Fases ... 54

4.2.2. Análise da Estrutura Bruta de Fusão via MEV ... 58

4.2.2.1 Analise da liga Al-0,7%Si sem adição de Zr ... 58

4.2.2.2. Analise da liga Al-0,7%Si com adição de 0,11% de Zr ... 60

4.2.2.3. Análise da liga Al-0,7%Si com adição de 0,26% de Zr ... 61

4.2.2.4. Analise da liga Al-0,7%Si com adição de 0,35% de Zr ... 63

4.2.2.5. Analise da liga Al-0,7%Si com adição de 0,45% de Zr ... 65

4.3. Caracterização da Liga com 0,26% de Zr ... 68

4.3.1. ETAPA I ... 68

4.3.1.1. Caracterização Mecânica ... 68

4.3.1.2. CARACTERIZAÇÃO ELÉTRICA ... 71

4.3.1.3. Caracterização Estrutural ... 73

4.3.1.4. Fractografia do φ =3mm ( com e S.T.T) ... 75

4.3.2. ETAPA II ... 77

4.3.2.1. Caracterização Mecânica ... 77

4.3.2.2. Caracterização Elétrica. ... 79

4.3.2.3. Caracterização Estrutural ... 81

(19)

4.4.1.2. Caracterização Elétrica. ... 87

4.4.2. Resultados da ETAPA II ... 90

4.4.2.1. Caracterização Mecânica ... 90

4.4.2.2. Caracterização Elétrica ... 92

5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ... 94

5.1 Conclusões ... 94

ETAPA I ... 94

ETAPA II ... 95

5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ... 96

(20)

Capítulo 1

1. INTRODUÇÃO

O mundo tem assistido nos últimos anos a um aumento constante da

demanda de energia elétrica, industrial e doméstica. Devido a esta ampliação,

surgem problemas como o aumento de temperatura nos cabos e linhas de

transmissão, que tem como principal conseqüência, a deterioração das

características mecânicas. Deste modo, vários países estão realizando

pesquisas para o desenvolvimento de uma liga que contenha boas

propriedades mecânicas e elétricas e que resista a temperaturas elevadas.

O alumínio devido a sua abundância, leveza e condutividade elétrica já

vêm sendo utilizado como um meio para a transmissão de energia há pelo

menos 80 anos, porém suas propriedades mecânicas acabam se deteriorando

com as temperaturas que algumas linhas estão sendo submetidas.

Pesquisas no Japão na década de 50 e 60 produziram uma série de

ligas de alumínio - zircônio que resistem ao efeito do recozimento a altas

temperaturas. Nesta época, as altas taxas de crescimento da economia em

conjunto com o desenvolvimento industrial intensificaram a demanda por

energia elétrica. Essa solução tecnológica foi utilizada já na década de 60 pelo

Japão e outros países em desenvolvimento se beneficiam deste novo material

para suprir a sua demanda populacional e industrial.

O Brasil, enquanto país em desenvolvimento, destaca-se no crescimento

do consumo de energia em relação aos países mais desenvolvidos de acordo

com Ambrosi e Gonzatto (1993). Em termos de energia elétrica, o crescimento,

em média, é de 8 % ao ano para um crescimento econômico em torno de 1%

ao ano; enquanto que nos países desenvolvidos o índice de crescimento

aproxima-se de 1%. Isto significa dizer que, enquanto nos países em

desenvolvimento, como o Brasil, a necessidade de duplicação de sua

capacidade de oferta de energia está em torno de oito anos em média, nos

países desenvolvidos, isto acontece a cada sessenta e quatro anos. Programas

(21)

elétrica, naturalmente provocará a necessidade de mais energia e que

naturalmente devera vir de fontes das mais variadas distâncias até os

consumidores. Estes fatores podem fortemente contribuir para o

envelhecimento da estrutura da rede de transmissão e distribuição de energia

existente na nação, com conseqüências alarmantes.

Os problemas tendem a se manifestar particularmente durante o período

quente do verão, quando altas amperagens são exigidas para satisfazer o

aumento da demanda, fatores que combinados podem ocasionar blecautes.

Por outro lado, a combinação de elevada demanda e temperatura também

conduz para aumentar a flecha dos condutores, causando redução de provisão

da rede de operadores e em alguns casos causando blecautes quando a flecha

permitida excede o limite do vão.

Se, por um lado, temos o desafio de megas investimentos na feitura de

novas linhas, por outro, podemos aumentar a capacidade de transmissão e

distribuição de energia elétrica das linhas atualmente existentes usando estas

ligas de Al-Zr. Neste caso, com investimentos menores por exigirem pequenas

modificações, mas que podem trazer um incremento da temperatura

operacional, sem aumentar as perdas de Joule-efeito, enquanto limita a flecha

dentro de valores aceitáveis nas instalações existentes.

Baseados nestes fatos este trabalho propôs-se a estudar o

comportamento elétrico e mecânico de uma liga de alumínio com diferentes

adições do elemento Zr a caracterizando como uma liga conhecida como TAL

Thermal resistant Aluminium Alloy (Liga de alumínio termorresistente) para a

(22)

1.1. OBJETIVOS DO TRABALHO

1.1.1. GERAL

Este trabalho objetiva analisar o efeito de diferentes teores [0,11; 0,26;

0,35 e 0,45] % de Zr, sobre uma liga base Al-EC- 0,7% Si, para fins de

transmissão e distribuição de energia elétrica. Através do estudo das

propriedades mecânicas e elétricas das ligas elaboradas.

1.1.2. ESPECÍFICO

• Elaboração das ligas a serem avaliadas, nas composições químicas pré-estabelecidas para execução do trabalho.

• Caracterização das ligas para corpos de prova do molde “U”.

• Realização de tratamento térmico para a precipitação das partículas dispersóides e avaliação do mesmo.

• Realização de tratamentos térmicos para avaliar as características de termorresistencia das ligas.

(23)

Capítulo 2

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. O alumínio

O alumínio é um metal leve atóxico e não magnético pertencente ao

sistema cúbico de face centrada, C.F.C, tendo uma condutibilidade térmica,

inferior somente às da prata, cobre e ouro, tornando-o adequado para

aplicações em equipamentos destinados a permuta de calor. Tem a segunda

maior condutividade elétrica dos metais não preciosos, perdendo apenas para

o cobre. Estas características aliadas à abundância do seu minério principal

vêm tornando o alumínio o metal mais importante, após o ferro. (CHIAVERINI

2003) A figura 2.1 mostra a comparação de algumas propriedades físicas do Al

com outros metais.

(24)

Devido à sua baixa densidade, a condutividade elétrica por massa do

alumínio puro, é o dobro da cobre recozido e maior do que a de qualquer outro

metal, como mostrada na Figura 2.2.

Figura 2.2- Comparação da condutividade elétrica do alumínio com outros

metais (COBDEN 1994).

A condutividade elétrica é definida como o inverso da resistividade, e é

uma das propriedades mais sensíveis do alumínio, sendo bastante afetadas

pela mudança de composição químicas e tratamento térmico. A adição de

outros metais para a formação de ligas diminui a condutividade elétrica do

alumínio, porém esta inserção provoca benefícios adicionais como o aumento

na resistência mecânica. O tratamento térmico também afeta a condutividade

destes elementos em solução sólida produzindo melhor resistência do que os

constituintes dissolvidos. A Figura 2.3 mostra a influência da adição de

elementos na condutividade elétrica do Al.

As excelentes propriedades elétricas do alumínio tornaram este

elemento uma escolha óbvia para aplicações na indústria elétrica,

principalmente na distribuição e transmissão de energia (COBDEN, 1994). As

linhas de transmissão usando cabos de alumínio foram inicialmente

construídas na Califórnia entre 1895 e 1898. A primeira linha de transmissão

utilizando cabo de alumínio com sete fios foi construída em 1899 e permaneceu

em operação por mais de 50 anos, iniciando-se assim a utilização do alumínio

(25)

Quando o cabo de alumínio entrou em grande uso no início desse

século, experiências indicaram a necessidade de um condutor com uma maior

relação resistência/peso. Por isso, em 1907, um novo cabo composto de

alumínio e aço foi introduzido, o Cabo de Alumínio com Alma de Aço – CAA.

Esse cabo combinou o baixo peso e a alta corrente do alumínio com a

resistência mecânica do aço galvanizado, obtendo aceitação rápida e sendo

muito utilizado em todo o mundo. A ótima condutividade do cabo CAA juntou-se

à sua excelente relação resistência/peso e à facilidade de manuseio, fazendo

dele o cabo mais utilizado para a eletrificação rural nos Estados Unidos

(NASCIMENTO, 2004).

Figura 2.3- Influência dos elementos de liga sobre a condutividade elétrica do

(26)

2.2. Elementos de Liga

Os elementos de ligas mais importantes utilizadas para conferir

propriedades específicas ao alumínio são: silício (Si), magnésio (Mg),

manganês (Mn), cobre (Cu) e zinco (Zn).

Todas as ligas comerciais contêm cerca de 0,1 a 0,4 por cento de ferro

(Fe), em peso. Este teor de ferro pode ser visto como uma impureza no

alumínio dependendo das matérias-prima (alumina) e ao processo de redução

eletrolítica. O ferro é utilizado ocasionalmente para dar qualidades especiais ao

material (por exemplo, as propriedades da folha de alumínio). Outros

elementos de liga freqüentemente usado em combinação com um ou mais dos

principais elementos de liga incluem o bismuto (Bi), boro (B), cromo (Cr),

chumbo (Pb), níquel (Ni), titânio (Ti) e zircônio (Zr) . Estes elementos são

normalmente utilizados em pequenas quantidades (< 0,1 por cento em peso,

embora B, Pb e Cr podem conter até 0,5 por cento) para adequar as ligas para

fins especiais, agregando com propriedades como fusibilidade, usinabilidade,

resistência ao calor, resistência à corrosão, resistência à tração, por se tratar

dos elementos que serão utilizados no presente estudo será dada a ênfase no

cobre (Cu), ferro (Fe), silício (Si) e zircônio (Zr).

2.2.1. Características do Ferro em Ligas de Alumínio

O ferro geralmente é uma impureza presente em praticamente todas as

ligas de alumínio, mas em algumas delas pode estar presente como um

importante elemento de liga, adicionado, porém em teores sempre inferiores a

1 %. HATCH (1984). O ferro apresenta alta solubilidade no alumínio fundido e

por esta razão é facilmente dissolvido em todos os estágios de produção. A

solubilidade do ferro no estado sólido é muito baixa, aproximadamente 0,05%,

conseqüentemente a maior quantidade de ferro presente no alumínio

encontra-se apenas como faencontra-se intermetálica encontra-secundária, diluída freqüentemente com

(27)

condutores elétricos com o objetivo de aumentar a resistência mecânica da liga

e melhorar moderadamente suas características de fluência a altas

temperaturas. (ASM INTERNATIONAL, 1998).

O ferro reage com o alumínio formando uma série de fases

intermetálicas, as mais comum das quais são FeAl3, FeMnAl6 e α- AlFeSi.

Estas fases essencialmente insolúveis são responsáveis por melhorias na

resistênciada liga, especialmente a temperaturas elevadas (KAUFMAN e

ROOY, 2004).

2.2.2. Características do Cobre em Ligas de Alumínio

Segundo Gomes e Bresciani (1976) o cobre foi um dos primeiros

elementos de liga empregados e ainda tem uma larga utilização. O cobre

aumenta consideravelmente a resistência mecânica e a dureza do fundido

tanto antes como depois do tratamento térmico. É bastante solúvel no alumínio

em altas temperaturas (5% a 524ºC) e apenas ligeiramente solúvel a

temperatura ambiente.

As ligas de alumínio-cobre tem sido amplamente utilizadas em formas

fundidas ou trabalhadas onde a resistência e a tenacidade são exigidas. Estas

ligas apresentam alta resistência e dureza a temperaturas ambientes e

elevadas (KAUFMAN e ROOY, 2004).

2.2.3. Características do Silício em Ligas de Alumínio

O silício é o elemento mais usado comercialmente nas ligas para

fundição, pois confere aumento na fluidez ao no alumínio promovendo uma

melhor movimentação do liquido através das cavidades do molde de fundição,

permitindo a obtenção de produtos com formatos mais complexos. Também

(28)

porosidade nas peças fundidas e o coeficiente de expansão térmica (GOMES e

BRESCIANI, 1976).

O binário Al-Si é um eutético que ocorre à temperatura de 577ºC em um

teor correspondente a 12,6% de silício e o sistema exibe uma solubilidade de

1,65% do Si no alumínio.

2.2.4. Características do Zircônio em Ligas de Alumínio

É conhecido há muito tempo que a adição de pequenas quantidades de

zircônio no alumínio causa a diminuição dos tamanhos dos grãos Yanagisawa

et. al., (1956), descrevem em suas pesquisas, os efeitos do zircônio no

processo de diminuição de grão, quando adicionados a uma liga de alumínio. O

efeito de refinamento é menor quando comparado com o titânio. Além disso, o

zircônio tende a reduzir o efeito do refinamento de grão do titânio com adições

de boro, assim é necessário usar mais titânio – boro para refinar ligas contendo

zircônio (ASM INTERNATIONAL, 1998).

Adições de zircônio na faixa de 0,1 e 0,3% são usadas para a formação

de precipitados refinados de partículas intermetálicas, que inibem a

recuperação e a recristalização. Um elevado número de ligas, particularmente

as da família Al-Zn-Mg, usa adições de zircônio para aumentar a temperatura

de recristalização e para controlar a estrutura dos grãos em produtos

trabalhados (ASM INTERNATIONAL, 1998).

Ligas de Al-Zr são utilizadas como condutores de energia de alta

resistência térmica, conhecidos como TAL thermal resistant aluminium alloy

(Liga de alumínio Termorresistente), que tem como principal vantagem

preservar as suas características mecânicas, ou não sofrerem a uma

deterioração considerável, mesmo quando expostas a altas temperaturas de

operação, durante longos períodos de tempo (ultrapassando 20 anos)

(29)

Figura 2.4 – propriedades físicas do zircônio (RUSSEL e LEE 2005)

2.3. Partículas de Segunda Fase

As partículas de segunda fase influenciam as propriedades mecânicas

dos metais, tais como endurecimento e resistência mecânica (MEYERS e

CHAWLA, 2009). Elas afetam a microestrutura dos materiais modificando

tamanho de grão, resistência térmica e conseqüentemente a superfície da

fratura dos materiais.

Alguns elementos são adicionados em ligas, e as suas relações com a matriz

ou com os elementos já presentes formam partículas de segunda fase que

agregam propriedades ou características especificas ao material. Baseado

nestas informações é necessário o conhecimento das diferentes partículas de

segunda fase para uma melhor aplicação do material.

As partículas de segunda fase são definidas segundo o seu modo de

formação e na sua habilidade para se dissolver na matriz, sendo divididas em

(30)

• Partículas primárias.

• Constituintes.

• Dispersóides.

• Precipitados

2.3.1. Partículas Primárias

Partículas primárias referem-se à fase sólida que separa a partir da

fundição. Partículas primárias de silício são mostradas na Figura 2.5 formada

na fundição, quando a liga de Al-Si hipereutética solidifica por decomposição

eutética. A ductilidade decresce com o aumento do tamanho das partículas de

silício sendo importante o controle das mesma.

Em ligas trabalhadas, partículas macroscopicamente grandes de Al7Cr,

Al3Ti e Al3Zr que podem ser formadas por reação peritética, são indesejáveis se

a composição química não for completamente controlada (TIRYAKIOGLU e

STALEY 2003; METALLOGRAPHY and MICROSTRUCTURES, 2004).

Figura 2.5 – Partículas primárias de silício em uma liga de Al-Si hipereutética.

(31)

2.3.2. Constituintes

Este composto intermetálico formado por uma reação eutética durante a

solidificação, ou essencialmente puro silício que se forma durante a

solidificação de uma liga de Al-Si hipoeutética. A Figura 2.6 mostra algumas

partículas constituintes no alumínio. Muitos desses constituintes solúveis

dissolvem também durante o preaquecimento dos lingotes antes dos processos

de deformação ou durante o tratamento térmico de solubilização de perfis

fundidos ou produtos trabalhados. O tamanho dos constituintes decresce com o

aumento da taxa de solidificação.

Partículas constituintes têm uma interface não coerentes com a matriz e

são grosseiros interferindo na mobilidade das discordâncias e contornos de

grão, conseqüentemente, proporcionam um aumento na resistência mecânica

(METALLOGRAPHY and MICROSTRUCTURES, 2004)

O estudo de Freitas (2010) (onde foi possível definida a liga base Al-Si

para a presente pesquisa) demonstra a influência das fases α e β, escrita

chinesa e estrutura acicular, respectivamente, ambas as partículas

constituintes sobre as propriedades mecânicas e acréscimo de resistência

mecânica.

Figura 2.6 – Partículas constituintes no alumínio (a) partícula constituinte em

uma chapa de alumínio liga 2024 (TIRYAKIOGLU e STALEY, 2003); (b)

Partícula constituinte escrita chinesa (Mg2Si) em AA 535.0

(METALLOGRAPHY and MICROSTRUCTURES, 2004).

(32)

2.3.3. Precipitados

Estas partículas podem se formar durante alguma operação termal

abaixo da linha solvus. Em um adequado tratamento térmico de solubilização

todos os precipitados se dissolvem e estas podem se formar durante o

resfriamento do tratamento térmico de solubilização nos grãos e contornos de

subgrãos.

O envelhecimento é o processo térmico pelo qual passa o metal, após

ser solubilizado e resfriado rapidamente. Este processo permite a formação de

finos precipitados endurecedores. A Figura 2.7 mostra o diagrama da liga de

Al-4%Cu com a etapa de tratamento térmico e respectivas microestruturas.

Figura 2.7 - Diagrama de fase de alumínio-cobre mostrando as três etapas do

tratamento térmico de envelhecimento e as microestruturas produzidas durante

(33)

2.3.4. Dispersóides

Dispersóides podem formar-se durante o estado sólido de precipitação,

durante o pré-aquecimento de lingotes ou durante o tratamento térmico de

perfis fundidos de elementos supersaturados de baixa-difusão, isto é, solúvel

no alumínio fundido; porém, estes têm um limite de solubilidade no alumínio

sólido.

Mn, Cr ou Zr são típicos elementos formadores de dispersóides.

Diferentes dos precipitados, que conferem endurecimento por precipitação, os

dispersóides são virtualmente impossíveis de se dissolver completamente

como os precipitados. Além de a dispersão oferecer reforço, a distribuição do

tamanho dos dispersóides em ligas trabalhadas é um fator chave no controle

do grau de recristalização, granulometria do recristalizado e textura

cristalográfica. Dispersóides não são tratáveis termicamente e também

estabilizam a subestrutura de deformação durante a exposição a elevadas

temperaturas (METALLOGRAPHY and MICROSTRUCTURES, 2004). A Figura

2.8 mostra a dimensão dos dispersóides assim como a sua fina dispersão em

ligas de Al.

Devido à lenta difusão dos elementos formadores de dispersóides no

alumínio, os mesmos têm dificuldade de formar grandes partículas. Isto tem o

efeito vantajoso da formação de um grande número de micro partículas.

Dispersóides de granulometria fina (menores do que 400 nm), retardam a

recristalização fixando-se nos contornos dos subgrãos e retardando a

coalescência dos subgrãos. A baixa solubilidade na matriz de Al em altas

temperaturas favorece a resistência a dissolução durante os tratamentos

(34)

Figura 2.8 – Exemplos de dispersóides. (a) Partículas de Al3Sc (TOLLEY et. al.,

2004) (b) Fina dispersão de partículas exercendo fixação nos subgrãos e deste

modo inibindo a recuperação e aumentando a temperatura de recristalização

em AW 1200 (ALUMATTER, 2010).

2.4. Modificações Estruturais do Metal.

2.4.1. Conformação Plástica

De acordo com Bresciani et. al. (1991) o estudo da conformação plástica

dos metais é de suma importância, pois mais de 80% de todos os produtos

metálicos produzidos são submetidos a este processo.

O processo de conformação plástica permite a obtenção de peças no

estado sólido, com características controladas, através da aplicação de

esforços mecânicos. De uma forma resumida, o objetivo deste processo é a

obtenção de produtos finais com a especificação de:

• Dimensão e forma

• Propriedades mecânicas

(35)

Para a obtenção destas especificações e características, o metal passa

por uma série de modificações estruturais, e o entendimento de fenômenos

como encruamento, recuperação, recristalização se torna indispensável, haja

vista que durante o processamento ocorrem estes fenômenos.

2.4.2 Encruamento

O metal quando conformado plasticamente a frio absorve até 10% da

energia utilizada em sua deformação, a parte restante perde-se na forma de

calor. A energia armazenada no metal é “retida” na forma de energia dos

defeitos da rede cristalina, os quais se formam com a deformação plástica

(NOVIKOV, 1994).

A principal modificação na estrutura interna de cada cristal com a

deformação a frio, é a elevação da densidade de discordâncias. Callister (2007)

afirma que todo o material cristalino possui uma quantidade de discordâncias e

que são inseridas no momento da solidificação. Densidades de discordância

tão baixas quanto 10 3 mm-2 são tipicamente encontrados em cristais metálicos cuidadosamente preparados. Para metais intensamente deformados, a

densidade de discordâncias pode chegar a valores tão altos quanto 109 a 1010 mm-2.

O impedimento da livre movimentação das discordâncias devido a sua

própria interação ou com outros obstáculos, como solutos, contornos de grãos,

etc., gera uma necessidade de energia cada vez maior para que ocorra essa

movimentação, e conseqüentemente a deformação plástica é acompanhada

por uma demanda maior de tensão para deformar o material. A Figura 2.9

ilustra uma concentração de discordâncias observada em microscópio

eletrônico de transmissão (TEM), em uma região adjacente a um contorno de

(36)

Figura 2. 9 - Concentração de discordâncias (Floresta) em região

adjacente a um contorno de grão. Imagem por TEM, com ampliação de

60000x, (SCHAKELFORD, 2000).

A Figura 2.10 apresenta a variação das propriedades mecânicas de um

material metálico, quando trabalhado a frio. Podemos observar um aumento

constante das tensões limite de escoamento e resistência a tração e uma

queda acentuada da ductilidade (estricção e alongamento).

Para deformações próximas da linha A, encontra-se o denominado limite

de conformabilidade, ou seja, quando a tensão limite de escoamento é muito

próxima da tensão limite de resistência, o que associado à baixa ductilidade,

faz com que o material apresente-se num estado em que a continuidade da

deformação leve-o à ruptura, inutilizando-o.

Figura 2.10 – Variação das propriedades mecânicas em função da deformação

(37)

No momento da deformação plástica também são gerados defeitos

pontuais, que são chamados de lacunas ou vacâncias, Segundo Zlateva e

Martinova (2008), usam em suas pesquisas a seguinte definição: vacâncias

são locais do retículo cristalino nos quais não estão ocupados por átomos. E as

fontes para a formação das vacâncias são as superfícies livres e os defeitos

internos dos cristais (Discordâncias, contornos de grão e subgrão, interface de

fases). Vacâncias acima do seu equilíbrio de concentração são geradas mais

freqüentemente durante a tempera a altas temperaturas, deformação plástica,

bombardeamento de íons, bombardeamento de partículas nucleares de alta

energia ou em alguns compostos intermetálicos como um resultado de desvio

de estequiometria.

Este tipo de defeito não é comumente observado em microscópios

eletrônicos, quando separados devido a sua pequena dimensão, porém em

alguns casos como na figura abaixo na qual a presença de discordâncias

mistas (dislocation loops) com suas fronteiras complexas resulta em discos de

vacâncias visíveis Figura 2.11 a, e a alta densidade de vacâncias complexas

(vacancy loops) também foram observadas na Figura 2.11b.

Figura 2. 11 – Vacâncias observadas no TEM. (a) Vacâncias

combinadas em forma complexas de disco no Zinco resfriado bruscamente (b)

Alta densidade de vacâncias em uma liga de Al- 4% Cobre resfriada

bruscamente (ZLATEVA E MARTINOVA, 2008).

Os defeitos pontuais influem em algumas propriedades térmicas e

elétricas, podendo-se destacar o ensaio na qual se obtém as medidas de

resistividade e condutividade elétrica sendo de extrema valia no estudo de

defeitos puntiformes, tais como lacunas, intersticiais e átomos de soluto. Estes

(38)

defeitos em virtude de suas pequenas dimensões e baixas energia de

formação dificilmente são estudados por técnicas diretas. (PADILHA e

SICILIANO, 1996).

2.4.3. Fatores que afetam a estrutura dos metais deformados

Os defeitos gerados na deformação mostrados anteriormente

contribuem muito para a modificação das propriedades do material. A seguir

serão mostrados outros fatores que afetam a estrutura dos metais deformados.

2.4.3.1. Energia de Falha de Empilhamento (EFE)

A falha de empilhamento é um defeito bastante comum nos materiais

cúbicos de face centrada (CFC). A EFE ocorre quando, em uma pequena

região do material, há uma falha na seqüência de empilhamento de planos

compactados. Os defeitos de empilhamento são limitados por discordâncias

parciais, mostradas na Figura 2.12. Estas discordâncias parciais se repelem.

Quanto maior for a energia por unidade de área do defeito de empilhamento,

mais próximas estarão as discordâncias parciais, de modo a minimizar a área

defeituosa (PADILHA, 2000).

Figura 2.12 - Discordâncias parciais delimitando defeitos de empilhamento

(39)

Metais com alta energia de falha de empilhamento (EFE), tais como o

alumínio (166 mJ/m2) apresentam distribuição heterogênea de discordâncias e formam uma subestrutura celular como mostrado na Figura 2.13. Isso implica

em discordâncias com alta mobilidade que tendem a ter uma maior facilidade

de ocorrência de aniquilação e rearranjo de discordâncias, ou seja, um metal

com alta EFE apresenta uma menor densidade de discordâncias que um metal

de baixa EFE, para um mesmo grau de deformação (PADILHA e SICILIANO,

1996).

Figura 2.13 – (a) Desenho esquemático do arranjo celular de discordâncias em

grão encruado (PADILHA e SICILIANO, 1996). (b) Estrutura celular no Al-1050

pós deformação (BARLAT et. al 2003).

2.4.3.2. Átomos de soluto

A adição de átomos de soluto em um metal puro tende a alterar a

energia de falha de empilhamento do metal, assim como a distribuição de

discordâncias após a deformação. Elementos como Si, Mg, Mn, Cr e Zr são

responsáveis pela diminuição da EFE (CAMPANA, 2008), ou seja, há uma

tendência de aumento na densidade de discordâncias e conseqüentemente

aumento na resistência mecânica do material.

(40)

2.4.3.3. Temperatura de deformação

Segundo Padilha e Siciliano (1996) a densidade e distribuição das

discordâncias, assim como a energia armazenada na deformação são fatores

que dependem da temperatura na qual o metal foi deformado.

Swann (1963) observou em seus estudos que com menores

temperaturas durante a deformação, há uma diminuição na EFE e

conseqüentemente na mobilidade das discordâncias ocasionando um

armazenamento de energia maior.

2.4.3.4. Influência do tamanho de grão inicial

KEH e WEISSMAN (1963) demonstraram em seus estudos que com

amostras de diferentes tamanhos de grão e mesmos graus de deformação

apresentaram densidades de discordâncias diferentes. A densidade de

discordância assumia valores maiores para amostras com tamanho de grão

menor.

2.5. Recuperação

O termo recuperação refere-se às mudanças nas propriedades de um

material deformado que acontece antes da recristalização; estas mudanças

restabelecem parcialmente os valores das propriedades mecânicas aos valores

anteriores à deformação. Sabe-se que a recuperação acontece nestas

circunstâncias, principalmente devido a mudanças no arranjo das discordâncias

provocadas nomaterial.

A recuperação não é limitada apenas a materiais deformados

plasticamente, e pode acontecer dentro de qualquer cristal em não equilíbrio no

(41)

Exemplos bem conhecidos disto são materiais que foram irradiados ou foram

temperados em temperaturas elevadas

Existem basicamente dois tipos de recuperação:

• Recuperação dinâmica – Ocorre durante o processo de deformação em

virtude da saturação da armazenagem de defeitos cristalinos pelos

grãos, levando à formação de uma microestrutura de subgrãos

• Recuperação estática – Ocorre após o processo de deformação plástica,

sendo provocada por flutuações térmicas

Durante a recuperação, as mudanças microestruturais em um material

são sutis e acontecem em uma escala muito pequena. As microestruturas

observadas por microscópio óptico normalmente não revela muita mudanças e,

por isso, a recuperação é freqüentemente medida indiretamente por alguma

técnica de grandeza/tamanho, por exemplo, pelo acompanhamento de

mudança em alguma propriedade física ou mecânica (HUMPHREYS e

HATHERLY, 1996).

2.6. Recristalização

A recristalização pode ser definida como a eliminação dos defeitos

cristalinos gerados na deformação, através da migração de contornos de grão,

formando um novo conjunto de grãos livres de deformação com baixas

densidades de discordâncias (HUMPHREYS e HATHERLY, 1996).

Um intervalo para a temperatura de recristalização pode ser definido,

empiricamente, como estando de 30% a 60% do valor da temperatura absoluta

de fusão (K) do material (0,3 x TFusão a 0,6 x TFusão ). Cada material é

caracterizado por uma temperatura de recristalização, que é a temperatura

mínima necessária para garantir uma completa recristalização no tempo de 1

(42)

A Figura 2.14 mostra, para uma liga metálica qualquer, um esquema que

descreve a influência da temperatura de recristalização sobre os limites de

resistência mecânica (tração e ductilidade) (CIÊNCIA DOS MATERIAIS, 2010).

Figura 2.14 – Relação entre propriedades mecânicas, tamanho de grão e

microestrutura para uma liga metálica durante a recristalização (CIÊNCIA DOS

MATERIAIS, 2010).

No presente estudo o fenômeno da recristalização é prejudicial para as

ligas, pois todas as propriedades mecânicas obtidas através do processo de

deformação plástica serão eliminadas, acarretando uma falha nos cabos de

(43)

Capítulo 3

3. MATERIAIS E MÉTODOS

As ligas foram obtidas por fundição direta no Sub-laboratório de

Metalografia e Tratamento Térmicos da UFPa a partir do Al-EC (alumínio

eletrocondutor ou Al-1350). Sua preparação foi realizada através de adições de

0,7% de Si, na proporção adequada para obtenção das composições químicas.

Para obtenção de maiores informações, quanto às características de

termorresistividade e formação das partículas de segunda fase que tendem a

aumentar a temperatura de recristalização da liga, foram realizados alguns

tratamentos térmicos divididos em duas etapas

3.1. ETAPA I

Após a obtenção da liga base [Al-0,7%Si] ocorreu a adição dos

diferentes teores de Zr. O sistema operacional adotado para a solidificação da

liga foi a coquilha de formato “U”. Logo após o desmolde, os perfis obtidos

foram usinados para o diâmetro 18,5mm sendo posteriormente submetidos ao

processo de deformação por laminação à frio que gerou os corpos de provas

em forma de fios, na dimensão de 3,0 mm, para o ensaio de tração e de

tratamento térmico em diferentes temperaturas.

Nesta parte da investigação das propriedades da liga com adição de Zr,

foram realizados ensaios nas temperaturas [230; 310; 390]°C durante o

intervalo de tempo de 1 hora. A caracterização dos fios expostos à temperatura

de 230°C por 1 hora obedeceu à exigência da COPEL (Companhia

Paranaense de Energia), na qual o LRT das ligas para serem enquadradas

como termorresistentes, seu LRT não deve variar mais que 10%.

As temperaturas de [310 e 390]°C foram adotadas em vista a resultados

(44)

desempenho da liga em termos do LRT e, também, de possíveis mutações no

rearranjo da microestrutura de deformação. A seqüência para obtenção dos

dados pode ser observado no Figura 3.1, abaixo.

.

Figura 3.1- Fluxograma detalhando as operações metalúrgicas e de

caracterização para as ligas Al - 0,7%Si da ETAPA I modificadas com

diferentes teores de Zr. Fundição das ligas

Vazamento em molde “U”

Usinagem

Laminação

Caracterização Mecânica

Caracterização Elétrica Caracterização

Estrutural

Avaliação dos Resultados

T.T. 230ºC/1h T.T. 310ºC/1h T.T. 390ºC/1h Al-0,7%Si

0,11%Zr

Al-0,7%Si 0,45%Zr Al-0,7%Si

0,26%Zr Al-0,7%Si

0%Zr

(45)

3.2. ETAPA II

A ETAPA II consistiu nos mesmos passos da ETAPA I, com a inserção

de uma etapa de tratamento térmico na temperatura de 3100C por 24 horas entre as etapas de usinagem e laminação, como mostrado na Figura 3.3

Este procedimento tem o objetivo de verificar a possibilidade de se

provocar a presença de “Dispersóides” e estudar seus efeitos sobre as

características da liga base modificadas com o Zr.

Waheed e Lorimer, (1997) propõem que, através de um tratamento

térmico adequado, os elementos de transição podem precipitar partículas finas

de dispersóides com dimensões de 5 a 200 nm. E que um procedimento

padrão para precipitar os elementos de transição, seria o recozimento da liga a

uma temperatura relativamente alta, antes de qualquer operação de trabalho

mecânico.

O Zr possui uma baixa mobilidade no Al (CAVALCANTE e QUARESMA,

2006), para que haja uma precipitação, a Figura 3.2 mostra a energia de

ativação em função da difusividade dos metais de transição no alumínio.

Nota-se que em temperaturas acima de 300ºC aumenta a difusividade do Zr no Al

tornando possível a precipitação das partículas de dispersóides.

(46)

Figura 3.3 - Fluxograma detalhando as operações metalúrgicas e de

caracterização para as ligas Al - 0,7%Si da Etapa II modificadas com diferentes

teores de Zr. Fundição das ligas

Vazamento em molde “U”

Usinagem

Laminação

Caracterização Mecânica

Caracterização Elétrica Caracterização

Estrutural

Avaliação dos Resultados T.T. 310ºC/ 24h

T.T. 230ºC/1h T.T. 310ºC/1h T.T. 390ºC/1h

Al-0,7%Si 0,11%Zr

Al-0,7%Si 0,45%Zr Al-0,7%Si

0,26%Zr Al-0,7%Si

0%Zr

(47)

As composições foram confirmadas em um espectrômetro óptico

SPECTRO de propriedade da empresa parceira de uso contínuo no

monitoramento do processo industrial. Além das análises espectrométricas,

todo o alumínio utilizado para a obtenção das ligas foi cedido pela empresa

parceira no desenvolvimento dos estudos em questão.

Figura 3.4 – Equipamentos utilizados para preparação das ligas: (a) serra fita,

(b) balança digital e (c) mufla utilizada na preparação das ligas.

Na Figura anterior encontram-se relacionados: a serra fita que foi

utilizada para cortar as barras de Al-EC, pré-liga Al-10% Zr, a balança digital

utilizada para aferição da massa desejada para a preparação das ligas e o

forno no qual foram executadas todas as operações de fundição.

Figura 3.5 – Esquema de preparação e obtenção das ligas fundidas: (a)

fundição do material; (b) injeção de argônio; (c) coleta de amostras para análise

química.

(c) (b)

(a)

(48)

Na seqüência de imagens ilustrada na Figura 3.5, tem-se o processo de

fundição das ligas nas composições químicas predefinidas, seguida de injeção

de argônio, para a redução do percentual de hidrogênio e vazamento para se

obter a amostras para a análise.

O metal líquido foi vazado em uma lingoteira com formato em “U” como

ilustrado na Figura 3.6. A lingoteira antes do vazamento, foi pintada

internamente com caulim, para evitar a aderência do alumínio nas paredes do

molde Figura 3.4 a, e aquecida a uma temperatura media de 250º C em uma

estufa, procedimento este realizado para que houvesse o preenchimento total

do “U” com a obtenção das pernas para realização dos demais experimentos.

Figura 3.6 – Lingoteira em forma de “U”: (a) desmontada; (b) no momento do

vazamento.

Após a obtenção dos corpos de prova, foram seccionadas as duas

“pernas” do lingote com comprimento de 250 mm, para serem em seguida

usinadas do diâmetro de 22 mm para o diâmetro de 18 mm e, então, laminadas

a frio até 4 mm em um laminador duo elétrico MENAC de secção circular de

diferentes diâmetros. A Figura 3.7 mostra o laminador e o detalhe dos canais

de laminação.

(49)

Figura 3.7 – Laminador elétrico duo reversível: (a) Laminador “corpo” inteiro; (b)

detalhe do canal de laminação.

3.3. Teste de Termorresistividade.

O teste de natureza térmica é realizado segundo especificações

realizadas pela COPEL (Companhia Paranaense de Energia), que descreve

que condutores elétricos caracterizados como termorresistentes não devem

apresentar perda superior a 10% de seu limite de resistência à tração quando

submetidos à temperatura de 230 ºC por uma hora.

Os tratamentos térmicos exigidos foram executados em um forno tipo

mufla, marca BRASIMET que já foi mostrado anteriormente na Figura 3.4.

3.4. Caracterização Elétrica das Ligas

Nesta etapa, os corpos de provas são submetidos a ensaios com

objetivo de se avaliar a resistência elétrica dos mesmos, com o auxílio de um

multiohmímetro MEGABRÁS (ponte de kelvin) modelo MPK-2000, Figura 3.8.

(50)

Figura 3.8 – Multiohmímetro (ponte de kelvin) MEGABRÁS modelo MPK-2000.

As resistências elétricas dos fios foram medidas a uma temperatura

não inferior a 10°C nem superior a 30°C e corrigida para a temperatura de

20°C como a norma NBR 5118 recomenda. Após obtidos os resultados a partir

da leitura da resistências dos corpos de provas em diferentes diâmetros

utilizamos a equação fornecida pela norma NBR 6814 mostrada na equação

(3.1) abaixo.

, (3.1)

Sendo:

t = temperatura na qual foi efetuada a medição, ºC;

t

R = resistência a T ºC, em ;

20

R = resistência corrigida a 20 ºC, em ;

α = coeficiente de variação da resistência com a temperatura 20 ºC ,

especificado pela norma para liga de alumínio.

Com a resistência já corrigida a 20 ºC pode-se obter a resistividade que

é fornecida através da equação (3.2) obtida na norma NBR 6815.

(3.2)

(

)



 

− + =

20 1

1

20

t R

R t

α

A R

(51)

Sendo:

Rv= resistência elétrica do CP por unidade de comprimento a 20 ºC, em

m

;

ρc= resistividade volumétrica do CP a 20 ºC, em ;

A = área da secção transversal do CP, em 2

mm .

Os resultados obtidos são posteriormente transformados em

condutividade elétrica (IACS), “International Annealed Cooper Standard”,

padrão internacional de condutividade correspondente à apresentada por um

fio de cobre com 1m de comprimento, 1mm2 de seção transversal a 20°C, através da fórmula:

(3.3)

Sendo:

φ = a condutividade elétrica do fio em IACS;

ρCu = a resistividade elétrica do cobre em ;

ρAl = a resistividade elétrica do alumínio em .

3.5. Caracterização Mecânica das Ligas

Após a deformação a frio das ligas e obtenção dos diâmetros desejados

no estudo os corpos de prova foram submetidos ao ensaio mecânico , em uma

máquina de ensaio de tração KRATOS modelo IKCL1 – USB mostrado na

Figura 3.9, acoplada a um micro computador com sistema de aquisição de

dados que facilita a coleta das informações. Os testes de tração foram

ensaiados segundo a norma para cabos elétricos NBR 6810 executados em

três amostras com 20 cm de comprimento para cada diâmetro ou tratamento

térmico produzido ao longo do trabalho.

(52)

Figura 3.9 - KRATOS, modelo IKCL1-USB.

3.6. Caracterização Estrutural da Liga

3.6.1. Preparação das Amostras para Análise Estrutural

Para a obtenção das macrografias das ligas e posterior análise, as

amostras foram lixadas por meio de desbaste abrasivo com lixadeira mecânica

rotativa com fluxo de água (politriz), na seqüência de lixas d’ água abrasivas de

carbeto de silício com granulometrias decrescentes #180, #220, #320, #420,

#600 e #1200. Após este passo, as amostras foram atacadas por imersão em

um reagente específico Poultons (12ml HCl (conc.), 6 ml HNO3 (conc.), 1 ml HF

(48%), 1 ml H2O), preparadas segundo técnicas-padrão metalográfica (ASM

INTERNATIONAL 2004). Após o ataque químico, os corpos de prova foram

lavados em água corrente e enxaguados com acetona. Em seguida foi utilizado

um scanner para capturar as imagens dos corpos de prova para observação da

estrutura bruta de fusão das ligas.

Para observação da superfície das fraturas provenientes dos corpos de

prova resultantes do ensaio de tração, Figura 3.8 (a), o corpo de prova foi

seccionado próximo a fratura e a sua limpeza foi realizada,em um limpador

Imagem

Figura 2.2- Comparação da condutividade elétrica do alumínio com outros  metais (COBDEN 1994).
Figura 2.3- Influência dos elementos de liga sobre a condutividade elétrica do  alumínio (HORIKOSHI et
Figura 2.14 – Relação entre propriedades mecânicas, tamanho de grão e  microestrutura para uma liga metálica durante a recristalização (CIÊNCIA DOS
Figura 3.1- Fluxograma detalhando as operações metalúrgicas e de  caracterização para as ligas Al - 0,7%Si da ETAPA I modificadas com
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