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MASTOCITOMA CANINO - ESTUDO RETROSPECTIVO DE 25 CASOS CANINE MASTOCYTOMA - RETROSPECTIVE OF 25 CASESCamila de Castro NEVES; Celso Sanches BRACCIALLI; Alessandre HATAKA; Marcus Antonio Rossi FELICIANO.

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Academic year: 2020

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Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.

CANINE MASTOCYTOMA – RETROSPECTIVE STUDY OF 25 CASES

Camila de Castro NEVES1, Celso Sanches BRACCIALLI 2, Alessandre HATAKA 3, Marcus Antonio Rossi FELICIANO 4

1Professora Doutora de Cirurgia Veterinária da UNESP/Jaboticabal, SP. 2 Médico Veterinário Autônomo.

3Professor de Patologia Animal da UNIMAR, SP.

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Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.

RESUMO

O mastocitoma é um dos principais tumores cutâneos de cães e gatos sendo caracterizada pela proliferação de mastócitos tumorais, o objetivo deste trabalho foi realizar o estudo retrospectivo de 25 casos de mastocitoma canino, avaliando fatores predisponentes como raça, sexo e idade, características da neoplasia e prognóstico clínico dos cães portadores. Para o estudo retrospectivo de 25 casos caninos avaliou-se a freqüência de fatores predisponentes como sexo, idade e raça, as características histopatológicas em relação ao grau da neoplasia, instituição do tratamento e taxa de sobrevida dos animais. Concluiu-se no presente estudo retrospectivo que animais com mastocitoma canino não apresentam predisposição á doença quanto ao sexo e idade. Para o fator racial, observou-se que os cães Boxer são mais acometidos pela neoplasia. Pôde-se verificar que a localização dos nódulos apresentou-se com maior freqüência em membros posteriores e que para cães com mastocitoma grau I e tratados observou-se maior taxa de sobrevida.

Palavras- chave: cães, mastocitoma, prognóstico, taxa de sobrevida. ABSTRACT

The mast is one of the main tumors of dogs and cats is characterized by the proliferation of mast cell tumor, the goal of this study was a retrospective study of 25 cases of canine mast cell tumor, assessing risk factors such as race, gender and age characteristics of the tumor and of dogs with clinical prognosis. For the retrospective study of 25 canine cases evaluated the frequency of predisposing factors such as gender, age and race, the histopathological characteristics in relation to the degree of malignancy, the institution of treatment and survival rate of animals. It was concluded that in this retrospective study animals with canine mastocytoma not predisposed to the disease by sex and age. For the race factor, it was observed that Boxer dogs are more affected by cancer. It was verified that the location of the nodules showed up most frequently in hindlimbs and for dogs with mast cell tumors treated grade I and there was a higher survival rate.

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Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br. O mastocitoma é uma neoplasia caracterizada pela proliferação de mastócitos tumorais, sendo um dos principais tumores cutâneos de cães e gatos (MCCAW et al., 1997, FURLANI, et al., 2008).

A apresentação clínica dessa neoplasia está associada principalmente com nódulos e ulcerações cutâneas, edema, linfoadenomegalia e alterações gastroduodenais. Os sinais clínicos incluem anorexia, vômito, diarréia e melena, dependendo da localização e tamanho da neoplasia bem como as complicações secundárias á síndrome paraneoplásica (CUNHA et al., 2002)

A fisiopatogenia do mastocitoma está relacionada com a secreção de histamina, serotonina, heparina, fator quimiotáxico para eosinófilos e enzimas proteolíticas encontradas dentro de grânulos intracitoplasmáticos em células neoplásicas (MERLO, 2003).

O prognóstico para essa neoplasia depende do grau da neoplasia, fatores predisponentes e os sinais clínicos apresentados pelo animal, tornando-se importante a avaliação dessa característica e sua associação com outros fatores envolvidos na evolução da neoplasia. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar o estudo retrospectivo de 25 casos de mastocitoma canino, avaliando fatores predisponentes como raça, sexo e idade, características da neoplasia e prognóstico clínico dos cães portadores.

MATERIAL E MÉTODOS ANIMAIS

Foram utilizados 25 cães de ambos os sexos e de várias idades e raças, atendidos na Clínica Veterinária Dr. Vicente Borelli juntamente ao serviço de Patologia Animal da Universidade de Marília a UNIMAR – São Paulo, no período de 1998 a 2003.

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Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.

DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

A sistematização da colheita de dados para esse estudo foi obtida a partir de um protocolo, que consistiu em quatro partes: 1) informações a respeito da identificação dos proprietários e animais, como nome, endereço e telefone do proprietário, data de atendimento, registro hospitalar do paciente, idade, raça, sexo e peso; 2) mapeamento das lesões tumorais como tamanho e consistência da massa; 3) data de colheita do material, o registro do exame citológico e o laudo histopatológico; 4) tipo de tratamento, cirúrgico, quimioterápico, cirúrgico e quimioterápico e animais não tratados.

EXAME HISTOPATOLÓGICO

O diagnóstico dos mastocitomas e o grau da neoplasia foram obtidos por meio de CAAF (citologia aspirativa por agulha fina). O material coletado, em quatro lâminas para microscopia direta, foi fixado em metanol por cinco minutos sendo posteriormente corado em Giemsa. A classificação morfológica dos graus dos mastocimas foi realizada de acordo com Misdrop et al. (1999): Grau I: a morfologia das células neoplásicas era semelhante aos mastócitos normais, com grande quantidade de grânulos no citoplasma, presença de eosinófilos e pouca atipia celular; Grau II: células com diminuição na quantidade de grânulos intracitoplasmáticos, ausência de eosinófilos no fundo da lâmina, alteração da relação núcleo-citoplasma e células com atipia mais evidente;

Grau III: as células tinham pouco ou nenhum grânulo no citoplasma, alteração da

relação núcleo-citoplasma, morfologia nuclear alterada, presença de células binucleadas ou multinucleadas e células anaplásicas. A presença de células binucleadas e/ou multinucleadas classificava o mastocitoma como grau III independente da presença de grânulos no citoplasma.

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Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br. O acompanhamento da evolução clínica dos pacientes foi realizado por meio de retornos médicos veterinários e por meio do contato telefônico com os proprietários, com o intuito de estabelecer um prognóstico adequado juntamente com o questionamento em relação ao tempo de sobrevivência dos animais.

Os proprietários foram questionados sobre condições gerais dos animais e a ocorrência de óbitos. Quando o animal ainda encontrava-se vivo, questionou-se aos proprietários sobre a qualidade de vida do paciente, presença de recidiva tumoral após tratamento e, caso o animal não havia sido tratado, qual era o aspecto visual da neoplasia após atendimento clínico.

Em casos de óbito, calculou-se o período entre o diagnóstico clínico e o primeiro contato com o proprietário, calculando o tempo de sobrevida do animal.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em relação ao sexo dos animais estudados, observou-se freqüência de 52% de machos e 48% fêmeas, corroborando com os resultados encontrados Lemarié et al. (1995). Para idade, os animais do presente estudo apresentavam de 2 anos à 15 anos, sendo que esses dados não foram representativos, quando comparados com os achados de Davis et al. (1992) e Lemarié et al. (1995) que observaram idades de maior acometimento da doença entre 8 anos e meio.

Para raças observou-se a maior ocorrência em cães sem raça definida (SRD) (11 animais) e para as outras, a seguinte freqüência, Boxer (nove) Fox terrier (três), Pinscher (um) e Pastor Alemão (um). Em estudo realizado por Sueiro (2000) foi possível constatar que de 27 animais, as raças que a raça Boxer possui maior predisposição para ocorrência da doença. Pode-se comentar que no presente estudo, a maior ocorrência de mastocitoma em cães SRD é devido ao padrão populacional canino da região de Marília, o que difere de outras regiões onde a maior incidência é para cães de raça pura.

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Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br. Ao exame macroscópico das lesões neoplásicas verificou-se a presença de nodulações cutâneas de tamanhos variados. Quanto á localização das lesões cutâneas, oito animais apresentavam nódulos em membros posteriores, um cão com lesão em membro anterior, dois animais com nódulos em região torácica, três pacientes apresentaram a neoplasia no dorso, dois em região cervical, um em região perianal, quatro com lesão em bolsa escrotal, dois animais com tumores em linfonodos, uma cadela com neoplasia em vulva e um animal apresentou a lesão em região ocular. Esses achados contrariam a distribuição citada por Merlo (2003), pois para esse autor a freqüência da localização dos nódulos em cães foi de 50 % em tronco, 40 % em extremidades e 10 % em cabeça e extremidades. De outro modo, os resultados corroboram com Cunha et al. (2002) que observaram em estudo com 2587 cães que as localizações mais freqüentes são em membros posteriores (24,6%).

Ao avaliar os graus dos mastocitomas em cães do presente estudo, seis animais apresentavam grau I á classificação histopatológica, para grau II observou-se nove animais acometidos e 10 cães desenvolveram o grau III do mastocitoma. Patnaik et al. (1984) encontraram dados distintos do estudo apresentado, sendo que a prevalência de mastocitoma com grau I foi de 36%, 43% para grau II e 20% dos animais com grau III.

Para o tratamento dos animais estudados, foi possível observar que 16 animais receberam tratamento cirúrgico, 10 cães foram submetidos á quimioterapia, cinco animais receberam tratamento cirúrgico associado á quimioterapia e três cães não tiveram tratamento algum. Dentro do contexto para tratamento, cinco animais apresentaram recidiva clinica, sendo que sete animais foram eutanasiados.

A taxa média de sobrevida para os cães com mastocitoma grau I foi de 614.28 dias, grau II de 215.25 dias e grau III de 87 dias, sendo que os animais vivos também encontrava-se dentro desta média.

CONCLUSÕES

Pôde-se concluiu nesse estudo retrospectivo que animais com mastocitoma canino não apresentam predisposição á doença quanto ao sexo e idade. Para o fator racial, observou-se que os cães Boxer são mais acometidos pela neoplasia. Pôde-se

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Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br. posteriores e que para cães com mastocitoma grau I e tratados observa-se maior taxa de sobrevida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CUNHA, O.; COSTA, R.C.; MANDUCA, K.E.P.; et al. Mastocitoma em caninos e felinos. Nosso Clínico. v.25, p.16-26, 2002.

DAVIS, B. J.; PAGE, R.; SANNES, P.L.; et al. Cutaneous mastocytosis in a dog.

Veterinary Pathologic, v.29, p.363-365, 1992.

FURLANI, J.M.; DALECK, C.R.; VICENTI, F.A.M. et al. Mastocitoma Canino: Estudo Retrospectivo. Ciência Animal Brasileira. V. 9, n. 1, p. 242-250, jan./mar. 2008.

LEMARIÉ, J.R.; LEMARIÉ L.S.; HEDLUND S.C. Mastocitoma. Universidad Estatal de Louisiana. Compendium Continuing Education. v.17, n. 9, 1995.

MCCAW, D.L.; MILLER, M.A.; BERGMAN, P.J.; et al. Vincristine Therapy for Mast Cell Tumors in Dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine, v.11, n.6, p.375-378, 1997.

MERLO, E.M. Mastocitoma Cutáneo Canino: un reto para el veterinário. Disponível em: < http://www.google.com.br > Acesso em: 11 setembro de 2011.

MISDROP, W.; ELSE, R.W.; HELLMÉN, E.; et al. Histological classification of mammary tumors of the dog and the cat. In: World Health Organization

international histological classification of tumors of domestic animals 2ed. v.VII.

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Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br. American Registry of Pathology and the World Health Organization Collaborating Center for Worldwide Reference on Comparative Oncology, 1999.

PATNAIK, A.K.; EHLER, W.J.; MACEWEN, E.G. Canine Cutaneous Mast Cell Tumor: Morphologic Grading and Survival Time in 83 dogs. Department of Pathology and the Donaldson-Atwood Cancer Clinic. Veterinary Pathologic. v.21, p.469-474, 1984.

SUEIRO, F.A.R. Estudo histopatológico, ultra-estrutural e imunoistoquímico do mastocitoma canino. Jaboticabal, 2000. 70 f. Dissertação (Mestrado em Oncologia) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2000.

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