• Nenhum resultado encontrado

Projeto social Bola pro futuro: contribuições da prática de esportes coletivos e suas consequências para o aluno no ambiente em sociedade

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Projeto social Bola pro futuro: contribuições da prática de esportes coletivos e suas consequências para o aluno no ambiente em sociedade"

Copied!
48
0
0

Texto

(1)

PROJETO SOCIAL BOLA PRO FUTURO: CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA DE ESPORTES COLETIVOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O ALUNO

NO AMBIENTE EM SOCIEDADE

Autor: Rafael Biasi Manzoni Orientador: Prof. Me. Mauro Bertollo

IJUÍ - RS 2017

(2)

PROJETO SOCIAL BOLA PRO FUTURO: CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA DE ESPORTES COLETIVOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O ALUNO

NO AMBIENTE EM SOCIEDADE

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Educação Física da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Educação Física.

Orientador: Me. Mauro Bertollo

IJUI - RS 2017

(3)

PROJETO SOCIAL BOLA PRO FUTURO: CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA DE ESPORTES COLETIVOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O ALUNO

NO AMBIENTE EM SOCIEDADE

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Educação Física da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Educação Física.

Ijuí, ___ de julho de 2017.

BANCA EXAMINADORA

______________________ Prof. Me. Mauro Bertollo

UNIJUI – RS

______________________ Prof. Osmar Laureano

(4)

Primeiramente agradeço a Deus por me proporcionar viver este momento indescritível de muita alegria e também pelas pessoas que ele colocou na minha vida.

Agradeço a minha vó Lenir Biasi (in memoriam) e a meu avô Volmir Manzoni (in memoriam), que sempre estiveram em meus pensamentos nos momentos mais difíceis.

Agradeço aos meus pais e irmãos pela força, apoio e carinho sempre. Agradeço a minha madrinha Solange Rufino e meu padrinho Francisco Rufino pela estadia em seu lar, e pelo seu carinho e amor incondicional durante toda a minha trajetória acadêmica.

Agradeço ao meu orientador Professor Mauro Bertollo pela sua atenção e dedicação com o meu trabalho, pela confiança e por acreditar no meu potencial.

Agradeço também a todos os professores do curso que colaboraram na construção do meu conhecimento e contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional.

Agradeço a todas as pessoas que de uma forma e outra contribuíram para que eu conseguisse alcançar mais esse objetivo.

(5)

Os esportes contemplam diversas áreas de desenvolvimento de quem os pratica. Além da evolução motora e física também se pode notar mudanças na personalidade dos indivíduos participantes. Desta forma o objetivo desta pesquisa foi investigar e descrever qual a contribuição que a prática de esportes coletivos em um projeto social acarretou para alunos no ambiente social. Para isto, foi realizada uma pesquisa descritiva e qualitativa por meio de questionários com professores, gestores e alunos egressos do projeto social esportivo denominado “Bola Pro Futuro” da cidade de Santigo-RS. Este instrumento buscou relatar a percepção dos formadores na evolução/contribuição da pratica de esportes coletivos para o convívio social e escolar do aluno, bem como apresentar o ponto de vista dos participantes entrevistados acerca da percepção de suas mudanças. Os dados estão organizados e categorizados por meio de análise de conteúdo dos questionários e corroboram a importância da existência de projetos sociais enquanto atuantes no espaço em que fazem parte.

(6)

1 INTRODUÇÃO... 9

2 A COLETIVIDADE ATRAVÉS DOS ESPORTES E PROJETOS SOCIAIS... 13

3 PROJETO BOLA PRO FUTURO... 19

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 20

4.1 NATUREZA E TIPO DE PESQUISA... 20

4.2 LOCAL DA PESQUISA... 20

4.3 PARTICIPANTES... 20

4.4 INSTRUMENTOS... 21

4.5 PROCEDIMENTOS... 21

4.6 ANÁLISE DOS DADOS... 22

4.7 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS... 22

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS... 23

5.1 DOS ALUNOS E EGRESSOS DO PROJETO... 23

5.2 DOS PROFESSORES E MONITORES... 29

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 38

REFERÊNCIAS... 39

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS EGRESSOS... 42 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES E MONITORES...

44

APÊNDICE C – TERMO DE CONSCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO...

(7)

CONVÍVIO EM SOCIEDADE?... 24

GRÁFICO 2 – QUAIS AS PRINCIPAIS EVOLUÇÕES VOCÊ NOTOU EM SI ENQUANTO ALUNO PRATICANTES DE ESPORTES COLETIVOS EM UM PROJETO SOCIAL?... 25

GRÁFICO 3 – VOCÊ OBSERVOU UMA MELHORA NA ESCOLA OU NO CONVÍVIO ESCOLAR?... 26

GRÁFICO 4 – PORQUÊ VOCÊ ACHA IMPORTANTE A PRÁTICA DE ESPORTES?... 27

GRÁFICO 5 – EM QUAIS FATORES OS ESPORTES COLETIVOS INLFUENCIARAM NA SUA VIDA?... 28

GRÁFICO 6 – A NÃO PARTICIPAÇÃO DESTAS ATIVIDADES TERIA

LEVADO VOCÊ A UM CAMINHO PERIGOSO? 29

GRÁFICO 7 – VOCÊ NOTA EVOLUÇÃO DOS ALUNOS ENQUANTO PRATICANTES DE ESPORTES COLETIVOS?... 30

GRÁFICO 8 – QUAIS AS PRINCIPAIS EVOLUÇÕES NOTÁVEIS NOS ALUNOS PARTICIPANTES?... 31

GRÁFICO 9 – VOCÊ CONSEGUE TER UM ACOMPANHAMENTO INTERDISCIPLINAR DESTES ALUNOS E NOTAR UMA MELHORA DE NOTAS?... 32

GRÁFICO 10 – O ALUNO TEVE MELHORAS NA ESCOLA OU NO CONVÍVIO ESCOLAR?... 32

GRÁFICO 11 – OS ALUNOS VÊM DE UMA REALIDADE A QUAL SEU CONVÍVIO SOCIAL PODE LEVÁ-LO PARA UM CAMINHO QUE AFETE PREJUDICIALMENTE SEU FUTURO?... 33

GRÁFICO 12 – VOCÊ ACREDITA NA TRANSFORMAÇÃO DA EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA ATRAVÉS DOS ESPORTES COLETIVOS?... 34

GRÁFICO 13 – QUAL O BENEFÍCIO SOCIAL E A INFLUÊNCIA EM SUAS VIDAS FORA DO PROJETO PARA OS ALUNO QUE PRATICAM ESPORTES?... 35

(8)

36

GRÁFICO 15 – DE ALGUM MODO A PRÁTICA DE ESPORTES COLETIVOS PODE PREJUDICAR A FORMAÇÃO DE CIDADANIA DO ALUNO?... 37

(9)

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, os esportes coletivos são reconhecidos como um dos principais meios de socialização e inclusão, principalmente se levado em consideração o tanto de projetos sociais envolvendo tal temática. De acordo com Scaglia em seu livro intitulado “Pedagogia do esporte – jogos coletivos de invasão” (1999), há de se desenvolver o estímulo não somente das ações mecânico-motoras em uma prática esportiva, mas também atribuir sentido, motivações e a explicação de um porquê, que alie teoria e prática, no momento da execução de um trabalho coletivo frente ao esporte. Logo, exercer um projeto social que tenha como foco o alcance a indivíduos com realidades distintas demanda, acima de qualquer teoria exclusivamente esportiva, conhecimento acerca do contexto sociocultural ao qual se aplica tal prática.

Através deste trabalho se pode analisar a evolução social e também motora dos alunos como praticantes dos esportes coletivos, considerando a união entre ideias e ações, seja na escola ou em ambientes externos onde é possível ter vivências destes esportes. Barreto e Gruppi (2012, p. 3) corroboram tal visão ao afirmarem que “não existe modelo de educação, a escola não é o único lugar onde ela ocorre e nem muito menos o professor é seu único agente” fazendo com que os jovens participantes adquiram conhecimentos sobre os mesmos e aprendam a trabalhar em equipe, o que pode ser vinculado ao viver em sociedade bem como respeitar regras, compreender a necessidade de hierarquia nos ambientes que convivem, a empatia, o preparo psicológico para o enfrentamento de situações e sua importância frente a mecanismos coletivos de ação e convivência social. A Educação Física, enquanto disciplina escolar, apresenta variados conteúdos, tais quais o esporte, o jogo, a ginástica e atividades circenses, a dança, a luta, entre outros, todos esses amparados pelo princípio da diversidade estimulado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p.19), que visam “ampliar as relações entre os conhecimentos da cultura corporal de movimento e os sujeitos da aprendizagem”. Ainda sobre a variedade na opção de atividades e sobre os estímulos exercitados durante a Educação Física, a série Lições do Rio Grande (2009, p. 117) reforça que

(10)

O Referencial Curricular está pautado no entendimento de que a Educação Física é um componente curricular responsável pela tematização da cultura corporal de movimento, que tem por finalidade potencializar o aluno para intervir de forma autônoma, crítica e criativa nessa dimensão social.

Portanto, pensar no desenvolvimento do trabalho da Educação Física é pensar em toda a interdisciplinaridade presente, além das possibilidades de abordagem frente ao fator cultural inerente. Além disso, buscar o avanço individual e coletivo dos praticantes em diferentes situações na mesma disciplina beneficia o desenvolvimento de variadas formas de raciocínio e aprendizado.

Sobre o caráter contemplativo das possibilidades de abrangência na Educação Física, o Manifesto Mundial da Educação Física citado por Barreto e Gruppi (2012, p. 4) diz que:

A Educação Física, através de atividades sócio-psicomotoras constitui-se num fator de equilíbrio na vida das pessoas, expresso na interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade dessas pessoas.

Há de se pensar, portanto, na interferência cultural do exercício em questão, sendo esse um intermediador capaz de explorar as variadas interpretações de um ser ao praticar uma atividade física. Ainda, contextualizar as propostas culturais relacionadas ao meio em que o ser vive reforça a intenção inclusiva e abrangente da ideia em desenvolvimento.

Porém, o foco estimulado na Educação Física se detém no esporte, principalmente através da pedagogia estimulada no contexto escolar, representada pelos jogos esportivos coletivos (JECs), conforme apontam Paes (2001) e Rosário e Darido (2005). Nesta modalidade, destacam se o basquetebol, futsal, handebol e voleibol.

O esporte é uma atividade abrangente, visto que engloba diversas áreas importantes para a humanidade, como saúde, educação, turismo, entre outros (TUBINO, 1999). É importante destacar também o papel social que o esporte desempenha no desenvolvimento integral dos sujeitos. Corrobora com esta ideia Martins et al (2005) enfatizando que a prática do esporte envolve a aquisição de habilidades físicas e sociais, valores, conhecimentos, atitudes e normas. Almeida e Gutierrez (2009) citam que o esporte é uma forma de

(11)

sociabilização e de transmissão de valores. Portanto, observa-se que o esporte possui amplas repercussões, sendo um fenômeno possuidor de linguagem universal.

Os benefícios do esporte ultrapassam o limite do bem-estar físico e tornam-se visíveis também a nível educacional e formativo para crianças, adolescentes e jovens, conforme evidências da literatura atual (BASSANI; TORRI E VAZ, 2003). Tratar de questões organizacionais na rotina dos alunos através das atividades físicas estimula a prática de hábitos responsáveis e que interferem diretamente na conduta em desenvolvimento dos cidadãos participantes.

O tema proposto foi delimitado como consequência do trabalho desenvolvido enquanto coordenador adjunto do projeto Bola Pro Futuro (BPF), na cidade de Santiago – RS. Visando a vida acadêmica e vislumbrando objetivos maiores pretende-se relatar o que os esportes coletivos levam de benefícios para a vida dos praticantes. Também, busca-se ilustrar a prática da educação através do esporte, e de forma mais ampla há de se estudar o que os coletivos nas escolas, bem como no projeto social, trazem para os alunos nas suas vidas em seus outros ambientes de convívio.

Em busca de respostas para essa questão investigou-se a importância da prática de esportes coletivos e a evolução motora e social dos seus praticantes. A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos. Porém, não é essa a única forma de obtenção de conhecimentos e descobertas. Outros meios de acesso ao saber que dispensam o uso de processos científicos, embora válidos, não podem ser enquadrados como tarefas de pesquisa. Um desses meios, é a consulta bibliográfica, que se caracteriza por dirimir dúvidas recorrendo a documentos. Marconi e Lakatos (2007, p. 71) afirmam que a pesquisa bibliográfica

abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão,

(12)

e tem como finalidade “colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto” (MARCONI e LAKATOS, 2007, p.71).

A pesquisa conforme a qualificação do investigador terá objetivos, metodologias e resultados diferentes. O estudante universitário que se inicia na pesquisa e o pesquisador profissional já amadurecido e integrado em uma equipe de investigação terão objetivos distintos, de acordo com a habilitação de cada um.

O objetivo dos iniciantes é a aprendizagem e o treino nas técnicas de investigação, refazendo os caminhos percorridos pelos pesquisadores. O resumo de assunto de uns segue a trilha dos trabalhos científicos originais de outros.O interesse e a curiosidade do homem pelo saber levam-no a investigar a realidade sob os mais diversos aspectos e dimensões. É natural, pois, a existência de inumeráveis tipos de pesquisa. A classificação, que por seu alcance será adotada neste texto, fixa-se no procedimento geral que é utilizado. Segundo este critério, obtém-se, no mínimo, três importantes tipos de pesquisa: a bibliográfica, a descritiva e a experimental.

(13)

2 A COLETIVIDADE ATRAVÉS DOS ESPORTES E PROJETOS SOCIAIS

A coletividade tem como principal definição na sua proposta reunir indivíduos que possuem interesses comuns; já a criança e o adolescente tem como direito amparado pelo seu Estatuto (ECA) a liberdade para brincar, praticar esportes e divertir-se, eliminando qualquer possibilidade de exclusão na participação inclusive de práticas esportivas. Geralmente, o público participante de projetos sociais faz parte de famílias que possuem baixa renda, não possuindo condições financeiras de participar de iniciativas particulares de práticas esportivas (acadêmicas, escolinhas, dentre outros) devido a essa carência monetária.

De acordo com Borges (2009, p.2),

o esporte tem sido um importante fator no processo de socialização de jovens e crianças nos mais diversos contextos escolar, comunitário ou social, favorecendo as vivências grupais, as atividades coletivas, a formação de identidade e o desenvolvimento humano como um todo.

Logo, busca-se, nessa pesquisa, falar sobre os fatores que interferem na formação do adolescente participante de projetos sociais e o quanto a prática esportiva colabora na formação do cidadão participante. Ainda, propõe-se o estudo acerca do depropõe-senvolvimento crítico e a participação do projeto social no desempenho escolar das crianças e adolescentes envolvidos no Projeto Social Bola pro Futuro, promovido pela Prefeitura Municipal de Santiago.

As modalidades esportivas coletivas (MEC) podem ser compreendidas como um duelo entre duas equipes, que disputam o terreno de jogo e se movem de forma particular, com o objetivo de ganhar, alternando-se em situações de ataque e defesa (GARGANTA, 1998). Tal prática está presente no nosso convívio social desde a infância, seja através da televisão e as inúmeras competições transmitidas, no convívio com vizinhos, amigos e parentes, e também no ambiente escolar (BARROSO, DARIDO, 2006), podendo assim ser considerada um fenômeno sociocultural, tornando-se um patrimônio da humanidade.

(14)

As modalidades esportivas coletivas requerem coordenação das ações, com colaboração dos jogadores, para uma execução louvável da ação esportiva. O grande interesse pelas MEC surge pela forma como é disputado (em grupos), o que leva a uma socialização maior e envolve o lúdico no decorrer do tipo de jogo (GONZALES, 2004).

Na iniciação esportiva, a aprendizagem diversificada e motivacional coordenada por instruções tende a ensinar de forma específica e planejada à criança a prática esportiva, visando seu desenvolvimento geral. Esse período caracteriza a passagem da fase da iniciação esportiva I para a fase de iniciação desportiva II, na qual se confere muita importância à autoimagem, socialização e valorização, por intermédio dos princípios educativos na aprendizagem dos jogos coletivos, segundo Paes (2001).

Os esportes coletivos garantem condições para que todos tenham acesso à modalidade e, ao praticá-la, desenvolvam suas habilidades e competências técnicas e táticas, como também a habilidade de se relacionar nos jogos em geral e de solucionar situações-problema mais críticas. Podem ser trabalhados com crianças de diferentes faixas etárias, mas é importante fazer adaptações preventivas, gerando uma maior evolução dessas crianças ao longo do tempo, conforme explica Javier (2005).

É necessária uma maior organização no processo de ensino e aprendizagem dos esportes coletivos, buscando dar a estes um tratamento pedagógico correto como ensino formal, assim como introduzir didaticamente os conhecimentos pertinentes as modalidades, ampliando sua presença na escola, para ampliar o lado afetivo e cognitivo dos alunos. (GALATTI, PAES e DARIDO, 2010). Aliar a organização dos conteúdos estipulados à prática do esporte proporciona aos praticantes a possibilidade de sanar suas necessidades psicomotoras e intelectuais, visando, assim, formar um participante que tenha todas as áreas de aprendizagem e formação contempladas.

A Pedagogia do Esporte, “campo do conhecimento que trata do relacionamento entre o Esporte e a Educação” (BARBANTI, 2003, p. 222), tem como principal objetivo estudar e intervir nos processos de ensino, vivência e aprendizagem das práticas esportivas. Apresenta-se no limiar e no treinamento dos exercícios, tanto em ambientes de ensino formais (instituições de ensino

(15)

em geral) quanto em espaços informais, a fim de atender todos os patamares e contextos sociais.

Por amparar-se na imitação, a pedagogia do esporte desenvolve seu aprendizado através da repetitividade, criando conexões para os que a praticam a fim de facilitar o processo de absorção das ideias e técnicas difundidas. Ainda há, pelo caráter pedagógico, a invocação do lado educativo, conforme cobra Tubino (2001):

A educação, que tem um fim eminentemente social, ao compreender o esporte como manifestação educacional, tem que exigir do chamado esporte educacional um conteúdo fundamentalmente educativo.

Ainda sobre educação, Gadotti, em seu artigo intitulado Lições de

Freire (1997, p. 19) afirma: “a educação é muito mais do que instrução, do que

treinamento ou a simples repetição. A educação é eminentemente transformadora, deve se enraizar na cultura dos povos”. Ou seja: desenvolver o olhar crítico, a busca pela autonomia e os valores são compromissos já reiterados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e que se mostram consonantes ao caráter revolucionário da educação.

O esporte, na sua veia social, principalmente dentro do segmento de projetos comunitários, tem como um dos papéis a exercer o de possibilitar a promoção (e ascensão) social de seus praticantes. Muitas vezes, tais participantes são oriundos de ambientes periféricos e desprovidos de condições sociais favoráveis, sendo essa uma das poucas alternativas de mudança social radical para os alunos/atletas e para as pessoas à sua volta. De acordo com Barreto e Gruppi (2012, p12)

O esporte é reconhecido como promotor da saúde, da educação e do desenvolvimento humano. Podendo ser aplicado formalmente, como transmissão de conhecimentos sistematizados e regras pré-definidas, ou ainda, informalmente como bem cultural e prazer de quem o pratica, tendo por justiça, passado a ser considerado, nesse início de século, como cultura universal.

Logo, aliar a atividade esportiva à rotina social através de projetos é instituir hábitos culturais e modificadores de contexto, além de desempenhar

(16)

função de agente em meios desprovidos de opções. Tais propostas surgem a fim de instruir e bem orientar jovens que, sem tais possibilidades, poderiam sofrer as consequências de uma sociedade desestruturada e que falha no incentivo e na educação da infância e adolescência marginalizada e excluída.

Ainda, através do Estado, o esporte é responsável por desenvolver atividades visando o bem estar social, através de programas que amparam a saúde, a infância carente e abandonada e a terceira idade, conforme ressalta Tubino (2001). Ao abranger pessoas e contextos diferenciados no mesmo ambiente, o esporte apresenta-se como fenômeno sociocultural, exercendo transformação no espaço desenvolvido e sendo utilizado, aliado a projetos sociais, como um meio educacional.

O Projeto Bola Pro Futuro (BPF), promovido pela Prefeitura Municipal de Santiago e executado pela Secretaria de Educação e Cultura e Uri Campus - Santiago, tem como objetivo geral proporcionar a iniciação da prática desportiva com caráter formativo e educacional nas modalidades de futsal, futebol de campo, capoeira, atletismo, vôlei, natação e tênis. Tem como público-alvo crianças e adolescentes dos cinco aos vinte anos de idade, ambos os sexos, em todos os bairros da cidade de Santiago, e utiliza o esporte como meio de educação e socialização, ajudando na formação pessoal dos cidadãos. Os objetivos específicos do projeto são desenvolver os valores de convívio social de amizade (cooperação, solidariedade e participação), respeito (respeito, autocontrole e responsabilidade), excelência (disciplina, organização, autoconfiança, superação, persistência, coragem, empenho, dedicação e esforço). Busca-se, assim, formar um cidadão que, além de possuir habilidades para o desempenho de atividades físicas e esportivas, tenha consciência das relações interpessoais e dos valores sociais necessários a uma boa convivência em grupo.

Acreditando no poder do esporte e da necessidade deste na vida de crianças e adolescentes, se apresenta o Projeto BPF, almejando atingir através da pratica esportiva aspectos culturais, sociais, políticos e afetivos com a formação de cidadãos, constatando que durante a infância alicerçamos os valores de toda a vida. Através do esporte coletivo pretende-se proporcionar aos participantes o contato social desenvolvendo assim: amizade, companheirismo, respeito mútuo, autoestima, disciplina e autocontrole.

(17)

O Projeto BPF conta com uma equipe de 18 monitores e coordenadores que atendem, atualmente, 1100 crianças e adolescentes, e tem como metodologia a aplicação de aulas ministradas por monitores formados e em formação no curso de Educação Física. As aulas ocorrem de segundas a sextas-feiras das 08h30min às 20h30min, exceto feriados. A avaliação é feita através de reuniões mensais e grupos de estudos realizados com os coordenadores e monitores responsáveis pelo projeto, além da integração do projeto com as escolas. Também há avaliações diárias realizadas pelos monitores através do controle de frequência, e acompanhamento da evolução na aprendizagem tanto no projeto quanto na escola através de suporte da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC). A adesão das famílias se dá pela credibilidade do projeto e participação da comunidade nas atividades propostas.

O esporte não é apenas uma palavra, um substantivo comum, e não se define com um único conceito. A prática esportiva no contexto atual vem ganhando diversas formas, modalidades e, principalmente, sua finalidade tem sido ampliada. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 30), “O lazer e a disponibilidade de espaços públicos para as práticas da cultura corporal de movimento são necessidades essenciais ao homem contemporâneo e, por isso, direitos do cidadão”; sendo assim, valer-se da utilização do espaço público para fins esportivos (sejam eles informalmente com o intuito de entretenimento ou com o compromisso do desenvolvimento social, por exemplo) é um direito garantido e incentivado pelo Estado.

O esporte é uma atividade abrangente, visto que engloba diversas áreas importantes para a humanidade, como saúde, educação, turismo, entre outros (TUBINO, 1999). É importante destacar também o papel social que o esporte desempenha no desenvolvimento integral dos sujeitos. Corrobora com esta ideia Martins et al (2005) enfatizando que a prática do esporte envolve a aquisição de habilidades físicas e sociais, valores, conhecimentos, atitudes e normas. Almeida e Gutierrez (2009) citam que o esporte é uma forma de sociabilização e de transmissão de valores. Portanto, observa-se que o esporte possui amplas repercussões, sendo um fenômeno que possui uma linguagem universal.

(18)

Inúmeros são os meios utilizados atualmente para ampliar a eficácia da transmissão de conhecimento, a socialização e a formação integral na infância, adolescência e juventude. É neste contexto que a prática esportiva vem ganhando espaço. Incontáveis são os projetos, Organizações Não Governamentais (ONGs) e programas sociais que trabalham com o esporte como meio principal das suas atividades formativas.

São verdadeiros os acréscimos que o esporte traz para a sociedade, e isso se deve aos diversos benefícios que estão vinculados a sua prática. Hoje a busca pelo bem-estar individual e coletivo está presente em todos os níveis sociais, e o esporte ou práticas esportivas são fundamentais no cotidiano da população, porque auxiliam na manutenção de uma vida saudável. É preciso também destacar a importância do esporte na vivência de valores necessários para o convívio em sociedade como a tolerância, a inclusão e o respeito. Além disso, o esporte pode ajudar como mais uma alternativa “[...] um fator fundamental para a educação de crianças e jovens, atribuindo-se a ele frequentemente papéis admiráveis, como livrar as pessoas do consumo de drogas”. (BASSANI; TORRI; VAZ, 2003, p. 90).

(19)

3 PROJETO BOLA PRO FUTURO

O Projeto Bola Pro Futuro teve início em 2003, com a modalidade de futsal, em dois locais, um ginásio e uma Escola Municipal, atendendo inicialmente cerca de 200 crianças e adolescentes. Tendo em vista a excelente aceitação por parte da comunidade, a partir de 2004 estendeu-se a outras escolas, ginásios e campos municipais, ampliando-se a oferta de outras modalidades esportivas.

O projeto Bola Pro Futuro possui aproximadamente 1.300 participantes entre crianças e adolescentes, de 5 a 20 anos, nas modalidades de futsal, futebol, futebol sete, vôlei, atletismo, capoeira e tênis, e busca através de competições saudáveis estimular a participação continuada das crianças e jovens tanto no esporte como em outros segmentos oferecidos pelo município.

As aulas acontecem em média duas vezes por semana, e os alunos são divididos por categorias de acordo com a idade de cada um. Periodicamente os alunos do Projeto participam de jogos de integração com outros núcleos de escolas, campos ou ginásios.

Diante das várias oportunidades de participação em torneios e outros eventos, e também para incentivar os alunos, optou-se por formar uma seleção em cada categoria. Assim, estas seleções participam de torneios regionais bem como de campeonatos estaduais.

Os resultados das atividades do Projeto Bola Pro Futuro têm demonstrado ao longo de seu desenvolvimento um somatório de conquistas, de avanços, de posturas sócio afetivas, que predispõem seus atores a formação de uma consciência coletiva em busca de valores positivos e a um protagonismo que responde às expectativas de um município focado no bem estar de usas crianças e jovens, cumprindo suas metas de Cidade Educadora. O saldo positivo do Projeto determina a sua continuidade e a sua ampliação.

(20)

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa desenvolveu-se de forma investigativa, em que a coleta de informações escolhida foi através de questionários para o público-alvo (professores, ex-professores, monitores, alunos e egressos do Projeto Bola Pro Futuro). Buscou-se, assim, desvendar as ideias dos participantes acerca das propostas apresentadas pelo projeto Bola Pro Futuro, bem como suas iniciativas frente ao projeto social e o convívio em grupo. Através de questões de múltipla escolha e questões dissertativas foi possível traçar um perfil acerca das respostas apresentadas, analisados textualmente e expressos através de gráficos.

4.1 NATUREZA E TIPO DE PESQUISA

A pesquisa foi feita pelo viés descritivo e qualitativo, conforme Gil (2002) teve como principal objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis, sendo uma das características mais significativas à utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados (entrevistas, questionários, observações, documentos, filmes etc.).

4.2 LOCAL DA PESQUISA

A Pesquisa aconteceu na cidade de Santiago, no estado do Rio Grande Do Sul, e abarcou os professores e alunos egressos do Projeto Bola Pro Futuro.

4.3 PARTICIPANTES

A amostra foi composta por 22 (vinte e dois) participantes e egressos (gestores, professores, monitores, alunos e ex-alunos), sendo 10 (dez) professores e 12 (doze) alunos e egressos do Projeto BPF, um projeto social esportivo da cidade de Santiago-RS. Ao trabalhar com diferentes pontos de vista, foi possível entender as áreas que o Projeto Bola pro Futuro contempla, e

(21)

conhecer as ideias tanto dos alunos e ex-alunos quanto dos (ex) professores. O BPF possui um cronograma com aulas diárias no município ocorrendo de segunda a sexta feira das 8h às 21h, atendendo cerca de 1100 crianças por mês, de ambos os sexos e idade entre cinco e vinte e um anos, sendo composta em sua maioria por professores de Educação Física formados e alguns finalizando a graduação.

4.4 INSTRUMENTOS

Foram realizadas duas entrevistas, sendo uma voltada para os praticantes já egressos (APÊNDICE A) do projeto Bola Pro Futuro e questionou os valores aprendidos no projeto e quais mudanças acarretaram em suas vidas. A outra entrevista voltada aos professores, ex-professores e monitores (APÊNDICE B) questionou o que eles notaram de evolução em seus alunos enquanto praticantes dos esportes coletivos.

O questionário foi feito com homens e mulheres de idades entre 20 e 50 anos que praticaram esportes coletivos ou de alguma forma participaram do projeto social vivenciando tais práticas. Buscou-se acompanhar a evolução social das pessoas entrevistadas, bem como expor a visão dos alunos e comentar as evoluções vistas no dia a dia durante as aulas.

4.5 PROCEDIMENTOS

Após autorização prévia da coordenação do Projeto, os questionários foram aplicados em dia e hora pré-agendadas.

Em segundo momento agendado, obteve-se a entrevista para a coleta de dados de ex-alunos a partir do contato com o BPF. As entrevistas foram realizadas de forma individual conforme a disponibilidade dos participantes, após a assinatura do Termo De Consentimento Livre Esclarecido (APÊNDICE C). Por fim, os resultados foram reunidos e analisados.

(22)

4.6 ANÁLISE DOS DADOS

Foi feita uma análise de dados coletados pelas entrevistas e pelo estudo do Projeto BPF. Nesse sentido, a técnica empregada será de análise de conteúdo. Tendo em vista a problemática exposta, este estudo pretende fazer frente a questões abertas, tendo por objetivo descrever, de forma sistemática, a forma de aplicação da técnica análise de conteúdo, em um estudo qualitativo

Nem todo o material de análise é susceptível de dar lugar a uma amostragem, e, nesse caso, mais vale abstermos-vos e reduzir o próprio universo (e, portanto, o alcance da análise) se este for demasiado importante. (BARDIN, 2009, p.123).

Para analisar os materiais coletados, foi necessário utilizar a técnica de Análise de Conteúdo, a qual se conceitua como um conjunto de técnicas de análise dos entendimentos visando obter, por procedimentos sistemáticos e organizados a descrição do conteúdo em estudo, por meios das fontes pesquisadas, seus indicadores que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção dessas fontes (BARDIN, 2002).

4.7 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Não houve perguntas de cunho a violência psicológica a qual visassem ofender de qualquer maneira o indivíduo entrevistado. Composto por perguntas claras e objetivas, o questionário conta com o livre arbítrio do participante para respondê-las, e se fosse o caso e o mesmo sentir-se desconfortável em participar da atividade houve total autonomia para abandonar a pesquisa. Os dados não serão divulgados publicamente.

(23)

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS

A utilização de questionários como forma de obtenção de respostas para pesquisas visa compreender quais significados os acontecimentos e interações têm na vida de seus participantes. Conforme Bicudo (2004), a proposta qualitativa intenta descobrir o que faz sentido para o sujeito participante, considerando o que é importante e significativo no contexto em que a pesquisa se desenvolve. O caráter qualitativo ainda proporciona a manifestação de teorias e ideias acerca das respostas obtidas, possibilitando compreender o pensamento dos atuantes através de suas manifestações.

A análise de conteúdo surge para materializar a compreensão que os protagonistas sociais expõem em seus discursos. Ao aplicar questões descritivas e de múltipla escolha, é possível explorar diferentes recursos na argumentação dos participantes, bem como visualizar a transição de ideias conforme a mudança da linha de raciocínio.

5.1 DOS ALUNOS E EGRESSOS DO PROJETO

O primeiro questionário analisado foi o entregue aos alunos e ex-alunos do Projeto Bola pro Futuro, e buscou indagar, inicialmente, sobre a influência dos esportes coletivos no processo de convívio do aluno em sociedade. Essa questão foi respondida positivamente por todos os entrevistados (gráfico 1), evidenciando a relevância do estímulo à convivência em grupo e a consolidação dos valores coletivos, tais como união, respeito, harmonia e amizade. Conforme afirma o artigo 217 da Constituição Federal de 1988, “o esporte é uma política social para todo o cidadão”, logo, estimular valores gerados na convivência através de um direito assegurado pela Carta Magna da nação garante o aumento da qualidade de vida e promoção de valores capazes de transformar a realidade atual dos jovens.

(24)

Gráfico 1 – Os esportes coletivos influenciaram seu convívio em sociedade?

Fonte: questionário aplicado aos alunos egressos (Apêndice A)

Em um segundo momento, os entrevistados foram questionados sobre as principais evoluções notadas enquanto praticantes de esportes coletivos no projeto Bola pro Futuro, sendo essas evoluções numeradas em caráter de relevância (gráfico 2). O fator com evidente melhoria, segundo os alunos, foi a socialização. Integrar os indivíduos a um grupo faz com que os atuantes aprendam a conviver com diferenças e se identifiquem com o espírito solidário, contribuindo para o completo desenvolvimento enquanto participante de ciclos sociais, conforme afirma Borges (2009). Ainda, segundo Eidelwein e Nunes (2010, apud OLIVEIRA; ELICKER; FILHO, 2014), o esporte, por possuir variados focos, acaba por trabalhar com diversas possibilidades de socialização, dentre as quais estão “o respeito aos companheiros e adversários, o cumprimento das regras, entre outros” (2014, on-line). Os participantes também notaram a evolução no que diz respeito ao trabalho em equipe e cooperação, além da parte física, a dinâmica e o fator psicossocial.

100% 0%

SIM NÃO

(25)

Gráfico 2: Quais as principais evoluções você notou em si enquanto aluno praticante de esportes coletivos em um projeto social?

Fonte: questionário aplicado aos alunos egressos (Apêndice A)

Os participantes também se mostraram unânimes no que diz respeito a melhoria individual no convívio escolar, terceiro item do questionário (gráfico 3). Por haver um acompanhamento do projeto BPF quanto ao desempenho escolar de seus participantes, os alunos encontram-se na obrigação de manter boas notas e bom comportamento, reforçando a proposta do projeto de formar cidadãos competentes na área esportiva, escolar e tantas outras quais eles façam parte. Pode-se considerar também a influência do projeto no aprimoramento da disciplina pessoal de seus participantes, fazendo com que as práticas não se restrinjam somente ao ambiente do projeto social.

27% 20% 17% 13% 10% 6% 7% TRABALHO EM EQUIPE COOPERAÇÃO SOCIALIZAÇÃO DINÂMICA PSICOSSOCIAL FÍSICA MOTORA

(26)

Gráfico 3: Você observou uma melhora na escola ou no convívio escolar?

Fonte: questionário aplicado aos alunos egressos (Apêndice A)

Quando questionados sobre a importância da prática esportiva, os alunos discorreram sobre as áreas beneficiadas, desde a possibilidade de realização de sonhos e projetos pessoais, o condicionamento físico e a capacidade motora, até valores individuais já ressaltados anteriormente, como o convívio em grupo, a socialização e o senso de responsabilidade (gráfico 4). Kunz (1994, apud BARRETO, GRUPPI, 2012, p.15), a respeito do alcance dos objetivos propostos pela prática esportiva em ambiente escolar e social, afirma que haverá êxito “quando conseguirmos ensinar um esporte às nossas crianças de tal forma que as mesmas possam crescer, se desenvolver e se tornar adultas através dele”. Logo, nota-se pelas respostas que o desenvolvimento da maturidade também está atrelado à participação das crianças e adolescentes em projetos sociais que estimulam a união e inclusão. Além disso, garantir a ocupação do tempo livre minimiza as chances de contato entre os participantes e ambientes que possam influenciar negativamente na formação do caráter e na tomada de decisões.

100% 0%

SIM NÃO

(27)

Gráfico 4: Porque você acha importante a prática de esportes?

Fonte: questionário aplicado aos alunos egressos (Apêndice A)

Sobre a influência dos esportes coletivos na vida pessoal, os egressos ressaltaram a importância de tal prática como beneficente na progressão do trabalho em equipe e na união enquanto grupo. Também foi citada a construção de amizades e estabelecimento de relações de confiança e respeito como fatores influentes advindos do convívio coletivo (gráfico 5). Ademais, a metodologia aplicada no desenvolvimento das atividades esportivas tende a transmitir práticas úteis a situações que vão além do esporte, enraizando-se no cotidiano do cidadão. 46% 31% 8% 15% PARA A SAÚDE SOCIALIZAÇÃO REALIZAÇÃO DE SONHOS TRABALHO EM EQUIPE

(28)

Gráfico 5: Em quais fatores os esportes coletivos influenciaram na sua vida?

Fonte: questionário aplicado aos alunos egressos (Apêndice A)

O questionário encerra-se perguntando aos alunos se, caso não participassem das atividades propostas pelo projeto, teriam sido levados para outros caminhos mais perigosos (gráfico 6). Alguns discordaram por serem “frutos de uma boa criação”, mas a maioria concordou com a ideia e reconheceu a importância do esporte na ocupação do corpo e da mente a fim de evitar possibilidades sociais tortuosas. Na atual conjuntura do país, a juventude está mais próxima de situações negativas. A julgar pela crise política de valores e honestidade, pode-se afirmar que a população, seja ela jovem ou de mais idade, está propensa a seguir os desvios de conduta ao qual são sujeitados diariamente. Em contrapartida, iniciativas como os projetos sociais priorizam qualidades éticas e tentam resgatar os jovens de situações de risco, pois, conforme afirma Almeida (2012, p. 40) tais propostas pretendem

[...] diminuir os riscos sociais à crianças e adolescentes, proporcionando a esses recursos cognitivos e emocionais para lidarem com as adversidades do seu dia-a-dia e enfrentarem com maior maturidade as dificuldades a fim de alcançar uma vida mais digna e próspera.

Portanto, é notável a percepção que os alunos possuem sobre o projeto Bola Pro Futuro, que serve como norteador e formador de caráter, não

40% 15% 15% 30% TRABALHO EM EQUIPE COORDENAÇÃO MOTORA CRESCIMENTO PESSOAL VALORES COLETIVOS

(29)

se prendendo somente a questões esportivas. Além disso, nota-se confiança da parte dos entrevistados quanto ao projeto, sendo este uma referência no que diz respeito a proposta de desenvolvimento coletivo de valores e ideais.

Gráfico 6: A não participação destas atividades teria levado você a um caminho perigoso?

Fonte: questionário aplicado aos alunos egressos (Apêndice A)

5.2 DOS PROFESSORES E MONITORES

No questionário aplicado aos professores, inicia-se indagando a respeito da evolução pessoal dos alunos enquanto praticantes de esportes coletivos. Todos os professores concordam com tal afirmativa, o que reafirma o papel formativo e educador do projeto social analisado (gráfico 7).

69% 16% 15% SIM EM PARTES NÃO

(30)

Gráfico 7: Você nota a evolução dos alunos enquanto praticantes de esportes coletivos?

Fonte: questionário aplicado aos professores e monitores (Apêndice B)

Na numeração das evoluções por parte dos alunos, os professores concordaram que o trabalho em equipe, a cooperação e o fator psicossocial obtiveram maior evidência (gráfico 8). Almeida (2012, p. 33) reforça o aprendizado e desenvolvimento de habilidades sociais dos participantes de projetos ao afirmar que é

através da brincadeira, do lazer e de atividades que envolvam jogos e regras, que a criança aprende a desenvolver suas habilidades sociais e vai aos poucos adquirindo os recursos necessários para seu amadurecimento e para lidar com as mais diversas situações de sua vida.

Tais características retomam o compromisso assumido pela proposta do projeto com a formação de valores, inclusão social e desenvolvimento da coletividade, e aliam-se a fenômeno social protagonizado pelo esporte.

90% 0% 10% SIM NÃO EM PARTES

(31)

Gráfico 8: Quais as principais evoluções notáveis nos alunos praticantes?

Fonte: questionário aplicado aos professores e monitores (Apêndice B)

Quanto ao acompanhamento no desempenho escolar dos alunos, os professores notaram em partes a melhoria (gráfico 9). Isso se deve ao fato de muitos participantes possuírem uma formação carente desde antes de fazerem parte do BPF, e ao passar do tempo, ainda apresentarem dificuldades em sala de aula, por mais empenhados que sejam. Porém, na questão seguinte, que diz respeito a relações interpessoais dos alunos em ambiente escolar, os professores e monitores afirmam, de forma unânime, que houve melhoria (gráfico 10). Como já mencionado, o estímulo à convivência em grupo e o respeito às diferenças faz com que os participantes desenvolvam limites e saibam conviver respeitosamente, seja com colegas ou com adversários.

23% 16% 15% 8% 15% 8% 15% TRABALHO EM EQUIPE COOPERAÇÃO PSICOSSOCIAL FÍSICA SOCIALIZAÇÃO MOTORA DINÂMICA

(32)

Gráfico 9: Você consegue ter um acompanhamento interdisciplinar deste aluno e notar uma melhora de notas?

Fonte: questionário aplicado aos professores e monitores (Apêndice B)

Gráfico 10: O aluno teve melhoras na escola ou no convívio escolar?

Fonte: questionário aplicado aos professores e monitores (Apêndice B)

Há concordância também no que diz respeito ao ambiente de origem dos alunos. Os professores identificam o meio social de convivência dos

60% 40% 0% EM PARTES SIM NÃO 100% 0% SIM NÃO

(33)

participantes como um potencial espaço prejudicial aos que nele convivem (gráfico 11). Almeida (2012, p. 24), ao falar sobre locais de risco, afirma:

A exclusão social afeta os indivíduos e os grupos tanto de áreas urbanas quanto das rurais a partir do momento que afeta indivíduos que de alguma maneira são vítimas de segregação e discriminação, gerando uma sociedade fragilizada, subdividida em camadas.

Portanto, os projetos sociais surgem no caminho desses indivíduos com a finalidade de resgatá-los do ambiente vulnerável em que se encontram, propiciando uma oportunidade de inserção social. Ainda, tais alternativas amparam e aproximam os jovens de relações benéficas em que a união e o respeito são bases consolidadas.

Gráfico 11: Os alunos vêm de uma realidade a qual seu convívio social pode leva-lo para um caminho que afete prejudicialmente seu futuro?

Fonte: questionário aplicado aos professores e monitores (Apêndice B)

Os professores também acreditam na transformação da educação pela cidadania através dos esportes coletivos (gráfico 12). O esporte como direito social, abrange a população através de sua dimensão recreativa, e dentro de projetos sociais encontra-se em uma posição democrática de acesso.

60% 40% 0% SIM EM PARTES NÃO

(34)

Gráfico 12: Você acredita na transformação da educação para cidadania através dos esportes coletivos?

Fonte: questionário aplicado aos professores e monitores (Apêndice B)

No que diz respeito aos benefícios sociais que os alunos praticantes de esportes desenvolvem nas suas vidas fora do Projeto, os professores ressaltam a melhoria no convívio social, a compreensão de regras, o amadurecimento, a organização e a mudança no ambiente de convivência (gráfico 13). Sobre tais atributos é possível corroborar a ideia de Kist (2011, p.3) acerca dos esportes coletivos, sendo esses responsáveis por trazer aos seus participantes “a solidariedade, o respeito ao próximo, o respeito às regras, a autoestima, disciplina, noções de trabalho em equipe, sentido coletivo, tolerância e cooperação”. Essas propriedades, quando estimuladas de forma coletiva, afetam diretamente os envolvidos, motivados pelo espírito de união estimulado pelo conceito de equipe.

100% 0% 0% SIM NÃO EM PARTES

(35)

Gráfico 13: Qual o benefício social e a influência em suas vidas fora do projeto para os alunos que praticam esportes?

Fonte: questionário aplicado aos professores e monitores (Apêndice B)

As contribuições deixadas pelos professores para os alunos se deram em diversas áreas: através dos exemplos e atitudes, dos incentivos à socialização, formação de opinião e influenciador, além do ensino da hierarquia necessário para o convívio em sociedade (gráfico 14). Vale lembrar que o professor, enquanto principal liderança dentro do projeto social e referência no contato entre o projeto e seus participantes, tende a ser altamente visado e exposto como exemplo. Portanto, esse profissional deve apresentar-se como um bom mediador, facilitando o acesso ao conhecimento, ser um bom acompanhante avaliando continuamente o aluno e, acima de tudo, primar pela boa relação entre os participantes. Ainda, o docente deve conhecer a realidade do seu aluno, compreendendo as diferenças ao se mostrar empático e colaborar para a evolução individual e coletiva do grupo com o qual trabalha.

24% 16% 16% 12% 20% 12% CONVÍVIO SOCIAL COMPREENSÃO DE REGRAS RESPEITO MELHORIA NOS RELACIONAMENTOS AMADURECIMENTO ORGANIZAÇÃO

(36)

Gráfico 14: Qual a contribuição enquanto professor que você pode dar para esses alunos?

Fonte: questionário aplicado aos professores e monitores (Apêndice B)

Por fim, os professores acreditam na prática de esportes coletivos como ferramenta benéfica para a formação cidadã do aluno (gráfico 15). Reforça-se aqui o caráter inclusivo do esporte, fortalecendo seu viés popular e formador de seres críticos e autônomos no que diz respeito à construção de pensamentos. 18% 14% 18% 11% 18% 14% 7% EXEMPLOS E ATITUDES INCENTIVO À SOCIALIZAÇÃO RESPEITO FORMAÇÃO DE OPINIÕES EDUCAÇÃO ATRAVÉS DO ESPORTE TRABALHO EM GRUPO CAPACIDADE FÍSICA E MOTORA

(37)

Gráfico 15: De algum modo a prática de esportes coletivos pode prejudicar a formação de cidadania do aluno?

Fonte: questionário aplicado aos professores e monitores (Apêndice B)

Betti (1988), ao citar Parlebas no encerramento do seu texto intitulado

Esporte, Educação e Sociabilização: algumas reflexões à luz da sociologia do

esporte, afirma que o esporte “não possui nenhuma virtude mágica. Ele não é

em si nem socializante nem anti-socializante. É conforme: ele é aquilo que se fizer dele.” (1988, p. 41). Ou seja, a atividade, conforme conduzida, pode extrair do praticante determinadas qualidades, mas tudo dependerá da metodologia utilizada por quem a instrui - professores e monitores. Trabalhar não somente a prática esportiva, mas também a educação em toda sua amplitude, tende a despertar e inquietar o cidadão participante, colaborando com a promoção de pessoas honestas, criativas e responsáveis.

100% 0%

SIM NÃO

(38)

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Realizar a pesquisa no Projeto Bola Pro Futuro possibilitou a evidência dos benefícios que os esportes coletivos trazem aos seus participantes. Ao atuar na formação de cidadãos mais responsáveis e conscientes, o projeto proporciona a redução das desigualdades sociais e possibilita a vivência de um novo contexto. Considerando o interesse que o esporte desperta na população, este acaba por ser uma ferramenta atraente ao público no sentido de aproximá-los de medidas sociais inclusivas e participantes de políticas de restauração cidadã.

A aproximação de pais, filhos e vizinhos com o projeto social aplicado em seus contextos favorece o estabelecimento de uma boa relação, pois tal iniciativa busca, acima de tudo, transformar a socialização existente no local. Além disso, há de se levar em consideração o amparo individual possibilitado pelo projeto social, garantindo que seus participantes convivam e sejam atendidos por profissionais capacitados e dispostos a exercer suas funções junto ao público-alvo componente.

Ainda, foi possível constatar através do resultado dos questionários a contribuição dos esportes coletivos incentivados pelo Projeto Bola Pro Futuro, desenvolvido em Santiago – RS, o qual aprimorou as qualidades coletivas de seus participantes. Ao contar com as constatações dos professores acerca da melhoria dos alunos em ambiente social, familiar e escolar, além do fator cognitivo e motor, bem como o depoimento de egressos sobre suas evoluções pessoais, pode-se concluir que o projeto abarca as necessidades do ambiente e coopera para o crescimento dos participantes enquanto cidadãos.

Através do estimulo de valores coletivos pela prática esportiva, o projeto Bola Pro Futuro se mostra comprometido com a formação humana dos alunos. Trabalhar com a ética, união, responsabilidades e respeito, princípios indispensáveis para a vida em sociedade, reforça a tentativa de inserção dos discentes nos hábitos positivos enquanto cidadãos. Além disso, a exposição dos praticantes ao convívio com diferenças estimula o exercício da tolerância, a inclusão, e contribui para o aprimoramento da saúde e do convívio em diferentes meios, possibilitando a formação de pessoas motivadas e conscientes.

(39)

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. A. B.; GUTIERREZ, G. L. Esporte e

sociedade. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, n. 133, p. 1-8,

2009.

ALMEIDA, M. A. B.; GUTIERREZ, G. L. Esporte e sociedade. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, n. 133, p. 1-8, 2009.

ALMEIDA, V. H. L. Os projetos socio-esportivos como instrumento de

resgate social de crianças e adolescentes em situação de risco. Trabalho

de Conclusão de Curso de Educação Física da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 2012.

BARBANTI, V. J. Dicionário de Educação Física e do Esporte. São Paulo: Manole, 2003.

Bardin L. L’Analyse de contenu. Editora: Presses Universitaires de France, 1977.

________ Ánálise de conteúdo. SP: Edições 70, 2011.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009. BARRETO, N. S.; GRUPPI, D. R. O ESPORTE COMO PAPEL EDUCATIVO E

SOCIAL. Disponível em

<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1117-4.pdf>. Acessado em 12 de março de 2017.

BARROSO, A. L. R.; DARIDO, S. C. Escola, Educação Física e Esporte:

possibilidades pedagógicas. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte,

Lazer e Dança, v. 1, n. 4, p. 101-114, dez. 2006.

BASSANI, J. J.; TORRI, D.; VAZ, A. F. Sobre a presença do esporte na

escola: paradoxos e ambiguidades. Movimentos, Porto Alegre, 2003.

BASSANI, J. J.; TORRI, D.; VAZ, A. F. Sobre a presença do esporte na

escola: paradoxos e ambiguidades. Movimentos, Porto Alegre, 2003.

BETTI, Mauro. Esporte, Educação e sociabilização: algumas reflexões à

luz da Sociologia do Esporte. Kinesis, v. 4, p. 31 – 43, jan./jul., 1988.

BICUDO, M. A. V. Pesquisa qualitativa e pesquisa qualitativa segundo a abordagem fenomenológica. In: BORBA, M. C.; ARAUJO, J. L. (Orgs.)

(40)

Pesquisa Qualitativa em Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. p.

99-112.

BORGES, H. R. O voleibol como política pública de socialização

juvenil. Universidade do estado de Santa Catarina – UDESC. Centro de

ciências da saúde e do esporte – CEFID, 2009.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do

Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988. Disponível em

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acessado em 20 de junho de 2017.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Introdução. Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Educação Física. Ensino Fundamental. Terceiro e quarto ciclos.Brasília: MEC/SEF, 1998.

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia científica. 5ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

GADOTTI, M. Lições de Freire. Ver. Faculdade de Educação v. 23, n. 1-2 Jan. /Dez., São Paulo, 1997.

GALATTI, L. R.; PAES, R. R.; DARIDO, S. C. Pedagogia do esporte: livro

didático aplicado aos jogos esportivos coletivos. Motriz, Rio Claro, v. 16, p.

751-761, 2010.

GARGANTA, J. O ensino dos jogos desportivos coletivos: perspectivas e

tendências. Movimento, Porto Alegre, ano 4, v. I, N. 8, p. 19-26, jan./jun.

1998a.

JAVIER, R. J. Os esportes coletivos na Educação Física escolar. Revista Nova Escola, São Paulo, v. 11, n. 3, p. 751-761, set. 2005.

KIST, C. Os Esportes Coletivos como forma de inclusão social.

LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.

(41)

MASCARENHAS, G. Construindo a “pátria de chuteiras”; elementos para uma geografia da difusão do futebol no Brasil. In: Encontro Nacional de Geografia, 18. Sant’Ana do Livramento/Brasil – Rivera/Uruguai, 1998, p. 93-103

OLIVEIRA, Júlio César Barbosa de Oliveira; FILHO, José Nunes da Silva; ELICKER, Eliane. Esporte: um meio de socializar e educar crianças. EFDeportes, Buenos Aires, nº 193, jun, 2014.

<http://www.efdeportes.com/efd193/esporte-um-meio-de-socializar-e-educar.htm>, acessado em 20 de junho de 2017.

PAES, R. R. Educação Física Escolar: o esporte como conteúdo

pedagógico no ensino fundamental. Canoas: Ed. Ulbra, 2001.

RIO GRANDE DO SUL, Secretaria do Estado de Educação, Departamento Pedagógico. Referenciais Curriculares do Estado do Rio Grande do Sul:

Ciências Humanas e suas Tecnologias. Secretaria de Estado da Educação.

Porto Alegre, 2009.

RODRIGUES, Eduardo Fantato; MONTAGNER, Paulo César.

Esporte-espetáculo, televisão e pedagogia do esporte: o que crianças

compreendem e as relações com um programa esportivo de televisão.

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital Lecturas: Educación Física y Deportes - Buenos Aires - Año 10 - N° 85 – 2005.

ROSÁRIO, Luis Fernando Rocha, DARIDO, Suraya Cristina. A sistematização

dos conteúdos da educação física na escola: a perspectiva dos professores experientes. Motriz, Rio Claro, v.11 n.3 p.167-178, set./dez.

2005.

SCAGLIA, A. J.; SOUZA, A. Pedagogia do Esporte. In: COMISSÃO DE

ESPECIALISTAS – ME. Dimensões Pedagógicas do Esporte. Brasília:

UNB/Cad, 2004.

TUBINO, M. J. G. O que é esporte: uma enciclopédia crítica. 2 Ed. Vol. 276. São Paulo: Brasiliense. 1999. Coleção primeiros passos.

(42)

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS EGRESSOS

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA

CONTRIBUIÇÕES QUE A PRÁTICA DE ESPORTES COLETIVOS EM UM PROJETO SOCIAL ACARRETA PARA O ALUNO NO AMBIENTE EM

SOCIEDADE

Autorização do Comitê de Ética e Pesquisa: nº

Questionário de pesquisa Para participantes Egressos do Projeto BPF

Código : Idade: Sexo:

Tempo de participação no projeto: Tempo de saída do Projeto:

1.Os esportes coletivos influenciaram seu convívio em sociedade? ( ) sim ( ) não

2.Quais as principais evoluções você notou em si enquanto aluno praticante de esportes coletivos em um projeto Social? Marque com um número ordinal (1º, 2º, 3º,...) a ordem que você pensa ser mais evidente:

Trabalho em equipe( ) Cooperação ( ) Socialização ( ) Dinâmica( ) Psicossocial ( ) Física( ) Motora( )

3. Você observou uma melhora na escola, ou no convívio escolar? Sim( )

(43)

Não( )

5.Porque você acha importante a pratica dos esportes ?

6. você acredita na educação através do esporte?

7.Os esportes coletivos tiveram influência na sua vida ? Se sim, quais?

8.Você acha que a não participação destas atividades teriam levado você a um caminho mais perigoso ?

(44)

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES E MONITORES

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA

CONTRIBUIÇÕES QUE A PRÁTICA DE ESPORTES COLETIVOS EM UM PROJETO SOCIAL ACARRETA PARA O ALUNO NO AMBIENTE EM

SOCIEDADE

Autorização do Comitê de Ética e Pesquisa: nº

Questionário de pesquisa Para Professores de Educação Física do Projeto BPF

Código: 01 Idade: Sexo:

Tempo de Formação:

1. Enquanto professor, você nota evolução dos alunos enquanto praticantes de esportes coletivos?

( ) sim ( ) não ( ) Em partes

2.Quais as principais evoluções são notáveis nestes alunos praticantes ? Marque com um número ordinal (1º, 2º, 3º,...) a ordem que você pensa ser mais evidente: Trabalho em equipe( ) Cooperação ( ) Socialização ( ) Dinâmica( ) Psicossocial ( ) Física( ) Motora( )

(45)

3. Você consegue ter um acompanhamento interdisciplinar deste aluno e notar uma melhora de notas ?

Sim( ) Não( )

Em partes ( )

4. O aluno teve uma melhora na escola, ou no convívio escolar? Sim( )

Não( )

Em partes ( )

5. Os alunos vem de uma realidade ao qual seu convívio social pode levá-lo para um caminho que afete prejudicialmente seu futuro?

Sim( ) Não( )

Em partes ( )

6. Você acredita na transformação da educação para cidadania através dos esportes coletivos?

Sim( ) Não( )

Em partes ( )

7.Qual o beneficio social e a influência para os alunos que praticam esportes, em suas vidas fora do Projeto?

8. Qual a contribuição enquanto professor que você pode dar para esse alunos?

9. Você pensa que de algum modo a prática de esportes coletivos pode prejudicar a formação de cidadania do aluno?

(46)

APÊNDICE C – TERMO DE CONSCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Projeto: CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA DE ESPORTES COLETIVOS EM UM PROJETO SOCIAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O ALUNO NO AMBIENTE EM SOCIEDADE

Pesquisador responsável: Rafael Manzoni Orientador: Mauro Bertollo

Instituição/Departamento: Unijuí – Departamento de Humanidades e Educação

Telefone para contato: (55) 99934 5062

Endereço: Rua Flores da Cunha, 856 – Centro – Santiago - RS

Convidamos vossa senhoria a participar deste estudo, o qual tem como objetivo geral analisar os efeitos da prática de esportes coletivos em projetos sociais e suas consequências para o aluno em ambiente em sociedade na cidade de Santiago-RS.

Este estudo justifica-se pela abrangência social e cultural do esporte, que, aliado a projetos sociais, busca desenvolver valores coletivos entre crianças e jovens participantes de tal iniciativa. Frente a isto, o Projeto Bola Pro Futuro, da cidade de Santiago – RS vem contemplando muitos praticantes, gerando assim uma necessidade de testes sobre seus resultados frente à comunidade científica.

Para se atingir o objetivo desta pesquisa faz-se necessário a realização de questionários entre os alunos participantes e egressos, bem como com os professores, ex-professores e monitores do referido projeto, a fim de se adquirir informações para a discussão da presente temática.

O material coletado será utilizado exclusivamente com caráter científico, sendo lidas apenas pelo pesquisador responsável e seu orientador, estando estes, responsáveis por qualquer extravio ou vazamento das informações confidenciais.

(47)

O anonimato do sujeito será preservado em quaisquer circunstâncias previstas nesta pesquisa, sendo esse livre para desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem que isso venha a prejudicá-lo, não gerando prejuízos morais, físicos ou custos aos mesmos.

Quanto aos benefícios da pesquisa, objetiva-se contribuir com a sociedade demonstrando as melhorias adquiridas ao fazer parte de um projeto social de esportes coletivos.

Desde já, informamos que se pretende divulgar os resultados encontrados nesse estudo em periódicos e eventos da área da Educação e/ou Educação Física.

Mesmo não sendo a nossa intenção, esse estudo poderá trazer algum constrangimento aos sujeitos do estudo, mas que serão amenizados pelo tratamento ético que teremos com os mesmos.

Este pesquisador, bem como, seu orientador comprometem-se em esclarecer devida e adequadamente qualquer dúvida ou questionamento que os sujeitos venham a ter no momento da pesquisa ou, posteriormente, através dos seguintes contatos:

Rafael: (55) 99934 5062 ou por e-mail: rafael_kpeta@hotmail.com

Mauro Bertollo: (55) 9926-7310 ou por e-mail: mauro.bertollo@unijui.edu.br

Após ter sido devidamente informado (a) de todos os aspectos desta pesquisa, seus propósitos, procedimentos e garantias de confidencialidade e

ter esclarecido minhas dúvidas,

eu_____________________________________________________, concordo voluntariamente em participar deste estudo e autorizo a realização dos processos metodológicos deste estudo sobre a temática proposta, podendo retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo.

Assinatura e CI do entrevistado:

(48)

Declaramos, abaixo assinado, que obtivemos de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste sujeito de pesquisa para a participação no estudo. ______________________________________________ Rafael Pesquisador responsável CI – 2089490334 SJS/RS ______________________________________________ Mauro Bertollo Professor Orientador CREF - 6040-G/RS Ijuí, ___ de ___________de 2017.

Referências

Documentos relacionados

a) A Vortal lança uma oportunidade de negócio através de um espaço colaborativo e convida as empresas a participar no concurso. A Vortal, utilizando os serviços dos

Outra surpresa fica por conta do registro sonoro: se num primeiro momento o som da narração do filme sobre pôquer, que se sobrepõe aos outros ruídos da trilha, sugere o ponto de

A declividade média de uma bacia hidrográfica é relevante no planejamento, tanto para com o cumprimento da legislação quanto para garantir a eficiência das intervenções do homem

Outras possíveis causas de paralisia flácida, ataxia e desordens neuromusculares, (como a ação de hemoparasitas, toxoplasmose, neosporose e botulismo) foram descartadas,

ensino superior como um todo e para o curso específico; desenho do projeto: a identidade da educação a distância; equipe profissional multidisciplinar;comunicação/interatividade

Diante disto o objetivo deste trabalho foi avaliar a extração de antocianinas a partir do repolho roxo (Brassica oleracea), em diferentes condições de pH, temperatura e

Esta dissertação teve como objetivo analisar a formação docente a distância do Projeto Jovem Cientista, parte integrante do Projeto Jovem de Futuro (realizado

Optamos por escolher o tema gestão democrática a partir do PPP, primeiramente, porque a escola ainda não o possui, e, também, por considerarmos esse documento