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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE AGRONOMIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE AGRONOMIA

Implementação e manejo de culturas de verão e

manutenção do ambiente de trabalho

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Júnior Henrique Milanesi

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Implementação e manejo de culturas de verão e

manutenção do ambiente de trabalho

por

Júnior Henrique Milanesi

Relatório apresentado ao Curso de Agronomia da Universidade

Federal de Santa Maria, como parte das exigências da disciplina

FTT 1021 – Estágio Supervisionado em Agronomia

Orientador: Cláudio Lovato

Supervisor: Thomas Newton Martin

Santa Maria, RS, Brasil

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Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Ciências Rurais

Curso de Agronomia

A Comissão examinadora, abaixo assinada,

aprova o Relatório de Estágio

Implementação e manejo de culturas de verão e

manutenção do ambiente de trabalho

elaborado por

Júnior Henrique Milanesi

como parte das exigências da disciplina

FTT 1021 – Estágio Supervisionado em Agronomia, e como requisito parcial para obtenção do grau de

Engenheiro Agrônomo

COMISSÃO EXAMINADORA:

__________________________________________ Profº PhD. Cláudio Lovato

(Presidente/Orientador)

__________________________________________ Profº Dr. Thomas Newton Martin

___________________________________________ Engª Agrônoma MSc Lovane Klein Fagundes

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RESUMO

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado em Agronomia Curso de Graduação em Agronomia

Universidade Federal de Santa Maria

Autor: Júnior Henrique Milanesi Orientador: Prof° PhD. Cláudio Lovato

Data: Santa Maria, julho de 2012.

O relatório abordará as atividades realizadas no estágio curricular obrigatório durante o primeiro semestre de 2012 no período de 12 de março a 25 de junho de 2012, dentro da Universidade Federal de Santa Maria. Sob a orientação do Prof. PhD. Cláudio Lovato e a supervisão do Prof. Dr. Thomas Newton Martin foram implementadas culturas e os seus tratos culturais, além da manutenção e organização do ambiente de trabalho e das ferramentas de trabalho utilizadas. Culturas de verão como soja, milho feijão, batata, foram manejadas de acordo com seu estagio fenológico, clima, condições sanitárias e fisiológicas a fim de se conseguir os melhores resultados possíveis. Coube ao estagiário manter o ambiente de trabalho limpo e organizado com o objetivo de facilitar a utilização e aumentar a eficiência do trabalho. Com a realização do estágio o conhecimento teórico adquirido durante o curso foi sedimentado através da prática a campo, além do estagiário desenvolver suas características pessoais como o companheirismo, autoconfiança, responsabilidade, e dedicação.

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APRESENTAÇÃO

O estágio curricular obrigatório foi realizado pelo acadêmico Júnior Henrique Milanesi, estudante do 10º semestre do curso de agronomia da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, Rio Grande do Sul durante o primeiro semestre de 2012.

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ÍNDICE

1. ... A

TIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 6

1.2... P lanejamento ... 6

1.3... O rganização, manutenção e higienização do ambiente de trabalho e ferramentas ... 6

1.4... I mplementação e manejo das culturas ... 7

2. ... I NTRODUÇÃO ... 9

3. ... D ESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO... 10

3.1. Organizações, manutenção e higienização do ambiente de trabalho e ferramentas...11

3.2. Implementação das culturas principais...12

3.2.1. Cultura da Soja...12

3.2.2. Cultura do Milho...16

3.2.3. Cultura do Feijão...19

3.2.4. Cultura da Batata...22

3.3. Implementação das culturas secundárias ...23

3.3.1. Mandioca, milheto, girassol, aveia de verão...23

3.4. Auxilio na implementação das culturas de inverno...24

3.4.1. Dessecação da área...24

3.4.2. Correção da acidez ...25

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...25

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...26

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1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

No o primeiro semestre de 2012, durante o período de realização do estágio curricular obrigatório em agronomia, com o objetivo de aprendizagem e cumprimento da carga horária, foram realizadas uma série de atividades tais como:

1.1. Planejamento

O planejamento é fundamental para se conseguir atingir metas com eficiência de tempo e mão-de-obra.

A maneira que encontramos para nos planejar foi através de reuniões semanais. Para isso recolhemos a cópia da matricula de todos os estagiários e criamos um quadro de horários, onde foi estabelecido um dia da semana (segunda-feira, 18:00 horas) para realizar reuniões de 30 a 60 minutos em média, onde foram discutidos os seguintes assuntos:

• Tarefas a serem realizadas durante a semana

• Como estava o andamento das atividades

• Criticas e sugestões

• Sanar duvidas e receber orientações

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1.2. Organização, manutenção e higienização do ambiente de trabalho e ferramentas

Um ambiente de trabalho limpo e organizado além de ser indispensável para uma boa execução das atividades, também reduz riscos de acidentes, reduz custos com reposição de ferramentas perdidas e aumenta a durabilidade dos equipamentos utilizados.

Foram realizadas:

o Varredura do galpão da madame o Organizar e guardar a sacaria o Empilhar insumos e tabuas

o Cortar taquara para servir de estacas

o Confecção e alocação a campo de placas com os nomes das culturas

o Lavagem dos pulverizadores costais e limpeza dos bicos

o Recolher lixos e embalagens vazias e armazena-las em local seguro

o Controle de roedores

o Inventário dos agroquímicos (fungicidas, herbicidas, inseticidas, adubos...)

o Organização da sala de defensivos agrícolas o Construção da estante

o Lavar enxadas

o Preparar galpão da área da madame para as aulas de agricultura

1.3. Implementação e manejo das culturas

• Grandes culturas de verão: Soja, milho, feijão

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Implementação e manejo das grandes culturas

o Limpeza da área que foi semeada (dessecação e capinas) o Correção do solo com calcário

o Tratamento de sementes o Semeadura

o Adubação

o Controle químico de doenças (fungos) o Controle químico de pragas (inseticidas)

o Controle químico e mecânico de plantas invasoras o Colheita

• Culturas alternativas ou secundárias: Milheto, Girassol, Aveia de verão, Mandioca

São as culturas devido a sua representatividade na produção e renda do agricultor, ocupa segundo plano nas lavouras do país.

Implementação e manejo das culturas alterativas o Limpeza da área

o Semeadura

o Controle de plantas daninhas o Adubação

o Colheita

• Cultura da batata

A cultura da batata será aqui destacada pelas suas peculiaridades de manejo em comparação com as demais culturas descritas a cima.

Implementação e manejo da cultura da batata o Quebra da dormência

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2.

INTRODUÇÃO

A realização do estágio curricular é uma grande oportunidade do estudante universitário revisar o que aprendeu durante a graduação, tirar duvidas, e ganhar um pouco de vivência na área agronômica, preparando-o para o seu futuro.

Neste relatório serão descritas todas as atividades desenvolvidas e conhecimentos adquiridos pelo acadêmico Júnior Henrique Milanesi durante o seu período de estágio. Como orientador o Prof. PhD. Cláudio Lovato e supervisionador das atividades Prof. Dr. Thomas Newton Martin, o estágio foi realizado na Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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3.

DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

As atividades do estágio foram realizadas no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, na área contendo parcelas demonstrativas com finalidade didática aos alunos de Agricultura Especial (área da madame) e na área experimental, onde são desenvolvidos experimentos com cunho científico (área da coxilha), dentro da Universidade Federal de Santa Maria, UFSM (Figura 1).

A “Área da madame” é assim denominada como uma referência aos antigos proprietários que residiam no local, um casal de americanos. Após o falecimento do seu esposo, a senhora (em inglês “Madam”) continuou residindo no local por mais um tempo e relutava em deixar o imóvel para a Universidade. Ésta teimosia deu relevância ao local que ficou conhecido como área da madame.

O solo da área pertence à Unidade de Mapeamento Santa Maria, possui textura média, relevo suavemente ondulado, classificado como Argissolo Vermelho Distrófico arênico pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999).

O clima é do tipo Cfa, subtropical úmido, segundo a classificação de Köppen (MORENO, 1961), caracterizado por temperatura média anual entre 17,9 e 19,2 ºC, sendo a temperatura média do mês mais quente superior a 22 ºC e a precipitação média anual varia entre 1.400 e 1.760 mm, sendo bem distribuída ao longo do ano.

Durante a primeira semana de aula, foi realizada uma reunião entre os estagiários e o Prof. Dr. Thomas Newton Martin para discutir as atividades que para o semestre. As obrigações e metas do estágio foram definidas e delegadas aos estudantes. Foi de total responsabilidade as parcelas demonstrativas da área da madame, além da organização do galpão da área. O manejo das culturas na área da coxilha também faz parte das obrigações dos estagiários.

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Inicialmente na área da madame, teve-se a idéia de realizar as parcelas demonstrativas em dois blocos distintos, com uma repetição em cada bloco da mesma parcelas. Um dos blocos seria o que seria conduzido com elevada tecnologia e outro com baixa tecnologia, conforme a tabela 1. Porém essa idéia dos diferentes níveis de tecnologia foi abandonada em decorrência da seca ocorrida no ano de 2012.

Fundacep 62 Fundacep 62 IGRA 518 IGRA 518 Dom Mario Dom Mario Fundacep 61 Fundacep 61 Tijereta Tijereta Nidera 4725 Nidera 4725 Nidera 4990 Nidera 4990 Nidera 5959 Nidera 5959 Nidera 4823 Nidera 4823

Turbo Turbo

CD 235 CD 235 syngenta 6411 syngenta 6411 syngenta 3358 syngenta 3358 Girassol Girassol Aveia de verão Aveia de verão Milho/milheto 3linha

cada

Milho/milheto 3linha cada

Tabela 1: culturas de verão das parcelas demonstrativas

3.1. Organizações, manutenção e higienização do ambiente de trabalho e ferramentas

A limpeza no galpão da madame acontecia normalmente nas segundas-feiras, por ser um dia em que eu passava praticamente todo sozinho, deste modo, podendo ser mais criterioso e detalhista na limpeza. Esta atividade tinha

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com objetivo, proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável e favorável à realização das atividades e aulas práticas no local.

Uma vez o galpão organizado e limpo, o tempo perdido procurando ferramentas e limpando equipamentos para serem utilizados era eliminado. A eficiência de trabalho se tornava melhor, e as chances do local apresentar algum risco a saúde era potencialmente minimizadas.

Havia no galpão uma grande infestação de ratos, que proliferavam nas pilhas de resíduos e restos culturais armazenados. Além dos riscos à saúde, como a leptospirose, os roedores causavam muitas perdas de materiais como bolsas, sementes, sacolas de papel, etc.

As consecutivas organizações e limpezas realizadas juntamente com a utilização de raticidas foram cruciais para a redução significativa da população dos roedores no local (Figura 2).

As enxadas eram lavadas sempre após o uso, para que permanecessem prontas para o uso e evitar que as mesmas enferrujassem. Pulverizadores e bicos também eram lavados e enxaguados diversas vezes para que as aplicações subjacentes não resultassem em uma mistura dos produtos, podendo levar a injúrias nas culturas.

A fim de tornar o local mais organizado e proporcionar uma maior facilidade no armazenamento de ferramentas, sementes e o que mais for necessário, montamos uma estante no galpão, como pode ser observado na Figura 3.

3.2. Implementação das culturas de verão

3.2.1. Cultura da soja

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Diversos fatores contribuíram para a ampla expansão da soja no território brasileiro. A vasta gama de utilização do complexo soja aliada ao grande potencial que a mesma tem para se adaptar a diferentes zonas agrícolas possibilitou sua grande utilização por quase todo país.

A importância da cultura da soja é imensa. Com uma produção na safra de 2010/2011 de 75 milhões de toneladas e mais de 24 milhões de hectares plantados (CONAB, 2011), a soja é o combustível do agronegócio brasileiro. Atrai investimentos e financia a busca por novas tecnologias e praticas que potencializam os índices de produtividade em todo o setor.

No ano de 2012 a produção de soja no país teve uma grande queda devido principalmente a estresses hídricos. A planta de soja é muito exigente em água, sendo a deficiência crítica nos estádios R1 e R4, visto na tabela 2.

Tabéla 2: Fenologia da soja. Fote: Fehr e Caviness (1977).

Com uma boa aceitação a climas tropicais ou sub tropicais e a solos férteis e bem drenados, a cultura prospera gerando renda a quem a cultiva. O melhoramento genético transformou a soja no grão do futuro, tornando-a mais adaptável aos diferentes climas e resistente as principais doenças, como por exemplo, a soja variedade INOX, resistente a Phakopsora pachyrhizi, ferrugem asiática.

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Com o objetivo de demonstrar a cultura da soja antes da maturidade fisiológica aos alunos de Agricultura especial no mês de março, foram semeadas parcelas demonstrativas de soja no dia 19 de janeiro, na área da madame. A seguir, veremos como ocorreu a implementação e manejo dessa cultura.

O tratamento de semente foi realizado com o inseticida IMIDACLOPRIDO na dose de 150g/L + TIODIOCARBE com 450g/L (Cropstar®)

e um fungicida, o TRIAZOL 150g/L (Baytan®). As sementes foram colocadas

em um misturador, onde também eram colocados produtos para o tratamento de sementes (Figura 4).

As plantas daninhas foram controladas com a aplicação de Gliphosate na dose de 3,5 L ha-1 e posteriormente capinada para que o solo ficasse sem plantas daninhas, facilitando a abertura das covas e a semeadura. As parcelas foram de a 4x4 metros e tendo 9 linhas por parcela (Figura 5).

As covas foram abertas com enxadas com 45 cm de espaçamento entre si e profundidades de 3 a 5 cm. A densidade de sementes nas linhas foi superior a recomendada para a região, devido a incerteza quanto a qualidade da semente. A emergência da semente está na dependência de seu potencial fisiológico além do principal causa da baixa germinação, o estresse hídrico (MIAN & NAFZIGER, 1994; ROSSETO et al.,1997).

Após 20 dias do plantio foi realizado o desbaste das parcelas demonstratias de soja deixando uma planta sadia de soja a cada 10 cm, conforme é visto na figura 6.

As variedades semeadas foram: Fundacep 62, IGRA 518, Dom Mário, Fundacep 61, Tijereta, Nidera 4725, Nidera 4990, Nidera 5059, Nidera 4823, Turbo, CD235, Syngenta6411, Syngenta 3958.

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Até os 50 primeiros dias, 3 capinas foram realizadas e 1 aplicação de Gliphosate na dose de 3,5 L ha-1 para o controle de ervas daninhas, permitindo o estabelecimento da cultura.

No final do ciclo, próximo a maturação fisiológica da cultura (Figura 7), as parcelas demonstrativas foram roçadas para dar lugar ao inicio aos cultivos de inverno.

Manejo: Área da Coxilha

Nesta área, 3 foram as atividades em que participei: Semeadura, colheita, e avaliação.

• Semeadura

A área foi previamente manejada, uma semeadora abriu os sulcos onde seriam colocadas as sementes, facilitando o trabalho. Com o auxilio de uma régua com gabarito colocávamos as sementes na terra a cada 11 cm e posteriormente a cobríamos com a capina. O tratamento de semente foi o mesmo com a soja semeada na área da madame posteriormente.

Durante a semeadura da soja, houve variação nos diferentes tipos de adubação por parcela. No experimento A, foram: testemunha (sem adubação), adubação mineral, adubação com organominerais (Josapar N. 1), e adubação com organominerais (SQ). No experimento B: testemunha (sem adubação), adubação com organominerais (½ dose), adubação com organominerais (1x dose), adubação com organominerais (1,5x dose), adubação com organominerais (2x dose).

A correção de pH pela aplicação de calcário diretamente na linha de semeadura, de acordo com as recomendações do manual de adubação e calagem da sociedade brasileira de ciência do solo.

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Avaliações

Estes experimentos contavam com uma série de avaliações com a finalidade de avaliar a melhor dose de adubo, o tipo de produto e quais os efeitos dessas variáveis nas plantas. Participei nas seguintes avaliações:

o População: número de plantas por parcela (NP ha-1); Com uma régua de 4 metros era medida quantas plantas uma fileira central possuía, e assim fazia-se uma média da parcela.

o Número de vagens por planta (média de 10 plantas); Contagem do número de vagem em 10 plantas por parcela.

o Número de grãos por planta (média de 10 plantas); Contagem do numero de grãos em 10 plantas por parcela.

o Número médio de grãos por vagem; Contagem manual em 10 plantas.

o Peso de 100 grãos; Foram formadas, ao acaso, quatro repetições de 100 sementes (puras e saudaveis) e em seguida pesadas cada uma das repetições com o mesmo número de casas decimais. O resultado obtido foi a média das quatro pesagens e expresso em gramas.

• Colheita

A colheita ocorreu do dia 2 de abril ao dia 13 do mesmo mês, em decorrência da diferença de ciclo entre as cultivares de soja. Utilizando-se apenas a área útil das parcelas, determinada pelos 4 metros centrais nas linhas, excluindo-se a primeira e a ultima linha de plantio.

As plantas eram arrancadas inteiras do solo e colocadas em bolsas que ficavam em cada parcela. Neste momento as bolsas eram identificadas com o numero do bloco e o tratamento que elas tiveram. Mais tarde com um reboque cedido pelo departamento de Fitotecnia da UFSM, as bolsas eram levadas até a área da madame, onde eram armazenadas e posteriormente dava-se inicio as avaliações.

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O milho representa um dos principais cereais cultivados em todo o mundo, em quantidade, não sendo diferente no Brasil. Seus produtos são largamente utilizados para a alimentação humana, animal e matérias-primas para a indústria, principalmente em função da quantidade e da natureza das reservas acumuladas nos grãos.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, totalizando 53,2 milhões de toneladas na safra 2009/2010 (CONAB, 2010). O milho brasileiro tem como principal finalidade a alimentação animal, seguida pela alimentação humana, e utilização industrial.

A época de plantio do milho é o que caracteriza a sua divisão no país. Em primeiro lugar vem o plantio de primavera, que vai entre fins de agosto na região Sul até os meses de outubro/novembro no Sudeste e Centro Oeste. Após isso temos a “safrinha”, ou segunda safra, que e um milho plantado em fevereiro ou março quase sempre após a soja.

O milho, por ter sua origem tropical, exige, durante o seu ciclo vegetativo, calor e umidade para se desenvolver e produzir satisfatoriamente. O consumo de água por parte do milho, em um clima quente e seco, raramente excede 3,0 mm/dia, enquanto a planta estiver com altura inferior a 30 cm. Contudo, durante o período compreendido entre o espiga mento e a maturação (Figura 8) o consumo pode se elevar para 5,0 a 7,5 mm diários (FANCELLI, A.L. & DOURADO NETO, D.).

O N possui um papel fundamental no metabolismo da planta, pois faz parte de moléculas essenciais, tornando-se o maior limitador da produtividade da cultura do milho. O nitrogênio além de ser constituintes de moléculas de proteína, enzima, coenzimas, ácidos nucléicos e citocromos, apresenta importante função como integrante da molécula de clorofila, atuando diretamente no processo de divisão e expansão celular (BULL,1993).

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18 Manejo: área da madame

Para fins demonstrativos, foram plantadas duas variedades de milho: a primeira crioula e a segunda uma variedade híbrida comercial. O objetivo deste plantio era demonstrar em aulas da disciplina de Agricultura especial as diferenças alcançadas pelos melhoristas com características agronômicas diferente das características rusticas do milho crioulo.

As parcelas era de 4x4 metros com 8 linhas cada, sendo o espaçamento de 50 cm na entrelinha. Com a quantidade de três plantas por metro linear o objetivo era de se obter a densidade de 60000 plantas/ha.

A adubação foi feita parcelada, sendo parte durante o plantio, com 30 kg ha-1de N e 40 kg ha-1 de K2O e P205. Mais duas aplicações de N foram feitas

durante a maior necessidade para a planta com 3 semanas na emissão da 4ª folha e com 6 semanas, logo após a emissão da 8ª folha (Figura 8), ambas com 30 kg ha-1.

Capinas eram realizadas semanalmente para o controle de plantas daninhas, não sendo necessário para este fim o controle químico com herbicidas.

Durante a colheita, percebeu-se o dano que a seca causou para a produtividade da cultura. Espigas pequenas e com pouca quantidade de grãos eram quase a totalidade. Após a colheita as espigas foram debulhadas a mão no galpão da madame e os grãos armazenados em bolsas.

Manejo: área da coxilha

Na área da coxilha participei do plantio, colheita e avaliações dos experimentos de milho.

Semeadura

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Durante o plantio a correção do ph do solo já foi efetuada, adicionando-se calcário filler na linha de plantio, e posteriormente em cobertura adicionando-seriam aplicados 112,5 kg ha-1 de N e 50 kg ha-1 de K2O.

Colheita

A colheita foi realizada no dia 30 de março de 2012. As espigas eram colhidas e deixadas em sacos no perímetro dos experimentos, que em seguida eram identificados e recolhidos para um local na lavoura. Com carros de alunos os sacos foram levados para o galpão da madame onde as avaliações ocorreram.

A produtividade de milho foi muito afetada pela condição de stress hídrico sofrida pela cultura neste ano. Essa falta de água resultou em espigas pequenas e desuniformes como pode ser vista na figura 9.

o Avaliações

Antes da trilhagem foram contados o número de gãos por fileira e o número de fileiras por espiga, de 5 espigas por parcela. Após as avaliações parciais, o milho era trilhado e foram avaliados a massa de cem grãos e a umidade. Cem grãos normais e viáveis eram pesados por parcela, repetindo sempre 3 vezes esse processo, e através disso , gerando as médias.

3.2.3. Cultura do Feijão

A cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) possui uma grande importância na alimentação humana, em vista de suas características protéicas e energéticas. Na safra 2005-06, o feijão representou o quinto granífero mais produzido, ficando atrás apenas da soja, do milho, do arroz e do trigo, com uma produção de 3 .472.900 toneladas (Conab,2007).

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É possível explorar a cultura em três épocas distintas, divididas em três safras consecutivas: Primeira safra ou “safra das águas”, Segunda safra ou “safra da seca” e Terceira safra ou “safra de inverno”. O local e os periudos de plantio e colheita podem ser vistos na tabela 3.

Safras Plantio Colheita Regimes de Concentração 1a “águas” Ago/nov. Nov/abr Sul, Sudeste, BA

2a“seca” Jan./mar Abr/jul NE, Sudeste, Sul

3a “inverno” Abr./jul Ago/out MG, GO, SP, BA

Tabela 3: Calendário de plantio, colheita e regiões de concentração FONTE: CONAB (2004)

Devido a sua morfologia o feijão é muito sensível a adversidades climáticas. Seu sistema radicular é muito superficial (20 a 40 cm) o que o torna sucessível a déficit hídricos e dependente de solos férteis. A cultura exige no mínimo 300 mm durante o seu ciclo, sendo que menos que isso resulta em perdas de produtividade, sendo o período crítico 15 dias antes da floração, visto na escala fenológica da figura 10.

Para que o feijoeiro possa atingir seu rendimento potencial, torna-se necessário que a temperatura do ar apresente valores mínimo, ótimo e máximo como sendo 12ºC, 21ºC e 29ºC, respectivamente. Com relação à germinação do feijoeiro, valores de temperatura em torno de 28°C são considerados ótimos. Temperaturas superiores a 35ºC provocam abortamento floral assim como inferiores a 12ºC.

O feijoeiro pode ser cultivado em solos de textura variando de arenosa leve até argilosa. Solos muito argilosos e com problemas de drenagem devem ser evitados. O feijoeiro não tolera excesso contínuo de água no solo.

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Manejo: área da madame

o Semeadura

A semeadura das parcelas demonstrativas do feijão ocorreu juntamente com o plantio das parcelas demonstrativas da soja no dia 19 de janeiro de 2012. A área cultivada era de 9x5 metros com o espaçamento entre linha de 30 cm.

A área foi limpa à capina, devido a intensa quantidade de mato e o pouco tempo, que não permitiria esperar que as daninhas morresse após a aplicação de um produto secante.

A semente utilizada na parcela foi o excedente do que foi utilizado no experimento da coxilha, a variedade BRS Valente, planta arbustiva, ereta e de ciclo de até 94 dias.

o Desbaste

Assim como na cultura da soja, foi realizado desbaste nas linhas de semeadura do feijão. O arranque das plantas foi de forma manual, sendo que era deixado um espaço entre plantas de aproximadamente 10 cm.

Diferentemente da semente do soja, era sabido do potencial germinativo da semente, o déficit hídrico e possíveis chuvas seguidas de altas temperaturas poderiam causar um encrostamento da camada superficial, impedindo que as sementes isoladas emergissem da terra. Por esse motivo, foi semeado um numero significativamente maior de sementes nas linhas.

o Aplicação de herbicidas

No dia 12 de fevereiro foi aplicado com a utilização de um pulverizador costal o herbicida SETOXIDIM 184 g/L (Poast®), para o controle de plantas

daninhas na parcela. A aplicação ocorreu a tardinha, quando as condições climáticas eram favoráveis a máxima eficiência.

Manejo: área da coxilha

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A semeadura do feijão ocorreu no dia 21/10/2011, de forma manual com a utilização de réguas graduadas, onde os espaçamentos entre as sementes era de 11 cm.

As sementes já tratadas com o inseticida IMIDACLOPRIDO 150g/L +TIODIOCARBE 450g/L (Cropstar®), e o fungicida TRIAZOL 150g/L (Baytan®),

eram semeadas em covas já previamente feitas com o auxilio de uma semeadora, e após as linhas eram cobertas com a utilização de enxadas. A adubação ocorreu ao mesmo tempo que o plantio.

3.2.4. Cultura da Batata

A batata ( Solanum tuberosum L. ) é originária dos Andes peruanos e bolivianos onde é cultivada há mais de 7 mil anos. Atualmente a batata é o 4º alimento mais consumido no mundo, após arroz, trigo e milho.

A planta da batata pode ser dividida em 2 partes distintas: a parte aéria, sendo composta pelo caule, folhas e flores, e a parte subterrânea contendo raízes e estolões.

O fotoperíodo possui uma importante influencia na produtividade da batata. Em fotoperíodos mais curtos a tuberização ocorre de forma mais precoce, com estolões mais curtos e hastes menores. Já em fotoperíodos mais longos a tuberização é mais tardia, com estolões curtos e hastes menores, e consequentemente o ciclo é mais tardio.

A temperatura possui papel fundamental para a cultura da batata. Ela é muito sensível a baixas temperaturas sendo que menores que 12ºC não ocorre tuberização, assim como quando as temperaturas excedem os 28ºC. As temperaturas ótimas para o desenvolvimento da cultura variam entre 15 e 18ºC, ocorrendo uma ótima tuberização.

Manejo: área da madame

Para a quebra de dormência da batata semente realizamos um tratamento com CO2. As batatas que estavam dentro de bolsas foram

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gradativamente aumentando, realizando assim um tratamento efetivo nos tubérculos.

O plantio foi realizado no dia 2 de abril, durante a manha e a tarde. A área foi previamente preparada com os canteiros prontos. Foi aberto um sulco em cada canteiro, onde ocorria a adubação diretamente na linha. Com uma enxada era coberto o adubo para que não ficasse em contato diretamente com a batata semente.

As batatas sementes eram plantadas a cada 15 cm de distância umas das outras, sendo a distância entre linha de 60 cm. Foram adicionado restos culturais das culturas de soja e milho nas entrelinhas com o objetivo principal de controle de plantas daninhas, além de melhoras condições físicas do solo e reter mais água (Figura 11).

Dois produtos foram utilizados no controle e na prevenção de doenças Syngenta Score ® e Tebutec Tebuconazole ®. Estes produtos são triazois de espectro sistêmico.

As demais atividades foram realizadas pelos alunos João S. Antunes e Eduardo Fredrich, que estagiarão próximo semestre, dando sequencia aos trabalhos realizados neste semestre.

3.3. Implementação das culturas secundarias

3.3.1. Milheto, Girassol, Mandioca

Estas três culturas foram semeadas no mesmo modelo que as parcelas demonstrativas de soja, apenas com a diferença de que foi adotado o espaçamento homogêneo de 50 cm na entre linha para o milheto e o girassol e da cultura da mandioca o espaçamento foi de 1 metro.

Os tratos culturais para estas culturas foram os mesmos, sendo a capina a única prática utilizada para o controle de plantas daninhas. As culturas receberam 50 kg de N. há-1 de uréia, e mais 50 Kg. ha-1 de adubação com a

fórmula 5-20-20 na primeira semana de março.

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no galpão da madame e posteriormente descascada (Figura 12), sendo cedida para o Churrasco do X semestre, com uma produção total de 38.7 Kg. As demais culturas foram roçadas para dar lugar as culturas de inverno.

3.4. Auxilio na implementação das culturas de inverno

3.4.1. Dessecação da área

A área da coxilha encontrava-se infestada de plantas daninhas, com avançado grau de desenvolvimento. Com o objetivo de controla-las foi aplicado uma elevada dose de glifosato, 600 ml/ costal de 20 litros (pouco mais que 5 L ha-1).

Uma pessoa ia na frente aplicando o produto com um pulverizador e outro seguia a alguns metros atrás, cravando estacas para demarcar o caminho para evitar falhas na aplicação, aumentando a eficiência e não sendo necessário reaplicar o produto.

A aplicação foi realizada nas horas finais da tarde. Era revezado a aplicação com o pulverizador costal e o estaqueamento para ser possível dar continuidade ao trabalho sem esgotamento do aplicador.

3.4.2. Correção da acidez

Foi necessário para a implementação das culturas de inverno na área da coxilha a correção da acidez do solo com a utilização de calcário. Foram utilizados 80 sacos de calcário sendo 60 sacos dolomitico e 20 filler. A principal diferença está no PRNT (potencial relativo de neutralização total), que seria o tempo que ele demora para reagir com o solo e baixar a acides.

O espalhador de calcário cedido pelo departamento de fitotecnia estava com a regulagem fixa, necessitando de alta velocidade do implemento para espalhar as 2 t ha-1, foi tomada a decisão de misturar os dois tipos de calcário,

(26)

25

A aplicação ocorreu em um dia de pouco vento, pela parte da manha. O calcário não foi umedecido para reduzir a deriva com o vento, devido a falta de uma mangueira que alcançasse até o implemento.

4.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização do estágio, tive a possibilidade de ampliar muito meus conhecimentos através do contato diário com o campo. Problemas e dificuldades exigiram que fossem tomadas ações inteligentes e criativas baseadas nos conhecimentos até então adquiridos e aprendendo ainda mais com isso.

A responsabilidade de implantar culturas e conduzir experimentos e áreas demonstrativas foi uma oportunidade única. O conhecimento de novas variedades e culturas permitiu ampliar o meu horizonte de conhecimento.

(27)

26

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BULL, L.T. Nutrição mineral do milho. In: BULL, L.T.; CANTARELLA, H.

Cultura do milho: fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: POTAFOS, 1993. p.63-145.

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB.

Acompanhamento da safra 2004/2005. Brasília: CONAB. Disponivel em: http://www.conab.gov.br. Acessado em 15 junho. 2012.

CONAB. Boletim de grãos: Levantamentos da safra de 2010/2011. 2011. Disponivel em:

http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/11_01_06_08_41_56_bol etim_graos_4o_lev_safra_2010_2011..pdf Acesso em: 1julho de 2012.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 1999. 412 p.

MORENO, J. A. Clima do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Secretaria da Agricultura, 1961. 73 p.

(28)

27

ROSSETTO, C.A.V. et al. Efeito da disponibilidade hídrica do substrato, da qualidade fisiológica e do teor de água inicial das sementes de soja no processo de germinação. Scientia Agricola, Piracicaba, v.54, n.1/2, p.97-105, 1997.

FANCELLI, A.L. & DOURADO NETO, D. Cultura do milho: aspectos fisiológicos e manejo da água. Inf. Agron., 73:1-4,1996.

6. ANEXOS

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Figura 2: Limpeza e organização do galpão da madame

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29

Figura 4: Cilindro inoculador.

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30

Figura 6: Desbaste da soja nas parcelas demonstrativas.

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31

Figura 8: Estádios fenológicos da cultura do milho. Fonte: FANCELLI (1986)

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Figura 11: Cultura da batata

Imagem

Tabela 1: culturas de verão das parcelas demonstrativas
Tabela 3: Calendário de plantio, colheita e regiões de concentração FONTE: CONAB (2004)
Figura 1: Foto da Área da madame e Área da Coxilha. Fonte: Google Earth.
Figura 3: Estante construída
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