• Nenhum resultado encontrado

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: ANÁLISE QUANTIQUALITATIVA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM TANGARÁ DA SERRA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: ANÁLISE QUANTIQUALITATIVA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM TANGARÁ DA SERRA"

Copied!
51
0
0

Texto

(1)

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLÓGICAS

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

ANDRESA CRISTINA GNOATTO

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: ANÁLISE QUANTI/QUALITATIVA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM TANGARÁ DA SERRA

(2)

ANDRESA CRISTINA GNOATTO

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: ANÁLISE QUANTI/QUALITATIVA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM TANGARÁ DA SERRA - MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da UNEMAT- Campus de Tangará da Serra, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem, pela Universidade do Estado de Mato Grosso

Orientador: Professor Me. José Pereira Filho

Co-orientadores: Idilaine de Fátima Lima; Osvaldo Santo Tuon.

(3)

G571g Gnoatto, Andresa Cristina

Gravidez na adolescência: análise quanti/qualitativa em uma Unidade de Saúde da Família em Tangará da Serra / Andresa Cristina Gnoatto – Tangará da Serra [MT], 2010.

43f.: il.; 21x29,7 cm.

Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Tangará da Serra, Curso de Enfermagem.

Orientador: M.Sc. José Pereira Filho. Co-orientadores: Esp. Idilaine de Fátima Lima. Osvaldo Santo Tuon.

1. Gravidez na adolescência. 2. Perfil Epidemiológico.I.Gnoatto, A.C. II. Título.

(4)

ANDRESA CRISTINA GNOATTO

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: ANÁLISE QUANTI/QUALITATIVA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM TANGARÁ DA SERRA - MT

Monografia apresentado à Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, para obtenção do título de Bacharelado em Enfermagem, sob a orientação do Professor Me. José Pereira Filho e Co-orientação da Enfermeira Esp. Idilaine de Fátima Lima e do Administrador Osvaldo Santo Tuon.

BANCA EXAMINADORA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

___________________________________________________________________________ Prof. Me. José Pereira Filho - Orientador

Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus de Tangará da Serra Departamento de

___________________________________________________________________________ Profª. Me. Ana Lúcia Andruchak - Examinadora

Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus de Tangará da Serra Departamento de Letras

___________________________________________________________________________ Enfª. Idilaine de Fátima Lima – Co-orientadora

CONCEITO FINAL: ___________________________ DATA DE APROVAÇÃO: _______/_______/_______

(5)

DEDICATÓRIA

Ás fortalezas da minha vida...

Minha mãe Reni Gnoatto e meu pai Valcir Gnoatto as razões da minha

força e do meu existir. Que sempre me apoiaram,

enxugaram minhas lágrimas quando elas rolaram, me levantaram quando eu caí, me acolheram diante do desespero se felicitaram coma as minhas alegrias e comemoram comigo as minhas conquistam e vitórias.

(6)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente á Deus Pai, Criador do Céu e da Terra, por ter me dado sabedoria nas minhas decisões, força nas minhas lutas, proteção e luz na minha caminhada.

Aos meus pais Reni Gnoatto e Valcir Gnoatto, que sempre me deram apoio, que seguram minha mão nos momentos difíceis e festejaram comigo as minhas conquistas. Que acreditaram na minha capacidade de alcançar mais essa vitória.

Ás minhas irmãs Daiane e Jéssica que me incentivaram em todos os momentos, ouviram minhas queixas e confissões.

Ao Osvaldo companheiro de toda essa caminhada, que não desistiu de mim mesmo diante da insegurança do amanhã.

Aos meus amigos e colegas, que compartilharam comigo na convivência do dia a dia as conquistas e as derrotas, as alegrias e as tristezas. Especialmente á Jucélia e Regina.

Ao meu orientador José Pereira pelo tempo e dedicação cedidos e á professora Ana Lucia pela ajuda no momento de desespero.

Á todos os funcionários da Unidade de Saúde da Família do jardim Presidente, em especial á enfermeira Idilaine, ás adolescentes e ás mães que aceitaram participar da minha pesquisa. Sem vocês nada disso seria possível.

(7)
(8)

“Então um belo dia, a lagarta inicia a construção do seu casulo. Este ser que vivia em contato íntimo com a natureza e a vida exterior, se fecha dentro de si mesma. E dá inicio à transformação que levará a um outro ser, mais livre, mais bonito (segundo algumas estéticas) e dotado de asas que lhe permitirão voar. Se a lagarta pensa e sente, também o seu pensamento e o seu sentimento se transformarão. Serão agora o pensar e o sentir de uma borboleta. Ela vai ter um outro corpo, outro astral, outro tipo de relação com o mundo”.

(9)

RESUMO

O número elevado de gravidez na adolescência tem despertado interesse em pesquisadores a realizar estudos sobre essa problemática, visto que tal assunto é tratado como um problema de saúde pública, pois que, esse fato pode se tornar num empecilho para a adolescente conduzir sua vida dentro, trazendo aspectos negativos para a grande maioria delas, tais quais: situação de risco na gravidez e suas conseqüências à saúde, estresse por incapacidade de criar o filho e abandono da vida social e profissional (escola, trabalho, lazer e outros). Isso acontece principalmente por que a maior parte das gravidezes durante a fase da adolescência ocorre sem planejamento e fora de uma relação conjugal estável, onde pai e mãe compartilham a responsabilidade, com a guarda e criação do(a) filho(a). Assim sendo, o presente trabalho de pesquisa realizada com gestantes adolescentes e com mulheres que engravidaram na adolescência, mas que já ganharam seus filhos sob acompanhamento da Unidade de Saúde da Família (USF) no bairro jardim Presidente no município de Tangará da Serra (MT), tem como propósito caracterizar o perfil epidemiológico das adolescentes usando variáveis demográficas, sociais e biológico/obstétricas e analisar os principais motivos que levam essas jovens a engravidar precocemente e as consequências daí advindas às vidas das mesmas.

(10)
(11)

ABSTRACT

The high number of teenage pregnancy has sparked interest in researchers carrying out studies on this problem, since this subject is treated as a public health problem, because, this may become an impediment to adolescent conduct your life, bringing negative aspects for the vast majority of them, such as: risk in pregnancy and its health consequences, stress due to inability to raise the child and neglect of social and professional life (school, work, leisure and others). This happens mainly because most of the pregnancies during the period of adolescence is unplanned and out of a stable marriage, where both parents share responsibility with child custody and parenting, but they have won their accompanying children under the Family Health Unit (FHU) in the neighborhood Jardim Presidente in the city of Tangara da Serra (MT), aims to characterize the epidemiological profile of adolescents using demographic, social and biological / obstetrical and analyze the main reasons why these young women become pregnant early, and the consequences resulting therefrom to the lives of them.

(12)
(13)

LISTA DE SIGLAS

COC: Contraceptivo Oral Combinado DIU: Dispositivo Intra-uterino

DSTs: Doenças Sexualmente Transmissíveis ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente MS: Ministério da Saúde

MT: Mato Grosso

OMS: Organização Mundial de Saúde

PROSAD: Programa de saúde do Adolescente PSF: Programa de Saúde da Família

(14)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Idade Das Adolescentes Entrevistadas... 22

Tabela 2 - Distribuição das gestantes, segundo o estado civil... 23

Tabela 3 - Distribuição das adolescentes, segundo a escolaridade... 24

Tabela 4 - Distribuição das adolescentes, segundo o vínculo empregatício... 25

Tabela 5 - Distribuição das adolescentes, segundo a renda familiar mensal... 25

Tabela 6 - Distribuição das adolescentes segundo a idade da menarca e da sexarca... 26

Tabela 7 - Distribuição das adolescentes, segundo os métodos contraceptivos utilizado durante a sua vida sexual... 27

Tabela 8 - Distribuição das adolescentes, quanto ao uso de método contraceptivo quando engravidou... 28

(15)

LISTA DE GRÁFICOS

(16)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

12

1 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: UMA ABORDAGEM TEÓRICA ... 15

1.1 ADOLESCÊNCIA ... 15

1.2 ATENDIMENTO AOS ADOLESCENTES E JOVENS NA SAÚDE PÚBLICA ... 17

1.3 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS ... 19

1.4 PLANEJAMENTO FAMILIAR ... 21

2 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS ADOLESCENTES DO JARDIM PRESIDENTE ... 22

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO ... 22

2.1.1 VARIÁVEISDEMOGRÁFICAS ... 22

2.1.2 VARIÁVEIS SOCIAIS ... 23

2.1.3 VARIÁVEIS BIOLÓGICO/OBSTÉTRICAS ... 25

2.2 PROPORÇÃO DE GESTANTES ADOLESCENTES E NÃO ADOLESCENTES: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA ... 30

2.3 DO SONHO À REALIDADE: UMA ANÁLISE QUALITATIVA ... 30

2.3.2 PLANEJAMENTODAGRAVIDEZ: TODASRESPONDERAMQUENÃOPLANEJARAMAGRAVIDEZ. ... 31

2.3.3 FATORESCONTRIBUINTESPARAAGRAVIDEZPRECOCE: ... 31

2.3.4 VISÃODAMATERNIDADEANTESEDEPOISDETERFILHOEASMUDANÇASQUEELATROUXEPARAAVIDA: ... 32

2.3.5 O SONHODESERMÃECONTINUA: ... 32

CONSIDERAÇÕES FINAIS 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36

(17)

INTRODUÇÃO

A gravidez na adolescência tem sido considerada, nas últimas décadas, um problema de saúde pública, em virtude da prevalência que esse fenômeno vem ocorrendo. Segundo o Ministério da Saúde aumentou a participação das adolescentes na taxa de fecundidade, paralelo à diminuição das demais faixas etárias, (CHALEM et al, 2007). Esse assunto tem sido motivo de preocupação por parte da sociedade, governantes e da família, pois esse fenômeno acarreta vários problemas na vida da jovem mãe: situação de risco na gravidez e conseqüências; estresse por incapacidade de criar o filho e abandono da vida social são fatores que contribuem. Isso acontece principalmente por que a maior parte das gravidezes durante a fase da adolescência ocorrem sem planejamento e fora de uma relação conjugal. (SANTOS e SCHOR, 2003).

Anualmente, cerca de 14 milhões de mulheres entre 15 a 19 anos de idade se tornam mães no mundo. A maternidade entre adolescentes é mais comum nos países em desenvolvimento, onde muitas vezes cerca de 25% a 50% de jovens tiveram seu primogênito antes de completarem 18 anos de idade. Em contraste, com países desenvolvidos e em pequeno número de países em desenvolvimento, menos de uma entre 10 jovens tem filhos precocemente.

Indiferente de ser em grandes metrópoles, ou em cidades de interior, o número de gestantes adolescentes é perturbador por sua amplitude e também pela situação que provoca às jovens e seus familiares, podendo apresentar complicações obstétricas influenciando no índice de morbimortalidade materna e perinatal. Além de constituir uma ameaça ao desenvolvimento psíquico, econômico e social na vida da jovem.

A presente pesquisa tem o intuito de caracterizar o perfil epidemiológico das gestantes adolescentes da Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro Jardim Presidente no município de Tangará da Serra/MT, pesquisando suas variáveis demográficas, sociais e biológico/obstétricas na tentativa de esclarecer eventuais motivos que as levaram a uma gestação nessa fase de suas vidas, assim como, identificar a presença ou não do planejamento dessa gravidez, afim de conhecer os principais motivos que levam essas jovens a engravidar precocemente. Bem como evidenciar quais as conseqüências desse evento, fato revelado por mães que engravidaram na adolescência. Além de, analisar a proporção de grávidas adolescentes no ano de 2009.

(18)

Esse estudo trata-se de um trabalho de cunho quanti/qualitativo, descritivo. A pesquisa qualitativa é entendida como uma descrição detalhada dos fenômenos e comportamentos, sendo posteriormente minuciosamente analisada, trabalha com valores, opiniões, representações que serão discutidos pelo pesquisador afim de desenvolver conceitos idéias e entendimento sobre o objeto do estudo. Enquanto a pesquisa quantitativa lida com dados numéricos de caráter objetivo para gerar medidas precisas, utiliza técnicas estatísticas e implica em aplicação de questionário (SILVA, 2004). Sendo utilizadas técnicas de pesquisa bibliográfica, análise documental, com consulta ao livro de cadastramento das gestantes do PSF e coleta de campo com aplicação de um roteiro de perguntas as gestantes cadastradas no Programa de Saúde da Família (PSF) e no Sistema de Informação de Pré-natal SISPRENATAL e a mulheres mães de crianças de até quatro anos de idade sendo minuciosamente registradas as respostas em caderno de campo.

Os dados utilizados para essa pesquisa foram coletados em dois momentos, o primeiro se deu no período de outubro e novembro de 2009. Durante esses dois meses efetuou-se a aplicação do questionário semi-estruturado às adolescentes e a quantificação do total de gestantes no ano de 2009, afim de fazer um comparativo e calcular a proporção de grávidas adolescentes para as não adolescentes. Para isso houve consulta no livro em que estava registrado o cadastramento das gestantes e na própria ficha de cadastro no programa de pré-natal. No livro contém o nome das gestantes, o endereço e o número do cadastro no Sistema de Informação (SISPRENATAL).

O segundo momento da coleta dos dados iniciou-se no mês de maio de 2010, até então essa nova coleta não estava no projeto da pesquisa, porém sentiu-se a necessidade de buscar novas informações que pudessem complementar a triangulação dos resultados tendo como meta analisar os principais motivos que levam as adolescentes a engravidar precocemente e demonstrar o pensamento das mesmas a respeito de “ser mãe”, antes da gravidez e agora que elas já tiveram seus filhos. Dessa forma, foi realizada uma nova aplicação de questionário semi-estruturado, agora, com mulheres que engravidaram na adolescência, mas que já são mães de crianças com até quatro anos.

O critério de escolha das mães entrevistadas foi pela facilidade de acesso, por morarem próximo à USF. O questionário foi aplicado na residência das mesmas, onde foi realizada a coleta dos novos dados acompanhada da agente de saúde da microárea.

(19)

analisou-se os dados obtidos para compreensão do perfil epidemiológico encontrado e construção do relatório científico.

(20)

1 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: UMA ABORDAGEM TEÓRICA

1.1 ADOLESCÊNCIA

A adolescência tem sido muito discutida por parte de políticas públicas e estudada em várias áreas do conhecimento. Assim, encontramos várias descrições do que é ser adolescente.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), define-se adolescente, sujeitos com idade entre 10 a 19 anos, caracterizados por várias mudanças biológicas, físicas, sociais e psicológicas descritas por diversos autores de acordo com a sua perspectiva. Enquanto o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, Lei nº 8069 de 13 de julho de 1990, no seu artigo 2º, título 1º, define adolescência o indivíduo entre 12 aos 18 anos de idade. (BRASIL, 2006).

De acordo com o modelo psicológico, Ozella citado por Pantoja et al (2007 p.514), criticamente destaca o estado de ser adolescente em sua complexidade de acordo com alguns sintomas: “rebeldia, desequilíbrios e instabilidades, lutos e crises de identidade, instabilidades de afetos, busca de si mesmo, tendência grupal, necessidade de fantasiar, crise religiosa, flutuações de humor e contradições sucessivas”.

Na visão da sociologia tradicional a adolescência é uma fase de transição entre a infância e a idade adulta, sendo a primeira fase da juventude, caracterizada pela busca da autonomia e da independência. Afirma Içami Tiba que a adolescência é um período de desenvolvimento psicossocial, no qual se afasta de sua família para se inserir em um meio social que ele próprio vai definir com suas escolhas, amigos, escola. Ele ainda compara a fase da adolescência com a da infância, um período de desenvolvimento para chegar a idade adulta. Içami trata ainda da puberdade, fase de desenvolvimento biológico diferente da adolescência que é um desenvolvimento biopsicossocial, isso nos revela que muitas vezes o amadurecimento biológico não é acompanhado pelo amadurecimento psicossocial, o que gera um conflito para o adolescente. (TIBA, IÇAMI, 2005, p. 25).

Apesar de existir uma diversidade de conceitos e marcos etários, a respeito da adolescência, sabe-se que ela é uma das fases mais importantes da vida, pois nela acontecem eventos biológicos, sociais, demográficos e econômicos que constroem a base para a vida adulta (CORRÊA, apud DIB, 2007, p. 30). Não podendo ser tratada apenas como uma fase de transição entre a infância e a idade adulta.

(21)

iniciam as práticas sexuais que assumem um caráter específico como parte das experimentações corporais, emocionais e amorosas dos indivíduos. Segundo o modelo médico biológico, Straub citado por Pantoja et al (2007, p.514) destaca que as atividades sexuais estão acontecendo cada vez mais cedo, ocorrendo também a gravidez precoce e outras conseqüências para o adolescente, por exemplo, as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), devido ao sexo sem métodos contraceptivos e proteção – explicado ainda por Straub em: “mito da invencibilidade” que diz a respeito do pensamento fantasioso do adolescente de que nada de errado vai acontecer com ele.

Segundo estudos do UNICEF “A voz dos adolescentes” (2002, p. 35), 32,8 % dos jovens brasileiros de faixa etária entre 12 e 17 anos, já haviam tido relação sexual, quanto a prática sexual segura, 48,5% dos adolescentes que já tiveram relação sexual, não usam preservativo ou não usam sempre. E de acordo com o IBGE, (2002) entre adolescentes de 15 a 19 anos 9,5% vivenciam algum tipo de união com prática sexual.

A gravidez na adolescência se tornou um fator muito importante nos estudos científicos por se tratar de um acontecimento complexo que implica o envolvimento de vários fatores, fisiológicos, social, econômico e psicológico, sendo visto como um problema de saúde pública. Em função disso quando acontece gravidez em idade precoce exige maiores cuidados tanto dos profissionais de saúde, como dos pais e educadores, para que se possa dar o suporte necessário à mãe e ao bebê. No discurso biomédico discuti-se a inadequação física das adolescentes para propiciar a gravidez e o discurso da psicologia trata da imaturidade emocional das adolescentes para serem mães, pois durante a fase de gestação ocorrem muitas mudanças no corpo da mulher e se tratando de gravidez na adolescência implica em mudanças físicas em um corpo que já está passando por alterações. (PANTOJA, 2007, p.514).

Com efeito, em muitos casos, a gravidez na adolescência está relacionada com a situação de vulnerabilidade social, bem como com a falta de informação e acesso aos serviços de saúde, e ao baixo status de adolescentes mulheres nas relações sociais vigentes, sobretudo das pobres e negras. Alguns estudos têm explorado a relação entre gravidez na faixa etária de 10 a 14 anos e a ocorrência de violência sexual, hipótese que não tem sido contestada ao mesmo tempo, nesta faixa etária, a gravidez pode ainda estar relacionada com o desejo de se tornar mãe e de constituir família (CAVASIN, apud BORGES, 2009).

(22)

compararmos os números do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc/Datasus) disponíveis desde 1994, nas faixas etárias de 10 a 14, 15 a 19 e 20 a 24 anos, observamos elevação do número de nascidos vivos em todas as faixas até o ano 2000. A partir de 2000, observamos queda no número de nascidos vivos nas faixas e etárias de 15 a 19 e de 20 a 24 anos. Porém, têm aumentado a participação na taxa de fecundidade entre as gestantes adolescentes, apesar desta ter diminuído entre as demais faixas etárias. Muitas pesquisas mostram que esse fator se agrega ao início da vida sexual cada vez mais cedo (DIB, 2007), (DORETO, 2006). A ausência de diálogo com a família e principalmente a falta de informação. Apesar do crescente número de conhecimento sobre os métodos de proteção, principalmente o da camisinha que ganha destaque nas campanhas de prevenção ao HIV e os programas desenvolvidos pelo Governo Federal/Ministério da Saúde, por exemplo, o Programa de Saúde do Adolescente PROSAD, que tem como exigência o trabalho na área de crescimento e desenvolvimento, sexualidade, saúde mental, saúde bucal, prevenção de acidentes, violência e família, oferecendo atendimento de forma integral, resolutiva e participativa. (MS, 2005).

1.2 ATENDIMENTO AOS ADOLESCENTES E JOVENS NA SAÚDE PÚBLICA

É sabido através de alguns dados estatísticos que os adolescentes são bastante vulneráveis aos problemas de saúde sendo vítimas de distúrbios psicológicos e fisiológicos, reflexo do processo de mudança que tais indivíduos enfrentam sem estarem preparados, como por exemplo, a entrada para o mercado de trabalho sem preparo técnico e emocional, o início da vida sexual precoce e desprotegida, as constantes escolhas que este necessita fazer nesta fase, a avaliação do certo e do errado diante de um comportamento, pela dificuldade de acesso ao serviço de saúde e ainda pela suscetibilidade ao crime e a violência dos adolescentes usuários de drogas. Diante desta preocupação com a saúde do adolescente o Ministério da Saúde (MS) criou o Programa Saúde do Adolescente, PROSAD, pela Portaria nº 980/GM de 21/12/1989. O programa fundamenta-se na política de Promoção de Saúde, respeitando as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 1999, o MS sentiu a necessidade de ampliar o programa para indivíduos até 24 anos, considerando então a Área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem (SILVA, 2005).

(23)

morbimortalidade. Garantir uma saúde integral requer oferecer atendimento à saúde física, psicológica, espiritual e social, compreendendo as etapas do crescimento e desenvolvimento do indivíduo, ou seja, nas varias fases desse período entre a adolescência e a juventude. Para evitar o aparecimento ou o efeito de fatores ou agentes causais específicos, são adotadas medidas preventivas, serviço encontrado na atenção primária. Imunizações, métodos anticonceptivos, medidas de segurança para acidentes de trânsito ou no trabalho têm objetivos bem específicos, exemplos claros da prevenção primária. Porém se ocorrer o agravo, por exemplo, a gravidez, as medidas são voltadas para evitar complicações, constituindo assim o nível secundário que compreendem o uso de ações curativas além de persistirem as preventivas. No exemplo, iniciar pré-natal o mais precocemente possível, ação desse nível secundário. Quando as ações preventivas falham ou são inexistentes, é necessário contar com níveis mais complexos de serviços, visando prevenir o resultado final, como a morte ou seqüelas irreversíveis. Então, intervenções em serviços de alto nível de especificidade são necessários, constituindo a prevenção terciária. São medidas desse nível de atenção os tratamentos hospitalares, internações em alas de cuidados especiais e reabilitação. Dessa forma é garantida a saúde integral, prevenindo doenças e mortes por diversas causas entre os adolescentes; fornecendo atendimento nos três níveis de atenção e nas mais diversas especialidades. Normatizar ações das áreas prioritárias, sendo as do PROSAD as seguintes: Crescimento e Desenvolvimento, Sexualidade, Saúde Bucal, Saúde Mental, Saúde Reprodutiva, Saúde do Escolar Adolescente e Prevenção de Acidentes. (MS, Programa saúde do adolescente – PROSAD. Brasília. Janeiro, 1991.)

A partir desse programa o governo em todas as esferas passa a dar mais atenção á saúde dos adolescentes e jovens com a missão de promover a saúde, a identificar grupos de risco, detectar precocemente os agravos, tratar adequadamente e reabilitar adolescentes, (10 – 19 anos), e jovens (20 - 24 anos) de ambos os sexos, com ações de caráter de integralidade, enfoque preventivo e educativo.

Dentre as áreas prioritárias de ações do programa está a saúde sexual e reprodutiva (que inclui prevenção de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis) dos adolescentes e jovens.

(24)

estabelecidos no programa de atenção à saúde do adolescente que inclui o desenvolvimento de atividades que possam orientar e informar os jovens a respeito da sexualidade, relação sexual, anticoncepção, gravidez e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), usando meios que garantam que essas informações cheguem até eles, sendo dirigidas para ambos os sexos, garantindo a eficácia do programa.

Porém, apesar de toda essa liberdade de multiplicar e repassar informações a respeito da saúde sexual e reprodutiva, aos jovens, isso não se torna tão eficaz devido ao fato de muitos jovens só procurar o serviço de saúde após a primeira relação sexual, e após vários meses, o que se torna uma preocupação já que a sexarca, ou seja, a primeira relação sexual, na maioria das vezes acontece sem proteção contraceptiva.

Nos Estados Unidos, a procura pelo serviço de saúde ocorre, em média, 12 meses após a primeira relação sexual, haja vista que 50% das gravidezes acontecem nos seis primeiros meses do início da atividade sexual, com uma estimativa que 25 a 50% dos adolescentes não usam nenhum tipo de método contraceptivo na primeira relação sexual e que 50% deles descontinuam o uso nos três primeiros meses. (MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção à saúde do adolescente: Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. p 105.).

1.3 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

A humanidade faz uso da anticoncepção há milênios. Porém, a partir de 1946 que esses métodos se espalharam pelo mundo, especialmente nos países mais desenvolvidos.

As primeiras histórias data-se de 460 à 377 anos antes de Cristo (a.C.) quando Hipócrates já tinha o conhecimento que a semente da cenoura selvagem era capaz de evitar a gravidez. Nessa mesma época, no ano de 421 a.C. Aristóteles sugeriu o uso da Mentha pulegium como ação contraceptiva. O uso de plantas medicinais para fins anticoncepcionais se espalhou tanto na região do Mediterrâneo, que Políbio, no século II a.C. relatou que as “famílias gregas estavam limitando-se a ter apenas um ou dois filhos".

“Os antigos egípcios também utilizavam tampões vaginais ou tampas feitas de excremento de crocodilo, linho e folhas comprimidas” para evitar a gravidez. (BAYER SCHERING PHARMA AG).

A anticoncepção masculina também era utilizada na antiguidade, afirmada por Dioscórides no século I a.C. a respeito do extrato da planta Lonicera periclymenum

(25)

Acredita-se que desde os tempos da Roma antiga já era utilizada bexiga de animais como preservativo. Também há relatos do uso de preservativos feitos a partir de vísceras de animais no século XVIII.

A partir do descobrimento da borracha e da invenção da vulcanização em 1844 o preservativo passou a ser mais barato e aceitável pela população. Em 1992, foi lançado o preservativo feminino.

Em 1950, Djerassi produziu a noretisterona, um hormônio sintético, a partir de uma planta derivada da batata-doce. Mais tarde outro progestógeno foi produzido por Colton, que foi combinado a estrogênio sintético formando a primeira pílula anticoncepcional combinada. Gregory Pincus, em 1960, realizou a maioria das pesquisas com os contraceptivos orais combinados (COCs), ficando conhecido como o “pai da pílula”.

Hoje, existem vários tipos de contraceptivos disponíveis no mercado e quase todos são válidos na sua eficiência dependendo da forma que são utilizados, é visto que a maioria dos adolescentes tem dificuldades quanto ao uso correto dos métodos, devido, principalmente a falta de informação. Outro obstáculo para o uso dos métodos é o custo, pois muitos adolescentes não trabalham, por isso não tem renda, alguns dependem de mesada e acabam não tendo dinheiro suficiente para manter os gastos com o contraceptivo, causando a interrupção do uso do mesmo. Isso porque normalmente a vida sexual do adolescente não é revelada aos pais, privando-os desse gasto.

Porém, uma forma de minimizar esse problema, seria o jovem procurar o serviço de saúde pública que oferece gratuitamente vários dos contraceptivos que existem hoje, aos usuários do serviço de saúde pública, além da disposição dos profissionais de saúde que podem esclarecer quanto aos tipos e o uso dos contraceptivos que existem.

As formas de anticoncepção são variadas, divididas de acordo com o método que utiliza para prevenir a concepção. Alguns também podem ser utilizados para facilitar a gravidez. È o caso dos métodos naturais, que inclui a temperatura, o muco cervical (Billings), a tabela e o sinto térmico. Outros, além de evitar a gravidez também previnem de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). É o caso de alguns métodos de barreira, representados pelo condom (camisinha masculina), preservativo feminino (camisinha feminina), diafragma e espermaticida, esses dois últimos não previnem contra DSTs. Existem ainda os métodos hormonais, que são os contraceptivos orais combinados (COCs), anticoncepcionais injetáveis e a pílula de emergência, e o método mecânico que inclui o Dispositivo Intra-uterino (DIU)

(26)

1.4 PLANEJAMENTO FAMILIAR

O Planejamento familiar trata-se de um direito do cidadão e dever do estado à assistência especializada, à informação e acesso aos recursos que lhe permitam optar livremente por ter ou não filhos, a quantidade, o espaçamento entre eles e ainda a escolha do método anticoncepcional mais adequado.

No título VII da Ordem Social, Capítulo VII, Art. 226º, § 7º, da Constituição Federal, diz que:

Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício deste direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

Por se tratar de um dever do estado, em 1984, o MS criou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), associado a ele está as atividades de planejamento familiar que devem estar disponíveis nos serviços de saúde. Antes, essas atividades eram realizadas informalmente por algumas organizações não governamentais, que inicialmente ofereciam pílulas anticoncepcionais e posteriormente laqueadura das trompas.

A gravidez sem planejamento pode acarretar vários problemas para um indivíduo, interferindo na vida pessoal, social e econômica, principalmente para a mulher.

E esse fato se agrava quando se refere às adolescentes. A gravidez nessa fase interrompe o crescimento pessoal e profissional da jovem e de seu parceiro, muitas vezes a moça abandona os estudos por conta da gravidez e mesmo após o parto é difícil retornar. O rapaz pode ter que trabalhar para ajudar na criação do filho, resultando em dificuldade ou até abandono dos estudos, aumentando a dependência familiar. (SILVA, 2003).

Esses problemas causados pela gravidez indesejada podem ser minimizados com a ajuda das atividades do planejamento familiar que as pessoas podem utilizar tanto para prevenir quanto para planejar e facilitar a gravidez.

(27)

2 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS ADOLESCENTES DO JARDIM PRESIDENTE

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

2.1.1 Variáveis demográficas

Para a caracterização do perfil epidemiológico foram entrevistadas 12 gestantes adolescentes, em que o período gestacional é opção aleatória. A maioria das entrevistadas tinha entre 17 e 19 anos, equivalendo a 58,34 % do total das gestantes entrevistadas e, nenhuma gestante abaixo de 14 anos. Esse dado se equipara a maioria dos estudos utilizados como embasamento teórico, tais como na pesquisa de weissheimer (2003, p.31), onde o maior número de pacientes gestantes adolescentes pesquisadas se encontra nessa faixa etária de 17 á 19 anos. Como podemos perceber o comportamento de adolescentes nessa faixa etária não tem diferenciado de outros estados do Brasil.

Em uma pesquisa realizada no ano de 2007 com gestantes cadastradas nesta mesma unidade de saúde, foi descrito que houve um número bastante relevante de gestantes adolescentes, um percentual de 38 % de todas as gestantes cadastradas tinha entre 15 e 19 anos.

Abaixo demonstrativo do grupo de sujeitos entrevistados por meio de tabela.

Tabela 1

Idade das adolescentes entrevistadas:

Faixa etária Quantidade % do total pesquisado

10 a 13 anos 0 0,00

14 a 16 anos 5 41,66

17 a 19 anos 7 58,34

Total 12 100

(28)

2.1.2 Variáveis Sociais

Na variável, estado civil, a maioria das gestantes tem uma relação estável, descrito na tabela abaixo (FIGURA 2) como amasiada, representando um total de 83,3 %, desse percentual 49,98% já tinham esse tipo de relação antes de ter ocorrido a gravidez. Esse resultado nos faz pensar que as jovens não engravidaram com o propósito de arrumar um companheiro e sim, talvez, para completar o ambiente familiar, ou ainda, para estabelecer uma segurança na relação.

Na sociedade moderna em que vivemos muitos casais optam por esse tipo de relação, afim de evitar gastos com o casamento formal, pela facilidade e comodidade e muitas vezes por pressa de uma união estável diante de um fato, sendo o principal a gravidez. Esse último fator foi o que motivou quatro das dez gestantes que se encontram amasiadas.

Tabela 2

Distribuição das gestantes, segundo o estado civil:

Estado civil Quantidade % do total pesquisado

Solteira 0 0,00

Amasiada 10 83,30

Casada 2 16,70

Outros 0 0,00

Total 12 100

A tabela 03 mostra a escolaridade das adolescentes e quantas freqüentam a escola. Com esses dados podemos observar que a maioria delas não terminou o primeiro grau representando seis adolescentes (50%), dessas, cinco não freqüentam mais a escola, e, quatro gestantes possuem o segundo grau incompleto, sendo uma desistente. Assim, quanto maior a escolaridade menor é o índice de desistência. Esses dados revelam que as adolescentes não têm o estudo como um fator importante em suas vidas, ficando atrás de muitos outros projetos de vida.

Quando perguntado o motivo da desistência, as respostas foram diversas, porém a maioria das respostas está ligada indiretamente ao fator gravidez e ao companheiro. Dessa forma se confirma a idéia de que a gravidez interfere negativamente na vida social da jovem, não só no quesito escola, como no trabalho, impedindo muitas vezes o seu crescimento profissional e uma expectativa de vida melhor no futuro. Afirma Domingues Júnior (2002) que “Quando a menina tem laços frágeis com a escola e poucas chances de inserção no mercado de trabalho, o que é típico da classe média baixa, resta a ela ser mãe".

(29)

Na correlação escolaridade X fecundidade, vários autores, exemplo Barraldi et al (2007) descrevem que a taxa de escolaridade é inversamente proporcional à taxa de fecundidade, visto que quanto menor a escolaridade menor é o conhecimento sobre relação sexual segura e métodos de prevenção de gravidez, o que em tese, impede que a adolescente se previna adequadamente, resultando em gravidez e em muitos casos DSTs.

Tabela 3

Distribuição das adolescentes, segundo a escolaridade:

Escolaridade Quantidade % Total Desistentes Não

desistentes

Primeiro grau incompleto 6 50,00 5 1

Primeiro grau completo 1 8,33 1 0

Segundo grau incompleto 4 33,34 1 3

Segundo grau completo 1 8,33 1 0

Outros 0 0,00 0 0

Total 12 100 8 4

Em relação as adolescentes possuírem ou não emprego, a maioria disse que não (83,33%) (tabela 4). Algumas relataram que tabalhavam antes de engravidar, mas que largaram o emprego assim que descobriram estar grávida. A maioria das jovens demostraram em suas respostas que apesar de ter dificuldade financeira, não tem preocupação em “trabalhar” e aumentar a renda familiar, preferem se dedicar integralmente aos cuidados com a casa, com o marido e com a futura criança. Nos dando idéia de volta ao passado, quando as mulheres ainda não estavam inseridas no mercado de trabalho e se dedicavam exclusivamente aos afazeres do lar, se tornando totalmente dependente econômicamente do homem (marido).

Essa falta de interesse, das jovens, pelo trabalho remunerado pode vir a acarretar vários problemas, pois a dficuladade financeira se instala dando continuidade ao ciclo de pobreza, por vezes interfere na relação do casal e desestruturao o ambiente familiar. Esse fato é confirmado pela renda familiar mensal, descrito na tabela cinco, quando a maioria respondeu que esta fica entre um à dois salários mínimos brasileiros, em torno de 600,00 reais.

Tabela 4

Distribuição das adolescentes, segundo o vínculo empregatício:

(30)

Possuem emprego Quantidade % do total pesquisado

Sim 2 16,67

Não 10 83,33

Total 12 100,00

Tabela 5

Distribuição das adolescentes, segundo a renda familiar mensal:

Renda Quantidade % do total

Até um salário mínimo 2 16,67

De um a dois salários 8 66,66

Acima de dois salários 2 16,67

Total 12 100,00

2.1.3 Variáveis Biológico/obstétricas

A primeira menstruação é um acontecimento muito importante na vida de uma mulher, é o limite entre a infância e a vida adulta, quando fisiologicamente a mulher deixa de ser criança, momento em que a menina começa exercer seu ciclo reprodutivo e se torna capaz de gerar filhos.

Segundo Berlofi et al (2006), a idade para ocorrer a menarca, ou seja, a primeira menstruação, varia em torno de 10 á 16 anos, podendo estender até 20 anos, dependendo da menina. A média de idade da menarca vem diminuindo, cerca de quatro meses a cada década, encontrando-se atualmente na faixa dos 11 a 12 anos. Pesquisas nacionais descrevem que na década de 1930 encontrava-se por volta dos 13,6 anos; na década de 1940 13,4 anos; na década de 1960 12,8 anos; e 12,6 anos na de 1980.

Nessa pesquisa a idade da menarca das entrevistadas se concentra na idade de 12 anos com um número de cinco adolescentes (41,65%), ficando dentro da média nacional,

(31)

escola, quando lhes foi perguntado com quem eles gostariam de se informar sobre sexualidade, corpo e sexo, a maioria respondeu com os profissionais de saúde.

Nesse sentido, a ação dos profissionais de saúde se reveste de importância, haja vista a responsabilidade que eles têm como disseminadores de informações importantes a que os adolescentes precisam, e que esperam desses profissionais. O profissional de saúde, principalmente o enfermeiro tem um papel amplificador na educação sexual de adolescentes e jovens, pois, muitas vezes esses indivíduos procuram esses profissionais ao invés dos pais e professores, para tirar dúvidas a respeito do sexo, gravidez, prevenção, isso porque eles sentem mais confiança de que não serão revelados, criticados e proibidos e sim orientados.

Nessa pesquisa a maioria das gestantes teve a sexarca, ou seja, a primeira relação sexual na idade entre 14 a 16 (58,33%). Esse resultado se apresenta dentro da faixa etária de outras pesquisas, como a de Spindola e Silva (2009, p.103), onde 81% das gestantes adolescentes iniciaram sua vida sexual nas idades entre 13 e 15 anos. Representados na tabela 06 e gráfico 01.

Tabela 06

Distribuição das adolescentes segundo a idade da menarca e da sexarca.

Idades Menarca Sexarca

10 anos 1 0

11 anos 2 0

12 anos 5 1

13 anos 2 3

14 anos 2 3

15 anos 0 1

16 anos 0 3

17 anos 0 1

Total 12 12

(32)

Gráfico 1

Distribuição das adolescentes segundo a idade da menarca e da sexarca. Menarca/sexarca 0 1 2 3 4 5 6 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Idade Q u a n ti d a d Menarca Sexarca

Fonte: Entrevistas de campo /Adaptado pelo pesquisador

Os métodos contraceptivos mais conhecidos pelas adolescentes foram citados a camisinha masculina e a pílula anticoncepcional. São esses também os métodos mais utilizados durante a sua vida sexual (tabela 7).

Tabela 7

Distribuição das adolescentes, segundo os métodos contraceptivos utilizado durante a sua vida sexual:

Método contraceptivo Quantidade de adolescentes % do total pesquisado

Preservativo masculino 5 41,66

Pílula anticoncepção 1 8,34

Ambos (acima) 6 50,0

Outros 0 0,00

Nenhum método 0 0,00

Total 12 100,00

A tabela 08 mostra a respeito do uso de métodos contraceptivos quando engravidaram, 83% responderam que não estavam usando, isso porque a maioria delas desejava a gestação (09), evidenciado nas respostas das mesmas quando perguntado se a gravidez foi planejada. Quanto às adolescentes que não usavam nenhum método contraceptivo e não queriam engravidar as respostas obtidas foram: “porque não gosta” ou porque a pílula “faz mal”.

(33)

As duas adolescentes que responderam estar usando, alegaram que muitas vezes esqueciam de tomar a pílula, ou tomavam em horários diferentes e não usavam a camisinha masculina em todas as relações sexuais, sendo que, uma adolescente assumiu ter medo da camisinha ficar dentro dela. Com isso podemos observar a falta de conhecimento em relação ao uso correto dos métodos contraceptivos e dos seus benefícios. Mas, talvez essa atitude nos revele o desejo escondido de uma gravidez, neste sentido, não buscam conhecer a respeito dos métodos e o seu uso correto, mostrando a despreocupação se ocorrer a gravidez.

Em estudo realizado pela Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil – BEMFAM citado por Cabral (2003), sobre o comportamento sexual e reprodutivo de jovens brasileiros, a totalidade dos entrevistados "conhecia" algum tipo de método contraceptivo e pelo menos uma vez algum método já havia sido utilizado pela maioria. No entanto, essa pesquisa mostrou certo limite de seus dados, pois o "nível de conhecimento" descrito está relacionado ao simplesmente "ter ouvido falar" dos métodos, sem detalhar questionamentos quanto ao uso adequado. Isso também ocorreu nessa pesquisa algumas das adolescentes entrevistadas alegaram “só ter ouvido falar” de alguns métodos contraceptivos entre eles está a camisinha feminina, o anticoncepcional injetável, a pílula de emergência e o DIU.

Tabela 8

Distribuição das adolescentes, quanto ao uso de método contraceptivo quando engravidou:

Utilizava método contraceptivo Quantidade % do total

Sim 2 16,67

Não 10 83,33

Total 12 100,00

Quando perguntado a respeito do número de gestações a maioria responderam que era a primeira vez, duas responderam duas vezes e uma três vezes. A adolescente que esteve grávida três vezes tem histórico de um aborto. A idade menor da ocorrência da primeira gravidez foi de quinze anos, e a de maior freqüência Apresentado na tabela 9.

(34)

Tabela 9

Distribuição de adolescentes segundo o número de gestações, idade da primeira gestação, numero de filhos e abortos.

Adolescentes gestantes Quantidade de gestações Idade da primeira gravidez Quantidade de filhos Quantidade de abortos

G1 1 16 0 0

G2 1 16 0 0

G3 1 17 0 0

G4 2 17 0 1

G5 1 16 0 0

G6 1 17 0 0

G7 3 16 1 1

G8 1 16 0 0

G09 1 16 0 0

G10 2 16 1 0

G11 1 15 0 0

G12 1 18 0 0

A respeito da questão do planejamento e do desejo da gravidez, como já citado acima, a maioria desejou a gravidez, por isso não utilizavam nenhum método contraceptivo, porém nenhuma delas adotaram as atividades de planejamento familiar para ajudar em uma gestação segura e saudável.

O principal motivo representado pelas adolescentes no desejo de engravidar, foi para constituir uma família, completar o ambiente familiar, haja vista que a maioria delas tem uma relação estável com um companheiro, e por considerarem um momento certo para ter filho, essas questões são evidenciadas nos relatos verbais das jovens:

‘’Porque já estou há um tempo casada” (G01).

“Porque acho que to na idade certa pra engravidar, prefiro ter filho agora enquanto to nova”. (G02).

“Porque sinto falta de um filho”. (G04). “Para ocupar mais meu tempo”. (G11).

(35)

2.2 PROPORÇÃO DE GESTANTES ADOLESCENTES E NÃO ADOLESCENTES: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA

Cálculo de proporção

Proporção= Número total de eventos x 100 Número total

O número total de eventos é a quantidade de adolescentes grávidas no ano de 2009 e numero total é o total de gestantes adolescentes e não adolescentes no ano de 2009.

Proporção= 19 x 100 54

Proporção= 0,3518 x 100

Proporção = 35,18

35,18%, do total de gestantes atendidas durante o ano de 2009, eram adolescentes.

Se comparado ao resultado de uma pesquisa realizada por Lima et al (2007), onde 38% eram adolescentes, podemos perceber que houve uma pequena queda no percentual. Porém, importante ressaltar que o número apresentado em 2009, nos atendimentos da USF do Jardim presidente está acima da média nacional. No Brasil a porcentagem de gravidez na adolescência varia de serviço para serviço, estima-se que de 20% a 25% do total de mulheres gestantes sejam adolescentes, apontando que há uma gestante adolescente em cada cinco mulheres (Santos Júnior apud Lima et al, 1999, p.5).

2.3 DO SONHO À REALIDADE: UMA ANÁLISE QUALITATIVA

(36)

de descrever os principais motivos que levam essas adolescentes a engravidarem precocemente e quais as conseqüências que elas enfrentaram com este fato.

2.31 Caracterização dos sujeitos:

Iremos aqui definir as mulheres como M1, M2, M3 e M4. Para a entrevista utilizou-se um roteiro de perguntas utilizou-semi-estruturado.

M1: 19 anos, solteira, tem um filho de 2 anos e está grávida de 4 meses. Estudou até a sexta série do ensino fundamental.

M2: 21 anos, solteira, tem dois filhos um de quatro anos e outro de 1 ano. Estudou até a sexta série do ensino fundamental.

M3: 17 anos, casada, tem um filho de 11 meses. Estudou até o primeiro ano do ensino médio.

M4: 18 anos, solteira, tem dois filhos um de cinco anos e o outro de dois anos. Estudou até a sexta série do ensino fundamental.

2.3.2 Planejamento da gravidez: todas responderam que não planejaram a gravidez.

2.3.3 Fatores contribuintes para a gravidez precoce:

M1: não tinha informação em casa, conversa com os pais sobre sexo, gravidez e prevenção. “... minha mãe não conversava com a gente sobre isso...”.

M2: não tinha medo de engravidar, pensava que não iria acontecer com ela, e por isso usava camisinha só às vezes.

M3: não tinha medo de engravidar, se ocorresse a gravidez era bem vinda, por isso não tomava anticoncepcional oral, tomava seguidamente pílula de emergência.

M4: não tinha informação em casa, só tinha 13 anos quando engravidou, se considerava inocente e não tinha conhecimento sobre nada.

(37)

pensarem que seus filhos estão “muito novos” e ainda não esteja na hora de falar sobre esse assunto, desconhecendo sobre a vida sexual dos filhos.

2.3.4 Visão da maternidade antes e depois de ter filho e as mudanças que ela trouxe para a vida:

M1: ”... pra mim era cuidar de boneca...” achava que era fácil e tranqüilo, pensava que o único trabalho era o de trocar fraldas. E agora vê o trabalho e a responsabilidade que é ter um filho, dificuldade financeira, é sozinha, o pai da criança não ajuda na criação do filho. Com a segunda gravidez, então ficou mais difícil. Não pode nem ir trabalhar.

M2: “... ah, era normal...” diz que queria casar e ter filhos “mais tarde”. Agora viu a responsabilidade que é ter um filho. Antes “tinha liberdade”, podia sair, se divertir, agora não pode mais. Os pais das crianças não ajudam na criação deles. O pai do primeiro filho morreu e o do segundo filho nunca assumiu a criança. Na segunda gestação estava fazendo o uso de pílula anticoncepcional. Pensou em abortar, mas desistiu da idéia.

M3: sempre quis casar e ter filhos, não pensava que dava tanto trabalho. Mas “... dá trabalho...”. Parou de estudar por que agora tem que “cuidar da neném”. pensou em abortar, mas o namorado não apoiou, por isso, depois ficou feliz “...ia comprar roupinhas e depois ficava olhando”.

M4: nem pensava no que era ter um filho, pois era muito nova pra pensar nisso. Foi muito difícil pra ela aceitar a gravidez sendo tão jovem. Parou de estudar, a situação ficou muito difícil “... só tinha o filho, não tinha estudo...” deixou os sonhos e os planos para cuidar do filho.

2.3.5 O sonho de ser mãe continua:

M1: diz ter sido bom ser mãe, que apesar de tudo não se arrepende, que a mulher só é completa quando se torna mãe, só a segunda gravidez que está sendo mais difícil.

M2: não. Não queria ser mãe.

M3: gosta de ser mãe, cuidar da casa e do marido, mas não que ter mais filhos, porque é difícil de cuidar.

(38)

Diante desses relatos, se evidencia entre essas jovens a falta de consciência do que é ser mãe em seu aspecto de complexidade, percebemos isso nitidamente na resposta “brincar de boneca”. Antes de ter um filho as adolescentes não compreendem as responsabilidades, deveres e dificuldades que uma gravidez traz para a vida de uma mulher. E essa inconsciência aliada à falta de informação, principalmente dentro de casa, que significa a base para as nossas vidas, resulta em gravidez precoce em um ambiente desestruturado emocional e financeiramente.

A respeito do sonho realizado, apenas uma jovem afirma estar feliz e gostar de ser dona de casa e cuidar do marido. Isso porque para essa jovem o sonho continua, pelo fato da relação ter continuado, renda familiar mais alta que as das demais jovens, garantido uma tranqüilidade quanto ao seu futuro a do seu filho.

Enquanto que para as outras jovens o sonho não foi concretizado, pois foram abandonadas por seus parceiros logo após o nascimento do filho, vivem em situação de pobreza, logo entraram em uma nova relação que também resultou em gravidez e terminou. Isso tudo traz frustrações as jovens, instabilidades emocionais e uma incerteza quanto ao futuro de seus filhos e do seu próprio futuro, causando na maioria das vezes certo arrependimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

(39)

está se constituindo num mecanismo de pressão que a mulher pode exercer sobre o homem no sentido de induzir a uma união ou reestruturar uma união já existente”. Na pesquisa de Montardo, (2004) realizada no RS, mostra um resultado semelhante ao dessa pesquisa, onde as adolescentes também desejavam a gravidez, sendo que nem sempre ela é percebida como um problema, que muitas meninas referem-se a gravidez como um fator de felicidade e recebem apoio de seus familiares.

De acordo com Belo e Silva (2004), a gestação entre adolescentes nem sempre é fato inconseqüente ou desastroso, principalmente quando ocorre em faixas superiores da adolescência, entre 17 e 19 anos. Em alguns casos, pode ser resultado de planejamento prévio consciente e decorrente de vida afetiva estável. Embora no início o impacto da gravidez indesejada e não planejada seja doloroso, com o passar do tempo a gravidez é aceita e passa a ser referida como realmente desejada.

Diante dos dados coletados nessa pesquisa nos permite afirmar que a gestação na adolescência está longe de significar um problema para as adolescentes e se insere no projeto de vida onde a convivência conjugal e a maternidade são fatos essenciais em suas vidas.

Contudo, ao referir-se a maternidade pós-gravidez percebemos que existe como principal fator contribuinte na adolescência, a falta de consciência das jovens a respeito do significado de ser mãe, do conhecimento sobre responsabilidades e deveres, que agora obrigam elas a adquirirem. Essas jovens desejam ter filhos, constituir uma família, assegurar o relacionamento, porém não possuem estrutura familiar, econômica e psicológica para assumir tal responsabilidade e garantir a essa criança uma estrutura familiar diferente daquelas que tiveram, continuando um ciclo. Associado á isso está também a falta de informação especialmente aquela vinda da família, esse é o principal fator apontado por estudiosos. Fazendo-se necessária a participação da família no trato das questões sexuais e reprodutivas.

(40)

Acredito que dessa forma poderia se minimizar o problema da gravidez na adolescência no Jardim Presidente e ainda podendo servir de exemplo para demais comunidades.

No entanto esse estudo científico possui suas limitações quanto a abordagem da temática, deixando lacunas as quais não tínhamos a pretensão de preencher. Portanto espera-se que esespera-se trabalho possa contribuir para os debates dessa temática, aprofundando os conhecimentos entre profissionais da área da educação, da saúde e demais interessados.

(41)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, Tânia Margareth Bancarelo. O discurso (psico) pedagógico sobre a adolescência: análise dos impasses docentes provocados pela teorização da adolescência. 2007. 150p. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-31052007-104141/.. Acesso em: 09 ago. 2009.

AMARAL, Marta Araújo; FONSECA, Rosa M. G. Serpa da. Entre o desejo e o medo: as representações sociais das adolescentes acerca da iniciação sexual. Relato de pesquisa. Revista da escola de enfermagem da USP, São Paulo, vol. 40 n4, 2006. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S008062342006000400004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 23 set. 2009.

BARALDI, Ana Cyntia Paulin; DAUD, Zaira Prado; ALMEIDA, Ana Maria de; GOMES, Flavia Azevedo; NAKANO, Ana Márcia Spanó Nakano. Gravidez na adolescência: estudo comparativo das usuárias das maternidades públicas e privadas. Rev. Latino Americana de Enfermagem. vol.15. Ribeirão Preto-SP. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-11692007000700014&script=sci_arttext&tlng=p. Acesso em 19 maio 20

BAYER SCHERING PHARMA AG. História da anticoncepção. Disponível em <http://www.bayerscheringpharma.com.br/site/jovens/controledefertilidade/metodoscontracep tivos/brevehistoriadaanticoncepcao.fss>. Acesso em: 12 maio 2010.

BELO, Márcio Alves Vieira; SILVA, João Luiz Pinto e. Conhecimento, atitude e prática sobre métodos anticoncepcionais entre adolescentes gestantes. Revista Saúde Pública, São Paulo, vol.38 n.4, 2004. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v38n4/21075.pdf. Acesso em 09 ago. 2009.

BERLOFI, Luciana Mendes. et. al. Prevenção da reincidência de gravidez em adolescentes: efeitos de um Programa de Planejamento Familiar. Acta Paulista de Enfermagem, v.19, n.2. São Paulo: 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0103-21002006000200011&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 12 fev. 2010.

BORGES, Ana Luiza Vilela; LATORRE, Maria do Rosário de Oliveira; SCHOR, Néia. Fatores Associados ao Início da Vida Sexual de Adolescentes Matriculados em uma Unidade de Saúde da Família da Zona Leste do Município de São Paulo, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 7, 2007. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/csp/v23n7/09.pdf. . Acesso em 25 set. 2009.

(42)

Rio de Janeiro, v. 23, n.1, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000100024&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 25 set. 2009.

BORGES, Ana Luiza Vilela; SCHOR, Néia. Início da vida sexual na adolescência e relações de gênero: um estudo transversal em São Paulo, Brasil, 2002. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.21, n.2, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0102-311X2005000200016&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 25 set. 2009.

BORGES, Ana Luiza Vilela; SCHOR, Néia. Trajetórias afetivo-amorosas e perfil reprodutivo de mulheres adolescentes residentes no Município de São Paulo. Revista Brasileira de Saúde Materna Infantil, Recife, v.5, n.2, 2005. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S151938292005000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 06 ago. 2009.

BORGES, Ana Luiza Vilela. Adolescência e vida sexual: análise do início da vida sexual de adolescentes residentes na zona leste do município de São Paulo. 2004. Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Saúde Pública para obtenção do título de Doutor. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. Disponível em <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-15042005-112703/>. Acesso em: 21 jun. 2010.

BORGES, Ana Luiza Vilela; NICHIATA, Lúcia Yasuko Izumi; SCHOR, Néia. Conversando sobre sexo: a rede sociofamiliar como base de promoção da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.14, n.3, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692006000300017&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 06 ago. 2009.

BORGES, Ana Luiza Vilela; FUJIMORE, Elizabeth. (orgs). Enfermagem e a saúde do adolescente na atenção básica. Série Enfermagem. Barueri/SP: Manole, 2009.

BOTH, Sérgio José (Coord.). Metodologia da Pesquisa Científica: teoria e prática ou prática à teoria. Tangará da Serra: Ed. Sanches, 2007.

BRANDÃO, Elaine Reis; HEILBORN, Maria Luiza. Sexualidade e gravidez na adolescência entre jovens de camadas médias do Rio de Janeiro, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.22 n.7, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006000700007&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 09 ago. 2009.

BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Planejamento Familiar: para agentes comunitários de saúde. [S.i.], [S.ed], [S. d].

BRASIL, Ministério da Saúde. Curso Básico de vigilância Epidemiológica. Secretaria de vigilância em saúde. 1 Ed, módulo II, unidade I. Brasília ago., 2003.

(43)

BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde integral de adolescentes e jovens: orientações para a organização de serviços de saúde. Secretaria de Atenção à Saúde– Brasília: (Série A. Normas e Manuais Técnicos).Ed. do Ministério da Saúde, 2005. 44p.

BRASIL, Ministério da Saúde. Programa de Saúde do Adolescente. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Departamento Nacional de Programas de Saúde. Divisão de Saúde materno Infantil. Módulo de sensibilização. Brasília, jan.1991. Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_13.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2010

BRASIL, Ministério da Saúde. Normas de Atenção à Saúde Integral de Adolescente.

Secretaria de Assistência à Saúde – SAS. Departamento de Assistência e Promoção à Saúde – DAPS. Coordenação Materno-Infantil – COMIN. Serviço de Assistência à Saúde do Adolescente – SASAD. – v.I. 1993. 48p. Disponível em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_11.pdf>. Acesso em 21 jan. 2010.

BRASIL, Ministério da Saúde. Estatuto da Criança e do Adolescente. 3ªed. Série E Legislação de Saúde. Brasília: Ed. do Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL, Ministério da Saúde. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília, 2006.

CABRAL, Cristiane S. Contracepção e gravidez na adolescência na perspectiva de jovens pais de uma comunidade favelada do Rio de Janeiro. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.19, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0102-311X2003000800010&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 06 ago. 2009.

CHALEM, Elisa; et al. Gravidez na Adolescência: perfil sócio-demográfico e comportamental de uma população da periferia de São Paulo, Brasil. Caderno de Saúde Publica, Rio de Janeiro, v. 23 n1, 2007. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000100019&lng=pt&nrm=iso/>. Acesso em 09 ago. 2009.

COATES, Verônica. História brasileira da medicina do adolescente: comemorando 10 anos da ASBRA. Adolescente latinoamericana. v.1, n.4. Porto Alegre/RS, 1999. Disponível em:<http://www.raladolec.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S141471301999000100010&lng=es&nrm=iso>. ISSN 1414-7130. Acesso em 21 fev. 2010.

CRESCE o número de adolescentes gestantes em Tangará. Diário da Serra. Tangará da Serra, 08 de out. de 1999, p.06.

DIAS, Acácia Batista; AQUINO, Estela M. L. Maternidade e paternidade na adolescência: algumas constatações em três cidades do Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.22, n.7, jul. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?

(44)

script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006000700009&lng=pt&nrm=iso.Acesso em 09 ago. 2009.

DIAS, Ana Cristina Garcia; GOMES, William B. Conversas, em família, sobre sexualidade e gravidez na adolescência: percepção das jovens gestantes. Psicol. Reflex. Crit. v.13, n.1. Porto Alegre/RS, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0102-79722000000100013&lng=pt&nrm=iso.Acesso em 01 abr. 2009.

DIB, Silvia cristina Souza. Contracepção na adolescência: conhecimento sobre métodos anticoncepcionais entre alunos de escolas públicas municipais de Ribeirão Preto, SP. 2007. 137p. Dissertação (Mestrado em Saúde na Comunidade). Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

DOMINGUES, Jr JS. Fatores etiológicos relacionados à gravidez na adolescência: vulnerabilidade à maternidade. In: Schor N, Motta MSFT, Branco VC, org. Cadernos Juventude, Saúde e Desenvolvimento Vol I. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde; 1999. 223 p.

DORETO, Daniella Tech. Estudo do conhecimento de métodos anticoncepcionais entre adolescentes de uma área de um programa de Saúde da Família de Ribeirão Preto-SP. 2006, p152. Dissertação (Mestrado em Saúde na Comunidade). Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

FERNANDES, Elizabeth Cordeiro. Política de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes e Jovens – PROSAD. Disponível em <http://www.artigonal.com/ensino-superior-

artigos/politica-de-atencao-integral-a-saude-dos-adolescentes-e-jovens-prosad-1054873.html>. Acesso em 05 maio 2010.

GODINHO, Roselí Aparecida; et al. Adolescentes e grávidas: onde buscam apoio? Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto , v.8, n.2. abr. 2000. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692000000200005&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 04 nov. 2009.

GÜNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: essa é a questão. Universidade de Brasília. Maio-agosto de 2006, p201-210.

GURGEL, Maria Glêdes Ibiapina. Prevenção da gravidez na adolescência: atuação da enfermeira na perspectiva da promoção as saúde. 2008. 116p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem), Universidade Federal do Ceará, Ceará, 2008. Disponível e: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp077005.pdf. Acesso em 26 ago. 2009.

LAGE, Angela Maria Drumond. Vivências da gravidez de adolescentes. 2008. 119p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem), Escola de Enfermagem, Universidade Federal de MENA, Fernanda. Mães repetentes. Folha de São Paulo. Departamento de Comunicação e Marketing Institucional- Universidade Federal de São Paulo. Disponível em: http://dgi.unifesp.br/comunicacao/noticias.php?cod=3595. Acesso em: 19 maio 2010.

Imagem

Gráfico 1

Referências

Documentos relacionados

Entre cinco jovens que engravidaram na adolescência, uma engravida novamente, sem planejamento, o que demonstra que nem mesmo a vivência da gestação e suas

O caráter multidisciplinar vislumbrado neste estudo, objetivo também presente no espírito dos idealizadores e realizadores deste Mestrado 1 (SPPG/UCSAL), embasou a opção e

O diafragma não atrapalha a relação sexual, pois, em geral, homens e mulheres nem notam a sua presença; não faz mal à saúde, nem interfere no ciclo menstrual; protege o colo do

-Solicitar para os alunos que procurem informações junto a secretaria municipal de saúde sobre dados do município em relação a questão da gravidez na adolescência: Há

Com base no exposto, este estudo propõe identificar na literatura científica, possíveis ações a serem desenvolvidas pela ESF de Fonte Grande - Conselheiro

A idade na qual se dá início à atividade sexual, no período da adolescência, encontra-se cada vez mais precoce; o tempo aproximado entre o início das relações sexuais de uma

Esse trabalho não deu continuidade em virtude da desistência pela mãe da paciente na psicoterapia, que ao perceber o vínculo estabelecido entre a terapeuta-paciente não

Como consequência da falta de melhores políticas públicas voltadas às classes mais carentes, esse tipo de gravidez é, entre outros âmbitos, desdobramento da questão social,