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Influência da variação dos parâmetros do teste de condutividade elétrica na leitura de lixiviados / Influence of the variation of the parameters of the electrical conductivity test in leaching leaches

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Academic year: 2020

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Influência da variação dos parâmetros do teste de condutividade elétrica na

leitura de lixiviados

Influence of the variation of the parameters of the electrical conductivity test in

leaching leaches

DOI:10.34117/bjdv5n10-014

Recebimento dos originais: 17/09/2019 Aceitação para publicação: 02/10/2019

Josef Gastl Filho

Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado de Minas Gerais Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Ituiutaba

Endereço: Rua Ver. Geraldo Moisés da Silva, s/n., Universitário, Ituiutaba – MG, Brasil E-mail: josef.gastl@hotmail.com

Rafaella Gouveia Mendes

Graduanda em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado de Minas Gerais Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Ituiutaba

Endereço: Rua Ver. Geraldo Moisés da Silva, s/n., Universitário, Ituiutaba – MG, Brasil E-mail: rafaellagouveiamendes@gmail.com

Amanda Fialho

Doutora em Entomologia pela Universidade Federal de Lavras. Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Ituiutaba

Endereço: Rua Ver. Geraldo Moisés da Silva, s/n., Universitário, Ituiutaba – MG, Brasil E-mail: amanda.fialho@uemg.br

Ellyenaya Silva Coutinho

Graduanda em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado de Minas Gerais Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Ituiutaba

Endereço: Rua Ver. Geraldo Moisés da Silva, s/n., Universitário, Ituiutaba – MG, Brasil E-mail: coutinhoellyenaya@gmail.com

Henrique Toniello Piva

Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado de Minas Gerais Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Ituiutaba

Endereço: Rua Ver. Geraldo Moisés da Silva, s/n., Universitário, Ituiutaba – MG, Brasil E-mail: henriquetonieelo@hotmail.com

Pedro Henrique Barbosa Rocha Carvalho

Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado de Minas Gerais Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Ituiutaba

Endereço: Rua Ver. Geraldo Moisés da Silva, s/n., Universitário, Ituiutaba – MG, Brasil E-mail: pedrorocha22@hotmail.com

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E-mail: ferpeixotof@gmail.com

José Eduardo Fadim Júnior

Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado de Minas Gerais Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Ituiutaba

Endereço: Rua Ver. Geraldo Moisés da Silva, s/n., Universitário, Ituiutaba – MG, Brasil E-mail: juniorfadim_agro@outlook.com

RESUMO

O presente estudo objetivou avaliar a influência de diferentes metodologias aplicadas no teste de condutividade elétrica, e o modo como estas afetam na leitura dos lixiviados das sementes de trigo. Foram utilizados dois lotes de sementes de trigo (BRS 206 e crioulo). Para o teste de condutividade elétrica as sementes foram inicialmente pesadas, e posteriormente embebidas em copos plásticos (200 mL) de acordo com os tratamentos (variação no volume, tipo solução períodos de embebição). Durante a embebição as sementes foram mantidas em condições controladas a 25ºC. Decorrido o período de embebição, foi realizada a leitura da condutividade elétrica. Os resultados finais foram expressos em “micro Siemens por centímetro por grama” (S cm-1g-1). Os resultados da condutividade elétrica referentes à embebição das sementes por 4 e 8 horas, resultaram em valores significativamente (p<0,05) maiores em relação aos resultados da embebição por 20 e 24 horas. Os resultados da condutividade elétrica referentes às sementes embebidas em um volume de 50 mL se diferiram significativamente (p<0,05) dos demais volumes (75 e 100 mL). O uso do ácido acetilsalicílico fez com que o resultado da leitura da condutividade elétrica tenha sido significativamente (p<0,05) quando comparado à leitura das sementes embebidas em água destilada. Conclui-se que variações na metodologia do teste de condutividade elétrica podem levar a alterações na leitura dos lixiviados.

Palavras-Chave: Sementes. Qualidade fisiológica. Vigor. Triticum aestivum L.

ABSTRACT

The present study aimed to evaluate the influence of different methodologies applied in the electrical conductivity test, and the way in which they affect the leachate readings of wheat seeds. Two batches of wheat seeds (BRS 206 and Creole) were used. For the electrical conductivity test the seeds were initially weighed, and then soaked in plastic cups (200 mL) according to the treatments (volume variation, solution type soaking periods). During imbibition the seeds were kept under controlled conditions at 25 °C. After the imbibition period, the electrical conductivity was read. Final results were expressed as "micro Siemens per centimeter per gram" (S cm-1g-1). The results of the electrical conductivity regarding the imbibition of the seeds by 4 and 8 hours, resulted in values significantly (p<0,05) higher in relation to the imbibition results for 20 and 24 hours. The results of the electrical conductivity of seeds imbibed in a volume of 50 mL differed significantly (p<0,05) from the other volumes (75 and 100 mL). The use of acetylsalicylic acid resulted in a significant (p<0,05) reading of electrical conductivity compared to the reading of the seeds soaked in distilled water. It is concluded that variations in the electrical conductivity test methodology can lead to changes in the leachate reading.

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1 INTRODUÇÃO

A manutenção da viabilidade do poder germinativo das sementes pode ser influenciada por fatores como temperatura, luminosidade, gases, disponibilidade de água, condições fisiológicas, entre outros fatores que irão determinar a qualidade fisiológica das sementes (BRASIL, 2009).

A qualidade da semente refere-se ao somatório dos atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários, sendo assim, uma semente de boa qualidade resulta na uniformidade da população de plantas, ausência de moléstias transmitidas pela semente, elevado vigor e maior produtividade (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).

Para determinação do vigor das sementes, é possível utilizar testes que proporcionam informações do comportamento das sementes e as manifestações de sua deterioração. De acordo com Abdul-Baki e Anderson (1973), os testes que demandam curto período de tempo são aqueles relacionados às atividades enzimáticas e respiratórias e com a integridade das membranas celulares. Entre estes testes, ressalta-se o teste de condutividade elétrica.

O teste de condutividade elétrica se baseia nos sistemas de membranas das sementes que são reorganizados durante a etapa de embebição, readquirindo sua permeabilidade. Este processo deve ocorrer no menor período possível, para reduzir a ocorrência de misturas indesejáveis do conteúdo celular e a lixiviação comprometedora de eletrólitos (ABDUL-BAKI, 1980). A velocidade de reorganização do sistema de membranas reflete vigor da semente.

De modo geral baixos valores de condutividade (baixa lixiviação) indicam que as sementes apresentam alta qualidade, enquanto valores elevados estão relacionados a sementes de qualidade inferior (WOODSTOCK, 1973). Contudo, a quantidade e intensidade de material lixiviado estão diretamente relacionadas à permeabilidade das membranas e, consequentemente, são influenciadas por fatores intrínsecos e extrínsecos (POWELL, 1986).

Desse modo, o presente estudo objetivou avaliar a influência de diferentes metodologias aplicadas no teste de condutividade elétrica, e o modo como estas afetam na leitura dos lixiviados das sementes.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo foi conduzido no laboratório de sementes (LASE) da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), unidade Ituiutaba-MG, pelo período de abril a dezembro de 2018. No estudo foram utilizados dois lotes de sementes, consistindo um lote a cultivar BRS 206, cujas mesmas foram obtidas da EMBRAPA, e outro lote de sementes crioulas obtidas comercialmente. Os

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Para avaliar a influência dos diferentes períodos de embebição das sementes de trigo, conduziu-se o experimento em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com quatro tratamentos (4, 8, 20 e 24 horas de embebição) e dez repetições de vinte sementes, perfazendo total de 200 sementes por tratamento. As sementes foram inicialmente pesadas, e posteriormente embebidas em copos plásticos (200 mL) contendo 75 mL de água destilada (AD). Durante a embebição as sementes foram mantidas em B.O.D. com condições controladas a 25ºC.

Para avaliar a influência dos diferentes volumes na embebição das sementes de trigo, conduziu-se o experimento em DIC, com três tratamentos (50, 75 e 100 mL de AD) e dez repetições de vinte sementes, perfazendo total de duzentas sementes por tratamento. As sementes foram inicialmente pesadas, e posteriormente embebidas em copos plásticos (200 mL). Durante a embebição as sementes foram mantidas em B.O.D. com condições controladas a 25ºC.

Na avaliação da influência das diferentes soluções de embebição das sementes de trigo, o experimento foi conduzido em DIC, com dois tratamentos (AD e ácido acetilsalicílico) e dez repetições de vinte sementes, perfazendo total de duzentas sementes por tratamento. As sementes foram inicialmente pesadas, e posteriormente embebidas em copos plásticos (200 mL). Durante a embebição as sementes foram mantidas em B.O.D. com condições controladas a 25ºC. A solução de ácido acetilsalicílico (AS) foi preparada na concentração de 100,0 mg L-1, sendo utilizado 10,0 mL L-1 de etanol 96 ºGay Lussac para sua solubilização.

Em todos os experimentos, depois de decorrido o período de embebição, foi realizada a leitura da condutividade elétrica, utilizando-se um condutivímetro DIGIMED, modelo CD 21, com eletrodo de constante 1.0. Os resultados finais foram expressos em “micro Siemens por centímetro por grama” (S cm-1 g-1).

Os dados obtidos foram submetidos ao cálculo das medidas de dispersão e análise de variância (ANOVA), sendo comparados por meio do Teste de Tukey a 5% de probabilidade, através do software estatístico SISVAR® 5.6.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores médios de condutividade elétrica das sementes, submetidas à diferentes períodos de embebição podem ser observados na Tabela 1.

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Tabela 1. Valores médios de condutividade elétrica de sementes trigo submetidas à diferentes períodos de embebição.

Períodos de embebição Condutividade Elétrica (S cm-1g-1)

4 horas 5.717,48 a

8 horas 4.797,46 b

20 horas 79,42 c

24 horas 76,20 c

Médias de cinco repetições. Valores seguidos pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si pelo Teste Tukey (p<0,05).

Houve diferenças significativas (p<0,05) para os diferentes períodos de embebição das sementes, ou seja, o tempo em que as sementes estiveram embebidas em AD influenciou na lixiviação de exsudatos das sementes. O período de 4 horas foi o que apresentou significativamente a maior leitura de condutividade elétrica, dentre todos os tratamentos. O período de 8 horas foi o que apresentou a segunda maior condutividade elétrica. 20 e 24 horas apresentaram a menor lixiviação de exsudatos das sementes.

De acordo com Vieira e Krzyzanowski (1999) e Marcos Filho (2005), a perda de lixiviados indica a situação de integridade da estrutura das membranas celulares. Dessa forma, pode-se inferir que as membranas se desorganizaram no inicio do período de embebição (4 e 8 horas) onde os valores foram altos, e vieram a se reorganizar no fim do período de embebição (20 e 24 horas) quando apresentaram valores mais baixos.

De acordo com Vieira (1994) o teste de condutividade elétrica pelos sistemas de massa e individual fornece resultados confiáveis em 24 horas. Tal afirmação corrobora com o resultado da leitura realizada com 24 horas de embebição, já que na mesma houve maior reorganização das membranas e consequentemente menor valor de condutividade elétrica.

Os valores médios de condutividade elétrica das sementes, submetidas à embebição em diferentes volumes podem ser observados na Tabela 2.

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Tabela 2. Valores médios de condutividade elétrica de sementes de trigo submetidas à dois diferentes volumes de embebição.

Volume de Embebição Condutividade Elétrica (S cm-1g-1)

50 mL 119,83 a

75 mL 79,42 b

100 mL 62,39 b

Médias de cinco repetições. Valores seguidos pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si pelo Teste Tukey (p<0,05).

Os resultados da condutividade elétrica referentes às sementes embebidas em um volume de 50 mL se diferiram significamente (p<0,05) dos demais volumes (75 e 100 mL). De acordo com a metodologia de Hampton e Tekrony (1995) e Vieira e Krzyzanowski (1999) o volume indicado para realização do teste de condutividade elétrica seria 75 mL.

Os valores médios de condutividade elétrica das sementes, submetidas à embebição em diferentes soluções (AS e AD) podem ser observados na Tabela 3.

Tabela 3. Valores médios de condutividade elétrica de sementes de trigo submetidas à duas diferentes soluções de embebição.

Solução de embebição Condutividade Elétrica (S cm-1g-1)

Ácido Acetilsalicílico 616,97 a

Água Destilada 79,42 b

Médias de cinco repetições. Valores seguidos pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si pelo Teste Tukey (p<0,05).

A quantidade e intensidade de material lixiviado estão diretamente relacionadas à permeabilidade das membranas e, consequentemente, todos os fatores intrínsecos e extrínsecos que pode influenciar esse processo (POWELL, 1986). Um desses fatores pode ser o uso de reguladores vegetais no processo de embebição das sementes, já que estes são capazes de inibir, incrementar ou modificar processos morfológicos e fisiológicos da semente (CASTRO e VIEIRA, 2001). Dessa forma, o uso do AS no processo de embebição pode ter influenciado na reorganização das membranas celulares das sementes, fazendo com que o resultado da leitura da condutividade elétrica tenha sido significativamente (p<0,05) quando comparado à leitura das sementes embebidas em AD.

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De acordo com Rech et al., (1999), altos valores de condutividade elétrica estão relacionados ao menor vigor das sementes porque representa o vazamento de solutos das membranas celulares, enquanto baixos valores estão relacionados com maior vigor das sementes.

4 CONCLUSÃO

Conclui-se que variações na metodologia do teste de condutividade elétrica podem levar a alterações na leitura dos resultados, sendo que a o uso de reguladores vegetais, bem como redução do volume e tempo de embebição resulta em aumento nos valores de condutividade elétrica.

REFERÊNCIAS

ABDUL-BAKI, A. A. Biochemical aspects of seed vigor. Horticultural Science, v.5, n.6, p.765-1980.

ABDUL-BAKI, A. A.; ANDERSON, J.D. Vigor determination in soybean seed by multiple criteria. Crop Science, v.13, n.6, p.630-633, 1973.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília, DF: Mapa/ACS, 2009. 398p.

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. Jaboticabal: FUNEP, 2000. 429p.

CASTRO, P. R. C.; VIEIRA, E. L. Aplicações de reguladores vegetais na agricultura tropical. Guaíba: Livraria e Editora Agropecuária, 2001. 132p

HAMPTON, J. G.; TEKRONY, B. M. (Eds.). Handbook of vigour test methods. 3.ed. Zurich: ISTA, 1995.

MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 495p.

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RECH, E. G.; VILLELA, F. A.; TILLMANN, M. A. A. (1999). Avaliação rápida da qualidade Fisiológica de sementes de ervilha. Revista Brasileira de Sementes, vol. 21, n. 2, p. 1-9.

VIEIRA, R. D. Teste de condutividade elétrica. In: VIEIRA, R. D.; CARVALHO, N. M. (Ed.) Testes de vigor em sementes. Jaboticabal: FUNEP, 1994. p.103-132.

VIEIRA, R. D.; KRZYZANOWSKI, F. C. Teste de condutividade elétrica. In: KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. (Eds.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 1999. p.4-1 a 4-26.

WOODSTOCK, L. M. Physiological and biochemical of seed vigor. Seed Science and

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Tabela 1. Valores médios de condutividade elétrica de sementes trigo submetidas à diferentes períodos de embebição

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