DEPARTAMENTO DE FÍSICA
Transporte de partí ulas em sistemas
mesos ópi os
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Petru io✿✿✿✿✿✿✿✿✿✿✿✿✿✿✿
Barrozo✿✿✿✿✿✿
da✿✿✿✿✿✿✿✿✿✿
SilvaOrientador: José Soaresde AndradeJúnior
Co-orientador: André Auto Moreira
Transporte de partí ulas em sistemas
mesos ópi os
Tese submetida à Coordenação do Curso de
Pós-Graduação em Físi a, da Universidade
FederaldoCeará, omorequisitopar ialpara
aobtenção do grau de Doutor emFísi a
Orientador:
José Soares Andrade Júnior
Co-orientador:
André Auto Moreira
universidade federal do eara - Departamento de Físi a
Fortaleza
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
S582t
Silva, Petrucio Barrozo da.
Transporte de partículas em sistemas mesoscópicos / Petrucio Barrozo da Silva. – 2009.
140 f. : il. color.
Tese (doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Programa de Pós-Graduação em
Física , Fortaleza, 2009.
Orientação: Prof. Dr. José Soares Andrade Júnior.
Coorientação: Prof. Dr. André Auto Moreira.
1. Sistemas dinâmicos. 2. Vórtices. 3. Colóides. 4. Pedestres. 5. Dinâmica molecular. I. Título.
CDD 530
Transporte de partí ulas em sistemas
mesos ópi os
Tese submetida à Coordenação do Curso de
Pós-Graduação em Físi a, da Universidade
FederaldoCeará, omorequisitopar ialpara
aobtenção do grau de Doutor em Físi a
Aprovada em25 de março de 2009
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. José Soares de Andrade Júnior (Orientador)
Universidade Federaldo Ceará
Prof. Dr. André Auto Moreira
Universidade Federaldo Ceará
Prof. Dr. José Albino Oliveira de Aguiar
Universidade Federal de Pernambu o
Prof. Dr. Gilde Aquino Farias
Universidade Federaldo Ceará
Prof. Dr. Roberto Fernandes SilvaAndrade
Ao meu orientador Prof. José Soares, pela orientação e dedi ação fundamentais
para arealização deste trabalho.
Ao Prof. André Moreirapela o-orientação.
Ao Prof. Hans Herrmannpelosuporte durante aminha estadiano ETH Züri h.
Ao Prof. J. Albino Aguiar pela amizade, ompreensãoe ensinamentos.
AosamigoseprofessoresCle ioClemente, ErivaldoMontarroyoseLeonardoCabral.
Ao Prof. As ânio etodos osProf. do Departamento de Físi a daUFC que
olabo-raramdireta ouindiretamentepara o desenvolvimento deste trabalho.
Aos amigosdo grupo de uido dinâmi adaUFC.
Aos amigos do ETH Züri h, pelo apoio e suporte dado durante minha estadia na
Suíça.
Ao Prof. Jasom Gallas, Prof. Eudenilson e ao Prof. Roberto Andrade pela
om-panhiadurante asrefeições noETH Züri h.
Atodos osintegrantes do Departamento de Físi a daUFC.
À minha esposa, Adna, pela ompanhia e ompreensão fundamental para o
desen-volvimentodeste trabalho.
Aos meus pais Elzanirae Valter.
Neste trabalho, estudamos as propriedades do transporte de partí ulas em sistemas
mesos ópi os. Na primeira parte, usamos o modelo proposto anteriormente por Zapperi
et al. (Phys. Rev. Lett. 86, 3622 (2001)) para des rever o transporte de partí ulas
superamorte idaseinteragentes noestadoesta ionário,napresençade umobstá ulopara
o uxo, e onnadas em um anal om largura da ordem do omprimento ara terísti o
do sistema. Com este modelo, obtivemos uma equação diferen ial de primeira ordem
não-linear, uja solução em 1D é apaz de des rever a densidade ao longo de um anal
2D para diferentes sistemas de partí ulas (e.g., vórti es em super ondutores, olóides e
pedestres, todos simuladospordinâmi amole ular)ediferentes tiposde obstá ulos (e.g.,
uma barreira de energia, um anal om uma onstrição e uma rede de pinos no entro
do anal). Observamos que este modelo pode ser usado para des rever o es oamento de
qualquersistemadepartí ulassuperamorte ido,desdequeasinteraçõesentreelaspossam
al ançardistân ias maioresque os primeirosvizinhos.
Na segunda parte deste trabalho, estudamos o es oamento de partí ulas interagentes
(nãone essariamente superamorte idas) onnadaspor paredes assimétri as. Aqui o
ob-jetivo é des rever a dinâmi a de pedestres e a dinâmi a de vórti es emsuper ondutores.
Em ambos os sistemas, as paredes assimétri as são responsáveis pela introdução de um
sentido preferen ial para o uxo. No aso da dinâmi a de pedestres, estudamos as
pro-priedades do sistema quando os pedestres andam em sentidos opostos. Veri amos que
este onnamento induz uma ordem responsável pelamaximizaçãodo es oamento. Esta
ordem pode ser destruída quando variamos a densidade, a velo idade, a razão entre a
largura do anal e a sua rugosidade, o ruído externo e a assimetria do anal.
Veri- amostambémqueastransiçõesde ordem-desordemneste sistemasão a ompanhadasde
metaestabilidades e i los de histerese. No aso de vórti es em super ondutores,
veri- amos que, para pequenos ampos de omensurabilidade entre o número de atra as e
Inthisworkweinvestigatethetransportpropertiesofparti lesinmesos opi systems.
Intherstpart,weusethemodeloriginallyproposedbyZapperietal. (Phys. Rev. Lett.
86, 3622 (2001)) to des ribe the steady-state transport of overdamped parti les in the
presen e of an obsta leand onned to a hannel with width of the order of the
hara -teristi size ofthe system. Withthismodel,we obtainanon-linearrst-order dierential
equation,whosesolution in1D is apabletodes ribe the behaviorof the parti ledensity
alonga 2D hannel for dierent parti lesystems (e.g., super ondu ting vorti es, olloids
andpedestrians, allsimulatedwith mole ulardynami s)and obsta letypes (e.g,one
en-ergy barrier, a hannel onstri tion and a network of pinning enters). We observe that
su h a model an be used to represent the ow of any system of overdamped parti les,
aslong as the intera tions between them an rea ha distan e greater than onlythe rst
neighbors.
In the se ond part of this work, we investigate the ow of intera ting parti les (not
ne essarilyoverdamped) onned toa hannel of asymmetri al walls. Here the main
ob-je tiveistodes ribethrough mole ulardynami ste hniquesboththe owofpedestrians
as wellas the transport of super ondu ting vorti es through irregular hannels. In both
ases, weobserve that the asymmetry of the onning walls an indu ea preferential
di-re tiontothe ow. Inthe ase ofpedestrians,our resultsindi atethat, whentwogroups
of people move in opposite dire tions in a rat heted type of orridor,this indu ed order
isalsoresponsiblefor owmaximization. Thisorder anbedestroyed, however, when we
hange the total number of parti les in the system, their target speed, the amplitude of
theexternal addednoise orthe degree ofthe asymmetry of the hannel. Wealsoobserve
thattheorder-disordertransitionsinthissystemareusuallyfollowedbymetastabilityand
hysteresis y les. In the ase of super ondu ting vorti es, multipledepinning transitions
are observed when there is a small omensurability eld between the number of rat hets
Lista de Figuras
INTRODUÇO p.24
1 CONCEITOS GERAIS p.27
1.1 Sistemas mesos ópi os . . . p.27
1.2 Vórti es emsuper ondutores . . . p.29
1.2.1 Propriedades da redede vórti es . . . p.30
1.3 Colóides . . . p.34
1.4 Pedestres . . . p.40
1.5 Efeito atra aRat het ee t . . . p.48
2 TRANSPORTEDE PARTÍCULASEM MEIOS SUPERAMOR
TE-CIDOS p.55
2.1 Transporte de vórti es emsuper ondutores . . . p.56
2.1.1 Modelo. . . p.56
2.1.2 Propriedades ma ros ópi asdo sistema . . . p.57
2.1.3 Equação ma ros ópi a para otransporte . . . p.58
2.1.4 Propriedades estáti as(sistema fe hado) . . . p.62
2.1.5 Propriedades dinâmi as . . . p.66
2.1.5.1 Barreira de energia . . . p.66
2.1.5.2 Transporte de vórti es através de um anal om uma
2.1.5.4 Rede de pinos om poten ialinnito . . . p.72
2.1.5.5 Rede de pinos om poten ialnito . . . p.75
2.2 Colóides . . . p.78
2.2.1 Modelo. . . p.78
2.2.2 Sistema fe hado . . . p.79
2.2.3 Barreira de energia . . . p.82
2.2.4 Constrição . . . p.83
2.3 Movimento de pedestres napresença de obstá ulos . . . p.86
2.3.1 Modelo. . . p.86
2.3.2 Sistema fe hado . . . p.87
2.3.3 Constrição . . . p.89
3 TRANSPORTE DE PARTÍCULAS CONFINADAS POR P
ARE-DES ASSIMÉTRICAS p.91 3.1 Movimento de pedestres . . . p.91 3.2 Transporte de vórti es . . . p.98 3.2.1 Modelo. . . p.98 3.2.2 Paredes assimétri as . . . p.100 3.2.3 Substrato assimétri o . . . p.103 CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS p.104
Apêndi e A -- Um Breve Históri o da super ondutividade p.106
Apêndi e B -- Teorias para o estado super ondutor p.112
B.1 Teorias fenomenológi as . . . p.112
B.2 Teoria de vórti es em super ondutores . . . p.120
B.2.1 Super ondutores dotipo II . . . p.120
B.2.2 Energia numa interfa e normal-super ondutor . . . p.120
B.2.3 A quantização douxo magnéti o . . . p.121
B.2.4 Campos ríti os
H
c1
eH
c2
. . . p.123 B.2.5 Campomagnéti o de um vórti e isolado . . . p.124B.2.6 Energia de um vórti e isolado . . . p.126
B.2.7 Energia de interaçãovórti e-vórti e . . . p.127
B.2.8 Equação de movimentodos vórti es . . . p.127
Apêndi e C -- Prin ipais propriedades mesos ópi as no transporte de
elétrons p.129
C.0.8.1 Lo alizaçãofra a . . . p.129
C.0.8.2 Efeito Ahanorov-Bohm . . . p.131
C.0.8.3 Flutuaçõesuniversais da ondutân ia . . . p.132
C.0.8.4 Quantizaçãoda ondutân ia . . . p.132
1 Diferentes regimes para o transporte de elétrons em estruturas
mesos- ópi as. Estes regimes de transporte são des ritos pelos omprimentos
ara terísti osdosistema. Osefeitosmesos ópi ospodemserveri ados
quandoumdos omprimentosdosistema(
L
)émenorqueo omprimentode oerên iade faseeletrni o
L
Φ
. . . p.28 2 Visualização da rede de vórti es obtida por U. Essmann e H. Traublepubli ado na Physi s Letters, 24A 526 (1967). Esta visualização foi
obtidapelaté ni adede oraçãomagnéti a, omprovandoqueosvórti es
formam umarede triangularnaausên ia de forças externasede defeitos
no material. . . p.30
3 Diagrama de fase obtido numeri amente por A. E. Koshelev and V. M.
Vinokur publi ado emPRL,733580 (1994). Neste trabalhofoiprevista
umatransiçãodefasedinâmi a,ondeuma ristalizaçãopodeserobtida
para valores da orrenteexterna maior que zero. . . p.31
4 (a) Diagrama de fase experimental obtido por S. Bhatta harya e M. J.
Higgins publi ado em PRL, 70 2617 (1993),mostrando as fases darede
de vórti es. Comopodemosverhátrêsfasesdistintasparaaredede
vór-ti e: vórti es pinados (fase estáti a), es oamento plásti o e es oamento
elásti o. (b) Diagramade faseexperimentalobtidoporM.C.Hellerqvist
et al.,publi ado em PRL,76 4022 (1996). Este diagrama de fase
possi-bilitou uma omparaçãodireta omos resultados numéri osobtidos por
Posição média da frente de penetração em função do tempo. O inset
deste grá o mostra o olapso das urvas obtidas para diferentes
valo-res daforça externa. (b) Perl de densidade emfunção daposição para
diferentes forças externas. No inset é mostrado o olapso destas
ur-vas. Osgrá osmostradosem(a)e(b) foramobtidosporsimulaçõesde
dinâmi amole ular . . . p.33
6 Grá osobtidos porZapperiet al. publi adosemPRL 86,3622 (2001).
O inset desta gura mostraa densidade obtidapor integração numéri a
da equação ontínua. Ográ o prin ipalmostra a ontagem donúmero
de aixas o upadas emfunção dotamanhoda aixa. Adimensão fra tal
medida para este sistema foi
D
f
= 4/3
(linha sólida). A mudança de omportamento para dimensão fra talD
f
= 1
é obtida para grandeses alas de omprimento. . . p.34
7 Conguração nal para umamisturabinária de partí ulassuspensas em
um sistema bi-dimensional movimentando em sentidos opostos, gura
obtida porJ. Dzubiella et al. (15). (a)Sistema no estado desordenado,
onguração obtidapara um ampo externo nulo. (b) Sistemaainda no
estadodesordenado,masagora omum ampoexternoapli adopróximo
do ampo ríti o
f
1
≃ f
c
. ( ) O sistema no estado ordenado, formando leiras. Esta onguração foi obtida para um ampo externof
2
> f
1
. Nesta situação,oparâmetro de ordem obtido é(φ ≃ 0.99
). Como pode-mos ver o sistema apresenta uma transição de ordem-desordemdepen-dendo do ampo força externa. Esta transição de fase é onhe ida
omo transição de ordenamento dinâmi o. Maiores detalhes sobre esses
σ
κ
. Estes resultados foram obtidos através de simulações de dinâmi aBrowniana por J. Dzubiella et al. (15). O parâmetro de ordem mede
o grau de organização do sistema. a) Parâmetro de ordem obtido para
as partí ulas ini ialmente distribuídas aleatoriamentee om a força
ex-terna sendo aumentada. (b) Parâmetro de ordem para as partí ulas
ini ialmente organizadas em duas leiras e om a força externa sendo
diminuídagradualmente. Estes resultados mostrama existên iade uma
metaestabilidade, veri ada através de i losde histerese, indi ando que
esta transição é uma transição de fase de primeira ordem. Maiores
de-talhes sobre estes resultados podem ser en ontrados em (15). . . p.36
9 Diagrama de fase de não-equilíbrio obtido por M. Rex et al. (67) para
umamisturabináriade olóides arregados,movimentando-seemsentido
ontrário devido à ação de um ampo elétri o externo. Os resultados
foram obtidos por simulaçõesde dinâmi aBrowniana.
κ
é o al an e do poten ial eφ
é a fração volumétri a das partí ulas. Maiores detalhesdeste grá o podem ser obtidosem (67). . . p.37
10 Grá oobtido porM. Köpplet al. (45)mostrando operl de densidade
aolongodeum analestreitoquandoaspartí ulasestãoes oandodevido
a um gradiente de on entração. . . p.38
11 Perlde densidade obtidoporG.Pia entet al. (61) paraum sistemade
partí ulasinteragindo omopoten ialde Yukawaparadiferentesvalores
da forçaexterna. . . p.38
12 Grá os obtidos por C. Marquet et al. (53) mostrando a reti ação de
partí ulasmi rométri ases oandoatravésde um analassimétri o omo
mostradoem(a),aspartí ulassãosubmetidasaum ampoelétri oa de
baixafreqüên iae ommédiazero. (a)Designdo analassimétri ousado
para reti aro movimento de partí ulas onnadas em um anal usado
por C. Marquet et al. (53). (b) Resultados en ontrados por C. Marquet
et al. (53), mostrando a dependên ia da velo idade de transporte om
freqüên ia daforça alternadaa apli adae om a intensidade do ampo
As simulaçõesforamfeitasparaum sistema om
20
partí ulas movendo-se daesquerda para direita(bolaspretas) interagindo om20
partí ulas movendo-se da direita para esquerda (bolas bran as) om ondições deontorno periódi as nadireção
x
e onnadas nadireçãoy
para diferen-tes valores do ruído externo. (a) Para pequenos ruídosθ = 1
formação de leiras om movimento uniforme pode ser obtido. (b) Estadoin-termediário entre a ristalização obstrução do anal e a formação de
leiras om transporte uniforme. ( ) Estado ristalizado obtido para
grandes intensidades doruído (
θ = 1000
). . . p.42 14 Grá o obtidoporD. Helbing et al. publi ado naPRL84, 1240 (2000),mostrando a transição de ordenamento dinâmi o, hamada freezing by
heating,paradiferentesvaloresdotamanhodosistemamantendoarazão
L
x
/L
y
= 4 : 1
onstante. No inset é mostrada a média da energiapoten ial, inéti ae total. . . p.43
15 Grá o obtido por D. Helbing et al. publi ado na Nature 407, 487
(2000). Este resultado mostra o tempo que 200 pedestres gastam para
sair de uma sala sob ondições normais (sem pâni o). O tempo que os
pedestres levamparasairdasala, diminui omoaumentodavelo idade
desejada
v
0
. No entanto, quando avelo idade res e a ima de um valor ríti ov
0
≥ 1.5ms
−1
otempodesaídavoltaa res ernovamenteatéque,
em velo idades mais elevadas a ima de
5.0ms
−1
, o número de pessoas
feridas omeça a res er de formaaproximadamente linear. . . p.44
16 Grá oobtidoporD.Helbingetal. (Nature407,487(2000)). Simulação
parapedestresmovimentando-seemumarotadefuga omuma avidade.
(a) Posição dos pedestres obtida num orredor de
3m
de largura e15m
de omprimento omo rota de fuga, om os pedestres saindo om umavelo idadealvode
v
0
= 2ms
−1
. A avidadetemaformade umtriângulo
isós eles om base de
6m
. (b) E iên ia para a saída omo função do ânguloφ
para aestrutura mostrada em(a), alinha tra ejadarepresenta a e iên ia para uma avidade irregular. A e iên ia ai nos doisa-sos, sendo um pou o mais pronun iada quando o orredor possui uma
hos. . . p.46
18 Grá oobtidoporW.G.Weng (82),(a)Velo idademédiaemfunçãodo
tempopara diferentes densidades nosistema om ondiçõesde ontorno
abertas. (b) Conguração nal para o sistema om
P
0
= 0.2
e um timestep de
800
para um sistema om ondição de ontorno aberta. . . p.47 19 Diagrama de fase obtido por T. Nagatani (Physi a A 300, 558 (2001)),mostrando os diferentes regimes de es oamento dos pedestres em um
orredor om uma onstrição. . . p.48
20 Dispositivotipo atra aidealizadoporFeymannnatentativade violara
segundaleidatermodinâmi a. Estedispositivo onsistededuas aixasde
gás mantidas à temperatura
T
1
= T
2
= T
. Numa aixa temos uma roda om paletas e na outra temos um dispositivo tipo atra a, ligados porum eixoquepossui umapolialigadaaum peso. Aquestão proposta por
Feymann era se este dispositivo poderia realizar um trabalho me âni o
apazdelevantaropesopresoàpolia. SegundoahipótesedeCarnotisto
seria impossível. Noentanto, àprimeira vistavemos queisto épossível,
mas seolharmosmais de perto podemosver uma série de ompli ações,
(para maioresdetalhes onsultar Le tureof Feymann Vol1, apítulo46.) p.49
21 Diagrama ilustrando ome anismo doefeito atra a reverso tirado de C.
C.S.Silvaetal. (Nature440,651(2006)). (a)Diagramada onguração
de equilíbriopara
n = 1 − 4
(n
é onúmero de vórti e porpoten ialtipo atra a). Podemosveraalternân iaentreosmínimosde energiaquandon
é par ou ímpar. (b) Esquema demonstrando o me anismo atra aquandoarededevórti esésubmetidaaumaforçaa . Assetasvermelhas
indi am a direção da força, os quadros om or de fundo indi am onde
o orreo movimentoma ros ópi o das partí ulas vórti es. . . p.50
22 Diagrama de fase experimental obtido por C. C. S. Silva et al. (Nature
440, 651 (2006)) mostrando as fases dinâmi as da rede de vórti e, bem
omo as regiões onde o uxo da rede de vórti es é direto (verde) ou
reverso (vermelho). Podemos notar que o efeito atra a o orre próximo
(a) membranas de sili one apazes de atuar omo ltros para partí ulas
massivas om diferentes tamanhos. Opro esso de transporte nesses
sis-tema depende muito darazãoentre otamanhodaaberturaeotamanho
da partí ula. Ajustando o tamanho da abertura, este sistema pode ser
usadonaseparaçãodepartí ulasdediferentestamanhos. (b)Fotoobtida
por mi ros opia eletrni a de varredura dos poros assimétri os emuma
amostra de sili one.( ) Mi ros opia eletrni a de varredura obtida em
um poro daamostra em(b). . . p.52
24 FiguraobtidadeS.Matthiasetal. (Nature424,54(2003)),mostrandoa
dependên iada orrented obtidaporapli arumapressãoa nosistema
da Fig. 23. Este grá o mostra uma lara reversão do efeito atra a
nestes sistemas. . . p.52
25 FiguraobtidaporI.Derényi(Appl. Phys. A75,217(2002)),mostrando
(a)opoten ialqueum átomosenteaodifundir poruma superfí ie
irreg-ular omo mostrado em (b). . . p.53
26 Figura obtida originalmentepor P. J. Pablo (Surf. Interfa e Anal. 30,
278 (2000)) e adquirida de I. Denényi (Appl. Phys. A 75,217 (2002)),
mostrando a evolução da superfí ie de uma ta de ouro.(a) Uma
estru-tura laramente granular pode ser observada emgrãos om tamanhode
aproximadamente
25 nm
, (b) superfí iedata de ouroapós40h
subme-tida auma densidade de orrente d om1.6 × 10
11
A m
−2
om
25 mA
, osgrãos tiveramum res imentode aproximadamente100 nm
, ( ) a su-perfí ie da ta de ouro após24 h
de orrente a sob os mesmo valores de (b), neste aso pode se observar o res imento dos grãos, formandoF
x = 0
. Este resultado foi obtido por simulações de dinâmi amole ularapós o sistema atingir o estado de equilíbrio me âni o. Os resultados
mostrados nesta gura são para uma rede om
N = 576
vórti es em um anal om larguraL = 4.0 λ
, submetidos a uma força externaF = 1.0f
0
ontra a parede emx
0
. (b) Perl de densidade ao longodo anal para diferentes valores da forçaexterna e diferentes número de
vórti es. Podemos notar que os pers de densidade olapsam em uma
mesma urva,mostrandoqueoparâmetro
a
éinvarianteparaumgrandeintervalode valores dadensidade e daforça externa. . . p.63
28 Parâmetro
a
emfunção dalargura do anal para diferentes valores da densidade e da força externa. A linha preta ontínua des reve o ajustedas urvasobtidasatravésdesimulaçõesdedinâmi amole ularporuma
função ontínua. Os parâmetros do ajuste são
A = 2.74 B = 0.19
. A linha preta tra ejada representa o valor obtido por Zapperi et al. paraum sistema aberto. . . p.64
29 Conguração nal para uma rede om
N = 216
de vórti es, onnados emtodas asdireções, emum anal de larguraL = 4λ
sofrendoaação de umaforçaexternaF = 1.0 f
0
. Podemosnotarqueexistemdoisdiferentes omportamentosparaa onguraçãodosvórti esnestesistema: umparao interior da amostra, onde o me anismo de redução de amadas pode
ser veri ado, e outro para as borda domaterial, onde háum gradiente
da on entraçãode vórti es na direção
x
. . . p.65 30 (a) Modelo usado para estudar o omportamento dinâmi o da rede devórti es es oando porum anal om uma barreira de energia omo
obs-tá ulo para o uxo. A força devido ao obstá ulo
F
S
só atua sobre os
vórti es numa pequena faixa de omprimentolo alizadaem
x
1
ex
2
. (b)Densidade aolongo do anal é mostrada em ódigo de ores. . . p.66
31 Comparação dos resultados obtidos por dinâmi a mole ular, para um
anal om uma barreira de energia omoobstá ulo para ouxo, om os
resultadosobtidosporintegraçãonuméri adaEq.(2.31). Paradiferentes
analíti a donosso modelo dada pelaEq. (2.32) (vermelha). . . p.68
33 Modelodo anal om uma onstrição,usada omo obstá ulopara ouxo. p.69
34 (a) Ajuste das urvas obtidas por dinâmi a mole ular om a solução
analíti a de nosso modelo, em um anal om uma onstrição para duas
forças diferente. Os ír ulos representam os resultados obtidos por
si-mulações de dinâmi a mole ular e as linhas tra ejadas representam os
ajustes analíti osfeitos om a Eq. (2.32). Osresultados aquimostrados
são para um anal om
N = 1333
e om seção transversaly
1
= 8.0
ey
2
= 5.5
. (b) Curvas obtidas para a seção transversal efetiva do analpara duas forçasdiferentes e om operl de densidade mostradonaFig.
34(a). A seção transversal efetiva en ontrada foi
y
1
= 9.76
ey
2
= 7.41
paraF = 1.0
ey
1
= 9.82
ey
2
= 7.40
paraF = 0.10
. Os valoresen on-trados são maiores quea seção transversal do anal
y
1
= 8.0
ey
2
= 5.5
. p.70 35 Modelodeum anal omumarededepinos omoobstá uloparaouxo.Consideramos opoten ial de interaçãoentre ospinos e osvórti es omo
sendo: 1) um poten ial de atração innito, 2) um poten ial de atração
nito. . . p.72
36 Grá osobtidosparaumaredede vórti eses oando atravésdeum anal
om uma rede de pinos om poten ial de interação innito. As urvas
são obtidas para um anal om largura
L = 8.7λ
omN = 300
vórti es emmovimento e210
vórti es pinados. (a)Perl de densidade para uma rede de vórti es paradiferentes valoresda forçaexterna. (b) Fluxoparauma rede de vórti es para diferentes valores da forçaexterna. ( )Ajuste
do perl de densidade obtido para uma rede de vórti es. Os ír ulos
pretos representam os valores obtidos por simulação de dinâmi a
mo-le ular para um anal de largura
L = 8.7λ
om uma força externa deF = 1.0f
0
. Alinhavermelha ontínuaéoperl dedensidadeobtidopelasoluçãoanalíti adonosso modelo. Osparâmetrosusadosnoajuste
on- ordamaté a segunda asa de imal omos valoresobtidos pordinâmi a
innito para diferentes valores da força externa, a)
F = 0.05f
0
, b)F =
0.10f
0
, )F = 0.50f
0
, d)F = 1.0f
0
, e)F = 5.00f
0
ef)F = 10.00f
0
. . . . p.7438 (a) Fluxo da rede de vórti es através de um anal om uma rede de
pinos ompoten ialnitodistribuídosperiodi amenteno entrodo anal.
Podemosverqueouxoénuloquandoaforçaexternaésu ientemente
pequena
F = 0.05f
0
. Os resultados mostrados são para um anal omN = 510
vórti es. O anal tem uma seção transversal dey = 8.7λ
. (b)Perlde densidadeobtidopara anal om umaredede pinos om
poten- ial nito distribuídos periodi amente no entro do anal. Os pers de
densidade aqui mostrados são equivalentes aos uxos mostrados naFig.
38( ). Podemos verque o perl de densidade é linear desde que
Φ → 0
. ( ) Perl de densidadepara anal omuma redede pinos, om poten ialnito, distribuídos periodi amente no entro do anal. Podemos notar
que para forças externas su ientemente grandes
F > 10f
0
os obstá u-los não podem produzir nenhum gradiente de on entração ao longo doanal, fazendo om que o perl de densidade seja onstante e dado pela
razão
J/F
. (d) Comparação entre os resultados obtidos por dinâmi a mole ular om a solução analíti a dada pela Eq. (2.32). Podemos verboa on ordân ia entre os resultados. Os parâmetros orrente de
vór-ti e edensidade ini ial, usadospara fazera urva analíti a, on ordam
até segunda asa de imal om osvaloresobtidos pordinâmi amole ular. p.76
39 Perl de densidade em ódigo de ores para a rede de vórti es es oando
através de um anal om uma rede de pinos om poten ial de interação
nito para diferentes valores da força externa, a)
F = 0.05f
0
, b)F =
dadistân ia
r
. Para vórti esemsuper ondutores aa forçade interação é dada pela função de Bessel modi ada de primeira ordemF
vv
(r) ∝
K
1
(r)
, para olóides a força é dada pelo poten ial de YukawaF
cc
(r) ∝
(1 − κ) exp(−κr)/r
2
, ondeκ = 0.8
é o inverso do al an e do poten ial e para pedestres a força é dada por uma função exponen ial segundo omodelo de D. Helbing (31, 32)
F
pp
(r) = A exp(d − r)
, onde
A = 10
éuma onstante e
d = 0.5
éo diâmetrodopedestre. . . p.78 41 (a) Perl de densidade obtido para um sistema oloidal onnado emum anal em todas as direções. O perl de densidade mostrado aqui é
para um anal om
N = 630
e larguraL = 3.0
om uma força externaF = 1.0
. (b) Pers de densidade para diferentes valores do número departí ulas e diferentes valores da forçaexterna. . . p.80
42 Parâmetro
a
emfunção da largura do anal para diferentes números de partí ulas e diferentes valores da força externa. A linha ontínua pretarepresenta o ajuste feitonas urvasobtidas por simulações de dinâmi a
mole ular, Osparâmetros obtidosno ajuste foram
A = 0.78
,B = 1.86
eC = 0.33
. A linha tra ejadarepresenta ovalordoparâmetroa
para umsistema aberto. . . p.81
43 Conguração nal para as partí ulassendo forçadas ontraa paredeem
x = 0
num anal fe hado em todas as direções. . . p.8244 Perl de densidade para partí ulas suspensas, es oando em um anal
e na presença de uma barreira de energia om força
F
B
= 1.0
omo obstá ulo, para um sistema omN = 600
partí ulas onnadas em um anal de larguraL = 5.0
sendo forçada poruma forçaF = 4.0
. A linha ontínuarepresentaa urvadedensidadeobtidaporintegraçãonuméri ada Eq.(2.31). Oparâmetro
a
usadonesta equação foiobtido através doajuste feitona Fig. 42. . . p.83
45 Perldedensidadeparapartí ulas suspensas es oandoemum anal om
uma onstrição. Os símbolos ( ír ulos pretos) foram obtidos por
simu-lações de dinâmi a mole ular, a linha ontínua vermelha representa o
perl de densidade obtido pela Eq. 2.32, e as linhas ontínuas em azul
ção. Assetasindi amosentidodouxo. Assimulaçõesforamfeitaspara
um sistema om
N = 1250
partí ulas onnadas emum anal om uma onstrição, ujasseçõesdapartelargaeestreitasãoy
1
= 10.0
ey
2
= 2.5
,respe tivamente. As partí ulas são forçadas poruma força
F = 1.0
. . . p.85 47 (a)Perl de densidade obtidopara pedestres emum anal onnado emtodas asdireções. Ossímbolos( ír ulos) representam osresultados
obti-dos porsimulaçõesdedinâmi amole ular, ealinhatra ejadarepresenta
o ajustelinear desta urva, usandoa Eq. (2.33). (b) Colapso das urvas
dedensidadeobtidasparadiferentesvaloresdonúmerodepartí ulaseda
força externa. mostrando que o valor do parâmetro
a
é invariante parauma grande faixa de valores do número de partí ulas e daforça externa. p.88
48 Valor do parâmetro
a
em função da largura do analL
, obtido para pedestres onnados emum orredor estreito, om tendên ia a semovi-mentarem em direção à parede em
x = 0
. As diferentes urvas foram obtidasparadiferentes valoresdarazãoN/A
edaforçaexterna. Alinha ontínuavermelharepresentao ajustefeitonas urvasobtidasporsimu-lações de dinâmi a mole ular, Os parâmetros obtidos no ajuste foram
A = 6.08
,B = 4.06
eC = 0.20
. . . p.8949 Perl de densidade para
N
pedestres es oando através de um anal de larguraL = 10m
e om uma onstrição de largurah = 2.5m
. A urva ontínua des reve o ajuste da urva obtida por simulação de dinâmi amole ular om a Eq. 2.32. . . p.90
50 Geometriade um orredor responsávelporinduzirumadireção
preferen- ialparaoes oamento. Osparâmetrosusadosnestagurasão:
L = 10.0
,b = −3.0
,w = 4.0
,v = 3.0
,ρ = 0.6
,ξ = 0.0
andH = 1.0
. . . p.92 51 Parâmetro de ordem omo função do parâmetrob
. Vemos que oor-denamento preferen ial do sistema o orre apenas para altos valores de
|b|
. Os parâmetros usados nestas simulações foram:w = 4.0
,H = 1.0
,L = 10.0
,ρ = 0.6
,ξ = 0.0
ev = 3.0
. Osresultadosobtidosaquisãopara52 Parâmetro de ordem emfunção dadensidade para
w = 4.0
,deH = 1.0
,L = 10.0
,b = −4.0
,ξ = 0.0
andv = 3.0
. Os resultados obtidos aqui sãopara 10 diferentes realizaçõesdo sistema. . . p.95
53 Parâmetro de ordem omo função do parâmetro
H/w
omw = 4.0
,L = 10.0
,b = −4.0
,ξ = 0.0
andv = 3.0
. Os resultados obtidosaqui sãopara 10 diferentes realizaçõesdo sistema. . . p.96
54 Parâmetrodeordem omofunçãodoruídoexterno
ξ
i
presentenosistema, paraw = 4.0
omH = 1.0
,L = 10.0
,b = −4.0
ev = 3.0
. Osresultadosobtidos aquisão para 10diferentes realizações dosistema. . . p.97
55 Dependên ia do parâmetro de ordem om a velo idade, para
w = 4.0
omH = 1.0
,L = 10.0
eb = −4.0
. Osresultados obtidosaqui são para10 diferentes realizaçõesdo sistema. . . p.98
56 Design do anal usado para onnar as partí ulas. Este anal é
respon-sável por introduzir um poten ial tipo atra a, dando um sentido
prefe-ren ial paraoes oamentoquando osistemaé submetidoa umaforçaa
om média zero.
L
éo omprimentoda atra a,L1
é o omprimentodo eixo difí ilda atra a,L2
é o omprimentodoeixofá il da atra a,H
éa altura da atra ae
d
é oespaçamentoentre as atra as.. . . p.100 57 Velo idade média da rede de vórti es na direçãox
em função da forçaexterna apli ada para diferentes valores da omensurabilidade entre o
númerode atra aeonúmerodevórti es. Estesresultadosforamobtidos
para uma atra a de omprimento
L = 12
, omL1 = 3
eL2 = 9
, omaltura
H = 3.0
eespaçamentod = 0.9
. . . p.101 58 Velo idade média das partí ulas em função da força externa apli ada,paraaltos amposde omensurabilidade. Estegrá omostraque,quando
o ampode omensurabilidadeéaumentado,asmúltiplastransições
plás-ti asqueo orremembaixos amposde omensurabilidadedesapare em.
Estesresultadosforamobtidosparauma atra ade omprimento
L = 12
,om
L1 = 3
eL2 = 9
, om alturaH = 3.0
e espaçamentod = 0.9
. . . . p.102 59 Velo idade média das partí ulas em função da força externa paradife-rentes largura do anal. Os resultados aqui mostrados são para uma
des obeta da super ondutividade. Isto só foi possível porque em 1908
Onnes onseguiu liqüefazer o hélio pela primeira vez, possibilitando
al- ançar temperaturas extremamente baixas jamais al ançada
anterior-mente(51). Posteriormente, OnnesVeri ouqueestefenmenotambém
o orria om outros elementos quími osda tabelaperiódi a. . . p.106
61 Comportamento de um super ondutor e de um metal normal quando
submetidos asseqüên ias de medidas magnéti asZFC(zeroeld ooled)
eFC(eld ooled). Podemosverqueamagnetizaçãodeum material
su-per ondutorindependedahistóriamagnéti adosistema,istonãoo orrer
om um metalnormal. . . p.107
62 Este grá omostraosavanços naspesquisasembus ade materiais om
temperatura ríti a ada vez mais elevada. podemos ver o aumento
ex-plosivo natemperatura ríti ados materiaissuper ondutores após a
de-s oberta da super undutividade no sistema La-Ba-Cu-O, este trabalho
rendeu o prêmio nobel aos pesquisadores J. G. Bednorz e K. A. Muller
em1987 . . . p.110
63 Tabelamostrando osvaloresdatemperatura ríti a
T
c
,do omprimento de penetraçãoλ
, do omprimento de oerên iaξ
e do parâmetro de Ginzburg-Landauκ
. Osvaloresdeλ
eξ
paraoMgB
2
não foramen on-trados naliteratura. . . p.114
64 (a) Pers do ampo,
h
(azul), e do parâmetro de ordem super ondutor|ψ|
2
(vermelho). (b)Linhasde ontornodasuper orrente(azul)emtorno
do nú leo do vórti e. Nesta gura temos
λ = 10ξ
. Figura obtida de L.E. Cabral. . . p.118
65 Figura obtida de G. Bergmann publi ado em phys. rev. 107, 1 (1984).
Estegrá omostraumamedidademagneto-resistên iaemumlmeno
de Cu om espessura de
80
om resistên iaR = 98Ω
eum auto grau de desordem, olivre aminhomédionestaamostraédaordemde10
. Neste grá o podemos ver a supressão do efeito de lo alizaçãofra a quando aamostraéexposta aum ampomagnéti ovemostambémqueesteefeito
CambridgeUniv. Press. 1995. Estesresultadosforamobtidospor
exper-imentos numéri os para ambas as ondutân ias, lássi a e quânti a. A
ondutân iaquânti aé al uladapor ombinarmatrizesdeespalhamento
parasu essivasseções, adauma ontendoumaimpureza,assumindo
o-erên ia ompleta. A ondutividade lássi aé al ulada ombinando
ma-trizesde probabilidadeeassumindoin oerên ia ompleta. Osresultados
são para um ondutor om 30modos e om 600 impurezas. . . p.132
67 Grá o obtido por B. J. van Wees (PRL,60 848 (1988) ). Este grá o
mostra um esboço do sistema usado para fazer as medidasbem omo o
grá o da resistên ia em função da tensão apli ada, esta urva é
a om-panhada de vários platores que são resultados da quantização da
on-dutân ia. . . p.133
68 Grá o obtido por B. J. van Wees (PRL,60 848 (1988) ). para a
INTRODUÇO
Oestudo das propriedadesde transporte emsistemasmesos ópi oséde fundamental
importân iapara o desenvolvimento de on eitos have naFísi a Bási a e para o
desen-volvimentode novas te nologias. Em geral,o me anismo de transporte destes sistemasé
muito omplexo,sua ompreensãopode ajudara des rever aspropriedadesdinâmi asde
sistemasfora doequilíbrio (11, 25,26,66,76, 80).
Em meados de 1980 foram ini iados os estudos das propriedades de transporte em
estruturas arti iaisde metais e materiaissemi ondutores fabri ados pelas té ni as hoje
usadas na nanofabri ação. Estes estudos revelaram que o transporte eletrni o nestes
materiais são a ompanhados de efeitos de lo alização fra a (7), efeitos de interferên ia
efeito Ahanarov-Bohm (81), utuações universais (49) e quantização da ondutân ia
(79). Hoje emdiaas propriedadesmesos ópi as tem sido observadas emoutros sistemas
om diferentes es alasde omprimentos, omo no transporte de olóides, materiais
gran-ulares,uidos e nomovimentode pedestres (10, 25, 32).
Re entemente foi veri ado que o transporte de partí ulas onnadas em um anal
mesos ópi o, movendo-se em sentidos opostos e interagindo entre si por um poten ial
repulsivo, exibe um novo estado de ristalização, obtido quando aumentamos o ruído
externo ao sistema (32). Tal efeito foi denominado Freezing by Heating, tendo sido
veri ado pelaprimeiravez porD. Helbinget al. (32) noestudodadinâmi ade sistemas
oloidaise nomovimentode pedestres.
Nesta tese, estudamos as propriedades do es oamento de partí ulas interagentes e
onnadasemsistemasmesos ópi os, om ênfase nades rição do omportamentode
vór-ti esemsuper ondutores, sistemas oloidais,ondas dedensidadede arga, anaisini os,
mi rouidos, sistemas granulares e o movimento de pedestres. Por possuir um
ompor-tamento fortemente oletivo estes sistemas apresentam muitas ara terísti as omplexas
queserão dis utidas a seguir.
Em geral, as partí ulas dos sistemas estudados interagem através de um poten ial
O modelo proposto anteriormente por Zapperi et al. (87) será utilizado para des rever
taissistemas. Como resultado, obtemosuma equaçãodiferen ial de primeiraordem
não-lineartambém onhe ida omo equação diferen ialde Abel de segundo tipo. Mostramos
que a solução desta equação diferen ial em uma dimensão (1D) é apaz de des rever o
omportamentodadensidadede partí ulasaolongode um analbi-dimensional(2D).Os
obstá ulosempregadosemnossosestudos foramuma barreirade energia,uma onstrição
eumarede de defeitosperiódi os (empregadaapenasnoestudo dotransportede vórti es
em super ontudores), ou seja, uma rede de pinos. Consideramos dois limites para a
interaçãoentre os vórti es eos pinos. No primeiroos pinos apresentam um poten ialde
atraçãoinnitodeformaqueosvórti espinadosnun aentramemmovimento. Neste aso,
onsideramos que os pinos se omportam omo uma rede de vórti es xos. No segundo
limite, onsideramosquea interaçãoentre osvórti es eospinos édada porum poten ial
nito, ou seja, os vórti es podem ser depinados, dependendo apenas da on entração de
vórti es e daforçaexterna.
Na segunda parte deste trabalho, estudamos o transporte de partí ulas onnadas
geometri amente por paredes assimétri as que introduzem um poten ial tipo atra a
responsávelporinduziruma direçãopreferen ial aoes oamento. Estudamos ini ialmente
o movimento de pedestres em sentidos opostos em um anal estreito, onde medimos o
parâmetro de ordem emfunção dadensidade, velo idade, assimetria, ruído externo e da
razão entre a largura do anal e a profundidade da assimetria. Investigamos também
as propriedades de es oamento da rede de vórti e onnada por paredes assimétri as.
Neste aso todos os vórti es es oam no mesmo sentido. Cal ulamos a velo idade média
dosistemaemfunçãodaforçaexternaapli adanosdois sentidosde movimentos,ouseja,
nosentido doeixo fá ile doeixo difí ilda atra a.
Esta tese está organizada daseguinteforma. No Capítulo1, apresentamos uma
des- rição geral dos sistemas mesos ópi os e des revemos os sistemas aqui estudados. No
Capítulo2,mostramososresultadosobtidosparaotransportede partí ulasemmeios
su-peramorte idos, es oando emum analmesos ópi o napresença de um obstá ulo para o
uxo. Osresultadosmostrados nesse Capítuloforamobtidos porsimulaçõesde dinâmi a
mole ular,integração numéri adaequaçãodiferen ialresponsávelpelades riçãodo
om-portamentodosistema, bem omo por ál ulosanalíti os. No Capítulo3,des revemos a
dinâmi ade partí ulas onnadasgeometri amenteporparedes assimétri as. Estes
estu-dos são feitos para des rever a dinâmi ade vórti es em super ondutores e o movimento
mole ular. Finalmenteapresentamos nossas on lusões nais e perspe tivas para futuros
1 CONCEITOS GERAIS
Neste Capítulofazemosumarevisãobibliográ ados problemasestudadosnestatese,
mostrando os prin ipais resultados já obtidos para sistemas mesos ópi os, vórti es em
super ondutores e movimentode pedestres.
1.1 Sistemas mesos ópi os
Osestudosdaspropriedadesdetransporteemsistemasmesos ópi os,ouseja,sistemas
onde pelo menos uma de suas dimensões é da mesma ordem de grandeza de algum de
seus omprimentos ara terísti os, têm reveladonovaspropriedadesfísi asextremamente
pe uliares. Tais estudos tiveram iní io por volta de 1980 e propor ionaram inúmeros
avanços te nológi os, omo a miniaturização de omponentes eletrni os, possibilitando
odesenvolvimentode omputadores e dispositivoseletrni os mais e ientes.
Os primeiros resultados obtidos para estes sistemas mostraram que o transporte
eletrni o é a ompanhado por efeitos de lo alização fra a (7), interferên ia (81)
tam-bém onhe ido omo efeito Ahanorov-Bohm, utuações universais (81) equantização da
ondutân ia(79).
No transporte de elétronsoprin ipal omprimento ara terísti o,é o omprimento
de oerên ia defase eletrni o
L
Φ
,dadopeladistân iaqueumelétronpodeper orrer sem perder sua fase memória,Este omprimento res e om a diminuição datempera-tura, hegando a dimensões da ordem de mí rons. Outros omprimentos ara terísti os
importantes nades rição de sistemas mesos ópi ossão:
•
o omprimentode lo alizaçãoeletrni aξ
: medeaextensãoespa ialdafunção de onda. Em ondutores, este omprimento é do tamanho da amostra, enquanto•
olivre aminhomédioelásti oL
e
: medeadistân iaqueoselétronspodemviajar sem sofrer olisões. Este omprimento depende fortemente do grau de impurezasdas amostras,de defeitos ristalinosedatemperatura. Variandode algunsmí rons
aalguns angströms.
•
o omprimento de onda de Fermiλ
F
,está rela ionado om aenergia donível deFermidomaterialdadoporλ
F
=
h
√
2mε
F
.Emgeraleste omprimentoédaordem
de angströms.
Estes omprimentos ara terísti ossãoresponsáveispordistinguirosdiferentesregimes
de transporte em sistemas mesos ópi os, usualmente identi ados omo: balísti o,
difu-sivo ou lo alizado. A Fig. 1 ilustra a relação entre os omprimentos ara terísti os e os
regimesde transporte.
difusivo localizado
balistico
l
F
l
e
x
L
F
L
quântico
mesoscópico
clássico
Figura 1: Diferentes regimes para o transporte de elétrons em estruturas mesos ópi as.
Estes regimes de transporte são des ritos pelos omprimentos ara terísti os dosistema.
Osefeitos mesos ópi os podem ser veri ados quando um dos omprimentosdo sistema
(
L
) é menorque o omprimentode oerên iade faseeletrni oL
Φ
.Podemos ver na Fig. 1 que, em sistemas eletrni os, as propriedades mesos ópi as
podem ser medidas em uma faixa de omprimento intermediária entre o ma ros ópi o,
ondeotransporteéregidopelasleisdaFísi aClássi a,eonanos ópi o, omotransporte
regidopelas leisda Me âni aQuânti a. Sendo
L
o menor omprimento dosistema estu-dado,paraL >> L
Φ
as propriedadesde transporte são puramente difusivase podem ser des ritaspelaequaçãodeBoltzmann. QuandoL << L
Φ
aspropriedadesdos sistemassão quantizadas e des ritas pela equação de S hrödinger e pela equação de Liouville. Paraomprimentos
L ≤ L
Φ
, os sistemas en ontram-se no limite mesos ópi o, sendo des ritos pelas teorias daFísi a Clássi aadaptadas om ingredientes Quânti os.O termo mesos ópi o não faz nenhuma referên ia ao tamanho do sistema, e sim à
razão entre suas dimensões e seus omprimentos ara terísti os, devendo portanto ser
usado para des rever um regime de transporte e não uma es ala de omprimento. As
propriedades de transporte emsistemas mesos ópi os são de grande importân ia para o
desenvolvimento de novos dispositivosnanoestruturados,
Re entemente, aspropriedadesdetransporteemsistemasmesos ópi ostêm sido
veri- adasemmaioreses alasde omprimento, omonotransportede partí ulasem olóides
enomovimentodepedestres. Dentre estas propriedadespodemos itaroefeitoFreezing
by Heating, que onsiste emuma ristalizaçãoinduzida por um ruído externo no
trans-porte de partí ulas onnadas movimentando-se em sentidos opostos (32). Vale itar
também a presença de um omprimento ara terísti o induzido pela não-lo alidade do
uxo, efeito este que pode ser observado em materiais vítreos (glassy materials), em
olóidese emsistemas granulares emgeral (25).
1.2 Vórti es em super ondutores
A dinâmi a de vórti es em super ondutores omeçou a ser estudada após A. A.
Abrikosov(Nobel2003)terveri adoqueasuper ondutividadepode oexistir omo
mag-netismo em alguns materiais (super ondutores do tipo-II). Em seu trabalho, Abrikosov
(1)mostrouqueo ampo magnéti o apli adopode penetrarnaamostrasuper ondutora,
na forma de linhas quantizadas de uxo magnéti o hamadas de vórti es. Os vórti es
apresentam um quantum de uxo magnéti o dado por
Φ
0
= h/2e
, ondeh
é a onstante de Plan k ee
é a arga elementar do elétron. Eles possuem um nú leo om raio igual ao omprimentode oerên iaξ
,ondeo ampomagnéti oé máximo. O ampomagnéti o donú leodovórti e,porsuavez, de aiemum omprimento ara terísti o onhe ido omomprimento de penetração de London
λ
. No Apêndi e A apresentamos as prin ipais teoriasfenomenológi as usadaspara des rever oestado super ondutor.Osvórti esemsuper ondutorespodemal ançardiferentes níveisdeinteraçãoquando
variamos o ampo magnéti o externo. Isto faz om que este sistema seja ideal para o
estudos das propriedades de sistemas oletivos. O estudo da dinâmi a de vórti es tem
mostradonos últimosanosaexistên iade muitas formas omplexasde movimento, omo
des ritonaSeção 1.2.1.
fortemente do tipo-II e permitem que a fase super ondutora e os vórti es oexistam em
uma ampla faixa de ampo magnéti o. Durante muito tempo estes estudos pro uraram
entender omo os vórti es poderiam ser aprisionados, pois quando submetidos a forças
externasosvórti espodementraremmovimento,fazendo omqueaenergiasejadissipada
nestesistema.
A ompreensão da dinâmi a de vórti es em super ondutores é fundamental para o
desenvolvimento de on eitos físi os em outras áreas do onhe imento, e.g., olóide e
ondadedensidade de arga,tendotambémimportân iaparaodesenvolvimentodenovos
dispositivos. Os vórti es em super ondutores se omportam omo uma rede ristalina
-rede de Bragg também onhe ida omo rede de vórti es - que apresenta ara terísti as
típi asde uma fasetermodinâmi a, omo fusãoe alorespe i o.
1.2.1 Propriedades da rede de vórti es
A primeirapropriedadeobservada nos vórti esemsuper ondutores foi aformaçãode
uma rede periódi a e triangular. Isto pode ser veri ado desde que o material
super- ondutor esteja livre de impurezas e/ou defeitos e os vórti es não estejam onnados em
estruturas mesos ópi as,esta rede é onhe ida omo rede de Abrikosov.
Figura2: Visualizaçãodaredede vórti esobtidaporU.EssmanneH.Traublepubli ado
naPhysi sLetters,24A526(1967). Estavisualizaçãofoiobtidapelaté ni adede oração
magnéti a, omprovandoqueosvórti esformamumaredetriangularnaausên iadeforças
externase de defeitos no material.
As propriedades estáti as e dinâmi as da rede de vórti es são alteradas quando o
sistema é onnado. O onnamento dos vórti es em regiões da ordem do omprimento
uxo magnéti o. Quando os vórti es são onnados em regiões da mesma ordem do
omprimentodepenetraçãodeLondon
λ
,aspropriedadesestáti assãoalteradasfazendo omquea onguraçãotriangularnão sejaamaisestávelparaaredede vórti es(88). Aspropriedadesdinâmi as tambémsão alteradas omo veri ado em trabalhos anteriores e
nesta tese.
Na presença de uma orrente externa, os vórti es podem entrar em movimento
in-duzindo perdas de energia. Para que a orrente super ondutora ua sem que haja
dissi-pação de energia, faz-se ne essário aprisionar os vórti es. Isto pode ser feito usando as
própriasnão-homogeneidade e defeitos na estrutura ristalina do material ou através de
estruturas arti iais, onhe idas omorede de pinos.
Uma das primeiras teorias sobre o movimento da rede de vórti es foi elaborada por
Anderson e Kim (2). Esta teoria, onhe ida também omo teoria de ux reep, prevê a
existên iade pa otesde vórti esquesemovemindependentementeuns dos outrosdevido
à variação lo al da densidade de pinos. Larkin e Ov hinnikov (47) demonstraram que a
ordem ristalina de longo al an e darede de vórti es é destruída napresença de entros
deaprisionamento,não importandoquãofra oseles sejam. Esta teoriaé onhe ida omo
teoriado pinning oletivo.
Figura3: Diagramadefaseobtidonumeri amenteporA.E.Koshelevand V.M.Vinokur
publi ado em PRL, 73 3580 (1994). Neste trabalho foi prevista uma transição de fase
dinâmi a,ondeuma ristalizaçãopodeserobtidaparavaloresda orrenteexternamaior
quezero.
Vinokur em1994 (46) prevêo movimentode um ristalde vórti e moving rystal para
forças maiores que
f
t
. Para forças menores quef
t
e maiores que a forçade depinningf
c
(forças onde os vórti es omeçam a se movimentar) os vórti es se movimentam em umregime plásti o.Abaixo de
f
c
, os vórti es estão pinados e apresentam uma onguração quase homogênea, mas sem ordem ristalina de longo al an e. Para temperaturas a imade
T
m
a redede vórti es se omporta omo umlíquido, sendoT
m
a temperaturade fusão darede de vórti es.As medidas de transporte em super ondutores na presença de um ampo magnéti o
deram iní io às investigações das fases dinâmi as da rede de vórti es. Bhatta harya e
Higgins (8) estudaram a dependên ia da orrente de transição om o ampo magnéti o
separando omovimentodos vórti es emdois regimes, omo mostrado naFig. 4(a).
(a) (b)
Figura4: (a)Diagrama de faseexperimentalobtidoporS.Bhatta haryae M.J. Higgins
publi adoem PRL,70 2617 (1993),mostrando asfases darede de vórti es. Como
pode-mos ver há três fases distintas para a rede de vórti e: vórti es pinados (fase estáti a),
es oamentoplásti oees oamento elásti o. (b)Diagramade faseexperimentalobtidopor
M.C. Hellerqvist et al., publi ado emPRL, 76 4022 (1996). Este diagrama de fase
pos-sibilitouuma omparaçãodireta om osresultados numéri osobtidosporA.E.Koshelev
and V. M.Vinokur.
Hellerqvist et al. (33) zeram outro trabalho experimental, medindo desta vez a
orrenteemfunçãodatemperaturaparaumaamostrabidimensionalde
Mo
77
Ge
23
. Estas medidas possibilitaram uma omparação direta om o trabalho de Koshelev e Vinokur(46). Hellerqvistetal. (33)observaramumaumentoda orrelaçãodarededevórti espara
orrentes altas. Para baixas temperaturas, eles en ontraram que os vórti es ini iam seu
movimentomuito abruptamente quando a orrente elétri a é aumentada e o movimento
Giamar hie LeDoussal (21),usando té ni as de renormalização, mostraram que,ao
ontrário do previsto por Koshelev e Vinokur (46), alguns modos de desordem não são
afetadospelomovimento,mesmoemaltas velo idades. Sendoassim, arede devórti esse
omporta omo um vidro em movimento(moving glass) e não omo um ristal perfeito.
Omoving glass possui as seguintes propriedades: (i) de aimentoda ordem transla ional
delongoal an e, (ii)aspartí ulasuematravésde anaisestáti os,(iii)padrãode anais
altamente orrela ionado ao longo da direção transversa ao movimento, devido à
om-pressãoelásti a, e(iv) existên iade barreirasao movimento transverso.
Zapperi et al. (87) mostraram numeri amente que a frente de penetração do uxo
magnéti ovórti e eoperl dedensidade obede em aumaleidees ala. Neste trabalho,
uma equação de difusão não-linear é obtida através do oarse graining da equação de
Fokker-Plan kparaumsistemadepartí ulassuperamorte idasemummeiodesordenado.
Estes autoresobservaramque talequaçãoé apaz de des rever adinâmi ade penetração
devórti eemsuper ondutores. OsresultadosobtidosporZapperietal. (87)mostrandoo
olapsodas urvasparafrentedepenetraçãoeparaoperlde densidadesãoreproduzidos
naFig. 5.
0
1
2
3
4
5
Log
10
t
1
2
3
Log
1
0
x
p
f
0
= 0.01
f
0
= 0.02
f
0
= 0.04
f
0
= 0.06
f
0
= 0.10
−3 −2 −1
0
1
2
Log
10
f
0
3/2
t
0
1
Log
10
f
0
1/2
x
p
(a)0
50
100
150
x
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
ρ
f
0
= 0.01
f
0
= 0.02
f
0
= 0.04
f
0
= 0.06
f
0
= 0.10
0
5
10 15 20
xf
0
1/2
0
1
2
3
ρf
0
−1/2
(b)Figura 5: Grá os obtidos por Zapperi et al. publi ados em PRL 86, 3622 (2001).(a)
Posiçãomédiadafrentedepenetraçãoemfunçãodotempo. Oinset destegrá omostrao
olapsodas urvasobtidasparadiferentesvaloresdaforçaexterna. (b)Perldedensidade
emfunçãodaposiçãoparadiferentesforçasexternas. Noinset émostradoo olapsodestas
urvas. Os grá os mostrados em (a) e (b) foram obtidos por simulações de dinâmi a
mole ular
A integração numéri a da equação de difusão não-linear mostrou que a frente de
penetração do uxo magnéti o tem uma estrutura fra tal om dimensão que variaentre
(ver Fig, 6). A dimensão fra tal é obtida usando o método da ontagem de aixas. O
sistemaédivididoem aixas detamanho
b
e ontamosentãoonúmerode aixaso upadasN(b)
,que de ai omb
−D
f
,onde
D
f
éa dimensão fra tal.Figura6: Grá osobtidosporZapperietal. publi adosemPRL86,3622(2001). Oinset
desta guramostra a densidade obtida porintegração numéri a daequação ontínua. O
grá oprin ipalmostraa ontagemdonúmerode aixaso upadasemfunçãodotamanho
da aixa. A dimensão fra tal medida para este sistema foi
D
f
= 4/3
(linha sólida). A mudançade omportamentopara dimensão fra talD
f
= 1
éobtida para grandeses alas de omprimento.Quando arede devórti eséexposta aalgumtipode assimetriaespa ialoutemporal,
podemos observar uma direção preferen ial para o es oamento quando apli amos uma
força externa alernada a om média zero. Esta simetria é responsável por induzir um
efeitode reti ação onhe ido omo efeito atra a (48).
1.3 Colóides
exemplo,aquelesempregadosnopro essodemigraçãodepartí ulassobainuên iadeum
ampoelétri o(eletroforese)enopro esso deeletro-osmose(55). Dispositivosproduzidos
om estas té ni as são utilizadosemgrandees ala naseparação de proteínas e DNA.
A dinâmi ade olóides arregados napresença de um ampo elétri oexterno o orre
através de pro essos de não-equilíbrio. Estes sistemassão ideais para se estudaras
tran-siçõesde fase. Estudos re entes (15), baseados em simulações de dinâmi ade Langevin,
mostraram que estes sistemas apresentam uma transição ordem-desordem (formação de
leiralanes)quando as partí ulas são submetidas a altos valores de amposexternos e
densidades. Esta transição pare e ser de primeiraordem, apresentando uma
metaestabi-lidadequepode ser veri ada devido àpresença de i los de histerese neste sistema(15).
Nas Fig. 7 e Fig. 8 mostramos os resultados obtidos por Dzubiella et al. (15) através
desimulaçõesde dinâmi aBrowniana,para umamistura oloidalsubmetida aumaforça
externa. Na Fig. 7 mostramos a onguração nal das partí ulas para diferentes forças
Figura 7: Conguração nal para uma mistura binária de partí ulas suspensas em um
sistemabi-dimensionalmovimentandoemsentidos opostos,guraobtidaporJ.Dzubiella
et al. (15). (a) Sistema no estado desordenado, onguração obtida para um ampo
externonulo. (b)Sistemaaindanoestadodesordenado, masagora omum ampoexterno
apli adopróximodo ampo ríti o
f
1
≃ f
c
. ( ) O sistemano estadoordenado, formando leiras. Esta onguração foi obtida para um ampo externof
2
> f
1
. Nesta situação, o parâmetro de ordem obtido é (φ ≃ 0.99
). Como podemos ver o sistema apresenta uma transição de ordem-desordem dependendo do ampo força externa. Esta transição defase é onhe ida omo transição de ordenamento dinâmi o. Maiores detalhes sobre esses
resultados podem ser en ontrados em(15).
externas e na Fig. 8 mostramos a variação do parâmetro de ordem em função da força
externapara diferentes valores de
κσ
, ondeσ
éo diâmetrodas partí ulas eκ
é o inverso do al an e do poten ial de interação entre as partí ulas. Em 8(a) as medidas são feitasaumentando-seaforçaexterna, omaspartí ulasini ialmentedistribuídasaleatoriamente
elar muitos aspe tos importantes, válidos na des rição do movimento de pedestres (41),
de partí ulas granulares(12, 16) eda interfa e entre uidos (84).
Figura 8: Parâmetro de ordem em função do ampo externo, para diferentes valores do
diâmetrodas partí ulas
σ
edo inverso doal an edopoten ialκ
. Estes resultados foram obtidos através de simulações de dinâmi a Browniana por J. Dzubiella et al. (15). Oparâmetro de ordem mede o grau de organização do sistema. a) Parâmetro de ordem
obtido para as partí ulas ini ialmentedistribuídas aleatoriamentee om a força externa
sendo aumentada. (b) Parâmetro de ordem para as partí ulas ini ialmente organizadas
em duas leiras e om a força externa sendo diminuída gradualmente. Estes resultados
mostrama existên ia de uma metaestabilidade, veri ada através de i los de histerese,
indi andoqueestatransição éumatransiçãode fasedeprimeiraordem. Maioresdetalhes
sobre estes resultados podem ser en ontrados em(15).
A formação de leiras na dinâmi a de misturas binárias de partí ulas arregadas
em olóides, que se movimentam em direções opostas devido à apli ação de um ampo
elétri o,foi onrmadaexperimentalmentepormeio de visualizaçãoda dinâmi aatravés
de mi ros ópios onfo ais (50). Na ausên ia de ampos elétri os externos, as partí ulas
emsuspensãoformamum ristalbinário(36). Quandoo ampoelétri oex edeum ampo
ríti o,aestrutura ristalinaédestruídaeaspartí ulasformamleirasparalelasao ampo
apli ado. Para ampos ainda maiores, as leiras são destruídas e as partí ulas entram
em um estado de transporte desordenado, que pode levar a uma obstrução do anal,
impedindootransporte.
NaFig. 9,mostramosodiagramadefasedenão-equilíbrio,ondepodemos lassi aros
diferentes estadosesta ionáriosdadinâmi adesistemas oloidaisemfunçãodadensidade
e do al an e do poten ial de interação (67). A transição observada para altos ampos
Figura 9: Diagrama de fase de não-equilíbrio obtido por M. Rex et al. (67) para uma
mistura binária de olóides arregados, movimentando-se em sentido ontrário devido
à ação de um ampo elétri o externo. Os resultados foram obtidos por simulações de
dinâmi aBrowniana.
κ
éoal an edopoten ialeφ
éafração volumétri adas partí ulas. Maioresdetalhes deste grá opodem ser obtidos em(67).Estudosdotransporte de olóidessuperparamagnéti osatravésde anaisestreitos
re-velam que o gradientede on entração está rela ionado om o me anismode redução de
amadasno anal (layer redu tion) (45). Quando a força externa domina o es oamento,
o me anismo de redução de amadas não pode ser en ontrado. No entanto, quando o
transporte o orrer devido a um gradiente de on entração, podemos veri ar um
me a-nismo de redução de amadas eas partí ulas se organizando emuma rede hexagonal. O
ordenamentohexagonalé atribuídoàinteração das partí ulas omváriosvizinhos aoseu
redor, sendo que o al an e da interação entre as partí ulas é determinado pelo ampo
magnéti o externo. Este sistema é ideal para estudarmos o omportamento de sistemas
oletivos,poisvariandoo ampomagnéti oexternomudamosoal an edainteraçãoentre
as partí ulas e, onsequentemente, as propriedades estáti as e dinâmi as deste sistema.
Estes estudos são de fundamental importân ia para a ompreensão do me anismo de
transporte emsistemas biológi os, omo em anais ini os(68).
Na Fig.10 mostramos o perl de densidade e os parâmetros da rede na direção
x
e na direçãoy
, obtidos por Köppl et al. (45), para sistemas oloidais de partí ulas su-perparamagnéti as forçadas a es oar através de um anal estreito. Podemos ver que oaolongo dadireção
x
.Figura 10: Grá o obtido por M. Köppl et al. (45) mostrando o perl de densidade ao
longode um anal estreitoquandoaspartí ulas estãoes oando devido aumgradientede
on entração.
O me anismode layer redu tion foiobservado ini ialmenteporGlassonet al. (23).
A mudança do número de amadas nas proximidades de uma onstrição foi prevista
por simulações da dinâmi ade Langevin para partí ulas interagindo om o poten ial de
Yukawa(61), omo mostra aFig. 11.
Figura 11: Perl de densidade obtido por G. Pia ent et al. (61) para um sistema de
partí ulasinteragindo omopoten ialdeYukawaparadiferentesvaloresdaforçaexterna.
Osestudos daspropriedades de transporte em olóidesemuma estrutura assimétri a
indi amumme anismodereti açãodomovimentodaspartí ulas(efeito atra a)quando
o movimento dela é induzido por uma força a (53). O me anismo de transporte neste
sistemaéfortementedependente daaberturado anal e dotamanhodas partí ulas (44).
Foiveri ado que a velo idade das partí ulas res e linearmente om a freqüên ia e om
(a)
(b)
Figura12: Grá osobtidosporC.Marquetet al. (53)mostrandoareti açãode
partí u-las mi rométri as es oando através de um anal assimétri o omo mostrado em (a), as
partí ulassão submetidasa um ampo elétri oa de baixafreqüên ia e om média zero.
(a)Designdo analassimétri ousadoparareti aromovimentode partí ulas onnadas
emum anal usado por C. Marquet et al. (53). (b) Resultados en ontrados por C.
Mar-quetet al. (53), mostrandoadependên ia davelo idadede transporte omfreqüên iada
1.4 Pedestres
Nos últimos anos, a dinâmi a de pedestres tem despertado grande interesse na
o-munidade ientí a. O aumento dapopulaçãonos grandes entros urbanos faz om que
in identes, omo in êndios, possam se transformar emdesastres se o lo al não puder ser
eva uado em tempo hábil. Na tentativa de evitar estes desastres, muitos estudos têm
sidofeitosparaviabilizarformas deeva uarregiõesdensasefe hadas emum intervalode
tempomínimo. Estesestudossãorealizadospormeiosdesimulaçõesnuméri as,
analiti a-menteeempiri amenteouexperimentalmentepormeio de análisede vídeos. Osmodelos
usadospara estudar adinâmi a de pedestres podem ser divididosem duas lasses:
mod-elos ontínuos e modelos dis retos. O modelo ontínuo é baseado no modelo de força
so ial proposto por Helbing (32). O modelo dis reto é baseado na dinâmi a onhe ida
omoautmato elularesuasvariações: oor eldmodel elatti e gas model (82,86). Em
geral,adinâmi ade pedestres émuito omplexaedifí ilde sermodeladanumeri amente,
poisospedestres estãosujeitosaumgrandenúmerodeinterações. Modelarestessistemas
representa um grande desaopara os pesquisadores desta área.
A modelagemdadinâmi a de pedestres é um dos mais ex itantes ampos da iên ia
e da engenharia. Compreender omo os pedestres se movimentam é de fundamental
importân iaparapodermos nos ante ipar evitandodesastres, e para melhoraro uxo de
pessoas em lo ais públi os omo em estações de trens, auditórios, teatros, inemas, et
(35). Foiobservadoquetaissistemasapresentamumatransiçãode faseinduzidaporuma
quebraespontânea dasimetria(85). Os efeitos oletivos nesses sistemassão responsáveis
pelas seguintes fases (57, 82):
•
ordenada - movimentonaforma de amadasbem denidas lanes•
desordenado -movimento turbulento, altamenteresistivo jamming•
obstruída- as partí ulas estão paradas loggingAspropriedadesdadinâmi adepedestres,in luindoosfenmenosdeauto-organização,
têmsido observadasereproduzidasporváriosmétodosfísi os. Éimportanteressaltarque
aeva uação de pedestresénarealidademuitomais omplexaqueosmodelosusadospara
des reveresta dinâmi a. As ir unstân ias de perigo epâni o sãomuitodifí eisde serem
reproduzidas numeri amente, sendo quase impossíveis de serem veri adas na vida real.