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Reflexões quanto a importância da prática do ditado no processo de construção da escrita / Reflections on the importance of ditate practice In the writing construction process

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Academic year: 2020

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Reflexões quanto a importância da prática do ditado no processo de

construção da escrita

Reflections on the importance of ditate practice

In the writing construction process

DOI:10.34117/bjdv5n11-330

Recebimento dos originais: 07/10/2019 Aceitação para publicação: 28/11/2019

Carmem Lúcia Albrecht da Silveira

Professora Me. Substituta do Curso de Pedagogia Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Erechim

E-mail: carmem.albrecht@hotmail.com

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas reflexões acerca do ditado aplicado ao processo de alfabetização. O interesse por essa abordagem justifica-se pelo questionamento de ser o ditado um instrumento ainda utilizado por professores em suas práticas, onde a incorporação do aprender a ler e a escrever possa ocorrer pelo caminho metodológico do letramento. A reflexão se sustenta pela indagação de como esse instrumento, amplamente utilizado por professores, mas enfaticamente criticado por outros, possa contribuir no processo de construção da escrita. A reflexão endossa a necessidade de identificar quais são os suportes teóricos que asseguram e validam o sentido dessa prática no processo de alfabetização e construção ortográfica dos alunos. O trabalho foi elaborado a partir de discussões voltadas a temática, da revisão bibliográfica de pesquisas divulgadas em anais de eventos e em periódicos e do módulo dos Parâmetros Curriculares Nacionais de língua portuguesa. O referencial teórico aqui analisado sinaliza a validade da prática do ditado como instrumento de avaliação e de possibilidade de reencaminhamento, por parte do professor, da construção da escrita dos alunos. O ditado pode ser realizado de diferentes formas, enquanto prática extensiva a mera memorização, objetivando a correção ortográfica, a codificação e o regramento da escrita formal. Desta forma, a prática do ditado situa o compromisso do professor, com o ensino e a aprendizagem da escrita, durante o processo voltado à construção do saber.

Palavras-chave: Avaliação, Domínio ortográfico, Estratégias, Prática docente.

ABSTRACT

This paper aims to present some reflections on the dictation applied to the literacy process. The interest in this approach is justified by the question that the dictation is an instrument still used by teachers in their practices, where the incorporation of learning to read and write can occur through the methodological path of literacy. The reflection is supported by the question of how this instrument, widely used by teachers, but emphatically criticized by others, can contribute to the process of writing construction. The reflection endorses the need to identify the theoretical supports that ensure and validate the meaning of this practice in the process of literacy and orthographic construction of students. The work was elaborated from discussions focused on the theme, the bibliographic review of research published in annals of events and journals and the module of the Portuguese Curriculum National Parameters. The theoretical framework analyzed here signals the validity of the practice of dictation as an instrument of evaluation and of the possibility of re-routing, by the teacher, of the students' writing construction. The dictation can be performed in different ways, as an extensive practice, the mere memorization, aiming at spelling correction, coding and the rule of

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formal writing. Thus, the practice of dictation situates the teacher's commitment to the teaching and learning of writing, during the process aimed at the construction of knowledge.

Keywords: Assessment, Spelling domain, Strategies, Teaching practice.

1 INTRODUÇÃO

O presente texto aborda algumas discussões acerca da prática do ditado em sala de aula, durante o processo de alfabetização. Para tanto, sabe-se que essa prática não é bem vista e nem bem aceita na conjuntura dos teóricos que tratam da alfabetização pelo paradigma do letramento. No entanto, ocorre que, ainda há professores que se utilizam dessa prática para avaliar os níveis de dificuldade ortográfica dos alunos.

De certo modo, observar os erros, as incertezas e as objeções dos estudantes nas suas produções colaboram para identificar como anda o processo de aprendizagem e em quais partes da ortografia os estudantes apresentam maior dificuldade. A partir disso, o professor tem o compromisso de elaborar novas situações voltadas a auxiliar na resolução da complexa tarefa de construção da escrita.

2 O DITADO COMO COLABORADOR NO DESENVOLVIMENTO DA ALFABETIZAÇÃO

As crianças chegam aos anos iniciais do Ensino Fundamental com diversos níveis de conhecimento sobre leitura e escrita, pois cada qual tem sua individualidade originada nas vivências e nas experiências. Assim, nesta etapa da educação se inicia o processo de alfabetização e letramento. O período escolar pelo qual se codifica e decodifica o alfabeto denomina-se alfabetização. Esse processo, em consonância com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa - PNAIC1 – legitima a alfabetização para não ser ela realizada somente pelas letras do alfabeto, mas pelo reconhecimento de sílabas, palavras, frases, textos e pelos conhecimentos prévios incorporados pelo aluno, ou seja, pelo paradigma do letramento2. Desse modo, decorar o alfabeto e ser capaz de desenhar letras, distingue-se do ser/estar alfabetizado, pois escrever e ler ultrapassa a questão da codificação e da decodificação das letras agrupadas. Estar letrado, refere-se ao sujeito que circula no mundo dos textos globais, como leitor e como produtor da escrita. Portanto, é aquele indivíduo que está apto a compreender, interpretar e produzir mensagens por escrito.

1 O PNAIC (criado em 2012) é o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Constituiu-se por um compromisso

formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental.

2 Segundo Soares (1998), o termo letramento é a versão para o Português da palavra de língua inglesa literacy, que

significa o estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e a escrever. Esse mesmo termo é definido no Dicionário Houaiss (2001) “como um conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito”. No Brasil, o termo letramento não substituiu a palavra alfabetização, mas aparece associada a ela.

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De acordo com a orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs - da língua portuguesa (BRASIL, 1997, p. 20) a internalização da

[...] alfabetização não é um processo baseado em perceber e memorizar e, para aprender a ler e a escrever, o aluno precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: ele precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem.

Desse modo, a contribuição de outras áreas como a psicologia da aprendizagem, fenômenos culturais e as ciências da linguagem colaboram para repensar o ensino da leitura e da escrita, juntamente com o conhecimento curricular a ser acumulado pelo estudante durante a trajetória escolar. Também, importa considerar o que os Parâmetros Curriculares Nacionais ressaltam sobre

Os esforços pioneiros de transformação da alfabetização escolar consolidaram-se, ao longo de uma década, em práticas de ensino que têm como ponto tanto de partida quanto de chegada o uso da linguagem. Práticas que partem do uso possível aos alunos e pretendem provê-los de oportunidades de conquistarem o uso desejável e eficaz. Em que a razão de ser das propostas de leitura e escuta é a compreensão ativa e não a decodificação e o silêncio. Em que a razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita é a expressão e a comunicação por meio de textos e não a avaliação da correção do produto. Em que as situações didáticas têm como objetivo levar os alunos a pensarem sobre a linguagem para poderem compreendê-la e utilizá-la adequadamente. (BRASIL, 1997, p. 20-21, grifos nossos).

Ao aceitar o ditado como atividade consolidada, como um dos recursos didático pedagógico do professor alfabetizador e efetivado ao longo dos períodos escolares, nada o torna tão evidente como a necessária transgressão da investigação e do debate. Um dos instrumentos de discussão vem representado pela análise divulgada na autoria de Sylvia Barum (2012), por ocasião da realização do Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul – IX ANPED SUL, a qual apresenta o resultado da pesquisa realizada com materiais que manifestam essa prática. Segundo Chartier (2007, p. 34 apud BARUM, 2012, p. 2), “[...] apesar de todas as críticas, o ditado tem sobrevivido a todas as reformas pedagógicas [...]”. Assim sendo, o que realmente invalida ou assegura o caráter pedagógico do ditado

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em meio aos processos de alfabetização? De outra forma, qual o embasamento teórico/científico que pode invalidar a prática dessa atividade, desde que a mesma seja utilizada como ferramenta diagnóstica – pontual - do processo de construção da escrita? Barum (2012, p. 4) ressalta que:

O que chama atenção é que novas formas de se realizar a mesma atividade foram ganhando espaço. Com o mesmo objetivo: fixação de palavras e frases e reconhecimento das dificuldades ortográficas dos alunos a partir do uso do ditado como processo avaliativo [...].

Com base nas pesquisas e estudos, torna-se pertinente destacar que o ditado, durante muito tempo, foi sendo utilizado como técnica de avaliação da escrita dos alunos. No entanto, inúmeros educadores consideram o ditado como uma forma inadequada para se avaliar a representação ortográfica dos alunos. Tendo em vista que, essa visão possa estar distorcida do que seria o objetivo real da atividade, Sousa (2014, p. 117) sugere que “efetivamente, o ditado é uma das tarefas que permitem observar as zonas de dificuldades dos alunos, no que o registro diz respeito”.

Por sua vez, Carvalho (2009) afirma que entre os maiores desafios dos docentes de língua materna está o do domínio ortográfico por parte dos estudantes. No exercício contínuo da produção de textos, no convívio com o variado vocabulário existente dos diversos gêneros textuais utilizados para a leitura, identificam-se regularidades ortográficas e também algumas arbitrariedades existentes no sistema gráfico.

Analisando o pensamento de Sousa, torna-se possível constatar o que ocorre na prática, onde os professores não percebem o ditado, em sua essência, como possibilidade de construção/compreensão da palavra, mas o veem como simples repetição e memorização na forma de escrever a palavra ortograficamente. Cada professor, enquanto estudante, em algum momento da escolaridade conviveu com essa prática tradicional na própria alfabetização. Os alunos eram submetidos, por inúmeras vezes, a sessões de repetição de palavras até que escrevessem de maneira adequada, ou seja, correta.

O relato apresentado, ao finalizar o parágrafo anterior, exemplifica e se contrapõe a ideia de Sousa (2014, p. 117), mas que a fortalece nas evidências apresentas em seu texto, quando assegura que é fundamental “[...] realizar-se o ditado com o intuito de compreender o que os alunos não sabem [...]”. Embora, odiado por tantos no processo de alfabetização e conjurado criticamente no cotidiano escolar, torna-se possível sustentar que o verdadeiro propósito do dito ditado está em assumi-lo como uma das práticas do diagnóstico ortográfico.

A autora apresenta, no decorrer da sua investigação, cinco maneiras – tipos - de ditados que podem ser realizados em sala de aula. O primeiro deles consta do ditado tradicional, o segundo é

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identificado por ditado a pares, o terceiro deles é o auto ditado, o quarto ditado no quadro e por fim, o quinto e último é o ditado negociado. Todos eles possuem aspectos e objetivos distintos e, na prática, são diferentes entre si. Entre esses cinco tipos, o auto ditado é o mais utilizado pelos professores - feito pelo professor e transcrito pelos alunos. Porém, seguindo Sousa (2014, p. 121), “se o aluno está inseguro, o ditado torna-se muitas vezes fonte de angústia.”, assim como tantas outras atividades escolares.

A evidência da angústia dos alunos, diante da realização do ditado, requer atenção do professor pelo modo como a atividade possa ser encaminhada. A inquietação pode surgir como consequência da insegurança que os alunos apresentam ao escrever determinadas palavras que tenham, por exemplo: “rr, ss” ou “x, ch” ou “s, z” entre muitas outras razões ortográficas. Diante daquilo que o ditado representa, surgem as questões que não querem calar: Qual é a razão diante da

qual os alunos ficam inseguros ao realizar a tarefa do ditado? Por conta de/do que os alunos sentem-se afetados pela insentem-segurança ao realizar a atividade, compreendida como algo que possa contribuir no processo da construção da escrita? Terá origem na atividade do ditado ou estará precedida do trabalho global de desenvolvimento da alfabetização? Terá influência da concepção de avaliação por parte do professor e da escola?

Os alunos podem identificar o ditado como algo cansativo e repetitivo, desde que esteja sendo utilizado apenas como instrumento de controle e não como algo investigativo ou construtivo. Decorre assim, da ausência de continuidade das demais atividades alfabetizadoras e, ainda, apartado da curiosidade pela escrita correta. Cagliari (1990 apud CARVALHO, 2009) denúncia de que pela razão dos alunos não estarem convictos do como escrever determinadas palavras, utilizam-se do “chute” como mecanismo para “adivinhar” a forma de escrever determinada palavra. Em outros casos, os alunos podem se fazer valer da entonação da voz do professor para entender e transcrever as palavras apresentadas por ele no momento do ditado.

Carvalho, por sua vez, desenvolveu estudo semelhante sobre as estratégias que os professores utilizam, a fim de apresentar as convenções ortográficas para os estudantes. Entre as estratégias “[...] observa-se a realização do ditado, o treino ortográfico e os erros ortográficos mais recorrentes.” (2009, p. 1). Em suas observações e estudos, Carvalho deparou-se com a fala de um estudante pronunciando palavras diferente de sua escrita, o qual foi corrigido instantaneamente pela professora, porém sem manifestação de análise sobre as diferenças da pronúncia e da escrita correta. Diante da situação, Bagno (2013) explica que a língua portuguesa falada no Brasil, depara-se com imensa gama de variantes e diversificações de canto a canto do território nacional. Abrange diversas gírias e dialetos conformados as culturas dos espaços nacionais. No entanto, considera que a norma da escrita deve ser única para todos, preservando a ortografia formal da linguagem.

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O fato apresentado por Carvalho deflagra a real necessidade de reflexão durante o ditado, permitindo aos alunos considerar a diversidade da língua falada. O ditado pode providenciar esse debate, até porque, no momento dessa prática, evitaria que os docentes artificializem suas falas, a fim de colaborar com a escrita sem erros das palavras. Cagliari discorda da artificialidade na pronuncia das palavras, realizada pelos professores durante o ditado, o que prejudica a escrita ortográfica e, além do mais, por não ser essa a maneira de convivência com as palavras na sociedade. Os alunos não escrevem alfabeticamente, mas sim ortograficamente. O autor indica que “a utilização do ‘dialeto do ditado’ nas práticas cotidianas, mais confunde do que auxiliam a ortografia” (CAGLIARI, 1990 apud CARVALHO, 2009, p. 6). Dessa maneira, o ditado não colabora para a reflexão entre as diferenças do discurso oral para com a escrita das palavras.

As abordagens até aqui consideradas sustentam ser o ditado uma estratégia de aprendizagem significativa para a construção ortográfica, desde que, esteja comprometida com a formação dos saberes linguísticos indispensáveis a democratização e ao desenvolvimento do conhecimento social e cultural e da formação integral dos alunos.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao finalizar o estudo, observa-se que os autores aqui citados, contribuem entre si, com a linha de pensamento que considera o ditado como parte do processo do aprendizado ortográfico e, principalmente, para que as palavras tenham o respeito da escrita correta seguindo as normas adotadas pelos padrões da língua portuguesa. No entanto, torna-se fundamental que os professores incorram à reflexão e análise do processo da escrita, de forma que esse venha realmente a colaborar com o aprendizado da leitura e escrita dos estudantes.

Conforme as orientações encaminhadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), o projeto educacional da nação brasileira necessita estar comprometido com a democratização social e cultural desenvolvida pela escola e, bem como, pela função e pela responsabilidade de garantir a todos os alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários ao exercício da cidadania, enquanto direito inalienável da população.

REFERÊNCIAS

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 55ª ed., São Paulo: Loyola. 2013.

BARUM, Sylvia Tavares. “Uma atividade de fixação e avaliação”: orientações sobre o ditado

escolar em cartilhas e livros de alfabetização (1900-1990). In: Anais do IX ANPED

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BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros

curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília, 1997.

CARVALHO, José Ricardo. Ensino da escrita na sala aula: o ditado e a correção ortográfica. In: Anais do III FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES ISSN 21767033 III Fórum Identidade e alteridades - Educação, Diversidade e Questões de Gênero GEPIADDE/UFS/ITABAIANA /SE, Brasil, 2009.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. SOUSA, Otília Costa e. O Ditado como estratégia de aprendizagem. Revista Cientifica EXEDRA - ESEC, nº 9, p. 115 – 127, Lisboa-POR, 2014.

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