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Academic year: 2021

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TÍTULO: IMPACTOS E CUIDADOS COM A ESQUIZOFRENIA NO ÂMBITO FAMILIAR TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: PSICOLOGIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): NOEMI DUARTE MASCARENHAS SANTOS, ANA CAROLINA SANTOS VAZ, ISABELLA SANTOS RIBEIRO DE FARIAS, NATHALY GONSALVEZ TURASSA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ANGÉLICA CASTILHO ALONSO ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): GABRIEL DA SILVA SANTOS COLABORADOR(ES):

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RESUMO

Introdução: A esquizofrenia é considera uma das doenças psiquiatras mais graves.

Após a reforma psiquiatra a família tornou-se a principal provedora dos cuidados no tratamento. Objetivos: Realizar uma revisão de literatura das produções cientifica publicadas nas bases de dados LILACS e SCIELO. Especificamente, objetivou-se avaliar as seguintes variáveis: tipo de publicação; número de vocábulos do título; autoria e gênero; estrutura discursiva dos resumos; tipos de pesquisa; estratégias e tipo de análise de dados. Métodos: Foi realizado uma pesquisa com artigos científicos sobre o tema. Utilizou-se os descritores esquizofrenia, cuidados, família e impacto, identificando 94 publicações. Selecionou-se a partir da leitura do titulo 53 artigos. Destes, foram filtrados a partir do resumo 24 e a partir da leitura na integra restaram 13 artigos. Após a seleção, foi utilizada uma ficha de registro atendendo aos objetivos específicos. Na análise estatística utilizou-se tabelas, gráficos e teste Qui-quadrado.

Resultados: Os resultados mostram que 86% dos artigos apresentaram-se com

autorias múltiplas e 62% são do gênero Feminino, 85% utilizaram pesquisa transversal, 77% utilizaram avaliação qualitativa dos dados e 69% utilizaram outras avaliações como instrumento. Conclusão: Neste trabalho verificou-se que a maioria dos artigos apresentam autoria múltipla e do gênero feminino. Não houve uma diferença relevante nos métodos utilizados. Foi verificado que no resumo não houve diferença significativa da presença de frase inicial e resultados, contudo, as questões casuísticas, métodos e conclusão indicaram diferenças significativas. Constatou-se que a maioria dos títulos foram escritos corretamente de acordo com as normas postuladas.

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INTRODUÇÃO

A esquizofrenia atualmente é considerada, entre as doenças psiquiátricas, uma das mais graves (Oliveira, Facina, & Siqueira Júnior, 2012). Dá-se por uma fragmentação estrutural do pensamento, há uma dificuldade na distinção das experiências internas e externas. Atinge 1% da população, entre 15 e 25 anos (Xavier, Brito, Abreu, Moreira, & Silva, 2012).

A família tornou-se a principal provedora dos cuidados no tratamento de pacientes psiquiátricos após a reforma psiquiátrica. Ainda assim as famílias não possuem os conhecimentos necessários em relação ao doente, e a assistência de saúde prestada não auxilia de forma satisfatória a família e o enfermo (Souza Filho, Sousa, Parente, & Carvalho e Martins, 2010). Portanto, a família não se encontra preparada para enfrentar as dificuldades apresentadas com o adoecimento de um membro, pois geralmente a enfermidade provoca um forte abalo (Zanetti & Galera, 2007).

Embora a reforma psiquiátrica divulgue um serviço de saúde mental para a comunidade, não é possível contemplar a todos, o que faz com que a família seja desmembrada do processo de cuidado do seu sofrimento e sobrecargas, e também do tratamento do parente com esquizofrenia (Sales, Schuhli, Santos, Waidman, & Marcon, 2010). Atualmente, o sistema de saúde preconiza o tratamento do doente mental na comunidade, portanto o convívio com o “louco” tem se tornado frequente. Porém, os profissionais desses serviços ainda não estão preparados para atender as famílias e lidarem com a sobrecarga que estas enfrentam (Zanetti e Galera, 2007).É possível observar que há poucos estudos no Brasil que relatam a sobrecarga na família, abordam como foco a falta de cuidado com o cuidador por parte dos profissionais de saúde, com o objetivo de um resgate social para o paciente (Almeida,Schal, Martins, & Modena, 2010).

Ao contrário dos demais autores, Xavier et al. (2012) citam que após uma discussão em grupo sobre o tratamento da doença, ao receber o atendimento

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profissional a família se mostra satisfeita, acolhida e importante no processo de vivência com o esquizofrênico.

Com base nos artigos referentes ao tema impactos e cuidados com a esquizofrenia no âmbito familiar, além da falta de artigos que pontuam o preparo do profissional, nota-se uma divergência referente a preparações do profissional de saúde para lidar com a família junto ao esquizofrênico. Alguns relatos dizem que há uma falta de estratégia, conhecimento, infraestrutura para atender o doente junto com sua família, já outros descrevem o contrário.

Portanto este estudo justifica-se pela necessidade de maiores investigações referentes à temática, pois a literatura é divergente em relação aos possíveis tratamentos psicológicos existentes, afim de promover um melhor preparo aos profissionais que lidam com estes pacientes e seus familiares.

O objetivo geral foi realizar uma revisão de literatura das produções científicas publicadas nas bases de dados LILACS e SCIELO, acessadas pela Biblioteca Virtual de Saúde, sobre a temática. Especificamente, objetivou-se avaliar as seguintes variáveis: tipo de publicação; número de vocábulo; autoria (única, coautoria, múltipla) e gênero (masculino, feminino, indefinido); estrutura discursiva dos resumos; tipos de pesquisa; estratégias e tipo de análise de dados.

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MÉTODOS

Trata-se de uma revisão de literatura de estratégia documental para a produção científica.

Este estudo foi realizado na Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil.

Foi realizado uma pesquisa com artigos científicos sobre Impactos e cuidados com a esquizofrenia no âmbito familiar a partir da base de dados Lilacs e Scielo. Não foram utilizados limitadores temporais. Dessa forma todo o conteúdo das bases consultadas contendo as palavras utilizadas para a busca foi contemplado.

Para levantamento dos dados no presente estudo, foram utilizados os seguintes descritores “esquizofrenia, cuidados, família e impacto” no período de 2005 à 2014, limitado ao idioma português. Foram incluídos estudos realizados no Brasil e com seres humanos, contendo textos completos e tema compatível ao pesquisado.

A partir desses critérios, foram identificadas 94 publicações pelo título. A primeira seleção foi retirar a duplicidade nas bases de dados, das quais sobraram 87 artigos. Destes, a partir leitura do título sobraram 53, em seguida foi realizado a leitura do resumo e foram excluídos aqueles que não abordavam o tema compatível ao pesquisado.

Sobraram 24 artigos, que foram lidos na integra e excluídos aqueles que não atendiam ao objetivo.

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Figura 1. Fluxograma dos estudos selecionados sobre ‘Impactos e cuidados com a

esquizofrenia no âmbito familiar’.

Após a seleção dos artigos, foi utilizado uma ficha de avaliação de registro atendendo aos objetivos específicos propostos. Este questionário continha dados pertinentes ao tema, autoria, resumo, tipo de estudo, tipo de análise estatística e instrumentos de avaliação utilizado (apêndice 1).

Os dados foram tabulados no programa Excel e apresentados em formato de tabelas e gráficos. Foram calculados a frequência e porcentagens bem como aplicado quando possível o teste qui-quadrado a fim de avaliar a associação ou não entre os valores qualitativos.]

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RESULTADOS

Segundo a relação autoria e gênero os resultados obtidos demonstram que há um número maior do gênero feminino e com autoria múltipla, todavia não foi possível aplicar o teste Qui quadrado de 2 critérios, pois o pressuposto não foi atendido (Tabela 1).

Tabela 1. Autoria e Gênero nos artigos sobre Impactos e Cuidados com a esquizofrenia

no âmbito familiar Gênero

Masculino Feminino Indefinido Total

Autorias N % N % N % N % Única 0 0% 1 3,1% 0 0% 1 2,6% Coautoria 1 14,3% 11 34,4% 0 0% 12 30,8% Múltiplas 6 85,7% 20 62,5% 0 0% 26 66,7% Total 7 100% 32 100% 0 0% 39 100% N = número de autores

Não houve uma diferença significativa nos métodos utilizados (tipos de estudos, avaliação dos dados e instrumentos de avaliação) conforme observado na Figura 2, no entanto por não ter atendido o pressuposto não foi possível aplicar o teste Qui quadrado de 1 critério.

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Figura 2. Analise dos métodos utilizados para avaliar os impactos e cuidados com a

esquizofrenia no âmbito familiar.

Ao realizar o Qui quadrado nas perguntas referente ao resumo, foi concluído que não houve uma diferença significativa nas questões (Frase inicial [X²o = 0,08; X²c = 3,841; p ≥ 0,05]; Resultados [X²o = 0,69; X²c = 3,841; p ≥ 0,05].

A maioria das questões (Objetivo [X²o=13; X²c = 3,841; p ≤ 0,05]; Casuística [X²o=13; X²c = 3,841; p ≥ 0,05]; Métodos [X²o=13; X²c = 3,841; p ≥ 0,05], e Conclusão [X²o=4,65; X²c = 3,841; p ≥ 0,05] apresentaram-se adequadamente com diferença significativa.

Aplicando o Qui quadrado referente aos títulos [X²o=13; X²c = 3,841; p ≤ 0,05] também foi possível observar que houve diferença significativa, pois a maioria foram escritos de forma correta (Tabela 2).

0 2 4 6 8 10 12 Ex p eri me n tal Tran sve rs al R evis ão q u an ti tat iva q u ali tati va mis ta Q u es ti o n ari o es cal a te ste o u tr o s

Tipos de estudos Avaliação dos dados Instrumento de avaliação

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Tabela 2. Analise do título e resumo utilizados para avaliar os impactos e cuidados com

a esquizofrenia no âmbito familiar.

Sim Não Total

F (%) F (%) F (%) Titulo 13 (100%) 0 (0%) 13 (100%) Frase inicial 6 (46,2%) 7 (53,8%) 13 (100%) Objetivos 13 (100%) 0 (0%) 13 (100%) Casuística 13 (100%) 0 (0%) 13 (100%) Métodos 13 (100%) 0 (0%) 13 (100%) Resultados 8 (61,5%) 5 (38,5%) 13 (100%) Conclusão 12 (92,3) 1 (7,7%) 13 (100%) F = número de Frequência CONCLUSÃO

Neste trabalho verificou-se que a maioria dos artigos apresentam autoria múltipla e do gênero feminino. Não houve uma diferença relevante nos métodos utilizados (tipos de estudos, avaliação dos dados e instrumentos de avaliação). Foi verificado que no resumo não houve diferença significativa da presença de frase inicial e resultados, contudo, as questões casuísticas, métodos e conclusão indicaram diferenças significativas. Constatou-se que a maioria dos títulos foram escritos corretamente, e de acordo com as normas postuladas.

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REFERÊNCIAS

Zanetti, A. C. G., & Galera, S. A. F. (2007). O impacto da esquizofrenia para a família. Revista Gaúcha de Enfermagem 28(3), 385-392.

Sales, C. A., Schuhli, P. A. P., Santos, E. M., Waidman, M. A. P., & Marcon, S. S. (2010). Vivências dos familiares ao cuidar de um ente esquizofrênico: um enfoque fenomenológico. Revista Eletrônica de Enfermagem 12(3), 456-463.

Xavier, J. M., Brito, E. M., Abreu, R. N. D. C., Moreira, T. M. M., Silva, L. M. S., & Vasconcelos, S. M. M. (2012). Percepção dos familiares de pessoas com esquizofrenia acerca da doença. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Fortaleza,25(2),161-166.

Filho, M. D. S., Sousa, A. O., Parente, A. C. B. V., & Martins, M. C. C. (2010). Avaliação da sobrecarga em familiares cuidadores de paciente esquizofrênicos adultos.

Revista Psicologia em Estudo, Maringá 15(3), 639-647.

Almeida, M. M., Schal, V. T., Martins, A. M., & Modena, C. M. (2010). A sobrecarga de cuidadores de pacientes com esquizofrenia. Revista de Psiquiatria do

Rio Grande do Sul 32(3), 73-79.

Oliveira, R. M., Facina, P. C. B. R., & Júnior, A. C. S. (2012). A realidade do viver com esquizofrenia. Revista Brasileira de Enfermagem 65(2) 309-316.

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