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Gerenciamento com foco na Qualidade - Os dez mandamentos da Gestão de Qualidade

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Academic year: 2019

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O ADMINISTRADOR FINANCEIRO

Profissão

A profissão de Administrador é relativamente nova e foi regulamentada no Brasil em 9 de setembro de 1965, data que se comemora o dia do Administrador.

Os primeiros administradores profissionais (administrador contratado, que não é o dono do negócio) foram os que geriam as companhias de navegação inglesas a partir do século XVII. Estas empresas foram as primeiras sociedades anônimas que se tem notícia.

Administrar envolve a elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que se exija a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de administração.

Habilidades do Administrador

 Habilidades Técnicas: Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas. Saber decidir e solucionar problemas.

 Habilidades Humanas: Saber lidar com pessoas, comunicando-se eficientemente, negociando, conduzindo mudanças, obtendo cooperação e solucionando conflitos.

 Habilidades Conceituais: Ter Visão sistêmica. Qualquer organização, é algo complexo, pois envolve pessoas, equipamentos, construções, tecnologia, produção e outras coisas. Esta capacidade de compreender toda a empresa, de ter uma visão geral sobre ela, é que se caracteriza como habilidade conceitual

Atitudes do Administrador

Proativo: (Alguém ou alguma situação que antecede problemas, mudanças ou necessidades futuras, que seja capaz de antecipar e modificar uma ocorrência de forma hábil e competente), ousado, criativo, bom exemplo, cumpridor das promessas, saber utilizar seus princípios, ser cooperativo e ser um bom líder ajudando os funcionarios para que eles possam crescer junto com a empresa,

Teorias da administração de empresas

As teorias da administração podem ser divididas em várias correntes ou abordagens. Cada abordagem representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as características do trabalho de administração.

 Abordagem clássica da administração

o Administração científica

o Teoria clássica da administração

 Abordagem humanística da administração

o Teoria das relações humanas

 Abordagem neoclássica da administração

o Teoria neoclássica da administração o Administração por objetivos (APO)

 Abordagem estruturalista da administração

o Modelo burocrático da administração o Teoria estruturalista da administração

 Abordagem Comportamental da Administração

o Teoria comportamental da administração

o Teoria do desenvolvimento organizacional (D.O.)

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o Principios e Conceitos Sistêmicos o Cibernética e administração

o Teoria matemática da administração o Teoria geral de sistemas

o O Homem Funcional

 Técnicas Modernas de Gestão

o Administração participativa A administração participativa é uma filosofia ou política de

administração de pessoas, que valoriza sua capacidade de tomar decisões e resolver problemas, aprimorando a satisfação e a motivação no trabalho, contribuindo para o melhor desempenho e para a competitividade das organizações.Esse método permite a manifestação dos funcionários em relação ao processo de administração da empresa de forma organizada e responsável, sempre contribuindo com suas experiências e conhecimentos, buscando sempre agregar mais valores às funções e pessoas dos quais participa.Administar de forma participativa consiste em compartilhar as decisões que afetam a empresa, não apenas com funcionários, mas também com clientes ou usuários, fornecedores, e eventualmente distribuidores da organização. A meta da administração participativa é construir uma organização participativa em todas as interfaces. No modelo participativo, predominam a liderença, a disciplina e a autonomia. Nas organizações que adotam esse modelo, as pessoas são responsáveis por seu próprio comportamento e desempenho.

o

o Benchmarking (Benchmarking é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao

desempenho superior. O benchmarking é visto como um processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. É um processo gerêncial permanente, que requer atualização constante da coleta e análise cuidadosa daquilo que há de melhor externamente em práticas e desempenho para as funções de tomada de decisões e de comunicações em todos os níveis da empresa. Um processo que obriga ao teste constante das ações internas em relação aos padrões externos das práticas da indústria. É um processo de descoberta e de uma experiência de aprendizagem. Exige a identificação das melhores práticas e a projeção do desempenho futuro. A idéia por trás do benchmarking é de que ninguém é melhor em tudo. Então, “copiar” modelos de outras empresas significa “economizar” tempo e trabalho. Por definição, as “cópias” nunca serão iguais. Haverá sempre ajustes, adaptação e aprimoramentos, o que garante a “evolução” da idéia original.)

o

o Downsizing (O downsizing visa os seguintes objetivos:* Redução de custos;* Rapidez na tomada de

decisão;* Resposta mais rápida as ações do concorrente;* Comunicação menos distorcida e mais rápida;* Manutenção da orientação para a ação com menos analise e paralisia;* Promoção das sinergias dentro da empresa;* Elevação da moral na gerencia geral;* Criação do foco nas necessidades do cliente, e não nos procedimentos internos;* Aumento da produtividade dos gerentes.) Para atingir os objetivos senguem-se as seguintes etapas: Planejamento; Definição de metas; Elaboração de princípios básicos; Coleta de fatos; Identificação de oportunidades; Planejamento de melhorias; Execução. O projeto de Downsizing envolve também: Análise dos custos e da evolução de indicadores; Avaliação do valor agregado ao produto; Eliminação de posições e níveis hierárquicos ; Simplificação da estrutura; Análise da viabilidade de terceirização de serviços; Reavaliaçao dos critérios de análise do desempenho pessoal.

o

o Gerenciamento com foco na Qualidade -

Os dez mandamentos da Gestão de Qualidade

1.

Total satisfação do cliente 2. Focalização em pessoas 3. Ter propósitos claros 4. Promover forma de engajamento e participação 5. Zelar pelo aperfeiçoamento continuo 6. Gerenciar processos 7. Promover o empowerment 8. Garantir a qualidade 9. Disseminar informação 10. Não aceitar reincidências de erros

o

o Reengenharia A Reengenharia, criada por Michael Hammer, é um sistema administrativo utilizado

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uma guinada nos resultados do negócio”.O redesenho produz eficiência nos processos empresariais, pois a entrega de produtos é feita no menor espaço de tempo possível, os produtos e serviços são otimizados, a satisfação dos clientes, a lucratividade e o faturamento é crescente.Um processo empresarial inclui o planejamento – considerado atividade interna – e a tomada de decisão – considerada atividade externa. Estas atividades modificam entradas em saídas. São elas que norteiam a execução do trabalho.A reengenharia vem modificar o perfil do processo empresarial, proporcionando mudanças importantes para a Estrutura Organizacional, os Valores Organizacionais e os Sistemas de Informação. Entretanto, essas mudanças criam resistências aos empregados que já se consolidaram numa forma de trabalho. Daí resulta a grande dificuldade para a organização: barrar essas resistências e fazer com que eles entendam os benefícios deste novo sistema.

o

o ReAdministração

o Terceirização

o Modelo de Excelência em Gestão

o Administração Holística

Administração financeira

A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à administração das finanças de empresas e organizações. Ela está diretamente ligada a Economia e a Contabilidade.

Finanças é a arte e a ciência da gestão de recursos. O campo de estudo de instituições financeiras, dos mercados financeiros e do funcionamento dos sistemas financeiros, tanto dentro de uma nação quanto no mercado internacional, também é conhecido como finanças.

No nível micro, as finanças são o estudo do planejamento financeiro, da gestão de ativos e da captação de fundos por empresas e instituições financeiras.

Empresa

Uma empresa é um conjunto organizado de meios com vista a exercer uma actividade particular, pública, ou de economia mista, que produz e oferece bens e/ou serviços, com o objetivo de atender a alguma necessidade humana. O lucro, na visão moderna das empresas privadas, é consequencia do processo produtivo e o retorno esperado pelos investidores. As empresas de titularidade do Poder Público têm a finalidade de obter rentabilidade social. As empresas podem ser individuais ou coletivas, dependendo do número de sócios que as compõem.

Separação entre gestão e dono da empresa

Actualmente nos mercados mais concorrenciais, já há algum hábito em distinguir a gestão da empresa com o titular da empresa, ou seja, o dono da empresa pode não ser a melhor pessoa a gerir a empresa. Isto ocorre usualmente quando o criador da empresa, fica com uma certa idade, ou quando a empresa fica com uma dimensão extremamente elevada...

Significado

Primeiramente, deve-se compreender e entender o sentido e o significado de finanças que, corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão usados em transações e negócios com transferência e circulação de dinheiro. Sendo que há necessidade de se analisar a fim de se ter exposto a real situação econômica dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e direitos garantidos.

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gerencial e estratégico em que se toma dados e informações financeiras para a tomada de decisão na condução da empresa.

A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de credito para clientes, planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a condução financeira da empresa.

Tal área administrativa pode ser considerada como o “sangue” ou a gasolina da empresa que possibilita o funcionamento de forma correta, sistêmica e sinérgica, passando o “oxigênio” ou vida para os outros setores, sendo preciso circular constantemente, possibilitando a realização das atividades necessárias, objetivando o lucro, maximização dos investimentos, mas acima de tudo, o controle eficaz da entrada e saída de recursos financeiros [falta referência], podendo ser em forma de investimentos, empréstimos entre outros, mas sempre visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não somente o crescimento mas o desenvolvimento e estabilização.

É por falta de planejamento e controle financeiro é que muitas quebram no terceiro ano de sua existência, apresentando insuficiência e inexistência de suporte financeiro para sua organização, sendo indiscutivelmente necessárias de informações do Balanço Patrimonial, no qual se contabiliza estes dados na gestão financeira, se analisando detalhadamente para a tomada de decisão.

Pelo beneficio, que a contabilidade proporciona à gestão financeira e pelo íntimo relacionamento que se tem de interdependência é que se confunde, muitas das vezes, a compreensão e distinção dessas duas áreas, já que as mesmas se relacionam proximamente e geralmente se sobrepõem.

É preciso esclarecer que a principal função do contador é desenvolver e prover dados para mensurar a performance da empresa, avaliando sua posição financeira perante os impostos, contabilizando todo seu patrimônio, elaborando suas demonstrações reconhecendo as receitas no momento em que são incorridos os gastos (este é o chamado Regime de Competência), mas o que diferencia as atividades financeiras das contábeis é que a administração financeira enfatiza o Fluxo de Caixa, que nada mais é do que, a entrada e saída de dinheiro, que demonstrará realmente a situação e capacidade financeira para satisfazer suas obrigações e adquirir novos ativos (bens ou direitos de curto ou longo prazo) a fim de atingir as metas da empresa.

Contudo, os contadores admitem a extrema importância do Fluxo de Caixa, assim como o administrador financeiro se utiliza do Regime de Competência, mas cada um tem suas especificidades e maneira de transpassar ou descrever a situação da empresa, sem menosprezar a importância de cada atividade já que, uma depende da outra, no que diz respeito à circulação de dados e informações necessárias para o exercício de cada uma.

Abordagem

Área de atuação

Área de atuação das finanças: A administração financeira pode ser divida em áreas de atuação, que podem ser entendidas como tipos de meios de transações ou negócios financeiros, são estas:

– Finanças Corporativas: abrangem na maioria, relações com cooperações (sociedades anônimas).

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imobilizado), este último, deve ser investido com sabedoria e estratégia haja vista que o que traz mais resultados é se trabalhar com recursos circulantes por causa do alto índice de liquidez apresentado.

– Instituições financeiras: são empresas intimamente ligadas às finanças, onde analisam os diversos negócios disponíveis no mercardo de capitais– podendo ser aplicações, investimentos ou empréstimos, entre outros – determinando qual apresentará uma posição financeira suficiente à atingir determinados objetivos financeiros, analisados por meio da avaliação dos riscos e benefícios do empreendimento, certificando-se sua viabilidade.

– Finanças Internacionais: como o próprio nome supõe, são transações diversas podendo envolver cooperativas, investimentos ou instituições, mas que serão feitas no exterior, sendo preciso um analista financeiro internacional que conheça e compreenda este ramo de mercado.

Funções Básicas

Funções Básicas: Todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem ser conduzidas para a obtenção de lucro. As atividades do porte financeiro têm como base de estudo e análise dados retirados do Balanço Patrimonial, mas principalmente do fluxo de caixa da empresa já que daí, é que se percebe a quantia real de seu disponível circulante para financiamentos e novas atividades. As funções típicas do administrador financeiro são:

– Análise, planejamento e controle financeiro: baseia-se em coordenar as atividades e avaliar a condição financeira da empresa, por meio de relatórios financeiros elaborados a partir dos dados contábeis de resultado, analisar a capacidade de produção, tomar decisões estratégicas com relação ao rumo total da empresa, buscar sempre alavancar suas operações, verificar não somente as contas de resultado por competência, mas a situação do fluxo de caixa desenvolver e implementar medidas e projetos com vistas ao crescimento e fluxos de caixa adequados para se obter retorno financeiro tal como oportunidade de aumento dos investimentos para o alcance das metas da empresa.

– Tomada de decisões de investimento: consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em ativos correntes (circulantes) e não correntes (ativo realizável a longo prazo e permanente), o administrador financeiro estuda a situação na busca de níveis desejáveis de ativos circulantes , também é ele quem determina quais ativos permanentes devem ser adquiridos e quando os mesmos devem ser substituídos ou liquidados, busca sempre o equilíbrio e níveis otimizados entre os ativos correntes e não-correntes, observa e decide quando investir, como e quanto, se valerá a pena adquirir um bem ou direito, e sempre evita desperdícios e gastos desnecessários ou de riscos irremediável, e ate mesmo a imobilização dos recursos correntes, com altíssimos gastos com imóveis e bens que trarão pouco retorno positivo e muita depreciação no seu valor, que impossibilitam o funcionamento do fenômeno imprescindível para a empresa, o 'capital de giro'.

– Tomada de decisões de financiamentos: diz respeito a captação de recursos diversos para o financiamento dos ativos correntes e não correntes, no que tange a todas as atividades e operações da empresa que necessitam de capital ou de qualquer outro tipo de recurso que seja necessário para a execução de metas ou planos da empresa, levando-se sempre em conta a combinação dos financiamentos a curto e longo prazo com a estrutura de capital, ou seja não se emprestará mais do que a capacidade que a empresa tem para pagar e ser responsável com suas exigibilidades, seja de curto ou longo prazo. O administrador financeiro pesquisa fontes de financiamento confiáveis e viáveis, com ênfase no equilíbrio entre juros, benefícios e formas de pagamento. É bem verdade que muitas dessas decisões são feitas mediante a necessidade e ate ao certo desespero se for o caso, mas independente da situação de emergência é necessário uma análise e estudo profundo e minucioso dos pós e contras a fim de se ter segurança e respaldo em decisões como esta.

Função na empresa

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(conhecido como Chief Financial Officer – CFO) diretor financeiro, controller e gerente financeiro, sendo também denominado simplesmente como administrador financeiro. Sendo que, independente da classificação, tem-se os mesmos objetivos e características, obedecendo aos níveis hierárquicos, o diretor financeiro coordena a as atividades de tesouraria e controladoria. Mas, é necessário deixar bem claro que, cada empresa possui e apresenta um especifico organograma e divisões deste setor, dependendo bastante de seu tamanho.

Em empresas pequenas, o funcionamento, controle e análise das finanças, são feitas somente no departamento contábil, até mesmo, por questão de encurtar custos e evitar exageros de departamentos pelo fato de seu porte, não existindo necessidade de se dividir um setor que está inter-relacionado e, que dependendo do da capacitação do responsável desse setor poderá muito bem arcar com as duas funções de tesouraria e controladoria. Porém, à medida que a empresa cresce, o funcionamento e gerenciamento das finanças evoluem e se desenvolvem para um departamento separado, conectado diretamente ao diretor-financeiro, associado à parte contábil da empresa, já que esta possibilita as informações para a análise e tomada de decisão.

No caso de uma empresa de grande porte que é imprescindível esta divisão, para não ocorrer confusão e sobrecarga, deste modo, a tesouraria (ou gerência financeira) cuida da parte específica das finanças em espécie, na administração do caixa, planejamento financeiro, captação de recursos, tomada de decisão de desembolso e despesas de capital, assim como o gerenciamento de credito e fundo de pensão. Já a controladoria (ou contabilidade) é responsável com a contabilidade de finanças e custos, assim como no gerenciamento de impostos, ou seja, cuida do controle contábil do patrimônio total da empresa.

Áreas de atuação

Áreas especificas de atuação: Como já foi dito, as finanças estão presentes em todas as áreas de uma empresa, possibilitando o funcionamento, sendo extremamente importante a administração e controle eficaz, pois se esta lhe dando com o capital, recursos essenciais da organização e com as decisões que indicarão o sucesso ou o fracasso, dependendo do que foi decidido, deste modo o administrador financeiro pode atuar em diversas áreas especificas, em alguns cargos ou funções como:

– Analista financeiro: tem como função principal, preparar os planos financeiros e orçamentários, ou seja, através da preparação de demonstrações financeiras e orçamentos diversos, estabelece os planos financeiros de curto e longo prazo para chegar às metas, analisando e realizando previsões futuras, avaliação de desempenho e o trabalho em conjunto com a contabilidade.

– Gerente de orçamento de capital: neste caso, o responsável é incumbido de avaliar, recomendando ou não as propostas de investimentos em ativos, pois ele já terá feito um traçado futuro, verificando se certos investimentos ou transações trarão resultados positivos ou negativos no aspecto financeiro.

– Gerente de projetos de financiamentos: em empresas de grande porte, conseguem financiamentos para investimentos em ativos. Deste modo, o Gerente de orçamento de capital e o Gerente de projetos de financiamentos trabalham juntas, podendo ser feitas num mesmo setor, dependendo da empresa que, sempre antes de fazer um grande investimento de capital, como a aquisição de um imóvel, será preciso avaliar se, o custo inicial está dentro de sua capacidade de pagamento (gerente de orçamento de capital) e também estabelecer como financiá-lo (gerente de projetos de financiamentos), comparando alternativas como comprar à vista ou à prazo, ou ainda realizar um leasing, dependendo de cada situação.

– Gerente de Caixa: responsável por manter e controlar os saldos diários do caixa da empresa, geralmente cuida das atividades de cobrança e desembolso do caixa e investimentos em curto prazo.

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– Gerente de fundos de pensão: em grandes empresas, supervisiona no geral a administração de ativos e passivos do fundo de pensão dos empregados, economizando e investindo o dinheiro para atender metas de longo prazo.

Objetivos e compromissos

1.5 – Objetivos da Administração Financeira e compromisso com a ética: Todo administrador da área de finanças deve levar em conta, os objetivos dos acionistas e donos da empresa, para daí sim, alcançar seus próprios objetivos, pois conduzindo bem o negocio, cuidando eficazmente da parte financeira, conseqüentemente ocasionará o desenvolvimento e prosperidade da empresa, de seus proprietários, sócios, colaboradores internos e externos

– Stakeholders (grupos de pessoas participantes internas ou externas do negócio da empresa, direta ou indiretamente) - , e logicamente de si próprio no que tange ao retorno financeiro, mas principalmente a sua realização como profissional e pessoal. Podemos verificar que existem diversos objetivos e metas a serem alcançadas nesta área dependendo da situação e necessidade, e de que ponto de vista e posição serão escolhidos estes objetivos.

Mas, no geral a administração financeira serve para manusear da melhor forma possível os recursos financeiros e tem como objetivo otimizar o Maximo que se puder o valor agregado dos produtos e serviços da empresa a fim de se ter uma posição competitiva mediante a um mercado repleto de concorrência, proporcionando deste modo, o retorno positivo a tudo o que foi investido para a realização das atividades da mesma, estabelecendo crescimento financeiro e satisfação aos investidores.

Não deixando de mencionar que não há necessidade de se agir sem ética profissional ou ilegalmente, agindo de má fé com os outros e com si mesmo, pois um ambiente em que se trabalha em cima de mentiras e falsas informações não é propicio ao sucesso e ambiente agradável, pois não haverá verdade, compromisso, motivação, respeito e lealdade dos que cercam à empresa, deste modo como se conseguir o sucesso?

E este é um fator que deve ser refletido, pois de nada vale se conseguir recursos e capital a partir de mentiras e trabalho “sujo”, sofrimento e desilusão dos colaboradores, parceiros e agentes internos ou externos que de uma forma ou de outra são a razão da existência da empresa, e fazem o empreendimento “caminhar”, faz-se referencia desde ao funcionário ou diretor ate o cliente, por isso deve-se ter responsabilidade e compromisso com todos os tipos de atividades, logicamente visionando a lucratividade, mas jamais decorrentes da dor e prejuízo de outrem, tendo sempre o compromisso com a responsabilidade e integridade do próprio nome da empresa, mas é claro que esta, uma opinião ou medida que ainda faz e fará muita contradição e disparidades de idéias e concepções, já que muitas das vezes o “bolso fala muito mais alto”, mas há necessidade de se refletir sobre esta situação e apresentar a prática da responsabilidade social.

Subdivisões da administração financeira

Valor e orçamento de capital

Análise de retorno e risco

AnÁlise da estrutura de capital

Análise de financiamentos de longo prazo

Ferramentas de Controle Financeiro

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Exercício - DRE e Demonstração de Origem e Aplicação dos Recursos - DOAR, dificilmente o gestor terá conhecimento imediato e oportuno da verdadeira liquidez da sua empresa. Não basta a empresa apresentar lucro contábil. É preciso que a equação “Ativo Circulante vs. Passivo Circulante” esteja compatível com sua necessidade de capital de giro. Isto faz com que o gestor se utilize de todos os instrumentos disponíveis que, juntamente com os demais demonstrativos contábeis, ajude-o a interpretar a realidade financeira da empresa, conhecendo e coibindo eventos estranhos que possam afetar o seu desempenho financeiro.

Caixa

A movimentação do Caixa de uma grande empresa é controlada diariamente pelo Tesoureiro (que já foi chamado de Caixeiro), que pode optar por escriturar um livro auxiliar denominado "Livro Caixa". Se na empresa não há um único Caixa, mas sim um Caixa Central e outros pequenos Caixas (pessoas ou máquinas), pode se usar o sistema contábil denominado Fundo Fixo.

É base de dados para elaboração do Fluxo de Caixa.

Fluxo de caixa

Atualmente, para que uma empresa possa administrar seus custos e receitas de modo eficaz, é indispensável que ela utilize ferramentas de controle financeiro, sendo o Fluxo de Caixa uma das mais utilizadas entre o meio empresarial.

Pode-se classificar o Fluxo de Caixa como um instrumento gerencial, cuja finalidade principal é a de auxiliar o processo decisório de uma organização, visando sempre atingir os objetivos esperados. O Fluxo de Caixa se difere dos balancetes contábeis por retratar a situação real do caixa na empresa, não existindo portanto categorias relacionadas ao patrimônio físico da empresa, como por exemplo, o Ativo Imobilizado. Na verdade, a "camuflagem" estabelecida por esses balancetes não se faz presente no Fluxo de Caixa.

Dentre as inúmeras vantagens decorrentes do uso do Fluxo de Caixa, destacam-se:

 Visão integrada do caixa: Na verdade, a preocupação com relação ao caixa passa a ser visualizada por todos os membros da empresa, de modo que cada um possa perceber a importância de se buscar a otimização do caixa, através do aumento de entradas ou redução de saídas.

 Alta preocupação com competitividade e desempenho: Ao se projetar um Fluxo de Caixa, parâmetros de desempenho são definidos. Ex.: Se uma empresa vender X, sua atuação será modesta no mercado, sem influenciar a concorrência. Se vender X+ Y sua atuação será satisfatória e equiparada aos dos concorrentes; mas caso ela venda X+ Y+Z, sua atuação passa a ser ótima e supera a condição dos concorrentes. Com isso, esses indicadores de desempenho norteiam a empresa quanto aos seus objetivos e metas a serem alcançadas.

 Equilíbrio financeiro de caixa: Permite à empresa conhecer seu ponto de equilíbrio com relação ao caixa, ou seja, determinar qual o volume de capital precisa estar presente, ao mínimo, para que a empresa possa arcar com seus custos do dia-a-dia. Este procedimento evita situações prejudiciais à empresa como a falta de caixa, o que pode gerar dívidas com empréstimos e o excesso de caixa, situação esta referente a uma reserva muito alta de capital no caixa e que poderia ser tranqüilamente reaplicada em outros investimentos (custo de capital).

Fluxo de caixa realizado

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Outro aspecto que deve ser considerado é a comparabilidade que existe entre os fluxo de caixa realizado e o projetado. Isto possibilita identificar os motivos das variações ocorridas, se ocorreram por falha de projeções ou por falhas de gestão. A análise das variações ocorridas no fluxo de caixa permite identificar as causas de eventuais divergências de valores; funciona como feedback, gerando informações para o processo decisório e para o planejamento financeiro futuro.

Fluxo de caixa projetado

O objetivo principal do fluxo de caixa projetado é informar como se comportará o fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros em determinado período, podendo ser projetado a curto ou a longo prazo. A curto prazo busca-se identificar os excessos de caixa ou a escassez de recursos dentro do período projetado, para que através dessas informações se possa traçar uma adequada política financeira. A longo prazo, o fluxo de caixa projetado, além de identificar os possíveis excessos ou escassez de recursos, visa também obter outras informações importantes, tais como:

 verificar a capacidade da empresa de gerar os recursos necessários para custear suas operações;  determinar o capital em giro no período;

 determinar o Índice de Eficiência Financeira da empresa. (IEF = capital em giro / capital de giro da empresa);

 determinar o grau de dependência de capitais de terceiros da empresa; etc.

Por fim, para que o Fluxo de Caixa possa atingir resultados significativos para a empresa, é necessário que todos os membros e departamentos estejam envolvidos com o processo, de maneira a alcançar a sinergia e otimizar o desempenho da empresa.

DICAS DE COMO MONTAR UM FLUXO DE CAIXA

1. Reúna informações básicas sobre o negócio. Para saber como fazê-lo, sugerimos a seguinte obra: 2. Cheque bem as entradas - faça uma provisão para contas que provavelmente não serão recebidas

3. Em qualquer negócio, há despesas e gastos imprevistos. Faça uma previsão razoável e inclua-a na planilha 4. Não esqueça de incluir pró-labore dos diretores e sócios, pagamentos de juros e outros gastos habituais 5. Revise periodicamente a projeção

6. Cheque os planos de expansão e investimento da empresa

A B C D E F G H

1 FLUXO DE CAIXA Realizado Projetado

2 Maio 01/06 a 08/06 09/06 a 15/06 16/06 a 22/06 23/06 a 30/06 Junho

3 ENTRADAS Vendas a Vista 4,850.40 1,200.00 1,200.00 1,200.00 1,400.00 5,000.00

4 Cobrança Duplicatas 65,899.05 18,150.90 17,145.44 18,120.40 34,150.20 87,566.94

5 Resgate - aplicações financeiras 17,899.00 5,400.00 5,400.00

6 Empréstimos 10,100.00 10,000.00 10,000.00

7 Aluguéis Recebidos 2,500.00 2,500.00 2,500.00

8 Outras Entradas 150.00 0.00

9 A – TOTAL DOS RECEBIMENTOS 101,398.45 29,350.90 26,245.44 19,320.40 35,550.20 110,466.94

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11 Compras á Vista 1,990.00 1,000.00 500.00 400.00 300.00 2,200.00

12 Tributos 7,155.90 1,765.00 5,190.00 159.00 270.00 7,384.00

13 Folha de Pagamento 15,190.00 10,155.00 1,500.00 5,400.00 500.00 17,555.00

14 Despesas Gerais 7,199.05 2,150.00 4,005.00 1,100.00 1,050.00 8,305.00

15 Amortização Empréstimos 11,420.50 - 5,155.00 5,188.00 10,340.00 20,683.00

16 Outras Saídas 3,450.20 1,000.00 1,050.00 1,000.00 1,000.00 4,050.00

17 B – TOTAL DOS PAGAMENTOS 91,410.85 31,235.04 29,590.40 23,052.40 31,627.80 115,505.64

18 SALDO SALDO ANTERIOR - 9,987.60 8,103.46 4,758.50 1,026.50 -

19 SALDO DA SEMANA 9,987.60 (1,884.14) (3,344.96) (3,732.00) 3,922.40 (5,038.70)

20 SALDO ACUMULADO 9,987.60 8,103.46 4,758.50 1,026.50 4,948.90 4,948.90

Índices Financeiros

Matemática financeira

Matemática financeira utiliza uma série de conceitos matemáticos aplicados à analise de dados financeiros em geral.

Para tanto, utiliza uma série de conceitos que precisam ser dominados claramente.

Montante: é a soma do capital (Principal) com o juro relativo ao período de aplicação. Sua fórmula é

S=C+j ou S=C(1+in)

Juro Composto: é aquele que, a partir do segundo período financeiro é calculado sobre o Montante

do período anterior. O Juro é composto quando a cada período os juros são incorporados ao Principal e o novo Principal passa também a render juros. Fórmula: J=C[(1+i)n-1]

Taxas Equivalentes: fazem com que o Capital produza o mesmo Montante, no final do mesmo

prazo de aplicação.

Valor Atual: chama-se valor atual de um compromisso futuro à determinada taxa de juros, ao capital

que, se colocado a render juros àquela taxa, a partir da data de hoje, atingiria um montante igual ao valor nominal do compromisso, em sua data de vencimento.

Desconto: é a diferença entre o valor nominal (valor indicado no título |valor no vencimento|) e o

valor atual (valor do título antes do vencimento).

Desconto Racional (por dentro): é o equivalente ao juro simples produzido pelo valor atual no

período correspondente, à taxa fixada.

Desconto Comercial (por fora): é o equivalente ao juro simples produzido pelo valor nominal no

período correspondente, à taxa fixada.

Capitalização: é a remuneração de determinado capital durante um intervalo de tempo.

Conceitos básicos

Quando você vê em uma propaganda: "Compre uma televisão à vista por R$ 1.000,00 ou a prazo por 5 parcelas de R$ 260,00" Você, claro, responde: "A prazo, pois prefiro pagar parcelado, em poucas vezes por mês, e em apenas 5 meses eu acabo de pagar."

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Matemática Financeira é uma ferramenta útil na análise de algumas alternativas de investimento ou financiamento de bens de consumo. Ela consiste em empregar procedimentos matemáticos para simplificar a operação financeira.

Capital

Que originou a transação ou qualquer valor expresso em moeda que uma pessoa concorda em ceder a outro, temporariamente, geralmente cobrando juros. Aquele que cede é chamado de investidor e aquele que recebe é chamado tomador. Exemplo: “O investidor emprestou o capital ao tomador”

O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira.Também conhecido como:Principal,

Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado.

Período de tempo

Toda transação financeira deve necessariamente prever quando (datas de início e do término da operação) e por quanto tempo (duração da operação) se dará a cessão (o empréstimo ) do capital. Este prazo deve estar expresso em determinada unidade de tempo (que pode ser: dia, mês, bimestre, trimestre, semestre, ano, etc.).

Exemplo: “O investidor emprestou durante 3 anos o capital ao tomador”.

Montante

Montante é o valor emprestado ao tomador acrescido dos juros cobrados. Dessa forma, se é emprestado R$ 1.000,00 com juros de R$ 300,00, o montante é de R$1.300,00

Exemplo: “O investidor emprestou durante 3 anos o capital ao tomador, e recebeu um montante de 30% a mais do que emprestou”

Fórmulas matemáticas

Conforme observamos no início, a Matemática Financeira pode nos auxiliar no estudo financeiro, a partir desse ponto utilizaremos a seguinte notação:

 C ou P= capital ou principal;  J = juro;

 i = taxa de juro;  M = montante;

 n = número de períodos.

 Exemplo: M = C + J

Nota: n indica o número de períodos ao qual os juros são aplicados. Exemplo: se a taxa é de 1% a.m., o período (n) é o número de meses que uma taxa de juros foi aplicada sobre o montante.

Juros

Juro é uma remuneração ou taxa cobrada sobre algum recurso emprestado. Ele pode ser cobrado de duas formas: simples e composta.

Juros simples

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A formula para juros simples é:

J = P * i * n

Exemplo: Um homem tem uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. (ao mês) pelo regime de juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que o homem pagará serão:

Ao somarmos os juros ao valor principal temos o montante (M), de 1160,00 no caso.

Juros compostos

Os juros de cada período de tempo é calculado sobre o saldo no início do período anterior. Ou seja: os juros de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render juros também.

A formula para juros compostos é:

M = C * (1 + i)^n

Exemplo: Um homem empresta R$1000 com juros de 10%, no outro mês deverá R$1100, e no próximo R$1210, R$1331 e etc. O juro é calculado sobre o montante principal mais os juros do período anterior.

Taxa de juros

Taxa de juro é o valor do juro expresso como percentagem de determinado capital. A taxa de juro pode ser representada de duas formas: Forma Percentual: 5%; 1,25%; 0,04%. Exemplo: Dada uma taxa de “10%” ao ano, então a aplicação de $ 100,00, por um ano, gera um juro de $10,00. Forma Unitária: 0,05; 0,0125; 0,0004 Exemplo: Dada uma taxa de “0,10” ao ano, então a aplicação de $ 100,00, por um ano, gera um juro de $10,00.

Problema Clássico de financiamento

O problema clássico de financiamento possui as 6 variáveis listadas abaixo

Sigla em

Inglês Sigla Português em Extenso em Inglês Extenso em Português

pv Vp present value valor presente

fv Vf future value valor futuro

nper Nper number of periods número de períodos

pmt Pgto Payment pagamento (valor da prestação)

rate Taxa interest rate taxa de juros

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Características

Os analistas financeiros geralmente comparam índices financeiros de solvência, lucratividade, crescimento entre outros. Estes índices são obtidos através da divisão de grupos de contas contábeis do balanço patrimonial e / ou da demonstração de resultados, conforme segue:

Solvência

Solvência em economia é o estado do devedor que possui seu ativo maior do que o passivo.

Capacidade de cumprir os compromissos com os recursos que constituem seu patrimônio ou seu ativo.

- Índices de Solvência

Do ponto de vista econômico, uma empresa é solvente quando está em condições de fazer frente a suas obrigações corrente e ainda apresenta uma situação patrimonial e uma expectativa de lucros que garantam a sobrevivência desta no futuro.

Na estrutura econômico-financeira da empresa deve haver uma certa coerência entre a natureza dos investimentos e a origem dos recursos financeiros. A prudência e a lógica aconselham que os investimentos de longo prazo sejam financiados por capitais permanentes (capital + reservas + obrigações de médio e longo prazo). Nunca uma dívida de curto prazo deve financiar um bem imobilizado.

Os capitais permanentes não só devem financiar o Ativo fixo, mas também uma parte do circulante. A parte do Ativo Circulante financiada com capitais permanentes constitui o chamado Capital de Giro. O excesso de capital permanente sobre o Ativo Fixo, que é o capital de giro, constitui uma margem de garantia ou de segurança (solvência) financeira que permite compensar os desajustes entre os fluxos financeiros de entrada e saída provocados pelo ciclo operacional.

Grau de cobertura do Ativo real sobre o Passivo exigível = (Ativo Total / Total de recursos de terceiros)

Quanto maior seja este índice, maior será a solvência da empresa, o qual em todo caso, deverá ser superior a 1. Se o valor deste índice for inferior a 1, significa que a empresa está em uma situação de quebra técnica, o que não supõe que a entidade tenha que suspender os pagamentos, já que uma ótima gestão financeira pode atrasar o aparecimento de tal insolvência e inclusive pode até chegar a recuperar um patrimônio líquido positivo.

Índice de cobertura do capital próprio sobre o imobilizado =((Capital + Reservas)/ Imobilizado)

(14)

Índice de cobertura do capital permanente sobre o ativo permanente = (Capital Permanente / Ativo Permanente Líquido)

Quanto maior for o excesso do valor deste índice sobre 1, ou seja, quanto maior for o valor do capital de giro positivo, mais solvente será a empresa.

Taxa anual de depreciação = (Depreciação anual / Ativo Permanente Bruto)

Grau de depreciação = (Depreciação acumulada / Ativo Permanente Bruto)

Lucro

Lucro é o retorno positivo de um investimento feito por um indíviduo ou uma pessoa nos negócios. É a recompensa pelo risco que o investidor assume ao iniciar um empreendimento.

Segundo os principios da Economia ocidendal , o lucro pode ser originário do funcionamento (lucro operacional) e do crédito (lucro da gestão econômica).

De acordo com a estrutura das Demonstrações Contábeis de Resultados utilizados no Brasil, o lucro é desdobrado nas seguintes categorias:

 Lucro Bruto: diferença positiva de Receitas menos Custo;

 Lucro Operacional: diferença positiva do lucro bruto e das despesas operacionais;

 Lucro não operacional: resultado positivo das receitas e despesas não operacionais;

 Lucro Líquido: diferença positiva do lucro bruto menos o lucro operacional e o não operacional;

 Lucro a ser distribuído: lucro liquido menos a quantia destinada a Reservas de Lucros ou compensada com os Prejuízos Acumulados;

A lesgislação tributária criou outras categorias de Lucro, a saber (Contabilidade tributária):

 Lucro Real: Base de Cálculo do Imposto de Renda das pessoas jurídicas. (Contabilmente, seria o Lucro Líquido menos as adições e exclusões de despesas feitas para fins de apuração do tributo citado).

 Lucro Inflacionário: parcela do Lucro Real, composta do saldo credor da correção monetária de balanços ajustado pelas variações monetárias e cambiais, e que podia ser diferido, ou seja, devido em exercícios futuros).

 Lucro de Exploração: parte do Lucro Real formado pelas Receitas oriundas de incentivos fiscais do Imposto de Renda (isenção ou redução).

 Lucro Presumido: outra base de cálculo do imposto de renda, basicamente sobre Receitas, e com escrituração simplificada no Livro Caixa.

Contas contábeis

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Demonstração do resultado do exercício

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas, apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência.

A demonstração do resultado do exercício, oferece uma síntese financeira dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de legais de divulgação, em geral são feitas mensalmente para fins administrativos e trimestralmente para fins fiscais.

De acordo com a legislação brasileira (Lei nº 6.404, de 15 – 12 – 1976, Lei da Sociedade por Ações), as empresas deverão discriminar na Demonstração do Resultado do Exercício:

 A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

 A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;  As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e

administrativas, e outras despesas operacionais;

 O lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais;

 O resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a provisão para tal imposto;

 As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados;

O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do Capital Social.

Basicamente, a DRE fica assim estruturada:

 Vendas Brutas

 (-) Deduções e abatimentos  (=) Vendas líquidas

 (-) Custo das Mercadorias/Produtos/Serviços Vendidas  (=) Lucro Bruto Operacional (Margem Bruta)

 (-) Despesas operacionais ( Despesas ocorridas no Mês )

o Despesas com vendas o Despesas administrativas o Amortizações

o Outras despesas operacionais

 (=) Resultado Operacional ou EBIT (em Portugal, e segundo o GAAP)

o Resultado Financeiro

 (-) Despesas financeiras

 (+) Receitas financeiras

 (=) Lucro líquido operacional (no Brasil)  (+) Receitas não-operacionais

 (-) Despesas não-operacionais

 (=) Lucro antes da provisão para imposto de renda e contribuição social  (-) Provisão para imposto de renda e contribuição social

 (=) Lucro após provisão para imposto de renda e contribuição social  (-) Participações

o Debêntures o Empregados o Administradores o Partes beneficiárias o Contribuições estatutárias

 (=) Lucro (ou prejuízo) líquido do exercício

(16)

Rotação do Ativo - O giro do ativo busca informar quanto foi vendido com o valor investido no ativo. Esse índice pode ser utilizado para o ativo contabilizado no final do ano, ou o ativo médio entre o valor do início e final de ano, ou utilizando apenas o ativo circulante, ou apenas o Ativo Permanente, etc. Esse índice procura mostrar o quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 (um real) do investimento total. Quanto maior, melhor.

Margem Líquida - A margem líquida serve para medir a eficiência e viabilidade do negócio. As rentabilidades líquidas de alguns setores são superiores a de outros. Porém a rentabilidade líquida em cada setor pode ser medida em intervalos maiores ou menores, quando um concorrente do setor dificilmente apresentaria rentabilidade líquida fora desse intervalo.

Margem Operacional - A margem operacional serve para medir a eficiência das operações da atividade fim da empresa, incluindo tanto a eficiência fabril como a administrativa. Permite avaliar-se a viabilidade do negócio. Portanto essa margem mede a porcentagem de lucro obtido em cada unidade monetária de venda, antes dos juros e imposto de renda. Quanto maior, melhor.

Margem Bruta - A margem bruta serve para medir a eficiência com que a empresa coloca o seu produto ou serviço à venda. Portanto essa margem mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que restou após a empresa ter pago seus produtos, quanto maior, melhor.

Rentabilidade do Ativo - Esse índice é útil para comparação com outras empresas do setor ou na evolução ao longo do tempo. Essa rentabilidade indica quão eficientemente estão aplicados os ativos, ou seja, quanto lucro eles estão gerando. Esse índice mede em porcentagem a eficiência da administração na geração de lucros com seus ativos totais, quanto maior, melhor.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido - A rentabilidade do P.L. busca indicar a parcela do lucro que sobraria para os acionistas após o pagamento do capital de terceiros. Portanto, mede o retorno obtido sobre o capital próprio investido. Quanto maior, melhor.

Liquidez Geral - Esse índice mostra se a empresa tem a capacidade de honrar os seus compromissos em curto e longo prazo.

Liquidez Corrente - Simples divisão entre ativo circulante e Passivo Circulante produz o Índice de Liquidez Corrente, que reflete a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo. O crescimento exagerado das contas a receber, principalmente quando ocasionado por aumento de inadimplência, ou ainda o aumento dos estoques, devido a falhas em linhas de produção ou obsolescência, devem ser expurgados do cálculo desse índice.

Liquidez Seca - Buscando se obter uma melhor indicação de liquidez, alguns analistas preferem utilizar o índice de liquidez seca, que retira do numerador (dos Ativos Circulantes) o ativo menos líquido que são estoques (especialmente na indústria, menos assim para o comércio). Sobrariam, portanto, apenas o caixa e o contas a receber, ou seja, dinheiro e haveres de mercadorias ou serviços que já foram vendidos e só faltam ser recebidos. A liquidez seca tem por objetivo apresentar a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo sem levar em conta os estoques, que são considerados como elementos menos líquidos do ativo circulante. Após retirarmos os estoques do cálculo, a liquidez da empresa passa a não depender de elementos não-monetários, suprimindo a necessidade do esforço de “venda” para quitação das obrigações de curto prazo.

Liquidez Imediata - Na liquidez imediata se elimina também a necessidade do esforço de cobrança para honrar as obrigações. Com o desenvolvimento do mercado de crédito, esse índice passou a ter pouca relevância na maior parte das empresas. Nos dias atuais, não é aconselhável manter disponibilidades muito elevadas, deixando de investir na própria atividade.

(17)

Solvência Geral - A solvência geral mostra a base da situação financeira da empresa, ou seja, a capacidade da mesma em satisfazer suas obrigações de curto prazo, na data do vencimento. Quanto maior, melhor.

Capital de Giro - O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa. Solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na recuperação da lucratividade da empresa e a conseqüente recomposição de seu fluxo de caixa. Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de grande alcance que vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e a eliminação de outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a reconfiguração do negócio como um todo. Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa requer muito mais do que medidas financeiras. Estratégias, operações e práticas gerenciais, entre outras, precisarão ser repensadas para que o capital de giro volte ao estado de normalidade.

Necessidade de Capital de Giro - A necessidade de capital de giro é função do ciclo de caixa da empresa. Quando o ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior e vice-versa. Assim, a redução do ciclo de caixa - em resumo, significa receber mais cedo e pagar mais tarde - deve ser uma meta da administração financeira. Entretanto, a redução do ciclo de caixa requer a adoção de medidas de natureza operacional, envolvendo o encurtamento dos prazos de estocagem, produção, operação e vendas. O cálculo através do ciclo financeiro possibilita mais facilmente prever a necessidade de capital de giro em função de uma alteração nas políticas de prazos médios ou no volume de vendas.

Alavancagem financeira

Alavancagem - É o poder de comprar um activo sem ter dinheiro em caixa. As opções e contratos futuros são exemplos de operação para obter alavancagem. Quanto maior o grau de alavancagem, maior o risco. Possibilidade de controle de um lote de ações, como o emprego de uma fração de seu valor (nos mercados de opções, termo e futuro), enquanto o aplicador se beneficia da valorização desses papéis, que pode implicar significativa elevação de sua taxa de retorno.

Controle de Estoque

O gestor financeiro deve implantar alguns controles e indicadores financeiros para gerenciar a empresa com eficiência, detalhando os existentes, tais como: controle de vendas realizadas, apuração dos resultados da empresa, controle de caixa do movimento realizado, fluxo de caixa, balanço gerencial, lucratividade sobre as vendas, rentabilidade dos negócios, poder de pagamento da empresa, nível de endividamento da empresa, margem de contribuição e ponto de equilíbrio. Também é de sua responsabilidade o controle de estoque.

O gestor financeiro deverá manter controle do estoque por tipo de mercadorias/produtos existentes na empresa, da seguinte forma:

- Registrar no Controle de Estoque as quantidades, custo unitário e custo total das mercadorias /produtos adquiridos.

- Registrar no Controle de Estoque as quantidades, custo unitário e custo total das mercadorias /produtos vendidos. - Calcular no Controle de Estoque o saldo em quantidades, custo unitário e custo total das mercadorias/produtos que ficaram em estoque. OBS: O custo unitário é calculado pelo custo médio ponderado, da seguinte forma: Custo Total, dividido pela Quantidade.

- Periodicamente, confirmar se o saldo apurado no Controle de Estoque "bate" com o estoque físico existente na empresa.

Modelo do Controle de Estoque:

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Data Qtde C.Unit. C.Tot. Qtde C.Unit. C.Tot. Qtde C.Unit. C.Tot.

01.04 1000 1,00 1.000 1000 1,00 1.000

05.04 600 1,00 600 400 1,00 400

10.04 2000 0,90 1.800 2400 0,91 2.200

15.04 800 0,91 733 1600 0,91 1.466

20.04 3000 0,80 2.400 4600 0,84 3.866

25.04 3600 0,84 3.026 1000 0,84 840

30.04 2500 1,00 2.500 3500 0,95 3.340

Gestão de Contas a Pagar e a Receber

Introdução

A administração financeira está intimamente ligada à Economia e Contabilidade, utilizando informações contábeis e conceitos econômicos.Isto não é diferente nas ME e PE, que encontram um grave obstáculo interposto pelo caixa 2.Como a contabilidade não se ocupa do caixa2, claro está que os seus números não refletem a realidade da maciça maioria das empresas brasileiras, destacando-se que salvo honrosas exceções, a finalidade enxergada pelo empresário é meramente tributária e assim permanecerá por muito tempo. Urge que os micro e pequenos empreendedores preocupem-se em estabelecer métodos que permitam reunir e processar todas as informações dispersas, muitas vezes registradas em papeluchos perdidos em gavetas e pregos, propiciando uma administração financeira mais sensata, preocupada em manter a solvência da empresa, tendo toda a flexibilidade para trabalhar as informações da forma que melhor lhes convier, sem se preocuparem com normas contábeis.

Para uma boa gestão das ME e PE há necessidade, de controles internos de contas a receber, contas a pagar, contencioso, bancos, caixa, receitas e despesas, de um sistema de custos e formação do preço de venda, da correta apuração de resultados periódicos, do acompanhamento da rentabilidade, do fluxo de caixa, compras, gestão de estoques e da análise constante dos seus resultados voltada para o diagnóstico financeiro, de forma que possibilite a visão pelo proprietário ou sócios da empresa da sua performance econômico-financeira.

Contas a pagar

Cada compromisso que a empresa assume perante a terceiros deve, baseado em documento, podendo ser uma cópia da nota fiscal, duplicata, bloquete de cobrança bancária, formulário simples de pedido ou orçamento, cópia de cheque pré -datado ou formulário interno em que conste pelo menos o nome do credor, o valor e a data do compromisso, ser registrado em uma planilha, formulário ou outro documento, de tal sorte que permita com uma passada de olhos conhecer todos os compromissos vincendos, suas datas e valores bem como o seu montante.

(19)

Contas a receber

Toda e qualquer operação de venda que a empresa realiza,deve, sempre baseada em documento, ser registrado em uma planilha, formulário ou outro documento, de tal sorte que permita com uma passada de olhos conhecer todos os compromissos vincendos, suas datas e valores bem como o seu montante.

O ditado de que "quem quer receber vai atrás", tem colaborado bastante com o insucesso das ME e PE que via de regra não dedicam suficiente atenção ao assunto, são pontualmente cobradas mas descuidam das suas cobranças, é preciso estabelecer critérios e metodologias para que esta atividade assuma o seu grau de importância, encontramos tantos descalabros que terminamos por incluir entre as nossas planilhas uma dedicada sómente ao que denominamos CONTENCIOSO, sobre o qual vamos discorrer.

Como igualmente temos encontrado grande dificuldade para a sistematização dessas informações, temos recorrido ao uso de simples planilhas do Excel®, que com o uso dos filtros propicia ótimo resultado, cfe. exemplo abaixo.

REGISTRO GERAL DE CAIXA

Livro Diário

O livro Diário é obrigatório pela legislação comercial, e registra as operações da empresa, no seu dia-a-dia, originando-se assim o seu nome.

A escrituração do livro Diário deve obedecer as Normas Brasileiras de Contabilidade.

(20)

Autenticação

O livro Diário deverá ser autenticado no órgão competente do Registro do Comércio, e quando se tratar de Sociedade Simples ou entidades sem fins lucrativos, no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.

Lançamentos

No "Diário" serão lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, incluídas as de natureza aleatória, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais.

Observada esta disposição, admite-se:

a escrituração do "Diário" por meio de partidas mensais;

a escrituração resumida ou sintética do "Diário", com valores totais que não excedam a operações de um mês, desde que haja escrituração analítica lançada em registros auxiliares.

No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro.

Termo De Abertura E Encerramento

De acordo com os artigos 6º e 7º do Decreto 64.567, de 22 de maio de 1969, o livro Diário deverá conter, respectivamente, na primeira e na última páginas, tipograficamente numeradas, os termos de abertura e de encerramento.

Do termo de abertura constará a finalidade a que se destina o livro, o número de ordem, o número de folhas, a firma individual ou o nome da sociedade a que pertença, o local da sede ou estabelecimento, o número e data do arquivamento dos atos constitutivos no órgão de registro do comércio e o número de registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

O termo de encerramento indicará o fim a que se destinou o livro, o número de ordem, o número de folhas e a respectiva firma individual ou sociedade mercantil.

Os termos de abertura e encerramento serão datados e assinados pelo comerciante ou por seu procurador e por contabilista legalmente habilitado. Na localidade em que não haja profissional habilitado, os termos de abertura e encerramento serão assinados, apenas, pelo comerciante ou seu procurador.

Balanço Patrimonial

Análise contábil

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Em relação ao Balanço patrimonial, todavia, nem sempre se consegue demonstrar em contas sintéticas a exata somatória das contas analiticas correspondentes. Também com o Balanço consolidado de um grupo de empresas, se demonstra valores por intermédio de ajustes feitos a partir dos próprios saldos sintéticos, sendo desnecessário que assim se proceda a nível análitico. As contas sintéticas que não se correspondem exatamente com o saldo das contas análiticas, serão melhor denominadas de "Contas Demonstrativas".

Dessa forma, em termos de origens históricas a análise sintética se aproximaria do desdobramento do método cartesiano proposto por Kant, ou seja, o vinculo com a parte analítica seria feito a partir de outros enlaçamentos, característico de um sistema baseado em princípios ("a priori") e não em experimentação ("a posteriori").

Como prática de "Análise Contábil" desenvolvida no Brasil existe a chamada "Analise de Balanços" ou "Analise das Demonstrações Financeiras - ADF". Essas expressões se tornaram populares no país mas vinculadas à concepção de Francisco D'Auria, que nos anos 40 definia o Patrimônio das Aziendas como um sistema econômico-administrativo. Segundo o eminente professor, o método da "Análise de Balanços" consistiria basicamente em decompor a situação patrimonial em elementos do sistemas econômico e financeiro. Esse tipo de análise contábil ainda pode ser utilizado na Contabilidade pública brasileira devido a estrutura juridica-contábil em uso desde os anos 60, mas para a moderna gestão empresarial de influência anglo-americana, não se mostra aplicável.

No âmbito empresarial, a "Análise das Demonstrações Financeiras" seria feita a nível apenas sintético, utilizando-se os chamados " Índices financeiros" (em inglês financial ratios). Embora ainda seja possível empreender-se uma a análise cartesiana das demonstrações financeiras empresariais, como um todo na prática a mesma se torna difícil em função da constatação do uso das "contas demonstrativas".

Capital de giro

Capital de giro é o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girar). Existe a expressão "Capital em Giro", que seriam os bens efetivamente em uso.

Em geral de 50 a 60% do total dos ativos de uma empresa representam a fatia correspondente a este capital. Além de sua participação sobre o total dos ativos da empresa, o capital de giro exige um esforço para ser gerido pelo administrador financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo.

O capital de giro precisa ser acompanhado e monitorado permanentemente, pois está sofrendo o impacto das diversas mudanças no panorama econômico enfrentado pela empresa de forma contínua.

As dificuldades relativas ao capital de giro numa empresa são devidas, principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores:

- Redução de vendas

- Crescimento da inadimplência - Aumento das despesas financeiras - Aumento de custos

Denominando-se de "aplicação permanente" as contas não circulantes do ativo e de "fonte permanente" as contas não circulantes do passivo, define-se como Capital de Giro (C.D.G.) a diferença entre as fontes permanentes e aplicações permanentes.

C.D.G. = Passivo Permanente - Ativo Permanente.

(22)

O Capital de Giro apresenta-se razoavelmente estável ao longo do tempo. O Capital de Giro diminui quando a empresa realiza novos investimentos em bens do ativo permanente (aumento dos imobilizados).

Todavia, esses investimentos são, em geral, realizados através de "Autofinanciamento" (empréstimos a longo prazo, aumento do capital em dinheiro e lucros líquidos) que por sua vez, aumentam o Capital de Giro (aumento das fontes permanentes) compensando, aproximadamente, a diminuição provocada pelos novos investimentos.

O Capital de Giro pode ser negativo. Neste caso, as aplicações permanentes são maiores do que as fontes permanentes, significando que a empresa financia parte de seu ativo permanente com fundos de curto prazo. Embora esta condição aumente o risco de insolvência, a empresa poderá se desenvolver, desde que sua Necessidade de Capital de Giro seja, também negativa.

Em Contabilidade, existe o Capital de Giro Circulante, que seria a diferença do Ativo Circulante e do Passivo Circulante, grupos de contas do Balanço Patrimonial.

Esse índice é decomposto na Demonstração conhecida legalmente como Demonstração de Origens e Aplicação, fonte de valiosas informações econômicas da Entidade Contábil. Essa Demonstração (que antes da lei das S/A também já foi chamada de Demonstração de Fundos), pode ser combinada com a Demonstração de Fluxo de Caixa, acrescentado-se informações financeiras de uso gerencial.

Os conceitos financeiros e contábeis provieram de pontos clássicos da Economia. O Capital Circulante, sob essa abordagem, é um conceito criado como o oposto do Capital Fixo.Adam Smith e principalmente David Ricardo, foram os primeiros a estudar essa matéria de uma forma científica, própria da Ciência Econômica.

Ponto de Equilíbrio

Ponto de equilíbrio, do inglês break-even-point, é a denominação dada ao estudo, nas empresas,

principalmente na área da contabilidade, onde o total das receitas é igual ao total das despesas. Neste ponto o resultado, ou lucro final, é igual a zero. Há uma quantidade razoável de estudos que demonstram como efetuar o cálculo. Para tanto, é necessário, num primeiro momento, conhecer os fundamentos básicos de classificação dos custos e despesas.

Classificação

Essas são classificadas em várias terminologias. Assim, por exemplo, ao departamentalizarmos as despesas poderemos chamá-las de despesas comerciais, despesas de produção, despesas administrativas. Como o próprio nome indica, despesas comerciais são aquelas que foram necessárias para manter o departamento comercial, incluindo nestas todas as espécies de despesas, como, pessoal, encargos sociais, despesas com propaganda e publicidade, comissões sobre vendas, etc.

A classificação das despesas em função do volume de atividades de uma empresa ou entidade, são ordenadas por despesas fixas e variáveis. Despesas fixas são aquelas que existem,independentemente da entidade ou empresa estar funcionando ou não. Assim, por exemplo, mesmo que o volume de produção de uma industria seja igual a zero, ainda assim haverá despesas ou custos com aluguel do prédio. Por outro lado determinadas despesas somente ocorrerão se houver nível de atividade, como por exemplo, uma comissão sobre vendas. Ela só existe se houver a venda, isto é, a atividade de venda. Sendo assim, é de suma importância, dentro de uma entidade ou empresa, a separação das despesas FIXAS e VARIÁVEIS.

Fórmula

(23)

Em que:

Q: total de produtos produzidos(vendidos);

CF: custo fixo da produção;

P: preço do produto vendido;

 CVme: custo variável médio.

Despesa

Despesa, para a Contabilidade, é o gasto necessário para a obtenção de receita. As Despesas são gastos que não se identificam com o preocesso de transformação ou produção dos bens e produtos.

As despesas estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura administrativa e comercial da empresa. Ex: aluguel, salários e encargos, pró-labore, telefone, propaganda, impostos, comissões de vendedores etc. Elas ainda são classificadas em fixas e variáveis, sendo as fixas aquelas cujo valor a ser pago não depende do volume, ou do valor das vendas, enquanto que as variáveis são aquelas cujo valor a ser pago está diretamente relacionado ao valor vendido.

No Brasil, as despesas de entidades privadas e com fins lucrativos são demonstradas na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade, logo abaixo do Lucro Líquido Operacional, as empresas sem fins lucrativos, demonstram as despesas na Demosntração do Déficit/Superávit do Exercício, as quais constituem os grupos de Despesas com Vendas, Administrativas e Financeiras, e também no grupo Despesas Não-Operacionais, daquela demonstração.

É importante frizar que, contabilmente, despesa não é sinônimo de custo, uma vez que este último é relacionado com o processo produtivo de bens ou serviços, enquanto que despesa diz respeito (de uma forma genérica) aos gastos com a manutenção das atividades da entidade.

Custo

Custos são medidas monetárias dos sacrifícios financeiros com os quais uma organização, uma pessoa ou um governo, têm de arcar a fim de atingir seus objetivos, sendo considerados esses ditos objetivos, a utilização de um produto ou serviço qualquer, utilizados na obtenção de outros bens ou serviços.

A Contabilidade gerencial incorpora esses e outros conceitos econômicos para fins de elaborar Relatórios de Custos de uso da Gestão Empresarial.

Custos sob a ótica contábil

Custos são medidas monetárias resultantes da aplicação de bens e serviços na produção de outros bens e serviços durante o processo de fabricação.

(24)

Referências

Lacombe, F.J.M.; Heilborn, G.L.J. Administração: princípios e tendências. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ISBN 85-02-03788-9

Montana, Patrick J. Administração. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ISBN 85-02-03786-2

Bilhim, João Abreu de Faria. Teoria Organizacional: Estruturas e Pessoas. ed. ISCSP, 2006. ISBN 978-972-8726-75-1

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Referências

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