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Sequência Didática como uma nova estratégia de ensino nas aulas de ciências do Fundamental II

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698 REnCiMa, São Paulo, v. 11, n. 6, p. 698-715, out./dez. 2020 10.26843/rencima.v11i6.2671 eISSN 2179-426X

Recebido em 28/01/2020 / Aceito em 27/09/2020 / Publicado em 01/10/2020

Sequência Didática como uma nova estratégia de ensino nas aulas de

ciências do Fundamental II

Teaching Sequences as a new teaching strategy in schools of fundamental sciences II

Antônio Carlos dos Santos Júnior Faculdade Futura

E-mail: antoniocsjr@live.com http://orcid.org/0000- 0002-6825-482X

Resumo

O ensino de Ciências deve possibilitar a inserção de novas metodologias que venham a motivar e persuadir os estudantes a participarem ativamente das aulas, resultando em cidadãos capazes de compreender, intervir e transformar a realidade. Diante disto, este artigo apresenta as Sequências Didáticas (SD) como uma nova estratégia de ensino para as aulas de ciências, trazendo uma reflexão da teoria com a prática dessa área de ensino nas escolas. Assim, o presente trabalho tem como objetivo compreender os limites e as possibilidades do uso de Sequências Didáticas nas aulas de Ciências. Quanto à natureza da pesquisa, trata-se de uma abordagem qualitativa, de caráter explicativo. A coleta dos dados se deu pelo desenvolvimento da Sequência Didática, em que foram registradas no caderno de campo as descrições e as análises da aplicação. Os resultados obtidos mostram que a utilização de Sequências Didáticas torna o ensino de Ciências mais simples e significante, estimulando a participação e a motivação do aluno. Contudo, várias problemáticas provenientes do modelo tradicional de ensino, as quais os alunos estão habituados, precisam ser sanadas para que aconteça uma aprendizagem satisfatória. Palavras-chave: Ensino de Ciências. Práticas de Ensino. Sequências Didáticas.

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699 REnCiMa, São Paulo, v. 11, n. 6, p. 698-715, out./dez. 2020 Abstract

Science teaching should enable the insertion of new methodologies that will motivate and persuade students to actively participate in classes, resulting in citizens capable of understanding, intervening and transforming reality. Given this, this article presents the Didactic Sequences (SD) as a new teaching strategy for science classes, bringing a reflection of theory with the practice of this teaching area in schools. Thus, this paper aims to understand the limits and possibilities of using Didactic Sequences in Science classes. As for the nature of the research, it is a qualitative approach, with an explanatory handle. Data collection took place through the development of the Didactic Sequence, where the

application descriptions and analyzes were recorded in the field notebook. The results obtained show that the use of Didactic Sequences makes science teaching simpler and more meaningful, stimulating student participation and motivation. However, several problems arising from the traditional teaching model, and which students are used to, need to be addressed, so that a satisfactory learning can take place.

Keywords: Science Teaching. Teaching Practices. Didactic Sequences.

Introdução

A prática tradicional no ensino de Ciências é ainda vastamente utilizada por muitos professores nas escolas de Ensino Fundamental, fato que dificulta o processo de aprendizagem, constituindo um grande desafio para tornar a disciplina prazerosa e instigante. Inseridas nesse contexto, as Sequências Didáticas são desenvolvidas a fim de possibilitar o entendimento dos conteúdos, promovendo, por meio de diferentes estratégias de ensino, a aprendizagem.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) destinado a Ciências da Natureza apontam a exigência da inovação ampliando as interfaces entre essa ciência, os processos e os produtos tecnológicos e as questões de âmbito social e caráter político, ético e moral. Bem como, exigem do professor possibilidades de realizar ensino ativo, desafiador e atualizado que possa permitir o diálogo, como também encontrar respostas e incentivos capazes de envolver e de colocar os alunos em interação social e cognitiva.

A priori, a prática de ensino de ciências vem sendo desenvolvida por meio de métodos ultrapassados e de procedimentos repetitivos, desvinculados do objetivo principal da disciplina, que seria formar alunos críticos, conscientes e embasados para melhor compreender o comportamento e os fenômenos da sociedade atual.

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É essencial que as aulas de ciências sejam realizadas em atividades variadas que requeiram o aprendizado, evitando que as fragilidades e as carências se tornem empecilhos para uma excelente efetivação. Sendo interessantes atividades de participação oral (debates, dramatizações, entrevistas, exposições), de experimentação, de observação e de reflexão. Diante destas colocações, surge o seguinte questionamento: O uso de Sequências Didáticas torna o ensino de Ciências mais eficaz?

À vista disto, tem-se como objetivo geral compreender os limites e as possibilidades do uso de Sequências Didáticas nas aulas de Ciências. Quanto aos objetivos específicos, buscou-se: Investigar as dificuldades e falhas no ensino de ciências; averiguar as metodologias e os recursos utilizados neste componente curricular; e analisar os resultados da experiência do trabalho com sequências didáticas, refletindo todo o processo percorrido.

Este trabalho torna-se relevante por apresentar as Sequências Didáticas como uma metodologia de ensino significativa e inovadora para o ensino e aprendizagem de ciências, o que permitirá que professores e pesquisadores ressignifiquem suas concepções em torno das SD, passando a vê-las como método de trabalho eficiente, dinâmico e ativo.

Diante dos procedimentos metodológicos adotados, este trabalho é classificado por meio da pesquisa de campo, de natureza qualitativa e caráter explicativo, sendo definida por Gil (2008) como aquela capaz de identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Tal estudo foi desenvolvida em uma Escola Pública Municipal, na cidade de Tobias Barreto, estado de Sergipe.

O artigo apresenta-se dividido em três partes principais. Na primeira, o referencial teórico é organizado em dois subtópicos: Práticas de Ensino de Ciências, este fundamentado em Silva e Landim (2012) e Tavares (2013) que discorrem sobre os erros e acertos na utilização dos métodos de ensino, apontando a necessidade de associação entre a teoria e a prática no ensino de Ciências; o subtópico titulado Sequências Didáticas conceitua e caracteriza as SD embasadas em Zabala (2006) e Rôças e Leal (2008), assim as apresentam como um conjunto de atividades que facilitarão por meio de diferentes estratégias de ensino o processo de aprendizagem.

Na segunda parte, a dos procedimentos metodológicos, são descritos todos os aparatos adotados para a realização da pesquisa, desde a coleta dos dados à análise dos resultados. Na última parte, são apresentados os resultados obtidos, simultâneos às discussões que são feitas com base no já citado referencial teórico. Por fim, são abordadas breves considerações acerca do tema e da pesquisa em questão.

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701 REnCiMa, São Paulo, v. 11, n. 6, p. 698-715, out./dez. 2020 Práticas de Ensino de Ciências

O tradicionalismo no ensino de ciências continua sendo o principal método utilizado por professores nas escolas de Ensino Fundamental. Embora as leis educacionais apontem, diante da modernização tecnológica, a necessidade de intervenção da pesquisa e da tecnologia no ensino de ciências, este continua sendo fundamentado somente no livro didático.

O modelo de educação tradicionalista, segundo Possobom, Okada e Diniz (2003), trata o conhecimento como um conjunto de informações que são simplesmente passadas dos professores para os alunos, o que nem sempre resulta em aprendizado efetivo. Para Tavares (2013), um dos principais problemas do método tradicional de ensino é o distanciamento entre o que está sendo estudado e o cotidiano vivenciado pelo discente. Alves e Tatsch (2017) apontam a necessidade de uma formação geral do aluno que leve em consideração a visão histórica do conhecimento na construção da aprendizagem, numa perspectiva de fornecer uma visão crítica de mundo. Ainda nesse mesmo raciocínio, Sobrinho (2009) afirma que é imprescindível ter em mente a vontade de ensinar ou aprender, posto que a necessidade dessa aprendizagem deve ser vista pelo professor e, ao mesmo tempo, sentida pelo aluno como algo que seja útil em sua vida.

Assim, a prática de ensino de ciências deve permitir maior relação entre teoria e prática, sendo inseridos nesse processo outros recursos didáticos, tais como: os audiovisuais, os computacionais, as práticas no laboratório (quando houver) e na sala de aula, as atividades externas, os trabalhos em dupla ou grupo, as discussões em sala, entre outros. Esses recursos ou atividades devem ser frequentes e de modo a persuadir o aluno ao conhecimento científico, instigando, assim, a vontade de aprender mais e melhor, sem fugir do seu cotidiano.

Novos métodos e estratégias se fazem necessários para se efetivar o processo ensino-aprendizagem tendo o professor como mediador e o aluno como agente desse processo. Para Silva e Landim (2012), o grande responsável pela realização deste processo de aprendizagem efetiva é o docente. No entanto, ainda predomina uma formação acadêmica deficiente, que possibilita a ele competência e segurança em ministrar aulas práticas. Somadas a esta deficiência, estão as dificuldades estruturais (espaço físico, equipamentos apropriados etc.) encontradas nas escolas.

Diante dessa situação, Lopes (2001) destaca que o professor deve ser criativo, de espírito transformador, devendo sempre tentar inovar sua prática. Um dos caminhos para tal fim seria dinamizar as atividades desenvolvidas em sala de aula, quando se observa na maioria destas a utilização única do livro didático. Ao criticar o uso excessivo desse material, Kindel (2008, p. 1) argumenta: “Por mais bem escrito, fundamentado e bem ilustrado que um livro didático seja, jamais dará conta das múltiplas linguagens e explicações da ciência, de exemplos regionais e de diferentes interpretações sobre diversos eventos biológicos”.

Para Almeida e Carvalho (2015), o uso de recursos alternativos à aula puramente expositiva motiva o aluno e lhe permite aproximar os conteúdos da realidade vivenciada

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por cada um deles. Dessa forma, é possível mostrar, por meio de atividades experimentais, que os conteúdos fazem parte do dia a dia e necessitam de uma melhor reflexão e associação com o meio que os cerca.

Logo, são necessárias práticas pedagógicas que se proponham a ultrapassar a reprodução e a repetição do conhecimento. Os professores são desafiados a buscar metodologias de ensino cuja proposta esteja fundamentada numa aprendizagem pluralista que permita associar a teoria à prática, possibilitando condições de observações críticas, formular problemas e levantar hipóteses.

Sequências Didáticas

As Sequências Didáticas são planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa, reunidas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar e envolvem atividades de aprendizagem e avaliação, permitindo, assim, que o professor possa intervir nas atividades elaboradas e introduzir mudanças ou novas atividades para aperfeiçoar sua aula e torná-la facilitadora no processo da aprendizagem.

De acordo com Cascais e Téran (2014, p. 2), “a sequência didática constitui-se num método para o desenvolvimento de atividades de ensino e, dependendo da forma como é organizada, pode contribuir sobremaneira para a aprendizagem, seja no Ensino Fundamental ou em qualquer nível”, permitindo avaliar a pertinência ou não de cada uma das atividades, a necessidade de outras ou a ênfase que devemos lhes atribuir (MAROQUIO; PAIVA; FONSECA, 2015).

As sequências didáticas como esclarece Zabala (2006) podem ser consideradas como uma maneira de situar as atividades e não podem ser vistas apenas como um tipo de tarefa, mas como um critério que permite identificações e caracterizações preliminares na forma de ensinar. Assim, o ensino por meio das sequências didáticas possibilita a inserção de novas metodologias e a reestruturação da prática de ensino para que o processo de aprendizagem aconteça de forma dinâmica e significativa.

Nessa linha, Rôças e Leal (2008) explicam que a estrutura dos conteúdos, a escolha de um recurso didático e a estruturação de uma atividade são estratégias didáticas que podem auxiliar na prática docente. Portanto, as sequências didáticas permitem a transformação da prática de ensino, tornando o conteúdo mais compreensível e significante, despertando a curiosidade e o interesse em aprender ciências. “É preciso insistir que tudo quanto fazemos em aula, por menor que seja, incide em maior ou em menor grau na formação de nossos alunos” (ZABALA, 2006, p. 29). As sequências didáticas como recurso pedagógico permeiam a reflexão e a mediação, associando as estratégias utilizadas pelo professor para facilitar a aprendizagem do aluno.

O uso de sequências didáticas permite um novo olhar sobre a organização curricular com ênfase no ensino pautado em investigação por meio de condições reais do cotidiano, partindo de problematizações que levem o aluno a conferir o seu conhecimento prévio com o conhecimento apresentado no espaço de aprendizagem, levando-o a se

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apropriar de novos significados, novos métodos de investigação e a produzir novos produtos e processos (MAROQUIO; PAIVA; FONSECA, 2015).

Um bom planejamento supõe uma definição clara de objetivos a serem almejados e alcançados. Para Roçâs e Leal (2008), o desenvolvimento da sequência didática é abarcado por inúmeras etapas, considerando a discussão coletiva, motivação, exibições de vídeos, aulas expositivas, obter referenciais históricos e outros. No entanto, as sequências didáticas presumem um trabalho minucioso, de planejamento coeso entre a teoria estudada e a prática a ser realizada.

Segundo Guimarães e Giordan (2012), as sequências didáticas são uma importante ferramenta cultural de mediação na ação docente. Desse modo, espera-se que tal ferramenta esteja apta a potencializar a significação da realidade por parte do alunado, mediante interpretação fundamentada nos conhecimentos científicos que se procura desenvolver no processo de ensino-aprendizagem em ciências.

Procedimentos Metodológicos

Diante da metodologia adotada, é possível classificá-la como pesquisa de campo de caráter qualitativo, que é um método indutivo por excelência para entender por que o indivíduo age como age, pensa como pensa ou sente como sente, proporcionando a compreensão em fundo do contexto do problema (LUDKE; ANDRÉ, 2013).

Os sujeitos da pesquisa foram alunos do 7° Ano do Ensino Fundamental II, formado por 28 estudantes do turno vespertino da Escola Municipal de Ensino Fundamental Iraildes Padilha de Carvalho, localizada à Praça João Valeriano dos Santos, na cidade de Tobias Barreto - SE.

A fim de melhor desenvolver este trabalho, ele foi elaborado em quatro etapas. Na primeira, aconteceu a realização da pesquisa bibliográfica, através de levantamentos feitos em periódicos e banco de dados tais como: Google Acadêmico (http://scholar.google.com.br/) e SciELO (http://www.scielo.org/php/index.php), além da leitura de livros sobre os temas abordados.

A segunda etapa consistiu no diagnóstico e na amostragem do campo de pesquisa. Na terceira parte, aconteceu a coleta dos dados. Nesse processo, foi utilizado, como instrumento de coleta de dados, a aplicação da Sequência Didática que, de acordo com Motokane (2015), podem ser consideradas como ferramentas para a coleta de dados nas investigações em educação.

Na quarta etapa, ocorreu a análise dos dados que abrangeu os diagnósticos das descrições e das reflexões descritas no caderno de campo da Sequência Didática aplicada. Os dados foram organizados em quadros explicativos, contendo os planejamentos das atividades desenvolvidas, sendo analisados de acordo com os resultados obtidos e discutidos por autores que referenciam o presente trabalho.

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Resultados e Discussões

Para melhor compreensão dos resultados, apresenta-se uma análise dos dados obtidos a partir das atividades propostas de acordo com a Sequência Didática elaborada e organizada no quadro 1. Segundo Rôças e Leal (2008), ao iniciar a elaboração de uma Sequência Didática, vale atentar-se que elas são flexíveis e compostas por: tema, objetivo, justificativa, conteúdo, ano de escolaridade, tempo estimado para aula, número de aulas, materiais necessários, desenvolvimento, avaliação e outros que surjam.

Assim, a Sequência Didática foi aplicada em aulas de Ciências para uma turma de 7° ano. Para tal processo, foram utilizadas 5 aulas de 50min, sendo registradas no caderno de campo as reflexões da pesquisa durante a aplicação. O desenvolvimento da SD, os materiais utilizados e a avaliação são apresentados de acordo com as atividades realizadas que estão organizadas nos quadros 2, 3, 4, 5 e 6 na ordem em que foram aplicadas.

Quadro 1: Sequência Didática Tema: Vírus

Apresentação: Os vírus estão em todos os ambientes, sua origem é quase tão complexa como a origem da vida propriamente dita. Estudar os vírus é interessante ao aluno pelo fato de ele estar em contato direto com esses organismos. As doenças causadas por vírus são denominadas viroses, conhecer e entender algumas dessas doenças é primordial para o aluno, pois assim saberá maneiras de prevenção, bem como noções de transmissões e os processos que discorrem essas doenças.

Objetivo: Conhecer os vírus, suas características, sua estrutura, sua reprodução e as doenças causadas por eles.

Conteúdos: Conceituais:

 Averiguar os conhecimentos prévios dos alunos sobre vírus;

 Conceituar as características gerais dos vírus. Procedimentais:

 Observar a estrutura dos vírus;

 Analisar as diferenças entre a reprodução de um vírus de DNA com a reprodução de um vírus de RNA;

 Pesquisar as principais viroses existentes no cotidiano. Atitudinais:

 Compreender as viroses existentes a fim de refletir sobre a transmissão e prevenção dessas doenças.

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A Sequência Didática aqui apresentada foi elaborada e aplicada de acordo com as fundamentações de Zabala (2006) que, em relação à abordagem dos conteúdos, sugere três categorias: atitudinais, conceituais e procedimentais. De acordo com tal autor, os conteúdos atitudinais referem-se à formação de atitudes e valores em relação à informação recebida, visando à intervenção do aluno em sua realidade na concretização de ações, na reflexão sobre a própria atividade e no seu desenvolvimento em contextos diferenciados.

Os conteúdos conceituais referem-se à construção ativa de capacidades intelectuais para operar símbolos, imagens, ideias e representações que permitam organizar as realidades. Já os procedimentais referem-se ao conjunto de ações coordenadas para a realização de um objetivo. Para Zabala (2006), os conteúdos procedimentais são todos os conteúdos de aprendizagem que se enquadram na definição de ser um conjunto de ações ordenadas e dirigidas para um fim.

Para desenvolvimento da Sequência Didática em questão, as atividades foram divididas em três etapas. Na etapa 1, a dos conteúdos conceituais, foram desenvolvidas duas atividades: 1.1 e 1.2 realizadas durante a primeira aula e apresentadas a seguir nos quadros 2 e 3 respectivamente. Os conteúdos procedimentais constituíram a etapa 2 e foram desenvolvidos no decorrer de 3 aulas, atividades: 2.1, 2.2 e 2.3 expostas nos quadros 4, 5 e 6. O quadro 7 apresenta a atividade realizada na última aula e corresponde aos conteúdos atitudinais.

Quadro 2: Etapa 1- Atividade conceitual 1.1 ATIVIDADE 1.1

Tema: Vírus

Conteúdo

(conceituais): O que são vírus?

Objetivo: Averiguar os conhecimentos prévios dos alunos sobre os vírus.

Materiais utilizados:

Livro didático e marcador para quadro branco.

Metodologia:

-A atividade será iniciada instigando os conhecimentos prévios dos alunos sobre vírus;

-Lançar perguntas sobre o conteúdo de maneira reflexiva;

-Conceituar os vírus.

Avaliação: Mediante a participação dos alunos nas atividades propostas.

Fonte: Elaborado pelo Autor

Nesta primeira atividade, foi utilizado o método de Aprendizagem Baseada em Problemas- ABP, na qual foi lançada para os alunos uma questão problematizada: Os

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Vírus são agentes patogênicos que estão presentes no cotidiano, mas o que são vírus? Esta pergunta foi utilizada para instigar nos alunos o levantamento de conceitos a respeito do que são vírus, estimulando os educandos a levantarem hipóteses sobre a resolução desta questão.

Nesse contexto, os PCN (1996) aclaram que o objetivo do ensino de ciências da natureza passou a ser o de dar condições para o aluno identificar problemas a partir de observações sobre um fato, levantar hipóteses, testá-las, refutá-las e abandoná-las quando for o caso, incentivando desse modo seu senso crítico.

A pergunta problematizadora elaborada possibilitou investigar os conhecimentos prévios dos alunos para que o entendimento do conteúdo de fato aconteça. Segundo Zabala (2006), o núcleo central da aprendizagem de um novo conteúdo está na capacidade de utilizar e atualizar os conhecimentos prévios do estudante. De tal modo, Miras (2006) afirma que é graças aos conhecimentos prévios do aluno que este pode fazer uma leitura inicial do novo conteúdo, atribuindo-lhe um primeiro nível de significado para então iniciar seu processo de aprendizagem.

Assim, foi possível compreender que a exploração dos conhecimentos prévios é essencial para alcançar os objetivos traçados na SD, como também no processo de aprendizagem, pois possibilita maior entendimento tanto para o aluno como para o professor. Para Miras (2006), os conhecimentos prévios extraídos são de grande importância para o professor, pois, conhecendo as concepções dos alunos, ele poderá elaborar metodologias didáticas mais eficazes. No entanto, mesmo que os conhecimentos prévios sejam de fundamental importância, observou-se que, durante sua investigação, não houve uma participação ativa dos alunos. Essa baixa participação pode estar associada ao medo ou vergonha de expressar suas opiniões.

Mesmo utilizando o livro didático apenas como complemento da atividade lançada, foi possível observar que os estudantes estão acostumados apenas com este recurso didático. Assim, o livro é o único meio de extrair conhecimentos, sendo utilizado apenas para ler e responder às atividades propostas nele.

O objetivo proposto nesta atividade resultou em um dos mais difíceis a ser alcançado no desenvolvimento da Sequência Didática trabalhada. Isso se deve pelas dificuldades de os alunos expressassem suas opiniões e seus conhecimentos sobre o conteúdo lançado. Tal questão revela a necessidade de atividades periódicas que estimulem no aluno o diálogo e a capacidade de expressar suas ideias e suas opiniões. No entanto, foi possível compreender que a aprendizagem esperada por parte dos alunos aconteceu, quando se constatou um elevado domínio do assunto ao responder algumas respostas referentes à síntese do conteúdo.

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Quadro 3: Etapa 1- Atividade conceitual 1.2 ATIVIDADE 1.2

Tema: Vírus

Conteúdo

(conceituais): Características gerais dos vírus

Objetivo: Conceituar as características gerais dos vírus

Materiais utilizados:

Marcador para quadro branco, folhas de ofício e Data show.

Metodologia:

-Organizar a turma em forma de meia lua; -Iniciar as discussões com base na problemática elaborada;

-Com auxílio do Data show, expor todo o conteúdo.

Avaliação: Mediante a participação dos alunos nas atividades propostas.

Fonte: Elaborado pelo Autor

Essa atividade foi desenvolvida através de discussões para que houvesse a participação ativa de todos. As discussões foram iniciadas por meio da seguinte problemática: a palavra “vírus” vem do latim e significa veneno. Esses organismos vêm causando grandes controvérsias entre biólogos, pois uma parte os considera como seres vivos e outros dizem que não são seres vivos. Para vocês, os vírus são ou não seres vivos?

Por meio do desenvolvimento dessa atividade bem como das respostas dos alunos no decorrer das ações, compreendeu-se que as discussões possibilitaram uma aprendizagem significativa, instigando a participação e a interação direta no processo de ensino e aprendizagem. Nessa perspectiva, Parrat-Dayan (2007) afirma que a discussão consiste numa interação social em que diferentes sujeitos trocam e confrontam, no interior de um grupo, suas respectivas posições sobre um problema para propor uma solução.

Para Torres e Irala (2007), as discussões representam um avanço na construção de um diálogo em sala de aula. As autoras afirmam que estas modalidades têm o potencial de promover uma aprendizagem mais ativa por meio do estímulo ao pensamento crítico, ao desenvolvimento de capacidades de interação, à negociação de informações, a resoluções de problemas e ao desenvolvimento da capacidade de autorregulação do processo de ensino e aprendizagem.

Quando iniciada a exposição teórica do conteúdo proposto nessa atividade, ficou claro que mesmo sendo uma aula tradicional expositiva, a utilização de data show possibilitou a participação ativa dos educandos bem como prendeu a atenção de todos. Segundo Fernandes (1998), os slides permitem uma projeção de alta resolução, destacando cores, beleza e detalhes visíveis de qualquer ponto de uma sala de aula.

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Esse fato prende a atenção e estimula a participação, fazendo com que o aluno aprenda, pense, questione e principalmente queira saber mais.

A realização dessa atividade possibilitou aos alunos a reflexão do conteúdo, a capacidade de discutir e argumentar suas ideias, estimulando o desenvolvimento de seu senso crítico. Contudo, mesmo havendo uma maior participação em relação à primeira atividade, promover uma discussão de maneira em que todos participem é ainda um tremendo desafio para o processo de ensino e aprendizagem de ciências.

Quadro 4: Etapa 2- Atividade procedimental 2.1 ATIVIDADE 2.1

Tema: Vírus

Conteúdo

(Procedimentais): Estrutura dos vírus

Objetivo: Proporcionar a observação e a confecção da estrutura dos vírus.

Materiais utilizados:

Folhas de oficio, EVA, tesouras, cola, alfinetes, barbante, isopor, tintas guache e pinceis.

Metodologia:

-Dividir a turma em grupos;

-Entregar imagem ilustrativa dos vírus para que os alunos possam observar e anotar as estruturas e funções;

-Entregar materiais necessários para que todos os grupos possam confeccionar o modelo didático (vírus) esquematizado na imagem.

Avaliação: Mediante a participação dos alunos nas atividades propostas.

Fonte: Elaborado pelo Autor

A atividade foi centrada em propiciar a observação, visto que para um melhor entendimento do conteúdo proposto é primordial a relação teoria-prática. Nessa perspectiva, foi objetivado a elaboração de modelo didático do material observado.

Segundo Justina e Ferla (2006), o modelo didático corresponde a um sistema figurativo que reflete a realidade de forma ilustrada e visível, tornando-a mais acessível ao aluno. Desse modo, tal modelo representa uma estrutura que pode ser utilizada como referência, uma imagem que permite concretizar a ideia ou o conceito, tornando-o assimilável.

Assim, esta atividade visou mostrar as principais estruturas dos vírus e suas funções, em que foi possível observar que os objetivos lançados estimularam nos alunos a inovação e a criatividade. Para Oliveira et al. (2012), a confecção do material didático desperta a curiosidade e sua construção estimula a criatividade do aluno, além de

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favorecer a interatividade e as afinidades interpessoais. Ainda para os autores, a construção e/ou o uso de modelos tridimensionais oportuniza aulas dinâmicas e interativas, em que o aluno não figura como mero e inerte expectador, e sim como agente ativo no processo de ensino-aprendizagem.

Desse modo, essa atividade possibilitou a compreensão e a análise minuciosa do tema estudado bem como a assimilação rápida e a participação intensiva de todos, sendo possível observar a motivação e a agilidade na realização da atividade. Portanto, esta ação permitiu confirmar que as aulas práticas possuem uma maior aprovação e participação que as aulas expositivas diárias.

Quadro 5: Etapa 2- Atividade procedimental 2.2 ATIVIDADE 2.2

Tema: Vírus

Conteúdo

(Procedimentais): Reprodução dos Vírus

Objetivo: Analisar as diferenças entre a reprodução de um vírus de DNA para um vírus de RNA. Materiais

utilizados:

Folhas de oficio, marcador para quadro branco, data show e caixa de som.

Metodologia:

-Apresentar vídeo sobre os vírus e em seguida entregar atividade proposta impressa;

-Explicar a atividade sugerida e responder possíveis dúvidas;

-Por fim, abordar de acordo com as anotações dos alunos todas as etapas da reprodução dos vírus.

Avaliação: Mediante a participação dos alunos nas atividades propostas.

Fonte: Elaborado pelo Autor

Nesta atividade, os alunos receberam uma tabela na qual apresentava duas colunas com os seguintes nomes: Vírus de DNA e Vírus de RNA. Nesta tabela, eles foram colocando as etapas da reprodução de cada vírus que conseguissem visualizar no vídeo apresentado sobre o assunto. A partir das anotações escritas, foram abordadas as etapas e os processos pertinentes à reprodução de cada vírus.

No decorrer da atividade, foi possível visualizar a atenção dos alunos e o interesse em aprender. Essa observação se deu a partir da percepção de que todos estavam fazendo suas anotações de acordo com que visualizavam no vídeo. Para Andrade, Nascimento e Vilar (2013), o trabalho com vídeos em sala de aula objetiva provocar questionamentos que possibilitem clareza nos conteúdos trabalhados, permitindo conhecimentos capazes de causar ou sensibilizar a mudança individual e coletiva de

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forma crítica a partir de “leituras de mundo”. Isso porque “ensinar a olhar, ver, contemplar e perscrutar o mundo à nossa volta faz parte da tarefa do educador” (THIEL; THIEL, 2009, p. 12).

Segundo Thiel e Thiel (2009), é possível perceber que as videoaulas podem ser utilizadas para fins de ensino, como material didático, para introduzir ou fundamentar conceitos sobre o conteúdo a ser abordado, pois desperta o interesse e a atenção dos estudantes. Dessa forma, esta atividade permitiu uma participação mais ativa, possibilitando aos alunos o entusiasmo e a atenção. Tal fato aclara um método eficaz e inovador que instiga o estudante à investigação, além de excitar o método da comparação, tornado o ensino mais expressivo e dinâmico.

Quadro 6: Etapa 2- Atividade procedimental 2.3 ATIVIDADE 2.3

Tema: Vírus

Conteúdo

(Procedimentais):

Doenças Virais

Objetivo: Pesquisar as principais viroses presentes no cotidiano

Materiais utilizados:

Folhas de papel ofício e canetas.

Metodologia:

-De início, explicar aos alunos as regras e as etapas que deverão compor a pesquisa; -Em seguida, acompanhar os discentes ao laboratório de informática e à biblioteca para realizarem as pesquisas, tendo o docente como mediador neste processo. Avaliação: Mediante a participação dos alunos nas

atividades sugeridas. Fonte: Elaborado pelo Autor

A atividade proposta aconteceu de maneira dinâmica, em que os alunos tinham a liberdade de utilizar o laboratório de informática e a biblioteca para que realizassem suas pesquisas. O intuito principal foi estimular os alunos à leitura, ao contato direto com os recursos tecnológicos e à prática da pesquisa como método de estudo.

Cada aluno realizou buscas sobre a doença causada pelo vírus a partir da confecção do modelo didático desenvolvido na etapa anterior. A prática proposta ocasionou uma animação nos discentes ao saberem que utilizariam a sala de informática. De acordo com Valente (1993), o uso do computador em ambientes de aprendizagem implica entender o computador como uma nova maneira de representar o conhecimento, provocando um redimensionamento dos conceitos já conhecidos e possibilitando a busca e a compreensão de novas ideias e de valores.

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A atividade foi planejada cuidadosamente a fim de possibilitar uma aprendizagem relevante e expressiva, visto que exige uma maior preocupação ao utilizar a internet em favor da aprendizagem, sem que fugisse do objetivo lançado. Segundo Souza (2010), o uso do laboratório de informática como instrumento educativo demanda uma reflexão crítica do valor pedagógico da informática, as mudanças da escola e o destino da educação. Nesse contexto, cabe ao professor tornar-se um agente ativo no sistema educacional, ser um profissional que saiba suportar diversas condições, ser flexível, multifuncional e estar sempre aprendendo.

Compreendeu-se que esta atividade, ou melhor, todas propostas como conteúdos procedimentais permitiram maior atenção e participação dos alunos quando comparadas aos conteúdos conceituais. Tal fato expressa a eficácia de aulas diversificadas e inovadoras que estimulem nos alunos a atenção e a motivação para participarem ativamente das atividades em classe.

Quadro 7: Etapa 3- Atividade atitudinal 3.1 ATIVIDADE 3.1

Tema: Vírus

Conteúdo

(Atitudinais): Doenças Virais Objetivo:

Compreender as viroses existentes a fim de refletir sobre a transmissão e prevenção dessas doenças.

Materiais utilizados:

Data show, quadro e marcador para quadro branco.

Metodologia: Apresentação dos seminários

Avaliação: Mediante a participação dos alunos nas atividades propostas.

Fonte: Elaborado pelo Autor

Esta última atividade foi planejada para que os alunos apresentassem suas opiniões e seus conhecimentos adquiridos durante as atividades propostas na Sequência Didática trabalhada. De início, em forma de seminários e organizados em grupos, os discentes apresentaram as pesquisas realizadas, focalizando desde o conceito da doença até o tratamento e a prevenção. A escolha do seminário foi pensada para que estimulassem aos educandos a capacidade da argumentação e a parceria do trabalho em grupo.

Nessa perspectiva, Lakatos e Marconi (2005) afirmam que o seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate. Além disso, tais autoras acrescentam que "(...) essa técnica desenvolve não só a capacidade de pesquisa, de análise sistemática de fatos, mas também o hábito do raciocínio, da reflexão,

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possibilitando ao estudante a elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos". (LAKATOS e MARCONI, 2005, p.35).

Assim, os seminários possibilitaram uma análise dos conteúdos trabalhados, em que os alunos puderam, por meio de diferentes estratégias, desenvolver e apresentar seus conhecimentos tanto no individual como no coletivo. De acordo com Severino (1996), entende-se que o objetivo último de um seminário é levar todos os participantes a uma reflexão aprofundada de determinado problema a partir de textos e em equipe.

Como mencionado, Zabala (2006) afirma que os conteúdos atitudinais se referem à formação de atitudes e valores em relação à informação recebida, visando à intervenção do aluno em sua realidade na realização de ações, na reflexão sobre a própria atividade e no seu desenvolvimento em contextos diferenciados.

Conclui-se que as atividades foram conduzidas de modo a favorecer o senso crítico e reflexivo dos assuntos estudados, possibilitando afirmar, com base nos resultados obtidos, que os alunos alcançaram os objetivos propostos. No entanto, a carência de atividades que levem os alunos apresentarem seus conhecimentos tanto de forma escrita e/ou oral é extremamente desafiadora, o que implica tempo e planejamento minucioso com e para os alunos.

Considerações Finais

A utilização de Sequências Didáticas se apresenta como uma importante ferramenta metodológica no processo de ensino de Ciências, o que possibilitou uma análise e uma reflexão sobre o tema, uma vez que a prática docente vem se tornando um método tradicional e desestimulante, exigindo do professor uma atualização didático-pedagógica rápida e necessária que pode acarretar êxito no processo de ensino e aprendizagem.

Através desta pesquisa, foi possível compreender como a utilização de Sequências Didáticas favorecem a construção da aprendizagem, o que possibilita a inserção de novas metodologias significativas e estimulantes. No entanto, fica claro que os objetivos propostos foram alcançados, e que os procedimentos metodológicos esquematizados se efetivaram, revelando uma pesquisa proeminente e expressiva.

Os resultados obtidos mostram que a utilização de Sequências Didáticas torna o ensino de ciências mais simples e prazeroso, estimulando a participação e a motivação do aluno. Contudo, várias problemáticas provenientes do modelo tradicional de ensino, as quais os alunos estão habituados, precisam ser sanadas para que aconteça uma aprendizagem satisfatória.

Por fim, esta pesquisa contribuiu consideravelmente para entender como ocorre a aplicação das Sequências Didáticas. Mesmo com as dificuldades encontradas, foi possível desenvolver um trabalho de parceria, que possibilitou um ensino mais significativo e contextualizado. Todavia, esta pesquisa não se encontra fechada,

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proporcionando nortes que podem ser pesquisados e analisados a fim de contribuir ainda mais com o ensino e aprendizagem de ciências naturais.

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