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Influência de diferentes ativos em formulações de produtos dermocosméticos com fator de proteção solar / Influence of different actives on formulations of dermocosmetic products with solar protection factor

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Influência de diferentes ativos em formulações de produtos dermocosméticos com

fator de proteção solar

Influence of different actives on formulations of dermocosmetic products with solar

protection factor

DOI:10.34117/bjdv6n5-432

Recebimento dos originais: 13/04/2020 Aceitação para publicação: 21/05/2020

Jéssica Rossi da Silva Schorro

Formação acadêmica:Farmacêutica formada no Centro Universitário Ingá Instituição: Centro Universitário Ingá – Uningá

Endereço: Rod. PR 317, 6114 Parque Industrial 200, Maringá - PR, Brasil E-mail: jessica_rossi_@hotmail.com

Thalita Prates da Silva

Formação acadêmica:Aluna de mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Maringá

Instituição: Universidade Estadual de Maringá – UEM Endereço: Av. Colombo, 5790 - Zona 7, Maringá - PR, Brasil

E-mail: t.prates_@hotmail.com Emilly Isabelli dos Santos Teodoro

Formação acadêmica:Aluna de mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Maringá

Instituição: Universidade Estadual de Maringá – UEM Endereço: Av. Colombo, 5790 - Zona 7, Maringá - PR, Brasil

E-mail: milly-isa@hotmail.com Danielly Chierrito

Formação acadêmica:Aluna de doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Maringá

Instituição: Universidade Estadual de Maringá – UEM Endereço: Av. Colombo, 5790 - Zona 7, Maringá - PR, Brasil

E-mail: danielly_chierrito@hotmail.com Ana Paula Margioto Teston

Formação acadêmica:Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá Instituição: Centro Universitário Ingá – Uningá

Endereço: Rod. PR 317, 6114 Parque Industrial 200, Maringá - PR, Brasil E-mail: farmacia@uninga.edu.br

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João Carlos Palazzo de Mello

Formação acadêmica:Doutor em Ciências Naturais pela University of Münster, Alemanha.

Instituição: Universidade Estadual de Maringá – UEM Endereço: Av. Colombo, 5790 - Zona 7, Maringá - PR, Brasil

E-mail: mello@uem.br

Daniela Cristina de Medeiros Araújo

Formação acadêmica:Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Londrina Instituição: Centro Universitário Ingá – Uningá

Endereço: Rod. PR 317, 6114 Parque Industrial 200, Maringá - PR, Brasil E-mail: danielamedeiros@hotmail.com

RESUMO

A exposição aos raios solares sem proteção pode resultar a danos irreversíveis a pele, sendo assim de extrema importância o uso de protetores solares com a proteção adequada, segura e eficaz. No mercado atual houve um grande avanço na produção de dermocosmético, termo utilizado para produtos cosméticos quando existe adição de ativos voltados para o tratamento ou retardo de condições fisiológicas como envelhecimento, manchas e pele seca. O objetivo deste trabalho foi avaliar as características físico-químicas e o fator de proteção solar de quatro foto protetores com diferentes ativos adicionados a formulação, manipulados em uma farmácia magistral localizada na cidade de Maringá/PR. Os testes realizados foram características organolépticas, testes de centrifugação, determinação do pH e verificação do fator de proteção solar (FPS). Quanto às características organolépticas, centrifugação e pH todas as amostras apresentaram-se normais, sem alterações. Os valores de FPS encontrados não cumpriram com o exposto no rótulo do produto, variando entre 19,27 a 19,38. Este trabalho demonstrou a necessidade de melhorias no controle de qualidade de foto protetores produzidos em farmácia magistral. Palavras-chave: FPS; radiação solar; controle de qualidade.

ABSTRACT

Unprotected sun exposure can result in irreversible skin damage, so it is extremely important to use sunscreens with adequate, safe and effective protection. In the current market there has been a great advance in the production of dermocosmetic, a term used for cosmetic products when there is the addition of assets aimed at treating or delaying physiological conditions such as aging, blemishes and dry skin. The objective of this work was to evaluate the physicochemical characteristics and sun protection factor of four photo protectors with different actives added to the formulation, manipulated in a master pharmacy located in Maringá/PR. The tests were organoleptic characteristics, centrifugation tests, pH determination and verification of the sun protection factor (SPF). As for organoleptic characteristics, centrifugation and pH all samples were normal, without changes. The SPF values found did not comply with the product label, ranging from 19.27 to 19.38. This work demonstrated the need for improvements in quality control of photo protectors produced in master pharmacy.

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1 INTRODUÇÃO

A pele é o maior órgão do corpo humano e tem como principal função a defesa do organismo, por possuir células que reagem a temperatura, dor, frio, lesões, substâncias químicas e poluentes (ISAAC et al., 2010). De acordo com as características de cada indivíduo, a exposição da pele a radiação ultravioleta (UV) envolve fatores benéficos, como a síntese de vitamina D e substâncias necessárias para um bom estado de saúde. Porém, pode resultar em danos quando ocorre de forma inapropriada (HOEL; GRUIJL, et al., 2018).

A radiação UV ao atingir a pele sem proteção a longo prazo pode provocar um conjunto de reações químicas e estruturais, desencadeando estresse oxidativo, sendo responsável por provocar lesões irreversíveis como destruições ao DNA, ao material genético, câncer de pele, inflamação, queimaduras, envelhecimento precoce, produção de radicais livres entre outros. Por esta razão, embora a pele possua mecanismos de defesa contra radiação solar, o uso de fotoprotetores é imprescindível (RANGARAJAN et al., 2003; ARAUJO; SOUZA, 2008; BALOGH et al., 2011; OLIVEIRA; MORÉGULA; SILVA, 2020).

Protetores solares são cosméticos classificado em grau 2 conforme legislação vigente, que oferecem proteção contra os raios UVA e/ou UVB (BRASIL, 2015). Deste modo, fotoprotetores são substâncias de aplicação tópica em diversas formas de apresentação que contenham em sua formulação compostos que absorvem ou refletem a radiação solar, diminuindo seus efeitos prejudiciais à saúde (SCHALKA; REIS, 2011).

Estes produtos podem ser compostos por filtros orgânicos (químicos) e inorgânicos (físicos). Os orgânicos são substâncias que absorvem a radiação solar liberando em forma de energia. Já os inorgânicos são partículas de óxidos metálicos como óxido de zinco (ZnO) e dióxido de titânio (TiO), que formam uma barreira física não permitindo ou reduzindo a passagem da radiação (ARAUJO; SOUZA, 2008).

No mercado atual, além da proteção efetiva, os filtros solares com adição de ativos farmacológicos são classificados como dermocosméticos. Este termo refere-se a produtos contendo substâncias ativas que agem nas partes mais profundas da pele, proporcionando um aspecto mais saudável, causando modificações positivas e duráveis. A adição de substâncias antioxidantes pode prevenir a formação dos radicais livres; substâncias clareadoras podem auxiliar no tratamento de manchas; enquanto vitaminas e ativos hidratantes impedem a desidratação da pele (FERNANDES, 2012; ADCOS, 2020).

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A eficácia dos filtros solares depende de vários fatores relacionados ao produto, como faixa de absorção da radiação, resistência ao suor, ter uma boa espalhabilidade e estabilidade antes e depois de aplicado, além de fatores relacionados ao indivíduo, como o tipo de pele (RIBEIRO, 2010). Um dos métodos mais utilizados para verificação do FPS foi desenvolvido por Mansur et al. (1986). Este método permite determinar o FPS por teste in vitro de maneira rápida e eficaz, apresentando boa correlação com os resultados in vivo (LEONARDI, 2008).

Diante do exposto o objetivo deste trabalho foi avaliar as características físico-químicas e o FPS de três fotoprotetores com diferentes ativos adicionados a formulação, manipulados em uma farmácia magistral localizada na cidade de Maringá-PR. Os testes realizados foram características organolépticas, testes de centrifugação, determinação do pH e verificação do fator de proteção solar (FPS).

2 MATERIAS E MÉTODOS

Foram adquiridas quatro formulações de protetores solares (FPS declarado de 30) de uma farmácia magistral localizada na cidade de Maringá/PR, na forma farmacêutica loção oil free. Destas quatro formulações, uma delas contém apenas o filtro solar, e foi utilizada como controle. As outras três amostras continham, cada uma delas, além do filtro solar, algum ativo adicionado para finalidades distintas como arbutim (clareador), Kinetin L® e lipossomas Q10 (antioxidade) e lipossomas de Vitamina A/E (hidratante). As amostras foram identificadas como A (controle), B, C e D e analisadas no Laboratório de Controle de Qualidade da Farmácia Escola do Centro Universitário Ingá (Uningá) e no Laboratório de Biologia Farmacêutica (Palafito) da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

2.1 CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS

As formulações foram avaliadas segundo suas propriedades organolépticas através da visualização e do olfato, em uma placa de vidro observando qualquer alteração de coloração, odor ou viscosidade, comparado com a formulação controle (formulação base de protetor solar sem adição de ativo) (MANSUR et al., 1986).

2.2 TESTE DE CENTRIFUGAÇÃO

O teste de estabilidade por centrifugação para os fotoprotetores foi realizado em triplicata centrifugando 3g de cada formulação em uma centrífuga da marca MACRO IV (modelo EV 025) por 30min a 3.000 rpm, a fim de verificar a separação de fases (MANSUR et al., 1986).

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2.3 DETERMINAÇÃO DO PH

A determinação do pH das formulações foi realizada em triplicata com as amostras dispersa em água destilada (20%, m/v), a 25ºC, em potenciômetro (TECNAL, modelo TEC-5), calibrado com soluções pH 4,0 e 7,0 (MANSUR et al., 1986).

2.4 DETERMINAÇÃO DO FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR

O FPS das formulações foi determinado in vitro segundo o método descrito por Mansur et al. (1986), utilizando espectrofotômetro UV-visível (OCEAN OPTICS, UBS2000+). As formulações foram diluídas em etanol absoluto PA na concentração final de 2 mg/ml. As leituras foram realizadas nos comprimentos de onda de 290 a 320nm com intervalos de 5 nm (Tabela 1). As análises foram realizadas em triplicata e o fator de proteção solar foi calculado através da equação abaixo:

FPS = FC.∑ EE. I (λ). Abs (λ) Onde: FC = fator de correção (10) EE (λ) = efeito eritematoso do λ I (λ) = intensidade do sol Abs (λ) = absorbância

Tabela 1 - Relação do efeito eritemogênico versus intensidade da radiação para cada comprimento de onda Comprimento de onda (nm) EE x I 290 0,0150 295 0,0817 300 0,2874 305 0,3278 310 0,1864 315 0,0839 320 0,0180

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS

As características organolépticas determinam a aceitação dos consumidores e dependem dos ativos e excipientes utilizados na formulação (BRASIL, 2004). Os resultados obtidos na análise das características organolépticas podem ser observados na Tabela 2.

Tabela 2 - Resultado da análise das características organolépticas de fotoprotetores produzidos em uma farmácia magistral da cidade de Maringá/PR

AMOSTRA

S ODOR COR ASPECTO

VISCOSIDAD E

A Característico Branco Homogêneo Alta viscosidade

B Normal,

sem alteração Branco

Normal, sem alteração

Levemente alterado

C Normal,

sem alteração Branco

Normal, sem alteração

Normal, sem alteração

D Normal,

sem alteração Branco

Normal, sem alteração

Normal, sem alteração

As propriedades organolépticas observadas nas amostras adquiridas na farmácia magistral apresentaram características bem próximas, com pequenas alterações na viscosidade e cor, possivelmente devido a adição dos diferentes ativos nas formulações. Em estudo semelhante de avaliação das características organolépticas por meio de observação visual, duas amostras tiveram pequenas alterações, que não comprometeram a análise e qualidade dos produtos (BRASIL, 2004).

A viscosidade é uma medida de resistência do sistema em fluir quando submetida a uma força. Quanto maior a viscosidade de um produto, maior será essa resistência, influenciando também na capacidade do produto em espalhar-se sobre uma superfície (LAHOUD; CAMPOS, 2010; MARIELLE, 2015).

A avaliação da viscosidade pode indicar se a estabilidade é adequada e ajuda a determinar se um produto apresenta a consistência, ou seja, fornece indicação do comportamento do produto ao longo do tempo. A viscosidade foi analisada aplicando uma porção da amostra em uma área da pele, comparado

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com um padrão (formulação de fotoprotetor sem ativo) e classificado em alta viscosidade, viscosidade intermediária e baixa viscosidade (MANSUR et al., 1986). Os produtos analisados apresentaram alta viscosidade.

Em um trabalho de avaliação sensorial de formulações fotoprotetoras, na forma farmacêutica emulsão O/A verificou-se uma boa aceitação dos voluntários (44,4%) gostaram da espalhabilidade e viscosidade dessa formulação (FERREIRA; OLIVEIRA; BARZOTTO, 2017).

3.2 TESTE DE CENTRIFUGAÇÃO

Foram centrifugadas 3g de cada amostra em triplicata a 3000 rpm por 30 min. Não ouve separação de fases em nenhuma das amostras. Os resultados estão demonstrados na tabela 3.

Tabela 3 - Resultado do teste de centrifugação de foto protetores produzidos em uma Farmácia Magistral da cidade de Maringá-PR AMOSTRA 1 2 3 B Normal sem alteração Normal sem alteração Normal sem alteração C Normal sem alteração Normal sem alteração Normal sem alteração D Normal sem alteração Normal sem alteração Normal sem alteração

Quando as amostras são submetidas à centrifugação, podem ocorrer os fenômenos de coalescência ou cremagem. Este teste fornece informações rápidas sobre a estabilidade das amostras, acelerando problemas de instabilidade que poderiam ocorrer durante o período de validade do produto (BORGHETTI; KNORST, 2006).

Em estudo semelhante foi avaliado a estabilidade físico-química de creme não iônico inscrito no formulário nacional. As amostras foram centrifugadas a 3000 rpm por 30 min e não apresentaram nenhum sinal de separação de fases (MARQUELLE, 2007).

Em um estudo de avaliação in vitro de FPS manipulados em um município do Paraná, foram testadas 8 amostras, e todas apresentaram boa estabilidade no teste de centrifugação (FRIEDRICH et al., 2007).

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Em outro estudo semelhante de avaliação sensorial de fotoprotetoras de amplo espectro foram avaliada a estabilidade de 4 formulações por centrifugação e nenhuma amostra apresentou separação de fases (FERREIRA; OLIVEIRA; BARZOTTO, 2017).

3.3 DETERMINAÇÃO DO PH

A avaliação do pH é utilizado para verificar alterações na estrutura da formulação que nem sempre são perceptíveis a olho nu (CHORILLI et al., 2009). Em uma fórmula de aplicação cutânea, o pH constitui um fator extremamente importante, pois cada produto deve apresentar valor de pH compatível à região em que será aplicado. O pH da superfície da pele pode variar entre 4,5 e 7,2. Assim, em aplicações tópicas é importante levar em conta as variações do pH da pele, pois pode interferir na qualidade dos produtos (ANVISA, 2008, CAMPOS; FRASSON, 2011; SOUZA; CAMPOS; PACKER, 2013).

Os valores de pH obtidos para as formulações analisadas estão descritas na Tabela 4. Os valores mantiveram dentro da faixa esperada mantendo assim a estabilidade e qualidade desejada.

Tabela 4 - Determinação da média de pH de foto protetores produzidos em uma farmácia magistral de Maringá- PR

Amostra pH medido em triplicata DP CV

A 6,42 6,34 6,36 0,04163 64%

B 6,2 6,26 6,28 0,03399 54%

C 6,14 6,11 6,16 0,02055 33%

D 6,23 6,26 6,25 0,01247 19%

CV: coeficiente de variação, DV: desvio padrão.

Em estudo semelhante de avaliação in vitro do fator de proteção solar (FPS) manipulados foi avaliado o pH de 10 amostras, os valores de pH obtidos variaram entre 6 e 7. Em relação ao pH, para se obter uma formulação de qualidade os foto protetores devem ter pH quimicamente neutro ou ligeiramente ácido sem ultrapassar o valor de 7,5, importante para a estabilidade do produto. Filtros solares químicos são mais estáveis em pH neutros (SECCO; BELTRAMEL; SCHWANZ, 2018).

Em um estudo realizado com amostras de fotoprotetores de farmácias magistrais do norte do Paraná foram encontrados valores de pH dentro do esperado (6,0 a 7,0) para dois produtos. Apenas um

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dos fotoprotetores analisados apresentou pH um pouco acima (7,44) dos valores estipulados, porém, esta característica não afetou negativamente na formulação, por não ser ácido (FLORIANO, 2015).

3.4 DETERMINAÇÃO DO FATOR DE PROTEÇÃO

Na determinação do fator de proteção solar foi utilizado o método in vitro desenvolvido por Mansur et al. (1986), pois possui maior facilidade, rapidez e apresenta boa correlação com métodos in

vivo. Na tabela 5 encontra-se os valores de absorvância das amostras analisadas em cada comprimento

de onda (290 a 320 nm) (MANSUR et al., 1986).

Tabela 5 - Valores de absorvância de fotoprotetores manipulados em uma farmácia magistral da cidade de Maringá-PR

ʎ Absorvância A B C D 290 1,902 1,919 1,924 1,901 295 1,903 1,94 1,927 1,931 300 1,944 1,916 1,925 1,920 305 1,937 1,922 1,946 1,945 310 1,934 1,941 1,939 1,939 315 1,988 1,941 1,958 1,958 320 1,923 1,95 1,943 1,943

Na tabela 6 os valores encontrados da absorbância das amostras foram relacionados com a intensidade do sol e efeito eritematoso (Tabela 1), calculando-se os valores de FPS para cada amostra.

Tabela 6 - Valores do FPS de fotoprotetores produzidos em uma farmácia magistral da cidade de Maringá-PR, relacionando a intensidade do sol, o efeito eritematoso e a absorvância das amostras

ʎ

EE x I EE x I x EE x I x EE x I x EE x I x

Abs Abs Abs Abs

A B C D 290 0,0150 0.0285 0,0288 0,0288 0,0285 295 0,0817 0,1569 0,1584 0,1574 0,1577 300 0,2874 0,5587 0,5506 0,5532 0,5518 305 0,3278 0,6349 0,6300 0,6378 0,6375 310 0,1864 0,3604 0,3618 0,3614 0,3614 315 0,0839 0,1627 0,1628 0,1642 0,1642 320 0,0180 0,0361 0,0351 0,0349 0,0349 FPS (Σ x FC) 19,38 19,27 19,37 19,36

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Os valores obtidos variaram entre 19,27 e 19,38, ou seja nenhuma das formulações alcançou o valor declarado no rótulo (FPS 30).

Em um estudo de determinação do fator de proteção solar (FPS) de filtros solares por espectrofotometria ultravioleta realizado com fotoprotetores manipulados na forma farmacêutica emulsão contendo filtros físicos e químicos, dos dez foto protetores testados, quatro estavam abaixo do fator especificado no rótulo, três estavam acima e três de acordo (DUTRA et al., 2004).

Na avaliação de controle de qualidade de foto protetores produzidos em farmácias magistrais de Maringá/PR, os valores de FPS obtidos para as formulações contendo filtros solares variaram entre 18,98 e 20,05. Nenhuma das formulações testadas alcançou o valor de FPS declarado no rótulo (FPS 30) (SOUZA et al., 2020).

Em um trabalho de determinação do FPS em formulações magistrais de fotoprotetores produzidos em uma cidade do norte do Paraná, foi observado fotoprotetores com valores estipulados no rótulo de FPS 30, e foram encontrados valores bem inferiores, entre 1,71 e 2,98. Das três amostras analisadas, apenas uma alcançou um valor mais próximo do estipulado (FPS de 20,85) (FLORIANO, 2015).

Existem muitos fatores que afetamos valores de FPS, como, por exemplo, o uso de diferentes solventes nos quais os filtros solares são dissolvidos, a combinação e concentração dos filtros solares, o tipo de formulação, os efeitos e interações dos componentes com o veículo, entre outros fatores que podem aumentar ou diminuir a absorção UV de cada filtro solar (AGRAPIDIS; NASH; SHAATH, 1987).

4 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos por meio das análises realizadas neste trabalho demonstraram que na análise de pH, centrifugação, características organolépticas e viscosidade as amostra deste estudo mostraram-se adequadas e aceitáveis. Entretanto, nenhuma das formulações testadas apresentou o FPS 30 declarado no rótulo, com valores que variaram entre 19,27 a 19,38. Estes resultados demonstram a necessidade de um controle de qualidade mais efetivo para os produtos manipulados contendo fotoprotetores, para assegurar a qualidade, segurança e eficácia das formulações e que a adição de princípios ativos nas formulações não teve influência nestes parâmetros.

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REFERÊNCIAS

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Imagem

Tabela 1 - Relação do efeito eritemogênico versus intensidade da radiação para cada comprimento de onda
Tabela 2 - Resultado da análise das características organolépticas de fotoprotetores produzidos em uma farmácia magistral da  cidade de Maringá/PR
Tabela  3  -  Resultado  do  teste  de  centrifugação  de  foto  protetores  produzidos  em  uma  Farmácia  Magistral  da  cidade  de  Maringá-PR  AMOSTRA  1  2  3  B  Normal  sem alteração  Normal  sem alteração  Normal  sem alteração  C  Normal  sem alte
Tabela 4 - Determinação da média de pH de foto protetores produzidos em uma farmácia magistral de Maringá- PR
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