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Perfil dos usuários do CAPS II do munícipio de Ijuí/RS

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PERFIL DOS USUÁRIOS DO CAPS II DO MUNÍCIPIO DE IJUÍ/RS1

Ângela Maria Turra Signor2 Solange Maria Schmidt Piovesan3

RESUMO

O objetivo deste estudo é delinear o perfil dos usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) Colmeia do Município de Ijuí/RS. É uma pesquisa documental quantitativa que foi realizada nos meses de janeiro e fevereiro de 2016 em 448 prontuários ativos de usuários que entraram neste serviço até o mês de dezembro de 2015. A coleta de dados buscou conhecer a idade, o sexo, a escolaridade, a situação conjugal, o número de filhos, o ano de entrada no serviço, o motivo, o local dos encaminhamentos, os diagnósticos principais, a cobertura de ACS, as hospitalizações, o uso de medicações, as atividades e os tipos de atendimentos que recebem no CAPS. Os resultados apontaram que predomina a faixa etária entre 50 e 59 anos, com 30,13%, sexo feminino 65,4%, encaminhamentos e hipóteses diagnósticas relacionadas com transtornos depressivos 62,72%, área central da cidade com maior número de usuários em acompanhamento 16,7%, maior percentual de entrada de novos usuários e hospitalizações nos últimos seis anos 54,91% e quase totalidade destes com prescrição de algum tipo de psicofármaco (99,3%). Prevalecem os que fazem uso de até cinco tipos de fármacos, 71,01%, os atendimentos individuais, 51,56%, enquanto os que fazem atividades em grupos somam 47,09%. Conhecer o perfil desses usuários facilita que se possa trabalhar de forma integrada com todos os serviços da rede de saúde.

Palavras-chave: Centro de Atenção Psicossocial. Saúde Mental. Transtorno Mental.

ABSTRACT

The present study main objective is to outline the profile of Psychosocial Care Center users (CAPS II) Beehive of the of Ijuí city. It is a quantitative documentary research that was carried out in the months of January and February of 2016 in 448 active records of users who entered this service until the month of December of 2015. The data collection sought to know age, gender, education, marital status, number of children, year of entry into service, reason, location of referrals, main diagnoses, coverage of CHW, hospitalizations, use of medications, activities, and types of care they receive CAPS. The results indicated that the age range between 50 and 59 years old predominates, with 30.13%, female 65.4%, referrals and diagnostic hypotheses related to depressive disorders 62,72%, central area of the city with the highest number of users in 16.7%, a higher percentage of new users and hospitalizations in the last six years 54.91% and almost all of them with prescription of some type of psychoactive

1Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Saúde Mental da Universidade Regional do

Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, 2016.

2Enfermeira. Pós-Graduanda do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Saúde Mental da Universidade

Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ.

3Enfermeira Sanitarista. Mestre em Educação nas Ciências. Coordenadora da Política de Saúde Mental da

Secretaria Municipal de Saúde de Ijuí. Professora do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Saúde Mental da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ. Orientadora do trabalho de Conclusão de Curso.

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drug (99.3%). Prevalence of those who use up to five types of drugs, 71.01%, individual care, 51.56%, while those who do activities in groups total 47.09%. Knowing the profile of these users makes it easier to work in an integrated way with all the services of the health network.

Keywords: Psychosocial Attention Center. Mental health. Mental Disorder.

1 INTRODUÇÃO

Geralmente os chamados loucos ou doentes mentais são conhecidos, sobretudo, através do olhar da época em que se vive. As pessoas em geral normalmente imaginam os loucos como pessoas perigosas e incompreensíveis, impossíveis de contato com outras. A mesma cultura que criou o manicômio criou também as justificativas para a sua existência, ou seja, os mitos da periculosidade e da incapacidade destes.

As mudanças na assistência psiquiátrica passaram a ocorrer no Brasil a partir da década de 1970, buscando romper com o modelo tradicional de assistência à saúde, cujo alicerce era a exclusão do paciente do convívio social e tinha como característica legitimar o hospital como o único local de tratamento e, assim, manter o louco por longos períodos de internação em hospitais psiquiátricos de grande porte.

Em 06 de abril de 2001 foi aprovada a Lei nº 10.216 (BRASIL, 2001) que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas em sofrimento psíquico e também redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Desta forma, concretizou-se a possibilidade de uma rede de atenção em saúde mental mais diversificada e que viabiliza a adoção de outros procedimentos terapêuticos, tornando a internação como o último recurso assistencial e não mais em hospital psiquiátrico, passando a ocorrer em hospital geral.

A Portaria GM 3.088/2011 estabeleceu a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que busca consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária e, entre os diversos pontos de atenção que compõe a RAPS, estão os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Os quais se inserem dentro das políticas atuais em saúde mental, voltado para o cuidado a partir no âmbito extra hospitalar e reduzindo o número de leitos em hospitais psiquiátricos, tornando os CAPS instrumentos centrais na proposta da Reforma Psiquiátrica (BRASIL, 2011).

Estes serviços foram criados com objetivo de acolher pessoas em sofrimento psíquico, com transtornos mentais graves e persistentes, onde recebem atenção de equipe multidisciplinar que deve buscar sua integração e autonomia com o ambiente e a comunidade em que vivem (PEREIRA et al., 2012).

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A posição estratégica dos CAPS como reguladores da porta de entrada e articuladores de rede é por excelência promotora da autonomia, já que articula os recursos existentes em variadas redes: sócio sanitário, jurídico, educacional entre outras. Porém, a tarefa de promover a reinserção social exige uma articulação ampla, desenhada com variados componentes e recursos de diversos setores da sociedade para a promoção da vida comunitária e da independência dos usuários dos serviços. Os CAPS no processo de construção de uma lógica comunitária de atenção à saúde mental devem oferecer então os recursos fundamentais para a reinserção social de pessoas com transtornos mentais severos e persistentes (BRASIL, 2005).

Em Ijuí, houve a necessidade de ampliar o Programa de Saúde Mental e, em agosto de 1998, este passou a se constituir como Centro de Atenção Psicossocial I (CAPS I), atendendo a portaria MS/SAS nº 224, de 20 de janeiro de 1992. Os motivos que levaram o município a criar o referido serviço foram: a elevada incidência de pessoas em sofrimento psíquico e a necessidade de um atendimento qualificado para atender este contingente populacional que aumentava consideravelmente em função da volta dos mesmos para casa após longos períodos em hospital psiquiátrico para o cuidado no próprio território (IJUÍ, [s.d.]).

Em 2002, o CAPS de Ijuí foi recadastrado como CAPS II, de forma atender a Portaria nº 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002 e a Portaria nº 189, de 20 de março de 2002. Atualmente, o CAPS II Colmeia presta atendimento multiprofissional, possibilitando ao sujeito o desenvolvimento de uma vida independente e produtiva, buscando o exercício pleno de sua cidadania.

Diante do exposto e como trabalhadora de um serviço de saúde mental surgiu a inquietação de conhecer a realidade em que estou inserida, ou seja, quem são as pessoas que são cuidadas pelo CAPS II Colmeia? Assim, o objetivo da pesquisa foi conhecer o perfil dos usuários do CAPS II Colmeia.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa documental com abordagem quantitativa descritiva, com dados obtidos por meio dos prontuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) Colmeia, de Ijuí/RS, de pessoas que ingressaram no serviço até dezembro de 2015.

De acordo com Gil (2008), a pesquisa documental caracteriza-se pela busca de informações em documentos que não receberam nenhum tratamento científico e ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos do estudo, considerando documento qualquer

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suporte que contenha a informação registrada de modo que possa servir para consulta, estudo ou prova.

Para Fontelles et al. (2009), a pesquisa quantitativa do tipo descritiva, como delineamento escolhido pelo pesquisador, não permite utilizar os dados para testes de hipóteses, embora estas possam ser formuladas posteriormente, uma vez que o objetivo do estudo é apenas descrever o fato em si.

A pesquisa foi realizada no CAPS II Colmeia, localizado na Macrorregião Missioneira, nos meses de janeiro e fevereiro de 2016, por meio de consulta aos 448 prontuários ativos de usuários que acessaram o serviço até o mês de dezembro de 2015. Optou-se por pesquisar todos os prontuários para obter uma amostra mais fiel de todos os usuários atendidos. A coleta de dados buscou conhecer a idade, o sexo, a escolaridade, a situação conjugal, o número de filhos, o ano de entrada no serviço, o motivo, o local dos encaminhamentos, os diagnósticos principais, a cobertura de ACS, as hospitalizações, o uso de medicações, as atividades e os tipos de atendimentos que recebem no CAPS (Apêndice A). Os dados obtidos foram compilados em tabelas por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18.0.

Este estudo respeitou as normas vigentes nos termos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde após aprovação pelo CEP/UNIJUÍ em 2016 e está inserido em um projeto de pesquisa maior cujo Protocolo Nº 1.546.341/2016.

3 RESULTADO E DESCRIÇÃO

Tabela 1 – Características sócias demográficas dos usuários do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II Colmeia, Ijuí, Rio Grande do Sul, Brasil, 2016 (N = 448 pacientes)

Variáveis Frequência Porcentual

Idade (N = 447) 18-28 anos 29 6,4% 29-39 anos 91 20,3% 40-50 anos 119 26,6% 51-61 anos 150 33,5% Acima de 62 anos 58 12,9% Sexo Feminino Masculino (N = 448) 286 162 64% 36% Escolaridade (N = 390) Analfabeto 15 3,8%

Ensino Fundamental Incompleto 207 53,0%

Ensino Fundamental Completo 42 10,7%

Ensino Médio Incompleto 44 11,2%

Ensino Médio Completo 63 16,1%

Ensino Superior Incompleto 14 3,5%

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Variáveis Frequência Porcentual Situação Conjugal (N = 439) Casado 173 39,4% Solteiro 169 38,4% Separado 75 17,0% Viúvo 22 5,0% Número de Filhos (N = 418) 1 71 16,9% 2 109 26,0% 3 70 16,7% Mais de 4 filhos 62 14,8% Sem filhos 106 25,3%

A pesquisa mostrou que os usuários atendidos no CAPS II Colmeia são, em sua maioria mulheres, 64% (286) com faixa etária entre 18 e 80 anos, prevalecendo as que são donas de casa. Enquanto homens representam 36% (162), com idade compreendida entre 20 e 78 anos, a faixa etária que predominou está entre 51 e 61 anos em ambos os sexos com 33,5% (150). Destacam-se os que trabalham com comércio e vendas. Foram citadas inúmeras outras ocupações entre elas técnicos de enfermagem, serviços gerais, empregada doméstica, agricultor, pedreiro e motorista.

Em estudo semelhante, Belletini e Gomes (2010), Grenzel et al. (2011), Tomasi et al. (2010), Nascimento e Galvanese (2009) e Montanari (2005) também encontraram a maioria de usuários do serviço do sexo feminino. Os achados em nossa pesquisa também vão ao encontro dos estudos realizados por Silveira et al. (2009), Kantorski (2009), Palmeiro et al. (2009), Pelisoli e Moreira (2007) e Andrade et al. (1999), em que a maioria dos usuários destes serviços substitutivos é representada pelo sexo feminino. Um estudo que refuta nossos dados é de Almeida e Costa (2006), no caso de usuários de CAPS AD, a prevalência é de homens, pois o consumo de álcool e outras drogas de forma abusiva se dão entre este universo.

Quanto à idade das pessoas que fazem acompanhamento em CAPS, estudos identificaram diferentes prevalências, Pelisoli (2004) entre 30 e 35 anos, Freitas (2007) 43 anos, Quadros (2010) entre 50 e 59 anos e Silveira (2011) entre 25 e 46 anos.

Nossa pesquisa identificou que um número elevado 26,4% (120) das pessoas em idade produtiva, de estudo, de formação de família entre outras estão em acompanhamento no CAPS. A maior prevalência está entre os que têm mais de 51 anos, 46,4% (208) do total de usuários atendidos.

Entendemos que nessa fase do ciclo vital muitas pessoas também estão acometidas por outras comorbidades que dificultam ou impedem de manter suas atividades domésticas, sociais e até mesmo de manter-se no mercado de trabalho, causando preocupações, insônia e outros transtornos, fazendo com que sejam encaminhadas ao CAPS.

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Chama atenção a baixa formação escolar dos usuários, também encontrada em estudos de Ribeiro et al. (2006) e Pereira (2009), fator que dificulta o processo de reabilitação e inclusão destes usuários no mercado de trabalho. Este fenômeno pode ser explicado pelo fato das pessoas que adoeceram muito jovens, ficaram fora da escola ou saíram dela precocemente.

Isto demonstra não só o adoecimento da idade jovem, como também as dificuldades de se manter no trabalho sendo portador de transtorno mental. Assim, a baixa escolaridade torna-se categoria importante ao torna-se analisar os limites e as possibilidades da inclusão social deste contingente populacional.

Tabela 2 – Distribuição da população de acordo com o ano de ingresso no serviço, locais de encaminhamento, motivos e hipóteses diagnósticas dos usuários do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II Colmeia, Ijuí, Rio Grande do Sul, Brasil, 2016 (N = 448 pacientes)

Variáveis Frequência Porcentual

Ano de Ingresso no Serviço (N = 445)

2015 86 19,3% 2014 92 20,6% 2013 67 15,0% 2012 21 4,7% 2011 18 4,0% 2010 10 2,2% 2004-2009 47 10,5% 1999-2003 43 9,6% 1993-1998 33 7,4% 1987-1992 21 4,7% 1975-1985 8 1,7% Local de Encaminhamento (N = 427)

Unidades Básicas de Saúde e Promotoria da Justiça UA 24hs SMS e HCI

220 158

48,7% 35,3%

Procura espontânea, particular. 45 10,5%

Coordenadoria da Mulher 4 0,9%

Motivos (N = 430)

Queixas relacionadas à transtorno de humor 156 34.1%

Queixas relacionadas à transtornos fóbico ansiosos 40 9,2%

Queixas relacionadas à esquizofrenia e psicose 59 13,6%

Clinicas 30 6,9% Sintomas depressivos 139 32,3% Transtorno alimentar 6 1,3% Hipóteses Diagnosticadas (N = 417) CID10 F00 a 09 04 0,95% CID10 F10 a 19 08 1,91% CID10 F20 a 29 78 18,70% CID10 F30 a 39 266 63,78% CID10 F40 a 49 40 9,59% CID10 F50 a 59 03 0,71% CID10 F60 a 69 02 0,47% CID10 F70 a 79 15 3,59%

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Sobre os locais de encaminhamentos destaca-se o Posto Central e a UA 24 horas da SMS com 24,3% (109) do total, sendo que o motivo principal do encaminhamento foi depressão com 25,68% (28), seguida por ansiedade com 14,67% (16) e ideação ou risco de suicídio com 7,33% (08), outras causas somaram 52,32% (57).

Não ficou claro através dos registros encontrados no prontuário, especificamente quais usuários vieram encaminhados pela UA 24 horas da SMS e pelo Posto Central, visto que ambos funcionam no mesmo local e não possuem um formulário de referência ou receituário simples que diferencie um serviço do outro, isto pode mascarar os dados, pois confunde tanto o profissional como o usuário no momento do registro da informação inicial para o acolhimento.

O Hospital de Caridade Ijuí ficou em segundo lugar com 11% (49) dos encaminhamentos, entre eles o principal foi depressão com 18,36% (09), seguido por ansiedade com 12,24% (06) e alterações de comportamento com 10,20% (05), outras causas somaram 59,18% (29).

Como se pode observar, os dois serviços de pronto atendimento do município foram os que mais encaminharam usuários ao CAPS com os mesmos sintomas, depressão e ansiedade. Podemos supor que o motivo para que isso aconteça seja que ambos os serviços funcionam 24 horas, o que facilita o acesso e também por que as pessoas procuram esse local no momento de crise, recebendo o atendimento emergencial e, posteriormente é encaminhado para tratamento em local especializado.

Em terceiro lugar destacamos a rede privada com 6,5% (29), tendo a ansiedade e depressão com 20,68% (06) cada, isolamento com 13,79% (04), os demais somaram 44,82% (13). O Hospital Bom Pastor teve 4,0% (18) dos encaminhamentos e o principal motivo foi a depressão com 38,88% (07) do total. É importante ressaltar que os encaminhamentos realizados pelo Hospital Bom Pastor se dão após alta hospitalar, pois esta instituição não possui Pronto Atendimento.

Entre as Estratégias de Saúde da Família (ESFs), os que apresentaram maior percentual de encaminhamentos foram: Luiz Fogliatto 5,4% (24) em que a depressão foi o principal motivo com 20,83% (5); Tancredo Neves 5,1% (23) dos quais 30,43% (07) foi por sintomas depressivos; Glória 4,3% (19) em que as queixas relacionadas com depressão somaram 26,31% (05) e ansiedade 21,05% (04) dos encaminhamentos; Unidade Básica de Saúde da Penha 4,0% (18), depressão e esquizofrenia tiveram o mesmo percentual 27,77% (05) cada, seguidos por ansiedade com 22,22% (04).

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Conforme estudo de Navega (2012), devido ao estigma existente ainda em torno do CAPS, muitos usuários preferem ser atendidos no seu ESF, o qual é visto como um local leve, social, com movimento o dia todo e sem estigma, não se caracterizando como “lugar de loucos”.

As pessoas que buscaram o serviço espontaneamente somaram 4,5% (20) sendo que 50% (10) por esquizofrenia. Os casos encaminhados de outros locais da rede entre eles ESFs, UBS, Coordenadoria da Mulher e Sistema Judicial representaram 26,33% (118). Em 4,5% (20) não foram encontrados registros e 0,2% (01) não foi considerado válido.

O objetivo principal do CAPS é prestar assistência especialmente nos transtornos de humor e esquizofrenia e em crise, porém como mostra a pesquisa, nos últimos anos essas alterações têm sido superadas nos encaminhamentos pelas queixas leves de sintomas depressivos e alterações de comportamento, o que nos leva a entender que a rede básica não está conseguindo dar conta das demandas de sofrimentos mais leves e que faltam também outros dispositivos na rede que auxiliem neste ponto. Por outro lado, nos questionamos onde estão sendo tratadas as pessoas com sintomas mais graves.

Sobre os locais da rede que os usuários do CAPS pertencem 16,7% (75) residem na área central e tem como referência o Posto Central. Nos prontuários desses usuários encontramos a grande maioria, 47% com registros de CID10 F30 a F39, registros de CID10 F20 a F29 somaram 17%.

Entre os ESFs destacamos os que têm maior número de pessoas registradas no CAPS: Luiz Fogliatto com 8,7% (39), Tancredo Neves 8,4% (38), Penha com 6,9% (31), Meio Rural 6,3% (28), Jardim 6,0% (27), Glória e Modelo com 5,8% (26) cada, Getúlio Vargas 5,6% (25), Thomé de Souza 5,1% (23). Em todos eles a classe diagnóstica prevalente está entre CID10 F20 a F29 e CID10 F30 a F39. Esta última prevalente em todos os ambulatórios. Do ESF Meio Rural foram encontrados 3,57% (16) usuários registrados prevalecendo os diagnósticos CID10 F30 a F39 com 81,25% (13). Pessoas que pertencem a outros locais da rede de saúde do município somaram 25,49% (115).

Constava no prontuário que 57,6% (258) recebiam visitas de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), enquanto que 27,0% (121) não recebiam. Em 15,4% (69) dos prontuários não foi encontrado registro.

Para Brasil (2011), o número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, visto que muitas das ações desenvolvidas nas equipes baseiam-se em situações identificadas por eles por meio das visitas domiciliares, do acompanhamento mensal das famílias e outras atividades.

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As pessoas em sofrimento mental precisam ter acompanhamento pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS) por meio de visitas frequentes, com a intenção de oferecer escuta ao sofrimento destas. Esta escuta faz parte do tratamento de pessoas deprimidas e em outras doenças mentais. Para pessoas com rede social muito enfraquecida, o ACS pode trabalhar o desenvolvimento da rede social e de apoio.

É importante que o ACS tenha retaguarda na equipe, individual ou em conjunto, com algum profissional para relatar suas próprias angústias no acompanhamento destes e de outros grupos de usuários que demandam maior nível de atenção. Eles também são mediadores e facilitadores nas relações entre os serviços de saúde e os usuários estabelecendo comunicação interpessoal efetiva, visto que compartilham da mesma realidade local. Uma vez estabelecida, esta comunicação vem ao encontro à proposição da reforma psiquiátrica, fazendo com que os serviços extramuros desempenhem grande parte do papel no cuidado em saúde mental, tendo como importante instrumento o agente de saúde pela sua facilidade em estabelecer vínculos (WAIDMAN, 2012).

No início de funcionamento do serviço, somente os usuários mais graves eram atendidos, o que pode estar relacionado com o processo de desinstitucionalização, não eram mais encaminhados para tratamento em locais de longa permanência e passaram a ser cuidados no seu território.

A partir do ano 2000 o CAPS teve significativo aumento no número de novos usuários e o perfil destes também apresentou mudanças, deixando de prevalecer diagnósticos mais graves, tendo como principais os transtornos depressivos leves.

A atenção básica, porta de entrada para os serviços especializados, reúne alguns fatores que podem ser a causa do aumento expressivo do número de encaminhamentos, entre eles, a elevada procura por atendimento clínico, equipes muitas vezes com recursos humanos reduzidos e falta de conhecimento na área podem dificultar o investimento de tempo para ouvir as demandas das pessoas e sofrimento psíquico, sendo mais fácil encaminhar o “problema”.

Por outro lado, também é real a elevação do número de adoecimento mental, o que se coaduna com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde as doenças e transtornos mentais afetam mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é de que 23 milhões de pessoas passem por tais problemas, sendo ao menos 5 milhões em níveis de moderado a grave (OMS, 2013).

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A grande maioria recebeu diagnósticos CID10 F30 a F39. Chama atenção o ano de 2015 quando em nenhum dos prontuários pesquisados havia registro de diagnóstico de esquizofrenia.

Outro fator que contribuiu para aumentar a demanda foi a transformação do CAPS I em CAPS AD, a partir de 2014. Aquela instituição era responsável pelo acompanhamento dos usuários com transtornos mais leves. Aqueles que necessitavam permanecer com o tratamento em CAPS foram encaminhados ao CAPS II, os estáveis foram encaminhados para seus ambulatórios de referência e quando necessitaram ser reavaliados foram referenciados ao CAPS II.

Na pesquisa podemos constatar que 58,65% (244) já estiveram hospitalizados. O principal diagnóstico destes usuários foi CID10 F30 a F39 com 154 pacientes e F20 a F29 com 65. Os que não estiveram hospitalizados somaram 41,34% (172). Chamou atenção na pesquisa que 31,73% (132) estiveram hospitalizados nos últimos seis anos.

Estes dados contradizem Bellettini e Gomes (2013) que apontaram diminuição das internações hospitalares a partir do processo de desinstitucionalização. A causa da internação não foi item pesquisado durante o estudo, porém, chama atenção que a principal hipótese diagnóstica ou motivo de encaminhamento para internação desses usuários não está entre os transtornos psiquiátricos mais graves.

Quanto às atividades realizadas no CAPS dos 442 prontuários registrados 52,2% (231) dos usuários realizam atendimento individual, 47,7% (211) realizam atividades de grupo, oficinas e também individuais.

Dos 448 prontuários analisados há registros de que 19,8% (89) usuários são acompanhados por todos os profissionais. Por assistente social 53,5% (240), pela enfermagem 73,6% (330), por médico 73,2% (328), por psicologia 8,7% (39), por terapeuta ocupacional 12,0% (54).

Chama atenção o percentual reduzido de atendimentos de psicologia registrados, visto que há seis profissionais que atuam no CAPS. Conforme a Resolução do CFP Nº 001/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade do registro documental decorrente da prestação de serviços psicológicos, em seu Capítulo II, Artigo 6º, orienta que “quando em serviço multiprofissional, o registro deve ser realizado em prontuário único” e que devem ser registradas apenas as informações necessárias ao cumprimento dos objetivos do trabalho (CFP, 2009).

Destacamos que na equipe existe nutricionista há muito anos, porém não foram encontrados ou não foram identificados registros deste profissional nos prontuários

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pesquisados. Estima-se que isto se deva a ausência de atendimentos individuais, ou registrado, porém sem assinatura ou carimbo que o identificasse. Outra suposição é que, ao acompanharem as refeições dos usuários, como café da manhã e almoço, estes fossem registrados por outro profissional de saúde que também acompanhava este grupo.

Também realiza trabalho no CAPS uma psicopedagoga, a qual desenvolve suas atividades com grupos terapêuticos, acolhimentos e trabalho de articulação de rede a partir do ano de 2016, portanto, não há registro no período pesquisado. Nos anos de 2014, 2015 e 2016 havia trabalho de artista plástica contratada. Porém este profissional não foi listado, entrando na categoria de “outros profissionais” na pesquisa.

Sobre a prescrição de medicamentos, 20,8% (93) tem registros no prontuário de até dois tipos de fármacos, 70,6% (316) de 3 a 5 tipos de medicamentos, 8,0% (36) em média de 6 a 7 tipos de medicamentos diários. Dos 448 prontuários analisados, 447 usuários fazem uso de medicação, correspondendo a 99,3%.

O CAPS Colmeia conta com uma farmácia interna para seus usuários, com atendimento de farmacêutica nos turnos da manhã e tarde, a qual é responsável por orientação farmacêutica, dispensação de medicações, serviços administrativos, entre outros.

Para Zanella, Aguiar e Storpirtis (2013), a atuação do farmacêutico em saúde mental requer conhecimento e habilidades específicas, visto que indivíduos com transtornos mentais comumente tem maior dificuldade em seguir o regime terapêutico e risco de apresentar problemas relacionados aos fármacos, dessa forma a orientação transmitida por meio da educação e conscientização é uma forma importante de obter melhorias na saúde.

O fluxo iniciado no momento da consulta tem continuidade na farmácia e constitui uma das últimas oportunidades do usuário, ainda dentro do sistema de saúde, de identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados à farmacologia. Importante ressaltar que as equipes das UBS tem papel fundamental para acompanhar os usuários durante seu tratamento, especialmente na introdução de novos psicofármacos ou adequação de dose.

Freitas e Souza (2007) e Pereira (2009) já apontavam a elevação nas prescrições medicamentosas e recomendavam outras abordagens terapêuticas que privilegiassem atividades físicas, terapia ocupacional, oficinas de trabalho, que também auxiliariam para a reabilitação e preparação para reinserção social dos usuários, em detrimento ao emprego massivo e exclusivo de fármacos.

Estas abordagens não medicamentosas devem acontecer, além do espaço dos CAPS, em outros equipamentos da rede de atenção.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do estudo podemos conhecer o perfil dos usuários em acompanhamento no CAPS II Colmeia. Foram pesquisados 448 prontuários e constatamos que predomina o sexo feminino, com faixa etária de ambos os sexos entre 50 e 59 anos, com ensino fundamental incompleto, casados e com até três filhos.

A maioria dos usuários iniciou seu acompanhamento a partir de 2013, tendo queixas relacionadas à depressão como prevalentes, vindos do serviço da UA 24 horas da Secretaria Municipal de Saúde e do Hospital de Caridade de Ijuí.

As hipóteses diagnósticas prevalentes no início da existência do CAPS II eram os transtornos graves e persistentes como os esquizoafetivos, atualmente são os transtornos de humor, com transtorno depressivo recorrente que mais chegam até o serviço, especialmente nos últimos cinco anos, após o CAPS I ser transformado em CAPS II AD.

Mais da metade dos usuários atendidos recebem visita de ACS, já estiveram hospitalizados e realizam atividades de grupos e quase a totalidade deles tem prescrito algum tipo de fármaco.

Salientamos que, após o início do projeto Percursos Formativos da RAPS realizado entre 2015 e 2016, que visou à troca de experiências entre profissionais de saúde de Ijuí e Uberlândia/MG e, num segundo momento, com um plano de educação permanente em saúde mental para trabalhadores da rede de saúde de Ijuí, percebemos o início de algumas mudanças, especialmente uma melhor compreensão do sofrimento por parte dos que participaram desses eventos. Porém, ainda é precoce fazer uma avaliação mais precisa sobre os efeitos deste projeto na conduta das equipes de saúde dos diferentes pontos da rede de atenção psicossocial.

Sugerimos que essas atividades sejam mantidas e ampliadas, para que as questões que envolvem o adoecimento mental sejam ainda mais conhecidas e compreendidas, possibilitando atendimento dos usuários no território, ou seja, na UBS, mais próximo de sua residência e de sua família.

Entendemos também que o CAPS II deve intensificar o trabalho da reabilitação, buscando sempre reforçar, valorizar e estimular os usuários para que sejam capazes de enfrentar as dificuldades cotidianas de relações familiares, sociais e trabalho.

Alcançado o objetivo do estudo podemos compreender quem são estes usuários e por que foram encaminhados para o serviço, desta forma poderemos planejar melhor as ações de

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cuidado articuladas com outros pontos da rede de saúde, que visem organizar seu tratamento de forma singular e obter melhora na sua condição de saúde de forma mais rápida e eficiente.

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ANEXO A – Questionário de Pesquisa Questões: 1. Data de nascimento: 2. Sexo: 3. Estado civil: 4. Filhos: ( ) Sim ( ) Quantos ( ) Não 5. Escolaridade: ( ) Fundamental completo ( ) Fundamental incompleto ( ) Médio completo ( ) Médio incompleto ( ) Superior ( ) Outros 6. Profissão: 7. Local do encaminhamento: 8. Unidade de saúde que pertence: 9. Recebe visita de ACS:

( ) Sim ( ) Não

10. Motivo do encaminhamento: 11. Hipótese diagnostica:

12. Ano de entrada no serviço:

13. Tipo de atendimento que recebe no serviço: ( ) Individual

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14. Profissionais que é acompanhado: ( ) Médico ( ) Enfermagem ( ) Assistente Social ( ) Psicologia ( ) Terapia Ocupacional ( ) Outros 15. Hospitalizações: ( ) Sim ( ) Não

16. Usa algum tipo de medicação: ( ) Não

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